Revistademaioejunho2020
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Urgência do trabalho remoto evidencia oportunidades de qualificação da gestão
Por: Elemar Júnior é CEO da empresa a ExímiaCo e especialista com mais de 20
anos de experiência em arquitetura de software e desenvolvimento de soluções
com alta complexidade ou de alto custo computacional.
Essa nova onda de sistemas e
máquinas que utilizam Inteligência
Artificial (IA) não está
apenas automatizando os processos
de negócio, ou os executando
na metade de tempo e com quase
zero erros. Na verdade, esses
novos sistemas estão permitindo
algo novo, não somente da perspectiva
da tecnologia, mas sim
da forma em que homens e máquinas
trabalham em conjunto,
menos segregação e mais colaboração.
A ideia de robôs separados de humanos,
por exemplo, executando
tarefas especificas e repetitivas,
está cada vez distante.
Os avanços da IA estão permitindo
uma integração e colaboração
única entre sistemas e pessoas,
começando na linha de produção
e se espalhando por outros
departamentos, como operação,
pós-venda, RH e vendas.
O poder transformador da IA é
incrível, à medida que empresas
avançam na sua adoção, elas provam
os benefícios da inovação e
dos ganhos de eficiência.
Entretanto, a diferença entre o
sucesso dessa transformação
de empresa para empresa, está
exatamente na forma em que os
executivos enxergam como deve
acontecer a conexão entre humanos
e a inteligência artificial.
Aqueles que ainda vislumbram
aumento de performance por
meio da substituição, sem dúvida
terão seus ganhos, mas aqueles
que reinventarem processos mais
flexíveis, adaptáveis onde homens
e máquinas trabalham como um
time, provarão os ganhos sem
precedentes, um bom exemplo
disso pode ser uma solução de IA
contra lavagem de dinheiro, ela
é capaz de analisar e cruzar milhares
de informações, diminuir
o número de falsos positivos e
passar para o humano somente
os casos que merece uma análise
mais abrangente.
Acredito que a indústria do cinema
e a ficção ajudaram a disseminar
essa ideia de guerra e polarização,
onde máquinas estão
de um lado e do lado oposto, nós
os humanos, tempos em que a IA
gradativamente tomaria nossos
empregos.
Isto pode ser verdade em alguns
setores, como o de transportes
por exemplo.
Existe uma possibilidade real de
este segmento ser afetado por carros
autônomos, entretanto, o senso
comum entre pesquisadores e
considerando a tecnologia atual,
tudo leva a crer que IA nos dará
super poderes, estendendo nossa
capacidade de trabalho e deixando
para as máquinas o trabalho
mais tedioso e repetitivo – como
coletar e analisar grandes massas
de dados. Estaremos livres para
focar no relacionamento e resolver
questões mais complexas e
ambíguas que necessitam do julgamento
humano.
Se entendermos e aceitarmos que
a real potência da IA é ampliar
nossas habilidades e senso de colaboração,
nos permitindo alcançar
um aumento de produtividade
nunca imaginável, ficará mais
fácil transformarmos os processos
de negócios atuais.
Repensarmos o relacionamento
entre sistemas inteligentes e trabalhadores,
nos permitirá não
somente resguardamos empregos,
mas também, utilizarmos a
mão de obra para atingirmos novos
níveis de eficiência.
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