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Turismo & Negócios 172

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RETOMADA

Especialistas apostam no

turismo regional pós-pandemia

Previsão é de retomada lenta e gradual; transporte terrestre é a aposta do setor

para o deslocamento de passageiros em decorrência da diminuição da malha viária

Apostar no turismo regional. Esse

foi o caminho apresentado por

especialistas do setor durante a transmissão

ao vivo (live)“Desafios do Setor

Pós-Covid”, promovida pelo Costa dos

Corais Convention & Visitors Bureau

(CCC&VB). Guilherme Paulus, fundador

do Grupo GJP Hotels & Resorts e

CVC Viagens; e Toni Sando, presidente

da Unidestinos (União Nacional de

CVBs e Entidades de Destinos) apresentaram

suas percepções com relação

à retomada e à recuperação do setor

turístico-hoteleiro, duramente afetado

pela pandemia do novo coronavírus

(Covid-19).

A transmissão foi mediada pela

presidente-executiva do CCC&VB,

Ana Carvalho, e teve a participação do

presidente da entidade, Luiz Cláudio

Gonçalves, o “Lula”. A live, realizada na

manhã de quarta-feira (15), teve mais

de uma hora de duração e todo o seu

conteúdo pode ser assistido no Facebook,

na página da instituição, clicando

AQUI. Para Guilherme Paulus, o pós-

-Covid será “o começo de uma nova

era”. Segundo ele, a retomada se dará

lenta e gradualmente. Com a malha

aérea reduzida, Paulus aponta que o

transporte terrestre deverá ser retomado

com força.

“Nós temos que trabalhar fortemente

o turismo regional. Acho que essa

é uma dica para os agentes de viagem.

No início, vamos voltar com as viagens

terrestres, não tem outro jeito. Ninguém

Live contou com a participação de Lula, Ana Carvalho, Toni Sando e Guilherme Paulus

vai dá mais férias para o automóvel, até

por questões de segurança; então cabe

a nós, os agentes de viagens, começar a

fazer um trabalho no turismo regional”,

propõe. No tocante ao turismo internacional,

Paulus acredita que a atividade

só será retomada a partir de 2021 ou

de 2022. O segredo, segundo ele, será

investir na promoção do destino em

países vizinhos como Argentina, Paraguai,

Uruguai e Peru. “O mundo todo

mudou, virou de ponta-cabeça. Então é

uma retomada”, observou.

Toni Sando comparou a retomada

da atividade turística no Brasil ao exercício

de tomar uma sopa quente. “Tem

que começar tomando pelas beiradas; se

entrar com a colher no meio, você vai se

queimar”, alertou.

Zona primária

Para ele, a zona primária será o principal

alvo do turismo no pós-pandemia.

“Não adianta gastar dinheiro com

promoção para tentar convencer o

Brasil a ir para Maragogi ou a convencer

o Brasil a vir para São Paulo; é

besteira, dinheiro jogado fora. Será

a zona primária que fará a retomada

acontecer, gradativamente, e a gerar um

pouco de resultado”, acredita.

Toni Sando recomenda que as redes

sociais sejam utilizadas para despertar

nas pessoas o encanto e o desejo de visitar

o destino turístico, após a pandemia.

“Nós estamos em cativeiro. Se as

pessoas começarem a imaginar que

elas podem ir para Maragogi, que

podem aproveitar o mar, podem fazer

um passeio e isso ficar em seu subconsciente,

2021 poderá ser a grande virada

e o retorno das atividades de todo o

empresariado. Nesse momento, o que

vale é paciência e criatividade”, ensina.

Reprodução

20 Revista Turismo & Negócios

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