Mensagem do Graal - Na luz da verdade Vol 1
Mensagem do Graal de Abdruschin - Literatura espiritualista
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36 5. Despertai!
incondicional pureza cada olho testemunha e que, observada
através dum microscópio, encerra milhares de seres vivos, que
dentro dela, sem piedade, lutam e se destroem. Não há, às vezes,
bacilos na água, no ar, que possuem força para destruir corpos
humanos, e que não são percebidos pelos olhos? Todavia se
tornam visíveis através de instrumentos aperfeiçoados.
Quem ousará ainda depois disso afirmar que não encontrareis
coisas novas até agora desconhecidas, tão logo aperfeiçoardes
melhor tais instrumentos? Aperfeiçoai-os mil vezes, milhões de
vezes, mesmo assim a visão não terá fim; pelo contrário, diante
de vós se desvendarão sempre de novo mundos que antes não
podíeis ver nem sentir e que, todavia, aí já existiam.
O pensamento lógico leva a idênticas conclusões sobre tudo
o mais que as ciências até agora conseguiram colecionar. Dá-se
a expectativa de permanente desenvolvimento e nunca, porém,
de um fim.
Que é então o Além? Muitos se confundem com essa palavra.
O Além é simplesmente tudo aquilo que não se deixa reconhecer
com meios terrenos. Meios terrenos, contudo, são os olhos, o
cérebro, e tudo o mais do corpo, bem como os instrumentos que
ajudam essas partes a exercer melhor e com mais nitidez suas
atividades, ampliando-as.
Poder-se-ia dizer, portanto: o Além é o que se encontra além
das faculdades de reconhecimento dos nossos olhos corpóreos.
Uma separação, porém, entre este mundo e o Além não existe! E
também nenhum abismo! Tudo é uno, como a Criação toda. Uma
força percorre tanto o Aquém como o Além e tudo vive e atua a
partir dessa única corrente da vida e por isso é completa e indissoluvelmente
ligado. Disso se torna compreensível o seguinte:
Quando uma parte desse todo adoece, deve o efeito se fazer
sentir na outra parte, como num corpo. Partículas doentes dessa
outra parte fluem então para a que adoeceu, mediante a atração
da espécie igual, reforçando assim mais a doença. Se tal doença
se tornar incurável, surge então a indispensável contingência de
amputar o membro doente, a fim de que o conjunto não sofra
permanentemente.