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AÇÚCAR
“Então, isso é muito
significativo para o Paraná. Paranaguá
passa a ser um grande
porto, um grande terminal exportador
de açúcar e de outros
produtos também. E é um passo
muito grande não só para os
associados da Pasa, mas, também
para o porto como um todo”,
complementa Tranin.
O berço 201 foi modernizado e
o cais de atracação foi prolongado
em 100 metros. Os investimentos
da empresa pública
Portos do Paraná somam R$
201,7 milhões e vão aumentar
em 140% a capacidade atual de
movimentação de cargas naquele
berço.
Durante a solenidade, o governador
também assinou a contratação
das obras de derrocagem
do maciço rochoso conhecido
como Pedra da Palangana,
para aumentar a profundidade
do calado (canal de
acesso) ao porto de Paranaguá
em aproximadamente 1m20,
chegando a 14,60 metros, isso
equivale a aumentar em mais 7
mil toneladas de granéis ou 120
contêineres extras por navio.
As obras de ampliação do cais
de atracação permitirão que navios
com maior capacidade de
movimentação de cargas possam
atracar no porto, que comportem
até 80 mil toneladas de
carga bruta, na categoria Post
Panamax, de grande porte,
além de garantir maior segurança
na navegação, evitar acidentes
e aumentar a competitividade.
A previsão é que as
obras de derrocagem comecem
em até quatro meses. Serão
investidos pouco mais de
R$ 23,2 milhões para a realização
dos serviços.
O berço 201 recebeu, ainda,
nova estrutura eletromecânica,
incluindo dois novos shiploaders
(carregadores de navios)
de 2.000 toneladas/hora. Com
isso, a capacidade anual de
movimentação passará dos
atuais 2 milhões de toneladas
de grãos para 6 milhões de toneladas
de grãos por ano.
Ratinho Junior destacou que a
obra garante mais eficiência ao
Porto de Paranaguá, que mesmo
durante o auge da pandemia
quebrou recordes mensais
de movimentação. “O aumento
de capacidade é um ganho para
o porto, que tem crescido muito
e se consolida como um dos
mais eficientes do Brasil e atende
a forte produção do agronegócio
paranaense. A produção
tem crescido muito no interior
do Estado. Não é a toa que o
Brasil tem se tornado o grande
produtor e exportador de alimentos”,
afirmou Ratinho Júnior.
A ideia, ressaltou o governador,
é fazer com que o Porto de Paranaguá,
que já é um dos maiores
terminais graneleiros da
América do Sul, tenha mais agilidade
e eficiência para a exportação
da produção paranaense.
“Junto a outros projetos de modernização,
como a expansão
do corredor exportação de
grãos, vamos ampliar a capacidade
dos próximos 30 anos,
para atender a demanda de
crescimento do agronegócio
brasileiro”, afirmou. Além do
Paraná, a obra beneficia a exportação
agrícola dos estados
do Mato Grosso do Sul, São
Paulo, Santa Catarina e também
do Paraguai.
O aumento de capacidade do
sistema significa mais competitividade
frente a outros portos,
explicou o diretor-presidente
da Portos do Paraná,
Luiz Fernando Garcia. “Investimentos
como a extensão do
berço, que amplia a capacidade
de carga, garantem que
as empresas que aqui operam
ganhem em qualidade e preço
competitivo”, disse, salientando
que a competição entre os
portos é muito forte. “Estamos
a 200 quilômetros dos portos
de Santa Catarina e a 400 quilômetros
de Santos. Se não for
mais competitivo operar por
A obra garante mais eficiência ao Porto de Paranaguá, que mesmo durante
o auge da pandemia quebrou recordes mensais de movimentação
Paranaguá, as empresas migram
para outros portos, por
isso é necessário investimento
constante”.
Para o secretário estadual da
Infraestrutura e Logística, Sandro
Alex, os investimentos no
porto fazem parte de um pacote
que atende os diferentes
ramais logísticos do Estado.
“O nosso compromisso para
manter a competitividade da
produção paranaense é fazer
com que as cargas cheguem
ao porto com custos reduzidos,
resultado de uma logística
eficiente em todos os níveis,
incluindo os ramais rodoviários
e ferroviário”, explicou o secretário,
destacando a ampliação
do Anel de Integração e do traçado
da Ferroeste, que serão
feitos nos próximos anos.
Jornal Paraná 5