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Jornal Paraná Outubro 2020

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AÇÚCAR

“Então, isso é muito

significativo para o Paraná. Paranaguá

passa a ser um grande

porto, um grande terminal exportador

de açúcar e de outros

produtos também. E é um passo

muito grande não só para os

associados da Pasa, mas, também

para o porto como um todo”,

complementa Tranin.

O berço 201 foi modernizado e

o cais de atracação foi prolongado

em 100 metros. Os investimentos

da empresa pública

Portos do Paraná somam R$

201,7 milhões e vão aumentar

em 140% a capacidade atual de

movimentação de cargas naquele

berço.

Durante a solenidade, o governador

também assinou a contratação

das obras de derrocagem

do maciço rochoso conhecido

como Pedra da Palangana,

para aumentar a profundidade

do calado (canal de

acesso) ao porto de Paranaguá

em aproximadamente 1m20,

chegando a 14,60 metros, isso

equivale a aumentar em mais 7

mil toneladas de granéis ou 120

contêineres extras por navio.

As obras de ampliação do cais

de atracação permitirão que navios

com maior capacidade de

movimentação de cargas possam

atracar no porto, que comportem

até 80 mil toneladas de

carga bruta, na categoria Post

Panamax, de grande porte,

além de garantir maior segurança

na navegação, evitar acidentes

e aumentar a competitividade.

A previsão é que as

obras de derrocagem comecem

em até quatro meses. Serão

investidos pouco mais de

R$ 23,2 milhões para a realização

dos serviços.

O berço 201 recebeu, ainda,

nova estrutura eletromecânica,

incluindo dois novos shiploaders

(carregadores de navios)

de 2.000 toneladas/hora. Com

isso, a capacidade anual de

movimentação passará dos

atuais 2 milhões de toneladas

de grãos para 6 milhões de toneladas

de grãos por ano.

Ratinho Junior destacou que a

obra garante mais eficiência ao

Porto de Paranaguá, que mesmo

durante o auge da pandemia

quebrou recordes mensais

de movimentação. “O aumento

de capacidade é um ganho para

o porto, que tem crescido muito

e se consolida como um dos

mais eficientes do Brasil e atende

a forte produção do agronegócio

paranaense. A produção

tem crescido muito no interior

do Estado. Não é a toa que o

Brasil tem se tornado o grande

produtor e exportador de alimentos”,

afirmou Ratinho Júnior.

A ideia, ressaltou o governador,

é fazer com que o Porto de Paranaguá,

que já é um dos maiores

terminais graneleiros da

América do Sul, tenha mais agilidade

e eficiência para a exportação

da produção paranaense.

“Junto a outros projetos de modernização,

como a expansão

do corredor exportação de

grãos, vamos ampliar a capacidade

dos próximos 30 anos,

para atender a demanda de

crescimento do agronegócio

brasileiro”, afirmou. Além do

Paraná, a obra beneficia a exportação

agrícola dos estados

do Mato Grosso do Sul, São

Paulo, Santa Catarina e também

do Paraguai.

O aumento de capacidade do

sistema significa mais competitividade

frente a outros portos,

explicou o diretor-presidente

da Portos do Paraná,

Luiz Fernando Garcia. “Investimentos

como a extensão do

berço, que amplia a capacidade

de carga, garantem que

as empresas que aqui operam

ganhem em qualidade e preço

competitivo”, disse, salientando

que a competição entre os

portos é muito forte. “Estamos

a 200 quilômetros dos portos

de Santa Catarina e a 400 quilômetros

de Santos. Se não for

mais competitivo operar por

A obra garante mais eficiência ao Porto de Paranaguá, que mesmo durante

o auge da pandemia quebrou recordes mensais de movimentação

Paranaguá, as empresas migram

para outros portos, por

isso é necessário investimento

constante”.

Para o secretário estadual da

Infraestrutura e Logística, Sandro

Alex, os investimentos no

porto fazem parte de um pacote

que atende os diferentes

ramais logísticos do Estado.

“O nosso compromisso para

manter a competitividade da

produção paranaense é fazer

com que as cargas cheguem

ao porto com custos reduzidos,

resultado de uma logística

eficiente em todos os níveis,

incluindo os ramais rodoviários

e ferroviário”, explicou o secretário,

destacando a ampliação

do Anel de Integração e do traçado

da Ferroeste, que serão

feitos nos próximos anos.

Jornal Paraná 5

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