19.11.2020 Views

Revista Empresários Edição Novembro Dezembro 2020 Auditada

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.




4






Autenticidade Sustentável – Por: Mariana Sousa , Coach de Vida e

Reprogramadora Mental

Para que você construa uma

vida e uma personalidade autênticas,

sem fazer mal ao ambiente

Nos dias de hoje, mais que nunca,

ouvimos falar em autenticidade.

Viver de acordo com a sua verdade,

agir baseado nos seus valores

e na sua essência. Mas afinal, o

que é ser autêntico?

Mariana Sousa, Coach de vida e

reprogramadora mental, explica,

“Ser autêntico é uma arte.

É muito fácil passar desapercebido

no meio da multidão.

Mas se destacar por ser uma pessoa

original requer força, coragem

e um alto nível de autoconhecimento.

E para que essa sua

verdade se prolongue no tempo e

faça parte de maneira genuína da

sua vida, ela precisa ter 3 pilares

bem fortalecidos”. Pense numa

construção gigantesca.

Uma torre de 30 andares com

alta tecnologia em todas as áreas.

É indispensável uma base muito

sólida para garantir a segurança e

a solidez do edifício.

A mesma coisa acontece com

uma personalidade autêntica.

“Quanto mais genuíno um indivíduo

é, mais complexo e interessante

esse se torna, e assim, se

faz necessário uma boa base estrutural.

Por isso eu criei o termo

‘autenticidade sustentável’” expõe

Mariana.

A primeira base é o Autoconhecimento,

“O primeiro passo para

viver de acordo com a sua essência

é conhecê-la.” Ser autêntico

também significa ser verdadeiro.

Uma pessoa com essa característica

é sincera, honesta e verdadeira,

tanto com ela quanto com o

próximo.

“Eu tive uma cliente que estava se

divorciando aos 48 anos, tendo

começado o relacionamento com

o ex marido aos 14. E a primeira

coisa que ela me falou na nossa

primeira sessão foi “Eu não sei do

que eu gosto”.

Ela tinha passado os últimos 34

anos vivendo de acordo com as

preferências do seu marido e filhos.

Uma pessoa que não conhece a

sua essência não pode desenvolver

a sua autenticidade” apresenta

a Coach. Por isso, uma imersão

no Autoconhecimento é essencial.

Não adianta nada saber quem

você é, mas viver preocupado

com o que os outros pensam de

você, por isso o segundo pilar é o

Empoderamento.

“Além de ser uma questão de felicidade

e qualidade de vida, esse

pilar é também uma questão

de saúde física, pois ter os nossos

pensamentos, sentimentos e

ações alinhados é extremamente

importante” comenta Mariana.

O Brasil é o país com maior número

de pessoas com ataques de

ansiedade no mundo.

Esse número está diretamente

relacionado à insatisfação com a

própria vida e em consequência

uma sensação de viver sempre

fora de si mesmo.

Esperando o fim de semana, esperando

um grande amor, esperando

o jogo do time favorito de

futebol e afins. Se empoderar é

viver unicamente por você.

E assim, chegamos ao terceiro pilar,

o Respeito pela Autenticidade

alheia. Viver de acordo com a sua

essência invadindo e desconsiderando

o espaço do outro, não é

autenticidade.

É falta de educação. “Existem

pessoas que acreditam que ser

autêntico é falar tudo aquilo que

pensam sem “papas na língua”.

Mas essa atitude ultrapassa os limites

da autenticidade e se transforma

em grosseria.

É o extremo medo de não encaixar.

Costumam ser pessoas que

aparentam ser muito fortes e ter

uma autoestima elevada, mas

que por trás escondem uma fragilidade

que acaba produzindo

uma atitude de defesa atacando

outros”, ensina a reprogramadora

mental.

A pessoa que não respeita e agride

o espaço dos outros acaba

afastando todo mundo de perto

dela. Viver de acordo com a sua

essência, sem disfrutar e desenvolver

habilidades sociais não é

sustentável.

O que está sendo procurado é

uma autenticidade que se sustente

no tempo proporcionando

felicidade e um nível elevado de

qualidade de vida.

E esse resultado passa por uma

vida social saudável.

“Por isso o terceiro pilar para sustentar

a base da torre da autenticidade

é o respeito pela verdade

e pelo espaço das outras pessoas.

Trabalhando a nível consciente

e subconsciente e colocando em

prática esses três aspectos, se torna

inevitável o desenvolvimento

de uma vida autêntica sustentável”

finaliza Mariana.

9



Somos reflexo dos espaços que habitamos! Por: Daiana Arnold, diretora criativa

na Casulo Arquitetura de Experiências

Não existe um espaço neutro, ou ele

nos afeta de maneira positiva, ou

ele interfere negativamente em nosso

comportamento.

Levando em consideração esta reflexão,

podemos constatar uma das razões

pela qual aumentou e muito, o

desejo de transformar nossos espaços

durante a pandemia.

O fato de ficarmos isolados em casa,

onde grande parte das empresas e profissionais

liberais acabou trabalhando

em regime de home office durante o

isolamento, nos fez refletir sobre o espaço

que habitamos.

O ser humano por natureza busca por

conforto e bem estar, e quando temos

um ambiente que conduz ao comportamento

e inspirações necessários, certamente

temos rendimento eficiente

em nosso trabalho, ou seja, o espaço

onde efetivamente trabalhamos gera

um resultado positivo se ele condiz

com a necessidade.

Por exemplo, ambientes coloridos,

com muita luz natural e contato com

a natureza, são produtores de inspirações

criativas, pessoas que trabalham

na área de criação, como marketing,

arquitetura, moda, design e até mesmo

alimentação são as mais beneficiadas

por interagir com ambientes assim.

Já ambientes claros, com tons suaves,

poucos elementos, uma iluminação

calmante e contato com a natureza, são

apropriados para pessoas que precisam

de muita concentração, como advogados,

cirurgiões, psicólogos, terapeutas.

Nota que um dos fatores que se repete

é o contato com a natureza, este artifício

será sempre positivo em qualquer

área, há alguns anos cresce a tendência

de utilizar paredes verdes em espaços

comerciais, e já aumentou muito o recurso

em espaços residenciais também,

as paredes verdes nada mais são do que

uma pequena ou grande parede preenchida

com plantas, sejam elas naturais

ou artificiais, o simples fato de ter contato

visual com uma planta, nos remete

a frescor e conexão com a natureza.

Esta tendência veio para ficar, e a chamamos

de Biofilia, que nada mais é do

que amor à vida. Este termo foi popularizado

por Edward Osborne Wilson,

publicado em seu livro em 1984. Wilson

descreve a biofilia como uma tendência

natural a voltarmos nossa atenção

às coisas vivas.

A pandemia nos trouxe de presente

como fator positivo, um tempo para

reflexão, onde percebemos que o ser é

mais importante do que o ter. Vamos

buscar cada vez mais por conexões

positivas, espaços com boas energias,

pessoas proativas e negócios com propósito.

Dito isso, volto ao início de nossa leitura,

onde cito o grande número de

pessoas buscando por renovações em

seus lares. Aumentando muito as solicitações

por reformas, transformando

seus espaços para que sejam mais produtivos,

que tenham uma iluminação

mais confortável e mais eficiente, para

que enquanto executamos nossas tarefas

diárias, podemos estar confortáveis.

Em conversas com comércio local, ligado

na construção civil, na região da

serra gaúcha, obtivemos informações

de que os meses de julho e agosto de

2020 superaram as vendas de qualquer

outro mês do ano, e mais ainda,

algumas dessas lojas, como a de revestimentos

por exemplo, superou as

vendas dos últimos cinco anos. Ou

seja, ao mesmo tempo em que as pessoas

ficaram em casa, com a incerteza

da pandemia, também estão se organizando

e realizando obras e reformas. Já

sentimos uma carência na mão de obra

local, bem como a falta de alguns produtos.

Agora, uma coisa é certa, além do desejo

de reformar ou transformar seus

espaços, as pessoas buscam por experiências

nos negócios, sejam elas no

atendimento ou algum produto inovador

que cause algum tipo de impacto

sustentável ou emocional.

Nenhum negócio mais resistirá por

muito tempo se o cliente não tiver uma

boa experiência de compra. Sejam elas

online ou loja física.

Como teu negócio tem se preparado

para este cliente que busca ser surpreendido?

Como tua equipe tem reagido com as

mudanças na rotina?

Teu negócio oferece um espaço produtivo

para tua equipe ou até mesmo para

conduzir teu cliente a uma boa experiência

de compra ?

Dúvidas ou considerações, entre em

contato.

contato@casuloarqdesign.com.br

http://www.casuloarqdesign.com.br/

Siga-nos nas redes sociais @casuloarqdesign

Treinamentos de equipes e negócios

com experiências

Viagens Internacionais de Negócios

* Orlando ( Disney )

* New York ( NRF )

* Dubai ( EXPO2021)

11




Coronavírus: as empresas depois de amanhã – Por: José Augusto Figueiredo,

Presidente no Brasil e Vice-Presidente Executivo para a América Latina da

Consultoria LHH

título desse texto faz uma analogia

O ao filme intitulado “O Dia depois

de Amanhã”, dirigido pelo alemão Roland

Emmerich, uma ficção científica

que retratou os efeitos catastróficos do

aquecimento global.

Diante dessa pandemia deflagrada pelo

COVID-19, as consequências também

estão sendo devastadoras, seja para a

saúde humana, seja no alto impacto na

economia mundial. Obviamente, isso

implica diretamente no mercado de

trabalho em todo desenvolvimento organizacional

que várias delas vinham

construindo, o que é preciso preservar,

dentro do possível, incluindo a tentativa

de manutenção de capital intelectual

devidamente capacitado.

Segundo a Organização para a Cooperação

e Desenvolvimento Econômico

(OCDE), a expectativa é de que o crescimento

do PIB global de 2020 reduza

de 2,9% para 2,4%.

A entidade classificou a pandemia

como a ameaça mais grave à economia

desde 2008. No Brasil, a contração será

de 4,4% em 2020, com riscos desses

efeitos negativos serem sentidos até

2023.

Conversando com CEOs brasileiros,

especificamente sobre a nossa economia,

identificamos três posturas de líderes

empresariais frente à crise:

a primeira é de um grupo com grande

preocupação com a saúde de seu time e

menos com o negócio, pois dependem

essencialmente dos mercados externos

com os quais as relações comerciais são

em dólar.

A segunda postura é representada por

14

um grupo gigantesco, que tem, essencialmente,

manufatura local e depende

do comércio para escoar seus produtos.

Este, além da atenção aos colaboradores,

está duplamente impactado,

seja pelo baixo ou não consumo, seja

pelo câmbio de suas matérias-primas,

que destruíram suas margens.

Por último, tem a postura de um pequeno

grupo que também mantém

atenção na saúde do time, mas os negócios

vão de vento em popa, pois sua

cadeia de valor está sendo altamente

demandada nesta crise, como, por

exemplo, alimentos, gases medicinais e

itens farmacêuticos.

As percepções são distintas e o primeiro

grupo visualiza uma crise econômica

muito alinhada ao ciclo da própria

pandemia e aposta numa recuperação

mais rápida, já a partir de setembro.

Já o segundo está bastante assustado e

muito preocupado com a saúde financeira

de seus negócios, principalmente

pela capacidade de manter o fluxo de

caixa frente a um período ainda indeterminado.

Nos dois grupos há todos

os tipos de ações que impactam diretamente

as pessoas, desde desligamentos

pontuais, férias coletivas e antecipação

de férias individuais, redução de jornada,

licença não remunerada em larga

escala, até a suspensão de exigências

administrativas em segurança e saúde

no trabalho, determinada pela recente

Medida Provisória 927.

Fica evidente que a rápida reação diante

da ameaça à sobrevivência é fundamental.

Entretanto, muitos desses

CEOs estão sofrendo e lamentando a

perda de todo investimento realizado

nos últimos anos em treinamentos,

projetos de cultura, desenvolvimento

de líderes etc., ou seja, a construção de

um bem intelectual imensurável. Escutei

de um líder: “cairemos dois andares

na pirâmide de Maslow”.

Tudo indica que a crise será duríssima

com muitos colegas e trabalhadores em

geral perdendo o emprego.

Segundo estimativa da XP investimentos,

o desemprego pode atingir 40 milhões

de brasileiros. Dados recentes,

levantados pela equipe da LHH, apontam

que de cada 10 empresas, oito farão

readequação dos seus quadros.

Muitas deixarão de existir ou entrarão

em recuperação judicial e despencarão

na escala de Maslow.

Tudo isso faz parte do contexto, mas o

que não é óbvio na cartilha dos CEOs é

o como fazer isso.

Como preparar a organização para entender

essa necessidade?

Como apoiar os líderes e formadores

de opinião na execução deste processo?

Como cuidar da saída das pessoas?

Como identificar o que elas precisam?

Como cuidar dos colegas que ficam?

Como estabelecer um novo contexto

organizacional para que as pessoas se

engajem genuinamente e não só por

medo de perder o emprego?

Como não olhar para o time depois da

tempestade e achar que eles são os sobreviventes?

Como manter a porta aberta para

aqueles talentos que poderão voltar?

Como cuidar da imagem da Companhia

frente aos colaboradores que

saem e também são clientes da própria

empresa?

É notório que os questionamentos dos

líderes são complexos e merecem a

atenção e apoio especializado nesse cenário

drástico de mudança.

Afinal, se essa queda na pirâmide de

Maslow não for bem feita, todo o investimento

e trabalho construído no

que diz respeito à construção de culturas

organizacionais e desenvolvimento

de talentos serão destruídos.

E as consequências para os negócios?

Desastrosas.

Afinal, não podemos esquecer que empresas

são feitas de pessoas.

Entendemos a premência das ações,

mas é preciso cuidar das pessoas tanto

do ponto de vista da saúde frente ao

vírus quanto frente à crise econômica

que se avizinha.

Que ao final de tudo, as empresas possam

ter cuidado da sua cultura organizacional

e do seu maior patrimônio

que são as pessoas, mesmo as que por

ventura tiveram que sair.



O perfil do imigrante empreendedor – Por: Elilde Browning,Professora e

escritora,autora dos livros E assim foi a vida, com uma versão em inglês,

Paths of life, Crônicas de um tempo infinito e Voltando a viver, a ser publicado em

fevereiro de 2021

Para um imigrante empreendedor

ser bem sucedido em

um país estranho precisa ter

qualidades excepcionais de conhecimento

nesse setor, firmeza

de pensamento e muita coragem

para os desafios que, certamente,

enfrentará. Na maioria das vezes,

quando se toma essa decisão, já

se conhece muitos detalhes sobre

a cultura, costumes e comportamentos

daquele lugar. Embora

saibam que, haverá sempre uma

diferença entre essas informações

e a realidade. O mais importante,

porém, é o que visualizam sobre

as oportunidades que terão e as

atividades que querem exercer ou

empreender.

Controlar as emoções é um fator

primordial para seguir em frente

de tudo que ficou para trás.

Os Estados Unidos é o país de

maior número de imigrantes, por

ser considerado onde todos os

sonhos se realizam.

O denominado: sonho americano.

E, ainda, por ser um lugar

de grandes oportunidades para

qualquer pessoa que não tem

medo de desafios e coragem para

enfrentar duras batalhas.

Há muitas maneiras de se tornar

um imigrante na América do

Norte.

Todavia será preciso sempre observar

as normas e as exigências a

serem cumpridas.

16

Conheci o senhor Alejandro

Martinez, um mexicano milionário,

que ao visitar a Disneyword e

ficar empolgado como tudo que

viu, sentiu e vivenciou, decidiu

vender tudo que possuía em seu

país e mudar-se com a família

para a Florida. Ele percebeu que

poderia ampliar os seus negócios

num país de grandes oportunidades.

A sua visão de empreendedor levou-o

ao ramo imobiliário e em

alguns anos se tornou um dos homens

mais ricos no setor.

Como ele era um homem de

princípios, imigrou de maneira

legal e, assim, pode desenvolver

os seus negócios sem nenhum

contratempo.

Como imigrante, passou por momentos

difíceis e, enfrentou preconceitos

e xenofobia, mais nunca

desistiu porque sabia que essas

situações são comuns, para quem

quer viver num país que não é o

de sua origem.

Ainda, os seus filhos conseguiram

estudar em grandes Universidades

e tornaram-se profissionais

de alto gabarito.

A visão ampla de empreendedor

levou-o ao sucesso e concluiu,

realmente, que vivia em um país

onde dreams come true.

O mundo conhece a história dos

cubanos que, fugiram da Ilha de

Cuba em direção aos Estados

Unidos, por fatores econômicos e

socioculturais. Eles saiam à noite

em embarcações precárias, muitos

com a família, arriscando suas

vidas, em busca de um novo viver.

Naquela travessia pelo mar, muitos

levavam em suas mentes projetos

de empreendedorismo, e,

certamente visualizavam como

poderiam colocá-los em prática.

Muitos morreram nesse caminho

turbulento e difícil. Apesar de

tudo, outros que tinham as mesmas

ambições, não desistiram

porque a força que os movia era

mais forte.

Eles tinham determinação, coragem

e sabiam que ultrapassariam

todos os desafios que se atrevessem

a cruzar as suas jornadas.

Muitas leis foram criadas, pelo

Congresso Americano, para conter

a entrada desses imigrantes.

Todavia, como o mundo, embora

se tenha a demarcação de cada

país, pertence a humanidade, eles

estavam dispostos a enfrentar todas

as dificuldades, para a realização

de seus sonhos

Hoje conhecemos na Flórida o

bairro dos Espanhóis a famosa

Little Havana que é o vibrante coração

cubano de Miami, com galerias

de arte latino-americanas

e restaurantes com o paladar da

comida daquele país.

Há um comércio pulsante com

uma variedade imensa de lojas,

bancos e empreendimentos.

Os famosos cafés com janelas

amplas servem o café típico com

clientes fumando charutos. Na

Calle Ocho (SW 8th Street) os

moradores discutem política sobre

dominós no Maximo Gomez

Park, apelidado de Dominó Park

pelos habitantes locais”.

O estado da Florida ganhou grandes

empreendedores, que apenas

precisavam de uma oportunidade,

para por em prática o seu

mundo visionário.

E, ainda, o seu idioma que é um

dos mais falados pela maioria dos

habitantes ao redor.

A solidariedade é um fator importante

entre todos.

Eles se apóiam e se ajudam mutuamente.

Essa forma de agir, torna-os

unidos e fortes para vencer

os problemas, em suas mais variadas

dimensões.

Conheço o Engenheiro civil Paulo

Costa que, um dia, decidiu


mudar-se para os Estados Unidos

munido, apenas, de um diploma

de curso superior e uma vontade

férrea de alcançar sucesso num

país estranho. Os seus primeiros

anos foram difíceis no exercício

de atividades que estavam fora

do que aprendera em seu país de

origem

– O Brasil. Esse detalhe não lhe

tirou a força e a coragem que dispunha

para uma escalada ascendente.

A sua visão de um jovem empreendedor

o levaria um dia a descobrir

que a educação e o conhecimento

são fatores importantes

para o desenvolvimento, pessoal,

e, o de uma Nação. Aprimorou

os seus estudos na língua inglesa

e também em computação e um

dia consegue ingressar na Florida

International University, no

exercício de uma função, cujo

trabalho ajudaria àqueles que entendem

que estudar é ter sempre

novos horizontes à sua disposição,

e, ainda visualizar um mundo

diferenciado.

Numa tarde de verão, estava em

seu apartamento no andar 51 do

edifício, onde reside, e pude ver

o mais lindo por do sol de toda a

minha existência e extasiada pensei:

Deus existe! Morar ali é um premio

que lhe foi concedido pelo

Criador, pelos longos anos de

trabalho e dedicação numa das

maiores Universidades dos Estados

Unidos.

Os seus filhos estudaram em Universidades

famosas e todos são

úteis à Comunidade dando, assim,

uma parcela de contribuição

ao país que acolheu o seu ascendente.

No final do século XIX e começo

do XX milhares de italianos emigraram

para os Estados Unidos e

América do Sul por razões econômicas.

A crescente indústria

Norte Americana precisava de

trabalhadores e em pouco tempo

a comunidade italiana tornou-

-se uma das mais prósperas. Em

Manhattan precisamente na Mulberry

Street eles formaram uma

comunidade denominada Little

Italy.

No Brasil, inicialmente, esses

imigrantes, foram trabalhar nas

colheitas de café na região de São

Paulo e, ainda para outros estados

como Santa Catarina de Espírito

Santo. Muitos empreendimentos

tiveram a sua notável contribuição.

A famosa iguaria a pizza é

internacionalmente conhecida e

apreciada.

Qualquer povo que emigra para

um novo país leva, também, a sua

cultura, seus hábitos, seu idioma,

sua culinária e num entrosamento

perfeito enriquece o modus vivendi

do novo lugar.

Há 200 milhões de imigrantes no

mundo quase 3% da população

global.

Os Estados Unidos é o que mais

recebe imigrantes por ser um

país economicamente desenvolvido.Em

2010 eles somavam 42,8

milhões sendo que 11,5 desses vivem

ilegalmente no país.

A definição que o departamento

norte americano faz de um imigrante

segundo um conjunto de

leis é:

“qualquer individuo que se encontre

dentro da nação e que não

seja nacional ou cidadão dessa,

com algumas exceções”.

O desenvolvimento do mundo

em seus mais amplos aspectos

deve-se, aos empreendedores que

não têm medo de arriscar em novas

empreitadas, e, sempre estão

revestidos de otimismo, autoconfiança,

coragem, persistência, resiliência

e um bom projeto.

Não importa se é um nativo de

um país ou um imigrante porque

a idéia do empreendedorismo é

descobrir dentro de si, o que gosta

de fazer e ter idéia de como comercializá-lo.

Todos têm suas motivações e a

certeza de que o empreendimento

terá sucesso.

17



O futuro do profissional de Comércio Exterior – Por: Alessandra Bacci é Head de

Pessoas na eCOMEX-NSI

Para potencializar a absorção

da transformação digital no

mercado de Comércio Exterior,

é fundamental compreendermos

que, no futuro, todas organizações

serão empresas de tecnologia

A pandemia do novo coronavírus

acelerou não somente o processo

de transformação digital, como

desencadeou uma necessidade

de autoconhecimento e autodesenvolvimento

dos profissionais

em todos os níveis da organização.

Como em toda crise severa,

a adjeção desses fatores resultou

em uma janela de oportunidades

para que se conquiste a valorização

equitativa dos papéis da tecnologia

e das pessoas na evolução

da empresa.

O momento é de convergência

e todos na organização já compreenderam

que as pessoas terão

papel central nesse processo

de transformação tecnológica.

Nesse sentido, as inovações digitais

já não provocam a mesma

resistência de antes por parte dos

colaborares e não se limitam somente

aos ganhos de eficiência e

produtividade.

A transformação é digital e comportamental

O que vivenciávamos até então

era um desalinho entre as inovações

de sistemas e a evolução dos

recursos humanos da empresa,

em que os profissionais, mesmo

conscientes da necessidade de

rápida adaptação para sobreviverem

no novo mercado, não

conseguiam reagir no mesmo

compasso das transformações digitais,

tampouco aproveitar todas

suas potencialidades.

A pandemia e os reflexos do distanciamento

social, que vão desde

o aumento do uso da tecnologia

básica em nosso dia a dia aos

desafios de se manter a produtividade

no home office “forçado”,

definitivamente acelerou o futuro.

Por isso, é inevitável intensificar a

transformação comportamental

dos colaboradores, processo que

deve ser fomentado pela empresa

por meio de capacitação, avaliações

e engajamento da liderança.

Tecnologia humanizada: equilíbrio

operacional ao alcance das

empresas

Em seu livro “FUTURO S/A”,

André Souza, CEO da empresa

homônima, realiza um compilado

de conteúdos referentes à

transformação cultural das organizações.

Uma de suas frases representa

com fidelidade a importância de

se discutir o papel das pessoas

ante a digitalização em massa que

tende a continuar nos próximos

anos.

“… O humano vai mostrar que o

humano precisa ser humano.

E que o robô será robô”.

Por mais despretensioso que possa

parecer, esse trecho reforça que

não se trata de substituir o trabalho

humano e ofuscar seu protagonismo,

mas de atribuir uma

abordagem plenamente estratégica

para que os profissionais sejam

valorizados.

A insistência em sistemas manuais

reduz a participação humana

a tarefas repetitivas que beiram a

exaustão, comprometendo oportunidades

de destaque para o indivíduo.

Por isso, pensar na utilização

da tecnologia de forma

humana deve ser uma medida

imediata para empresas interessadas

em absorver o potencial

por trás da transformação digital,

sem desconsiderar as consequências

positivas dessa movimentação

à realidade de trabalho compartilhada

internamente.

O profissional de Comércio Exterior

cada vez mais tecnológico

Em outros tempos, planilhas e

modelos manuais foram importantes

para nosso segmento, mas

a aceleração da tecnologia, entre

movimentos governamentais e a

obtenção de resultados animadores,

aponta para a urgência de se

inserir o profissional de Comex

em um ambiente digital, tanto no

aspecto técnico como no intelectivo.

Atualmente, uma gestão que lide

com a complexidade do Comércio

Exterior não pode simplesmente

ignorar o sucesso para o

planejamento estratégico identificado

nessa coexistência entre

ser humano e máquina.

Com essa mudança no mindset

da operação e a automatização

de processos, o potencial de cada

um dos profissionais será evidenciado.

Não por acaso, aquela resistência

à transformação digital tem

deixado a pauta das pessoas, que

estão conscientes quanto à naturalidade

do tema.

O Comércio Exterior é um exemplo

concreto e capaz de dimensionar

o real impacto da tecnologia

sobre a gestão de uma empresa.

O objetivo é potencializar o tempo

e o talento humano, utilizando

os sistemas para resolverem

problemas complexos de forma

simples e eficiente. Dessa forma,

soluções inovadoras são grandes

aliadas, não obstáculos.

19





Combinando a automação BPM para melhorar a eficiência dos processos – Por:

Nilson Yoshihara, Territory Services Manager na Red Hat Brasil

O BPM e seu conjunto de ferramentas,

metodologias e boas práticas

proporcionam a agilidade

necessária para que a empresa se

adapte rapidamente às necessidades

do negócio.

Além do desenvolvimento de soluções

de BPMS (suítes de automação

de processos), a onda da

Gestão de Processos trouxe uma

nova abordagem ao mercado,

partindo da perspectiva de que

a empresa é uma coleção de processos

e, portanto, conhecê-los

e documentá-los é fundamental

para otimizá-los e, consequentemente,

melhorar a performance

operacional das organizações.

clientes e usuários.

Neste contexto, as companhias

investiram tempo e recursos para

modelar processos AS IS e redesenhá-los

num modelo TO BE

futuro, para, a partir de então,

usar as ferramentas de automação

na realização do deploy do

processo. Mas a realidade não foi

bem assim.

Desde o início dos anos 2000,

o mercado vem percebendo

a importância do Gerenciamento

de Processos do Negócio, conceito

conhecido como BPM (Business

Process Management), na

sigla em inglês.

A abordagem tem como foco o

gerenciamento adaptável, desenvolvido

para sistematizar e facilitar

processos organizacionais

complexos, dentro e fora das empresas.

Um importante contraponto ao

modelo das soluções de megasuites

de softwares empacotados,

os Sistemas de Gestão Empresarial

ou ERP (Enterprise Resource

Planning), muito utilizado até

então.

Por isso, é vista como fundamental

para tornar as organizações

mais eficientes e competitivas no

mundo digital.

Enfrentando desafios

A adoção do modelo passou a fracassar

em diversas organizações,

pela falta de clareza sobre quando

usar tecnologias de BPMS e qual

a abrangência das técnicas dessa

abordagem para resolver problemas.

Ou seja, o BPM não deveria ser

a única opção para resolver todos

os problemas de automação das

empresas.

Existem muitas atividades ad

hoc, que podem ser executadas a

qualquer tempo em um fluxo de

processos, comportamento difícil

de implementar em uma suíte de

automação de processos BPMS.

O mesmo acontece em alguns casos

nos quais é mais factível a implementação

via desenvolvimento

de um sistema de aplicação e

não da automação via tecnologia

de workflow.

As últimas duas décadas trouxeram

muitos aprendizados sobre

Gestão de Processos dentro das

empresas, entre eles o uso da automação

de processos combinada

a outras abordagens, como robôs

ou desenvolvimento de sistemas

de TI, para garantir eficiência aos

usuários de negócios.

Em resumo, criar fluxos de trabalhos

automatizados é uma das

maneiras de criar processos digitais,

mas não a única forma

de trazer essa experiência para

23




Produtividade no trabalho: a vantagem dos dados transformados em valor para

conquistar o equilíbrio Por: César Garcia, Diretor de projetos e desenvolvimento

da Meeta Solutions

Não é de hoje se que se discute

produtividade no ambiente

de trabalho. Claro que os

parâmetros foram mudando ao

longo dos anos. As facilidades da

tecnologia influenciaram tanto

positiva, como negativamente.

Em tempos de home office veio

mais à tona ainda a necessidade

do controle de produtividade de

funcionários e também dos gestores.

Além do volume do trabalho, é

preciso conciliar as tarefas domésticas,

o tempo dedicado aos

filhos e ainda lidar com as distrações

externas, que nos tiram foco.

Não só pela crise atual, mas no

geral, nos últimos anos as empresas

estão sendo demandadas a fazerem

cada vez mais com menos.

Tempo tornou-se um ativo valioso,

que quando perdido não pode

ser recuperado. Mas, a verdade

é que, hoje, mais do que nunca,

exige-se um alto nível de produtividade

de todos nós, inclusive

com consequências econômicas.

Um estudo da FGV, divulgado há

alguns meses, aponta que a baixa

produtividade do brasileiro é um

grande entrave para o crescimento

sustentável do Brasil.

Ela é a mesma há 30 anos e está

bem abaixo dos demais países.

Ou seja, o que um norte-americano

faz em 15 minutos e um

26

alemão ou coreano, em 20 minutos,

o brasileiro normalmente

leva uma hora para fazer. Dados

que mostram a necessidade de

aprimoramento desse controle da

produtividade no trabalho.

Além disso, segundo o Relatório

de Trabalho Empresarial dos

EUA, Workfront, a quantidade de

tempo que os colaboradores gastam

trabalhando é inferior à metade

do expediente diário (a jornada

é, geralmente, oito horas).

Estima-se que apenas 39% de um

dia de trabalho seja produtivo.

E é errado dizer que existem culpados.

Os motivos que levam à improdutividade

são inúmeros e podem

estar relacionados não só às

distrações pessoais, como também

à má gestão e falta de direcionamento

do time.

Seja em casa ou no escritório.

Poderíamos fazer uma lista de

interferências e suas origens que

têm como resultado final a queda

da produtividade no trabalho, no

dia a dia.

Porém, mais do que saber se nosso

time e até nós mesmos estamos

usando bem o tempo, a questão

é como saber se estamos conseguindo

equilibrar todas essas tarefas.

Onde conseguir essa informação

de forma precisa e concreta?

Isso porque, normalmente, o

conceito de produtividade e os

parâmetros de avaliação variam

de pessoa para pessoa.

Muitas vezes, quem é improdutivo,

considera-se extremamente

produtivo e quem é produtivo se

acha extremamente improdutivo.

Por isso, confiar apenas no feeling

pessoal, de quem avalia e de

quem é avaliado, não costuma

ser totalmente efetivo e não traz

uma visão realista do cenário.

Pelo contrário, pode ser parcial

demais.

É preciso ir além da visão empírica.

Basear-se em dados, informações

de valor, que não sejam

administradas ou inseridas por

alguém manualmente.

E é aí que entram as ferramentas

para medir produtividade, que

embora já existam há algum tempo,

ainda têm seu potencial subaproveitado.

Especialmente porque, em um

primeiro momento, quando falamos

sobre implementar uma

solução de controle de produtividade

de funcionários dentro da

empresa, muitos ficam reticentes.

Na linguagem popular podemos

até dizer de “cabelo em pé”.

Existe o receio de invadir e também

de ter sua privacidade invadida.

Mas, o que nem sempre é

olhado como prioridade é o equilíbrio

que isso traz.

É preciso realmente desmistificar

a ideia de que a tecnologia é boa

só para um lado, quando na verdade

ela é capaz de beneficiar as

duas partes no que tange à mensuração

da produtividade no trabalho

e na vida pessoal.

De um lado, a vantagem de se ter

um olhar justo, que permita direcionar

melhor as tarefas, enxergar

necessidades de melhorias,

identificar lacunas de treinamentos

no time de colaboradores, déficits

e até procrastinações, se elas

existirem.

Do outro, é uma chance de auto

avaliação, de um direcionamento

claro e embasado em fatos concretos,

de como o seu tempo está

sendo usado.

Estamos falando de otimização

do tempo, de evitar levar trabalho

para a casa e, ao final, sentir-se

muito mais satisfeito com relação

ao seu papel na organização.

Estamos falando de equilíbrio e

não de controle.

E isso nem sou eu quem está dizendo.


Um recente estudo feito por pesquisadores

da Universidade de

Illinois incentiva as pessoas a

definirem limites em suas vidas

profissionais.

A pesquisa afirma que, se os funcionários

tiverem um senso de

controle sobre as interferências

do trabalho na vida pessoal, eles

poderão lidar melhor com o estresse.

E isso compensa em produtividade

quando eles se envolvem novamente

com o trabalho.

Mesmo porque, apesar de todos

os sentimentos positivos que têm

pairado sobre o homeoffice, 52%

dos entrevistados em uma pesquisa

pela Robert Half acredita

que estão trabalhando mais horas

em casa do que antes.

O que faz com que gerir o tempo

melhor, seja crucial.

Ou seja, se eu como gestor ou

alguém do meu time tiver claro,

com transparência e imparcialidade,

quanto dedica do seu

tempo à tarefa e, principalmente,

às atividades que possam estar

tirando o seu foco do trabalho,

existirão ganhos substanciais de

produtividade no trabalho. Tem

um reflexo sim nos negócios e na

competitividade.

Por corroborar uma visão ampla,

360º. Mas, principalmente, tem

um grande ganho no lado pessoal.

E esse talvez seja até maior.

27



É possível maximizar os resultados do ERP através do suporte em tempo real? Por: Luiz Gustavo Dias,

Tech Partner na logithink

Para que a tecnologia provoque

efeitos em grande escala e

amplifique os resultados de uma

empresa, é necessário se atentar a

meios de extrair o real potencial

da inovação no ambiente de trabalho.

Realizar a implementação de um

sistema de gestão empresarial é

o primeiro passo para mudar a

perspectiva operacional de qualquer

empresa. No entanto, considerando

todas as contribuições

ligadas à figura do ERP, não se

pode depositar todas as esperanças

na simples presença da máquina

e esperar que a mesma sustente

um ambiente corporativo

100% orientado à inovação. Existem

meios disponíveis no mercado

para conduzir um melhor

aproveitamento dos benefícios

que a tecnologia tem a oferecer, e

os serviços de AMS (Application

Management Services) apontam

para um caminho de estabilidade

tecnológica extremamente positivo.

Nesse sentido, é importante indicar

o que de fato pode ser melhorado

com o apoio pontual de

um suporte em tempo real para

as plataformas automatizadas

instaladas. Mais do que preservar

a qualidade de ferramentas consolidadas,

trata-se de uma sinalização

clara de que a organização

em questão está preocupada em

extrair o que há de mais proveitoso

em termos de Transformação

Digital.

Visão estratégica para

acompanhar novas demandas

Mudanças ocorrem a todo instante,

principalmente em um

quadro empresarial cada vez mais

receptivo às novidades mercadológicas.

Essa noção de adaptabilidade

também se aplica ao AMS

na medida em que se mostra uma

operação atualizada ao momento,

isto é, preparada para suprir as

necessidades de organizações de

grande, médio ou pequeno porte,

sem desconsiderar a complexidade

de um período de recuperação

econômica.

Para o pós-pandemia, contar com

um planejamento estratégico flexível

e de caráter imediato é uma

tendência praticamente obrigatória.

Ter uma equipe de sustentação

especializada no tema, com

todos os artifícios necessários

para interpretar etapas de diagnóstico

e resolução de demandas

de forma assertiva, são razões que

justificam o investimento em um

setor de gerenciamento de serviços

terceirizado.

Mudança operacional em

prol da redução de custos

Garantir a eficácia de um ERP

não é uma tarefa de simples execução.

É comum se deparar com

inúmeras variáveis que podem

comprometer e até dificultar a obtenção

de resultados satisfatórios.

Por isso, o gestor não deve encarar

a implementação tecnológica

como uma missão cuja responsabilidade

pertence somente à uma

governança interna imatura no

quesito inovação. Obviamente,

não há nada de errado em optar

por meios de facilitar essa transição

ao digital.

Entre as vantagens de se delegar a

gestão de TI, a empresa encontra

um espaço propício à redução de

custos por diversas fontes. Além

de reduzir exponencialmente a

ocorrência de problemas técnicos

voltados para o ERP, o que por si

só já diminui possíveis prejuízos

financeiros, também se demonstrará

alcançável um aumento no

rendimento e na produtividade

interna, em harmonia com atualizações

e manutenções centralizadas.

Oportunidade para abraçar

a Transformação Digital

Nos últimos anos, o debate acerca

da Transformação Digital tem

acompanhado a evolução do papel

humano no que podemos

chamar de onda tecnológica. Não

é sobre ignorar a utilização de

soluções inovadoras, mas compreender

os melhores métodos e

aproveitá-las ao máximo, criando

uma existência sustentável entre

profissional e tecnologia. Dentro

dessa proposta de entendimento

estratégico sobre a utilização de

um ERP, discutida ao longo do

artigo, os serviços de AMS favorecem

à construção de uma cultura

organizacional alinhada com

os maiores benefícios por trás da

digitalização.

Tão importante quanto o respaldo

técnico evidenciado pelo uso

de softwares de gestão empresarial,

é a certeza de que o componente

humano continuará habitando

uma rota de crescimento

gradual, sem o entrave de obstáculos

que poderiam ser evitados

com serviços de AMS. No fim, o

objetivo máximo do suporte em

tempo real é justamente facilitar

a vida de todos os envolvidos no

cotidiano operacional, assegurando

um funcionamento constante

da área de TI.

29




Como preparar o seu time para a inovação aberta com startups – Por: Bruno Rondani , fundador e CEO

da 100 OPEN STARTUPS

Defina desafios e estratégias apenas

após conhecer o ecossistema e o

potencial das startups: o que elas oferecem

e buscam.

Tenho visto cada vez mais empresas interessadas

em se juntar ao mundo da

inovação aberta ou, como temos definido,

começar a fazer open innovation

com startups. Porém, muitos gestores

nos procuram na 100 Open Startups

por não saberem por onde começar, ou

em busca de orientações sobre como

aprimorar o processo, seja em seu próprio

trabalho, seja na preparação das

suas equipes para esse jogo.

Por isso, escolhi dedicar meu texto deste

mês a esse assunto, trazendo reflexões

e dicas relacionadas a três temas

principais que o permeiam: aspectos

de desenvolvimento pessoal; aprendizados

de o que não fazer e de o que fazer.

Então, decidi preparar o conteúdo

em tópicos curtos, para facilitar a leitura

e futura consulta de forma prática.

Aspectos de desenvolvimento

pessoal

Ao atuar com startups, você vai interagir

com pessoas que apostaram

em ousar, inovar e arriscar parte de

suas carreiras em projetos de impacto.

Você pode aprender a desenvolver essas

habilidades na sua própria carreira,

acompanhando as jornadas deles,

cheias de altos e baixos, pressões e conquistas.

Esteja aberto ou aberta para

contribuir, trazer a sua visão, experiência

e dar feedbacks.

32

Adote uma postura de cocriação. Abra

a cabeça junto com os empreendedores

e explore as possibilidades, em vez de

apenas julgar ou selecionar. Teste a sua

capacidade de contribuir e a capacidade

do empreendedor de te ouvir, faça

com que ambos assumam um pouco a

posição do outro para explorar caminhos.

Por mais experiente que o empreendedor

seja, você está exposto a desafios

na sua empresa e no mercado que ele

ou ela talvez desconheça ou não tenha

a mesma clareza que você.

Por menos experiência que você tenha

em empreender, sua vivência e visão

podem abrir os olhos dos empreendedores

para algumas ideias.

Criar essa empatia e abertura na conexão

trará benefícios de aprendizados

a ambos, e cada interação será uma

oportunidade de as duas partes saírem

melhores.

Controle a ansiedade do empreendedor

em fechar negócio e parcerias com

a sua empresa. Seja transparente nas

suas intenções e possibilidades dentro

da companhia e ofereça o seu melhor a

cada interação.

Dicas de o que não fazer na

inovação aberta

Evite críticas e julgamentos precipitados.

Inovação é um jogo difícil. Não

tem certo e errado para o novo.

Desafie as suas próprias opiniões ouvindo

o empreendedor. Respeite o

tempo dele ou dela dando-lhe a atenção

devida.

Evite pedidos que gerem desconforto

ao empreendedor que tem poucos recursos,

como reuniões excessivas para

extrair conhecimento dele, sem lhe dar

nada em troca.

Não peça que ele realize atividades que

consumam tempo e recursos – que são

o que ele tem de mais escasso – com

atividades para as quais não vai dar

atenção, como Provas de Conceito,

Demonstrações e Relatórios, se não tiver

claramente uma oportunidade real

a oferecer. Procure sempre equilibrar o

custo da interação para as startups com

pedidos prematuros.

Não prometa coisas que não tenha alçada

para decidir e não crie expectativas

desnecessárias. O empreendedor

está em uma posição de sonhador.

Ele ou ela pode abraçar desafios confiando

em você e vai tender, pela posição

dele ou dela na relação, a receber

oportunidades com um otimismo

muitas vezes exagerado. Ajude para

que este profissional mantenha o pé

no chão em termos dos passos e etapas

pelas quais precisará passar até concretizar

algo.

Aprendizados de o que fazer no

relacionamento com startups

Defina desafios e estratégias apenas

após conhecer o ecossistema e o potencial

das startups: o que elas oferecem

e o que elas buscam.”

Os insights que você pode receber das

startups, antes de definir o que quer,

são fundamentais.

Entenda que existem muitas formas

de interagir com estas novas empresas.

Crie jornadas diferentes para objetivos

diferentes. Por exemplo, Business Operation,

Business Partnership e Corporate

Development.

Por fim, defina bem o que consegue

agregar às startups e faça da jornada de

relacionamento com elas um benefício

em si.

Essas dicas são frutos da nossa experiência

acompanhando o desenvolvimento

de open innovation com startups

no país desde o seu início, e vendo

cada vez mais empresas se envolvendo

com o tema, ainda que sem programas

estruturados.

Tenho certeza de que, com estas dicas

em mente, a sua experiência e a da sua

equipe, no relacionamento com empreendedores

e empreendedoras, será

muito mais valiosa, inspiradora e proveitosa

para ambos.




As quatro fases da tão sonhada Reforma Tributária – Por: Ana Campos é Especialista em Aquisições e

Reestruturações e sócia fundadora da empresa Grounds, empresa de consultoria inteligente especializada

nas áreas contábil, tributária, trabalhista, previdenciária.

Entenda as etapas e expectativas

em torno da Proposta do

Governo, que inclui unificação e

simplificação de tributos

Que o sistema tributário brasileiro

é complexo, caro e, em larga

medida, vai contra a lógica de eficiência

tão em voga no ambiente

de negócios atual, não é exatamente

uma novidade.

Para termos uma ideia, hoje as

empresas gastam mais de 1.500

horas por ano, apenas para declarar

impostos e tributos para a

Fazenda.

O impacto desses desafios, vale

frisar, não pesa só no bolso do

contribuinte. Segundo dados

divulgados pela própria equipe

econômica da Presidência da República,

atualmente, nada menos

que espantosos 51% do PIB são

gastos com contencioso tributário

federal.

Tão antigo quanto essas mazelas,

reside o desejo (ao menos no

discurso) dos mandatários que

governaram o país ao longo dos

últimos 26 anos, em aplicar uma

ampla reforma tributária que traga

mais simplicidade para o modelo

fiscal nacional. Todavia, em

todo esse tempo, não tivemos

grandes avanços e, de Fernando

Henrique Cardoso a Michel Temer,

pouco se concretizou para

reformularmos o, já celebre, carnaval

tributário brasileiro.

Dentro deste contexto, no último

dia 21 de julho, o Governo Federal

enviou uma proposta de reforma

tributária para o Congresso

a ser aplicada em 4 fases e que

promete reduzir custos, simplificar

tributos, trazer mais segurança

jurídica, transparência, maior

equidade e “fim de privilégios”.

Ao longo deste artigo, analiso, em

linhas gerais, cada fase da proposta

e as especulações em torno do

tema. Teremos, enfim, avanços?

1ª Fase: Unificação do PIS

e da COFINS

O primeiro passo para a reforma

tributária do Governo Federal

envolve a criação do CBS (Contribuição

Social sobre Operações

com Bens e Serviços), tributo que

unificaria as contribuições sociais

do PIS e COFINS, com alíquota

de 12% e validade imediata após

a publicação da Lei – o projeto de

criação do CBS já foi apresentado

ao Congresso, por meio da PL

3887/2020.

Segundo o Governo Federal, uma

das grandes vantagens deste primeiro

passo envolve um ganho

de transparência, pois o tributo

incidiria sobre a receita bruta, e

não mais sobre todas as receitas

das empresas.

Por outro lado, uma das grandes

críticas em torno do tema envolve

a linearidade da cobrança, uma

vez que áreas como a de serviços

seriam diretamente impactadas

com a mudança.

2ª Fase: Transformação do

IPI em um Imposto Seletivo

O próximo passo da Reforma,

segundo informou o secretário

especial da Receita, José Barroso

Tostes Neto em reportagem do

Valor Econômico, será a simplificação

do Imposto Sobre Produtos

Industrializados (IPI) e sua

transformação em um imposto

eletivo, sobre bens específicos

como cigarros e bebidas.

3ª Fase: Reformulação IR

Pessoa Física e Jurídica

Na terceira etapa, o Governo vem

discutindo a redução de alíquotas

e retirada de deduções no Imposto

de Renda da Pessoa Física.

Já para as Pessoas Jurídicas, é prevista

a redução de impostos sobre

as empresas e, em contrapartida,

a tributação de lucros e dividendos,

hoje isentos.

4ª Fase: Desoneração da

Folha e criação de imposto

sobre transações digitais

Na última fase da proposta de

Reforma Tributária do Governo

Federal reside, possivelmente,

um dos pontos mais discutíveis

do projeto. Em um primeiro momento,

o Governo pretende desonerar

a folha de pagamento das

empresas e estimular, com este

movimento, a criação de empregos

no país.

A polêmica está no fato de que,

para compensar as perdas com a

desoneração, a equipe econômica

do Governo discute a criação de

um imposto sobre transações financeiras

eletrônicas e que guarda

semelhanças com a CPMF.

Repercussões

Além das análises que apontamos

acima em alguns pontos da proposta,

vale a pena resumirmos

outras repercussões em torno do

projeto de Reforma Tributária do

Governo Federal.

O Congresso, por exemplo, fez

críticas a proposta, classificando-

-a da “tímida” e pouco ambiciosa,

segundo reportagem recente da

35


Folha de S. Paulo.

No plano da unificação do PIS e

da COFINS, por exemplo, há outras

duas propostas tramitando

na Câmara e no Senado, as quais,

são mais abrangentes na unificação

de impostos – a primeira

englobando 5 tributos (IOF, PIS,

COFINS, ICMS-estadual e ISS-

-municipal) e a segunda englobando

9 tributos (IPI, IOF, PIS/

Pasep, Cofins, Salário-Educação,

Cide-Combustíveis; ICMS-estadual

e ISS-municipal).

Por sua vez, especialistas da área

econômica vem criticando a ideia

da criação de uma “CPMF Digital”.

Um dos grandes riscos de

um possível novo imposto neste

sentido seria a geração de impactos

no comércio eletrônico – uma

das áreas que, segundo o próprio

Governo – mais tem crescido na

economia do país.

Além disso, trata-se de um custo

que, possivelmente, será repassado

ao consumidor no preço-final

dos produtos.

O que esperar?

Pesando todos os lados da discussão,

a proposta de Reforma Tributária

do Governo Federal traz

alguns avanços importantes, devendo,

todavia, passar por ajustes

para dar mais clareza ao projeto e

uma melhor resolução de pontos

que tem dividido a câmara, como

o imposto sobre transações digitais

ou os impactos do CBS em

determinadas áreas econômicas

importantes para o desenvolvimento

do país.

A grande questão que permanece

– sobretudo com um aparente

enfraquecimento das relações da

equipe econômica do Governo

com o presidente Jair Bolsonaro

– avançaremos realmente com

a Reforma? Ou ela ficará para a

próxima estação, como em governos

anteriores?

Pode ser que a resposta já tenha

sido dada: em reportagem do Valor

Econômico de começo de setembro,

é apontado que “para votar

o projeto de lei que flexibiliza

o Código Brasileiro de Trânsito

(CBT) na Câmara dos Deputados

na próxima semana, o governo

Bolsonaro desistiu do requerimento

de urgência para o projeto

de lei (PL) da reforma tributária”.

A retirada do requerimento de

urgência da Reforma Tributária

era necessária pois o projeto

trancava a pauta da Câmara dos

Deputados e estava causando

“pressão desnecessária na discussão

sobre o tema”.

Diria que o tempo não está a nosso

favor, e só a história dirá os

desdobramentos do nosso atraso

em discutir um tema tão importante

e vital para manter o Brasil

na competição mundial.

36




A tecnologia para impulsionar o setor de bens de consumo – Por: Renato Halt é

Co-Founder da b2finance e Head of SAP Business One.

Entre os componentes para o

sucesso de uma empresa que

lide com bens de consumo, a satisfação

do consumidor é, sem

dúvidas, um dos fatores mais decisivos

para a conquista de novos

clientes

O setor de bens de consumo representa

uma função mercadológica

importante em termos

econômicos, preenchendo um

espaço comercial sem precedentes

para o Brasil. Sob a ótica

das empresas inseridas nesse

segmento, a busca por métodos

capazes de proporcionar experiências

de compra pessoais, relevantes

e simplificadas é um processo

compatível com a chegada

da transformação digital e seus

benefícios operacionais.

Se na teoria, a inovação é uma

possibilidade a se considerar

internamente, é necessário encontrar

meios de se facilitar essa

transição à tecnologia. O público

consumidor tem acompanhado

mudanças mercadológicas

na medida em que privacidade e

confiança são características indispensáveis

para gestores preocupados

com a evolução de seu

negócio. Nesse sentido, a implementação

de plataformas automatizadas,

como ERPs, abre as

portas da governança e oferece

novas possibilidades para a área

de bens de consumo.

O que significa otimizar a

experiência?

Atualmente, a qualidade de um

produto não é mais o único critério

para que uma pessoa realize

uma compra e seja fidelizada

pela marca. Os consumidores

esperam por uma jornada conveniente,

que priorize a resolução

de problemas de modo simples e

objetivo, sempre sob um plano de

fundo seguro e confiável. As empresas

de bens de consumo precisam

encarar esse cenário como

uma grande oportunidade para

redefinir procedimentos com

base em insights extraídos pela

máquina que visam construir relacionamentos

sustentáveis com

o público.

Otimizar a experiência é compreender

a importância de todas as

etapas do processo de fidelização.

A partir desse entendimento profundo

sobre os desejos, comportamentos

e atitudes por trás dos

interessados em determinado

produto, a tarefa de entregar resultados

personalizados torna-se

muito mais alcançável.

Acompanhe a nova concepção

sobre os dados pessoais

Parte central da relação entre empresa

e cliente, principalmente

após a chegada da transformação

digital, repousa na figura dos dados

armazenados. Não é plausível

esperar que o consumidor seja

conquistado caso os canais selecionados

mostrem-se incapazes

de assegurar a integridade das informações

concedidas. Não por

acaso, a Lei Geral de Proteção de

Dados (LGPD) chegou para contemplar

essa noção de segurança

e transparência na abordagem

comercial.

Além de respeitar uma tendência

extremamente influente quanto

à movimentação do mercado, a

adesão de um ERP proporciona

uma abordagem analítica sobre

os materiais disponíveis, colocando-os

como ferramentas assertivas

para uma tomada de decisão

de acordo com demandas

externas em constante evolução.

Conexão com clientes e integração

com parceiros

No fim das contas, quando uma

empresa de bens de consumo sinaliza

positivamente para a utilização

de soluções digitais, ela

deixa claro que a figura máxima

ainda pertence ao cliente. Todos

os esforços são conduzidos em

prol de sua satisfação. Desde à origem

dos produtos à forma como

os mesmos serão entregues; a reformulação

é ampla e passa pela

compreensão do empresariado

sobre as plataformas que tornarão

essa mudança viável.

Os ganhos são competitivos e

produtivos, na medida em que

aproveitam todos os ativos no

ecossistema da organização; colaboradores,

prestadores de serviço,

cadeia de suprimentos,

entre outros elementos cruciais

para que o relacionamento final

seja conduzido com excelência.

Essa valorização da experiência

do consumidor, encabeçada pela

reinvenção de modelos consolidados,

colocará em destaque empresas

alinhadas com a próxima

era dos bens de consumo.

Como anda o relacionamento

com o cliente em sua empresa?

Faça essa reflexão e verifique

pontos de melhoria!

39



Convidado por Jamir Silva, jornalista e diretor da Revista Empresários , Marcos

Roberto Spolaor Antunes , CEO Spolaor Consult Group escreveu um artigo

especial sobre Planejamento Tributário onde as informações contidas nele vai

ajudar o empresário brasileiro ter uma ampla visão sobre o assunto.

PAGO MUITOS IMPOSTOS!!!

PRECISO DE PLANEJA-

MENTO TRIBUTÁRIO!!!

Quando se falava em planejamento

tributário, pensava-se e

associava-se esse termo com Sonegação

Fiscal, quando na verdade

deveria ser visto como Elisão

Fiscal.

Sonegação Fiscal é um ilícito fiscal,

uma prática irregular adotada

para não recolher os impostos

devidos, diferente da Elisão

Fiscal, que é totalmente lícita e

reconhecida pelo erário público

como prática legal em diminuir

os impostos de forma justa, sem

artimanhas e ilícitos fiscais.

A sonegação fiscal chegou ao índice

de 39% no ano de 2004 e a

cada ano vem se reduzindo. Em

2018 chegou à 17% sobre o faturamento,

conforme fonte extraída

do IBTP (Instituto Brasileiro

de Planejamento Tributário).

Essa redução expressiva na sonegação

se deve a dois fatores: o

fisco vem cruzando cada vez mais

suas bases de dados e apertando

o cerco, ficando difícil a prática

de ilícitos fiscais e, por outro

lado, as empresas passaram a dar

mais atenção às possibilidades legais

em reduzir sua carga tributária,

com uma boa gestão de impostos,

utilizando planejamento

tributário com a variáveis legais,

mudanças de regimes tributários,

recuperação de créditos, mudanças

estruturais operacionais e até

mudança regional.

Empresas sem planejamento tributário

e sem consultoria tributária

normalmente pagam impostos

indevidos, são bi-tributados,

justificam a sonegação alegando

que “no Brasil tem que sonegar

para sobreviver” quando, na verdade,

estão criando um passivo

tributário irrecuperável, colocando

em risco todo seu patrimônio,

além de ter seu CPF/CNPJ com

problemas fiscais irreparáveis.

Mas como posso estar sendo bi-

-tributado? É simples! Seus produtos

e serviços podem estar

classificados tributariamente de

forma errada. Será que seu produto

não tem substituição tributária?

Não é monofásico? Não

tem incentivos fiscais e base de

cálculo reduzido? Para todas essas

questões não existe uma regra,

existe a tributação e classificação

tributária adequada à sua

atividade e à sua empresa.

Em quanto posso reduzir meus

impostos? Esse cálculo não existe

sem que se faça um diagnóstico

fiscal atualizado e constante, possibilitando

ganhos significativos

de redução, seja de 10%, 20% ou

de até 100%.

Por exemplo: uma empresa que

comercializa produtos de cesta

básica, sendo este produto alíquota

zero de Pis e Cofins. A empresa

é tributada pelo Regime do Lucro

Real, no cenário atual de pandemia,

apresentando prejuízos no

resultado da empresa. Neste caso,

sua carga tributária federal reduz

em 100%, justamente por ter alíquota

zero para o PIS e COFINS

e não recolher o IRPJ e CSLL. O

fato da empresa apresentar no encerramento

do período prejuízo,

não se recolhe o IRPJ e a CSLL,

caso se mantenha prejuízo após

os ajustes no LALUR.

PAGO MUITOS IMPOSTOS!

COMO REDUZIR?

Não existe reduzir impostos,

existe a carga tributária justa e

adequada à atividade da sua empresa.

Cada empresa tem sua estrutura

governamental, fiscal e

gestão de custo, daí a importância

do planejamento tributário e

do enquadramento fiscal.

INCENTIVOS FISCAIS – ELI-

SÃO FISCAL

Utilizar os benefícios legais é lícito

e aceitável pelo fisco. Há duas

espécies de elisão fiscal:

1. aquela decorrente da própria

lei;

2. as que resultam de lacunas

e de possibilidades existentes na

própria legislação.

Na elisão, a própria lei induz economia

tributária, através de incentivos

e benefícios fiscais. Temos

como exemplo: Incentivos à

Inovação Tecnológica, PAT (Programa

de Alimentação do Trabalhador),

entre outros.

Já as lacunas, que a lei não impede,

são contempladas por planejamento

estratégico, mudança

de regime tributário, mudança

regional das instalações, etc. Um

41


exemplo são os municípios, nos

quais a alíquota do ISS (imposto

sobre serviços) pode variar em

3%.

PLANEJAMENTO

RIO

42

TRIBUTÁ-

Utilizado pelas empresas com

alta carga tributária e que estão

em crescimento, o planejamento

tributário é essencial para ajudar

na geração de caixa e economia

tributária, além de incentivar e

conscientizar as empresas da importância

da avaliação de seus

processos internos com mais regularidade.

Podemos falar em Compliance

Tributário o tempo todo, aperfeiçoando

a estrutura organizacional

da empresa sem perder

Governança Corporativa, a doutrinação

contábil, e o planejamento

estratégico. Quando se

planeja é preciso ter uma visão

sistêmica da empresa, focando

em maximizar seus resultados e

minimizando os seus custos, de

forma regular e que não gere um

passivo tributário.

Quando falamos de planejamento

tributário, o empresário pode

pensar em represália fiscal, que o

governo irá pressionar por maior

controle e fiscalização nas empresas.

Porém, se não há indícios

de sonegação e ou de estratégias

ilegais, o Fisco não tem porque

acirrar sua fiscalização sobre essa

empresa.

Temos várias possibilidades de

planejamento aceitáveis, sem

qualquer tipo de problema ou

possibilidade de represália fiscal.

Podemos citar algumas:

1. Mudança de regimes tributários

2. JCP (Juros Capital Próprio)

3. Incentivos fiscais

4. Compensação de prejuízos

5. Recuperar créditos tributários,

etc.

A forma mais utilizada para reduzir

a carga tributária da empresa

é utilizando o regime tributário

adequado à sua atividade.

No Brasil, temos os seguintes regimes:

1. Simples Nacional

2. Lucro Presumido

3. Lucro Real

4. Lucro Arbitrado

SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional (Regime Especial

Unificado de Arrecadação

de Tributos e Contribuições) é

o regime tributário tradicionalmente

conhecido e associado

como o menos oneroso e o mais

vantajoso para micro e pequenas

empresas, apresentando alíquotas

mais baixas em comparação

aos outros regimes e agenda tributária

mais simplificada. Essas

características, que deveriam facilitar

um maior controle sobre

as ações de planejamento tributário,

além de ser menos fiscalizado,

quando na verdade pode ser

muito mais oneroso que o regime

do lucro presumido ou real.

Quais empresas podem optar

pelo Simples Nacional?

Empresas com faturamento

anual de até 4,8 milhões (dado

atualizado em 2018).

OBS: Cuidado com os entes federativos

estaduais e municipais,

que não acompanharam a elevação

do faturamento para 4,8

milhões, mantiveram o faturamento,

criando-se os sublimites

estaduais e municipais, devendo

o ICMS e ISSQN ser recolhido

separado do DAS;

Microempresas e empresas de

pequeno porte que não incorrem

em nenhuma das vedações

previstas na Lei Complementar

nº 123, de 14 de dezembro de

2006.

LUCRO PRESUMIDO

Para as empresas que aderem ao

regime de Lucro Presumido, o

IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa

Jurídica) e da CSLL (Contribuição

Social Sobre o Lucro

Líquido) têm a base de cálculo

apuradas a partir dos percentuais

de estimativa de lucro aplicadas

sobre a receita bruta de cada atividade

da empresa no trimestre,

mais conhecido como alíquota de

presunção.

Após apurado o resultado, aplicando

a alíquota de presunção

juntamente com este resultado

operacional, ele é acrescido às

demais receitas e os resultados

positivos decorrentes de receitas

não abrangidas pela receita bruta,

como as receitas financeiras e os

ganhos de capital.

Assim, as demais receitas e ganhos

que não provêm da atividade

operacional da empresa são

incluídos na base de cálculo integralmente.

Esse regime é a forma simplificada

para determinar a base cálculo

do IRPJ e da CSLL, bem como,

para recolher o PIS e COFINS

sobre regime cumulativo. Cabe

ressaltar que neste regime a empresa

não tem direito a creditar-

-se do PIS e COFINS sobre insumos

aplicados à produção, venda

ou serviços prestados.

Quais empresas podem optar

pelo Lucro Presumido?

Pessoas jurídicas não obrigadas

à apuração do Lucro Real, cuja

receita bruta total no ano-calendário

imediatamente anterior tenha

sido igual ou inferior a R$ 78

milhões, ou R$ 6,5 milhões multiplicados

pelo número de meses

de atividade, quando inferior

a 12 meses (artigo 13, da Lei nº

9.718/1998 e artigo 7º, da Lei nº

12.814/2013).

Assim, se a empresa não for obrigada

a optar pelo Lucro Real, poderá

optar pelo Lucro Presumido

independentemente do porte

da empresa, mesmo sendo uma

“ME” ou “EPP”, que sempre são

associadas ao simples nacional.


Neste caso, a empresa do comércio,

pode optar pelo lucro presumido

e reduzir em mais de 10% a

carga tributária, deixando de pagar

alíquota alta no Simples Nacional

e pagando no Lucro Presumido

5,93% (alíquota efetiva)

sobre o faturamento.

Claro que devemos analisar todas

as variáveis, ICMS, ISS, INSS

sobre a folha de pagamento, por

isso a importância do planejamento

tributário e consultoria

tributária.

LUCRO REAL

Nesse regime, enquadram-se todas

as empresas: as que não estão

obrigadas a optar, mas optam de

forma facultativa, e as que já são

obrigadas por terem atividades e

situações específicas.

Portanto, quem não quiser optar

pelo Simples Nacional ou Lucro

Presumido por impedimento ou

por redução de carga tributária,

adota este regime como carga

tributária justa. Porque justa?

Porque, neste regime, a empresa

paga o IRPJ e CSLL, com base

no resultado positivo da empresa

(LUCRO), possibilitando-se

a dedução de custos e despesas

operacionais, além de utilizar os

incentivos fiscais ajustados após

o resultado contábil final.

Por exemplo: deduzir 4% do PAT

(Programa de Alimentação do

Trabalhador), utilizar até 30% dos

prejuízos acumulados como redutor

da base de cálculo do IRPJ/

CSLL, além de permitir a apuração

de créditos do PIS e COFINS

quando a empresa estiver sujeita

à apuração do PIS e COFINS pelo

sistema não cumulativo.

No Lucro Real, as empresas podem

deduzir da sua base de cálculo

alguns custos adicionais de

operação que não estavam previstos

e aconteceram no decorrer

do exercício fiscal. Assim, irão

pagar o imposto adequado ao seu

resultado e não sobre seu faturamento.

Todavia, é de suma importância

manter um controle contábil

operacional e financeiro

adequado, pois qualquer

pagamento sem documento

fiscal lícito fará com que essa

despesa seja considerada indedutível.

Costumo dizer,

quem paga errado paga duas

vezes! Sua empresa é quem

pagará o imposto dobrado!

Num cenário em que o fornecedor

da empresa possa ter

sonegado e não foi exigida a

nota fiscal, será a sua empresa

quem irá pagar o IRPJ e a

CSLL que ele está deixando

de pagar por não ter emitido

o documento fiscal, além das

demais penalidades legais.

Quando se fala em tributar

pelo lucro real, associa-se a

um temor de que a Receita

Federal irá fiscalizar com

mais rigor, porém a Receita só

fiscaliza quando tem indícios

de sonegação. O que ela faz

é coletar mais dados e cruzar

as informações que constam

em sua base de dados, essas

informações são extraídas das

várias obrigações acessórias

obrigatórias, mas essa situação

existirá em qualquer regime

tributário.

A partir do princípio que

existam atitudes ilegais, a fiscalização

não acontece pelo

regime tributário e sim pelas

suas práticas ilegais.

Tributar pelo lucro real não é

diminuir imposto. É estruturar

a empresa em governança

corporativa com compliance

nos processos internos, para

planejar e projetar os resultados,

recolhendo os impostos

justos com a carga tributária

adequada.

Quais empresas estão obrigadas

a optar pelo Lucro Real?

Empresas que possuem receita

bruta acima de R$

78 milhões ou proporcional

quando constituída no decorrer

do exercício;

Empresas que atuam no mercado

financeiro (bancos, caixas

econômicas, cooperativas de

crédito, empresas de seguros privados,

entidades de previdência

aberta e sociedades de crédito

imobiliário);

Empresas que obtiveram lucro,

rendimentos ou ganhos de capital

do exterior;

Empresas que exerçam atividades

de factoring ou que possuam

benefícios fiscais em relação à

redução ou isenção de impostos.

LUCRO ARBITRADO

O lucro arbitrado é uma base de

cálculo para o imposto de renda

aplicada pela autoridade tributária

ou pelo próprio contribuinte,

apenas em casos excepcionais,

não devendo ser utilizado por

opção como um regime de tributação

regular como o lucro real

ou o lucro presumido.

O arbitramento por conta do

contribuinte pode ocorrer em casos

extraordinários devidamente

comprovados, conforme legislação

civil, desde que conhecida a

receita bruta. Nesses casos, a determinação

das bases de cálculo

de IRPJ e CSLL é similar à do

lucro presumido e da estimativa

mensal, com acréscimo de 20%

somente na base do IRPJ.

Quando a autoridade tributária

opta pelo Lucro Arbitrado?

Quando houver qualquer uma

das hipóteses de arbitramento

previstas na legislação tributária.

São elas:

Indícios de fraude, vícios

ou erros na escrituração, de

forma que a impeçam de identificar

as movimentações financeiras

e/ou determinar o lucro real;

Se não forem apresentados

à autoridade tributária os livros

e documentos da escrituração

comercial e fiscal (o livro caixa)

e não houver regularidade na escrituração

contábil;

43


Se o contribuinte obrigado

ao lucro real não escriturar ou

deixar de elaborar as demonstrações

fiscais;

Se opção pelo lucro presumido

for indevida;

Se os livros contábeis não

forem mantidos em ordem

pelo contribuinte;

Se as empresas com atividades

no exterior não comunicarem

corretamente suas contas à

autoridade tributária;

Se o representante de empresa

estrangeira no Brasil

deixar de comunicar seus lucros

separadamente do lucro domiciliado

no exterior.

Neste cenário econômico, ficou

evidente a necessidade e a importância

da consultoria tributária.

Por este motivo, após 23 anos

de experiência profissional com

escritório contábil, o contador

Marcos Roberto Spolaor Antunes

idealizou e colocou em prática

seu projeto de consolidador

em um único local: na Spolaor

Consult Group.

A empresa especializada em planejamento

tributário, recuperação

de impostos e de créditos

tributários reúne profissionais de

diversas áreas para atender todas

as necessidades de uma empresa,

juntamente com outros profissionais

parceiros: Jurídico (Possente

Advogados Associados, Planejamento

Estratégico Financeiro e

BPO (Decisio), Recrutamento e

Seleção (Vendor Force).

O grupo oferece toda assessoria e

consultoria para crescimento organizacional

e corporativo da sua

empresa, apresentando resultados

extraordinários para a tomada

de decisões.

Marcos Roberto Spolaor Antunes,

CEO Spolaor Consult Group

, Contador, Professor e Consultor

Tributário, Ex-delegado do CR-

CSP - Município de Cubatão/SP.

https://spolaorconsult.com.br/

44




A transformação digital dos escritórios de advocacia – Por: Vinicius Marques é

Founder e CEO da EasyJur Software Jurídico Inteligente, especializado em Gestão

e Tecnologia Jurídica.

A

computação em nuvem proporciona

segurança e eficiência

ao âmbito jurídico, por meio

de softwares que otimizam a rotina

de escritórios e advogados

Nos últimos anos, temos visto

segmentos como fintech, agrotech

e healthtech evoluírem rapidamente

por meio da inovação

tecnológica.

Assim, as legaltechs, startups no

segmento jurídico, também estão

promovendo inovações tecnológicas

e implementado um novo

mindset, revolucionando rapidamente

a transformação digital no

direito, conhecida como Advocacia

4.0.

Nesse sentido, o avanço da transformação

digital na área jurídica

é um movimento global e vem

causando mudanças não somente

na gestão dos processos judiciais,

mas também na forma de advogar

no Brasil, que ainda é um país

judicializado – quase todos os

conflitos acabam na esfera judicial

contenciosa.

Atualmente, o sistema judiciário

brasileiro possui um estoque de

cerca de 80 milhões de processos

judiciais e o uso de novas tecnologias,

como Inteligência Artificial,

Machine Learning, Cloud Computing,

RPA (Automação Robótica

de Processos), BPM (Gestão

de Processos de Negócio), e jurimetria

têm sido decisivo para

o avanço da revolução digital na

gestão dos escritórios de advocacia

e departamentos jurídicos de

empresas. De acordo com estudo

da Zion Market Research, o investimento

em Inteligência Artificial

no Direito deve aumentar

1.000% até 2026.

Vivemos tempos de grandes desafios,

a pandemia mundial provocada

pela Covid-19 trouxe um

“novo normal” e acelerou o processo

de transformação digital de

diversas áreas, e no mundo jurídico

não foi diferente.

Avançamos em passos largos

rumo à Advocacia 4.0 e a melhor

maneira de inovar e atender às

expectativas dos clientes do escritório

de advocacia é investindo

em novas tecnologias que eliminem

as atividades repetitivas e

manuais, que ainda permeiam a

maior parte do mercado jurídico,

ocupando os profissionais do direito

com tarefas morosas e maçantes.

A solução esperada pelo

âmbito jurídico

Dentro deste contexto, é fundamental

que soluções assertivas

sejam aplicadas nos escritórios,

buscando, principalmente, formas

para que os advogados possam

migrar de modo definitivo

para o digital e tornar o escritório

4.0! Além disso, os recursos

tecnológicos com Inteligência

Artificial, utilizando algoritmo

preditivo e evolutivo, trabalham

com melhoria contínua, metodologia

ágil e filosofia Lean, utilizadas

por grandes empresas, como

o Google e Facebook.

Dessa forma, ao digitalizar os

processos, a busca pelos requisitos

fundamentais para o escritório

de advocacia, tais como

adequação à LGPD (Lei Geral de

Proteção de Dados), segurança

aprimorada, eficiência e mobilidade

deve ser feita. O acordo de

nível de serviço (SLA) também

deve ser levado em consideração,

bem como a computação em nuvem,

essencial para qualquer empresa

nos dias de hoje.

O que muda com a transformação

digital no dia a dia

do advogado?

Logo, com a transformação digital,

é possível ter o controle do

escritório em qualquer lugar e a

qualquer hora.

Uma solução jurídica oferece ao

time de profissionais uma série

de funcionalidades que otimizam

as tarefas e aumentam a produtividade.

Sendo assim, as vantagens do uso

de recursos tecnológicos dentro

de um escritório de advocacia podem

ser percebidas rapidamente,

já que a eficiência na rotina é uma

premissa básica que depende de

uma série de fatores, sendo três

em destaque: as pessoas, tecnologia

e os processos.

Isso porque a prática da rotina

jurídica depende, essencialmente,

da capacitação dos advogados

e do fluxograma de trabalho claro

e bem definido, e não menos importante

é crucial escolher com

assertividade a melhor solução

tecnológica para apoiar toda a

gestão do escritório de advocacia.

Sem isso, será difícil alcançar

a eficiência e rentabilidade do negócio.

A automatização de processos

manuais tem um papel chave nos

tempos atuais.

É necessário, cada vez mais, agregar

valor para os clientes do escritório,

e isso só é possível liberando

os advogados para atividades

mais estratégicas e relacionamento

com o cliente.

As melhores análises dos resul-

47


tados qualitativos, sem dúvida,

compõem um dos principais fatores

de sucesso para o advogado,

com o recebimento e análise

automática das movimentações,

uma vez que a transformação

digital agrega performance e inteligência

para o corpo jurídico.

Com isso, é possível potencializar

as habilidades intelectuais

do advogado, sem perder tempo

buscando as movimentações de

cada processo nos mais diversos

sistemas como Projudi, E-Proc,

PJE, E-Saj, entre outros

A importância da eficiência

para o escritório de advocacia

Mas, afinal, como definir uma rotina

jurídica eficiente?

É aquela que produz o resultado

esperado com o mínimo de erros.

Portanto, o desafio do advogado

é colocar a atividade intelectual

dos advogados no centro da estratégia,

já que eles aplicam o seu

conhecimento jurídico ao caso

prático de cada cliente.

Mas não apenas isso. Para conquistar

eficiência na rotina jurídica,

é fundamental ter processos

internos estruturados, seguros e

inteligentes.

Existem vários métodos de trabalho

que podem ajudar na organização

do fluxo de atividades.

Além disso, o uso de novas

tecnologias também pode ajudar

muito. A adoção de um software

jurídico em nuvem permite automatizar

até mesmo as atividades

administrativas e financeiras, reduzindo

custos e eliminando falhas.

48

É preciso acompanhar, medir,

orientar e incentivar os profissionais

a contribuírem com melhorias

no processo da função

exercida. Com uma rotina de trabalho

orientada pelos módulos e

workflows configurados, é possível

evitar falhas operacionais

e retrabalho e, principalmente,

melhorar a qualidade do atendimento

ao cliente. Afinal, quando

os profissionais sabem exatamente

como conduzir os processos,

não há espaço para dúvidas, lacunas

e subjetivismo.

Segurança e confiabilidade

Cada vez mais, a segurança dos

dados aparece como uma das

prioridades das organizações de

diferentes segmentos.

Não seria diferente com os escritórios

de advocacia, afinal, eles

trabalham com dados sensíveis e

precisam ter a convicção de que

as informações dos clientes estão

armazenadas em um ambiente

seguro. Focar esforços e investimento

em cibersegurança deve

ser uma prioridade do escritório.

A segurança dos dados é indispensável

para a operação e a

gestão jurídica de sucesso, bem

como para a conquista e a fidelização

de clientes.

Além disso, com os dados mantidos

em segurança na nuvem, a

reputação do escritório também

permanece íntegra.

Afinal, qualquer tipo de falha com

as exigências de segurança pode

respingar na imagem da empresa,

que figura como responsável por

uma eventual violação de dados.

Para evitar problemas com vazamento

de informações e invasões

ao sistema do escritório jurídico,

a melhor alternativa é investir em

segurança da informação e buscar

um sistema jurídico com uma

camada de proteção em nuvem.

Por fim, investir em um projeto

de transformação digital do escritório

jurídico, buscando mobilidade,

máxima eficiência e

segurança, é um dos principais

desafios do advogado do futuro.

Contudo, em um cenário de mudanças

e diante do amplo uso de

tecnologias disruptivas, é preciso

escolher o melhor parceiro para

orientar essa jornada de revolução

digital.

Assim, os advogados contam

com a ferramenta inovadora para

aumentar a performance e impulsionar

o crescimento do negócio.



Controladoria e seus benefícios. – Por: Ellen Souza, Consultora Financeira,

Especialista em Controladoria, Budget, confecção de Balanced Scorecard e Key

Performance Indicator.

Este é o papel da controladoria

em gerenciar a empresa, do ponto

de vista financeiro e administrativo.

Isso inclui tanto a organização

das ações, quanto o seu acompanhamento,

estrategicamente alocado

junto a operação tática, conforme

imagem a seguir.

Além disso, terceirizar os serviços

ajuda a reduzir custos com os

processos de contratação de funcionários

internos para sua empresa.

Diminuindo também os

custos operacionais envolvidos

no processo de recrutamento e

capacitação de colaboradores.

Vendo este cenário nasceu a Decisio

Assessoria e Gestão Financeira

que tem como objetivo contribuir

junto as empresas, com

uma Assessoria especializada,

orientação Financeira e Operacional,

trazendo clareza de seus

processos, direcionando – as a

melhorias e o alcance de seus resultados.

Em parceria com o Spolaor Consult

especializada em gestão tributária

e uma equipe, a Decisio

traz o diferencial em estratégias

de inovação, direcionando seu

negócio a um resultado evolutivo.

A

atual preocupação das organizações

é de implementar

uma gestão estruturada que lhe

proporcione uma visão clara de

seus processos, e um direcionamento

estratégico para tomada

de decisões que garantam alta lucratividade

com menores custos

e direcionamento no contexto de

competitividade de mercado, ainda

mais com a mudança abrupta

no atual cenário econômico. Para

tais resultados temos a controladoria

que tem importante participação

junto as empresas.

O que é controladoria?

A controladoria é o segmento

responsável pelo controle orçamentário,

cenários financeiros e

administrativo de uma empresa.

Já se imaginou ter todos os meses

seus resultados financeiros com

100% das informações necessárias

para trabalhar as estratégias

de crescimento da organização?

50

Quais seus benefícios?

A implementação da controladoria

dentro de uma organização,

proporciona benefícios sólidos

no quesito planejamento e resultado,

levantando 3 fatores primordiais

na aplicação:

• Planejamento sólido;

• Decisões eficientes;

• Futuro promissor.

Nesta base, a organização passa a

atuar no mercado com mais eficiência

e segurança, sabendo qual

o melhor passo a se dar diante do

futuro.

Como integrar este serviço

na organização?

Criar um setor de controladoria

em uma organização é um investimento

lucrativo, e atualmente

existe a possibilidade de integralizar

pelo processo BPO, sigla

usada para Business Process Outsourcin

(Terceirização de processos

de negócios);

Conclusão

A controladoria acompanhou e

acompanhará todas as organizações

que trabalham de forma estratégica

visando seu crescimento,

em resumo como disse Lord

Kelvin , “O que não pode ser medido

não pode ser controlado”.

Ellen Souza , atuou nas áreas de

Planejamento Financeiro & Reporting,

Custos, Capex, Planejamento

estratégico, Liderança e

Gestão. Com 8 anos de atuação

junto a diretoria e Supply Chain

da Cimentos Caue e Cimpor (Camargo

Correa), e JBS Friboi





Aumento do Fluxo de Caixa – Por: Isaac Hayon Sasson é Engenheiro Mecânico,

Executive MBA, especializado em Finanças Corporativas.

Existem dois tipos de empresas: as

que estão BEM e as que vão MAL.

Mesmo nesta época pandêmica, oferecemos

sem utilizar empréstimos

nem demitir o pessoal, AUMENTAR

o Fluxo de Caixa (ou Lucratividade),

melhorando as empresas de sucesso, e

também recuperando as que estão em

dificuldades ou caminho da falência.

A pergunta a se fazer é “Porquê

poderíamos ser contratados?”

1.- Principalmente o foco está no aumento

do Fluxo de Caixa da empresa.

Temos evidências. Antes da pandemia

ajudamos a recuperar 11 de 12 empresas

que solicitaram ajuda.

E 5 de seus donos confirmam os resultados

de nosso trabalho.

Ainda não temos trabalhado com empresas

que estão bem porque a maioria

delas falam “com time que ganha não

se mexe”, o que discordamos plenamente.

Também ainda não temos recuperado

a primeira empresa em época pandêmica

por falta de oportunidade, mas

agora estamos com 6 empresas nos

quais poderemos monstrar nossas primeiras

evidências.

2.- Manutenção de todos os empregados

sem ter que demitir a ninguém.

54

3.- Impreterivelmente, a proposta de

Otimização ou Recuperação visa a dispensa

de alavancagem financeira.

Acabamos com empréstimos perigosos.

4.- Sigilo absoluto da consultoria. O

trabalho é feito em parceria com o grupo

gestor da empresa.

A apresentação da proposta, o fornecimento

de dados e informações, as intervenções

e o monitoramento, podem

ser feitos remotamente, com reduzido

número de reuniões presenciais, sem

alteração da rutina administrativa e

mantendo a total liderança e autonomia

nas mãos da diretoria.

5.- Facilidade na coleta e praticidade

no repasse dos dados por parte do

cliente, gastando em total umas 4 a 5

horas por mês. Antes de nossa intervenção,

basicamente são necessários

os lançamentos diários do fluxo do

dinheiro de cada conta; custos, valor e

unidades vendidas por mês; e poucos

dados gerais sobre dívidas e o balanço.

Depois só os dados dos extratos bancários.

6.- Sigilo absoluto das contas e da estrutura

de custos dos produtos. Todo

pode ser codificado. O consultor não

precisa saber de informações técnicas

sigilosas da empresa.

7.- O cliente não fica amarrado com o

consultor. O contrato entre as partes

será quinzenal com renovação a critério

do contratante, com pagamento

vencido e opcional apenas da etapa realizada,

ou seja da quinzena, podendo

interromper o serviço da consultoria

mediante aviso prévio e sem qualquer

ônus adicional.

8.- Ver apresentação em YouTube de

10 minutos no link https://youtu.be/

Sq740XR104M

9.- Duas conclusões de nosso trabalho:

a) Podemos enriquecer os empresários

se aceitam ajudar aos consumidores

(explicação pessoal), e

b) Lucros maiores e consolidação da

empresa pudendo em pouco tempo lucrar

o mesmo valor das vendas de hoje,

ou seja, se vende $100 e lucra $20, em

pouco tempo estará lucrando $100.

10.- Honorários justos. $1.000 antes de

começar e $1.500 quinzenais pagados

de forma vencida e opcional, ou seja,

paga ao final da quinzena e só se ficar

satisfeito com o resultado.

Solicite uma visita e terá uma diferente

conversa técnica sobre melhorar sua

empresa.

Informações gerais em

https://www.valordeempresa.com

No caso de pensar na contratação do

serviço, seja para melhora ou para recuperação,

leia o arquivo “Progresso

ou Recuperação, o começo”.

www.valordeempresa.com/mn_artigos/aumfluxo.htm.

Um de nossos 19 artigos, todos inéditos,

esperamos seja histórico, explica

sobre o que pensamos seja a segunda

coisa mais importante do mundo empresarial.

Medir o Lucro Mensal.

O nome é “Podem ser radiografadas as

empresas?” no link https://www.valordeempresa.com/mn_artigos/lucromes.

htm



Três motivos para digitalizar o RH da sua empresa – Por: José Carlos Nascimento,

diretor de RH da ao³

O

período de isolamento social

trouxe à tona muitas questões

importantes para o mundo

corporativo, entre elas, o desafio

da área de recursos humanos

para digitalizar processos.

Tradicionalmente, o departamento

de recursos humanos

sempre foi aquele lugar onde a

gente precisa passar para assinar

algo ou entregar um documento.

Mas e agora?

Considerando que o home office

é uma tendência que veio para

ficar, como tocar essa rotina se

todos estão trabalhando de casa?

Pensando nisso, listei motivos

para apostar na digitalização na

aréa do RH.

Colaborador mais digital

56

O mundo digital já faz parte da

vida da maioria dos brasileiros –

segundo uma pesquisa Fundação

Getúlio Vargas, o Brasil tem dois

dispositivos por habitante, são

424 milhões computadores, notebooks,

tablets e smartphones. E

assim como na vida pessoal, é natural

que as pessoas busquem vivenciar

no trabalho experiências

digitais. Em um futuro não muito

distante, empresas mais analógicas

terão dificuldades para

contratar determinados perfis de

profissionais. Encantar o colaborador,

desde a admissão, usando

tecnologia é uma forma de mostrar

que a sua empresa não parou

no tempo e segue buscando formas

de simplificar processos.

Ou seja, investir em inovação

para o RH, também traz benefícios

para estratégia de atração e

retenção de talentos.

Organização e redução de

custos

RH é lugar de dados, muitos dados

e arquivos! E com passar dos

anos, encontrar um documento

é uma tarefa que pode consumir

horas. A legislação trabalhista

prevê que determinados documentos

devem ser arquivados por

até 30 anos, mas muitos já podem

ser guardados digitalmente.

Adotar uma solução em nuvem é

a maneira mais rápida e simples

de garantir que tudo esteja organizado

e seja encontrado facilmente

– mesmo mantendo fisicamente

em algum lugar, você terá

uma cópia digital para consultar

quando necessário.

Além disso, é possível reduzir

custos com empresas de arquivo

e transporte de malotes.

Segurança da informação e

compliance

A LGPD traz pontos específicos

que impactam diretamente no

RH, entre eles, o aumento da responsabilidade

de todos os profissionais

com a segurança da informação.

É a mudança de mindset

para adotar novos hábitos para

manuseio dos dados.

Nunca foi aceitável, mas agora

mais do que nunca não podemos

ter atitudes como deixar documentos

de colaboradores em

cima de uma mesa.

Outro ponto de atenção é o cuidado

com a condução dos dados

pelos profissionais de RH no

home office ou em espaços de

trabalho compartilhados para o

resguardo de informações sigilosas.

Mais uma vez apostar em

tecnologia é a saída para garantir

que a sua empresa esteja em compliance

e protegida.

Com processo de retomada pós-

-pandemia, veremos crescer ainda

mais a busca por eficiência e

processos mais digitais, em todos

os setores. E se a transformação

digital é um processo mais centrado

em uma mudança de cultura

e pessoas, do que tecnologia

propriamente dita, ninguém melhor,

para liderar e se beneficiar

desse movimento, do que o RH,

não é mesmo?



Gonzaguinha tinha razão – Por: Djalma Moraes – professor, diretor de

relacionamento da ABRH, escritor e ator

Olhando para o cenário mundial

diante da pandemia de COVID

19, encontramos um quadro interessante

de ser analisado, ou seja, enquanto

vemos a mídia divulgar números

alarmantes de infectados e mortos, de

empresas fechadas, pessoas desempregadas,

por outro lado, apesar deste

cenário sombrio, assistimos em nosso

país a uma reviravolta interessante.

Enquanto a política e a economia se

digladiam na burocracia de votações

de decretos, PEC’s e outros dispositivos,

o brasileiro vai à luta. E, como luta!

Para quem não está a par, já inventamos

tecidos que matam o vírus do

COVID, já criamos grupos de apoio

para arrecadar alimentos para pessoas

em condições de vulnerabilidade,

as startups estão produzindo apps que

resolvem milhares de problemas, empreendedores

estão se reinventando

e transformando negócios em novas

oportunidades, o que por si só, denota

que não estamos dispostos a nos entregar

alarmismo graçante que provoca

desmotivação e descrença.

Sejamos honestos, o quadro não é

maravilhoso, nem teremos mudanças

significativas rápidas e eficientes em

curto espaço de tempo, mas já é um

alento vermos grupos de empresários

58

se unindo para desenvolver mercados

e se buscar atualização para enfrentar

corajosamente os desafios que surgem

a cada dia.

Como brasileiro, me considero corajoso

e otimista, aprendi muito com meus

próprios erros e vejo outros mais agindo

da mesma forma, independente da

classe social, estamos assistindo uma

reviravolta lenta, silenciosa e poderosa

desde as chamadas “comunidades” até

nas esferas das grandes empresas, onde

já se discute de maneira aberta sobre

diversidade, inclusão de pessoas com

deficiência, gênero e a questão da desigualdade

étnica.

Um grande avanço!

Fico admirado quando leio sobre grupos

de negócios que estão revolucionando

o mercado, mulheres conquistando

espaço nos altos escalões de

muitas corporações, jovens fazendo a

diferença com ideias inovadoras que

alavancam a área de tecnologia.

Ainda temos muito o que fazer para

combater algumas iniquidades que estão

presentes no nosso dia a dia, tais

como, a criminalidade, o consumo de

drogas, a violência contra mulheres, o

abuso infantil, o desemprego e tantas

outras, cabendo aí o mesmo espírito

empreendedor de nos reunirmos para

discutir e propor soluções, de participarmos

mais ativamente das questões

que regem o destino do nosso país, as

quais perpassam a economia, a política,

a saúde, a educação, o trabalho e a

moradia.

Estamos caminhando no sentido de

nos apropriarmos no conceito de sermos

uma nação e não um ajuntamento

de pessoas, onde uns são privilegiados

e outros, relegados ao esquecimento.

Gonzaguinha tinha razão quando diz

que:

“Eu acredito é na rapaziada

Que segue em frente e segura o rojão

Eu ponho fé é na fé da moçada

Que não foge da fera e enfrenta o leão

Eu vou à luta com essa juventude

Que não corre da raia a troco de nada

Eu vou no bloco dessa mocidade

Que não tá na saudade e constrói

A manhã desejada”

(Música: E, vamos à luta – fonte: https://www.letras.mus.br/gonzaguinha/1134707/)

Somos uma nação guerreira formada

por homens e mulheres que em sua

maioria não desiste até alcançar um

ideal, apesar dos sofrimentos, das idas

e vindas dos governos, dos escândalos

causados por políticos e empresários

inescrupulosos, ainda somos um povo

que sempre se reergue, mesmo após

tempestades, desastres ecológicos, econômicos.

Etc.

Parabenizo a nação brasileira, que é a

única no mundo que está a frente de

várias soluções necessárias à recuperação

do nosso orgulho.

Não temos o dinheiro e o poderio de

outras grandes nações, mas temos o

que ninguém tem, a capacidade de recriar

a realidade através da criatividade.

O caminho ainda será longo, mas as

conquistas já começam a aparecer,

queremos mais, muito mais para nossos

filhos, netos e demais brasileiros.

Queremos muito para que possamos

compartilhar e dividir, queremos respeito

e a coragem de nossos ancestrais

como bandeira para a seguirmos cada

vez mais adiante.




Mudança: um desafio contínuo e necessário – Por: Fabiana Kadota Pereira ,

especialista em Recreação e Lazer, e professora da Área de Linguagens Cultural e

Corporal do Centro Universitário Internacional Uninter.

Para muitas pessoas, aceitar

mudanças repentinas pode

causar mal-estar e uma incômoda

sensação de falta de controle

da situação.

Estes sentimentos são ainda mais

comuns em pessoas sistemáticas,

acostumadas a rotinas repetitivas

e que seguem padrões formais.

Devemos estar preparados para

mudanças organizacionais, sociais,

políticas e até pessoais, pois

a vida é um contínuo movimento

e as mudanças são inevitáveis.

Frequentemente nos deparamos

com situações que discordamos

ou novas diretrizes que mudam o

rumo da caminhada.

Muitas destas mudanças podem

ser traumáticas e causar sofrimento

e/ou resistência.

O que fazer para “sofrer menos”?

Siga os três passos da aceitação:

1. Procure manter a calma e entender

os motivos para tal mudança;

2. Quebre a resistência e o pessimismo,

sentimentos comuns às

pessoas sistemáticas;

3. Acredite que haverá uma adaptação,

uma acomodação e uma

ressignificação dos afazeres.

Nada é eterno ou imutável.

O ser humano é um exemplo de

crescimento, aprendizado e mudança.

Basta observarmos como

um bebê evolui rápida e constantemente

no seu desenvolvimento

cognitivo, motor e relacional.

Mesmo depois de “crescidos”, podemos

e devemos estar abertos a

novos aprendizados e crescimento

pessoal.

Tudo depende de como aceitamos

o novo.

Quando finalmente o novo passa

a ser considerado como presente,

vem a compreensão de que o

melhor a fazer é aceitar e buscar

na mudança, novos aprendizados

e desafios. Entender que se trata

apenas de um recomeço e que,

muitas vezes, o recomeço é o melhor

caminho a seguir.

Cabe a cada um de nós decidir

como irá enfrentar e conduzir os

desafios que a vida nos impõe,

seja no âmbito profissional, pessoal

ou social.

Respeitar o seu passado, viver

intensamente o seu presente e

aguardar o que futuro lhe reserva.

Talvez essa seja a melhor forma

de entender o processo de

mudança constante que é a vida.

E você? Já refletiu que a resistência

pode deixar o processo mais

lento e doloroso? Eduque-se a

aceitar, enfrentar e aprender com

as novas ferramentas, metodologias

e diretrizes que as mudanças

lhe proporcionam.

Lembre-se que as grandes conquistas

e descobertas aconteceram

pela insistência dos cientistas,

filósofos, empreendedores e

visionários que ousaram em discutir

e mudar processos já estabelecidos.

61





A aceleração nos negócios digitais na sociedade contemporânea – Por: Fernando

Cirne é CEO da Locaweb

Desde a Revolução Tecnológica,

na década de 50, o Brasil e

o mundo passaram por processos

nas linhas de produção industrial

que vem impactando as relações

interpessoais, de trabalho e os hábitos

de consumo, que se intensificou

com o advento da internet

e a digitalização dos meios de

informação, que transformaram

completamente a cultura tradicional,

migrando para o digital.

Com os últimos acontecimentos

no cenário macroeconômico, o

processo de transformação digital

das empresas acelerou a projeção

de quase uma década em

poucos meses e, todos, sem exceção,

tiveram que se adaptar:

desde os médicos, à telemedicina,

as lojas físicas, ao e-commerce,

até os restaurantes tradicionais

que formavam filas na porta, aos

pedidos online e ao delivery.

Até mesmo o marketing tradicional,

se transformou em uma solução

de inteligência digital cada

vez mais presente no gerenciamento

de múltiplos canais.

Enquanto CEO, já vivenciei muitos

desafios, mas essa pandemia

veio sem precedentes e acelerou

nossas projeções no médio e longo

prazo. Estou na liderança de

uma das principais empresas de

tecnologia do país, que tem ajudado

os PME’s a digitalizarem

seus negócios nesse momento

desafiador.

Temos muitos aprendizados a

compartilhar, afinal, somos movidos

pela resiliência e a paixão

por transformar o crescimento

de nossos clientes, por isso, conseguimos

não só manter as nossas

operações em pleno funcionamento,

mas também, ajudar a

quase 400 mil empresas, que dependem

das nossas soluções para

sobreviverem e prosperarem no

meio digital.

Somos muito otimistas quanto

aos novos hábitos da cultura digital,

por exemplo, nos meses de

abril, maio e junho, o e-commerce

cresceu 250% comparado ao

mesmo período do ano passado.

Os serviços de delivery, outra tendência

em alta que não irá cessar

com o fim da pandemia, cresceu

3,5 vezes nos últimos meses, validando

a importância dessa aceleração.

Os negócios digitais reiteram

cada vez mais a presença da tecnologia

no dia a dia da sociedade

e, com certeza, é um caminho

sem volta, que reinventou a forma

das pessoas se relacionarem,

trabalharem e consumirem produtos

e serviços.

A atual crise tem mostrado, cada

vez mais, a importância da tecnologia.

Conceitos que ainda estavam

sendo analisados, tiveram que ser

colocados em prática o mais rápido

possível, gerando novas possibilidades

de reinventar as formas

de consumo.

Portanto, a cultura digital é o caminho

para a resiliência dos negócios

a curto e médio prazo e

torço para que as pessoas se habituem

cada vez mais a esse novo

modo de viver.

65




Desafios do RH: mantendo a Cultura Organizacional em tempo de home office

– Por: Claudia Lourenço – diretora de Recursos Humanos da Europ Assistance

Brasil e CEABS Serviços.

Após quase seis meses desde o começo

do isolamento social no

Brasil por conta da pandemia de Covid-19,

tenho observado ativamente as

mudanças que já começam a ocorrer

nas empresas. O home office se tornou

a melhor alternativa para transpor esse

momento, mas com ele surgiu uma

apreensão: poderia o prolongamento

dessa realidade levar os colaboradores

a se distanciarem da cultura organizacional

da empresa, colocando em risco

a sensação de pertencimento que nos

esforçamos para construir?

A cultura organizacional de uma companhia

é o conjunto de valores, objetivos,

símbolos, hábitos, comportamentos,

políticas e crenças. É o que dá vida

e confere sua individualidade diante

das demais empresas, é a identidade e

os propósitos que constituem a sua razão

de ser, a finalidade para a qual foi

idealizada. Essa construção não acontece

da noite para o dia e precisa ser ensinada,

exercitada e reavaliada sempre.

Garantir que isso aconteça é uma das

funções da área de Recursos Humanos.

É o RH que deve incentivar as relações

humanizadas no contexto profissional,

oferecer suporte, treinar a empatia e

a capacidade de compreensão com os

colegas e com as demais pessoas que

convivemos em nosso trabalho. Na

prática, precisamos, como empresa,

reconhecer os esforços e valorizar as

pessoas individualmente e como parte

dos times, trabalhando a motivação

das equipes a partir de ações criativas

68

que valorizem uma comunicação clara

com o colaborador e, principalmente,

que consigam demonstrar cuidado e

respeito à saúde e ao bem-estar de cada

profissional, seja presencialmente ou

durante o home office.

O novo normal, como já nos habituamos

a chamar a vida que deverá se

estabelecer pós-pandemia, demandará

mais espaço para o trabalho remoto e

para outros desafios. A maneira como

vamos encarar essas mudanças juntos

fará toda a diferença, mas é certo que

a cultura organizacional será posta à

prova e aquelas empresas que já se empenhavam

anteriormente para fortalecê-la

estão saindo na frente.

Na Europ Assistance Brasil, por exemplo,

o estabelecimento de um senso de

coletividade e desenvolvimento da cultura

faz parte do nosso cotidiano muito

antes de sequer pensarmos em distanciamento

físico. Uma pesquisa que

realizamos com 918 colaboradores da

companhia a respeito de como eles têm

se sentido durante o período de home

office e quais as suas expectativas para

o futuro prova isso. Comparando com

outras pesquisas divulgadas, em diferentes

mercados, os resultados obtidos

pela filial brasileira da Europ Assistance

têm sido um destaque positivo até

mesmo para nós do RH, que trabalhamos

para atingi-lo, e estão servindo

também para ajustarmos as demandas

que surgem agora.

Conhecendo a nossa população

Como tendência geral, seja em nossa

companhia ou no mercado como um

todo, as pessoas querem ter mais flexibilidade

e poderem trabalhar remotamente

mais vezes. Uma pesquisa realizada

pelo LinkedIn, com 2 mil pessoas,

em maio deste ano, mostrou que 86%

dos profissionais gostariam de continuar

no home office após a pandemia

e isso é comprovado quando fazemos a

análise dentro da empresa.

Em nosso levantamento, 71,8% dos

participantes responderam que têm

vontade de continuar trabalhando de

casa depois da crise, pelo menos, de

uma a três vezes por semana; já para

21,2% o ideal seria trabalhar remotamente

de dois a três dias por mês. Ou

seja, 93% da nossa equipe querem que

essa novidade seja incorporada definitivamente

à rotina e nós não podemos,

nem queremos, ignorar isso.

Depois de meses em distanciamento,

percebemos que as tendências são

positivas para quem estiver disposto a

abraçá-las. A pandemia tem sido uma

fase de muitas dificuldades, mas o futuro

do home office não precisará ser

assim. Fizemos a pesquisa, justamente,

para entender como o trabalho remoto

está funcionando sob a pressão de

uma crise de saúde mundial; isso nos

proporcionou o estudo de um cenário

extremo e delicado, provando que se

nessas condições o trabalho remoto é

viável, ele também poderá ser quando

a crise passar e a situação for mais favorável.

Até aqui, o resultado mais importante

que tivemos está além da produtividade,

das entregas, e é isso que gosto

de dividir com o mercado. Ainda no

levantamento realizado pelo Linkedin,

74% dos entrevistados estariam preocupados

com a manutenção de seus

empregos; na EABR, 83% dos nossos

colaboradores afirmaram que confiam

na companhia para se preparar para o

futuro.

Sobre o cotidiano do trabalho, uma

pesquisa de mercado feita por uma

agência de recrutamento em São Paulo,

divulgada por grandes portais de

notícias, mostra que apenas 9% dos entrevistados

afirmam terem se aproximado

do seu chefe imediato, enquanto

na EABR 75,9%, dizem que apesar

da distância física sentem-se apoiados

por seus gestores e 75,6% afirmam que

a empresa se adaptou bem para lidar

com a situação atual. Entender como

isso acontece dentro de cada empresa é

o retorno mais importante para continuar

trilhando o caminho certo e mantendo

o senso de comunidade presente.

O que temos encontrado em nossos es-


tudos e pesquisas são funcionários que

afirmam estar conseguindo separar o

tempo de trabalho e de lazer (58,6%);

que têm um ambiente adequado para o

trabalho (58,2%) e que desempenham

suas funções mantendo sua carga usual

de demandas (73,5%). Esses resultados

nos alegram, porque dizem muito

da relação que criamos até aqui e que

queremos cultivar nesse novo momento.

Temos orgulho de ter estabelecido

um campo fértil onde novas realidades

podem florescer.

Mas, como vimos, nem todas as nossas

respostas refletem a realidade do mercado

brasileiro. Muitas companhias,

dos mais variados setores, querem

também estabelecer mais flexibilidade,

mas têm medo que deixar os funcionários

em casa traga prejuízos e queda

de produtividade; por outro lado, os

colaboradores que querem trabalhar

remotamente têm ainda algumas inseguranças

em relação à estrutura que a

empresa irá oferecer para que esse trabalho

seja realizado e como eles irão

conciliar trabalho e vida pessoal.

Todas essas respostas estão na base da

cultura organizacional da empresa, de

como empregadores e funcionários se

relacionaram até aqui, da confiança

mútua que desenvolveram, ou não. É a

hora de olhar profundamente para os

valores que a companhia promove e

ver se eles estão alinhados com a nova

realidade que se impõe a todos nós.

Esse momento tem potencial para ser

um divisor de águas de muitas empresas

e a sua cultura definirá como será

o futuro, que ainda dá tempo de construir.

Liderança

Quando aceitamos essa realidade que

se apresenta, o desafio está posto: a

partir desse cenário, como fortalecer

o vínculo emocional, o senso de pertencimento

e a identidade dos colaboradores

com a organização? Acredito

que são as lideranças das empresas que

devem encabeçar a promoção e a preservação

dos princípios dessa cultura.

Para fazer isso, além de apresentar habilidades

com ferramentas tecnológicas,

elas precisam desenvolver outras

características, como a capacidade de

adaptação, a habilidade de se comunicar,

de ouvir, a criatividade, capacidade

de inspirar, delegar e tantas outras que

as auxiliem a atingir esse objetivo.

O micro management ficou para trás,

aqueles líderes que ainda utilizavam do

estilo de “comando e controle” forçosamente

perderam espaço, pois essa é

também a era da confiança em nossos

colaboradores. Mais do que nunca, a

relação líder-liderado tem que ser baseada

no empoderamento das pessoas

e com ênfase nos resultados e entregas.

O contato está acima do controle. Ao

invés de querer saber exatamente o que

cada membro da equipe está fazendo o

tempo todo, a liderança deverá dar espaço

e estar disponível para o diálogo

por meio de novas formas de conexão.

A comunicação é fundamental para

que o trabalho funcione bem, permitindo

que os colaboradores saibam o

que se passa na empresa, quais são os

desafios e o que é esperado deles, especialmente,

para lembrá-los que a sua

tarefa tem um vínculo com um propósito

maior da organização, pois cada

um constrói um pedacinho do resultado

do todo.

Saúde Mental e Bem-Estar

A satisfação, no entanto, só será possível

a partir do momento em que os

colaboradores sentirem que têm suas

particularidades de vida respeitadas.

Se quando falamos de cultura organizacional

estamos falando de pertencimento

e acolhimento, a área de Recursos

Humanos também precisa pensar

no suporte emocional a ser dado a essas

pessoas. Todo o mundo está lidando

com os inúmeros desafios impostos

nesse momento, não somente relacionados

à carreira, mas também às relações

familiares, diversos afazeres, mudança

da rotina, isolamento, limitações

das interações sociais e tantas outras.

Por meio de encontros virtuais é possível

propiciar momentos de celebrações

de conquistas e confraternizações. Há

outras formas de se fazer presente e

mostrar apreço e cuidado com as pessoas,

apesar do distanciamento físico,

mas nenhuma delas é uma fórmula

mágica. Para que a cultura organizacional

se mantenha forte, nós do gerenciamento

de pessoas precisamos

fortalecê-la, reforçar nossos valores

diariamente, estar presentes sem sufocar

e ter como foco a nossa missão.

Aprender é a chave

Em qualquer empresa, entender como

os funcionários verdadeiramente se

sentem é o que o RH precisa fazer, sem

medo das respostas. Assim, será capaz

de guiar o novo caminho combinando

as reações de seus colaboradores com o

que é visto na prática, a fim de demonstrar

em qual grau de maturidade está a

relação, determinando quais medidas

podem ou não ser implementadas.

Precisamos estar abertos a continuar

aprendendo sobre essa nova forma de

nos conectar, fazer gestão, gerar resultados;

certamente temos muito o que

evoluir no caminho. O momento é

atípico, não ficaremos fisicamente isolados

uns dos outros para sempre, em

um futuro breve poderemos novamente

nos reunir, confraternizar, discutir

propostas ao vivo. Teremos essa opção

quando ela for requerida e necessária,

mas ela deixará de ser uma regra imposta

para se tornar uma escolha. A

nossa habilidade de ouvir e conversar

com as pessoas, a humanização, a solidariedade

e a capacidade de estarmos

abertos a reaprender são fatores que

nos fortalecerão, como uma comunidade,

para os desafios futuros.

69





5 pontos de atenção ao contratar após a pandemia – Por: Virginia Planet,

sócia-fundadora da House of Feelings – primeira escola de sentimentos do mundo

Quando a pandemia começou havia

duas grandes preocupações

para os gestores: lidar com demissões e

proteger os colaboradores dos riscos de

contaminação.

Foram 1,5 milhão de trabalhadores

formais demitidos em março e abril

deste ano, segundo reportagem da Folha.

Uma outra pesquisa realizada pelo

Google em parceria com a MindMiners

mostra que 56% dos brasileiros

tiveram queda de renda durante a pandemia.

Nós inclusive escrevemos um

post sobre os efeitos da pandemia nas

emoções e como as empresas podem

lidar com isso.

Por conta disso, muitos estão precisando

encontrar apoio emocional para

seguir em frente. Para quem continuou

empregado, surge o desafio de realinhar

propósitos e encontrar novas formas

de manter a motivação.

Para quem, infelizmente, foi desligado,

sobrou a dura missão de ter que lidar

com sentimentos como raiva e frustração.

Ao mesmo tempo foi preciso reunir

forças para tentar se recolocar em

um mercado totalmente abatido pela

crise.

Em ambos os casos, o cenário era de

“terra arrasada” e a partir de agora a

maioria das empresas está se reerguendo

aos poucos, em um processo de reestruturação

que poderá demorar meses

(ou até anos).

A boa notícia é saber que, muito provavelmente,

o pior já passou.

Semana a semana, estamos observando

pequenas melhoras na economia: os

índices apontam que o PIB de julho e

agosto já aponta para a retomada.

E já existe, inclusive uma portaria do

governo que permite fazer a recontratação

de ex-colaboradores.

Diante da possibilidade de recuperar as

atividades de trabalho, muitos já pensam

em recontratar.

Mas afinal, como fazer isso neste novo

(e incerto) mercado de trabalho?

Ao pensar em retomar as posições de

trabalho perdidas, o primeiro item da

lista certamente será avaliar a possibilidade

de recontratar um ex-colaborador.

Vale pensar, é claro, no contexto

no qual a demissão foi realizada e quais

as expectativas tanto da empresa quanto

do ex-colaborador em relação a uma

possível volta.

A principal vantagem é poder encurtar

o tempo do processo seletivo e economizar

recursos de contratação, já que,

provavelmente não serão necessários

executar avaliações técnicas ou entrevistas.

O pessoal da Gupy, uma empresa de

tecnologia em contratação, tem um

passo a passo completo sobre recontratação

de ex-colaboradores, indico a

leitura aqui.

Pensando no contexto do estresse emocional

vivido durante a pandemia, uma

outra dica é criar um novo treinamento

de onboarding que possa incluir temas

como prevenção contra o absenteísmo

e o burnout, por exemplo.

Aí já entramos na terceira dica que é

promover encontros individuais e a nível

de gestão com o objetivo específico

de falar sobre sentimentos, ressentimentos

e novas expectativas.

Este momento é uma oportunidade

para que todos encontrem formas criativas

de trabalhar presencial ou remotamente

e possam ir restabelecendo a

confiança em si mesmos e na própria

empresa.

Além disso, existe uma grande chance

de promover uma mudança estrutural

nestas equipes. Por isso a quarta dica é

exatamente aproveitar a recontratação

ou a chegada de novos colaboradores

para redesenhar o propósito da empresa

para que fique alinhado ao “novo

normal”.

Quais foram as mudanças impostas

pela pandemia à sua empresa?

O que vocês aprenderam com elas?

Como vocês poderão usar essas mudanças

de forma estratégica no mercado

onde atuam?

Aqui vai ser uma ótima chance de criar

grupos colaborativos para co-criarem

a empresa que vocês desejam para os

próximos meses.

A quinta e última dica é: aproveite o

período de recontratação para fortalecer

a Comunicação Não-Violenta na

sua empresa. Todos os líderes e colaboradores

precisam readequar a forma

como interagem entre si, pois daqui

para frente, precisaremos nos apoiar

uns aos outros se quisermos sobreviver

enquanto marca. Se necessário, aplique

um treinamento específico sobre CNV

na sua empresa e inclua este item como

essencial nas pesquisas de avaliação de

líderes ou de desempenho.

Aos poucos a cultura da Comunicação

Não-Violenta vai impactar a rotina das

reuniões, dos encontros e das conversas

no chat ou e-mail gerando um ciclo

positivo de gentileza que gera gentileza.

Acima de tudo, esteja preparado para

ouvir, ouvir e ouvir durante a recontratação.

Longe de ser um processo fácil,

este será um dos momentos mais complexos

que a sua empresa poderá viver.

Mas, a boa notícia é que as cicatrizes

estão se fechando e dando lugar a um

suspiro de esperança.

Se você precisa de ajuda durante esta

jornada, saiba que nós, da House of Feelings

estamos disponíveis para apoiar

sua equipe em cada etapa da retomada.

Desejamos boa sorte e que comece o

‘novo normal’!

Visite – www.houseoffeelings.com

73



A sobrevivência das pequenas e médias empresas – Por: Guilherme Tavares é CEO

do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) do Grupo Toccato, especialista em

Gestão Empresarial, com pós-graduação em Marketing e Geoprocessamento e

graduação em Publicidade e Propaganda.

O

impacto do novo coronavírus

sobre organizações de

porte menor torna obrigatória a

busca por medidas operacionais

capazes de facilitar a retomada

econômica no pós-pandemia

Não há como questionar o choque

econômico e operacional proporcionado

pela chegada do novo

coronavírus, principalmente se

contextualizarmos a discussão

sob a ótica de pequenas e médias

empresas. Pensando em oferecer

meios para auxiliar a contenção

de gargalos ocasionados pelo período

de pandemia, ações governamentais

foram conduzidas em

prol da estabilidade de um segmento

extremamente importante

para a manutenção de empregos

e o próprio andamento da economia

nacional. Para se ter uma

ideia, as micro e pequenas empresas

representam 99% do total

de empresas existentes no Brasil,

além de serem as que mais contratam,

segundo um levantamento

feito pelo Sebrae.

A situação vivida atualmente é

atípica e resultante de um acontecimento

inesperado. Por isso,

agora, devemos extrair ao máximo

as lições herdadas deste período,

levando em consideração

todo o processo de adaptação por

parte das empresas. Como agente

conciliador de informações relevantes,

a tecnologia simboliza

um caminho repleto de oportunidades

proveitosas para o pós-

-pandemia. Projetando os próximos

meses, torna-se necessário

empregar uma visão abrangente

sobre métodos de se potencializar

o desempenho empresarial

com o uso inteligente de recursos

analíticos, fundamental para a retomada

dos pequenos negócios.

O impacto sobre as PMEs e

o suporte governamental

Durante o ápice da pandemia, em

que pouco se sabia sobre como as

empresas deveriam se comportar,

a questão acerca das PMEs,

pequenas e médias empresas,

foi, sem dúvidas, uma das mais

preocupações em termos econômicos.

Claro, nada se equipara à

crise sanitária e de saúde pública

que ainda perdura em nosso país.

Para se ter uma dimensão, em julho

desse ano, uma pesquisa do

Sebrae mostrou que cerca de 31%

das pequenas empresas do Brasil

tiveram de mudar o funcionamento

e se adaptar para manter a

saúde financeira.

Recentemente, a segunda etapa

do Programa Nacional de Apoio

às Microempresas e Empresas

de Pequeno Porte (Pronampe)

anunciou que irá ofertar R$12

bilhões em financiamentos para

atender aos pequenos negócios

que encontram dificuldades devido

à Covid-19. Para ter acesso

ao crédito, o empreendedor poderá

buscar o suporte em bancos

públicos como a Caixa e o Banco

do Brasil, assim como instituições

financeiras regionais.

Automação não se limita à

simplificação de processos

Dentro desse cenário, pensando

essencialmente na sustentabilidade

dos negócios, existem soluções

inovadoras adaptáveis ao

tamanho e à realidade enfrentada

por cada organização, suprindo

lacunas características de empresas

menores. A automação

de operações traz benefícios exponenciais

para a produtividade

dos profissionais envolvidos no

cotidiano de trabalho, mas esse

não é o único ganho.

Ferramentas de automatização

conversam com a captura assertiva

de dados. Na retomada

do crescimento e busca pela expansão

mercadológica, o desempenho

interno passa por uma

compreensão ampla sobre o uso

inteligente de informações disponíveis,

criando uma cultura de

mudança no mindset dos times

que lidam com tomadas de decisões

rotineiras e decisivas para a

continuidade do negócio.

Business Intelligence para

a visualização de insights

assertivos

Atualmente, o espaço para decisões

equivocadas e operações

ineficazes está cada vez menor. Se

considerarmos a situação compartilhada

entre as pequenas e

médias empresas, o tema torna-

-se ainda mais delicado. Com a

digitalização de processos, a extração

de valor dos dados obtidos

contribui para uma performance

embasada por insights relevantes,

angariados por meio de um

trabalho de Business Intelligence

(BI) completo.

75


Dessa forma, reconhecer a tecnologia

como grande aliada dos

negócios é uma parte significante

da transformação digital e sua

influência sobre o empresariado,

mas sem uma interpretação humana

respaldada por referenciais

analíticos, a utilização da inovação

mostra-se incompleta no

ambiente corporativo. Também

vale apontar que, antes, era comum

encontrarmos um cenário

tecnológico desfavorável para as

PMEs, mas, com todos os avanços

obtidos nos últimos anos,

hoje o contexto é outro e os recursos

existentes potencializam

negócios de diferentes tamanhos

e segmentos.

Encerro o artigo direcionando as

atenções para os desafios enfrentados

PMEs. Com o auxílio pontual

de órgãos oficiais e o uso inteligente

de soluções inovadoras,

o futuro pós-pandemia reserva

boas perspectivas de crescimento

e posicionamento no mercado.

Mas é fundamental aderir, de

fato, ao processo de transformação

digital e modernizar sua estrutura

corporativa.

76





RH dá 3 dicas de como escolher o pacote de benefícios para 2021

Diretora de RH explica as vantagens

em ajudar o colaborador através

de benefícios corporativos

O ano de 2020 tem sido atípico para as

empresas, que tiveram que se adequar

ao novo cenário econômico e rever sua

estratégia de atuação. Isso significa que

para 2021, a ideia de muitas delas é entrarem

no ano o mais preparadas possível.

De acordo com o IBGE, 716 mil

empresas fecharam as portas desde o

início da pandemia e há uma previsão

do FMI (Fundo Monetário Internacional)

de contração da economia mundial

em 3%. Para as que conseguiram

se manter, é preciso pensar em como

deixar seus funcionários motivados,

engajados e interessados, e uma das alternativas

é olhar com cuidado para o

pacote de benefícios que são oferecidos

ao colaborador.

Para Mirian Travain, Diretora de RH

da Xerpa, fintech que criou o app

Xerpay, mesmo com um cenário que

poderia ser mais positivo, pensar em

manter bons talentos é importante

para garantir o alto nível de serviços

das companhias. “Fazer a escolha dos

benefícios da melhor forma reflete na

saúde mental e financeira do seu colaborador.

Isso pode fazer ele se engajar

e acreditar mais na empresa, permanecendo

por mais tempo.”, explica.

Veja as dicas que Mirian separou sobre

como escolher o melhor pacote de benefícios

para a sua empresa:

1 – Perfil do negócio: entenda qual o

porte da sua empresa, tamanho da cidade

de atuação e como está a saúde

financeira do seu negócio. Empresas

de grande porte, geralmente, têm um

caixa maior e também condições de

fornecer um pacote de benefícios mais

completo aos funcionários.

Pacotes de refeição também devem ser

contabilizados, de acordo com região

de atuação da empresa, para atender

aos valores dos restaurantes próximos.

2 – Perfil dos empregados: existem vários

perfis de pessoas e diversos fatores

podem motivá-las, por isso entenda

como influenciar os seus funcionários.

Nesse contexto, há colaboradores

que se sentem motivados quando

recebem um aumento salarial, mas há

outros que são estimulados por terem

benefícios voltados à satisfação das

necessidades, como auto realização e

autoestima, descontos em academias,

aplicativos para saúde mental e etc.

Outro traço importante do perfil de

cada colaborador são os objetivos profissionais

e individuais dele, para que a

sua empresa possa estar atenta ao que

vai de fato ajudá-los a atingir esses objetivos.

3 – Conheça novos benefícios: para

empresas que contratam no regime

CLT, alguns são obrigatórios como vale

transporte, férias, 13º salário e FGTS

(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Outros são mais comuns, como

o vale alimentação, o plano de saúde e

a assistência odontológica.

Mas existem opções diversas e igualmente

importantes, que podem ser

consideradas pela sua empresa, por

exemplo:

• Benefícios Financeiros:

É importante estar atento ao bem-estar

financeiro de seu colaborador.

Muitos não possuem reserva financeira

para gastos emergenciais que podem

acontecer, ainda mais durante a

pandemia. Oferecer opções de acesso

ao dinheiro que já é do funcionário,

por meio do adiantamento salarial ou

da antecipação do 13º salário, fazendo

com que ele não entre em dívidas, traz

mais motivação ao colaborador, que

enxerga a preocupação do seu empregador

com suas finanças.

• Auxílio creche: Esse benefício é um

direito para as mães que trabalham em

organizações com mais de 30 funcionárias

mulheres e opcional às companhias

com número inferior.

Caso o empregador opte por oferecer

o benefício, poderá disponibilizar uma

área para as mães deixarem os filhos

durante o expediente.

• Bolsa de estudos: Este é um benefício

bem vantajoso para ambos os lados, já

que o colaborador poderá realizar cursos

pagos pela própria empresa e o empregador

terá um profissional muito

mais qualificado e preparado para lidar

com os desafios do mercado de trabalho.

As bolsas podem ser destinadas

aos cursos de graduação, pós-graduação,

técnicos, estudo de uma segunda

língua, entre outras possibilidades.

• Saúde física e mental: Hoje já existem

benefícios que vão além da consulta

médica e de emergências, como benefícios

que facilitam o acesso do colaborador

ao tratamento psicológico, que

reduzam o custo de academias e outras

atividades físicas.

• Home office: Com a pandemia, esta

prática aumentou na maioria das empresas

e torna-se bom para os dois lados.

O trabalhador poderá ficar seguro

em casa e não precisará se preocupar

com longos deslocamentos até o escritório,

ganhando tempo para a realização

dos projetos pessoais e mais tempo

com a família. As organizações podem

se beneficiar também com a concessão

desse benefício, reduzindo os custos

com aluguel, energia, manutenção de

equipamentos e etc.

80


Essa questão já é uma tendência e é

preciso estar atento em relação a esse

aspecto.

• Flexibilidade de horário:

Essa prática possibilitará que os funcionários

aproveitem melhor o tempo

disponível e, assim, possam ficar mais

perto da família e resolver problemas

pessoais. Essa questão gera equilíbrio

entre a vida pessoal e a profissional,

o que contribui para aumentar a motivação

das pessoas. Essa prática não

oferece nenhum custo adicional para a

companhia, só é necessário ter um planejamento

adequado.






Personalidades - 10 MULHERES MAIS RICAS DO BRASIL EM 2020

O

número de bilionários brasileiros

aumentou 13,4% em

2020, para 238, dos quais 44 são

mulheres. Apesar da presença feminina

na lista ainda ser baixa, a

quantidade de bilionárias registrada

este ano é recorde: são 12

nomes a mais do que em 2016,

quando o número chegou a 32, e

16 nomes a mais do que no ano

passado (28).

Pela primeira vez, o bastão de mulher

mais rica do Brasil foi passado

para a bilionária do Magazine

Luiza, Luiza Helena Trajano (68),

que tem uma fortuna avaliada em

R$ 24 bilhões. Luiza estreou no

ranking de bilionários brasileiros

em 2012, com patrimônio de R$

1,19 bilhão. De lá para cá, a fortuna

da empresária cresceu 2016%.

Luiza Trajano também é a única

mulher da nova edição da lista a

figurar no top 10 — esta é apenas

a segunda vez que uma bilionária

ocupa as primeiras posições. Em

2017, Maria Consuelo Saraiva

Leão Dias Branco conquistou a 6ª

posição da lista, com fortuna avaliada

em R$ 13,25 bilhões, após a

morte de seu marido, o empresário

da M. Dias Branco, indústria

de alimentos, em 2015.

O aumento no patrimônio da

proprietária do Magalu também

foi significativo entre 2019

e 2020. Desde a última edição da

lista, o valor aumentou 181%, o

que levou a bilionária a saltar 16

posições, direto para o 8° lugar da

lista. O sucesso nos negócios da

varejista, que é uma das maiores

da América Latina, foi alavancado

pela aposta em inovação digital,

sob a liderança de Frederico

Trajano. No ano passado, a companhia

de varejo adquiriu a Netshoes

em um negócio avaliado

em R$ 115 milhões e, neste ano,

foram adicionadas ao portfólio

do Magalu três plataformas digitais

de mídia.

A vice-liderança entre as mulheres

ficou com Dulce Pugliese

(72), cofundadora da rede Amil,

vendida em 2012 para a norte-americana

UnitedHealth.

Em 2013, Dulce ocupou a posição

de mulher mais rica do ranking

que, na época, contava com apenas

21 bilionárias e 124 bilionários

no total. Na 14ª posição geral

do ranking deste ano, o patrimônio

de Dulce Pugliese é avaliado

em R$ 16,34 bilhões.

Outro destaque da lista são as

acionistas da indústria de motores

elétricos, transformadores,

geradores e tintas WEG. Ao todo,

13 bilionários do ranking detêm

participações na companhia, herança

deixada pelos fundadores

Werner Ricardo Voigt, Eggon

João da Silva e Geraldo Werninghaus,

sendo nove mulheres.

Juntas, as herdeiras da WEG possuem

fortuna de R$ 66,06 bilhões

.

As mulheres mais ricas do Brasil

representam 18,48% da lista de

bilionários da Forbes de 2020 e

a soma de seus patrimônios é de

R$ 230,74 bilhões.

86




Eduardo Kobra homenageia Pelé com mural em Santos

O

muralista brasileiro finalizou

no final de semana a obra

“Coração Santista”, em Santos, no

estado de São Paulo.

O grande homenageado do mural

é Pelé, Edson Arantes do Nascimento,

que completa 80 anos

de vida no dia 23 de outubro.

O conhecido artista urbano Eduardo

Kobra homenageia Pelé em

mural em Santos, no litoral sul do

estado de São Paulo.

“Coração Santista”, com 800 metros

quadrados, foi finalizado no

domingo, 18 de outubro, e liberado

para o público.

A obra está situada em uma parede

de 800 metros quadrados,

na ponta da praia, região que está

sendo revitalizada.

Está na fachada do CAT (Centro

de Atividades Turísticas), em

frente ao Mercado de Peixe (Pça

Gago Coutinho s/n – Ponta da

praia), recentemente inaugurado.

No mural, há quatro cenas, todas

situadas dentro dos arcos (ou círculos)

das muretas de Santos, um

dos mais conhecidos símbolos da

cidade: Pelé, o Bonde, a Bolsa do

Café e Um estivador no Porto de

Santos.

Veja a seguir, detalhes

sobre cada uma das cenas:

Pelé: “Fiz inspirado na imagem

de Pelé jogando pela Seleção Brasileira,

com o suor escorrendo

pela camisa e formando um coração

em seu peito, cena captada

pelo fotógrafo Luiz Paulo Machado,

quando trabalhava na revista

Placar. O mérito é do fotógrafo.

Procurei respeitar esse instante

mágico e mantive até o efeito

da luz nas mãos da foto original.

Mas, claro, coloquei as cores e

também muito preto e branco,

dentro das características do meu

trabalho. Parece que Pelé está

projetado para fora do mural,

como um 3D! Também imaginei

que o suor tivesse formado a palavra

‘Santos’, como referência ao

amor dele pela cidade e pelo clube”,

revela o artista.

Porto de Santos:

um estivador acompanha o processo

de retirada de um contêiner

de um navio.

É uma cena com muita cor, com

o estivador em primeiro plano, o

que mostra a importância, a força

e a beleza do trabalho feito cotidianamente

em Santos.

“É uma homenagem às pessoas

que trabalham e constroem as

cidades. Não apenas em Santos,

mas no Brasil e no mundo inteiro”,

afirma.

Bonde da Cidade – Kobra mostra

um bonde, um dos símbolos

da cidade, alguns ativos até hoje

para turismo.

Na imagem, vemos um condutor

e o próprio bonde com reflexo na

calçada icônica de Santos.

“Essa cena tem uma conexão com

meu trabalho e as memórias que

tenho de arquiteturas, paisagens

e personagens”, conta o muralista.

O personagem que aparece na

obra é o condutor Welcio Francilino

da Costa, 45 (mesma idade

de Kobra), nascido em Londrina,

Paraná, e ainda servidor da CET

Santos. Hoje, o condutor vende

os tickets para o passeio de bonde

em uma bilheteria situada dentro

do Museu Pelé.

No último sábado, ao saber que

Kobra começava a retirar as telas

e andaimes para finalizar a obra,

Welcio, que vive há 25 e dez meses

em Santos (25 anos e nove meses

na CET, seu único emprego na cidade)

foi até o mural e ficou emo-

89


cionado e admirado com todo o

trabalho. “Foi baseada em uma

foto de cerca de 17 anos atrás.

Não imaginava que seria tão monumental.

É uma homenagem

para mim, claro, mas também

à cidade que me acolheu e que

amo. Foi aqui que conheci minha

esposa, Cláudia Helena Jorge, e

que tive meu filho (Jonnathan).

Enfim, foi a cidade onde formei

minha família. Santos mora no

meu coração. Adorei ver todas as

cenas colocadas por você, especialmente

o bonde.

Sou apaixonado pelos bondes!

Ninguém pode falar mal deles

perto de mim; são meu xodó”,

disse para Kobra.

A Bolsa do Café – O artista mostra

a magnífica porta principal

desse prédio também icônico

em Santos. “Em minha pesquisa,

avaliei e estudei imagens de centenas

de prédios da cidade.

A Bolsa do Café é sensacional,

excepcional com uma quantidade

incrível de detalhes.

É linda por dentro e por fora.

Entre os detalhes, quis valorizar

a porta de entrada, as colunas

principais e as esculturas que ficam

no topo”, conta Kobra, que

também revela uma ligação afetiva

com Santos.

“Nos meus primeiros anos de

vida, eu ia para Santos com meus

pais, porque meus avôs tinham

um apartamento na cidade.

Tenho lembranças vagas, mas

sinto-me desde sempre ligado

afetivamente à cidade. Por isso,

fazer esse mural é uma honra,

um privilégio e uma emoção para

mim”, diz Eduardo Kobra.

Pelé é, ao lado de Ayrton Senna,

a grande referência esportiva de

Kobra.

Fazer um mural em Santos é um

sonho antigo do artista urbano.

“É um gênio, considerado o

maior atleta do século 20.

É o maior jogador de todos os

tempos, mas também um ícone

pop, pintado por Andy Warhol.

Tornou-se o maior símbolo de

brasilidade no mundo. Em todos

cerca de 35 países onde pintei, a

primeira coisa que dizem quando

sabem que sou brasileiro é ‘Pelé’.

Muitas vezes também dizem

‘Carnaval’, mas sempre tem Pelé.

Fico impressionado. Afinal, ele

parou de jogar há 43 anos e segue

como o brasileiro mais famoso

no mundo”, diz Kobra.

Bastidores do trabalho

Kobra, junto com mais quatro

pessoas de sua equipe, passou

cerca de 45 dias em Santos, trabalhando

com a proteção de telas

para que a surpresa para Pelé

e a cidade de Santos não fossem

reveladas. As telas e os andaimes

que utilizou para o trabalho começaram

a ser retirados às 7h da

manhã do último sábado, dia 17

de outubro.

Por volta das 11h, Kobra e demais

artistas da equipe iniciaram a finalização

do trabalho: primeiro

taparam os buracos provocados

pelo andaime e depois Kobra retocou

vários detalhes da obra.

Ontem, domingo, Kobra voltou

ao local para mais alguns retoques

e para assinar a obra, sobre

os aplausos de admiradores e

curiosos.

Segundo o artista, foram utilizados

de 300 a 350 latas de spray.

“Trabalhamos durante 45 dias,

das 8h às 18h, para que o mural

ficasse pronto para o aniversário

de Pelé, no dia 23 de outubro”, diz

Kobra, que acrescenta:

“um tempo ainda maior, de 60

dias – dois meses – utilizei na

pesquisa e projeto da arte. Fiz

pesquisas históricas, iconográficas

e, como disse, regatei memórias

afetivas.

Para o chegar ao resultado final,

fiz mais de 30 desenhos, buscando

o equilíbrio certo entre as cenas,

o uso correto de cores e preto

e branco e o respeito e valorização

da cultura e da história de

Santos”, afirma.

A obra contou com o patrocínio

da BTP (Brasil Terminal Portuário)

e da Comgás e com o apoio

do Grupo Mendes.

Teve a produção de Dila Spinola,

Alexandre Spinola e Luli Hunt e

a curadoria de Fábio Magalhães.

“Coração Santista” é a segunda

obra do muralista na Baixada

Santista. Em 2014, Kobra levou

sua arte a dois imensos tanques

(14 metros de altura por 17 de

diâmetro), da empresa Linde Gases,

na rodovia Cônego Domênico

Rangoni, no trecho do sistema

Anchieta-Imigrantes, que liga

Cubatão ao Guarujá. Na época,

contrapôs o ambiente pesado das

grandes indústrias com o uso de

cores alegres e desenhos de crianças,

balões e cata-ventos.

Ao Líbano com carinho – O artista

brasileiro Eduardo Kobra

lançou um painel sobre o Líbano,

país marcado pela recente tragédia

ocorrida em Beirute.

A tela será leiloada até o dia 22

de outubro, através da plataforma

32Auctions (link: https://

www.32auctions.com/2020Beirut).

O lance inicial para a obra é de

27 mil dólares (cerca de 150 mil

reais). Além do leilão do painel,

cinco serigrafias da obra serão

sorteadas entre todas as pessoas

que fizerem doações – de qualquer

valor – para a campanha.

De acordo com Kobra, 100% do

valor arrecadado será destinado

ao país do Oriente Médio.

No próximo ano, o conhecido

muralista irá pintar a obra “Ao

Líbano, com carinho”, em algum

prédio da capital daquele país.

O leilão do painel de 1,90m por

1,90m e a possibilidade de doações

estarão vigentes na plataforma

até o dia 22. Segundo Kobra,

o propósito desse trabalho é ajudar

às famílias que foram vítimas

da explosão.

“A obra mostra duas mãos, que

simbolizam as mãos da humanidade,

levantando o cedro do Líbano,

que é um símbolo de paz,

de fraternidade, de união e respeito”,

diz o artista, que utilizou a

bandeira do Líbano como a base

para a pintura.

“O vermelho representa o sangue

derramado pelas pessoas que se

feriram ou morreram nas lutas

90


para livrar o país das forças externas;

o branco representa a permanente

busca pela paz e a beleza

das montanhas cobertas pela

neve; e o cedro, árvore presente

em boa parte do país, é um símbolo

de força e eternidade”, explica

Kobra.

Eduardo Kobra e a Fundação

Tamari, criada por Abdallah W.

Tamari (fundador da Sucafina,

multinacional do ramo de agronegócios

de café) e sua esposa,

Samia Tamari, se uniram para dar

esse apoio às pessoas afetadas.

O valor arrecadado com o leilão

e doações será utilizado para a

compra de alimentos, equipamentos

médicos e materiais de

construção para aqueles cujas casas

foram destruídas.

“Conto com o apoio de todos

nessa Corrente do Bem e mais

uma vez fazer a diferença na

vida de tantas pessoas que estão

hoje necessitadas e precisam do

nosso apoio”, diz Kobra, que recentemente

utilizou seu talento

para uma campanha que ajudava

famílias desassistidas, com situação

de vulnerabilidade ainda

mais agravada pela pandemia do

Covid-19.

Kobra fez o painel “Coexistência”,

onde mostrava crianças de cinco

religiões – budismo, cristianismo,

islamismo judaísmo e hinduísmo

– em oração e vestindo máscaras.

Uma Serigrafia da obra foi sorteada

entre as pessoas que fizeram

doações. Com o valor arrecadado

foram produzidos e distribuídos

16.620 kits.

“Agora, estamos ao lado do povo

libanês neste momento de necessidade.

Quem não quer ou não pode

participar do leilão, mas deseja

ajudar o povo libanês, pode doar

qualquer valor através do link, e,

ao final da campanha, concorrer

para ganhar no sorteio uma das

serigrafias deste trabalho.

Qualquer doação pode fazer a diferença.

Agora, mais do que nunca, os libaneses,

que tanto contribuíram

e seguem contribuindo para o

nosso país, precisam do nosso

apoio”, reforça o artista.

Segundo Kobra, ele já foi convidado

pela Sucafina para no próximo

ano transformar em mural o

painel “Ao Líbano, com carinho”,

em algum prédio de Beirute.

Sobre Eduardo Kobra

Eduardo Kobra, 45 anos, é um

expoente da neo-vanguarda paulistana.

Começou como pichador,

tornou-se grafiteiro e hoje se define

como muralista. Seu talento

brota por volta de 1987, no bairro

do Campo Limpo com o pixo e o

graffiti, caros ao movimento Hip

Hop, e se espalha pela cidade e

pelo mundo.

Com os desdobramentos que a

arte urbana ganhou em São Paulo,

ele derivou – com o Studio

Kobra, criado em 95 – para um

muralismo original – inspirado

em muitos artistas, especialmente

os pintores mexicanos e norte-

-americanos, beneficiando-se das

características de artista experimentador,

bom desenhista e hábil

pintor realista. Suas criações

são ricas em detalhes, que mesclam

realidade e um certo “transformismo”

grafiteiro.

Muitos críticos afirmam que a

característica mais marcante de

Kobra é o domínio do desenho e

das cores.

Mas o que é mais fundamental

para o artista é o olhar. Kobra foi

desde cedo apresentado às adversidades

da vida. Viu amigos

sucumbirem às drogas e à criminalidade.

Alguns foram presos.

Outros tantos perderam a vida.

Foi o olhar que o salvou.

Kobra é autor de projetos como

“Muro das Memórias”, em que

busca transformar a paisagem

urbana através da arte e resgatar

a memória da cidade; Greenpincel,

onde mostra (ou denuncia)

imagens fortes de matança de

animais e destruição da natureza;

e “Olhares da Paz”, onde pinta figuras

icônicas que se destacaram

na temática da paz e na produção

artística, como Nelson Mandela,

Anne Frank, Madre Teresa

de Calcutá, Dalai Lama, Mahatma

Gandhi, Martin Luther King,

John Lennon, Malala Yousafzai,

Maya Plisetskaya, Salvador Dali e

Frida Kahlo.

Em meio ao caos urbano, buscou

resgatar o patrimônio histórico

que se perdeu. Em um contexto

repleto de desigualdade social e

injustiças, buscou se inspirar em

personagens e cenas que servem

de exemplo para um mundo melhor.

Hoje, os murais de Kobra estão

em cerca de 35 países e em diversas

cidades e estados brasileiros

– como “Etnias – Todos Somos

Um”, no Rio de Janeiro, “Oscar

Niemeyer”, em São Paulo; “The

Times They Are A-Changin” (sobre

Bob Dylan), em Minneapolis;

“Let me be Myself ” (sobre Anne

Frank), em Amsterdã; “A Bailarina”

(Maya Plisetskaia), em Moscou;

“Fight For Street Art” Basquiat

e Andy Warhol), em Nova

York; e “David”, nas montanhas

de Carrara. Em todos os trabalhos,

o artista paulistano busca

democratizar a arte e transformar

as ruas, avenidas, estradas e

até montanhas em galerias a céu

aberto. Inquieto, estudioso e autodidata,

também faz pesquisas

com materiais reciclados e novas

tecnologias, como a pintura em

3D sobre pavimentos. Em 2018,

pintou 20 murais nos Estados

Unidos, 18 deles em Nova York.

Cada vez mais conhecido, Kobra

fica, é claro, orgulhoso quando vê

uma multidão que observa um de

seus murais, mas costuma dizer

que o que o comove de verdade

é descobrir alguém que para no

meio da correria da cidade para

observar, mesmo que por um

minuto, os detalhes dessa obra.

Apesar dos murais monumentais,

Eduardo Kobra faz sua arte

91


para despertar a consciência e a

sensibilidade de cada um de nós.

(Airton Gontow)

A seguir, uma síntese das linhas

de trabalho de Eduardo Kobra

Muro das Memórias – projeto

mais antigo e constante de Eduardo

Kobra, que pinta São Paulo

antiga. Há cerca de 40 trabalhos

em São Paulo. Cria um contraste

entre o antigo e o contemporâneo.

No antigo mural, agora já

apagado, de mil metros quadrados

na av. 23 de maio, as pessoas

passavam em seus carros, como

máquinas, a toda velocidade.

O lado humano da avenida estava

justamente nos rostos pintados

no muro. O artista desenvolveu

trabalhos do Muro das Memórias

em outras cidades.

Fez, por exemplo, lindas criações

em Belém (PA), Rio de Janeiro e

Santa Maria (RS), além de cidades

em diversos países, como Estados

Unidos, Suécia, França, Inglaterra,

Rússia, Polônia, México,

Japão, Emirados Árabes e Taiti.

3D – Kobra é pioneiro nesta arte.

Surpreendeu São Paulo fazendo

um carro em 3d na Praça do

Patriarca. A obra tinha cerca de

30 metros de largura por oito de

comprimento. De 98% das posições

o espectador via uma mancha

no chão. De dois por cento

via um carro, “real”, na frente.

Fez um Pelé na av. Paulista; um

Michael Jackson no Rio de Janeiro

(junto com o artista plástico

Romero Brito); uma piscina no

Rio (homenagem às Olimpíadas);

monumentos de Brasília na

Esplanada dos Ministérios e um

canyon com elementos brasileiros

e sul-africanos na Praça do

Patriarca, em São Paulo, durante

a C o p a de 2010.

Ao total, fez cerca de 20 trabalhos

em 3D no Brasil.

Kobra participou de diversas edições

do Sarasota Chalk Festival,

maior evento de 3D do mundo

(ler em trabalhos internacionais,

ao final do release). Também

participou de quatro edições do

“Dubai Canvas at City Walk”, nos

92

Emirados Árabes Unidos.

Galeria de Céu Aberto – O artista

começou a colocar seus quadros

em muros e outros espaços da cidade

de São Paulo. Quer mostrar

para as pessoas que a arte é acessível,

que todos podem entrar em

galerias.

“Muita gente pensa que não gosta

de arte simplesmente porque

nunca entrou em museus e galerias”,

afirma Eduardo Kobra.

Greenpincel –

O projeto, que o artista desenvolve

desde março de 2011, busca

alertar e combater as agressões

do homem aos animais e ao planeta

como um todo. Kobra entregou

vários murais para a cidade

de São Paulo, dentro do projeto.

Fez em julho um chocante mural

de “boas-vindas”, chamado “Welcome

to Amazônia”, na av.

Rebouças, 167, com cerca de

7mX5m.

O cenário mostra um ambiente

arrasado. Pouco antes, concluiu

o mural “CO2”, na rua Alvarenga,

2.400, com cerca de 10mX5m,

também parte do seu projeto

Greenpincel, iniciado com o mural

“Navio Baleeiro” (obra crua e

forte, baseada em uma cena da

caça de uma baleia pelo navio

Yushin Maru), realizado em março

na rua Domingos de Morais,

na Vila Mariana. Kobra pintou o

mural “Sem Rodeios”, na av. Brigadeiro

Faria Lima, depois de ficar

chocado com as imagens nos

jornais e sites do bezerro abatido

pelo peão César Brosco durante a

56ª. Festa do Peão de Barretos.

Fez na rua Cayowaa, em Perdizes,

o mural “Mar da Vergonha”, onde

critica o massacre de centenas de

golfinhos no início de setembro,

na pequena cidade de Taiji, na

costa meridional da ilha japonesa

de Honshu. Em outubro do ano

passado fez o mural Alta Mira,

onde critica a construção da usina,

trabalho que atingiu grande

repercussão de público e mídia.

Segundo Kobra, o Greenpincel

denuncia e combate artisticamente

as várias formas de

agressão do Homem à natureza.

“Todas as tragédias naturais que

têm acontecido em nosso planeta

mostram que proteger os animais

e a natureza como um todo é também

uma forma de protegermos

o ser humano. Particularmente,

sou um apaixonado por plantas

e animais. São temas que namoro

há muito tempo e, por isso, decidi

que já era hora de colocá-los

também dentro do meu trabalho

como artista”, diz.

O Greenpincel marca uma nova

etapa nas obras de rua do artista,

que buscam basicamente preservar

a memória e trazer beleza aos

paulistanos, em meio à correria

do dia-a-dia.

“Gosto muito de resgatar a história

e levar beleza às ruas das cidades,

o que faço principalmente

no projeto ‘Muro das Memórias’,

mas há situações em que devemos

denunciar, mostrando artisticamente

as agressões feitas contra

o nosso Planeta”, afirma.

Olhares da Paz – Série inspirada

em personalidades importantes

da história do Brasil, como o

arquiteto Oscar Niemeyer e os

compositores Chico Buarque e

Adoniran Barbosa além de nomes

que contribuíram a para paz,

a liberdade, a arte e o humanismo,

como Nelson Mandela, Martin

Luther King Malala Yousafzai,

Dalai Lama, Mahatma Gandhi,

Madre Teresa de Calcutá e John

Lennon.




Desenvolvimento Humano! Por: Karla Bonello,Fundadora da Like a Job Consultoria em RH

Há séculos o mundo vem passando

crises, sejam elas financeira

ou pandêmica como a

atual Covid-19. Todas elas, de

forma intensa ou não, reflete no

desenvolvimento humano.

Para alguns pesquisadores, a crise

atual é diferente, pois o impacto

global da atual pandemia, afeta

de forma simultânea todos os

elementos da existência com os

quais o desenvolvimento humano

é medido (saúde, educação,

renda), fazendo com que o mundo

“retroceda” nesse quesito.

O vírus gerou uma intensa ruptura

social, com milhões de casos

em escala global, milhares de

mortes, e significativas mudanças

à rotina, como a implantação de

uma “quarentena inacabável”.

Os aspectos sociais foram abalados,

logo ele se estenderia ao cenário

profissional.

Nesse contexto quero trazer a

visão da Like a Job, uma consultoria

que nasceu às vésperas da

pandemia e está completando 01

ano de vida em meio a um cenário

desolador, mas também promissor,

onde a COVID-19 está

sendo um divisor de águas no cenário

corporativo.

PERÍODO PANDÊMICO E O

“NOVO NORMAL”

Não temos ainda a certeza de

nada em relação ao “novo normal”,

o tempo nos dirá, porém,

precisamos potencializar a oportunidade

em evoluirmos como

sociedade e como seres humanos.

Já sabemos que as empresas precisaram

se adaptar, algumas optaram

pelo trabalho remoto, outras

reduziram sua jornada, outras

demitiram, algumas infelizmente

encerraram as atividades e uma

outra fatia se destacou e acelerou

seu crescimento em meio à crise.

A área de Recursos Humanos se

tornou protagonista nos últimos

meses para cuidar do de seus colaboradores,

atuando de forma

ativa na promoção da saúde mental

(principalmente pelo medo,

angústia, tristeza e depressão

causados pelo isolamento social)

e no desenvolvimento de cartilhas

e ações preventivas contra a

COVID-19.

Todas as ações citadas foram

emergenciais, mas como se reorganizar

para o depois? Como

engajar e motivar os colaboradores,

criando perspectivas para o

futuro de sua carreira e desenvolvimento

profissional em meio ao

caos?

Durante a crise ouvimos repetidamente

a frase “temos que nos

reinventar”, e como resultado,

houve uma mudança de comportamento

dos profissionais.

Sim, estou falando de novas habilidades

e competência!

HABILIDADES EM ALTA!

Confira as principais habilidades

em destaque e que serão tendência

para o mercado de trabalho:

Resiliência - A resiliência é a

capacidade do indivíduo lidar

com problemas, adaptar-se a mudanças,

superar obstáculos ou

resistir à pressão de situações adversas

Autogestão - A horizontalização

corporativa também está

relacionada a uma das habilidades

no cenário pós-pandemia.

O colaborador deverá garantir a

autogestão, ou seja, produzir sem

supervisão, cumprindo prazos e

mantendo a qualidade exigida.

Flexibilidade – Ser flexível é

uma extensão da resiliência, voltada

para a adaptação de fatores

físicos, como a mudança de um

local de trabalho, por exemplo,

sem um planejamento prévio devido

a urgência exigida pela pandemia.

Comunicação – Comunicar-se

com eficácia e de forma tranquila,

que também se relaciona ao

ato de ouvir e entender o que o

outro diz, saber interpretar ideias

e transferir elementos da comunicação

falada e visual para a escrita.

Empatia - A empatia é a capacidade

de se colocar no lugar

do outro, entender as demandas

do outro, ainda que o outro seja

um colega de trabalho, chefe ou

cliente.

Pensamento crítico - O pensamento

crítico possibilita enxergar

soluções em meio a situações

inusitadas, apontam falhas com

maior rapidez e antecipam o negócio

à ocorrência de eventualidades

que venham gerar prejuízos.

Além das competências e habilidades,

devemos repensar nosso

formato de trabalho, precisamos

quebrar o paradigma que a única

forma de trabalho é o contrato

95


CLT, devemos dar oportunidade

às novas alternativas de trabalho

e desenvolvimento profissional.

NOVOS LÍDERES!

Com tantas mudanças no cenário,

não podemos deixar de observar

o surgimento de novos

líderes, bem como a excelente reciclagem

da liderança sênior!

Já entendemos que a capacidade

de aprender e se adaptar aos novos

cenários e lidar com as ferramentas

digitais são fundamentais.

Cada vez mais os processos

seletivos serão digitais ou híbridos,

e aprendemos que é possível

se comunicar, ser produtivo

e tomar decisões virtualmente.

Portanto, não podemos deixar de

mencionar que a capacitação e o

treinamento da atual e nova liderança,

será incluído no mundo

virtual.

Diversas ferramentas estão disponíveis

no mercado para atender

virtualmente qualquer tipo

de treinamento e capacitação de

profissionais.

A grande pergunta é, o que e para

que queremos capacitar?

Diante de tantas incertezas na

economia global geradas pela

crise, não recomendo que a capacitação

e desenvolvimento dos

profissionais sejam interrompidas.

Devemos treinar e capacitar

nosso time para estarmos sempre

preparados para o inusitado, potencialize

as novas habilidades,

aproveite o momento para criar

um futuro melhor, mais humano

e empático.

Exponencie as soluções dos millennials

e Z, a sabedoria dos boomers,

a resiliência e estratégia da

geração X, todos estão no processo,

extraia o melhor!

96



Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!