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Revista Penha | dezembro 2020

O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.

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Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.

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A incontinência

urinária

A incontinência urinária consiste na perda

involuntária de urina pela uretra, afetando

sobretudo as mulheres que representam 85%

dos casos. Estima-se que em Portugal 33% das

mulheres e 16% dos homens com mais de 40 anos

sofram desta condição.

É uma perturbação com um grande estigma social,

levando quem dela sofre a ter bastante relutância

em admiti-lo, o que muitas vezes atrasa o

diagnóstico e o tratamento do quadro subjacente

a esta condição. Este atraso pode levar ao

desenvolvimento de problemas mais graves como

úlceras, infeções da bexiga ou rins.

Alguns fatores de risco para o aparecimento

desta condição são o sexo feminino, a gravidez,

menopausa, o parto e o número de filhos, o

prolapso genital, a idade, a obesidade, obstipação

e o tabaco, as infeções do trato urinário e alguns

fármacos.

Existem 3 tipos principais de incontinência:

• Incontinência de esforço: caracteriza-se pela

perda de urina em simultâneo com um esforço

muscular (rir, tossir, espirrar). É mais frequente

nas mulheres entre os 45 e 65 anos e decorre da

fragilidade da musculatura pélvica que suporta

a bexiga e a uretra, quer seja por alterações

hormonais como a menopausa, parto, gravidez,

idade ou cirurgia da próstata.

• Incontinência por urgência: Ocorre

repentinamente uma vontade súbita e intensa

de ir à casa de banho, resultante da contração

espontânea da musculatura da bexiga. Pode estar

associada a infeções urinárias, litíase, ou até a

quadros de ansiedade e demência. Condiciona

bastante o dia-a-dia das pessoas que por vezes

planeiam o roteiro da sua saída tendo em conta

os sanitários por onde vão passar.

• Incontinência por extravasamento: Está mais

associada à patologia prostática e é resultante do

extravasamento de urina quando a bexiga atinge

o seu limite de capacidade.

A incontinência também pode ser mista quando

apresenta características da de esforço e de

urgência.

Existem várias armas no tratamento da

incontinência urinária sendo que cerca de 90%

das incontinências urinárias de esforço são

reversíveis quando é feito o tratamento adequado.

O tratamento tem de ser individualizado, mas

pode passar por:

• Fisioterapia (exercícios de Kegel);

• Reeducação comportamental:

- Controlo na ingestão de líquidos;

- Evitar certos alimentos como, por exemplo,

a cafeína;

• Electroestimulação;

• Colocação cirúrgica de uma rede suburetral;

• Fármacos;

• Remoção de obstáculo (cirurgia próstata).

É importante também salientar que existe muito

material de apoio às pessoas que sofrem de

incontinência crónica como são exemplo as fraldas

para adulto, pensos e roupa interior adequada

para esta condição.

Não deixe que o estigma social ou a normalização

do quadro adie o tratamento da sua incontinência

urinária!

Artigo escrito pelo Dr. João Freitas Cruz

Médico IFE 3º ano MGF na USF Oriente

USF Oriente

Telefone: 218 10 10 10

Avenida Afonso III, Lote 16

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