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Clipping 19/09/2011 1ª Edição Não se comercializam ideias de programas, mas sim formatos. E, por isso, muitas brigas judiciais já ocorreram por conta da similaridade dos programas. Um dos casos mais clássicos é o conflito do SBT com a Endemol pelo programa Casa dos Artistas, que a produtora alega ser uma cópia do Big Brother Brasil. A disputa judicial foi vencida pela Globo e pela Endemol. Mais recentemente, a emissora de Silvio Santos voltou a ser acusada de plágio por outra produtora internacional. A FremantleMedia processou a emissora afirmando que o Qual é o Seu Talento? é uma cópia do reality Britain's Got Talent, programa de sucesso da tevê inglesa, onde os candidatos podem apresentar seus dotes artísticos através da dança, canto, malabarismos, entre outros. "Este processo é injusto. Não acho que seja plágio. Afinal, o programa funciona como a atualização do antigo Show de Calouros, que o SBT exibe desde os anos 80", reclama Daniela Beyruti, diretora artística e de programação da emissora. Casamento comercial Atualmente, a interação entre emissoras brasileiras e produtoras internacionais vai além do acordo de compra e exibição dos formatos. Em 2001, a Globo e a Endemol criaram uma "joint venture" chamada Endemol Globo, para a criação de programas ou apenas quadros, como os do Amor e Sexo e Caldeirão do Huck, que podem ser vendidos para outros países. Além disso, a Endemol também tem um braço brasileiro que negocia com outras emissoras nacionais, a Endemol Brasil. "São duas empresas fortes. A Endemol é uma produtora independente que se preocupa em produzir conteúdo para todas as mídias. Já a Globo tem sua especialidade na teledramaturgia. A junção é muito produtiva", acredita Daniela Busoli, diretora-geral da Endemol no país. Na Band, a adaptação de formatos produzidos pela Eyeworks-Cuatro Cabezas chegou a um novo patamar com a criação do Agora é Tarde, programa de entrevistas comandado por Danilo Gentili. "Queríamos fazer algo especial. Ao invés de comprar um formato pronto, decidimos construir o programa em parceria. O resultado foi ótimo e outros produtos podem surgir dessa união criativa entre as duas empresas", espera Hélio Vargas. Instantâneas # Além do Projeto Fashion, a Band se prepara para lançar o oitavo programa em parceria com a Eyeworks-Cuatro Cabezas, trata-se do Mulheres Ricas, reality que mostra o cotidiano de socialites como Narcisa Tamborindeguy e Val Marchiori. # A próxima parceria entre a Globo e a Endemol é a produção do programa musical The Voice, onde os jurados escolhem os participantes apenas pela voz. A estreia está prevista para o ano que vem. "O melhor do programa é que só compete quem já canta muito bem", analisa Boninho, diretor responsável pela adaptação brasileira. # A acusação de plágio movida contra o SBT pela FremantleMedia ainda corre na Justiça. No entanto, o SBT vai exibir na integra a atual temporada do Qual É o Seu Talento?. A detentora dos direitos de exibição do programa é a Record, que pretende produzir a versão brasileira oficial do reality no ano que vem. # Disputa musical de sucesso nos Estados Unidos, o American Idol já teve duas versões brasileiras. Sob o nome de Ídolos, a primeira versão foi ao ar no SBT e durou duas temporadas. Em 2008, os direitos de produção foram comprados pela Record, que já começa a produzir a quinta temporada do programa, prevista para 2012. Terra
Clipping 19/09/2011 1ª Edição Gazeta do Povo - Curitiba Vida Pública - Censura Planalto derruba manobra contra Lei de Acesso à Informação Senado Collor, apoiado por Sarney, queria adiar votação do projeto por tempo indeterminado. Dilma pretende aprovar medida antes do encontro na ONU sobre governo abertos Publicado em 17/09/2011 | Agência Estado Brasília - O governo federal atropelou ontem a manobra dos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Fernando Collor (PTB-AL), para adiar por tempo indeterminado a votação do projeto de lei que trata do acesso a informações. A reação se deu pelo envio ao Senado, num prazo recorde, dos dados solicitados pelo requerimento de Collor O regimento da Casa interrompe a tramitação de matéria enquanto aguarda respostas a ela relacionadas. Foi com essa finalidade que, um ano e meio depois do projeto tramitar no Senado, Collor encaminhou oito perguntas ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito Carvalho Siqueira, sobre os documentos sigilosos do país. Ele fez isso no dia 5, mas Sarney só despachou o requerimento na última segunda-feira. O general teria o prazo de um mês para se manifestar. A presidente Dilma Rousseff, no entanto, teria interferido para apressar a votação, a tempo de sancionar a lei antes da próxima terça-feira, quando participa na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, de um painel sobre governos abertos. O senador Walter Pinheiro (PT-BA) disse que, sem a aprovação do projeto, Dilma seria a única entre os nove chefes de Estado convidados que não disporia de uma lei específica de acesso a informações no país. Assinada pelo general, a resposta a Collor foi protocolada no Senado às 17h50 de ontem. São apenas duas páginas que, a grosso modo, repassam ao senador do PTB dados que ele poderia obter na internet ou que, se supõe, já devem ser de seu conhecimento. José Sarney enfrenta agora um dilema: o de atender à presidente Dilma ou a Fernando Collor. Assessores do Planalto informam que a presidente teria mandado um recado ao presidente do Senado com relação à sua expectativa de sancionar o quanto antes a proposta. O impasse com Sarney e Collor se deve ao fato deles defenderem o sigilo eterno para documentos ultrassecretos. O projeto aprovado na Câmara dos Deputados e em duas comissões do Senado – Ciência e Tecnologia e Direitos Humanos – especificam o prazo de 25 anos renováveis pelo mesmo período para liberação desse tipo de documento. Na quinta-feira, o líder do PT, senador Humberto Costa (PE), antecipou que as respostas ao requerimento estariam no Senado no dia seguinte. Ele acredita que há tempo de votá-lo no plenário antes do evento na ONU. ―Cumprida essa formalidade, temos todas as condições para que a votação aconteça na primeira brecha que surgir‖, defendeu. Fernando Collor marcou duas audiências públicas na CRE. Mesmo que ele insista em mantêlas, o presidente do Senado tem competência de incluir a matéria na ordem do dia, uma vez que ela tramita em regime de urgência. Sarney pode optar por essa iniciativa, apoiada pela maior parte dos senadores, inclusive os da oposição, ou ficar com Collor que acusa seus opositores de votar o projeto ―de afogadilho‖, após 18 meses de tramitação.
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