COMUNICAÇÕES 225 - O Líder Mobilizador (2017)
APDC 225 - O Líder Mobilizador Dezembro 2017
APDC 225 - O Líder Mobilizador
Dezembro 2017
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editorial<br />
dezembro <strong>2017</strong><br />
Futuro impõe<br />
grandes mudanças<br />
Eduardo Fitas<br />
eduardo.fitas@accenture.com<br />
ao contrário<br />
do que nos diz<br />
o senso comum,<br />
a inteligência<br />
artificial e a<br />
automação vão<br />
criar mais postos<br />
de trabalho,<br />
desde que a<br />
inovação seja<br />
gerida de forma<br />
socialmente<br />
responsável e<br />
a formação de<br />
competências<br />
ajustada às<br />
necessidades<br />
O World Economic Forum publicou<br />
um estudo sobre tendências do<br />
trabalho e competências do futuro.<br />
Em quatro áreas principais,<br />
há temas que são de particular<br />
importância para a competitividade<br />
de países e empresas.<br />
Por exemplo, e ao contrário do<br />
que nos diz o senso comum, a inteligência<br />
artificial e a automação<br />
vão criar mais postos de trabalho,<br />
desde que a inovação seja gerida<br />
de forma socialmente responsável<br />
e a formação de competências<br />
seja ajustada às necessidades do<br />
futuro. Se o primeiro ponto, da<br />
responsabilidade social, é sempre<br />
relativo, sobre o segundo podemos<br />
ter intervenção direta.<br />
Outra das tendências chama<br />
a atenção para o facto de que serão<br />
as cidades, e não diretamente<br />
as empresas, a competir pelo talento.<br />
Para um país como o nosso,<br />
que começou recentemente a<br />
conseguir criar uma imagem de<br />
desenvolvimento tecnológico,<br />
este aspeto é de crítica importância<br />
para conseguir capturar valor<br />
efetivo.<br />
Cada vez mais, as cidades têm<br />
de conseguir definir uma política<br />
que cubra formação académica,<br />
fixação de talento e políticas<br />
favoráveis para localização das<br />
empresas, no contexto da economia<br />
digital, entre outros fatores.<br />
Outra das quebras de paradigma<br />
apontadas nestas previsões passa<br />
pelo regime de trabalho. Cada<br />
vez mais, a força de trabalho será<br />
composta por freelancers e não por<br />
recursos com vínculo a empresas<br />
e perspetiva de carreira definida.<br />
Esta será uma transformação<br />
que afetará, sobretudo, as áreas<br />
de gestão de recursos humanos,<br />
criadas desde sempre para gerir<br />
uma força de trabalho própria<br />
e não algo “líquido”, como já se<br />
começa a constatar nas novas gerações<br />
que chegaram ao mercado<br />
de trabalho.<br />
O último ponto aponta para<br />
uma transformação na formação,<br />
que deixará de ser organizada<br />
em silos, para ser cada vez mais<br />
orientada a projetos multidisciplinares.<br />
O que ajudará a preparar<br />
melhor os alunos para um modelo<br />
de formação contínua, cada<br />
vez mais necessário no futuro. É<br />
a rápida evolução tecnológica que<br />
o impõe, para que o valor da força<br />
de trabalho não se torne obsoleto<br />
rapidamente. A formação terá de<br />
ser mais focada nas necessidades<br />
futuras e menos nas competências<br />
adquiridas no passado.<br />
Com este olhar para o futuro,<br />
só me resta, em nome da equipa<br />
que todos os trimestres faz esta<br />
revista, desejar um Feliz Ano,<br />
ainda mais Novo que o costume!•<br />
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