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Revista Dr Plinio 275

Fevereiro de 2021

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Luzes da Civilização Cristã<br />

Como um voo<br />

Alberto Luccaroni (CC3.0)<br />

angélico<br />

Assim como o gótico, no seu início, manifestava uma força muito<br />

grande, com riquezas de graça, delicadeza e leveza que só depois<br />

se exprimiram, do mesmo modo, olhando para ele, no fundo de<br />

nossas almas católicas há um anseio de que algo novo, realmente<br />

magnífico ainda apareça. Nas obras do Espírito Santo não pode haver<br />

contradição. Tudo é lógica por mais que o passo seja enorme.<br />

ACatedral de Ravena, na Itália, é um edifício octogonal<br />

construído num estilo bizantino muito<br />

característico, com aquelas figuras em mosaico,<br />

típicas da arte bizantina, postas numa espécie de estado<br />

contemplativo, desligadas das circunstâncias concretas<br />

de tudo, sobre um fundo dourado.<br />

Os diversos estilos ao sopro do Espírito Santo<br />

Passar desse estilo para o românico constitui, sem dúvida,<br />

um salto. Não se deve confundir o românico com o greco-<br />

-romano. Este último é o estilo grego com pequenas adaptações<br />

feitas pelos romanos. O românico é uma adaptação que<br />

os bárbaros fizeram do estilo romano a algo existente na alma<br />

deles e que não havia no espírito da civilização romana.<br />

Quando consideramos um estilo mais próximo do românico,<br />

como é o da época de Ravena, não é fácil perceber<br />

que de lá surgirá o românico. Entretanto, ao ver o<br />

românico e depois o gótico, percebemos que o gótico estava<br />

nascendo no românico.<br />

Então, podemos dizer que o espírito de Ravena correspondia<br />

a alguma coisa do gótico, mas com interferência<br />

de algo violentamente diferente ligado ao romano antigo.<br />

Já do românico para o gótico, pelo contrário, continua<br />

em linha reta.<br />

Assim como o gótico, no seu início, manifestava uma força<br />

muito grande, com riquezas de graça, delicadeza e leveza<br />

que só depois se exprimiram, mas que já estavam presentes<br />

no gótico originário, poderíamos perguntar o seguinte:<br />

quando o gótico chegou a exprimir a sua delicadeza, a par<br />

de sua força, ele estava esgotado ou tinha mais algo?<br />

A força e a graça são posições ou valores harmônicos,<br />

mas tão diversos entre si que se diria, à primeira vista,<br />

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