Folha de Sala Digital transmissão online 12 fevereiro 2021 — Gala de Ópera — concertogravado28jun2020
Notas de programa: Pedro Moreira Transmissão Online: 12 de fevereiro às 21h em YouTube.com/SaoCarlos #SãoCarlosVoltaASuaCasa #CulturaéImaginação
Notas de programa:
Pedro Moreira
Transmissão Online: 12 de fevereiro às 21h em YouTube.com/SaoCarlos
#SãoCarlosVoltaASuaCasa
#CulturaéImaginação
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
O programa da presente gala reúne algumas das mais conhecidas
áreas de ópera italiana e francesa compostas na
segunda metade do século XIX, percorrendo nomes cimeiros
da produção operática desse período. A ópera Carmen, de
G. Bizet (1838-1875) foi estreada em 1875 na Opéra-Comique
de Paris. O libreto, baseado no romance homónimo de Prosper
Mérimée, foi escrito por Henri Meilhac e Ludovic Halévy
e retrata a história de amor e ciúme da cigana Carmen e do
soldado desertor Don José. A ação desenrola-se em Sevilha,
em 1820, entre surpresas, disfarces, tensões, paixão e amor.
Na época, não foi bem recebida pelo público, demorando alguns
anos até ser aplaudida unanimemente. A «Aragonaise»
em programa, do Prelúdio do IV Ato, apresenta o colorido
festivo de Aragão nas suas dimensões rítmica e melódica,
que nos remete para o ambiente do exterior da praça de touros.
O domínio melódico de Bizet é notório na conhecida ária
«L’amour est un oiseau rebelle», construída sobre um ritmo
de Habanera. A ária e dueto «Près des remparts de Séville»,
com Carmen e D. José, tem como referente a Seguidilla, género
musical e coreográfico de origem castelhana, com elementos
de sedução que nos remetem para a situação do fial
do I Ato, no qual Carmen procura seduzir D. José. A ária do
toureiro Escamillo «Votre toast, je peux vous le rendre» surge
no II Ato, no seu fulgor e tom celebrativo em comunhão com a
multidão, num dos momentos mais populares da ópera.
A ópera Rigoletto, composta por Giuseppe Verdi (1813-1901)
teve a sua estreia em 1851 no Teatro La Fenice, em Veneza.
A ação decorre em Mântua, e contém ingredientes operáticos
chave no seu argumento: sedução, paixão, disfarces e morte.
Das árias em programa, «Caro nome che il mio cor» revela
os sentimentos de Gilda, filha de Rigoletto, para com um homem
cuja identidade pensa conhecer. A ária é carregada de
emoção pelo seu andamento lento, exigindo, sobretudo na
parte de coloratura um grande domínio vocal do soprano.
A aria di bravura do Duque, «La donna è mobile» surge
7