Revista Penha | abril 2021

Vacina ‘não doeu nada’
Do grupo prioritário de pessoas com mais
de 80 anos, Esperança e João foram dos
primeiros a ser vacinados contra a COVID-19.
Com a segunda dose tomada no final de março,
está mais próximo o desejo do casal “conviver, ir
ao café, dar abraços”.
Iam receosos com a vacina, mas “não doeu nada”
e apenas sentiram algumas dores de cabeça e
cansaço depois da primeira toma, “o que até
pode ter sido uma reação emocional à tensão em
que íamos depois de tudo o que ouvimos sobre os
efeitos secundários”, admite João.
Da primeira dose da vacina, o que marcou
Esperança foi “um agente da PSP com um
empenho que não há palavras para agradecer:
abriu-me a porta do carro, deu-me o braço,
perguntou como me chamava e eu perguntei
o nome dele: Felizardo. Esperança e Felizardo,
com estes nomes ia correr tudo bem. Que
receba um louvor por tudo o que fez!”.
Quanto ao confinamento, dizem que o primeiro
foi mais difícil. “Foi complicado, não podíamos
ir à rua. Felizmente a Junta telefonou a
perguntar se precisávamos de alguma coisa
e trouxeram-nos comida, legumes”, contam.
“Agora a pandemia entrou nos hábitos, mas
quanto mais falta de convívio pior”, considera
João, “fazem muita falta os passeios da Junta
e a semana de férias no verão”. Já estiveram
mais longe, contamos.
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