Kayapó: manifestando a arte através do design de superfície
O presente trabalho possui caráter experimental, com foco em desenvolver um conjunto de estampas a partir da junção de elementos e valores culturais indígenas, inspirados nos traços das obras da artista brasileira Tarsila do Amaral durante o movimento modernista conhecido como antropofágico.
O presente trabalho possui caráter experimental, com foco em desenvolver um conjunto de estampas a partir da junção de elementos e valores culturais indígenas, inspirados nos traços das obras da artista brasileira Tarsila do Amaral durante o movimento modernista conhecido como antropofágico.
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No ‘Abaporu’, podemos ver a brasilidade nas
cores, na imagem de um homem nu e nos elementos
da natureza brasileira, além das grandes
influências estrangeiras, como proporções e
formas exageradas, características bastante
comuns no expressionismo.
O ‘‘Abaporu’ se desenvolveu de uma forma natural,
resultante da transformação de uma artista,
do amadurecimento das formas e do uso das
cores, com uma intensidade imaginária extraordinária,
em um estilo original de Tarsila.
Anos depois de ter pintado esses quadros,
Tarsila descreveu o ‘Abaporu’ como “uma figura
solitária monstruosa, pés imensos, sentada
numa planície verde, o braço dobrado repousando
num joelho, a mão sustentando o peso-pena
da cabecinha minúscula. Em frente, um cacto
explodindo numa flor absurda”. São inspirações
extraídas do seu subconsciente, talvez vinda de
histórias contadas durante a infância (1939 apud
AMARAL, 1975, p. 249).
Figura 12 – Pintura ‘A negra’ (1923)
“Segui apenas uma inspiração sem nunca prever os seus resultados.
Aquela figura monstruosa, de pés enormes, plantados no chão
brasileiro ao lado de um cacto, sugeriu a Oswald de Andrade a ideia da
terra, do homem nativo, selvagem, atropófago...” disse Tarsila anos
depois. (1943 apud AMARAL, 1975, p. 247)