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Kayapó: manifestando a arte através do design de superfície

O presente trabalho possui caráter experimental, com foco em desenvolver um conjunto de estampas a partir da junção de elementos e valores culturais indígenas, inspirados nos traços das obras da artista brasileira Tarsila do Amaral durante o movimento modernista conhecido como antropofágico.

O presente trabalho possui caráter experimental, com foco em desenvolver um conjunto de estampas a partir da junção de elementos e valores culturais indígenas, inspirados nos traços das obras da artista brasileira Tarsila do Amaral durante o movimento modernista conhecido como antropofágico.

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kayapó: manifestando a arte através do design de superfície

2.8.1

Signos no grafismo

dos Kayapó

“Defino signo como qualquer coisa que, de um

lado, é assim determinada por um Objeto e, de

outro, assim determina uma ideia na mente de

uma pessoa, esta última determinação, que denonimo

o Iterpretante do signo, é, desse modo,

mediatamente determinada por aquele Objeto.

Um signo, assim, tem uma relação triádica com

seu Objeto e com seu Interpretante.”

(CP 8.343 apud SANTAELLA, 2000, p. 12)

Signos são bastante presentes na arte indígena,

como a representação de algo / alguma coisa

através do grafismo. Como podemos ver no livro

Grafismo Indígena, Lux Vidal afirma que esses

grafismos “possuem denominações que se referem

a algum aspecto do meio ambiente — flora,

fauna — ou a um objeto de uso cotidiano — por

exemplo, uma caixinha de fósforos.”

(2000, p. 146)

Os grafismos na arte dos Kayapó, formados por

desenhos geométricos de linhas, triângulos e

quadrados, são reproduzidos em traços paralelos.

Em caráter decorativo, é comum ver a

aplicação desses desenhos na pintura corporal,

e também em objetos — por exemplo, em adornos

como: pulseiras, colares, cestarias e tecidos,

entre outros.

Como descreve Lux Vidal, “Ao nível do sensível,

do visual, esse meio de classificação e de comunicação,

que, ao mesmo tempo aproxima e dife-

Figura 21 – Ao lado: Pintura

facial. Fonte: https://noticias.

uol.com.br/album/2017/12/07/

indios-xicrin-no-para.htm

Foto: José Cícero da

Silva/Agência Pública

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