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REVISTA RALLY 2021 alterada4

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A soja é cultivada entre as fileiras de canaviais que, após

a saída da da oleaginosa, ocupam todo o espaço, em solo

revitalizado

em arrendar terras que são destinadas pelas usinas à necessária

reforma de canaviais a cada final e ciclo. Seu propósito é gerar

oportunidades para produtores cooperados ampliarem a renda

fazendo o que sabem em um lugar relativamente perto. A cooperativa

cuida do arrendamento e escolhe a dedo os produtores,

fornece os insumos, presta assistência técnica, recebe a produção

e disponibiliza um seguro – garantindo assim que, em caso

de frustração, os cooperados parceiros sejam ressarcidos em seus

custos. Por sua vez, como o objetivo da usina com a reforma é

restaurar a fertilidade do solo e quebrar o ciclo de pragas e doenças

da cana, as terras são entregues adubadas para o Programa e

ela ainda tem participação com um porcentual a partir de determinados

níveis de produtividade.

“É um ganha-ganha em que todas as partes envolvidas saem satisfeitas”,

afirma o gerente de negócios da Cocamar e coordenador

do Programa, Marco Antônio de Paula.

Continuar crescendo

Está explicado por que de 5,2 mil hectares cultivados por 19 cooperados

no projeto embrionário em 2019/20 com a presença de

uma usina, a iniciativa avançou no ciclo 2020/21 para mais de

25 mil hectares, cerca de 100 cooperados e três usinas envolvidas.

“Nenhum dos participantes do projeto piloto desistiu”, observa de

Paula. Para o período 2021/22, a expectativa do gerente é que a

área continue crescendo a passos largos. “Estamos conversando

com várias usinas, inclusive do Paraná. Quando alguma delas fica

em dúvida, convidamos para que venha ver o que está acontecendo

no Pontal, uma vitrine.”

O gerente esclarece: “Não estamos aqui só para arrendar terras,

queremos desenvolver um trabalho juntos, que traga benefícios

para todos”.

De uma região onde até pouco tempo não se plantava um único

pé de soja, a transformação que começa a ser percebida já é de

encher os olhos – e não só dos produtores. Em 2019/20 foram

originadas ali 15 mil toneladas de soja, volume que deve chegar a

70 mil neste ano. Os negócios com insumos, por sua vez, saíram

de R$ 10 milhões para R$ 40 milhões. No total, R$ 180 milhões

devem ser movimentados na safra atual. O “ganha-ganha” vale

também para a economia de cidades como Sandovalina, Teodoro

Sampaio e Narandiba, entre outras. A soja está trazendo gente que

ajuda a movimentar o comércio, postos de combustíveis, oficinas

e demanda a locação de imóveis.

O maringaense Zé Português alugou uma chácara nos arredores

de Sandovalina, onde os familiares se revezam durante a temporada

que começa com a preparação da lavoura, em setembro, e

segue até o final da colheita, em abril. “Quando viemos para cá,

levamos em conta que a nova geração da família precisa de terras

para prosseguir e o lugar não poderia ser melhor.”

BOAS PRÁTICAS – A REVISTA DO RALLY COCAMAR DE PRODUTIVIDADE 2020/21

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