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REVISTA RALLY 2021 alterada4

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Entre outros benefícios, a braquiária inibe a buva

Cuidar do solo e, ao mesmo tempo, impedir o desenvolvimento de

ervas de difícil controle, como a buva. É assim, apostando na sustentabilidade,

que um jovem produtor de grãos de Maringá (PR)

vem conduzindo a sua lavoura. Diferente de outros produtores, para os

quais a praga se tornou um pesadelo, Cleber Veroneze mantém os seus

campos praticamente livres da mesma.

Um estudo divulgado pela Basf aponta que durante um ciclo de 24

meses, cerca de 150 mil sementes podem ser emitidas pela buva, das

quais ao menos 80% viáveis, causando forte impacto na produtividade

da soja se não for controlada de forma adequada.

Consórcio milho x braquiária

Há anos, o manejo das ervas é realizado de uma maneira relativamente

simples por meio do consórcio milho de inverno x braquiária, sob a

orientação da Cocamar. Entre outros benefícios, a braquiária produz uma

espessa massa verde sobre o solo que, depois de dessecada para o plantio

direto da soja, forma um cobertor que protege a superfície e inibe o

surgimento de ervas. Segundo Veroneze, foram necessários cinco anos

de consórcio milho x braquiária para chegar à situação atual de relativa

tranquilidade, sendo que o investimento sai barato, não mais que 10%

em comparação aos custos do controle químico.

Controle químico

Além disso, considerando que a buva é uma cultura de inverno, o controle

químico da mesma deve começar durante o consórcio milho x

braquiária, utilizando atrazina - um dos herbicidas mais recomendados

- na pré-emergência da lavoura.

Veroneze faz também uma saudável rotação em 25% de suas áreas

com uma mistura de sementes que beneficia o solo e praticamente impede

a disseminação da buva e demais ervas, composta por aveia branca,

aveia preta, nabo pé-de-pato, nabo forrageiro e centeio.

Aumento de produtividade

“Eu aplico calcário e faço a adubação na área de rotação pensando no

sistema”, explica o produtor, informando que na safra passada conseguiu

colher 7,8 sacas a mais por hectare (19 na medida por alqueire)

na área que havia sido rotacionada em comparação à média da propriedade.

A prática, diz Veroneze, custa cerca de 50% no comparativo com

o tratamento químico.

Planejar

“Se ficar uma única planta de buva por metro quadrado, o produtor de

soja vai ter uma perda de produtividade de 10 a 20%”, pontua o engenheiro

agrônomo Rafael Franciscatti, representante técnico de vendas

(RTV) da Basf, uma das principais patrocinadoras do Rally. “A gente vê

produtores fazendo várias aplicações e correndo atrás de um manejo adequado,

mas perdendo o tempo das aplicações”, cita. “É imprescindível

planejar o manejo da buva, que precisa ser controlada durante o inverno

com uma dose robusta de herbicida, como a atrazina, além de uma boa

cobertura de solo, caso da braquiária.’

Controlar antes da semeadura da soja

Segundo Franciscatti, a buva vem apresentando resistência a quatro mecanismos

de ação. Por isso, “o produtor precisa sair do tradicional e buscar

novas maneiras de controlar a erva, fazendo isso antes da semeadura da

soja. Após a emergência da soja, o manejo é impraticável”.

Veroneze no meio

da roça, apontando

para área sem buva

Veja a

reportagem

em vídeo

BOAS PRÁTICAS – A REVISTA DO RALLY COCAMAR DE PRODUTIVIDADE 2020/21

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