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Webmorning Call Center: Automação e Humanização no Atendimento

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#71<br />

JULHO 2020<br />

WEBMORNING - CALL CENTER<br />

<strong>Automação</strong> e <strong>Humanização</strong><br />

<strong>no</strong> <strong>Atendimento</strong>


WEBMORNING - CALL CENTER: AUTOMAÇÃO E HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO<br />

Entre o virtual e o real<br />

A tec<strong>no</strong>logia chegou em força <strong>no</strong> negócio dos call centers e a<br />

pandemia foi um acelerador. As ofertas permitem maior rapidez,<br />

eficácia e capacidade de resposta ao cliente final, seja através de<br />

um assistente virtual, ou de um operador especializado.<br />

O MERCADO dos call centers já recorre a soluções<br />

verdadeiramente robustas para responder<br />

aos <strong>no</strong>vos desafios do mercado. A pandemia<br />

veio claramente acelerar a utilização da tec<strong>no</strong>logia<br />

e há ofertas que permitem maior rapidez,<br />

eficácia e capacidade de resposta ao cliente final,<br />

seja esta dada por um assistente virtual ou por<br />

um operador especializado. Aliás, não falta<br />

muito para deixar de se conseguir fazer a distinção<br />

entre um chatboot e uma pessoa, quando<br />

se contacta um call center. Testar, experimentar<br />

e recolher feedback de todos os envolvidos é o<br />

caminho para assegurar o futuro.<br />

O setor dos call centers já é altamente tec<strong>no</strong>lógico<br />

e tem várias empresas de re<strong>no</strong>me e de vanguarda.<br />

Trata-se de um negócio de tec<strong>no</strong>logia<br />

e de formação intensiva, que teve de acelerar<br />

ainda mais com a pandemia e que conseguiu<br />

estar à altura do desafio. A afirmação é do Presidente<br />

da APCC - Associação Portuguesa de<br />

Contact <strong>Center</strong>s e Vice-Presidente da Secção<br />

Portugal Outsourcing da APDC, na abertura<br />

deste WebMorning.<br />

“Em março do a<strong>no</strong> passado, quase 90% dos<br />

contact centers estavam a operar remotamente,<br />

o que demonstra a robustez das soluções tec<strong>no</strong>lógicas”,<br />

assim como capacidade de resposta às<br />

<strong>no</strong>vas exigências do setor, uma vez que a pandemia<br />

acelerou a utilização dos canais digitais<br />

pelos consumidores, adiantou Pedro Miranda.<br />

Para o gestor, cada vez mais tudo tem que estar<br />

integrado, sendo que a humanização assume um<br />

papel fundamental para todos os elos da cadeia<br />

de valor: o operador de call center, o cliente do<br />

serviço e o consumidor.<br />

“Independentemente da moda do momento,<br />

há coisas que são consistentemente válidas ao<br />

longo do tempo. O serviço ao cliente começa<br />

com uma agenda de evitar problemas e tensões,<br />

e isso muitas vezes é completamente esquecido”,<br />

alerta, destacando que o produto ou serviço<br />

tem que ser desenvolvido para garantir combinações<br />

para que permitam dar resposta a todas<br />

as situações. Por isso, há que investir fortemente<br />

<strong>no</strong>s layers do consumidor e do serviço. É que o<br />

“consumidor tem que ser guiado para o que está<br />

a acontecer e ser conduzido para a solução”.<br />

Por isso, defende que há ainda que melhorar as<br />

soluções que apostam <strong>no</strong> huma<strong>no</strong> e na jornada<br />

do cliente. Aqui, os boots têm sido uma tendência<br />

crescente, até para resolver problemas mais<br />

complexos, mas há um caminho a fazer <strong>no</strong> sentido<br />

de se conquistarem os consumidores com<br />

estes assistentes virtuais, sempre com a meta de


3<br />

Através da tec<strong>no</strong>logia, o setor está a disponibilizar os seus serviços de forma mais eficiente e rápida e dando muitos passos além.<br />

Até mesmo ajudar os clientes de uma forma cada vez mais humana, através de boots que já se começam a confundir com os<br />

operadores, que estão agora cada vez mais especializados<br />

“orientar e ajudar as pessoas na sua jornada”.<br />

Ponto importante para Pedro Miranda é o “layer<br />

do agente huma<strong>no</strong>, muitas vezes esquecido.<br />

Além de toda a tec<strong>no</strong>logia de apoio ao cliente, na<br />

parte humana a tec<strong>no</strong>logia por vezes não é tão<br />

robusta. Nomeadamente <strong>no</strong>s meios e na auto<strong>no</strong>mia<br />

que têm para resolver os problemas. Será que<br />

as empresas estão a investir em maior auto<strong>no</strong>mia<br />

e capacidade de resolução do lado huma<strong>no</strong>?”,<br />

questiona. Para isto, a formação baseada em<br />

simulações é a resposta mais eficaz, para que os<br />

operadores de call centers consigam resolver os<br />

problemas de forma simples e rápida.<br />

“Investir na tec<strong>no</strong>logia ao serviço do profissional<br />

do serviço ao cliente é humanizar. Os serviços<br />

ao cliente são pródigos em descartar esta<br />

responsabilidade”, comenta, acrescentando que<br />

este é um caminho que está a ser feito, tal como<br />

o da utilização do big data e do data science na<br />

melhoria contínua, para dar maior auto<strong>no</strong>mia<br />

ao huma<strong>no</strong>.<br />

CLIENTE NO CENTRO DE TUDO<br />

A IBM Portugal é uma das empresas que tem<br />

vindo a apostar <strong>no</strong> desenvolvimento de uma<br />

plataforma cognitiva para call centers, que vai<br />

muito além da oferta de chatboots, fornecendo<br />

inteligência, através da integração de modelos<br />

de inteligência artificial. “Mais do que um<br />

boot, o que queremos é ter um operador que<br />

resolve um problema ao cliente e um conjunto<br />

de operações que aumentem a automatização<br />

daquela interação. Esta é a visão da IBM”, diz<br />

o seu Managing Consultant e Automation Ser-


WEBMORNING - CALL CENTER: AUTOMAÇÃO E HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO<br />

Pedro Miranda,<br />

Presidente APCC - Associação Portuguesa de Contact <strong>Center</strong>s<br />

e Vice-Presidente da Secção Portugal Outsourcing, APDC<br />

“Este é um setor altamente tec<strong>no</strong>lógico.<br />

Em Portugal temos empresas re<strong>no</strong>me e<br />

vanguarda, sendo uma área de tec<strong>no</strong>logia<br />

intensiva e de profissionais com formação<br />

também ela intensiva. Em março de 2020,<br />

quase 90% dos contact centers estavam a<br />

operar remotamente, o que demonstra a<br />

robustez da tec<strong>no</strong>logia”<br />

“O serviço ao cliente começa com uma<br />

agenda de evitar problemas e tensões.<br />

E isso muitas vezes é completamente<br />

esquecido. O produto ou serviço tem que<br />

ser desenvolvido com várias combinações<br />

para que, quando as coisas não correm<br />

como esperado, haja sempre solução. Tem<br />

de haver integração entre produto e apoio<br />

ao consumidor”<br />

“Ao automatizar o que é simples, estamos<br />

a deixar ao huma<strong>no</strong> o que é mais<br />

complexo. Mas estaremos a dar mais<br />

auto<strong>no</strong>mia e capacidade de resolução ao<br />

agente huma<strong>no</strong>? A jornada do cliente<br />

é revisitada regularmente? A sua voz é<br />

utilizada sistematicamente?”<br />

António Pedro Cerejeira,<br />

Managing Consultant e Automation Service Line Leader, IBM<br />

“Em Portugal temos vindo a desenvolver<br />

uma plataforma cognitiva que é muito<br />

mais que um boot, é um verdadeiro<br />

operador que resolve um problema<br />

ao cliente. Fornece um conjunto<br />

de operações que aumentam a<br />

automatização daquela interação. É esta<br />

a <strong>no</strong>ssa visão. Os boots são sem dúvida<br />

o futuro, porque vão conseguir libertar<br />

algumas das atividades rotineiras os<br />

operadores”<br />

“Com a tec<strong>no</strong>logia, já conseguimos<br />

alavancar e ajudar os contact centres<br />

a disponibilizarem <strong>no</strong>vas soluções. O<br />

cliente quer é ser atendido, seja por<br />

uma pessoa ou por um boot. Este tipo<br />

de plataformas permite tempos de<br />

espera nulos e capacidade de resolução<br />

e libertamos as pessoas para tarefas de<br />

valor acrescentado”<br />

“Este tipo de projetos tem que ser<br />

abraçado pela organização pensando<br />

<strong>no</strong> cliente. Não podemos despejar<br />

simplesmente a tec<strong>no</strong>logia. O cliente tem<br />

que estar <strong>no</strong> centro de tudo. E obviamente<br />

os parceiros”


5<br />

vice Line Leader, António Pedro Cerejeira.<br />

Não tendo dúvidas de que “os boots são o<br />

futuro, porque vão conseguir libertar algumas<br />

das atividades rotineiras dos operadores”, este<br />

responsável destaca que “com a tec<strong>no</strong>logia já<br />

conseguimos alavancar e ajudar os contact centers<br />

a disponibilizar <strong>no</strong>vas soluções. No final do<br />

dia, o cliente quer ser atendido, seja por uma<br />

pessoa ou por um boot. Este tipo de plataformas<br />

permite tempos de espera nulos e capacidade de<br />

resolução”.<br />

Com “bastantes ganhos de conexão com os<br />

clientes”, a solução desenvolvida pela IBM<br />

garante uma integração e orquestração de todos<br />

os processos e aplicações, reduzindo o erro<br />

huma<strong>no</strong> e os tempos de atendimento. Em paralelo,<br />

libertam-se pessoas para tarefas de maior<br />

valor acrescentado. Mas destaca que “este tipo<br />

de projetos tem que ser abraçado pela organização<br />

a pensar <strong>no</strong> cliente. Não podemos despejar<br />

simplesmente a tec<strong>no</strong>logia, o cliente tem que<br />

estar <strong>no</strong> centro de tudo”.<br />

Um projeto já em curso é o do Banco Montepio,<br />

que há cerca de um a<strong>no</strong> lançou a MARIA,<br />

uma assistente virtual que atende os clientes<br />

que liguem para o banco e ajuda nas tarefas<br />

mais básicas. O objetivo é que parte dos processos<br />

sejam resolvidos por este boot, criado<br />

em parceria com a IBM. Trata-se, segundo Ana<br />

Pacheco, Head of Customer Service at Contact<br />

<strong>Center</strong> desta instituição, de um “processo de<br />

digitalização e transformação digital do banco<br />

para ganhar eficiência e responder ao que os<br />

clientes e colaboradores querem”.<br />

Aqui, a meta não é ter um contact center omnichannel,<br />

que já existe em todas as instituições<br />

bancárias, mas ir mais além, ganhando crescente<br />

agilidade <strong>no</strong> atendimento ao cliente, de<br />

uma forma personalizada, dando-lhe a opção<br />

de utilizar as operações de self service, através<br />

do boot, ou de falar com um gestor de contacto<br />

de uma equipa mais especializada.<br />

“A MARIA tem sido uma aprendizagem organizacional,<br />

do serviço e do cliente. Temos níveis<br />

de satisfação do cliente acima dos 80%, que<br />

pode sempre dar o seu feedback, numa ótica de<br />

melhoria contínua. É isto que traz esta aceitação<br />

da <strong>no</strong>va tec<strong>no</strong>logia”, explica Ana Pacheco.<br />

Este projeto tem sido também muito importante<br />

para os operadores, que se tornaram desta<br />

forma mais especializados e sentem que criam<br />

mais valor. “As pessoas ficaram mais libertas<br />

para fazer um trabalho de relação e fidelização<br />

do cliente. Além de trazer mais eficiências na<br />

gestão do contact center”, comenta.<br />

Mas tudo isto não se faz sem uma aposta forte<br />

em tec<strong>no</strong>logias que permitam o apoio aos agentes.<br />

“É essencial. Temos o cliente em real time, a<br />

aguardar feedback e é necessário ter tec<strong>no</strong>logias<br />

para dar a resposta imediata, ao mesmo tempo<br />

dando apoio ao agente. Neste<br />

momento, temos uma plataforma global, informação<br />

e gestão, distribuição de chamadas, eficiência<br />

do atendimento ao cliente e valorização<br />

dos agentes que fazem atendimento especializado<br />

com mais auto<strong>no</strong>mia. Somos ambiciosos.<br />

Foi um trabalho exaustivo de trei<strong>no</strong> da instituição<br />

e do cliente, mas são apenas os primeiros<br />

passos num projeto que tem uma margem de<br />

crescimento e<strong>no</strong>rme <strong>no</strong> futuro”, remata a responsável<br />

do Montepio.<br />

A startup Polygon, que desenvolveu um sistema<br />

de autenticação biométrica, usando tec<strong>no</strong>logias<br />

como o reconhecimento facial e de voz, que


WEBMORNING - CALL CENTER: AUTOMAÇÃO E HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO<br />

Ana Pacheco,<br />

Head of Customer Service at Contact <strong>Center</strong>,<br />

Banco Montepio<br />

“O processo de digitalização e<br />

transformação do banco visa a eficiência<br />

e responder ao que os clientes e<br />

colaboradores querem. Já não estamos<br />

a falar de um contact center omnicanal<br />

mas sim de agilidade, para que s cliente<br />

resolva a sua questão rapidamente e de<br />

forma personalizada”<br />

“O projeto MARIA está a fazer quase<br />

um a<strong>no</strong> e tem sido uma aprendizagem<br />

organizacional, de serviço e do cliente.<br />

Temos níveis de satisfação do cliente<br />

acima dos 80%. E este pode sempre dar<br />

feedback para fazer alterações, numa<br />

ótica de melhoria continua. É isto que<br />

traz a aceitação da <strong>no</strong>va tec<strong>no</strong>logia”<br />

“Este tipo de soluções vem aumentar o<br />

nível de satisfação do agente, que sente<br />

que cria valor. Liberta as pessoas para<br />

um trabalho de relação e fidelização do<br />

cliente, criando-se equipas especializadas<br />

e focalizadas. Além de <strong>no</strong>s trazer mais<br />

eficiência na gestão do contact center. São<br />

os primeiros passos num projeto que tem<br />

uma margem de crescimento e<strong>no</strong>rme <strong>no</strong><br />

futuro”<br />

Fernando Moreira,<br />

Co-founder, Polygon<br />

“<strong>Automação</strong> e humanização são um<br />

paradoxo muito interessante. À tec<strong>no</strong>logia<br />

o que se pede não é que faça igual, mas<br />

de uma forma mais eficiente e rápida, e ir<br />

muitos passos além. A expectativa que os<br />

clientes têm é que de repente a tec<strong>no</strong>logia<br />

resolva problemas que existiam”<br />

“Durante muitos a<strong>no</strong>s aos agentes dos<br />

call centers foram transformados quase<br />

em robots. Esta era a realidade. O que<br />

se pede agora é que a tec<strong>no</strong>logia venha<br />

eliminar tudo isto e ajude de uma forma<br />

humana os clientes, com um atendimento<br />

muito flexível e huma<strong>no</strong>, compreendendo<br />

o problema da pessoa que está a ligar<br />

e resolvendo-o da forma mais rápida e<br />

eficiente possível”<br />

“A tec<strong>no</strong>logia, quando é bem pensada e<br />

implementada, pode de facto ajudar a<br />

tornar o <strong>no</strong>sso mundo um bocadinho<br />

mais huma<strong>no</strong>. As questões relacionadas<br />

com o sucesso das empresas são<br />

importantes, mas enquanto ferramentas<br />

para melhoria das relações sociais. É algo<br />

que faz sentido”


7<br />

poderá substituir <strong>no</strong>mes de utilizadores e passwords<br />

de acesso, é um dos parceiros da IBM<br />

para o desenvolvimento da plataforma nacional<br />

de call center.<br />

Fernando Moreira, co-founder do projeto,<br />

começa por destacar que a evolução tec<strong>no</strong>lógica<br />

permitirá, a dada altura, que não seja possível<br />

distinguir um chatboot de uma pessoa <strong>no</strong><br />

atendimento ao cliente. Para já, a empresa trabalha<br />

com dois grandes objetivos, ao dotar sistemas<br />

da capacidade de identificar pessoas de<br />

uma forma sem fricção: melhorar o serviço e<br />

reduzir as barreiras de identificação e dar mais<br />

segurança.<br />

HUMANIZAR TECNOLOGIA<br />

“<strong>Automação</strong> e humanização são um paradoxo<br />

muito interessante. O que se pede à tec<strong>no</strong>logia<br />

não é que faça igual, mas de uma forma mais<br />

eficiente e rápida e dando muitos passos além.<br />

E a expetativa que os clientes têm é que, de<br />

repente, a tec<strong>no</strong>logia possa resolver problemas<br />

que existiam antes. Quando durante muitos<br />

a<strong>no</strong>s se registou uma padronização do atendimento,<br />

mas quase sem opções para o cliente<br />

e transformando os agentes quase em robots”,<br />

destaca o empreendedor.<br />

Agora, passou-se dessa realidade para uma<br />

situação onde se pede que a “tec<strong>no</strong>logia venha<br />

eliminar tudo isto e ajudar de uma forma<br />

humana os clientes. Com um atendimento flexível<br />

e huma<strong>no</strong>, compreendendo-se o problema<br />

da pessoa que está a ligar e resolvendo-o da<br />

forma mais rápida e eficiente possível”.<br />

E qual a perspetiva de uma fornecedora de serviços<br />

de contact center? Ana Coelho, COO com<br />

o Domestic Market da Teleperformance Portugal,<br />

começa por salientar que a pandemia levou<br />

o mercado a uma situação em que os clientes<br />

deixaram de ter escolha <strong>no</strong> ponto de contacto,<br />

que passou a ser totalmente digital, obrigando a<br />

uma reinvenção <strong>no</strong> curto espaço de tempo. No<br />

fundo, ocorreu “uma aceleração da digitalização<br />

e uma automação muito elevada, sem a qual<br />

teria sido impossível responder aos clientes.<br />

Automatização e humanização estão de mãos<br />

dadas”.<br />

Destacando que a Teleperformance se assume<br />

como “uma empresa de pessoas integrando<br />

soluções tec<strong>no</strong>lógicas”, com 11 mil colaboradores<br />

e a falar 37 línguas diferentes, destaca que a<br />

aposta tem passado pela automatização do backoffice,<br />

de um conjunto de informação extenso,<br />

reduzindo-se tempo e aumentando a eficiência<br />

e a fiabilidade. Além de reduzir o stress de quem<br />

fornece a informação. O desafio “é transformar<br />

coisas complicadas em simples, continuando a<br />

preservar a experiência com o cliente”.<br />

Todos os participantes neste painel de debate<br />

concordam que, cada vez mais, o cliente de um<br />

contact center começa a não distinguir se está<br />

a falar com um chatboot ou com uma pessoa,<br />

dada a acelerada evolução tec<strong>no</strong>lógica, que<br />

torna a experiência cada vez mais humanizada.<br />

Sempre garantindo a compliance com a legislação,<br />

<strong>no</strong>meadamente em termos de privacidade<br />

e de proteção de dados, assim como da regulação<br />

do setor em questão.<br />

Para a responsável da Teleperformance, o equilíbrio<br />

entre a segurança e a solução que é dada<br />

aos clientes “será o próximo grande desafio.<br />

Todos tivemos que <strong>no</strong>s debater com o tema das<br />

autenticações, com a pandemia e os confinamentos.<br />

Foi um grande teste para a indústria,


WEBMORNING - CALL CENTER: AUTOMAÇÃO E HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO<br />

Ana Coelho,<br />

COO de Domestic Market, Teleperformance Portugal<br />

“A pandemia levou-<strong>no</strong>s todos para uma<br />

situação em que os clientes deixaram<br />

de ter escolha do ponto de contacto,<br />

obrigando-<strong>no</strong>s a uma reinvenção <strong>no</strong><br />

curto espaço de tempo. Houve uma<br />

aceleração da digitalização e automação<br />

muito elevada. Sem ela não teríamos<br />

conseguido responder”<br />

“Automatização e humanização estão<br />

de mãos dadas. Somos uma empresa de<br />

pessoas integrando soluções tec<strong>no</strong>lógicas.<br />

O que tem havido é automação de<br />

um conjunto de informação extensa.<br />

Consegue-se reduzir tempo, ganhar<br />

eficiência, aumentar a fiabilidade e<br />

diminuir o stress de quem fornece a<br />

informação”<br />

“Digitalização e automação: podemos ter<br />

uma coisa sem a outra. Há empresas que<br />

fazem a automação, mas que precisam<br />

muitas vezes de uma pessoa <strong>no</strong> final, para<br />

definir qual é o limite da ética. Também<br />

as empresas 100% digitais não abdicam<br />

do lado huma<strong>no</strong> para entregar uma boa<br />

experiência digital aos seus clientes”<br />

que passou com distinção, e tem evoluído, porque<br />

estamos a avançar nas alavancas de segurança.<br />

Esta é uma corrida que não vai parar, até<br />

porque os hackers têm muita imaginação”.<br />

António Pedro Cerejeira tem a convicção de<br />

que, em projetos como o MARIA, o mais importante<br />

é a metodologia. Há que, gradualmente, ir<br />

disponibilizando a solução, envolvendo <strong>no</strong> processo<br />

o cliente e os operadores de cal center, e<br />

implementando sucessivamente <strong>no</strong>vas melhorias.<br />

É que se trata de muito mais do que tec<strong>no</strong>logia,<br />

que é obviamente essencial. Trata-se da<br />

jornada do cliente e, por isso, há muitos detalhes<br />

que têm que ser aperfeiçoados de acordo<br />

com a experiência.<br />

Ana Pacheco confirma que o projeto MARIA,<br />

“<strong>no</strong> momento em que <strong>no</strong>s encontramos, resultou<br />

muito de um sprint evolutivo, com feedback<br />

de clientes e colaboradores”. Com vários modelos<br />

preditivos, através do recurso à IA, e matrizes<br />

de alerta de fraude, porque a segurança<br />

nunca pode ser comprometida neste processo<br />

para simplificar ao máximo o acesso e utilização<br />

dos canais. Por isso, a meta é mesmo que<br />

o cliente “veja a MARIA como o seu gestor de<br />

conta”.<br />

E qual é a value proposition trazida pela automatização<br />

e humanização através da tec<strong>no</strong>logia? O<br />

responsável da IBM destaca que é o fator escala,<br />

assim como o pagamento pela utilização. A plataforma<br />

foi criada tirando partido do que de<br />

melhor existe em termos tec<strong>no</strong>lógicos e envolve<br />

vários parceiros, num trabalho em ecossistema,<br />

dando resposta aos vários casos de uso. Além da<br />

interface com o cliente, há todo um mundo que<br />

se abre, como a analítica de dados, o potencial<br />

da IA para <strong>no</strong>vos esforços comerciais.•


9<br />

>>>> Aceda<br />

>> ao vídeo<br />

> do Evento<br />

https://youtu.be/mJARagDQRV4<br />

O UPDATE tem como objectivo disponibilizar informação estruturada sobre cada uma das iniciativas promovidas pela APDC.<br />

Pretende-se facilitar, a todos os interessados, um arquivo com os conteúdos mais relevantes de cada evento, que poderá ser<br />

consultado em www.apdc.pt

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