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Revista Empresários Edição Agosto Setembro 2021 (1)

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Entretanto, diante da iminente turbulência

na liderança pós-pandemia,

as organizações que procrastinaram

ou ignoraram a necessidade de uma

abordagem planejada serão as mais

afetadas. Em algum momento, todos

precisamos reconhecer que ignorar o

problema não o fará desaparecer.

A falta de atenção é ainda mais preocupante

ao se considerar o impacto de

uma transição executiva atrapalhada.

Muitos de seus clientes analisarão as

decisões que você tomar em relação à

liderança sênior, após o arrefecimento

das restrições da pandemia. Como os

impactos econômicos que acompanharam

a pandemia não foram consequência

de qualquer incompetência ou erro

específico, será importante divulgar

sua organização como um empregador

justo e respeitoso, que sabe tratar as

pessoas que estão saindo por motivos

alheios à sua atuação.

As organizações que sofrem danos colaterais

em suas marcas são normalmente

aquelas que tentam transformar

seus cargos de liderança de forma generalista.

Saídas de executivos podem

ser desafios dramáticos, confusos e

complexos, principalmente no contexto

de uma crise global de saúde pública.

Para as organizações que desejam traçar

um plano, as opções são limitadas.

A maioria dos serviços de transição de

carreira não foram construídos para

realmente atender às necessidades

únicas dos líderes seniores. Um plano

efetivo de transição executiva deve

ser visto menos como uma forma de

gerenciamento de crise e mais como

um componente essencial da gestão de

talentos. Ele é tão importante quanto,

por exemplo, recrutamento e seleção,

e talvez ainda mais em determinadas

situações, tamanho o prejuízo que um

desligamento desconfortável pode causar

a uma marca.

Como seria uma abordagem planejada?

Provavelmente, o melhor plano de

transição executiva deve variar conforme

o porte e a natureza da organização.

No entanto, as práticas mais recomendadas

— transparência, colaboração e

apoio — são uma constante.

Estabeleça uma equipe de transição.

Seja uma partida planejada ou não,

você deve reunir uma equipe de profissionais

em que cada membro tenha

funções e responsabilidades claramente

definidas. A equipe deverá envolver

membros da diretoria, executivos

seniores não diretamente impactados

pela transição em questão, o CEO

(caso não seja o sujeito da transição) e

o CHRO.

Planeje cuidadosamente o apoio

que será oferecido ao executivo

em transição. As organizações

devem, sempre que possível, garantir

que um executivo em transição seja

apoiado de maneira a evitar drama,

manchetes negativas e outros inconvenientes

desafiadores. Embora os executivos

sejam habitualmente admirados

como os profissionais mais competentes

de qualquer organização, também

são pessoas que se definem pelos seus

empregos. O plano de apoio deve ser

coerente ao impacto emocional dessas

saídas.

Estabeleça um processo deliberado e

bem definido. Sua equipe de transição

deve ter um roteiro a seguir. Ela deve

reunir todos os fatos relevantes, determine

um primeiro ponto de contato

para o executivo envolvido, de modo

a facilitar as negociações, e desenvolva

um plano de comunicação abrangente

que atenda às necessidades tanto do indivíduo

como da organização.

As empresas devem se envolver com os

executivos em transição de modo aberto

e honesto. Devem mostrar que estão

dispostas a trabalhar em conjunto para

criar um plano de transição que seja

justo para ambas as partes.

Na ausência de crises, é fácil ignorar

aspectos como planejamento sucessório

e estratégias de saída de executivos.

No nosso ambiente atual, definido pela

volatilidade e pela incerteza, nenhuma

organização tem desculpa para não se

planejar com antecedência.

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