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OPINIÃO<br />
A oportunidade do segundo turno<br />
Que finalmente entre em debate o Brasil real, um país com potencial<br />
ímpar, mas que precisa redesenhar seus caminhos com urgência<br />
Por Paulo Hartung<br />
Encerrado o primeiro turno<br />
das eleições, celebrando a<br />
democracia e consolidando<br />
o uso das urnas<br />
eletrônicas como um diferencial de<br />
segurança e transparência do processo<br />
eleitoral, o País já está pautado<br />
pela votação final deste pleito.<br />
Abre-se, com isso, uma oportunidade<br />
que foi tristemente desperdiçada<br />
até agora: a efetivação de um<br />
debate sobre o Brasil real, com<br />
suas urgências, suas oportunidades,<br />
enfim, sua realidade tão complexa<br />
quanto promissora.<br />
O processo político relativo ao primeiro<br />
turno esteve destituído de<br />
uma discussão comprometida<br />
com as verdadeiras questões nacionais.<br />
À moda da lacração e das<br />
narrativas pontilhistas das redes<br />
sociais, o que mais se viu, em<br />
todos os quadrantes, foram proposições<br />
elaboradas ao sabor da<br />
hora. As falas não compuseram<br />
um texto aderente ao Brasil de hoje.<br />
O que mais se prometeu foram terrenos<br />
na Lua, tamanha a falta de<br />
lastro no chão da realidade da<br />
maioria do que se afirmou. O problema<br />
dessa conversa lunática é<br />
encontrar no dia seguinte à posse<br />
quem lavre as escrituras das promessas<br />
de conquista de votos.<br />
Frustrações em cima de frustrações<br />
não ajudam a caminhada democrática<br />
- muito pelo contrário,<br />
são um propulsor de sua ruína.<br />
O Brasil, até pela gravidade dos<br />
efeitos dos desarranjos socioeconômicos<br />
que vem acumulando ao<br />
longo de sua trajetória, sabe o que<br />
precisa ser feito. Discursos populistas<br />
podem até nublar o foco que<br />
deveria ter uma eleição, mas uma<br />
conversa séria e comprometida<br />
com o País neste momento, além<br />
de ser evidência de honestidade republicana,<br />
se colocaria como um<br />
tempo precioso de conscientização<br />
e mobilização da sociedade para a<br />
dura tarefa de governar a Nação a<br />
partir de 2023.<br />
O nosso país, que historicamente<br />
não enfrenta seus problemas estruturais,<br />
vai ter de encarar realidades<br />
nacional e internacional nada amigáveis.<br />
O mundo está andando à<br />
moda de caranguejo, de lado, bem<br />
afastado da bonança de tempos<br />
atrás. Sofre as consequências da<br />
pandemia, inflação e juros em alta,<br />
invasão russa na Ucrânia, China e<br />
Ásia com desempenho empalidecido,<br />
cadeias globais de suprimento<br />
em vertigem e ataques totalitários<br />
à democracia. As perspectivas<br />
mundiais são desafiadoras e com<br />
ecos por aqui.<br />
A agenda que diz respeito a nós<br />
não será menos complicada. Apesar<br />
de melhoras no mercado de<br />
trabalho e de desempenho do PIB,<br />
já convivemos com um descrédito<br />
crescente quanto aos rumos da<br />
economia. É uma tarefa impositiva<br />
reancorar as expectativas econômicas.<br />
E isso só se faz com política<br />
fiscal responsável.<br />
A educação básica sofreu um baque<br />
maior entre nós do que no resto<br />
mundo durante a pandemia. Nossas<br />
crianças e jovens estiveram<br />
longe das salas de aula por um período<br />
muito extenso. O Sistema<br />
Único de Saúde (SUS) passou por<br />
uma prova de fogo e resta evidente<br />
que precisa ser repensado e robustecido.<br />
O que dizer da violência e da<br />
segurança pública, cujos indicadores<br />
e realidade são trágicos? É urgente<br />
que retomemos as reformas<br />
estruturantes, como aquelas modernizadoras<br />
do Estado e do sistema<br />
tributário nacional. Em face do<br />
aumento da pobreza e da fome, é<br />
imprescindível reorganizar as políticas<br />
assistenciais, tornando-as também<br />
fatores de transformação estrutural<br />
da condição socioeconômica<br />
do País.<br />
O futuro do Brasil demanda que se<br />
enfrentem os dias com o melhor de<br />
nosso espírito cidadão. E isso quer<br />
dizer que é preciso parar de repetir<br />
erros, ainda que reembalados com<br />
os discursos do momento. Se não<br />
vale reeditar equívocos, vale aprender<br />
com eles, assim como devemos<br />
focar nas lições de iniciativas<br />
bem-sucedidas, aqui e lá fora.<br />
Desviando-nos de uma outra infeliz<br />
mania nacional - o enfrentamento<br />
da realidade com ilusionismos baratos<br />
-, é preciso cumprir o caminho<br />
pedregoso do dever de<br />
casa. Apesar das facilidades inconsequentes<br />
que brilham na trilha dos<br />
populismos, são as escolhas certas,<br />
que nem sempre são as mais<br />
fáceis, que nos afastarão do fundo<br />
do abismo de um país injusto e indigno<br />
de suas potencialidades.<br />
As perspectivas mundiais<br />
são desafiadoras e com<br />
ecos por aqui<br />
Também é fundamental se preparar<br />
para aproveitar as oportunidades.<br />
A economia descarbonizada<br />
se coloca como uma grande potencialidade<br />
para o Brasil, que tem<br />
know-how em bioeconomia e<br />
acervos ambientais que lhe permitem<br />
ser um dos protagonistas<br />
desta nova era. Há o desafio de<br />
enfrentar as criminalidades que<br />
assolam nossos biomas, com especial<br />
atenção à Amazônia. Superada<br />
a tarefa de dotar o País de<br />
segurança jurídica, infraestrutura<br />
e digitalização se colocam como<br />
espaços de oportunidades. A<br />
desorganização das redes planetárias<br />
de suprimentos também<br />
abre brechas para a reindustrialização.<br />
Que neste segundo turno, entre finalmente<br />
em debate o Brasil real,<br />
aquele país que tem um potencial<br />
ímpar, capaz de promover ampla<br />
prosperidade, mas que também é<br />
uma nação que precisa urgentemente<br />
redesenhar seus caminhos,<br />
afastando-se de séculos de<br />
injustiça socioeconômica e desvarios<br />
institucionais. Que o Brasil<br />
que podemos e merecemos ser<br />
esteja na pauta da conversa civilizada<br />
e republicana que toda democracia<br />
de verdade demanda e<br />
enseja. Que o caminho até as urnas<br />
eletrônicas do segundo turno<br />
seja pavimentado pelo compromisso<br />
com a realidade, seus desafios<br />
e oportunidades<br />
Paulo Hartung é economista,<br />
presidente executivo do IBÁ e foi<br />
governador do Estado do Espírito<br />
Santo<br />
2<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
SAFRA <strong>2022</strong>/23<br />
Chuva reduz moagem,<br />
mas lavouras se beneficiam<br />
Em média, as indústrias do Estado ficaram 2/3 do tempo paradas na segunda<br />
quinzena de setembro, devido às chuvas que prejudicaram a colheita<br />
Aocorrência de chuvas<br />
na segunda quinzena<br />
de setembro em toda<br />
a região produtora de<br />
cana-de-açúcar no <strong>Paraná</strong> reduziu<br />
a moagem realizada no<br />
período pelas unidades industriais<br />
do setor sucroenergético<br />
do Estado, segundo o presidente<br />
da Alcopar, Miguel Tranin.<br />
Em vez da média de 2,3<br />
milhões de toneladas normalmente<br />
esmagadas no período,<br />
as usinas moeram 887.763 toneladas,<br />
volume bem abaixo<br />
do esperado, 61,8% menor do<br />
que no mesmo período do ano<br />
passado, quando foram processadas<br />
2,327 milhões de toneladas.<br />
Em média, as indústrias do Estado<br />
ficaram 2/3 do tempo paradas<br />
no período devido às<br />
chuvas, que prejudicaram a<br />
colheita. O bom volume de<br />
chuvas no período, entretanto,<br />
beneficiaram as lavouras e<br />
devem trazer efeitos positivos<br />
para a próxima safra, principalmente.<br />
O mês de outubro, da<br />
mesma forma, começou com<br />
bastante chuvas e o relatório<br />
da primeira quinzena do mês<br />
deve apontar o resultado disso.<br />
No acumulado da safra foram<br />
esmagadas 21,456 milhões de<br />
toneladas até o dia 1 de outubro.<br />
O atraso em relação à safra<br />
anterior é de 21,1%, quando<br />
foi produzido 27,185 milhões<br />
de toneladas. Esse volume<br />
representa 69,1% do total<br />
esperado para a safra, estimada<br />
em 31,068 milhões de toneladas<br />
no Estado.<br />
A produção do açúcar no acumulado<br />
desta safra é de 1,496<br />
milhão de toneladas, 26,2% a<br />
menos do que o produzido no<br />
mesmo período do ano passado,<br />
quando já tinham sido<br />
processadas 2,027 milhões de<br />
toneladas, e 65,9% do total estimado<br />
para a safra, 2,270 milhões<br />
de toneladas.<br />
No caso do etanol total foram<br />
produzidos até a segunda quinzena<br />
de setembro 735,787 milhões<br />
de litros, sendo 382,899<br />
milhões de litros de anidro e<br />
352,888 milhões de hidratado.<br />
Respectivamente, esses volumes<br />
são 24,1%, 12,1% e<br />
33,9% menores em relação ao<br />
mesmo período da safra passada.<br />
A expectativa é encerrar<br />
o ciclo <strong>2022</strong>/23 com 1,128 bilhão<br />
de litros de etanol total,<br />
sendo 535,922 milhões de litros<br />
de anidro e 591,649 milhões<br />
de hidratado.<br />
O rendimento industrial da<br />
ATR/Tc (Açúcar Total Recuperável<br />
em tonelada de cana) no<br />
acumulado é de 132,18 Kg,<br />
uma queda de 5,2% em relação<br />
ao valor registrado na safra<br />
2021/22 de 139,40 Kg. As<br />
geadas e estiagens no ano passado<br />
fizeram com que o período<br />
de maturação fosse alongado,<br />
de forma que agora que<br />
as usinas começaram a colher<br />
cana com melhor teor de açúcar.<br />
Durante o andamento dessa<br />
safra, entretanto, as chuvas<br />
não prejudicaram a qualidade<br />
de ATR, que ainda está em uma<br />
curva ascendente.<br />
4<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
Colheita no Centro-Sul<br />
também sofre com chuvas<br />
No acumulado da safra, totalizou<br />
431,1 milhões de toneladas ante<br />
467,98 milhões registradas no mesmo<br />
período de 2021 - queda de 7,88%<br />
Amoagem de cana-deaçúcar<br />
na segunda<br />
quinzena de setembro<br />
na região Centro-Sul<br />
atingiu 25,29 milhões de toneladas,<br />
registrando queda de<br />
29,73% em relação à quantidade<br />
registrada em igual período<br />
do ano passado, quando<br />
foram processadas 35,99 milhões<br />
de toneladas. No acumulado<br />
da safra, a moagem totalizou<br />
431,1 milhões de toneladas<br />
ante 467,98 milhões de toneladas<br />
registradas no mesmo<br />
período de 2021 - queda de<br />
7,88%.<br />
A queda assídua registrada na<br />
segunda metade de setembro é<br />
consequência dos altos níveis<br />
pluviométricos nas regiões produtoras<br />
da cultura. Dados do<br />
INMET mostram que, no último<br />
mês, a precipitação foi bastante<br />
intensa principalmente nos estados<br />
de São Paulo, <strong>Paraná</strong>,<br />
Mato Grosso do Sul e no sul de<br />
Minas Gerais. Esse evento prejudicou<br />
o avanço das operações<br />
de colheita e da indústria<br />
que, por consequência, foi responsável<br />
pelo decréscimo na<br />
produção registrada.<br />
Por outro lado, a produtividade<br />
agrícola no mês de setembro<br />
vai na direção contrária e apresenta<br />
forte avanço em relação<br />
ao observado no mesmo período<br />
do ciclo agrícola anterior.<br />
Dados preliminares do Centro<br />
de Tecnologia Canavieira (CTC)<br />
apontam que o aumento ocorreu<br />
mais intensamente nos estados<br />
de São Paulo e Minas<br />
Gerais.<br />
Até o dia 1º de outubro, 240<br />
unidades estavam em operação<br />
no Centro-Sul frente às 222 na<br />
safra 2021/<strong>2022</strong>. Na segunda<br />
quinzena de setembro, 12 unidades<br />
produtoras encerraram a<br />
moagem de cana-de-açúcar do<br />
atual ciclo. No acumulado, o<br />
encerramento de safra atinge<br />
18 unidades.<br />
A qualidade da matéria-prima<br />
colhida na segunda quinzena de<br />
setembro, mensurada em kg de<br />
ATR por tonelada de cana-deaçúcar<br />
processada, retraiu em<br />
0,3% na comparação com o<br />
mesmo período do último ciclo<br />
agrícola, registrando 155,3 kg<br />
de ATR por tonelada colhida. No<br />
acumulado da safra, ainda se<br />
observa uma queda de 1,28%,<br />
com o indicador marcando<br />
140,9 kg de ATR por tonelada.<br />
Vendas de etanol<br />
A produção de açúcar na segunda<br />
metade de setembro totalizou<br />
1,70 milhão de toneladas<br />
(-27,32%). No acumulado desde<br />
o início da safra <strong>2022</strong>/2023,<br />
a fabricação do adoçante totaliza<br />
26,33 milhões de toneladas,<br />
frente às 29,23 milhões de toneladas<br />
do ciclo anterior (-9,9%).<br />
Na segunda quinzena de setembro,<br />
1,42 bilhão de litros (-28,<br />
64%) de etanol foram fabricados.<br />
Do volume total produzido,<br />
o hidratado alcançou 728,77<br />
milhões de litros (-36,75%), enquanto<br />
a produção de etanol<br />
anidro totalizou 695,14 milhões<br />
de litros (-17,55%). No acumulado<br />
do atual ciclo agrícola, a fabricação<br />
de álcool atingiu 21,48<br />
bilhões de litros (-5,84%), dos<br />
quais 12,91 bilhões consistem<br />
em etanol hidratado (-7,25%) e<br />
8,57 bilhões em anidro (-<br />
3,62%).<br />
Do total de biocombustível fabricado,<br />
a produção a partir do<br />
milho na segunda quinzena de<br />
setembro registrou 170,4 milhões<br />
de litros, frente aos<br />
149,68 milhões de litros no<br />
mesmo período do ciclo 2021/<br />
<strong>2022</strong> - avanço de 15,18%. No<br />
acumulado desde o início da<br />
safra, a produção atingiu 2,07<br />
bilhões de litros - avanço de<br />
27,02% na comparação com<br />
igual período do ano passado.<br />
A segunda quinzena do mês de<br />
setembro foi marcada pela saída<br />
robusta de etanol das usinas,<br />
o que acarretou variações<br />
positivas no total do mês frente<br />
ao observado no mesmo período<br />
de 2021. No mês de setembro,<br />
as unidades produtoras<br />
do Centro-Sul comercializaram<br />
2,67 bilhões de litros de<br />
etanol, o que representa um<br />
aumento de 8,12% em relação<br />
ao mesmo período da safra<br />
2021/<strong>2022</strong>.<br />
No mercado interno, o volume<br />
de etanol hidratado comercializado<br />
foi de 1,38 bilhão de litros,<br />
o que significa um aumento<br />
de 4,67% em relação ao<br />
mesmo período da safra anterior.<br />
As vendas domésticas de<br />
etanol anidro, a despeito do<br />
aumento de mais de 3% na segunda<br />
metade do mês, totalizaram<br />
938,83 milhões de litros<br />
em setembro, o que representa<br />
uma redução de 1,8%. No<br />
acumulado da safra, foram comercializados<br />
8,27 bilhões de<br />
litros de hidratado domesticamente<br />
(-4,95%) e 5,37 bilhões<br />
de litros de etanol anidro<br />
(+4,29%).<br />
No mercado externo, um volume<br />
robusto de vendas foi registrado,<br />
confirmando o lineup<br />
projetado para o mês de setembro.<br />
O volume de etanol hidratado<br />
comercializado foi de<br />
140,92 milhões de litros<br />
(+2,93). Já para o etanol anidro,<br />
registrou-se 209,54 milhões<br />
de litros (+264%). Ao<br />
todo, as exportações de etanol<br />
pelas unidades produtoras foram<br />
de 350,46 milhões de litros<br />
no mês (+80,23%). No<br />
acumulado da safra, esse volume<br />
atingiu 1,24 bilhão de litros<br />
- um avanço de 33,05%<br />
em relação à safra 2021/<strong>2022</strong>.<br />
Desde o início da safra <strong>2022</strong>/<br />
2023, as unidades produtoras<br />
comercializaram 14,87 bilhões<br />
de litros de etanol, o que representa<br />
um avanço de 0,61% em<br />
relação ao mesmo período da<br />
safra anterior. Desse volume,<br />
as vendas de etanol hidratado<br />
totalizaram 8,73 bilhões de litros<br />
(-5,9%); já as de anidro,<br />
6,14 bilhões de litros<br />
(+11,61%).<br />
Dados da B3 mostram que, até<br />
o dia 7 de outubro, 23,38 milhões<br />
de CBios foram emitidos<br />
em <strong>2022</strong>. A respeito do volume<br />
negociado e posse de créditos,<br />
até a data supramencionada,<br />
a parte obrigada do programa<br />
RenovaBio já adquiriu<br />
cerca de 27 milhões de créditos<br />
de descarbonização. Esse<br />
volume representa 76% da<br />
meta de aquisição total para o<br />
ano corrente.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />
5
MEIO AMBIENTE<br />
Usina Jacarezinho celebra<br />
Dia da Árvore Inclusivo<br />
Alunos da rede pública, colaboradores e beneficiários de Apaes participaram de atividades<br />
com educação ambiental para crianças e PCDs no Horto Florestal de Jacarezinho<br />
Em comemoração ao<br />
Dia Nacional da Árvore,<br />
21/09, a Usina<br />
Jacarezinho, empresa<br />
do Grupo Maringá, produtora<br />
de açúcar, etanol e cogeradora<br />
de energia a partir de<br />
biomassa de cana-de-açúcar,<br />
promoveu uma aula de educação<br />
ambiental para alunos da<br />
rede pública no dia 28 de setembro<br />
de <strong>2022</strong>. A atividade<br />
de valorização do meio ambiente,<br />
que também teve<br />
como objetivo a inclusão de<br />
pessoas com deficiência física<br />
ou mental, foi realizada<br />
dentro do Horto Florestal de<br />
Jacarezinho (PR).<br />
Participaram alunos do 4° ano<br />
do Ensino Fundamental da Escola<br />
Municipal Professora Ruth<br />
Pimentel Rocha, além de 50<br />
colaboradores da Usina Jacarezinho<br />
e oito funcionários da<br />
usina com deficiência intelectual<br />
que ficam alocados em<br />
Associações de Pais e Amigos<br />
dos Excepcionais (Apaes) nas<br />
Negócio sucroenergético do<br />
Grupo Maringá, atua na cidade<br />
de Jacarezinho na região<br />
norte do <strong>Paraná</strong> há mais de<br />
75 anos produzindo alimento<br />
e energia renovável à sociedade.<br />
Possui capacidade de<br />
moagem superior a 2,5 milhões<br />
de toneladas de canade-açúcar<br />
e mais de 30 mil<br />
hectares de terras próprias e<br />
parceiras dedicadas ao cultivo<br />
da cana.<br />
cidades paranaenses de Jacarezinho,<br />
Santo Antônio da Platina<br />
e Cambará. Esses profissionais<br />
foram acompanhados<br />
por seus respectivos monitores.<br />
Durante o evento, houve uma<br />
apresentação da unidade de<br />
conservação de Mata Atlântica,<br />
instalada dentro do Horto<br />
Florestal de Jacarezinho, com<br />
a exposição de mudas e sementes<br />
de árvores nativas e,<br />
além disso, palestras sobre a<br />
importância das árvores e das<br />
boas práticas agrícolas.<br />
“Aproveitamos datas como<br />
essa para reforçar a comunicação<br />
com colaboradores e a<br />
sociedade. O evento faz parte<br />
da agenda ESG [Governança<br />
ambiental, social e corporativa,<br />
na sigla em inglês] do<br />
Grupo Maringá e reforça nosso<br />
comprometimento com a<br />
sustentabilidade socioambiental”,<br />
informa o diretor de<br />
Operações da Usina Jacarezinho,<br />
Condurme Aizzo.<br />
Sobre a Usina Jacarezinho<br />
Na região, emprega mais de<br />
1.300 pessoas e atua de maneira<br />
responsável com a comunidade<br />
e o meio ambiente.<br />
Em <strong>2022</strong>, foi publicado o primeiro<br />
relatório anual no padrão<br />
GRI (Global Reporting<br />
Initiative), que busca apresentar<br />
informações de sustentabilidade<br />
nos negócios e está<br />
disponível para consulta no<br />
site www.grupomaringa.<br />
com.br.<br />
O Grupo Maringá atua nos setores<br />
sucroenergético e siderúrgico.<br />
Com 75 anos de tradição,<br />
a Usina Jacarezinho, a<br />
Cia. Canavieira e, agora, a Maringá<br />
Energia, produzem açúcar,<br />
etanol e energia, atuando<br />
de forma integrada para fornecer<br />
alimento e energia limpa e<br />
renovável aos mercados nacional<br />
e internacional.<br />
Na siderurgia, o grupo atua há<br />
mais de 40 anos, produzindo<br />
ferro-ligas de manganês de<br />
alto padrão, matéria-prima essencial<br />
para a fabricação de<br />
aço, por meio da Maringá<br />
Ferro-Liga S/A, localizada em<br />
Itapeva (SP).<br />
6<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
USINA<br />
Cooperval promove<br />
encontro com lideranças<br />
Objetivo do evento foi integrar o grupo e despertar em<br />
cada um a importância de suas atitudes enquanto líderes<br />
No último dia 27 de setembro,<br />
a Cooperval<br />
- Cooperativa Agroindustrial<br />
Vale do Ivaí<br />
Ltda, com sede em Jandaia do<br />
Sul, Norte do <strong>Paraná</strong>, realizou<br />
um Encontro com a Liderança.<br />
O objetivo do evento foi integrar<br />
o grupo de colaboradores<br />
da usina e despertar em cada<br />
um a importância de suas atitudes<br />
enquanto líderes. Na<br />
abertura, o diretor presidente<br />
da cooperativa, Fernando Fernandes<br />
Nardine, saldou a todos<br />
os presentes e falou sobre<br />
a responsabilidade que recai<br />
sobre aqueles que se colocam<br />
a frente dos desafios e trabalhos.<br />
Dividido em três etapas, o<br />
evento contou com palestras<br />
com o tema Atitudes Protagonistas,<br />
um delicioso jantar de<br />
confraternização e com um<br />
momento em que um profissional<br />
tirou fotos de todos os<br />
convidados. Participaram cerca<br />
de 100 pessoas entre integrantes<br />
da diretoria, gerentes,<br />
supervisores, encarregados e<br />
líderes. Para todos, foi um momento<br />
marcante de muito<br />
aprendizado e troca de experiências.<br />
O diretor presidenteda cooperativa,<br />
Fernando Fernandes Nardine,<br />
na abertura do evento e<br />
fotos de alguns líderes<br />
presentes<br />
8<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
ARTIGO<br />
Segundo turno das eleições vai<br />
decidir destino do agro no Brasil<br />
Bancadas do setor na Câmara dos Deputados e no<br />
Senado buscam resolver demandas diante de crise<br />
Por Roberto Rodrigues<br />
De acordo com os<br />
analistas políticos, o<br />
segundo turno do<br />
processo eleitoral<br />
que se realizará em 30 de outubro<br />
é uma nova eleição, e os<br />
dois candidatos à Presidência<br />
da República disputarão o<br />
principal cargo da nação em<br />
relativo equilíbrio.<br />
Para debelar a inflação global<br />
dos alimentos em razão da<br />
pandemia e da guerra na<br />
Ucrânia, mais do que nunca<br />
se faz necessário um choque<br />
de oferta de produtos agrícolas,<br />
e o Brasil tem ampla condição<br />
de se consolidar nesse<br />
cenário. Para isso, os candidatos<br />
devem mostrar o que<br />
pretendem fazer para ajudar -<br />
ou não atrapalhar - o País a<br />
cumprir seu destino.<br />
O próximo presidente terá o<br />
privilégio de contar com uma<br />
bancada na Câmara dos Deputados<br />
e no Senado bastante<br />
afinada com as demandas legítimas<br />
das cadeias produtivas<br />
do agro. Entre elas,<br />
destaca-se o maior apoio à<br />
pesquisa e ao desenvolvimento<br />
tecnológico, base do<br />
crescimento da produção<br />
agropecuária tropical sustentável.<br />
Política de renda suportada<br />
por um seguro rural bem<br />
mais robusto e abrangente do<br />
que tem sido é essencial para<br />
o crescimento do crédito privado<br />
ao campo.<br />
Fundamental é uma ação diplomática<br />
robusta que consolide<br />
acordos comerciais com<br />
grandes países importadores,<br />
a exemplo do acordo UE/Mercosul.<br />
Neste terreno deve ficar<br />
clara a não tributação das exportações<br />
e seu não contingenciamento.<br />
Investimentos<br />
em logística e infraestrutura<br />
serão bem-vindos, sobretudo<br />
na grande fronteira do Centro-<br />
Oeste e do Matopiba.<br />
A intransigente defesa do Direito<br />
de Propriedade garantido<br />
pela Constituição é absolutamente<br />
indispensável. Na temática<br />
jurídica também devese<br />
cumprir a Constituição no<br />
marco temporal de terras para<br />
indígenas e combater com<br />
rigor as ilegalidades como<br />
desmatamento, invasão ou<br />
grilagem de terras, garimpos<br />
ilegais, incêndios criminosos;<br />
implementar o Código Florestal<br />
e resolver a questão fundiária<br />
- sobretudo na Amazônia,<br />
mas não apenas lá -, bem<br />
como estabelecer as bases do<br />
mercado de carbono e o pagamento<br />
por serviços ambientais.<br />
A defesa sanitária ganha importância<br />
central, bem como<br />
a legislação dos pesticidas, e<br />
os controles em portos e aeroportos<br />
devem ser robustecidos.<br />
O autocontrole na<br />
indústria de alimentos tende a<br />
crescer, aliviando o poder público.<br />
Atenção especial tem de ser<br />
dada à enorme quantidade de<br />
pequenos produtores rurais<br />
que estão fora do mercado e<br />
vivem em situação de extrema<br />
penúria. Para isso o<br />
apoio ao vigoroso e progressista<br />
movimento cooperativista<br />
é a melhor receita possível.<br />
Com um programa<br />
dessa magnitude, o governante<br />
eleito será bem-sucedido<br />
e reconhecido no mundo<br />
inteiro.<br />
Roberto Rodrigues, ex-ministro<br />
da Agricultura é o<br />
coordenador do Centro do<br />
Agronegócio da Fundação<br />
Getúlio Vargas<br />
Candidatos devem mostrar<br />
o que pretendem fazer<br />
para ajudar - ou não<br />
atrapalhar - o País a<br />
cumprir seu destino,<br />
diz Rodrigues<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />
9
DOIS<br />
PONTOS<br />
Máquinas<br />
Sem motorista<br />
Para evitar dificuldades com<br />
acúmulo de solicitações do<br />
Registro Nacional de Tratores<br />
e Máquinas Agrícolas, o<br />
Ministério da Agricultura, Pecuária<br />
e Abastecimento estabeleceu<br />
prioridades para se<br />
obter o registro. Os tratores<br />
e máquinas agrícolas produzidos<br />
a partir de 2016 terão<br />
prioridade na inscrição junto<br />
ao Renagro, documento oficial<br />
para tratores e máquinas<br />
agrícolas que permite o trânsito<br />
em vias públicas. O documento<br />
é sem custos para<br />
o produtor, sem taxa de licenciamento<br />
anual e sem a<br />
necessidade de emplacamento.<br />
Além disso, o documento<br />
garante maior segurança<br />
na venda e compra de<br />
tratores usados, possibilitando<br />
de ser utilizado como<br />
uma garantia em financiamento.<br />
O registro é válido<br />
em todo o território nacional.<br />
Atualmente, já existem<br />
85.000 máquinas cadastradas<br />
no IdAgro, sendo 80%<br />
de tratores e 20% de colheitadeiras.<br />
O universo de tratores<br />
e colheitadeiras é de<br />
aproximadamente 1,6 milhões<br />
de unidades.<br />
A Volkswagen Caminhões e<br />
Ônibus iniciou testes com<br />
um caminhão autônomo na<br />
colheita de cana. A marca é<br />
a terceira a desenvolver veículos<br />
com essa tecnologia,<br />
Biodiesel<br />
depois de Volvo e Mercedes-<br />
Benz, que já têm modelos<br />
que funcionam sem motorista<br />
à venda no mercado,<br />
também para a mesma finalidade.<br />
A indústria brasileira de óleos<br />
vegetais definiu duas pautas<br />
prioritárias para serem trabalhadas<br />
com o futuro governo: a retomada<br />
do calendário do Conselho<br />
Nacional de Política Energética<br />
(CNPE) quanto ao porcentual<br />
obrigatório de biodiesel<br />
no diesel e o estabelecimento<br />
de uma meta de substituição do<br />
diesel importado por combustível<br />
renovável em cinco anos.<br />
Outro ponto abordado pelo documento<br />
diz respeito a alterações<br />
nas regras do Renovabio,<br />
política nacional de biocombustíveis,<br />
quanto à certificação dos<br />
grãos usados para produção de<br />
biocombustível - etanol de milho<br />
e biodiesel - para emissão<br />
de Créditos de Descarbonização<br />
(CBIOs).<br />
Seca<br />
As mudanças climáticas aumentaram o risco de seca em "ao menos 20 vezes" durante<br />
o verão passado no hemisfério norte, segundo relatório científico do World<br />
Weather Attribution. A seca, que afetou vastas regiões de Europa, China e Estados<br />
Unidos, corre o risco de ocorrer a cada 20 anos com o clima atual, em vez de a<br />
cada 400 anos ou prazos mais longos como no passado. As consequências dessa<br />
seca impactaram o setor agrícola em dezenas de países, com colheitas em baixa e<br />
dificuldades que repercutiram nos mercados mundiais.<br />
A Índia se consolidou como<br />
o maior produtor e consumidor<br />
mundial de açúcar na<br />
temporada 2021/22. O país<br />
processou recorde de 500<br />
milhões de toneladas de<br />
cana-de-açúcar na temporada<br />
2021/22, das quais<br />
cerca de 357,4 milhões de<br />
toneladas foram processadas<br />
por usinas para fabricar<br />
cerca de 39,4 milhões de toneladas<br />
de açúcar (aumento<br />
de 17% ante o ciclo 2020/<br />
21). O país asiático desbancou<br />
o Brasil que, em sua<br />
temporada 2021/22 registrou<br />
produção total de 35,05 milhões<br />
de toneladas. A Índia<br />
Açúcar<br />
também se firmou no ciclo<br />
como o segundo maior exportador<br />
global do alimento,<br />
atrás apenas do Brasil. Já a<br />
produção de açúcar da União<br />
Europeia deve cair 6,9% na<br />
temporada <strong>2022</strong>/23, para<br />
15,5 milhões de toneladas,<br />
após uma queda na área<br />
plantada e uma severa seca<br />
de verão em muitas partes<br />
do bloco comercial.<br />
Preocupação<br />
O boicote aos produtos agrícolas<br />
brasileiros é um risco que pode<br />
ser implementado se o Brasil não<br />
cuidar do que é essencial: acabar<br />
com ilegalidades, alertou recentemente<br />
o ex-ministro da Agricultura,<br />
Roberto Rodrigues, atualmente<br />
coordenador do Centro de<br />
Agronegócio na Escola de Economia<br />
de São Paulo da Fundação<br />
Getúlio Vargas. Ele disse que<br />
há duas movimentações internacionais<br />
que podem ser prejudiciais<br />
ao setor agropecuário<br />
brasileiro. A primeira é a possibilidade<br />
de que, na COP-27 - a<br />
Conferência das Nações Unidas<br />
sobre Mudanças Climáticas de<br />
<strong>2022</strong>, que será realizada de 6 a<br />
18 de novembro no Egito - possa<br />
ser aprovado um acordo para<br />
impedir a compra de soja de<br />
áreas desmatadas do Cerrado<br />
brasileiro a partir de janeiro de<br />
2025. A segunda é a proposta,<br />
aprovada em setembro pelo Parlamento<br />
Europeu, de um projeto<br />
que proíbe a entrada naquele<br />
mercado de commodities originários<br />
de áreas desmatadas<br />
após 31 de dezembro de 2019.<br />
O texto ainda precisa ser validado<br />
pelos 27 países da União Europeia.<br />
10<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
O Brasil deve bater recorde de<br />
exportações de etanol para a<br />
O hidrogênio é o combustível<br />
do futuro, mas o etanol não<br />
fica atrás nessa corrida. Juntos,<br />
eles podem dar ao Brasil<br />
um papel de protagonismo<br />
na luta por um combustível<br />
verde. A chamada “reforma<br />
eletroquímica” é uma técnica<br />
que tem sido usada na produção<br />
de hidrogênio a partir<br />
da oxidação de álcoois e<br />
quebra das moléculas da<br />
água. Essa novidade, que<br />
passou a ser usada de forma<br />
Etanol<br />
Europa neste ano, com o embarque<br />
de mais de 600 milhões<br />
Hidrogênio<br />
sistemática no mundo há<br />
cerca de dois anos, está<br />
sendo explorada no projeto<br />
“Uso eficiente de etanol para<br />
produção de hidrogênio e<br />
eletricidade”, desenvolvido<br />
no Centro de Pesquisa para<br />
Inovação em Gases de Efeito<br />
Estufa, em parceria da FA-<br />
PESP e Shell na Escola Politécnica<br />
da Universidade de<br />
São Paulo. Uma das vantagens<br />
desse tipo de reação é<br />
reduzir o custo da energia<br />
de litros do biocombustível,<br />
com o país encontrando melhor<br />
mercado no exterior do que internamente,<br />
segundo análise da<br />
S&P Global Commodity Insights.<br />
O último recorde registrado<br />
pelo Brasil nas exportações<br />
para o continente foi em<br />
2010, quando o país comercializou<br />
477 milhões de litros.<br />
Neste ano, as exportações acumuladas<br />
para a Europa entre janeiro<br />
e agosto totalizaram 427<br />
milhões de litros, volume 435%<br />
maior que o do mesmo período<br />
de 2021.<br />
O Grupo Siemens e a companhia<br />
ferroviária alemã realizam<br />
teste de trem movido a hidrogênio<br />
e testaram seu sistema<br />
de reabastecimento móvel. Primeira<br />
viagem com passageiros<br />
deve ocorrer em 2024 e<br />
substituirá o trem movido a<br />
diesel. Ao longo de 30 anos,<br />
cada veículo economizará até<br />
45 mil toneladas de emissões<br />
de CO 2 . Os trens movidos a hidrogênio<br />
utilizam uma tecnologia<br />
de propulsão significativamente<br />
ecológica, pois emitem<br />
apenas vapor d'água. A<br />
tecnologia promete trazer uma<br />
contribuição significativa para<br />
a eliminação do combustível<br />
diesel, sendo a expectativa de<br />
que essa forma de propulsão<br />
substitua num futuro próximo<br />
todos os trens movidos a diesel<br />
no transporte regional.<br />
Reforma eletroquímica<br />
elétrica ao longo do processo.<br />
Trabalha-se com uma<br />
quantidade energética um<br />
terço menor do que a exigida<br />
pela eletrólise da água. No<br />
decorrer do projeto, os pesquisadores<br />
pretendem desenvolver<br />
uma célula de<br />
membrana polimérica que,<br />
por meio da reforma eletroquímica,<br />
possa converter<br />
etanol e água em hidrogênio<br />
para abastecer células a<br />
combustível.<br />
Calor<br />
Unica<br />
Segundo alerta feito recentemente<br />
pela ONU e a Cruz Vermelha,<br />
regiões inteiras do<br />
mundo se tornarão inabitáveis<br />
nas próximas décadas devido<br />
às ondas de calor, que se tornarão<br />
mais frequentes e intensas<br />
“atingindo e ultrapassando<br />
os limites fisiológicos e sociais’,<br />
especialmente em regiões<br />
como o Sahel - entre o<br />
deserto do Saara e a savana do<br />
Sudão - e o sul e sudoeste da<br />
Ásia. De acordo com o documento,<br />
existem limites a partir<br />
dos quais humanos expostos<br />
ao calor e umidade extremos<br />
não conseguem sobreviver e a<br />
partir dos quais as sociedades<br />
não conseguem se adaptar.<br />
A União da Indústria de Cana-de-<br />
Açúcar e Bioenergia (Unica) decidiu<br />
encerrar as operações em<br />
sua sede na cidade de São Paulo<br />
e manter seus funcionários<br />
atuando apenas em Brasília<br />
(DF). Em nota, a entidade afirmou<br />
que a pandemia de covid-<br />
19 trouxe novas formas de<br />
organização das empresas, “como<br />
os sistemas híbrido e home<br />
office”. Segundo a entidade, as<br />
alterações não devem afetar as<br />
atividades da Unica, "que permanece<br />
na sua missão de representar<br />
o setor sucroenergético e<br />
de bioenergia em São Paulo e<br />
nas diversas regiões em que as<br />
nossas mais de 120 associadas<br />
estão presentes”. Também, o diretor<br />
Técnico, Antonio de Padua<br />
Rodrigues deixou o cargo. “Referência<br />
no setor, o diretor continuará<br />
colaborando com a Unica<br />
em um novo formato de atuação,<br />
por meio do qual poderemos<br />
seguir contando com a sua<br />
larga experiência e vivência na<br />
atividade”, disse a entidade em<br />
nota.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />
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