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Jornal Paraná Outubro 2022

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OPINIÃO<br />

A oportunidade do segundo turno<br />

Que finalmente entre em debate o Brasil real, um país com potencial<br />

ímpar, mas que precisa redesenhar seus caminhos com urgência<br />

Por Paulo Hartung<br />

Encerrado o primeiro turno<br />

das eleições, celebrando a<br />

democracia e consolidando<br />

o uso das urnas<br />

eletrônicas como um diferencial de<br />

segurança e transparência do processo<br />

eleitoral, o País já está pautado<br />

pela votação final deste pleito.<br />

Abre-se, com isso, uma oportunidade<br />

que foi tristemente desperdiçada<br />

até agora: a efetivação de um<br />

debate sobre o Brasil real, com<br />

suas urgências, suas oportunidades,<br />

enfim, sua realidade tão complexa<br />

quanto promissora.<br />

O processo político relativo ao primeiro<br />

turno esteve destituído de<br />

uma discussão comprometida<br />

com as verdadeiras questões nacionais.<br />

À moda da lacração e das<br />

narrativas pontilhistas das redes<br />

sociais, o que mais se viu, em<br />

todos os quadrantes, foram proposições<br />

elaboradas ao sabor da<br />

hora. As falas não compuseram<br />

um texto aderente ao Brasil de hoje.<br />

O que mais se prometeu foram terrenos<br />

na Lua, tamanha a falta de<br />

lastro no chão da realidade da<br />

maioria do que se afirmou. O problema<br />

dessa conversa lunática é<br />

encontrar no dia seguinte à posse<br />

quem lavre as escrituras das promessas<br />

de conquista de votos.<br />

Frustrações em cima de frustrações<br />

não ajudam a caminhada democrática<br />

- muito pelo contrário,<br />

são um propulsor de sua ruína.<br />

O Brasil, até pela gravidade dos<br />

efeitos dos desarranjos socioeconômicos<br />

que vem acumulando ao<br />

longo de sua trajetória, sabe o que<br />

precisa ser feito. Discursos populistas<br />

podem até nublar o foco que<br />

deveria ter uma eleição, mas uma<br />

conversa séria e comprometida<br />

com o País neste momento, além<br />

de ser evidência de honestidade republicana,<br />

se colocaria como um<br />

tempo precioso de conscientização<br />

e mobilização da sociedade para a<br />

dura tarefa de governar a Nação a<br />

partir de 2023.<br />

O nosso país, que historicamente<br />

não enfrenta seus problemas estruturais,<br />

vai ter de encarar realidades<br />

nacional e internacional nada amigáveis.<br />

O mundo está andando à<br />

moda de caranguejo, de lado, bem<br />

afastado da bonança de tempos<br />

atrás. Sofre as consequências da<br />

pandemia, inflação e juros em alta,<br />

invasão russa na Ucrânia, China e<br />

Ásia com desempenho empalidecido,<br />

cadeias globais de suprimento<br />

em vertigem e ataques totalitários<br />

à democracia. As perspectivas<br />

mundiais são desafiadoras e com<br />

ecos por aqui.<br />

A agenda que diz respeito a nós<br />

não será menos complicada. Apesar<br />

de melhoras no mercado de<br />

trabalho e de desempenho do PIB,<br />

já convivemos com um descrédito<br />

crescente quanto aos rumos da<br />

economia. É uma tarefa impositiva<br />

reancorar as expectativas econômicas.<br />

E isso só se faz com política<br />

fiscal responsável.<br />

A educação básica sofreu um baque<br />

maior entre nós do que no resto<br />

mundo durante a pandemia. Nossas<br />

crianças e jovens estiveram<br />

longe das salas de aula por um período<br />

muito extenso. O Sistema<br />

Único de Saúde (SUS) passou por<br />

uma prova de fogo e resta evidente<br />

que precisa ser repensado e robustecido.<br />

O que dizer da violência e da<br />

segurança pública, cujos indicadores<br />

e realidade são trágicos? É urgente<br />

que retomemos as reformas<br />

estruturantes, como aquelas modernizadoras<br />

do Estado e do sistema<br />

tributário nacional. Em face do<br />

aumento da pobreza e da fome, é<br />

imprescindível reorganizar as políticas<br />

assistenciais, tornando-as também<br />

fatores de transformação estrutural<br />

da condição socioeconômica<br />

do País.<br />

O futuro do Brasil demanda que se<br />

enfrentem os dias com o melhor de<br />

nosso espírito cidadão. E isso quer<br />

dizer que é preciso parar de repetir<br />

erros, ainda que reembalados com<br />

os discursos do momento. Se não<br />

vale reeditar equívocos, vale aprender<br />

com eles, assim como devemos<br />

focar nas lições de iniciativas<br />

bem-sucedidas, aqui e lá fora.<br />

Desviando-nos de uma outra infeliz<br />

mania nacional - o enfrentamento<br />

da realidade com ilusionismos baratos<br />

-, é preciso cumprir o caminho<br />

pedregoso do dever de<br />

casa. Apesar das facilidades inconsequentes<br />

que brilham na trilha dos<br />

populismos, são as escolhas certas,<br />

que nem sempre são as mais<br />

fáceis, que nos afastarão do fundo<br />

do abismo de um país injusto e indigno<br />

de suas potencialidades.<br />

As perspectivas mundiais<br />

são desafiadoras e com<br />

ecos por aqui<br />

Também é fundamental se preparar<br />

para aproveitar as oportunidades.<br />

A economia descarbonizada<br />

se coloca como uma grande potencialidade<br />

para o Brasil, que tem<br />

know-how em bioeconomia e<br />

acervos ambientais que lhe permitem<br />

ser um dos protagonistas<br />

desta nova era. Há o desafio de<br />

enfrentar as criminalidades que<br />

assolam nossos biomas, com especial<br />

atenção à Amazônia. Superada<br />

a tarefa de dotar o País de<br />

segurança jurídica, infraestrutura<br />

e digitalização se colocam como<br />

espaços de oportunidades. A<br />

desorganização das redes planetárias<br />

de suprimentos também<br />

abre brechas para a reindustrialização.<br />

Que neste segundo turno, entre finalmente<br />

em debate o Brasil real,<br />

aquele país que tem um potencial<br />

ímpar, capaz de promover ampla<br />

prosperidade, mas que também é<br />

uma nação que precisa urgentemente<br />

redesenhar seus caminhos,<br />

afastando-se de séculos de<br />

injustiça socioeconômica e desvarios<br />

institucionais. Que o Brasil<br />

que podemos e merecemos ser<br />

esteja na pauta da conversa civilizada<br />

e republicana que toda democracia<br />

de verdade demanda e<br />

enseja. Que o caminho até as urnas<br />

eletrônicas do segundo turno<br />

seja pavimentado pelo compromisso<br />

com a realidade, seus desafios<br />

e oportunidades<br />

Paulo Hartung é economista,<br />

presidente executivo do IBÁ e foi<br />

governador do Estado do Espírito<br />

Santo<br />

2<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


SAFRA <strong>2022</strong>/23<br />

Chuva reduz moagem,<br />

mas lavouras se beneficiam<br />

Em média, as indústrias do Estado ficaram 2/3 do tempo paradas na segunda<br />

quinzena de setembro, devido às chuvas que prejudicaram a colheita<br />

Aocorrência de chuvas<br />

na segunda quinzena<br />

de setembro em toda<br />

a região produtora de<br />

cana-de-açúcar no <strong>Paraná</strong> reduziu<br />

a moagem realizada no<br />

período pelas unidades industriais<br />

do setor sucroenergético<br />

do Estado, segundo o presidente<br />

da Alcopar, Miguel Tranin.<br />

Em vez da média de 2,3<br />

milhões de toneladas normalmente<br />

esmagadas no período,<br />

as usinas moeram 887.763 toneladas,<br />

volume bem abaixo<br />

do esperado, 61,8% menor do<br />

que no mesmo período do ano<br />

passado, quando foram processadas<br />

2,327 milhões de toneladas.<br />

Em média, as indústrias do Estado<br />

ficaram 2/3 do tempo paradas<br />

no período devido às<br />

chuvas, que prejudicaram a<br />

colheita. O bom volume de<br />

chuvas no período, entretanto,<br />

beneficiaram as lavouras e<br />

devem trazer efeitos positivos<br />

para a próxima safra, principalmente.<br />

O mês de outubro, da<br />

mesma forma, começou com<br />

bastante chuvas e o relatório<br />

da primeira quinzena do mês<br />

deve apontar o resultado disso.<br />

No acumulado da safra foram<br />

esmagadas 21,456 milhões de<br />

toneladas até o dia 1 de outubro.<br />

O atraso em relação à safra<br />

anterior é de 21,1%, quando<br />

foi produzido 27,185 milhões<br />

de toneladas. Esse volume<br />

representa 69,1% do total<br />

esperado para a safra, estimada<br />

em 31,068 milhões de toneladas<br />

no Estado.<br />

A produção do açúcar no acumulado<br />

desta safra é de 1,496<br />

milhão de toneladas, 26,2% a<br />

menos do que o produzido no<br />

mesmo período do ano passado,<br />

quando já tinham sido<br />

processadas 2,027 milhões de<br />

toneladas, e 65,9% do total estimado<br />

para a safra, 2,270 milhões<br />

de toneladas.<br />

No caso do etanol total foram<br />

produzidos até a segunda quinzena<br />

de setembro 735,787 milhões<br />

de litros, sendo 382,899<br />

milhões de litros de anidro e<br />

352,888 milhões de hidratado.<br />

Respectivamente, esses volumes<br />

são 24,1%, 12,1% e<br />

33,9% menores em relação ao<br />

mesmo período da safra passada.<br />

A expectativa é encerrar<br />

o ciclo <strong>2022</strong>/23 com 1,128 bilhão<br />

de litros de etanol total,<br />

sendo 535,922 milhões de litros<br />

de anidro e 591,649 milhões<br />

de hidratado.<br />

O rendimento industrial da<br />

ATR/Tc (Açúcar Total Recuperável<br />

em tonelada de cana) no<br />

acumulado é de 132,18 Kg,<br />

uma queda de 5,2% em relação<br />

ao valor registrado na safra<br />

2021/22 de 139,40 Kg. As<br />

geadas e estiagens no ano passado<br />

fizeram com que o período<br />

de maturação fosse alongado,<br />

de forma que agora que<br />

as usinas começaram a colher<br />

cana com melhor teor de açúcar.<br />

Durante o andamento dessa<br />

safra, entretanto, as chuvas<br />

não prejudicaram a qualidade<br />

de ATR, que ainda está em uma<br />

curva ascendente.<br />

4<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


Colheita no Centro-Sul<br />

também sofre com chuvas<br />

No acumulado da safra, totalizou<br />

431,1 milhões de toneladas ante<br />

467,98 milhões registradas no mesmo<br />

período de 2021 - queda de 7,88%<br />

Amoagem de cana-deaçúcar<br />

na segunda<br />

quinzena de setembro<br />

na região Centro-Sul<br />

atingiu 25,29 milhões de toneladas,<br />

registrando queda de<br />

29,73% em relação à quantidade<br />

registrada em igual período<br />

do ano passado, quando<br />

foram processadas 35,99 milhões<br />

de toneladas. No acumulado<br />

da safra, a moagem totalizou<br />

431,1 milhões de toneladas<br />

ante 467,98 milhões de toneladas<br />

registradas no mesmo<br />

período de 2021 - queda de<br />

7,88%.<br />

A queda assídua registrada na<br />

segunda metade de setembro é<br />

consequência dos altos níveis<br />

pluviométricos nas regiões produtoras<br />

da cultura. Dados do<br />

INMET mostram que, no último<br />

mês, a precipitação foi bastante<br />

intensa principalmente nos estados<br />

de São Paulo, <strong>Paraná</strong>,<br />

Mato Grosso do Sul e no sul de<br />

Minas Gerais. Esse evento prejudicou<br />

o avanço das operações<br />

de colheita e da indústria<br />

que, por consequência, foi responsável<br />

pelo decréscimo na<br />

produção registrada.<br />

Por outro lado, a produtividade<br />

agrícola no mês de setembro<br />

vai na direção contrária e apresenta<br />

forte avanço em relação<br />

ao observado no mesmo período<br />

do ciclo agrícola anterior.<br />

Dados preliminares do Centro<br />

de Tecnologia Canavieira (CTC)<br />

apontam que o aumento ocorreu<br />

mais intensamente nos estados<br />

de São Paulo e Minas<br />

Gerais.<br />

Até o dia 1º de outubro, 240<br />

unidades estavam em operação<br />

no Centro-Sul frente às 222 na<br />

safra 2021/<strong>2022</strong>. Na segunda<br />

quinzena de setembro, 12 unidades<br />

produtoras encerraram a<br />

moagem de cana-de-açúcar do<br />

atual ciclo. No acumulado, o<br />

encerramento de safra atinge<br />

18 unidades.<br />

A qualidade da matéria-prima<br />

colhida na segunda quinzena de<br />

setembro, mensurada em kg de<br />

ATR por tonelada de cana-deaçúcar<br />

processada, retraiu em<br />

0,3% na comparação com o<br />

mesmo período do último ciclo<br />

agrícola, registrando 155,3 kg<br />

de ATR por tonelada colhida. No<br />

acumulado da safra, ainda se<br />

observa uma queda de 1,28%,<br />

com o indicador marcando<br />

140,9 kg de ATR por tonelada.<br />

Vendas de etanol<br />

A produção de açúcar na segunda<br />

metade de setembro totalizou<br />

1,70 milhão de toneladas<br />

(-27,32%). No acumulado desde<br />

o início da safra <strong>2022</strong>/2023,<br />

a fabricação do adoçante totaliza<br />

26,33 milhões de toneladas,<br />

frente às 29,23 milhões de toneladas<br />

do ciclo anterior (-9,9%).<br />

Na segunda quinzena de setembro,<br />

1,42 bilhão de litros (-28,<br />

64%) de etanol foram fabricados.<br />

Do volume total produzido,<br />

o hidratado alcançou 728,77<br />

milhões de litros (-36,75%), enquanto<br />

a produção de etanol<br />

anidro totalizou 695,14 milhões<br />

de litros (-17,55%). No acumulado<br />

do atual ciclo agrícola, a fabricação<br />

de álcool atingiu 21,48<br />

bilhões de litros (-5,84%), dos<br />

quais 12,91 bilhões consistem<br />

em etanol hidratado (-7,25%) e<br />

8,57 bilhões em anidro (-<br />

3,62%).<br />

Do total de biocombustível fabricado,<br />

a produção a partir do<br />

milho na segunda quinzena de<br />

setembro registrou 170,4 milhões<br />

de litros, frente aos<br />

149,68 milhões de litros no<br />

mesmo período do ciclo 2021/<br />

<strong>2022</strong> - avanço de 15,18%. No<br />

acumulado desde o início da<br />

safra, a produção atingiu 2,07<br />

bilhões de litros - avanço de<br />

27,02% na comparação com<br />

igual período do ano passado.<br />

A segunda quinzena do mês de<br />

setembro foi marcada pela saída<br />

robusta de etanol das usinas,<br />

o que acarretou variações<br />

positivas no total do mês frente<br />

ao observado no mesmo período<br />

de 2021. No mês de setembro,<br />

as unidades produtoras<br />

do Centro-Sul comercializaram<br />

2,67 bilhões de litros de<br />

etanol, o que representa um<br />

aumento de 8,12% em relação<br />

ao mesmo período da safra<br />

2021/<strong>2022</strong>.<br />

No mercado interno, o volume<br />

de etanol hidratado comercializado<br />

foi de 1,38 bilhão de litros,<br />

o que significa um aumento<br />

de 4,67% em relação ao<br />

mesmo período da safra anterior.<br />

As vendas domésticas de<br />

etanol anidro, a despeito do<br />

aumento de mais de 3% na segunda<br />

metade do mês, totalizaram<br />

938,83 milhões de litros<br />

em setembro, o que representa<br />

uma redução de 1,8%. No<br />

acumulado da safra, foram comercializados<br />

8,27 bilhões de<br />

litros de hidratado domesticamente<br />

(-4,95%) e 5,37 bilhões<br />

de litros de etanol anidro<br />

(+4,29%).<br />

No mercado externo, um volume<br />

robusto de vendas foi registrado,<br />

confirmando o lineup<br />

projetado para o mês de setembro.<br />

O volume de etanol hidratado<br />

comercializado foi de<br />

140,92 milhões de litros<br />

(+2,93). Já para o etanol anidro,<br />

registrou-se 209,54 milhões<br />

de litros (+264%). Ao<br />

todo, as exportações de etanol<br />

pelas unidades produtoras foram<br />

de 350,46 milhões de litros<br />

no mês (+80,23%). No<br />

acumulado da safra, esse volume<br />

atingiu 1,24 bilhão de litros<br />

- um avanço de 33,05%<br />

em relação à safra 2021/<strong>2022</strong>.<br />

Desde o início da safra <strong>2022</strong>/<br />

2023, as unidades produtoras<br />

comercializaram 14,87 bilhões<br />

de litros de etanol, o que representa<br />

um avanço de 0,61% em<br />

relação ao mesmo período da<br />

safra anterior. Desse volume,<br />

as vendas de etanol hidratado<br />

totalizaram 8,73 bilhões de litros<br />

(-5,9%); já as de anidro,<br />

6,14 bilhões de litros<br />

(+11,61%).<br />

Dados da B3 mostram que, até<br />

o dia 7 de outubro, 23,38 milhões<br />

de CBios foram emitidos<br />

em <strong>2022</strong>. A respeito do volume<br />

negociado e posse de créditos,<br />

até a data supramencionada,<br />

a parte obrigada do programa<br />

RenovaBio já adquiriu<br />

cerca de 27 milhões de créditos<br />

de descarbonização. Esse<br />

volume representa 76% da<br />

meta de aquisição total para o<br />

ano corrente.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

5


MEIO AMBIENTE<br />

Usina Jacarezinho celebra<br />

Dia da Árvore Inclusivo<br />

Alunos da rede pública, colaboradores e beneficiários de Apaes participaram de atividades<br />

com educação ambiental para crianças e PCDs no Horto Florestal de Jacarezinho<br />

Em comemoração ao<br />

Dia Nacional da Árvore,<br />

21/09, a Usina<br />

Jacarezinho, empresa<br />

do Grupo Maringá, produtora<br />

de açúcar, etanol e cogeradora<br />

de energia a partir de<br />

biomassa de cana-de-açúcar,<br />

promoveu uma aula de educação<br />

ambiental para alunos da<br />

rede pública no dia 28 de setembro<br />

de <strong>2022</strong>. A atividade<br />

de valorização do meio ambiente,<br />

que também teve<br />

como objetivo a inclusão de<br />

pessoas com deficiência física<br />

ou mental, foi realizada<br />

dentro do Horto Florestal de<br />

Jacarezinho (PR).<br />

Participaram alunos do 4° ano<br />

do Ensino Fundamental da Escola<br />

Municipal Professora Ruth<br />

Pimentel Rocha, além de 50<br />

colaboradores da Usina Jacarezinho<br />

e oito funcionários da<br />

usina com deficiência intelectual<br />

que ficam alocados em<br />

Associações de Pais e Amigos<br />

dos Excepcionais (Apaes) nas<br />

Negócio sucroenergético do<br />

Grupo Maringá, atua na cidade<br />

de Jacarezinho na região<br />

norte do <strong>Paraná</strong> há mais de<br />

75 anos produzindo alimento<br />

e energia renovável à sociedade.<br />

Possui capacidade de<br />

moagem superior a 2,5 milhões<br />

de toneladas de canade-açúcar<br />

e mais de 30 mil<br />

hectares de terras próprias e<br />

parceiras dedicadas ao cultivo<br />

da cana.<br />

cidades paranaenses de Jacarezinho,<br />

Santo Antônio da Platina<br />

e Cambará. Esses profissionais<br />

foram acompanhados<br />

por seus respectivos monitores.<br />

Durante o evento, houve uma<br />

apresentação da unidade de<br />

conservação de Mata Atlântica,<br />

instalada dentro do Horto<br />

Florestal de Jacarezinho, com<br />

a exposição de mudas e sementes<br />

de árvores nativas e,<br />

além disso, palestras sobre a<br />

importância das árvores e das<br />

boas práticas agrícolas.<br />

“Aproveitamos datas como<br />

essa para reforçar a comunicação<br />

com colaboradores e a<br />

sociedade. O evento faz parte<br />

da agenda ESG [Governança<br />

ambiental, social e corporativa,<br />

na sigla em inglês] do<br />

Grupo Maringá e reforça nosso<br />

comprometimento com a<br />

sustentabilidade socioambiental”,<br />

informa o diretor de<br />

Operações da Usina Jacarezinho,<br />

Condurme Aizzo.<br />

Sobre a Usina Jacarezinho<br />

Na região, emprega mais de<br />

1.300 pessoas e atua de maneira<br />

responsável com a comunidade<br />

e o meio ambiente.<br />

Em <strong>2022</strong>, foi publicado o primeiro<br />

relatório anual no padrão<br />

GRI (Global Reporting<br />

Initiative), que busca apresentar<br />

informações de sustentabilidade<br />

nos negócios e está<br />

disponível para consulta no<br />

site www.grupomaringa.<br />

com.br.<br />

O Grupo Maringá atua nos setores<br />

sucroenergético e siderúrgico.<br />

Com 75 anos de tradição,<br />

a Usina Jacarezinho, a<br />

Cia. Canavieira e, agora, a Maringá<br />

Energia, produzem açúcar,<br />

etanol e energia, atuando<br />

de forma integrada para fornecer<br />

alimento e energia limpa e<br />

renovável aos mercados nacional<br />

e internacional.<br />

Na siderurgia, o grupo atua há<br />

mais de 40 anos, produzindo<br />

ferro-ligas de manganês de<br />

alto padrão, matéria-prima essencial<br />

para a fabricação de<br />

aço, por meio da Maringá<br />

Ferro-Liga S/A, localizada em<br />

Itapeva (SP).<br />

6<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


USINA<br />

Cooperval promove<br />

encontro com lideranças<br />

Objetivo do evento foi integrar o grupo e despertar em<br />

cada um a importância de suas atitudes enquanto líderes<br />

No último dia 27 de setembro,<br />

a Cooperval<br />

- Cooperativa Agroindustrial<br />

Vale do Ivaí<br />

Ltda, com sede em Jandaia do<br />

Sul, Norte do <strong>Paraná</strong>, realizou<br />

um Encontro com a Liderança.<br />

O objetivo do evento foi integrar<br />

o grupo de colaboradores<br />

da usina e despertar em cada<br />

um a importância de suas atitudes<br />

enquanto líderes. Na<br />

abertura, o diretor presidente<br />

da cooperativa, Fernando Fernandes<br />

Nardine, saldou a todos<br />

os presentes e falou sobre<br />

a responsabilidade que recai<br />

sobre aqueles que se colocam<br />

a frente dos desafios e trabalhos.<br />

Dividido em três etapas, o<br />

evento contou com palestras<br />

com o tema Atitudes Protagonistas,<br />

um delicioso jantar de<br />

confraternização e com um<br />

momento em que um profissional<br />

tirou fotos de todos os<br />

convidados. Participaram cerca<br />

de 100 pessoas entre integrantes<br />

da diretoria, gerentes,<br />

supervisores, encarregados e<br />

líderes. Para todos, foi um momento<br />

marcante de muito<br />

aprendizado e troca de experiências.<br />

O diretor presidenteda cooperativa,<br />

Fernando Fernandes Nardine,<br />

na abertura do evento e<br />

fotos de alguns líderes<br />

presentes<br />

8<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


ARTIGO<br />

Segundo turno das eleições vai<br />

decidir destino do agro no Brasil<br />

Bancadas do setor na Câmara dos Deputados e no<br />

Senado buscam resolver demandas diante de crise<br />

Por Roberto Rodrigues<br />

De acordo com os<br />

analistas políticos, o<br />

segundo turno do<br />

processo eleitoral<br />

que se realizará em 30 de outubro<br />

é uma nova eleição, e os<br />

dois candidatos à Presidência<br />

da República disputarão o<br />

principal cargo da nação em<br />

relativo equilíbrio.<br />

Para debelar a inflação global<br />

dos alimentos em razão da<br />

pandemia e da guerra na<br />

Ucrânia, mais do que nunca<br />

se faz necessário um choque<br />

de oferta de produtos agrícolas,<br />

e o Brasil tem ampla condição<br />

de se consolidar nesse<br />

cenário. Para isso, os candidatos<br />

devem mostrar o que<br />

pretendem fazer para ajudar -<br />

ou não atrapalhar - o País a<br />

cumprir seu destino.<br />

O próximo presidente terá o<br />

privilégio de contar com uma<br />

bancada na Câmara dos Deputados<br />

e no Senado bastante<br />

afinada com as demandas legítimas<br />

das cadeias produtivas<br />

do agro. Entre elas,<br />

destaca-se o maior apoio à<br />

pesquisa e ao desenvolvimento<br />

tecnológico, base do<br />

crescimento da produção<br />

agropecuária tropical sustentável.<br />

Política de renda suportada<br />

por um seguro rural bem<br />

mais robusto e abrangente do<br />

que tem sido é essencial para<br />

o crescimento do crédito privado<br />

ao campo.<br />

Fundamental é uma ação diplomática<br />

robusta que consolide<br />

acordos comerciais com<br />

grandes países importadores,<br />

a exemplo do acordo UE/Mercosul.<br />

Neste terreno deve ficar<br />

clara a não tributação das exportações<br />

e seu não contingenciamento.<br />

Investimentos<br />

em logística e infraestrutura<br />

serão bem-vindos, sobretudo<br />

na grande fronteira do Centro-<br />

Oeste e do Matopiba.<br />

A intransigente defesa do Direito<br />

de Propriedade garantido<br />

pela Constituição é absolutamente<br />

indispensável. Na temática<br />

jurídica também devese<br />

cumprir a Constituição no<br />

marco temporal de terras para<br />

indígenas e combater com<br />

rigor as ilegalidades como<br />

desmatamento, invasão ou<br />

grilagem de terras, garimpos<br />

ilegais, incêndios criminosos;<br />

implementar o Código Florestal<br />

e resolver a questão fundiária<br />

- sobretudo na Amazônia,<br />

mas não apenas lá -, bem<br />

como estabelecer as bases do<br />

mercado de carbono e o pagamento<br />

por serviços ambientais.<br />

A defesa sanitária ganha importância<br />

central, bem como<br />

a legislação dos pesticidas, e<br />

os controles em portos e aeroportos<br />

devem ser robustecidos.<br />

O autocontrole na<br />

indústria de alimentos tende a<br />

crescer, aliviando o poder público.<br />

Atenção especial tem de ser<br />

dada à enorme quantidade de<br />

pequenos produtores rurais<br />

que estão fora do mercado e<br />

vivem em situação de extrema<br />

penúria. Para isso o<br />

apoio ao vigoroso e progressista<br />

movimento cooperativista<br />

é a melhor receita possível.<br />

Com um programa<br />

dessa magnitude, o governante<br />

eleito será bem-sucedido<br />

e reconhecido no mundo<br />

inteiro.<br />

Roberto Rodrigues, ex-ministro<br />

da Agricultura é o<br />

coordenador do Centro do<br />

Agronegócio da Fundação<br />

Getúlio Vargas<br />

Candidatos devem mostrar<br />

o que pretendem fazer<br />

para ajudar - ou não<br />

atrapalhar - o País a<br />

cumprir seu destino,<br />

diz Rodrigues<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

9


DOIS<br />

PONTOS<br />

Máquinas<br />

Sem motorista<br />

Para evitar dificuldades com<br />

acúmulo de solicitações do<br />

Registro Nacional de Tratores<br />

e Máquinas Agrícolas, o<br />

Ministério da Agricultura, Pecuária<br />

e Abastecimento estabeleceu<br />

prioridades para se<br />

obter o registro. Os tratores<br />

e máquinas agrícolas produzidos<br />

a partir de 2016 terão<br />

prioridade na inscrição junto<br />

ao Renagro, documento oficial<br />

para tratores e máquinas<br />

agrícolas que permite o trânsito<br />

em vias públicas. O documento<br />

é sem custos para<br />

o produtor, sem taxa de licenciamento<br />

anual e sem a<br />

necessidade de emplacamento.<br />

Além disso, o documento<br />

garante maior segurança<br />

na venda e compra de<br />

tratores usados, possibilitando<br />

de ser utilizado como<br />

uma garantia em financiamento.<br />

O registro é válido<br />

em todo o território nacional.<br />

Atualmente, já existem<br />

85.000 máquinas cadastradas<br />

no IdAgro, sendo 80%<br />

de tratores e 20% de colheitadeiras.<br />

O universo de tratores<br />

e colheitadeiras é de<br />

aproximadamente 1,6 milhões<br />

de unidades.<br />

A Volkswagen Caminhões e<br />

Ônibus iniciou testes com<br />

um caminhão autônomo na<br />

colheita de cana. A marca é<br />

a terceira a desenvolver veículos<br />

com essa tecnologia,<br />

Biodiesel<br />

depois de Volvo e Mercedes-<br />

Benz, que já têm modelos<br />

que funcionam sem motorista<br />

à venda no mercado,<br />

também para a mesma finalidade.<br />

A indústria brasileira de óleos<br />

vegetais definiu duas pautas<br />

prioritárias para serem trabalhadas<br />

com o futuro governo: a retomada<br />

do calendário do Conselho<br />

Nacional de Política Energética<br />

(CNPE) quanto ao porcentual<br />

obrigatório de biodiesel<br />

no diesel e o estabelecimento<br />

de uma meta de substituição do<br />

diesel importado por combustível<br />

renovável em cinco anos.<br />

Outro ponto abordado pelo documento<br />

diz respeito a alterações<br />

nas regras do Renovabio,<br />

política nacional de biocombustíveis,<br />

quanto à certificação dos<br />

grãos usados para produção de<br />

biocombustível - etanol de milho<br />

e biodiesel - para emissão<br />

de Créditos de Descarbonização<br />

(CBIOs).<br />

Seca<br />

As mudanças climáticas aumentaram o risco de seca em "ao menos 20 vezes" durante<br />

o verão passado no hemisfério norte, segundo relatório científico do World<br />

Weather Attribution. A seca, que afetou vastas regiões de Europa, China e Estados<br />

Unidos, corre o risco de ocorrer a cada 20 anos com o clima atual, em vez de a<br />

cada 400 anos ou prazos mais longos como no passado. As consequências dessa<br />

seca impactaram o setor agrícola em dezenas de países, com colheitas em baixa e<br />

dificuldades que repercutiram nos mercados mundiais.<br />

A Índia se consolidou como<br />

o maior produtor e consumidor<br />

mundial de açúcar na<br />

temporada 2021/22. O país<br />

processou recorde de 500<br />

milhões de toneladas de<br />

cana-de-açúcar na temporada<br />

2021/22, das quais<br />

cerca de 357,4 milhões de<br />

toneladas foram processadas<br />

por usinas para fabricar<br />

cerca de 39,4 milhões de toneladas<br />

de açúcar (aumento<br />

de 17% ante o ciclo 2020/<br />

21). O país asiático desbancou<br />

o Brasil que, em sua<br />

temporada 2021/22 registrou<br />

produção total de 35,05 milhões<br />

de toneladas. A Índia<br />

Açúcar<br />

também se firmou no ciclo<br />

como o segundo maior exportador<br />

global do alimento,<br />

atrás apenas do Brasil. Já a<br />

produção de açúcar da União<br />

Europeia deve cair 6,9% na<br />

temporada <strong>2022</strong>/23, para<br />

15,5 milhões de toneladas,<br />

após uma queda na área<br />

plantada e uma severa seca<br />

de verão em muitas partes<br />

do bloco comercial.<br />

Preocupação<br />

O boicote aos produtos agrícolas<br />

brasileiros é um risco que pode<br />

ser implementado se o Brasil não<br />

cuidar do que é essencial: acabar<br />

com ilegalidades, alertou recentemente<br />

o ex-ministro da Agricultura,<br />

Roberto Rodrigues, atualmente<br />

coordenador do Centro de<br />

Agronegócio na Escola de Economia<br />

de São Paulo da Fundação<br />

Getúlio Vargas. Ele disse que<br />

há duas movimentações internacionais<br />

que podem ser prejudiciais<br />

ao setor agropecuário<br />

brasileiro. A primeira é a possibilidade<br />

de que, na COP-27 - a<br />

Conferência das Nações Unidas<br />

sobre Mudanças Climáticas de<br />

<strong>2022</strong>, que será realizada de 6 a<br />

18 de novembro no Egito - possa<br />

ser aprovado um acordo para<br />

impedir a compra de soja de<br />

áreas desmatadas do Cerrado<br />

brasileiro a partir de janeiro de<br />

2025. A segunda é a proposta,<br />

aprovada em setembro pelo Parlamento<br />

Europeu, de um projeto<br />

que proíbe a entrada naquele<br />

mercado de commodities originários<br />

de áreas desmatadas<br />

após 31 de dezembro de 2019.<br />

O texto ainda precisa ser validado<br />

pelos 27 países da União Europeia.<br />

10<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


O Brasil deve bater recorde de<br />

exportações de etanol para a<br />

O hidrogênio é o combustível<br />

do futuro, mas o etanol não<br />

fica atrás nessa corrida. Juntos,<br />

eles podem dar ao Brasil<br />

um papel de protagonismo<br />

na luta por um combustível<br />

verde. A chamada “reforma<br />

eletroquímica” é uma técnica<br />

que tem sido usada na produção<br />

de hidrogênio a partir<br />

da oxidação de álcoois e<br />

quebra das moléculas da<br />

água. Essa novidade, que<br />

passou a ser usada de forma<br />

Etanol<br />

Europa neste ano, com o embarque<br />

de mais de 600 milhões<br />

Hidrogênio<br />

sistemática no mundo há<br />

cerca de dois anos, está<br />

sendo explorada no projeto<br />

“Uso eficiente de etanol para<br />

produção de hidrogênio e<br />

eletricidade”, desenvolvido<br />

no Centro de Pesquisa para<br />

Inovação em Gases de Efeito<br />

Estufa, em parceria da FA-<br />

PESP e Shell na Escola Politécnica<br />

da Universidade de<br />

São Paulo. Uma das vantagens<br />

desse tipo de reação é<br />

reduzir o custo da energia<br />

de litros do biocombustível,<br />

com o país encontrando melhor<br />

mercado no exterior do que internamente,<br />

segundo análise da<br />

S&P Global Commodity Insights.<br />

O último recorde registrado<br />

pelo Brasil nas exportações<br />

para o continente foi em<br />

2010, quando o país comercializou<br />

477 milhões de litros.<br />

Neste ano, as exportações acumuladas<br />

para a Europa entre janeiro<br />

e agosto totalizaram 427<br />

milhões de litros, volume 435%<br />

maior que o do mesmo período<br />

de 2021.<br />

O Grupo Siemens e a companhia<br />

ferroviária alemã realizam<br />

teste de trem movido a hidrogênio<br />

e testaram seu sistema<br />

de reabastecimento móvel. Primeira<br />

viagem com passageiros<br />

deve ocorrer em 2024 e<br />

substituirá o trem movido a<br />

diesel. Ao longo de 30 anos,<br />

cada veículo economizará até<br />

45 mil toneladas de emissões<br />

de CO 2 . Os trens movidos a hidrogênio<br />

utilizam uma tecnologia<br />

de propulsão significativamente<br />

ecológica, pois emitem<br />

apenas vapor d'água. A<br />

tecnologia promete trazer uma<br />

contribuição significativa para<br />

a eliminação do combustível<br />

diesel, sendo a expectativa de<br />

que essa forma de propulsão<br />

substitua num futuro próximo<br />

todos os trens movidos a diesel<br />

no transporte regional.<br />

Reforma eletroquímica<br />

elétrica ao longo do processo.<br />

Trabalha-se com uma<br />

quantidade energética um<br />

terço menor do que a exigida<br />

pela eletrólise da água. No<br />

decorrer do projeto, os pesquisadores<br />

pretendem desenvolver<br />

uma célula de<br />

membrana polimérica que,<br />

por meio da reforma eletroquímica,<br />

possa converter<br />

etanol e água em hidrogênio<br />

para abastecer células a<br />

combustível.<br />

Calor<br />

Unica<br />

Segundo alerta feito recentemente<br />

pela ONU e a Cruz Vermelha,<br />

regiões inteiras do<br />

mundo se tornarão inabitáveis<br />

nas próximas décadas devido<br />

às ondas de calor, que se tornarão<br />

mais frequentes e intensas<br />

“atingindo e ultrapassando<br />

os limites fisiológicos e sociais’,<br />

especialmente em regiões<br />

como o Sahel - entre o<br />

deserto do Saara e a savana do<br />

Sudão - e o sul e sudoeste da<br />

Ásia. De acordo com o documento,<br />

existem limites a partir<br />

dos quais humanos expostos<br />

ao calor e umidade extremos<br />

não conseguem sobreviver e a<br />

partir dos quais as sociedades<br />

não conseguem se adaptar.<br />

A União da Indústria de Cana-de-<br />

Açúcar e Bioenergia (Unica) decidiu<br />

encerrar as operações em<br />

sua sede na cidade de São Paulo<br />

e manter seus funcionários<br />

atuando apenas em Brasília<br />

(DF). Em nota, a entidade afirmou<br />

que a pandemia de covid-<br />

19 trouxe novas formas de<br />

organização das empresas, “como<br />

os sistemas híbrido e home<br />

office”. Segundo a entidade, as<br />

alterações não devem afetar as<br />

atividades da Unica, "que permanece<br />

na sua missão de representar<br />

o setor sucroenergético e<br />

de bioenergia em São Paulo e<br />

nas diversas regiões em que as<br />

nossas mais de 120 associadas<br />

estão presentes”. Também, o diretor<br />

Técnico, Antonio de Padua<br />

Rodrigues deixou o cargo. “Referência<br />

no setor, o diretor continuará<br />

colaborando com a Unica<br />

em um novo formato de atuação,<br />

por meio do qual poderemos<br />

seguir contando com a sua<br />

larga experiência e vivência na<br />

atividade”, disse a entidade em<br />

nota.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

11

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