22.03.2023 Views

Revista da Misericordia #41

São 20 anos de Revista da Misericórdia, refletidos em ilustrações e imagens de diversas capas dos últimos anos. Sempre associadas aos conteúdos abordados que andam à volta da SUSTENTABILIDADE ambiental, económica e social, tema que convidamos à reflexão acompanhando as preocupações, alertas e palavras de esperança da equipa de colaboradores que se envolveram neste tema.

São 20 anos de Revista da Misericórdia, refletidos em ilustrações e imagens de diversas capas dos últimos anos. Sempre associadas aos conteúdos abordados que andam à volta da SUSTENTABILIDADE ambiental, económica e social, tema que convidamos à reflexão acompanhando as preocupações, alertas e palavras de esperança da equipa de colaboradores que se envolveram neste tema.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Pag | 24

#41

Atualidades

DIÁLOGO COM A

COMUNIDADE

Muitos já escreveram sobre o fim do papel no que respeita à

comunicação. Há alguns anos, jornais e revistas tiveram de

lidar com o enorme desafio que a era digital impunha e em

discussão estava o eventual fim das edições impressas.

Contudo, ainda há pouco tempo, um jornal nacional com

muitos anos de existência retomou a versão impressa, ao fim de

largos meses de publicação unicamente digital.

Hoje, após um período de ‘explosão’ da internet, começámos a

assistir a uma convivência mais ou menos serena entre o digital

e o analógico. Os meios conversam entre si de modo a tirar

proveito das suas melhores potencialidades, com conteúdos

produzidos em função dos públicos a alcançar. Esta regra vale

para órgãos de comunicação social e também para outras

áreas de atuação, das empresas às organizações do setor

social e solidário.

O digital oferece, sem dúvida, diversas vantagens. A rapidez

de propagação e a possibilidade de uma minuciosa

monitorização do impacto do que é divulgado são alguns

exemplos das vantagens da internet. Por outro lado, numa era

digital muito condicionada pelas grandes empresas que

operam na área dos conteúdos (Google, Facebook etc),

‘viralizar’ ou mesmo alcançar novos públicos é cada vez mais

difícil, a não ser que se recorra a conteúdos patrocinados.

Acresce que o imediatismo da informação exige leitores

informados e alguma atitude crítica que nem sempre está

presente. Apesar das suas inúmeras vantagens, a comunicação

digital não deve ser encarada como uma solução milagrosa.

Para comunicar com a comunidade, por via digital ou

analógica, uma das primeiras reflexões a fazer é sobre os

caminhos que queremos seguir. Para onde vamos? Esta é a

primeira pergunta. E para termos resposta, importa ter

presente quem somos e de onde viemos.

As Misericórdias nasceram das comunidades para servir essas

próprias comunidades. Qualquer caminho que se queira

seguir deve ter sempre presente que as pessoas estão em

primeiro lugar. E é nesta premissa que reside a principal fonte

de sustentabilidade das instituições. Sim, porque

sustentabilidade não é um exclusivo de contas, nem de

orçamentos. Mais que isso, reside na maneira como

conseguimos gerir da melhor forma possível todos os nossos

recursos e, no caso das instituições de solidariedade, os

recursos são – também e principalmente - as pessoas e o afeto

que colocamos nas relações com utentes, famílias,

trabalhadores, fornecedores, irmãos, parceiros, voluntários,

patrocinadores, beneméritos etc.

É certo que a nossa essência está intimamente ligada à imagem

do irmão da Misericórdia de Florença, com o rosto coberto a

ajudar um aflito: “fazer o bem sem olhar a quem”. Contudo, os

tempos obrigam-nos a inverter esta lógica. Fazer bem em

primeiro lugar, mas também divulgar o trabalho que as

equipas desenvolvem no terreno para concretizar em ações a

missão institucional. É através desse diálogo constante que

vamos fortalecendo a nossa presença na sociedade.

Se soubermos mostrar quem somos e o que fazemos

teremos certamente mais pessoas engajadas na mesma

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!