Revista da Misericordia #41
São 20 anos de Revista da Misericórdia, refletidos em ilustrações e imagens de diversas capas dos últimos anos. Sempre associadas aos conteúdos abordados que andam à volta da SUSTENTABILIDADE ambiental, económica e social, tema que convidamos à reflexão acompanhando as preocupações, alertas e palavras de esperança da equipa de colaboradores que se envolveram neste tema.
São 20 anos de Revista da Misericórdia, refletidos em ilustrações e imagens de diversas capas dos últimos anos. Sempre associadas aos conteúdos abordados que andam à volta da SUSTENTABILIDADE ambiental, económica e social, tema que convidamos à reflexão acompanhando as preocupações, alertas e palavras de esperança da equipa de colaboradores que se envolveram neste tema.
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Ao revê-las, logo ocorre a ideia do sociólogo e
filósofo polaco, expressa na frase “A mudança é a
única permanência e a incerteza a única certeza”.
Nunca, como nas últimas décadas, se falou e se
escreveu tanto sobre a mudança, ao ponto de se
banalizar a ideia de que tudo muda e tudo é feito de
mudança, como se nada permanecesse. Estamos
perante um problema de perceção: só olhamos o
que muda e esquecemo-nos do que persiste. É como
se estivéssemos numa dobra do tempo. É como se
entre o tempo cronológico e o tempo de cada um de
nós existisse um desfasamento tal que se torna
impossível conciliar os dois. Mas foi possível. Com a
visão para compreender cada momento vivido, a
ambição de querer transformá-lo e a audácia de o
ter feito. Até hoje terá, porventura, sido prestada
mais atenção aos movimentos sociais locais e aos da
própria instituição, em detrimento das mudanças
sociais, económicas e tecnológicas que ocorreram
em sociedades mais avançadas. Será preciso, por
isso, ser mais abrangente e plural. Se fizermos só o
que sabemos, nunca seremos nada além do que já
somos. O tempo e a sua inexorabilidade são o
expoente máximo desta realidade.
O terceiro setor está a alterar-se de hora a hora. É
urgente criar futuro. Fica um desafio à “Revista da
Misericórdia”: tornar-se vanguardista através da
criatividade e da inovação, do pensar fora da caixa,
de espelhar de minuto em minuto o que se passa
também no contexto social nacional e internacional,
de incentivar ambientes de trabalho colaborativos e
solidários, de aproximar todos os saberes que
interajam e criem ligações mesmo que inesperadas
e improváveis, de fomentar a diversidade.
Considerar que os primeiros vinte anos foram de
consolidação do seu espaço. E que os próximos vinte
se tornem um lugar ímpar de conhecimento e de
descoberta, com um simbolismo que resista à
passagem do tempo, tornando-se relevante.
E assim será sempre um motivo de celebração.