Revista Girolando edição 134 abril/maio/junho
Fique por dentro das novidades da pecuária leiteira. A edição online da revista Girolando já pode ser acessada e traz em sua capa todas as informações sobre a Megaleite 2023 e os principais eventos da raça, além de reportagens sobre adubação de pastagem, sanidade, mercado de genética e muito mais.
Fique por dentro das novidades da pecuária leiteira. A edição online da revista Girolando já pode ser acessada e traz em sua capa todas as informações sobre a Megaleite 2023 e os principais eventos da raça, além de reportagens sobre adubação de pastagem, sanidade, mercado de genética e muito mais.
Transforme seus PDFs em revista digital e aumente sua receita!
Otimize suas revistas digitais para SEO, use backlinks fortes e conteúdo multimídia para aumentar sua visibilidade e receita.
3
4
5
6
7
REVISTA O GIROLANDO
MENSAGEM DA DIRETORIA
Domício José Gregório Arruda Silva
PRESIDENTE
Luiz Fernando Reis
VICE-PRESIDENTE
Marcos Amaral Teixeira
1. DIRETOR-ADMINISTRATIVO
Rubens Balieiro de Souza
2. DIRETOR-ADMINISTRATIVO
José Antônio da Silva Clemente
1. DIRETOR-FINANCEIRO
Luiz Cláudio Bastos de Moura
2. DIRETOR-FINANCEIRO
Alexandre Lopes Lacerda
DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS
José Renato Chiari
DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO
Tatiane Almeida Drummond Tetzner
DIRETORA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Marcelo Renck Real
DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS
O maior encontro da pecuária leiteira da América Latina de
todos os tempos! É com esse propósito que estamos trabalhando
incansavelmente na organização da 18ª edição da Megaleite.
Unimos forças com várias entidades para mostrar ao mundo
como a nossa pecuária leiteira é tecnológica e sustentável. Teremos
quatro dias de muitas oportunidades de negócios, de troca
de conhecimentos e de disputas acirradas nas pistas, afinal o criador
brasileiro não brinca em serviço quando o assunto é melhoramento
genético.
Pela qualidade que vem sendo apresentada nas exposições já
realizadas em 2023, a Megaleite será um show de genética. Quem
trabalha diretamente na seleção bovina sabe que não é fácil produzir
exemplares superiores e ter esse trabalho coroado em uma
pista de julgamento. É preciso um investimento constante em
avaliações genética/genômica do rebanho, em ferramentas tradicionais,
em acasalamentos, em biotecnologias de reprodução,
em nutrição, bem-estar, sanidade, além de ter uma equipe qualificada
e comprometida.
Sabemos que cada um dos expositores da Megaleite trabalhou
duramente para levar o melhor de seus planteis para a “copa
do mundo da pecuária leiteira”. Por isso, todo o evento foi pensado
para enaltecer esse esforço e enriquecer a participação de cada
visitante com palestras técnicas e reuniões que possam agregar
ainda mais conhecimento a todos.
E dentro desse propósito, faremos na Megaleite um dos
maiores lançamentos do Programa de Melhoramento Genético
da Raça Girolando (PMGG). O Sumário de Touros 2023 trará 20
novas avaliações, sendo 15 características e cinco índices (compostos).
Algumas delas são ligadas à composição do leite, como,
por exemplo, produção e percentual de gordura, de proteína e
CCS e o Índice de Qualidade do Leite. Também teremos características
ligadas ao composto de leite e fertilidade do Girolando,
para identificação de animais que produzem muito leite e ainda
se reproduzem muito bem. Na parte de avaliação linear, ligadas
a conformação e capacidade, garupa e força leiteira, teremos 10
novas características.
Esse foi um trabalho de fôlego desenvolvido conjuntamente
entre nossa equipe do PMGG e da Embrapa Gado de Leite,
contribuindo para que os próximos passos do melhoramento da
raça sejam dados com total segurança. Todas essas características
contempladas no Sumário 2023 são de grande interesse econômico
para o mercado. É o Girolando se provando como uma
genética altamente produtiva e sustentável.
Teremos inúmeras outras novidades na Megaleite, como
os encontros do Conseleite, da Comissão do Leite, o Festival
de Queijo e oportunidades de negócios. Serão oito leilões de
Girolando e Gir Leiteiro, além da oferta de produtos e serviços
por cerca de 100 empresas ao longo dos 4 dias da feira. Será um
momento para celebrarmos os avanços do setor e de mostrar ao
mundo que o Brasil é um grande produtor de genética bovina
leiteira.
Esperamos todos lá, na capital mineira, para comemoramos
uma história que já chega a seu 18º capítulo de sucesso. Até a Megaleite
2023!
8
9
REVISTA O GIROLANDO
EDITORIAL
por Larissa Vieira
Editora
nas a dieta líquida desses animais chega a representar
entre 70% e 80% do custo de produção nessa fase.
Dentro do tema sanidade, a revista traz uma reportagem
sobre clostridioses, que podem causar vários tipos
de doenças em bovinos. Elas afetam negativamente
o rebanho, implicando em baixo desempenho produtivo,
com queda na produção leiteira e até mesmo a
morte dos bovinos. Vale ressaltar que as clostridioses
são doenças de evolução rápida e letal. Você vai entender
como evitar os tratamentos mais eficazes.
Ainda trazemos artigos e reportagens sobre a importância
do controle leiteiro, as conquistas de criadores
que têm investido nessa ferramenta e agora figuram
entre os líderes do Ranking Nacional – Modalidade
Rebanho. O documento está publicado na íntegra
nesta edição da revista.
A taxação do agro é outro tema em destaque. Aumentar
a tributação do agro, como mostram experiências
desastrosas em outros países, resulta em desestímulo
de todos os atores das cadeias produtivas, queda
de produção, aumento generalizado dos alimentos,
inflação, carestia, fome e miséria.
Outros temas desta edição são os resultados de diversas
exposições, a formação da Frente das Associações
de Bovinos do Brasil (FABB), a retomada do projeto
internacional Brazilian Girolando e muito mais.
Boa leitura!
EXPEDIENTE
Revista Girolando: Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira lamoc1@gmail.com
• Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888 - Míriam Borges (34) 9 9972-0808 miriamabcz@mundorural.org • Design gráfico: Yuri Silveira
(34) 9 9102-7029 yurisilveira04@hotmail.com • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Fotografias: Jadir Bison (34) 99960.4810 jadirbison@yahoo.
com.br • Conselho editorial: Domício Arruda Silva, Leandro Paiva, Edivaldo Ferreira Júnior, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Idealiza
Grafica (43) 3373-7877 • Tiragem: 6.000 exemplares • Periodicidade: Trimestral (Março, Maio, Agosto e Novembro) • Circulação: Dia 15 dos meses
ímpares • Distribuição: Para todo o Brasil via correios e Disponível na versão on line no site www.girolando.com.br. • Redação: Rua Orlando Vieira
do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG • Telefone: (34) 3331-6000 • Assinaturas: R$ 98,00/ano – financeiro@mundorural.org • 22 anos
de circulação ininterrupta
Com muitas informações relevantes para quem
atua na pecuária leiteira, esta edição da revista Girolando
tem como destaque de capa a Megaleite 2023.
A feira chega à sua 18ª edição ainda mais consolidada
no cenário internacional, possibilitando aos visitantes
uma programação diversificada, com leilões, competições,
palestras, diversão e muito mais.
Sabemos que, paralelo as disputas nas exposições,
a pecuária vem avançando com a adoção de tecnologias
e ter acesso às informações é importante para direcionar
as decisões. Na área de manejo de pastagem,
a revista traz um artigo técnico sobre adubação de
pastagem, uma estratégia de manejo necessária para
manter o sistema produtivo saudável e economicamente
viável. Já para quem produz silagem uma alternativa
barata para armazenamento é o silo cincho,
que pode ser construído facilmente e tem sido usado,
principalmente, em pequenas e médias propriedades.
Na parte de nutrição, você vai conhecer como melhorar
os índices reprodutivos e alcançar maior lucro
na pecuária leiteira. Estudos mostram que a maior
produção de embriões viáveis está relacionada com
níveis de vitaminas e minerais adequados no organismo
das fêmeas. Outro tema é a alimentação de bezerros
com sucedâneo e leite integral. A fase de criação de
bezerras leiteiras é uma das que mais impacta financeiramente
a produção de leite atual, sendo que aperevistagirolando
@ogirolando girolando.com.br revistagirolando
10
11
REVISTA O GIROLANDO
Índice
MENSAGEM DA DIRETORIA 06
EDITORIAL 08
GIRO LÁCTEO 12
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES 16
ADUBAÇÃO DE PASTAGENS NOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO ANIMAL 24
PECUÁRIA LEITEIRA SUSTENTÁVEL É EFICIÊNCIA DA PRODUÇÃO 30
MERCADO DO LEITE PROVA O SABOR DO INVESTIMENTO EM GENÉTICA 36
USO DE DRONES NA PECUÁRIA 38
COMO MELHORAR OS ÍNDICES REPRODUTIVOS E ALCANÇAR MAIOR
LUCRO NA PECUÁRIA LEITEIRA? 40
ALEITAMENTO: LEITE INTEGRAL X SUCEDÂNEO 44
RANKING REBANHO EVIDENCIA AVANÇOS NA SELEÇÃO 48
CONTROLE LEITEIRO: FERRAMENTA ESSENCIAL PARA A AVALIAÇÃO DO
DESEMPENHO DO REBANHO 52
RANKING REBANHO 57
PROGRAMAÇÃO MEGALEITE 70
SILO CINCHO: CONSERVAÇÃO DE FORRAGEIRA A BAIXO CUSTO 80
TAXAÇÃO DO AGRO E A REFORMA TRIBUTÁRIA 84
VACAS DE 4 EVENTOS SÃO MAIS EFICIENTES E LUCRATIVAS 86
AMÉRICA LATINA DE OLHO NO GIROLANDO 90
ASSOCIAÇÕES FUNDAM FRENTE PARA DEFESA DA PECUÁRIA 92
MERCADO DE ANIMAIS GANHA NOVO FORMATO DE VENDAS 94
NOVOS ASSOCIADOS E CONSELHO 96
GIROLANDO KIDS 97
FALE CONOSCO 98
74
Pistas refletem
qualidade do Girolando
20
Evite perdas no rebanho
por clostridioses
68
MATÉRIA DE CAPA
Megaleite 2023
transforma Belo Horizonte
na capital do leite
12
13
REVISTA O GIROLANDO
GIRO LÁCTEO
por Miriam Borges
Frente do Leite
O setor leiteiro agora conta com a Frente
Parlamentar em Apoio ao Produtor de
Leite na Câmara dos Deputados. Iniciativa
da deputada Ana Paula Junqueira Leão
(PP/MG), a Frente já conta com cerca de
200 deputados federais. A deputada visa a
ampliação e discussão do setor leiteiro, reforçando
a importância da cadeia que movimentou
cerca de R$ 40 bilhões em 2020
e gerou 4 milhões de empregos no país.
Segundo ela, que também é produtora de
leite, é preciso defender o setor leiteiro,
composto em grande parte por pequenos
produtores que geram emprego e renda e
garantem renda e subsistência da própria
família. De acordo com o presidente da
Associação Brasileira dos Criadores de
Girolando, Domício Arruda, a iniciativa
tem o apoio da entidade e a expectativa
é de que as principais demandas dos produtores
de leite sejam contempladas pela
Câmara dos Deputados, garantindo, assim,
mais avanço para a pecuária leiteira.
Palestra na Bolívia
A diretora de Relações Internacionais da
Associação Brasileira dos Criadores de
Girolando, Tatiane Tetzner, participou do
Seminário Latinoamericano 2023, que
aconteceu em abril, na Bolívia. Ela ministrou
palestra com o tema “Como produzir
leite de maneira rentável com Girolando e
Gir Leiteiro”. O evento teve a participação
de visitantes de vários países e foi promovvido
pela Associação Boliviana dos Criadores
de Zebu (Asocebu).
Mato Grosso
O superintendente técnico da Girolando,
Leandro Paiva, esteve no Mato Grosso
para fomentar o uso da raça no estado,
que vem investindo nos últimos anos na
ampliação e melhoria de seu rebanho leiteiro.
Ele esteve em várias propriedades
mato-grossenses acompanhado dos técnicos
que atendem a região César Dellatesta
e Fabiano Balistieri. “As visitas tiveram
como objetivo iniciar um trabalho de
prospecção e captação de novos associados
no estado, com o apoio de criadores,
de lideranças e dos representantes estaduais
da atual gestão”, explica Paiva.
Parceria Sebrae/MG
Com o intuito de aprimorar a atuação dos
técnicos da Girolando no campo, a entidade
está desenvolvendo ações de trabalho
em conjunto com o Sebrae-MG. Durante
reunião realizada em abril, na sede da
associação, foram levantadas as demandas
para execução do projeto. A proposta
inclui, dentre outas ações, a capacitação
da equipe técnica da Girolando e dos associados,
a criação de um programa de
certificação, estruturação e ampliação da
base de dados para utilização em ações de
inteligência de mercado, calendário anual
de jornadas técnicas e eventos da associação
por região.
Visita internacional
Diretores da Friesland Campina, maior
cooperativa de leite da Holanda, visitaram
a sede da Girolando em abril. Jeroen Elfers
e Yvonne van der Vorst estiveram no país
para conhecerem o sistema de seleção de
raças leiteiras. Acompanhados do gerente
de Leite da Alta, Guilherme Marquez, os
holandeses puderam acompanhar como
funciona o trabalho de melhoramento da
raça promovido pelo PMGG, além de outras
ações desenvolvidas pela entidade e
os avanços do Girolando pelo país. O grupo
foi recebido pelo superintendente Técnico
da entidade, Leandro Paiva. Durante
a passagem pelo Brasil, os holandeses
também visitaram fazendas de associados
da Girolando.
Prestação de contas
A prestação de contas Exercício de 2022
da Girolando foi aprovada pelos associados.
A Assembleia Geral Ordinária ocorreu
no dia 18 de abril para apresentação
das ações do ano, do balanço financeiro e
demais demonstrações contábeis, tendo
como presidente da mesa o ex-presidente
Luiz Carlos Rodrigues e como secretário
o associado Brasilino Ribeiro da Silva.
Também estiveram presentes o ex-presidente
Odilon de Rezende Barbosa Filho,
14
15
REVISTA O GIROLANDO
o presidente Domício Arruda, o diretor
Marcos Amaral e outros associados. A
votação pôde ser feita de forma online ou
presencial. Dos 134 votantes, 120 aprovaram
as contas de 2022. O Conselho Fiscal
já havia avaliado as contas na semana passada
e recomendado a aprovação. Todas
as contas foram auditadas pela BDO Auditores.
De acordo com pesquisa feita em
anos anteriores para avaliar os motivos
que levaram os associados a reprovarem
as contas, ficou constatado que a principal
razão foi a falta de entendimento do
processo de votação por parte dos consultores
que operaram o sistema para votar.
Eles declinavam da aprovação por entenderem
que não deveriam se manifestar
por não serem associados.
Asocebu Bolívia
O presidente da Girolando, Domício Arruda,
reuniu-se em maio com os representantes
da Associação Boliviana dos
Criadores de Zebu (Asocebu) Henrry
Luis Suárez Ferreira e Guilhermo Agramont
Méndez. O coordenador do Colégio
de Jurados Euclides Prata também
participou do encontro. Entre os temas
tratados, estão a ampliação da parceria
entre as duas entidades na área de melhoramento
genético e a promoção da raça
em eventos daquele país. Ficou definido
que ainda este ano o Colégio de Jurados
da Raça Girolando realizará pela primeira
vez, na Bolívia, o curso para formação
de jurados. A capacitação será voltada
para criadores e técnicos. De acordo com
o subcoordenador Técnico da Asocebu
Guilhermo Agramont Méndez, a demanda
pelo Serviço de Registro Genealógico
de Girolando vem crescendo nos últimos
meses com a entrada de novos criadores
para a raça. Para atender a demanda em
toda a Bolívia, a entidade estuda ampliar o
número de técnicos responsáveis pelos registros
de Girolando, que hoje é de cinco
profissionais. A equipe responsável pelo
registro foi treinada pela Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando graças
a uma parceria firmada em 2015 entre as
duas entidades.
Mais genética
Fêmeas Girolando oriundas do programa
Mais Genética passaram por avaliação e
inspeção. O trabalho foi conduzido em
propriedades rurais do Sul e Sudoeste de
Minas Gerais pelo superintendente Técnico
da Girolando, Leandro Paiva. Todas as
visitas foram acompanhadas pelo coordenador
do Mais Genética, Eliandro Lima,
que está à frente do programa desde sua
implantação. Durante as visitas aos rebanhos
foram selecionadas 20 bezerras e novilhas
da raça que serão expostas na Megaleite
2023, que acontecerá de 7 a 10 de
junho, em Belo Horizonte/MG. Durante
a exposição, será realizada a inseminação
de número 200 mil do programa Mais
Genética.
Uso de touros Girolando
O programa tem como objetivo melhorar
a qualidade genética dos rebanhos de pequenos
produtores, por meio da inseminação
artificial. Os produtores recebem
gratuitamente doses de sêmen de touros
provados e com a prestação de serviço de
inseminação, que atualmente é realizada
por 127 inseminadores que atuam em 117
municípios mineiros. Cerca de 70% do
sêmen utilizado no programa é de touros
Girolando participantes do PMGG.
Segundo o deputado federal Emidinho
Madeira, o apoio da Girolando é fundamental
para o avanço do Mais Genética
no estado. Ele é idealizador do programa,
que ainda conta com o apoio do Governo
do Estado de Minas Gerais, de diversas
prefeituras municipais, da Emater-MG,
do IMA, do Instituto Federal Campus
Muzambinho, de cooperativas locais, de
várias empresas de genética, dentre outras
instituições.
Chip no rúmen
A quarta edição do Hackathon Inova
Agro, realizado pelo Sebrae/PR e Sociedade
Rural de Maringá (SRM), teve
como vencedora a equipe Smart Bov, que
sugeriu a implantação de um chip no rúmen,
um compartimento do estômago de
bovinos, para monitorar e administrar a
saúde dos animais, visando à qualidade
da produção de leite. É um aplicativo
que verifica o estado de saúde da vaca e a
qualidade do leite, com informações obtidas
por meio de um chip introduzido no
rúmen, uma parte do estômago, de cada
animal Ao todo, foram 170 inscritos, que
se dividiram em 31 equipes.
Crédito rural
O Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) anunciou
um aumento nos recursos disponíveis
para a linha de financiamento rural em
dólar com taxa fixa desenvolvida em parceria
com o Ministério da Agricultura e
Pecuária. Com mais R$ 2 bilhões suplementares,
a linha BNDES Crédito Rural
na modalidade com referencial de custo
em dólar chegará a um total de R$ 4 bilhões.
Para receber o crédito, o agricultor
deve possuir receitas em dólar ou atreladas
à moeda americana, visando reduzir
riscos cambiais. Essa verificação será realizada
pelo agente financeiro. O custo final
partirá de cerca de 7,59% ao ano, mais
variação cambial. Os prazos totais vão de
25 a 120 meses, com carência de até 24
meses.
Capacitação Emater
Mais de 60 técnicos da Emater/GO e Senar
participaram do “Treinamento Raças
Zebuínas e Cruzamentos”, em abril. Eles
conheceram as vantagens do Girolando e
as estratégias de cruzamento para produzir
a raça a partir da genética Gir Leiteiro.
O tema foi abordado pelo coordenador
Operacional do PMGG, Edivaldo Ferreira
Júnior. Outras palestras ministradas
por técnicos da Associação Brasileira
dos Criadores de Zebu (ABCZ) tiveram
como tema o panorama do mercado do
leite, evolução do zebu leiteiro, leite A2 e
cruzamentos. Os participantes ainda fizeram
uma visita à Fazenda Estância K,
que é associada da Girolando. O evento
foi promovido pela ABCZ e Emater e teve
a Associação Brasileira dos Criadores de
Girolando entre as entidades parceiras.
16
17
REVISTA O GIROLANDO
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES
Pacote nutricional
A Tortuga, uma marca DSM, desenvolveu
por meio de pesquisas de ponta o
Feproxi, pacote nutricional composto
por betacaroteno, vitamina E e Selênio.
O Feproxi visa melhorar os índices
reprodutivos, a saúde e, consequentemente,
a lucratividade da fazenda uma
vez que teremos vacas com melhores
índices reprodutivos, produzindo mais
leite ao longo de sua vida produtiva.
Cerca para silo
Cercar a área do silo é uma medida de
proteção indispensável. Mas é preciso
fazer um cercamento de qualidade
para não se arrepender mais tarde. A
Belgo Arames desenvolveu a tela Belgo
Javaporco®, cerca inteligente e versátil,
com 11 fios na horizontal, que comprovadamente
impede a invasão de
animais. Além disso, entrega alta durabilidade
devido à camada pesada de
zinco e alta resistência ao impacto de
animais de médio e grande porte, além
de ser um produto de fácil instalação e
manutenção.
Antiparasitário Duplatak
A JA Saúde Animal lançou o “Duplatak”,
um ectoparasiticida pour on à
base de Fipronil e Fluazuron, indicado
para o combate dos principais parasitas
externos dos bovinos (carrapatos,
moscas e bernes). O produto chega ao
mercado com inúmeras vantagens, incluindo
sua rápida ação após aplicação,
efeito duradouro (por mais de 50 dias),
ação antiparasitária potencializada e
menor risco de resistência, por aliar
dois antiparasitários em sua fórmula.
Pode ser utilizado em praticamente todas
as categorias animais (com exceção
dos bezerros com menos de 3 meses de
vida).
Programas estratégicos
Com um posicionamento inovador e
técnico, a Alta desenvolve as melhores
ferramentas de suporte para a tomada
de decisões dentro da fazenda. A empresa
oferece programas estratégicos
para auxiliar o produtor, como o Alta
Gestão, Alta GPS e Alta Cross Mate.
Ainda conta com programas como
Alta Cria, Concept Plus Leite, programas
de Consultoria, como o Alta Advantage
e o Plano Genético para auxiliar
as fazendas em seu dia a dia. Esse
é um pacote de soluções desenvolvido
para que o produtor consiga, com todo
o suporte oferecido pela Alta, ter um
rebanho extremamente produtivo e lucrativo.
Mulheres do agro
A mato-grossense Suellen Jacobsen estreou
sua coleção de roupas voltadas às
mulheres conectadas com o universo
do Agro: a marca FOAL. Vivenciando
de perto a experiência de vestuário das
mulheres do agronegócio, vem com o
propósito de ajudá-las a resgatar seu
estilo: forte e produtivo, conectando-
-as a uma só essência, na cidade e no
campo. A coleção da Grife FOAL pode
ser vista no perfil da empresa no Instagram
@foalleather.
Nutrição de plantas
A Mosaic Fertilizantes possui uma linha
exclusiva para a nutrição das plantas
forrageiras e de cultivares para produção
de silagem, feno e pré-secado. A
Mpasto é uma linha de produtos pensada
e formulada com tecnologias que
atendem, de maneira completa e eficiente,
as necessidades das plantas forrageiras,
além da alta qualidade física
dos grânulos, melhorando a eficiência
no momento da adubação.
Pneus agrícolas
Projetados para uso nas condições
mais adversas do ambiente rural como
lama, pedras, terra solta, poeira e terrenos
irregulares, os pneus agrícolas
geralmente possuem uma banda de
rodagem robusta e profunda, que proporcionam
mais tração e aderência. De
acordo com o Ezequias Távora, coordenador
agrícola da DPaschoal, um
equipamento que não esteja operando
com os pneus corretos e em condições
regulares pode sofrer uma evidente
queda no desempenho, oferecer riscos
à segurança de seu operador, além de
desgastes, comprometendo a durabilidade
e gerando custos inesperados. Em
solos secos, são mais comuns o uso de
pneus R-1 para tração, enquanto, para
solos argilosos e úmidos, são indicados
os R-1W. Essas opções são comercializadas
pela Dpaschoal em todo o país.
Ordenha automatizada
O Lely Astronaut, robô referência na
ordenha automatizada, foi criado para
permitir aos animais o fluxo livre (Free
Cow Traffic). Esse sistema faz com que
as vacas façam sua própria rotina e tenham
mais tempo para descansarem,
colabora para um baixo índice de estresse
animal e melhora o ambiente de
ordenha. Entre outros benefícios, há as
melhorias de gestão e tomadas de decisões
mais corretas.
18
19
REVISTA O GIROLANDO
Trator
A Agritech lançou o trator na versão
compacta com motor de 75 cv para a
cafeicultura. O novo trator da Agritech
faz parte da linha AGT 75. O modelo
compacto conta com nova motorização
Perkins – considerados motores
nacionais já consagrados na agricultura
brasileira. Tem garantia de até 3
anos e facilidade na manutenção, pela
disponibilidade de peças de reposição.
O modelo substituirá o modelo
1175 Compacto da marca. A Agritech
também está disponibilizando para a
venda a versão agrícola da nova linha
AGT 75, indicado para o preparo de
solo, para atender pequenas e médias
propriedades.
Contra moscas
As moscas domésticas são a verdadeira
praga do tempo mais quente, especialmente
em instalações rurais, onde
repelentes comuns não são eficientes
ao combate à infestação, exigindo do
produtor uma solução mais potente e
específica. É aí que entra o programa
No Fly Zone (Zona Livre de Moscas),
da Elanco, que propõe um controle integrado
da incidência de moscas para
proteger a saúde e melhorar o bem-
-estar dos animais de produção, e assegurar
a produtividade do animal e
do negócio, evitando perdas por conta
da infestação destes insetos. o processo
inseticida do No Fly Zone atua em
duas frentes: na eliminação das larvas e de Reprodução Animal da Universidade
de São Paulo avaliou a adminis-
das moscas adultas. O responsável pelo
controle das larvas é o Neporex 50SP, tração de somatotropina bovina (bST)
impedindo que elas se desenvolvam e para aumento da taxa de prenhez em
alcancem a fase adulta, e agindo de forma
bastante seletiva, ou Utilização seja, o produto de bST 325 receptoras mg como de estratégia F1 submetidas para ao protocolo
em de receptoras Transferência de embrião de Embrião em
aumento da prenhez
é inofensivo a insetos predadores naturais
das moscas. Já a eliminação destes
Tempo Fixo (TETF). O produto utilizado
foi o Posilac, da Agener União.
insetos em sua fase adulta Foram fica utilizadas por conta
da solução Agita 10 WG, única do
751 novilhas
receptoras F1 (Nelore x Angus) A aplicação foi feita em diferentes momentos
(na remoção do dispositivo de
bST 325 mg
localizadas em duas fazendas
bST 325 mg D9
mercado que une em sua comerciais composição
localizadas nos
estados do MS e BA,
açúcar e feromônio sexual para atrair P4 e no momento da transferência do
bST 325 mg
pertencentes ao grupo
bST 325 mg D18
as moscas e eliminá-las Agropecuária com extrema Jacarezinho. Os embrião) do protocolo para prenhez
animais foram divididos em
rapidez, sem representar riscos à saúde na transferência de embriões (P/TE) e
quatro grupos:
bST 325 mg
bST 325 mg
bST 325 mg D9 e D18
de animais ou pessoas.
o peso corporal (PC) em receptoras de
cruzamento de F1. Um total de 751 novilhas
cruzadas REPRODUTIVOS (Angus x Nelore) com
Eficiência em Metano
RESULTADOS
CONSOLIDANDO AS DUAS FAZENDAS
14 meses de idade de fazendas localizadas
no MS e BA (Agropecuária Jacarezinho,
Brasil) foram utilizadas para o
A
A
B
39, 9 %
B
36,6%
30,5%
estudo.
24,2%
PRENHEZ
POR TE
(%)
30 DIAS
PRENHEZ
POR TE
(%)
60 DIAS
Como resposta às crescentes críticas
sociais e políticas focadas no agro, a
Semex está introduzindo uma solução
genética que reduzirá a emissão
de metano de seus animais em 20% a
30% até 2050. Os usuários globais do
programa genômico Elevate® da Semex
receberão, automaticamente, o índice
de Eficiência em Metano para todos
os animais testados genomicamente.
Além disso, o índice estará disponível
para todos os touros da raça Holandesa
já nas provas de abril deste ano. Assim,
os produtores terão uma solução clara
e objetiva para a redução mais rápida
da emissão de metano em seus rebanhos.
A Lactanet publicou os valores
genéticos para Eficiência em Metano.
Produtores poderão utilizar estes dados
genéticos para reduzir significativamente
a emissão de metano em seus
rebanhos. Para touros com avaliação
genômica, a confiabilidade da característica
é de 70% e estima-se que a seleção
genética, por si só, poderá reduzir
as emissões de metano entre 20% e
30% até 2050.
REBEIS et al., 2022. Trabalho aceito para publicação nos anais da SBTE 2022.
Aumento de prenhez
Estudo conduzido pelo Departamento
Protocolo 37/153
56/153bST
CONTROLE bST 325 mg D9 D18
Prenhez por TE (%) em 60 dias
bST 325 mg
B
17,8%
27/152
A
24,8%
B
19,8%
No início do protocolo AGRADECIMENTOS: de TE (D0), as
novilhas receberam um dispositivo de
P4 intravaginal reutilizado (3º uso) e 2
mg de benzoato de estradiol (BE). Após
9 dias (D9), o dispositivo de P4 foi removido
e as novilhas receberam 2,5 mg
de dinoprost e 0,3 mg de cipionato de
estradiol (CE). Ao mesmo tempo, as
novilhas foram aleatorizadas de acordo
com PC (307,9 ± 1,33) e ECC (2,98 ±
0,01) e alocadas em quatro tratamentos
usando um design fatorial 2x2: 1) Controle
(n=183): nenhum tratamento; 2)
bSTD9 (n=187): tratamento de 325 mg
de bST em D9; 3) bSTD18 (n=190):
tratamento de 325 mg de bST ®em D18;
e 4) bSTD9-D18 (n=191): tratamento
de 325 mg de bST em D9 e D18. Em
conclusão, a administração da bST em
nove dias (remoção do dispositivo P4)
melhorou a P/TE em destinatários de
cruzamento de raças. Além disso, a
administração da bST em 18 dias aumentou
o peso corporal registrado no
diagnóstico de prenhez. Em breve, serão
publicados resultados de estudos
feitos com o Posilac, da Agener União,
também em rebanhos leiteiros.
A
27,6%
38/153 32/162 43/156
bST 325 mg D9 + D18
CONTROLE bST 325 mg D9 bST 325 mg D18 bST 325 mg D9 + D18
20
21
REVISTA O GIROLANDO
ENTREVISTA
por Larissa Vieira
FAZUNEWS
Evite perdas no rebanho
por clostridioses
Dentro do manejo sanitário do rebanho leiteiro é essencial,
a prevenção das doenças causadas por bactérias do
gênero Clostridium, popularmente conhecidas como clostridioses,
pois elas levam à queda de produção e até mesmo
à morte dos animais. Em entrevista à revista Girolando, a
médica-veterinária, mestre, doutora em Saúde Animal e
professora da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba),
Pollyanna Mafra Soares, fala sobre diagnósticos, tratamentos
mais indicados e a forma correta de vacinar o rebanho
contra as clostridioses.
Girolando
Pollyanna Mafra
Soares
Clostridioses traz muitos prejuízos
para o rebanho leiteiro?
Existem diversos tipos de clostridioses,
podendo causar várias
doenças em bovinos que afetam
negativamente o rebanho, implicando
em baixo desempenho produtivo
dos animais, com queda na
produção leiteira e até mesmo a
morte dos bovinos. Vale ressaltar
que as clostridioses são doenças
de evolução rápida e letal, portanto,
nem sempre os tratamentos
são eficazes, desencadeando
uma alta mortalidade no rebanho
e grandes perdas econômicas. Entre
as doenças causadas estão as
mionecrosantes (carbúnculo sintomático,
gangrena gasosa e edema
maligno), as entéricas/enterotoxêmicas
(enterite hemorrágica e
Girolando
Pollyanna Mafra
Soares
enterotoxemia), as hepatonecróticas
(hepatite necrónica e hemoglobinúria
bacilar) e as neurotrópicas
(botulismo e tétano).
Como fazer o diagnóstico
dessas doenças?
O diagnóstico para clostridioses
é pautado principalmente
nos sintomas apresentados pelos
animais, no entanto o diagnóstico
laboratorial é necessário para
a confirmação dos sinais clínicos
em alguns tipos de clostridioses,
com exceção do tétano, cujos sintomas
são a principal ferramenta
de diagnóstico. As clostridioses
mais comuns que acometem os
rebanhos bovinos são: botulismo,
tétano, gangrena gasosa e carbúnculo
sintomático (manqueira).
No caso da gangrena gasosa (in-
20
22
Girolando
Pollyanna Mafra
Soares
Girolando
Pollyanna Mafra
Soares
Girolando
Pollyanna Mafra
Soares
Girolando
Pollyanna Mafra
Soares
Girolando
Pollyanna Mafra
Soares
fecção exógena) e do carbúnculo
sintomático (infecção endógena),
os sintomas são muito parecidos,
tais como febre, apatia, anorexia,
depressão e manqueira quando o
membro é atingido, além de áreas
de massas musculares afetadas
apresentarem-se crepitantes e
com inchaço local.
O botulismo pode levar à
morte?
Sim. O índice de mortalidade
é em torno de 15% em rebanhos
não vacinados. Trata-se de uma
infecção causada pela ingestão
de toxina botulínica, portanto, o
curso da doença será dependente
da quantidade de toxina ingerida,
podendo ser de horas após sua ingestão
ou até duas a três semanas.
O animal com botulismo apresenta
paralisia flácida, apresentando:
pupilas dilatadas; mucosas secas,
diminuição da salivação; flacidez
na língua, parada na alimentação;
dificuldade de locomoção com
incoordenação motora; paralisia
nos membros posteriores, podendo
evoluir para os membros anteriores,
fazendo com que o animal
permaneça deitado, tendo dificuldades
ou não conseguindo se
levantar. Com a evolução da doença,
além do animal permanecer
deitado, ele apresenta dificuldade
para respirar, e sua morte geralmente
é causada por insuficiência
e parada respiratória. Para confirmação
por diagnóstico laboratorial
pode ser avaliado o conteúdo
ruminal (investigação da
presença de toxinas no conteúdo
alimentar), fragmentos de fígado
(não metaboliza toxina botulínica)
e até mesmo o alimento
suspeito de ter desencadeado a
doença que foi fornecida para o
animal.
E como o tétano ocorre?
O tétano, ao contrário do botulismo,
é causado pelo contato
de feridas que não estão com
assepsia adequadas com esporos
de Costridium tetani que estão
presentes no ambiente, além de
apresentar uma paralisia espástica.
Este tipo de paralisia causa
o aparecimento de contraturas
musculares, rigidez, dificuldades
locomotoras, ranger dos dentes,
parada na alimentação, espasmos
musculares, sensibilidade,
expressão facial alterada, cauda
bandeira, orelhas eretas, alterações
nas frequências cardíaca e
respiratória e evolução para óbito.
Qual o manejo sanitário indicado
para esses casos?
As medidas de controle e profilaxia
são indicadas para conter
o avanço da doença. São elas: vacinação
sistemática do rebanho,
correto manejo alimentar com
oferta de alimentos de boa qualidade
e com ótimo estado de conservação,
limpeza e desinfecção
do ambiente, correto destino para
animais mortos com a eliminação
das carcaças da área de pastagem.
O tratamento traz resultados
efetivos? Quais são os mais indicados?
De maneira geral, os tratamentos
são baseados no uso de antibióticos,
fluidoterapia oral/intravenosa
e antitoxinas (botulismo e
tétano), no entanto, como a doença
possui uma evolução rápida,
nem sempre os tratamentos são
eficazes, levando o animal a óbito
ou a sequelas pós-tratamento que
podem comprometer o desempenho
produtivo do animal.
A vacinação seria a forma
mais eficaz contra essas enfermidades?
A vacina é um dos principais
métodos preventivos para a clostridioses,
porém a escolha correta
da vacina é ideal para uma prevenção
eficiente. Não é neces-
2321
REVISTA O GIROLANDO
Girolando
Pollyanna Mafra
Soares
sário vacinar os animais contra
todos os tipos de clostridioses,
pois não é o número de estirpes
bacterianas que definem a qualidade
da vacina, mas, sim, a sua
qualidade e a presença dos antígenos
principais e a sua forma
de apresentação ao animal no rebanho
de acordo com o seu local
de produção. Portanto, o valor
comercial não deve ser o único
critério avaliado na escolha da
vacina, devendo-se escolher imunizantes
de eficácia comprovada
no campo. Além disso, devemos
levar em consideração o histórico
de clostridioses no rebanho, caso
houver, visando a definição de
uma vacina mais específica contra
as enfermidades ocasionadas
pelo Clostridium spp. Existem
uma gama de vacinas no mercado,
a maioria polivalentes contra várias
espécies de Clostridium spp.,
mas a sua eficiência está relacionada
ao histórico de clostridioses
no rebanho, bem como sua qualidade
com eficiência comprovada
a campo e a correta aplicação de
acordo com as instruções do laboratório
fabricante.
Quais cuidados tomar na hora
de vacinar os animais?
É importante salientar que o
uso de vacinações simultâneas
pode atrapalhar a reposta em títulos
de anticorpos das vacinas
contra clostridioses. Em trabalho
desenvolvido, em 2021, por Albuquerque
e colaboradores de instituições
públicas de ensino em
parceria com a Embrapa, ficou
constatado que o uso de vacinação
simultânea contra brucelose
e clostridioses, reduziu a eficiência
da vacina contra clostridioses,
pois induziu um decréscimo significativo
nos títulos de anticorpos
contra Clostridium spp.
24
25
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
PASTAGEM
Dra. Eliana Vera Geremia, Doutora em
Ciência Animal e Pastagens e Especialista de Desenvolvimento
de Mercado.da Mosaic Fertilizantes
CARLOS LOPES
Adubação de pastagens nos sistemas de produção animal
Pastagens adubadas contribuem para
maior desempenho dos animais
No Brasil a área de pastagem
ocupa cerca de 154 milhões de hectares
e está presente dentro de todos
os seis biomas brasileiros (Amazônia,
Caatinga, Cerrado, Pantanal,
Mata Atlântica e Pampa).
Segundo dados da Embrapa,
cerca de 95% de toda a carne bovina
brasileira é produzida em regime de
pastagens, aumentando significativamente
a sua competitividade devido
ao menor custo de produção,
além de não competir por grãos
com a alimentação humana. Por
esse motivo, a qualidade das pastagens
tem importância estratégica
para o produtor, uma vez que tem
relação direta com o aumento da
produtividade do rebanho, seja ele
de corte ou leite.
Entre as espécies cultivadas em
nosso território, algumas apresentam
elevado potencial genético
para produção de forragem, quando
suas exigências em fertilidade
do solo são atendidas. O problema é
que grande parte dos solos cobertos
com pastagens no Brasil apresenta
baixa fertilidade e não atende à demanda
de macro e micronutrientes
essenciais para o bom desenvolvimento,
limitando sua produtividade
e, consequentemente, a conversão
em produto animal.
A deficiência de nutrientes
no pasto, combinada com o manejo
incorreto, tem contribuído significativamente
para a perda de vigor
e degradação das pastagens Brasil
afora. Vale lembrar que esse fator
aumenta a contribuição do setor
agropecuário para as emissões dos
gases de efeito estufa no ambiente.
Portanto, para evitar a deficiência
de nutrientes e a degradação
das pastagens, a adubação se
configura como uma estratégia de
manejo necessária para manter o
sistema produtivo saudável e economicamente
viável.
As etapas da produção animal
em pastagem
De maneira geral, a produção
animal em pastagens ocorre em três
etapas: 1) crescimento; 2) utilização
e 3) conversão (HODGSON,
1990). Na etapa de crescimento, a
produção de forragem é dependente
dos recursos do solo, clima e do
tipo de planta. Nessa etapa ocorre
26
27
REVISTA O GIROLANDO
CARLOS LOPES
Portanto, para evitar a deficiência de nutrientes e a degradação das pastagens,
a adubação se configura como uma estratégia de manejo necessária para manter o
sistema produtivo saudável e economicamente viável.
As etapas da produção animal em pastagem
Um solo bem nutrido permite a
formação de pastagens de qualidade.
a absorção dos nutrientes do solo menor eficiência do pastejo, que
e
De
a fixação
maneira
da
geral,
energia
a produção
proveniente
animal em
compreende
pastagens ocorre
a etapa
em três
de
etapas:
utilização
1)
e
do crescimento; sol para a 2) produção utilização e de 3) forragem.
crescimento, Quando a produção essa forragem de forragem é é co-
dependente em produto dos recursos animal. do solo, clima e do
conversão queda (HODGSON, na conversão 1990). Na dessa etapa forragem de
lhida pelo animal temos a etapa de O efeito da adubação nos sistemas
de produção animal a pasto
tipo de planta. Nessa etapa ocorre a absorção dos nutrientes do solo e a fixação da
utilização. Já a conversão nada mais
é que energia a transformação proveniente do sol da para forragem a produção de forragem. Os solos Quando brasileiros essa forragem normalmente
apresentam Já a conversão nada quantidade mais é que limita-
a
é
colhida pelo em animal carne temos ou leite a etapa (Figura de utilização.
1). transformação da forragem colhida em carne da ou leite de (Figura nutrientes; 1). por outro lado,
Recursos: solo,
clima, planta
Figura 1 - Representação das etapas da produção animal em pastagem propostas por
HODGSON, 1990.
Forragem
produzida
Forragem
consumida
Crescimento Utilização Conversão
PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTAGEM
Produto final
Nesse esquema, qualquer ação as forrageiras topicais são bastante
responsivas à adição desses nu-
de manejo realizado em uma dessas
Nesse esquema, qualquer ação de manejo realizado em uma dessas três etapas trará
três etapas trará consequências nas trientes no solo. Por esse motivo,
demais. consequências Por exemplo, nas demais. quando Por exemplo, feita a quando a recomendação feita a adubação equilibrada na etapa de dos
adubação na etapa de crescimento, corretivos e fertilizantes deve ser
teremos maior desenvolvimento e rotineira nos sistemas de produção
qualidade da planta forrageira. Porém,
se não houver ajuste na taxa de O uso de fertilizantes fosfatados
animal a pasto.
lotação (em sistema contínuo), ou é recomendado em várias ocasiões
a redução do período de descanso e atende os objetivos no manejo nutricional
das pastagens. A adubação
dos piquetes (em sistema rotativo),
teremos como consequência uma fosfatada no plantio acelera o estabelecimento
da planta após a germinação
ou implantação via mudas.
Já a adubação de manutenção tem
como prerrogativa repor o fósforo
extraído pela cultura e manter a reserva
do fósforo no solo.
A importância da adubação fosfatada
para o estabelecimento de
pastagem é bem documentada na
literatura. REZENDE et al., 2011,
observaram resposta positiva em
produtividade de massa seca e melhoria
no sistema radicular da brachiaria
brizantha cv. marandu frente
ao tratamento controle.
CARNEIRO et al., 2017, avaliaram
diferentes fontes e doses de
fósforo em capim mombaça e concluíram
que a adubação promoveu
maior altura das plantas, perfilhamento,
produção fotossintética e,
consequentemente, maior produção
de massa seca. Resultados positivos
da adubação fosfatada também foram
encontrados por COSTA et al.,
2017; nesse caso, o capim massai
apresentou maior número de perfilhos
com maior número e tamanho
de folhas.
O potássio geralmente é o segundo
elemento mais extraído do
solo pelas plantas. Em pastagens
os níveis de adubação potássica se
diferenciam conforme o tipo de exploração
da planta. De acordo com
OLIVEIRA 2008, os níveis de extração
em pastagens são muito altos:
cerca de 2% de potássio na matéria
seca da forragem colhida. Porém,
em sistemas de pastejo, boa parte
desse nutriente é reciclado no sistema
via morte de partes da planta,
perdas pelo pastejo, deposição
de fezes e urina. Mesmo assim, a
correção do solo para esse nutriente,
no momento da implantação da
cultura, e a adubação de manutenção
se fazem necessárias para obtermos
maiores índices produtivos.
A deficiência de K pode causar
queda no crescimento e desenvolvimento
tanto da parte aérea (folhas
e colmo), quanto do sistema radicular
das plantas, reduzindo a resistência
e espessura do colmo. No
28
CONHEÇA TODOS OS TOUROS
DA BATERIA DE LEITE TROPICAL 2023
DA SELECT SIRES
ACESSE A VERSÃO
DIGITAL DO NOVO CATÁLOGO
LEITE TROPICAL 2023
@selectsiresdobrasil
select-sires-do-brasil
selectsiresbrasil
A Fonte da Melhor Genética
selectsiresbrasil
www.selectsires.com.br
29
Rua São Nicolau, 230, Pavilhão 6B | Santa Maria Goretti | Porto Alegre - RS | 91030-230 | Fone: 55 51 3222-9688
REVISTA O GIROLANDO
caso de milho para silagem, reduz o
enchimento dos grãos, o que causa
prejuízo no teor de amido das silagens.
O nitrogênio, por sua vez, é um
fertilizante de extrema importância
para os sistemas de produção animal
a pasto, sendo responsável por
incrementos significativos na produção
de massa seca, o que permite
aumentarmos a taxa de lotação e o
ganho animal por área.
CANTO et al., 2009, avaliaram
a produção de bovinos de corte em
recria sob lotação continua em pastagens
de capim Tanzânia adubada
com doses crescentes de nitrogênio
(100, 200, 300 e 400kg ha-1). Os
autores tiveram como resposta um
incremento significativo na produção
de forragem, que permitiu o
aumento da taxa de lotação de 3,2
UA ha-1 na dose de 100kg de N/
ha-1 para 7,1 UA ha-1 para a dose
de 400kg de N ha-1, com um ganho
médio diário de 730g animal/dia.
Para as doses de 200 e 300kg de N
ha-1, o aumento na taxa de lotação
foi de 4,5 e 5,8 UA ha -1 respectivamente.
Com o incremento da taxa
de lotação obtida, os autores constataram,
também, maior produção
animal por unidade de área. Esses
resultados deixam claro o potencial
que o uso de adubos nitrogenados
tem para aumentarmos a produção
animal brasileira.
Vale lembrar que todo e qualquer
incremento obtido via adubação
das plantas forrageiras precisa
ser colhido de forma adequada e
isso implica em ajustes constantes
na intensidade e frequência com
que essa forragem será colhida pelos
animais, através de manejo do
pastejo. Basicamente, a frequência
de pastejo deve aumentar, reduzindo,
assim, o intervalo entre pastejo
dentro de um piquete em sistemas
rotativos ou o intervalo entre uma
desfolha e outra da planta em sistemas
contínuos, para que a eficiência
da utilização da adubação e da
planta forrageira seja garantida.
Mas você deve estar se perguntando:
Por que devo mudar o manejo
do pastejo em áreas que receberam
adubação?
A resposta é simples: quando
a pastagem é adubada, temos um
desenvolvimento mais acelerado
e se mantivermos o mesmo período
de descanso utilizado antes da
adubação, ou a mesma taxa de lotação
animal, teremos um aumento
significativo na participação de
colmo e material morto. Isso, além
de reduzir o valor bromatológico da
forragem, também altera o padrão
de consumo, uma vez que os colmos
atuam como barreira física que
dificulta os animais explorarem de
forma eficiente a pastagem.
Podemos dizer, então, que os benefícios
obtidos através da adubação
em pastagens são:
1) Aumento da produção de
massa de forragem/hectare e ganhos
significativos no valor bromatológico
quando o manejo do pastejo eficiente
é aplicado em conjunto com
a adubação, convertido em maior
produção animal por área;
2) Aumento da produção de forragem
para ser utilizada durante o
período de seca, com uso de adubação
estratégica no fim do período
das águas;
3) Produção de volumoso suplementar;
4) Uso de cultivares forrageiras
mais exigentes e também de maior
produtividade em solos de baixa
fertilidade natural.
Conclusão
A recomendação de adubação
de pastagens não é uma receita de
bolo. Cada solo, região, cultivar, sistema
de produção apresentam suas
particularidades. Por esse motivo,
busque sempre a orientação de um
profissional da área para auxiliar na
correta recomendação da adubação
e também do manejo do pasto e do
pastejo que deverá serão adotados
após a aplicação do fertilizante.
Bibliografia Consultada
CARNEIRO, J.S.S.; SILVA,
P.S.S.; SANTOS, A.C.M.; FREITAS,
G.A.; SILVA, R.R. Response of grass
mombasa under the effect of sources
and doses of phosphorus in the
fertilization formation. Journal of
Bioenergy and Food Science, v.4,
n.1, p.12- 25, 2017.
COSTA, N.L.; JANK, L.; MA-
GALHÃES, J.A.; GIANLUPPI, V.;
FOGAÇA, F.H.S.; RODRIGUES,
B.H.N.; SANTOS, F.J.S. Características
morfogenéticas e acúmulo de
forragem de Megathyrsus maximus
x M. infestum cv. Massai em resposta
à adubação fosfatada. Anais...
XII Congresso Nordestino de Produção
Animal.
OLIVEIRA, P.P.A; PENATI,
M.A; CORSI, M. Correção do solo
e fertilização de pastagens em sistemas
intensivos de produção de leite.
Embrapa, 2008.
SANTOS, M.E.R & FONSECA,
D.M. Adubação de pastagens em
sistemas de produção animal. Ed.
UFV, Viçosa, 2016.
30
31
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
SUSTENTABILIDADE
Deisiane Soares Murta Nobre, Médica Veterinária pela USP,
com especialização em Clínica de Bovinos e mestrado em Clínica Veterinária
pela USP, e MBA em Análise e Ciência de Dados pela ESALQ. Analista de Dados
do SobControle Fazenda e tesoureira da Associação Paulista de Buiatria.
DIVULGAÇÃO
Pecuária leiteira sustentável é eficiência da produção
Instalação de placas solares em
fazendas vem crescendo
Embora “sustentabilidade” seja a
palavra do momento, muitos criadores
acreditam que sua aplicação
na produção leiteira é limitada.
O significado por vezes é distorcido,
deixando a sensação de que
esse conceito é contra as atividades
agropecuárias. Na verdade,
sustentabilidade significa manter
uma atividade econômica de modo
que os recursos sejam utilizados e
não se esgotem para as gerações
seguintes. Analisando dessa forma,
que é muito mais correta, é
fácil perceber que a sustentabilidade
está completamente alinhada
com o agronegócio. Manter os
recursos para as gerações futuras,
juntamente com o retorno econômico,
e provendo alimentos e outros
produtos para a humanidade,
sempre foi o compromisso desse
setor.
Tendo em vista que a população
mundial aumenta a cada ano,
obviamente há um acréscimo da
demanda por produtos de origem
animal – entre eles, o leite. Isso
requer expansão da produtividade
e/ou da área destinada à criação.
Porém, o aumento da produção
tem como consequência a multiplicação
dos resíduos provenientes
da atividade.
Dessa forma, é crucial que a
produção de tais resíduos seja diminuída
ou que ocorra a reciclagem
desses dejetos. Esse conceito
de “reciclagem” dos recursos é a
base da chamada economia circular.
Ou seja, a atividade tem que
ser rentável, mas os resíduos precisam
ser aproveitados de alguma
forma benéfica e que minimize os
impactos causados na natureza.
Medidas sustentáveis têm sido
aplicadas há anos na produção do
leite brasileiro, e são práticas que,
unidas, fazem grande diferença no
impacto ambiental. Instalações do
tipo compost barn são um grande
exemplo. Nesse sistema, as camas
revolvidas promovem a fermentação
dos dejetos, podendo ser
aproveitadas como fertilizantes
para a própria produção de componentes
da dieta desses animais.
Trata-se de uma forma “artificial”
de promover o que já acontece na
natureza: o reaproveitamento dos
32
resíduos e a transformação em
algo que será utilizado novamente.
Em uma produção sustentável,
os processos utilizados ajudam a
não sobrecarregar o solo e a água,
de forma que possam reciclar os
nutrientes sem que haja poluição.
Assim, a economia circular é aplicada
na própria fazenda.
A biodigestão é um outro processo
para o reaproveitamento
dos dejetos de forma a manter
um ciclo de nutrientes dentro da
propriedade. Os biodigestores são
equipamentos que utilizam o esterco
como matéria-prima, o qual
é metabolizado por bactérias que
formam o biogás. O biogás, por
sua vez, é um combustível que
pode ser utilizado tanto para gerar
energia dentro da propriedade
quanto pode ser comercializado.
Há fazendas que utilizam o biogás
como combustível das máquinas
agrícolas. Em alguns países, como
a Alemanha, a produção de biogás
por biodigestores é uma importante
fonte de renda em fazendas
de leite. Além disso, os efluentes
gerados nos biodigestores possuem
capacidade fertilizante, o
que também ocorre com o uso de
esterqueiras. Assim, observa-se de
forma exemplar a capacidade circular
da natureza.
Outra forma sustentável de geração
de energia é a utilização da
energia fotovoltaica, popularmente
conhecida como energia solar.
Subsídios governamentais nos
últimos anos vêm disseminando
a instalação de placas solares em
fazendas. O Brasil possui grande
potencial de aumento do uso desse
tipo de energia, que é renovável
e não gera resíduos, devido à alta
incidência de luz do sol no território
nacional.
Um dos conceitos mais relacionados
ultimamente à produção
sustentável é o crédito carbono.
Trata-se de um certificado que
pode ser adquirido quando há
uma redução da emissão de gases
do efeito estufa, os quais causam
o aquecimento do planeta e possuem
carbono em sua composição.
Esse certificado pode ser comercializado
e ser mais uma fonte
de renda para o pecuarista que
implementar práticas mais sustentáveis
em sua fazenda. No caso da
pecuária bovina, o metano é o gás
do efeito estufa de maior preocupação.
Esse gás é produzido pelo
sistema gastrintestinal dos bovinos,
sendo lançado ao ambiente
principalmente pela eructação
(“arroto”) dos animais.
Muitas tecnologias têm sido
desenvolvidas para promover a diminuição
dos efeitos do gás metano
causados pela pecuária, baseadas
em ações em diversas frentes:
genética, nutricional e ambiental.
A genética busca desenvolver animais
mais produtivos, implicando
em menos animais para uma mesma
quantidade de leite produzida,
além da seleção genética para
maior conversão alimentar. O
melhoramento genético também
deve ser aplicado na agricultura,
para a obtenção de pastagens com
melhor digestibilidade e maior retenção
do carbono no solo. Em relação
à dieta, aditivos alimentares
têm sido desenvolvidos para que
ocorra menor emissão do metano.
O ambiente pode promover
melhor retenção do carbono em
sistema de produção silvipastoril
(integração lavoura-pecuária-floresta).
O metano emitido é neutralizado
em boa parte pelo consumo
vegetal. A eficiência produtiva da
terra também é maximizada, visto
que há constante reciclagem de
nutrientes pelas espécies vegetais
que fixam oxigênio. A simples rotação
de pastagens também pode
ser utilizada para menor impacto
sobre os nutrientes do solo, aliada
à maior qualidade nutricional
para os animais. A redução do
desmatamento e a atenção às normas
ambientais contribuem para
a absorção do carbono emitido.
Para o menor uso da terra, algumas
propriedades têm também
utilizado a forragem hidropônica,
em produção semelhante à de hortaliças.
Infelizmente, ainda há pouco
destaque para a saúde animal
como elemento de sustentabilidade.
Manejo sanitário inadequado
leva à perda de recursos, ao aumento
de resíduos e, consequentemente,
impacta na sustentabilidade.
A saúde da vaca leiteira
impacta diretamente em sua produtividade.
Todo produtor já teve
problemas com a “quebra do leite”
de animais doentes. Os impactos
podem ser não apenas produtivos,
com também reprodutivos. O
animal consome recursos sem que
haja uma compensação financeira
suficiente em sua produção. Além
disso, há um grande problema de
resíduos de medicamentos. Uma
vaca em tratamento não apenas
gera o descarte do leite no período
de tratamento, como também no
período de carência. O leite, fezes
e urina desses animais são eliminados
no ambiente, atingindo o
solo e seus microrganismos. Os
impactos de antibióticos utilizados
na produção animal sobre as
bactérias do ambiente são alvo de
grande preocupação de órgãos de
saúde e meio ambiente. Descarte
de embalagens de defensivos e fertilizantes
também deve ser realizado
em locais adequados, devido
ao impacto sobre o solo e lençóis
freáticos.
O uso racional da água recebe
grande foco do agronegócio
sustentável. O criador sabe que é
necessária grande quantidade de
água para a produção de leite, que
vai desde a obtenção de alimento,
passando pelo consumo direto pelos
animais, a limpeza dos equipamentos
de ordenha e as instalações
da propriedade. Deve-se
evitar deixar os animais consumirem
a água diretamente de rios e
lagos, devido às sujidades que podem
levar aos cursos d’água. Cochos
adequados e limpos devem
ser acessíveis a todos os animais.
33
REVISTA O GIROLANDO
CARLOS LOPES
Oferta de água de qualidade aos animais é
essencial para boa produção do rebanho
Para a limpeza dos equipamentos
de ordenha, deve-se também utilizar
água limpa de primeiro uso.
Na limpeza de instalações, entretanto,
deve-se priorizar a água de
reuso, e fazer o uso dos resíduos
(biodigestores, esterqueiras) para
não os lançar diretamente no ambiente
e contaminar lençóis freáticos.
O uso racional dos recursos
está diretamente relacionado a
uma gestão eficiente da fazenda.
Uma produção com mínimo desperdício
é uma das premissas de
empresas que possuem maior grau
de eficiência em sua produção.
Esse conceito se iniciou na indústria,
com o nome de “manufatura
lean”, mas atualmente é aplicado
em todos os setores da economia,
inclusive agricultura e pecuária.
O aproveitamento eficiente dos
recursos, inicialmente, gera maior
lucro; entretanto, uma consequência
muito positiva dessas práticas
é justamente a redução de resíduos,
que tem sido um grande ganho
quando extrapolada para a pecuária.
Desse modo, entende-se por
eficiência o uso racional dos recursos
com a mínima geração de
resíduos e excelente lucratividade,
e não apenas a alta produção.
Pode-se dizer, portanto, que uma
fazenda eficiente é uma fazenda
mais sustentável. Mas, afinal,
como coordenar o processo de
melhoria da eficiência de uma
propriedade leiteira? A base para
a eficiência é o gerenciamento sistemático
e ágil das informações da
propriedade. Como os processos
estão todos interligados – dieta,
reprodução, produção etc. – a coordenação
e a sincronização dos
dados em tempo real, tanto dos
eventos quanto do manejo, possibilitam
a produção de leite rentável
e sustentável. Sistemas digitais
para o gerenciamento da produção
facilitam esse processo e também
são mais sustentáveis, pois reduzem
a necessidade do uso do papel
e de processos demorados feitos
em planilhas. A própria forma de
gerenciamento deve ser sustentável/eficiente
para que todo o ciclo
tenha um fluxo de qualidade.
Diante do exposto, cabe a todos
os envolvidos nessa atividade
– criadores, veterinários, zootecnistas,
agrônomos, empresas
de genética e nutrição, laticínios,
consultores, gestores, entre outros
– se conscientizarem e iniciarem
uma implementação concreta e
coordenada de práticas sustentáveis.
Assim, possibilita-se que as
gerações futuras tenham recursos
para produção constante e regular
de alimentos e consigam suprir as
demandas de mercado.
34
Sêmen disponível:
Tel. (16) 2105-2299
www.crvlagoa.com.br
LAGARTO - GPTA leite - 1.005
com confiabilidade de 77,65%
GIROLANDO 3/4
TESTE DE PROGÊNIE
A2A2
LAGARTO HUNTER da IFQ
Mãe: AMORA da IFQ | 14.315kg/365d
NEGRA LAGARTO DA IFQ
NASC 01/03/20
IFQ - 1456 | 3/4
ANGEL LAGARTO DA IFQ
7315-BK | 3/4
NASC 20/02/20
SAICA LAGARTO DA IFQ
6671-BG | 3/4
NASC 27/04/18 - PARIU 06/05/21
8.593 KG / 365 DIAS – 1º CRIA
35
VOCÊ SABIA QUE É POSSÍVEL
AUMENTAR A PRODUÇÃO DE LEITE
E AINDA CONTRIBUIR PARA
UM MUNDO MELHOR?
Produção
de leite
36
www.agener.com.br | SAC: 0800 701 1799
Consulte sempre um Médico Veterinário
Gases do
efeito estufa
A mesma vaca
produz mais,
emite menos
metano e gera
mais lucros!
DA
REDUTOR
D
DE CARBONO
CARBONO
DE PEGADA
e
agora são, comprovadamente,
REDUTORES DA PEGADA DE CARBONO.
Os produtos que impulsionam
a produtividade nos rebanhos
leiteiros conquistam o selo que
certifica seu compromisso com
a sustentabilidade ambiental.
37
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GENÉTICA
Nelson Eduardo Ziehlsdorff,
presidente da Associação Brasileira de Inseminação
Artificial (Asbia).
DIVULGAÇÃO
Mercado do leite prova o sabor do investimento em genética
O investimento em genética é um
dos responsáveis pelo cenário atual do
mercado do leite no país, o melhor dos
últimos quatro anos. Na média ponderada,
os preços ao produtor fecharam
2022 em R$ 2,65. E se mantêm firmes até
o momento, retomando o ânimo perdido
por altos e baixos recentes.
O produtor reconhece que o melhoramento
genético é um agente importante
nesse processo, pois tem custo
baixo (entre 1,5% e 2,5%) e efeito vantajoso
a longo prazo para a evolução do
projeto pecuário – aprimora a qualidade
do plantel e deixa um(a) bezerro(a).
Mais do que isso, a genética se perpetua
no plantel, sendo repassada para as próximas
gerações.
Esses benefícios são potencializados
pela evolução das técnicas reprodutivas,
como o sêmen sexado, que possibilita a
escolha do sexo do bezerro, colaborando
enormemente para a velocidade de
renovação do plantel.
Estamos vivendo uma transformação
positiva na pecuária leiteira. Há
propriedades com 100, 300 ou 500 vacas
com média de produtividade superior a
40 litros de leite. É algo fantástico e inimaginável
até pouco tempo atrás. Esse
dado também mostra como o efeito da
genética melhoradora é contínuo e rápido.
É vital que todos os produtores entendam
a importância do investimento
na multiplicação da genética superior.
A inseminação e outras biotecnologias
reprodutivas podem colaborar com o
crescimento de pequenos pecuaristas,
potencializando seus ganhos, e com médios
e grandes projetos, os consolidando
ainda mais no setor de produção leiteira.
O caminho natural é a democratização
cada vez maior do acesso às tecnologias
de reprodução, com acesso facilitado
a todos os tamanhos de projeto. Atualmente,
há menos criadores, mas a oferta
de leite continua aumentando. Esse é o
fruto de animais ainda mais produtivos.
Além dos ganhos de produtividade,
esse aporte de tecnologia proporciona
ganho de escala, contribuindo para a redução
dos custos em uma atividade em
que cada centavo faz a diferença.
Mas, claro, os investimentos serão
maiores à medida que a rentabilidade
também crescer. Nossa expectativa é que
os preços ao produtor devam continuar
em alta pelo menos por mais dois ou três
meses. Um passo de cada vez.
Contribui para esse momento positivo
a relativa estabilidade dos custos de
produção – responsáveis por pesadelos
em muitos momentos. Teremos excelente
safra de milho e soja, o que deve segurar
o aumento dos preços. Bom para os
produtores de leite.
Outra boa notícia é a possível inclusão
do leite na merenda escolar. Se sair
do papel, essa medida terá duplo impacto:
aumentará a demanda interna e fornecerá
aos estudantes – especialmente
os mais carentes – um alimento essencial
e de alta qualidade.
O Brasil é um dos maiores produtores
mundiais do leite. São 35 bilhões de
litros por ano. O consumo interno está
em torno de 170 litros por habitante/
ano, ainda aquém das exigências da
FAO. Porém, se trata de uma atividade
de ciclos. E o atual é positivo, que nos
permite voltar a falar, inclusive, em exportação.
Para isso, é essencial que os investimentos
em genética continuem, assim
como os cuidados com nutrição, sanidade,
conforto e bem-estar animal. Mais
produtividade significa menos custos e
com isso mais rentabilidade e motivação
para os criadores investirem. E isso
é bom para todos.
38
39
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
TECNOLOGIA
Larissa Vieira
DIVULGAÇÃO
Uso de drones na pecuária
Um drone de pulverização sobrevoa
pela primeira vez a lavoura de
milho da Fazenda Olhos D’Água, localizada
em Pompéu, região central
de Minas Gerais. Como as chuvas
foram intensas na região nos meses
de dezembro e janeiro e a lavoura
já estava alta, o criador Alexandre
Freitas optou por não pulverizar
com trator para não correr o risco
de as plantas serem amassadas e,
consequentemente, ter a produção
reduzida. “Nesta época do ano, sempre
encontramos muita dificuldade
em fazer as pulverizações com trator
nos momentos mais adequados,
seja pela ausência de dias com sol,
seja pelo fato de as lavouras já estarem
com uma altura muito elevada.
A opção foi utilizar os drones para
pulverizar parte da lavoura. O resultado
tem sido surpreendente e certamente
será mais uma tecnologia
que utilizaremos na propriedade”,
assegura Freitas, que é selecionador
da raça Girolando.
Dos 32 hectares de lavoura, o
drone pulverizou em 10 hectares.
Foi feita a aplicação de adubo foliar
e de inseticidas para lagarta e cigarrinha.
Toda a safra de milho vai para
a produção de silagem, para alimentar
o rebanho da Olhos D´Água,
que hoje conta com um plantel de
400 animais Girolando registrados.
“Como temos maquinário, a pulverização
com trator fica mais barata
e consigo jogar mais produto. Mas,
analisando as perdas que teria em
não pulverizar as áreas inviáveis
para uso do trator, como o aparecimento
de pragas, por exemplo, o
custo de uso do drone é totalmente
viável”, garante o criador.
Os preços variam conforme a
região e o tipo de serviço prestado,
mas, em média, a pulverização com
drone em Minas Gerais está entre R$
140,00 e R$180,00 por hectare.
Na visão do coordenador de Graduação
em Agrocomputação e de
Pós-graduação em Agricultura de
Precisão das Faculdades Associadas
de Uberaba (FAZU), Matheus Oliveira
Alves, as diversas vantagens
da tecnologia compensam o investimento.
“Os drones vêm ganhando
espaço entre os pecuaristas porque
Drone pulverizador de lavoura
dão uma visão ampla da lavoura e
do pasto, permitindo identificar
com antecedência os pontos que
precisam de maior atenção”, diz Alves.
Entre os vários usos do equipamento,
está o mapeamento. Com
base nas imagens precisas coletadas
de vários pontos da fazenda, o profissional
consegue correlacioná-las
com os outros dados, obtidos por
meio de satélites ou mapeamento digital
da lavoura. Com isso, é possível
identificar precocemente problemas
na plantação, como falhas de plantio,
pragas e doenças. “Por fazer um monitoramento
rapidamente, mesmo
em áreas maiores, o drone dá mais
agilidade e precisão ao diagnóstico
que as imagens de satélites, por
exemplo. Assim, o agricultor pode
tomar medidas com maior assertividade,
visando o bom desenvolvimento
das plantas e a produtividade
da safra”, diz o professor da FAZU,
que, em 2016, ganhou um prêmio
internacional na Drone Show Latin
America por ter desenvolvido metodologia
para identificar falhas em
40
Alexandre Freitas utiliza drones pra pulverizar
lavoura de milho
lavouras de cana-de-açúcar.
As imagens capturadas ainda
permitem definir estratégias de
plantio e os locais mais propícios
para a semeadura. O uso do equipamento
ainda facilita a identificação
de falhas no plantio. Isso permite
que o produtor decida sobre estratégias
de replantio, ajuda definir o número
de mudas que devem ser plantadas
e em quais áreas esse replantio
deve ocorrer. Como consequência, o
agricultor evita a queda da produtividade
da safra provocada por essas
falhas.
Nesta área de mapeamento, alunos
da FAZU realizaram um estudo
sobre o uso de drone na identificação
de falhas na área de grãos que
será publicado em breve em um
evento internacional.
A Prefeitura Municipal de Uberaba,
por meio da Secretaria do
Agronegócio, tem utilizado drones
para mapeamento das áreas agrícolas,
tanto na pecuária quanto na
agricultura. O serviço é gratuito e
tem contribuído para que os produtores
locais possam elevar a produtividade
de suas lavouras.
Pulverização de pastos e lavouras
Assim como o criador Alexandre
Freitas, outros criadores têm adotado
o drone para pulverização. Neste
caso, é um equipamento específico
para este trabalho, com capacidade
de carga, de defensivos agrícolas,
como inseticidas, fungicidas, herbicidas
e nematicidas. A grande vantagem
desse método de pulverização é
que a aplicação ocorre de forma localizada,
rápida e precisa, evitando o
desperdício do produto e diminuindo
o impacto ambiental. Além de
controlar problemas fitossanitários,
como a presença de pragas, o uso de
drones otimiza o número de pessoas
envolvidas na operação.
Já na pecuária o drone pode ser
um aliado para o mapeamento das
pastagens, podendo apontar o nível
de degradação, as áreas que precisam
ser reformadas, a qualidade da
pastagem, dentre outros pontos. “Na
FAZU, estamos utilizando o equipamento
também para a aplicação de
fertilizantes na pastagem, alcançando
uma maior eficiência no uso do
produto. Ainda estamos desenvolvendo
um estudo para monitorar a
lavoura, plantada para produção de
silagem para o rebanho da FAZU”,
explica o professor.
Ele destaca que o drone uma ferramenta
complementar. É como vê
também o criador Alexandre Freitas.
“Aqui na Fazenda Olhos D’Água
sempre tentamos utilizar as melhores
tecnologias disponíveis, tanto no
tocante ao melhoramento genético,
bem como para a parte gerencial,
nutricional, sempre contando com
assistências de especialistas do setor,
e, pelo visto, neste tocante à utilização
dos drones foi mais uma tecnologia
que veio para ficar”, conclui o
criador de Girolando.
Novo curso de drone
No Brasil, a utilização do drone
é regulamentada pelo Ministério da
Agricultura (MAPA), que admite
seu uso na aplicação de defensivos,
adjuvantes, fertilizantes, inoculantes,
corretivos e sementes. Apesar de
popularmente ser conhecida como
drone, o termo técnico da tecnologia
é Aeronave Remotamente Pilotada
(ARP), direcionado para classificar
as aeronaves não tripuladas de
caráter não recreativo.
Originalmente, esse equipamento
surgiu para fins militares. Porém,
por conta da sua praticidade e ampla
possibilidade de aplicação, passou a
ser utilizado em outras áreas, como
na agricultura.
O professor da FAZU lembra que
para operar o drone é preciso ter
um curso específico reconhecido
pelo Ministério da Agricultura. Para
atender a grande demanda do mercado
pelo serviço, em 2023, a FAZU
ofertará em sua grade curricular o
curso de operação de drone. A duração
do curso será de uma semana,
com aplicação de prova ao final,
para obtenção do certificado. “É um
grande diferencial para os profissionais
de Ciências Agrárias, principalmente,
pois muitas empresas dão
preferência a quem tem o curso de
operação de drone”, conclui o professor
Matheus Alves.
41
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
NUTRIÇÃO
Cristina Cortinhas, supervisora
de Inovação e Ciência Aplicada
para Leite LATAM – DSM
DIVULGAÇÃO
Como melhorar os índices reprodutivos e alcançar
maior lucro na pecuária leiteira?
Eficiência reprodutiva das vacas pode ser
melhorada com vitaminas
Nos últimos anos a pecuária vem
sofrendo expressiva alta nos custos
de produção. Diante dessa pressão,
os pecuaristas têm procurado alternativas
para maior eficiência de produção
com o objetivo de permanecerem
na atividade. Na pecuária de
leite, o aumento da eficiência pode
estar relacionado à evolução de práticas
agrícolas, como: manejo de
solo, híbridos, irrigação, por exemplo,
que melhorem a produção e a
qualidade da alimentação animal;
evolução genética, como o uso de
IATF, FIV e aplicação de técnicas genômicas;
evolução de manejo, mão
de obra qualificada; infraestrutura
para mitigação de estresse térmico;
além de práticas de nutrição animal
através do uso de aditivos, minerais
e vitaminas, que estão cada vez mais
tecnificadas.
No entanto, juntamente com a
busca pela maior eficiência surgem
também os novos desafios que, muitas
vezes, podem comprometer a
saúde, a reprodução e o bem-estar
animal. Uma vaca mais produtiva
também tem um metabolismo
mais ativo e, com isso, há aumento
na produção de radicais livres, também
chamados de espécies reativas
de oxigênio (EROs). Quando em excesso,
as EROs podem desencadear
distúrbios metabólicos, doenças,
perda de desempenho e baixa fertilidade.
Essa baixa fertilidade e os
problemas reprodutivos podem incorrer
em baixa produtividade, uma
vez que rodar corretamente o ciclo
reprodutivo implica em ter ao longo
do ano maior número de vacas perto
do pico de lactação e, consequentemente,
com maior produtividade e
rentabilidade.
Algumas vitaminas e minerais
têm a capacidade de impedir a formação
de radicais livres, prejudiciais
à meia vida da célula imune, e ter
efeitos negativos na reprodução da
vaca. A vitamina E é um antioxidante
que atua convertendo as espécies
reativas de oxigênio em formas não
reativas. Estudos têm demonstrado
não só a redução de doenças importantes,
como a mastite e retenção
de placenta, como também melhora
significativa na reprodução das vacas.
Bill Weiss et al. (1997), comprovaram
redução de 11,8% no número
de casos de mastite clínica de vacas
recebendo suplementação com vitamina
E. Outros autores (Pontes et
42
43
em tempo fixo observaram produção maior de embriões (+4) e de melhor
qualidade REVISTA (Sales O GIROLANDOet al., 2008).
qualidade (Sales et al., 2008).
al., 2005) demonstraram benefícios
com a vitamina E injetável na redução
de retenção de placenta (20,1%
para 13,5%) e abortos.
Já o selênio, um micro mineral
com ação antioxidante tão importante
quanto a da vitamina E, é
componente estrutural da enzima
glutationa peroxidase, que protege
Referências
contra danos oxidativos. Esses dois
micronutrientes – o selênio e a vitamina
E – têm ação sinérgica no
al 1984).
O betacaroteno é uma provitamina
A, que tem a capacidade de se
biotransformar em vitamina A nos
folículos ovarianos sendo, por isso,
importantíssimo para que ocorra a
ovulação. Além disso, o betacaroteno
atua aumentando a concentração
de hormônios da reprodução (De
Bie et al. 2016), além de reduzir o
estresse oxidativo que afeta a qualidade
do oócito e o desenvolvimento
do embrião. Com tudo isso e com
os excelentes resultados na reprodução
que se tem alcançado, o betacaroteno
passou a ser chamado de
vitamina da fertilidade. Pesquisadores
(Bian et al., 2007) observaram
redução no número de abortos de
10% para zero, e aumento na taxa de
concepção de 12 pontos percentuais,
com o uso do betacaroteno. Corroborando
com esses resultados, Madureira
et al. (2020) reportaram redução
na perda de prenhez de 62,5%
de vacas com maior concentração de
betacaroteno no plasma no dia da
inseminação (IATF).
Outros autores (Sekizawa et al.,
2012) avaliaram os níveis de vitaminas
no sangue das vacas e constataram
que apenas 42% delas tinham
Bian metabolismo et al., 2007. da vaca The e diversos influence estudos
têm demonstrado os benefí-
47% de vitamina E e 14% de beta-
2349–2437.
partum cios dessa disease sinergia, como and a redução
subsequent caroteno. Estes reproductive mesmos autores
performance Sales et al., 2008. of Embryo dairy pro-
níveis of
adequados β-carotene
de vitamina supplementation
A, cows. Journal of Dairy on
Science post-
98,
nos sintomas da mastite (Smith et al. (Sekizawa et al., 2012) classificaram duction and quality of Holstein hei-
cows 1984) in e redução China. retenção Journal de pla-
of os Animal embriões (figura and 1), Feed correlaciona-
Sciences, fers and cows 16, supplemented Suppl. 2, with 370– becenta
e cistos ovarianos (Harisson et
375.
ram com o nível de vitaminas (figura
2) e constataram maior produção de
embriões viáveis com níveis de vitaminas
adequados. Sales et al., injetando
vitamina E e betacaroteno em
vacas com inseminação artificial em
tempo fixo observaram produção
maior de embriões (+4) e de melhor
qualidade (Sales et al., 2008).
Referências
Bian et al., 2007. The influence
of β-carotene supplementation on
post-partum disease and subsequent
reproductive performance of dairy
cows in China. Journal of Animal
and Feed Sciences, 16, Suppl. 2,
370–375.
De Bie et al., 2016. The effect of
a negative energy balance status on
β-carotene availability in serum and
follicular fluid of nonlactating dairy
cows. Journal of Dairy Science.
99:5808–5819.
Madureira et al., 2020. Association
of concentrations of beta-carotene
in plasma on pregnancy per artificial
insemination and pregnancy
loss in lactating Holstein cows. Theriogenology
142:216-222.
Pontes et al., 2015. Effect of injectable
vitamin E on incidence of
retained fetal membranes and reproductive
performance of dairy
ta-carotene and tocopherol. Animal
Reproduction Science 106, 77–89.
Sekizawa et al., 2012. Relationship
between embryo collection
results after superovulation
treatment of Japanese black cows
and their plasma beta-carotene and
vitamin concentrations. Journal of
Reproduction and Development 58,
377-379.
Smith et al., 1984. Effect of vitamin
E and selenium supplementation
on incidence of clinical mastitis
and duration of clinical symptoms.
Journal of Dairy Science 67:1293.
Weiss et al., 1997. Effect of vitamin
E supplementation in diets with
a low concentration of selenium
on mammary gland health of dairy
cows. Journal of Dairy Science.
80:1728–1737.
44
45
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
NUTRIÇÃO
Melqui Noelle Morais Macedo,
Zootecnista, Consultora de Serviços Técnicos da
Agroceres Multimix.
Aleitamento: Leite Integral X Sucedâneo
Manejo nutricional de bezerras leiteiras
merece atenção
A fase de criação de bezerras leiteiras
é uma das que mais impacta
financeiramente a produção atual de
leite, sendo que apenas a dieta líquida
desses animais chega a representar
entre 70% a 80% do custo de produção
nessa fase.
Após o nascimento, as bezerras
recebem aproximadamente 10% do
seu peso vivo em colostro (primeira
secreção da glândula mamaria depois
do parto). O ideal é que esse fornecimento
permaneça pelas primeiras
seis horas de vida, período em que
ocorre a melhor absorção, pelo intestino
do animal, das imunoglobulinas
que compõem o colostro.
Em seguida, os animais continu-
46
am recebendo o leite “sujo” e/ou leite
integral até o 5º dia de vida, e a partir
daí são adotadas estratégias nutricionais
com volume e período pré-determinados
para fornecimento de dieta
líquida e sólida, podendo variar de
acordo com o objetivo do produtor.
No Brasil, a maioria das propriedades
ainda opta por oferecer às bezerras
leite de composição e qualidade
variável, sendo que menos de 15%
dos produtores adotam sucedâneos
lácteos como dieta líquida (SANTOS
& BITTAR, 2016). Entretanto, com a
necessidade de reduzir cada vez mais
os custos de produção, essa porcentagem
de propriedades utilizando sucedâneo
lácteo vem crescendo consideravelmente.
Um dos principais motivos para
essa prática é o preço final do produto
reconstituído que, na maioria das
vezes, é mais barato que o preço recebido
dos laticínios pelo litro de leite
integral. Isso torna o sucedâneo uma
das principais formas de substituição
do leite na alimentação de bezerros
nas propriedades (BOITO et al.,
2015).
Apesar de um excelente alimento,
quando o produtor opta por utilizar
o leite integral como fonte de dieta
líquida para as bezerras leiteiras,
nos deparamos com alguns entraves
em relação ao manejo alimentar dos
animais. Entre eles, podemos pontuar
susceptibilidades de variações no
horário do trato, na temperatura de
fornecimento aos animais e dos sólidos
do leite, além da possibilidade de
transmissão de doenças, uma vez que
o referido leite ainda não passou por
nenhum processo de pasteurização.
Os sucedâneos lácteos, por sua
vez, são fórmulas com ingredientes
que aproximam a sua composição à
do leite integral em termos de proteína,
energia e até em seu perfil de aminoácidos,
de forma a garantir o bom
desempenho dos animais (EDUCA-
POINT, 2018).
Essa tecnologia vem sendo amplamente
difundida no Brasil, porém,
exige que os produtores adotem alguns
critérios para escolher o produto
que melhor atenda às necessidades
do animal para alcançar os índices de
desempenho desejados na propriedade,
devido à enorme gama de variações
nas formulações disponíveis no
mercado.
A qualidade do sucedâneo, principalmente
a fonte proteica, é o fator
que determina os resultados semelhantes
aos observados a partir do
fornecimento de leite integral (NCR,
2001). Quando escolhidas fórmulas
com proteínas de origem animal, os
resultados de desempenho tendem a
ser superiores se comparados às fórmulas
com mais inclusão de proteínas
de origem vegetais.
Entre as vantagens dos sucedâneos,
estão: a possibilidade de comercialização
do leite integral produzido,
gerando mais receita para propriedade
como dito anteriormente; redução
do custo de aleitamento; além de permitir
uma concentração ou diluição
dos sólidos, de acordo com o objetivo
do aleitamento; permite também uma
definição nos horários do trato, uma
vez que o funcionário não precisa esperar
as atividades da sala de ordenha
para iniciar o trato dos animais; além
de evitar transmissão de doenças.
Em alguns experimentos a composição
dos sucedâneos influenciou
diretamente no ganho de peso das bezerras,
sendo este um fator de grande
relevância. ALVEZ et al., 2001, observaram
ganho de peso diário de
0,930kg para animais alimentados
somente com leite integral e 0,948kg
para os que foram submetidos a uma
alimentação apenas com sucedâneo
lácteo.
FERREIRA et al., 2008, observaram
que o ganho médio de peso diário
foi de 0,580kg para os que consumiram
leite integral e 0,530kg para
os submetidos ao consumo de sucedâneo,
sendo que ambos os trabalhos
apresentaram valores acima dos encontrados
por BOITO et al., 2015.
NUNES et al, 2019, ao realizarem
seu experimento utilizando sucedâneo
lácteo de qualidade e leite integral
para dieta líquida dos grupos,
observaram que não houve diferenças
estatísticas.
Sendo assim, independente da escolha
entre leite integral ou sucedâneo
lácteo, é de grande importância
47
REVISTA O GIROLANDO
Bezerras bem nutridas na fase inicial
resultarão em vacas saudáveis
realizar uma avaliação criteriosa dos
níveis e fontes nutricionais do produto
eleito, buscando equilíbrio no
custo alimentar e desenvolvimento
desses animais. Lembrando que, bezerras
bem nutridas na fase inicial
resultarão em vacas saudáveis e produtivas
para reposição do rebanho da
fazenda.
Referências
ALVEZ P.F.M, LIZIEIRE R.S. Teste
de um Sucedâneo na Produção de
Vitelos. Revista Brasileira de Zootecnia.,
30(3):817-823, 2001.
BITTAR, C. M. M.; FERREIRA,
L. S.; SILVA, J. T. Sucedâneos lácteos
para bezerras leiteiras. Cadernos
Técnicos de Veterinária e Zootecnia.
Edição da FEPMVZ Editora em convênio
com o CRMV-MG, nº 81, 57 p,
junho de 2016.
BITTAR, PEREIRA, A. C. F. C.,
PORTAL, R. N. S. Criação de bezerras
leiteiras. ESALQ/USP, em parceria
com a Casa do Produtor, a 1ª edição
da Cartilha 2018. Disponível em:
< www.esalq.usp.br/cprural/upimg/
ck/files/PDFs/cartilha.pdf >. Acesso
em: 07/02/2023.
BOITO, B. et al. Uso de sucedâneo
em substituição ao leite no desempenho
de bezerros da raça holandesa
durante a cria e recria. Ciência Animal
Brasileira, Goiânia, v. 16, n. 4, p.
498-507, 1 out. 2015. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/cab/a/zcYJf8
bV6stBdRr9SqKL3wk/?format=pdf
>Acesso em: 02/02/2023.
EducaPoint. Sucedâneo lácteo:
como escolher, preparar e fornecer
às bezerras?. 04/07/2018. Disponível
em: <https://www.educapoint.com.br/blog/pecuaria-leite/
leite-ou-sucedaneo-lacteo-como-e-
-quanto-fornecer/#:~:text=Os%20
suced%C3%A2neos%20
s % C 3 % A 3 o % 2 0
formula%C3%A7%C3%B5es%20
com,o%20bom%20desempenho%20dos%20animais.>
Acesso
02/02/2023.
FERREIRA L.S., BITTAR C.M.M.,
SANTOS V.P., MATTOS W. Desempenho
animal e desenvolvimento do
rúmen de bezerros leiteiros aleitados
com leite integral ou sucedâneo. B.
Indústr. anim., N. Odessa, v.65, n.4,
p.337-345, out./dez., 2008.
NATIONAL RESEARCH COUN-
CIL - NRC. Nutrient requeriments of
dairy cattle. 7 eds. Washington, D.C.:
2001. 381p.
NUNES, J.; TÚLIO, L. M. Comparação
de aleitamento entre sucedâneo
lácteo e leite integral em bezerras da
raça holandesa. Arquivos Brasileiros
de Medicina Veterinária FAG – Vol.
2, nº 1, jan/jun 2019.
SILVA, T. M., ARTONI, S. M. B.,
CRUZ, C., OLIVEIRA, M. D. S. Desenvolvimento
alométrico do trato
gastrintestinal de bezerros da raça
holandesa alimentados com diferentes
dietas líquidas durante o aleitamento.
Acta Scientiarum. Animal
Sciences. Maringá, v. 26, no. 4, p. 493-
499, 2004.
48
49
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
CONTROLE LEITEIRO
Larissa Vieira
DIVULGAÇÃO ACN
Ranking Rebanho evidencia avanços na seleção
Quando iniciou o projeto de genética
da raça Girolando, o criador
Anderson Carlos do Nascimento
tomou duas decisões que levaram
o rebanho da Agropecuária ACN
a atingir um patamar superior.
“Adquirimos animais de criatórios
tradicionais para iniciar o nosso
Controle Leiteiro é ferramenta de
seleção na ACN Agropecuária
Criatórios de Girolando apostam no Serviço de Controle Leiteiro para gerar dados importantes para a identificação
de animais de alta produtividade nos rebanhos
plantel e passamos a fazer periodicamente
o controle leiteiro oficial
de 100% das vacas em lactações.
Essa é uma ferramenta que gera informações
reais da produtividade
dos animais e que nos auxiliam na
seleção”, diz Nascimento, cujo rebanho
leiteiro está sediado na unidade
da ACN em Monte Alegre do Sul
/SP.
Junto com as avaliações intrarrebanho,
as avaliações fenotípicas
feitas pelos técnicos, o pedigree,
os dados do controle leiteiro têm
norteado os acasalamentos das raças
Gir Leiteiro e Holandês para
50
DIVULGAÇÃO FAZENDA FLORESTA
produção do Girolando da ACN.
“Assim conseguimos ter todo histórico
de lactações das nossas doadoras”,
informa o criador. Por meio
das biotecnologias de reprodução, a
genética de grandes indivíduos vem
sendo multiplicada em escala no
plantel.
Como resultado, o criatório figura
entre os melhores da categoria
“Maior Média de Produção por Dia
de Intervalo de Partos” do Ranking
Nacional – Modalidade Rebanho
2022, recentemente divulgado pela
Associação Brasileira dos Criadores
de Girolando.
De acordo com o coordenador
Operacional do Programa de
Melhoramento Genético da Raça
Girolando (PMGG), Edivaldo Ferreira
Júnior, o Ranking foi idealizado
para valorizar os criadores que
melhor desempenham o trabalho
de seleção, produção, reprodução e
sanidade dentro de seus rebanhos.
“Na edição de 2022, foram utilizados
dados de 22.001 lactações encerradas
entre o período de 1° de
janeiro a 31 de dezembro de 2022.
Participam 342 rebanhos ativos no
Serviço de Controle Leiteiro Oficial
no ano passado”, informa o coordenador
do PMGG.
Dentre esses rebanhos, também
está a Fazenda Floresta, em Lins/SP,
da criadora Roberta Bertin. Com
um plantel de Girolando de 1800
animais, desde bezerros até as vacas
em lactação, a propriedade faz o
controle leiteiro tanto do gado Girolando
quanto do Gir Leiteiro. “No
Brasil, onde o ‘n’ de animais controlados
da raça ainda é pequeno em
comparação ao Holandês, é de extrema
importância fazer o controle
leiteiro e é uma forma de verificar o
Roberta Bertin figura mais um ano no
Ranking Rebanho de Girolando
avanço da produção das raças. Com
esses dados, conseguimos fazer um
comparativo de todas as lactações
das vacas do rebanho, inclusive dos
dados de qualidade do leite”, assegura
Roberta Bertin.
No Ranking Rebanho, a Fazenda
Floresta alcançou classificação
em seis categorias: Maior média de
PTA e GPTA para produção de leite;
Maior média de produção vitalícia;
Maior média de teor de gordura
no leite; Maior média de produção
por dia de intervalo de partos; Menor
média de CCS no leite; e Menor
média de idade ao primeiro parto.
Com a técnica de produção in vitro
de embriões, as matrizes da Fazenda
Floresta são acasaladas com
base em testes de progênie e genômicos,
resultando em animais de
alta qualidade. Todos esses investimentos
têm levado a genética do
51
REVISTA O GIROLANDO
DIVULGAÇÃO
criatório a atravessar as fronteiras
do país e a ampliar sua participação
no mercado interno. “No mercado
internacional, a genética leiteira
brasileira tem ganhado cada vez
mais destaque e reconhecimento.
O Girolando é uma raça conhecida
por sua rusticidade, adaptabilidade
a diferentes condições climáticas e
boa produção leiteira. Essas características
são altamente valorizadas
em outros países, especialmente
aqueles com condições climáticas
tropicais e subtropicais”, informa.
O coordenador do PMGG destaca
que, atualmente, a pecuária
leiteira enfrenta o desafio de margens
cada vez mais estreitas. “Diante
disso, melhorar os indicadores
zootécnicos é fundamental para
incrementar a produtividade, o ganho
em escala de produção e manter
o produtor na atividade”, diz
Edivaldo. Segundo ele, o Ranking
Rebanho é uma referência para os
criadores de Girolando que buscam
melhorar seus indicadores e, como
consequência, elevar a rentabilidade
de seus negócios.
Para o criador Carlos Eduardo
Durcercino da Silva, o controle leiteiro
vem permitindo melhorar os
índices da sua propriedade, localizada
em Pompéu/MG. “Quando
iniciei meu rebanho Girolando registrado,
em 2007, percebi que para
avançar no melhoramento genético
seria necessário ter uma base genética
forte, oriunda de criatórios
consagrados no mercado, e acompanhar
o desempenho dos animais
por meio de ferramentas como o
controle leiteiro”, destaca Silva, que
é membro do Núcleo de Criadores
Girolando das Gerais. A entidade
teve diversos associados classificados
no Ranking.
Com os resultados alcançados
ao longo dos últimos anos, o criatório
vem multiplicando a genética
pode meio de Fertilização in vitro
(FIV), transferência de embrião,
IATF. Hoje, o rebanho já conta com
600 cabeças no total. Com uma área
total da propriedade de 150 hectares,
os animais ficam instalados em
Animais do criador Carlos Eduardo
galpão de compost barn. Há ainda
sistema de energia fotovoltaica, tornando
o sistema de produção ainda
mais sustentável.
No Ranking Rebanho, o rebanho
de Carlos Eduardo ficou classificado
em duas categorias: Maior
média de produção de leite em 305
dias; Maior média de produção por
dia de intervalo de partos. Não é
a primeira vez que ele consegue a
classificação. “Estamos investindo
em um Girolando eficiente, uma
genética capaz de contribuir para o
avanço da pecuária leiteira do Brasil”,
finaliza Silva.
O coordenador do PMGG, Edivaldo
Ferreira Júnior, explica que
o Ranking Rebanho é dividido em
10 categorias, sendo que cada uma
delas conta com 6 classes, conforme
o número de animais participantes.
São divulgados os 5 rebanhos de
melhor classificação dentro de cada
classe. Para verificar o documento
completo, basta acessar o site da Girolando.
52
53
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
CONTROLE LEITEIRO
Raissa Silva Santos, Graduanda
em Zootenia e assistente do PMGG scl@
girolando.com.br
Controle Leiteiro: ferramenta essencial para
a avaliação do desempenho do rebanho
Número de rebanhos participantes do
Controle leiteiro vem crescendo
O Serviço Controle Leiteiro
(SCL) é uma importante ferramenta
que fornece diversas informações
ao produtor. É a prática
de aferir a produção leiteira dos
animais em lactação, definindo
os valores de pesagem de leite que
esses animais produziram em um
dia, sendo que essas medições são
realizadas mensalmente ou bimestralmente.
A partir de tal aferição,
o criador tem o caminho para avaliar
a aptidão dos animais, realizando,
assim, sua seleção.
Com essa ferramenta, gerenciar
a propriedade leiteira se torna
mais fácil, tendo em vista que informações
como o potencial produtivo,
persistência de lactação,
melhor regime alimentar, conhecimento
dos índices reprodutivos,
manejo sanitário ligado à qualidade
do leite e valorização do rebanho,
começam a ser de ciência do
produtor.
A partir do Controle Leiteiro
é possível que o criador realize a
comparação de produção entre
matrizes, estabeleça critérios de
descarte técnico das vacas, estime
a produção total de leite por vaca
no período de lactação, além do
total de leite produzido na propriedade,
defina o fornecimento
de alimento de acordo com a produção
e, ainda, realize diagnósticos,
planejamentos e melhorias na
sua cadeia produtiva.
Ao se inscrever no Serviço de
Controle Leiteiro, a primeira atitude
que o criador precisa tomar é
visualizar todos os relatórios a que
ele terá acesso sobre todo o seu rebanho
controlado. Essas informações
ele irá utilizar para conhecer
o seu rebanho e adotar as melhores
táticas de gestão para potencializar
a sua produção.
Relatórios como o Individual
de Lactação, Mensal de Produção
Individual por serviço, por rebanho
da fazenda e por rebanho do
criador, Relação de Partos e Lactações
encerradas por Serviço, são
exemplos dos arquivos disponíveis
para consulta de cada criador inscrito
no Serviço de Controle Leiteiro
da Raça Girolando.
Interação do meio ambiente
com o animal e o potencial produtivo
Existe uma interação chamada
genótipo x fenótipo que atinge diretamente
a produção do animal.
Essa é a interação e influência que
o ambiente em que aquele animal
está inserido tem em cima da expresão
do seu valor genético. Por
exemplo: um animal quando submetido
a estresses térmicos, nutricionais
ou até mesmo vindo de
manejos indevidos, não terá boa
54
55
REVISTA O GIROLANDO
CANTO PORTO
Controlar oficialmente a produção dos animais é essencial
para avançar no melhoramento genético do rebanho
produção, pois o ambiente em que
ele se encontra não permite que
ele expresse suas características
genéticas.
Sendo assim, ao mensurarmos
o máximo de informações fenotípicas
(como a pesagem de leite,
o regime alimentar, a presença de
bezerro ao pé ou não, a explicação
da lactação, a estação do ano e a
localização da propriedade), mais
facilmente será possível identificar
qual interação não está sendo
positiva, prejudicando a expressão
genética do animal.
Ou seja, ao se utilizar o Controle
Leiteiro como ferramenta
dimensionável de desempenho, o
rebanho pode se tornar altamente
produtivo e eficaz, gerando mais
lucro ao produtor e auxiliando
nos métodos de seleção, manejo,
alimentação e até mesmo reprodutivos.
É o instrumento necessário
para que o produtor acerte no
ponto a ser alterado.
Persistencia de lactação
Em virtude do SCL, a avaliação
individual de Persistência da
Lactação se torna possível. Dessa
forma, já se tem mais uma análise
que afeta diretamente o retorno financeiro:
quanto maior a duração
da lactação do animal, maior pode
ser a quantidade de leite produzido,
o que abala diretamente o capital.
Essa avaliação consiste em visualizar
a capacidade da vaca de
manter a sua produção leiteira
mesmo após o seu pico de lactação,
além de apresentar, também,
animais sujeitos a menor estresse
fisiológico, o que afeta diretamente
a redução de problemas metabólicos
e incidência de doenças
reprodutivas.
Manejo alimentar
Animais mais produtivos possuem
maior demanda de nutrientes;
sendo assim, ao se observar os
animais com maior produção no
plantel devido ao uso da ferramenta
do Controle Leiteiro, o criador
consegue balancear melhor a dieta
em que incluiu os animais e ainda
garantir o patamar de produção da
propiedade.
Vale lembrar que vacas leiteiras
precisam de manejo nutricional
muito eficiente e que atenda todas
as suas necessidades: tudo o que é
consumido não vai somente para o
gasto de energia dessas vacas para
caminhar ou beber água, mas também
vai para o leite e atinge diretamente
a sua composição, auxiliando
no aumento ou redução de
gordura, proteína e/ou lactose.
Índices reprodutivos
Dentro das aferições que o
Controle realiza, têm-se as informações
de data de secagem e data
do parto, o que permite visualizar
e conhecer o Intervalo Entre Partos
(IEP) de cada animal, o tempo
em período seco e, ainda, quais
os motivos que levaram à secagem
desse animal, podendo ser relacionados
com doenças, vendas,
mortes, baixa produção, peitos
perdidos por mamite ou por estar
próximo ao parto subsequente.
Manejo sanitário da fazenda
Além da pesagem do leite, também
é feita a coleta de amostras de
leite por animal, para submissão
a análises de qualidade e composição.
Sendo assim, a partir dos
resultados é possível verificar os
56
57
REVISTA O GIROLANDO
teores de proteína, gordura, lactose
e CCS desse subproduto de
cada vaca do rebanho controlado.
Esse tipo de análise não visa somente
a valorização e qualidade
do leite, mas também pontua os
problemas de mastite ao produtor,
conseguindo indicar decisões que
contribuam na redução dessa incidência,
como: melhor limpeza do
curral, alteração de produtos químicos
utilizados na desinfecção do
ambiente de manejo, etc.
O Serviço Controle Leiteiro é uma importante ferramenta
que fornece diversas informações ao produtor
Valorização do plantel
Por fim, não se pode deixar
de pontuar o valor agregado que
o SCL fornece aos animais. Os
acessos ao Relatório Individual de
Lactação (RIL) e aos Relatórios
Mensais de Produção Individual
(RMPI) podem ser utilizados para
valorizar cada vaca, identificando
suas principais qualidades e potenciais
de produção, além de pontuar
as produções estimadas.
O Serviço de Controle Leiteiro,
diferente do que muitos criadores
pensam, é uma ferramente de total
relevância dentro da propriedade.
O conjunto de avaliações possíveis
de serem realizadas a partir desse
serviço contribui tanto para melhorar
a gestão da fazenda (com
direcionamentos de produtos e
manejos atualizados) como para
uma melhor produção, com maiores
retornos financeiros.
Atualmente, muitos produtores
apenas atuam de forma mecânica
em suas fazendas, não conhecendo
as qualidades e o desempenho
do seu próprio rebanho, e essa é
uma situação que precisa ser modificada.
Com isso, a metodologia
do Controle é de simples prática
e agrega muito valor aos animais,
além de fornecer ao criador informações
fidedignas do seu plantel,
lhe permitindo ter maior conhecimento
de seus animais e a tomar
decisões mais assertivas no mercado.
Referências
Controle leiteiro reduzido
para propriedades leiteiras de
economia familiar. EMBRAPA
TECNOLOGIAS. Disponível em:
<https://www.embrapa.br/busca-
-de-solucoes-tecnologicas/-/
produto-servico/4311/controle-
-leiteiro-reduzido-para-propriedades-leiteiras-de-economia-familiar>
Acesso em: 27-abr-2023.
Por que fazer o Controle Leiteiro
de seu rebanho?. GIROLANDO.
Disponível em: <https://www.gi-
rolando.com.br/noticia/3688/por-
-que-fazer-o-controle-leiteiro-de-
-seu-> Acesso em: 27-abr-2023.
Regulamento do SCL. GIRO-
LANDO. Disponível em: <https://
www.girolando.com.br/pmgg/
regulamento-do-scl> Acesso em:
26-abr-2023.
Controle leiteiro: lucro para o
produtor. EMBRAPA PUBLICA-
ÇÕES. Disponível em: <https://
www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/895014/controle-leiteiro-lucro-para-o-produtor>
Acesso em: 25-abr-2023.
58
59
60
61
62
63
64
GIR DO DO
FUTURO
65
66
67
68
69
REVISTA O GIROLANDO
MATÉRIA DE CAPA
Larissa Vieira
Megaleite 2023 transforma Belo Horizonte na
capital do leite
A exposição é considerada o maior evento da pecuária leiteira da América Latina
Megaleite reúne as
principais raças leiteiras
As principais raças leiteiras do
Brasil participarão da 18ª Exposição
Nacional do Agronegócio do Leite
(Megaleite), maior evento da pecuária
leiteira da América Latina, que acontecerá
de 7 a 10 de junho, no Parque da
Gameleira, em Belo Horizonte/MG. O
evento deve reunir cerca de 1200 animais
das raças Girolando, Gir Leiteiro,
Holandês, Guzerá, Jersey, Simental,
Simbrasil e Búfalos. No 32° Torneio
Leiteiro Nacional de Girolando, a novidade
é a premiação dos vencedores
com motos zero KM. Terão direito
a uma moto o expositor da Grande
Campeã de Produção Absoluta de Leite
e o expositor da Grande Campeã
de Composição do Leite. “A Megaleite
tem cumprido seu papel de ser uma vitrine
internacional da genética leiteira
nacional e, a cada ano, apresenta animais
de extrema qualidade”, assegura
o presidente da Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando, Domício
Arruda.
A abertura oficial será no dia 7
de junho, com a presença de diversas
autoridades, lideranças do setor e
criadores. Na ocasião será entregue o
Mérito Girolando. Este ano, a comenda
será concedida ao governador de
Minas Gerais, Romeu Zema (categoria
Liderança Nacional), à deputada
federal Ana Paula Leão, à chefe geral
da Embrapa Gado de Leite Elisabeth
Nogueira Fernandes, ao presidente da
Associação Brasileira dos Criadores de
Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, ao
presidente da FAEMG, Antônio Pitangui
de Salvo, ao presidente da CCCPR,
Marcelo Candiotto, e aos criadores
Marcos Amaral Teixeira, Afonso Celso
de Resende, Antonio de Souza Salgueiro
e José Afonso Bicalho.
Com entrada gratuita, os visitantes
poderão acompanhar as competições
na pista de julgamento e do torneio leiteiro
ao longo do evento. Eles também
terão a oportunidade de conhecer as
inovações direcionadas para a pecuária
leiteira que serão apresentadas por
cerca de 100 empresas expositoras. Já
as crianças poderão visitar a Mini Fazendinha,
que terá diversos tipos de
animais expostos, permitindo o contato
das novas gerações com o campo.
A feira ainda terá palestras técnicas,
o Congresso da Associação Brasileira
dos Criadores de Búfalos, reunião
da Câmara Setorial do Leite da CEPA/
SEAPA, 6º Encontro Regional Reunião
do Conseleite-Minas, reunião da Comissão
Técnica da Pecuária de Leite da
FAEMG/SENAR. A Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando fará
Festival de Queijo será um dos
eventos da Megaleite
CARLOS LOPES
70
a publicação dos Sumários de Touros
e de Fêmeas do Programa de Melhoramento
Genético da Raça Girolando.
Para quem gosta de queijo, a Megaleite
acontecerá paralelamente ao
Festival do Queijo Minas Artesanal. O
público poderá degustar produtos de
regiões reconhecidas na produção de
queijo artesanal no estado, incluindo
vários premiados no Concurso Mundial
em Tours na França. Também terá
a participação de chefs de cozinha,
Mini fazenda será uma das
atrações para as crianças
além da exposição de cafés, azeites,
cervejas artesanais, cachaça, mel e outros
produtos típicos do estado. O festival
é coordenado pela FAEMG.
Na parte comercial, a Megaleite
terá oito leilões de bovinos, permitindo
aos visitantes adquirirem exemplares
de alto valor genético das raças
Girolando e Gir Leiteiro. A agenda de
remates será de 6 a 9 de junho, com todos
os eventos ocorrendo no interior
do Parque da Gameleira e com transmissão
ao vivo.
A programação completa do evento
está disponível no site www.megaleite.
com.br. O evento tem como Parceiro
Premium a Alvoar Lácteos; Parceiros
Master: ALLFLEX, Tortuga, uma
marca DSM, Agener União, UCBVET,
Sobcontrole Fazenda, Berrante, Agroceres
Multimix, Zoetis, Mosaic Fertilizantes,
Alta, GENEX Brasil; Canal
Master: Terraviva; Apoio Master: Bebamaisleite.
CARLOS LOPES CARLOS LOPES
Megaleite terá oito leilões
71
18ª EXPOSIÇÃO BRASILEIRA DO AGRONEGÓCIO DO LEITE
PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR
Recepção de Animais
• 08:00 –18:00 – Início da entrada dos animais para torneio leiteiro (todas as raças)
SEGUNDA-FEIRA (29/05/2023) a QUARTA-FEIRA (31/05/2023)
QUINTA-FEIRA (01/06/2023)
Programação Especial “Dia do Leite”
• 18:00 – Live do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando – PMGG | Local: Plataforma virtual
SEXTA-FEIRA (02/06/2023)
Recepção de Animais
• 08:00 – 18:00 – Início da entrada dos animais para julgamento, mostra e continuação da entrada dos animais para torneio leiteiro (todas as raças)
• 08:00 – 09:00 – Encerramento da recepção de animais Girolando e de Gir Leiteiro para torneio leiteiro
Torneio Leiteiro
• 09:30 – 10:00 – Reunião da comissão técnica com os expositores e participantes do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 10:00 – 13:00 – Realização de exames clínicos e laboratoriais dos animais Girolando participantes do torneio leiteiro
• 14:00 – Início da fiscalização do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
SÁBADO (03/06/2023)
Recepção de Animais
• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais Girolando para julgamento e mostra
• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)
DOMINGO (04/06/2023)
Recepção de Animais
• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)
• 08:00 – 18:00 – Encerramento da entrada dos animais Girolando para julgamento e mostra
Torneio Leiteiro
• 14:00 – 1ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 22:00 – 2ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
SEGUNDA-FEIRA (05/06/2023)
Recepção de Animais
• 08:00 – 10:00 – Mensuração e pesagem oficial dos machos Girolando para julgamento Local: Parque da Gameleira | Currais de Manejo
• 08:00 – 12:00 – Encerramento da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)
Programação Especial
• 17:30 – Reunião da comissão de ética da Girolando com os expositores, tratadores e apresentadores de animais Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
• 18:00 – Churrasco de Boas-vindas da Megaleite 2023 – Tratadores | Local: Tatersal 1 “Redondinho”
Torneio Leiteiro
• 06:00 – 3ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 14:00 – 4ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 22:00 – 5ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
TERÇA-FEIRA (06/06/2023)
72
Programação Especial
• 15:00 – Evento Sincronize | Ouro Fino Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
• 18:00 – Publicação dos sumários de touros e de fêmeas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando – PMGG Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
Julgamento
• 17:00 – Divulgação da comissão de jurados efetivos e sorteios da raça Girolando (composição racial e jurados assistentes) Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
Torneio Leiteiro
• 06:00 – 6ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 14:00 – 7ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 22:00 – 8ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
Leilões e Shoppings
20:00 – 2º Leilão Estrelas da Megaleite | Raça: Girolando Modalidade: Virtual – Restaurante do Camarote Master Leiloeira: Programa Transmissão: Canal Terra Viva
QUARTA-FEIRA (07/06/2023)
Programação Especial
• 09:00 – Abertura oficial e hasteamento das bandeiras Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
• 10:00 – Entrega do “Mérito Girolando” Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
73
• 06:00 – 6ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 14:00 – 7ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 22:00 – 8ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
Leilões e Shoppings
20:00 – 2º Leilão Estrelas da Megaleite | Raça: Girolando Modalidade: Virtual – Restaurante do Camarote Master Leiloeira: Programa Transmissão: Canal Terra Viva
Programação Especial
• 09:00 – Abertura oficial e hasteamento das bandeiras Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
• 10:00 – Entrega do “Mérito Girolando” Local: Parque da Gameleira | Camarote Master
• 10:30 – Inseminação da ducentésima milésima matriz e primeiro registro genealógico do programa “Mais Genética” Local: Parque da Gameleira | Pista de Julgamento
• 11:00 – Reunião da Comissão Técnica do Queijo Minas Artesanal – FAEMG Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
• 14:00 – Encontro com os Presidentes e Representantes dos Núcleos Oficiais de Fomento da Raça Girolando Local: Parque da Gameleira
• 14:00 – Reunião da Comissão Nacional de Leite – CNA Local: Parque da Gameleira | Auditório do IMA
(Palestra aberta ao público – Tema: Qual a atratividade financeira da pecuária de leite? | Palestrante: Thiago Rodrigues – Coordenador do Projeto Campo Futuro da CNA)
• 18:00 – Lançamento do sumário do PMG2B Local: Parque da Gameleira | Estande Gir Leiteiro 2B
• 18:00 – Palestra Técnica Alta Genetics Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
Mini Fazenda
• 08:00 – 19:00 – Visitação aberta ao público
Julgamento
• 15:00 – Início dos julgamentos de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens CCG 1/4)
Torneio Leiteiro
• 06:00 – 9ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro
• 14:00 – 10ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro (encerramento)
Leilões e Shoppings
• 20:00 – 2º Leilão Virtual Sul das Gerais | Raça: Girolando Modalidade: Virtual – Restaurante do Camarote Master Leiloeira e Transmissão: Nem Assessoria
• 20:00 – Leilão o Fabuloso Gir Leiteiro | Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa | Transmissão: Canal Terra Viva
QUINTA-FEIRA (08/06/2023)
Programação Especial
• 08:00 – Festival do Queijo Artesanal de Minas Local: Expominas
• 08:00 – Reunião da Comissão Técnica de Pecuária de Leite do Sistema Faemg Senar Local: Auditório do Expominas
• 10:00 – 6º Encontro Regional do Conseleite Minas e Encontros dos Técnicos do ATeG Leite e Agroindústria Local: Auditório do Expominas
• 13:00 – Entrega da premiação e desfile das campeãs do 32º Torneio Leiteiro Nacional de Girolando Local: Parque da Gameleira | Pista de Julgamento
• 14:00 – Encontro Nacional Conseleite (MG, PR, SC, RS, MT e RO) Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
• 18:00 – Palestra Técnica Integral Grupo Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
Mini Fazenda
• 08:00 – 19:00 – Visitação aberta ao público
Julgamento
• 09:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens CCG 1/2) e de Gir Leiteiro (pista 1)
• 14:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1), de Guzerá (pista 3) e de Holandês (pista 4)
• 15:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Machos da Raça Girolando)
Leilões e Shoppings
• 14:00 – V Leilão Núcleo Girolando das Gerais | Raça: Girolando Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web
• 20:00 – Leilão 62 Anos Gir Leiteiro Fazenda Brasília | Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Canal Terra Viva
SEXTA-FEIRA (09/06/2023)
Programação Especial
• 08:00 – Festival do Queijo Artesanal de Minas Local: Expominas
• 09:00 – Reunião da Câmara Setorial do Leite da CEPA/SEAPA MG Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
• 13:30 – Congresso da Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos – ABCB Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
• 17:30 – Avaliação genômica do Gir Leiteiro: resultado do primeiro semestre de 2023 para fêmeas e touros jovens da pré-seleção Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais
Mini Fazenda
• 08:00 – 20:00 – Visitação aberta ao público
Julgamento
• 09:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens da Raça Girolando | pista 3 - Fêmeas Jovens CCG 3/4), de Jersey (pista 4) e de Gir Leiteiro (pista 1)
• 14:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1), de Guzerá (pista 3) e de Holandês (pista 4)
• 15:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Machos CCG 3/4)
Leilões e Shoppings
• 14:00 – Leilão Elo de Minas | Raça: Girolando Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web
• 20:00 – 17º Leilão Gir Leiteiro Reserva Especial 2B | Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web
• 20:00 – 5º Leilão Orgulho de Minas | Raça: Girolando Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web
Programação Especial
• 08:00 – Festival do Queijo Artesanal de Minas Local: Expominas
• 08:00 – Seminário Técnico do Queijo Artesanal de Minas Local: Auditório Expominas
Mini Fazenda
• 10:00 – 18:00 – Visitação aberta ao público
Julgamento
SÁBADO (10/06/2023)
• 08:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Adultas e Progênies CCG 3/4 | pista 3 – Fêmeas Adultas e Progênies CCG 1/4), de Gir Leiteiro (pista 1) e de Jersey (pista 4)
• 14:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Adultas e Progênies da Raça Girolando | pista 3 - Fêmeas Adultas e Progênies CCG 1/2) e julgamento de Gir Leiteiro (pista 1)
• 19:00 – Divulgação e premiação dos melhores expositores e criadores da 32ª Exposição Nacional de Girolando | ENCERRAMENTO Local: Pista de Julgamento
Saída dos Animais
• 06:00 – Início da saída dos animais da Megaleite 2023
QUARTA-FEIRA (07/06/2023)
DOMINGO (11/06/2023)
Acesse o site do evento www.megaleite.com.br
*Programação sujeita a alterações até o início do evento.
74
75
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
EXPOSIÇÕES E EVENTOS
Larissa Vieira
PITTY
Pistas refletem qualidade do Girolando
Premiação na ExpoZebu 2023
Entre os eventos em que a raça participou está a Exposição Interestadual de Girolando - Circuito Megaleite
2022/2023, realizada durante a ExpoZebu
Exposições em várias regiões do
Brasil tiveram a participação da raça
Girolando, dentre elas Leopoldina,
Expogrande, Exposul Rural e ExpoZebu,
confirmando a qualidade
dos trabalhos de seleção que vem
sendo desenvolvidos por diversos
criatórios. Um exemplo foi a 88ª ExpoZebu,
realizada de 29 de abril a 7
de maio, no Parque Fernando Costa,
em Uberaba/MG. Dos mais de
2.300 bovinos de várias raças participantes,
130 eram de Girolando.
Eles concorreram em julgamento e
torneio leiteiro. A feira sediou a Exposição
Interestadual de Girolando -
Circuito Megaleite 2022/2023 e teve
como jurado Juscelino Ferreira.
Para o expositor José Renato
Chiari, que encerrou o evento como
Melhor Criador, Melhor Expositor e
Melhor Afixo, a pista vem refletindo
os investimentos em melhoramento
genético. “É uma felicidade enorme
ganhar na ExpoZebu, porque aqui é
um lugar sagrado e que representa
uma das raças mães do Girolando. É
a coroação de um trabalho de seleção,
focado no uso de touros Girolando
e de ferramentas, como a genômica”,
pontua Chiari.
Para o expositor Túlio Gomes
Araújo, que conquistou os títulos de
Melhor Criador e Melhor Expositor
CCG 1/4, vencer na ExpoZebu é a
realização de um sonho de criança.
“Sempre vinha com meu pai na feira,
via os animais e sonhava um dia
participar como expositor. Participamos
o ano passado, conquistando
algumas premiações, mas agora tivemos
um desempenho ainda melhor”,
comemora Araújo. O expositor Luiz
Fernando Pinto Monteiro de Barros,
que levou para casa o Grande Campeonato
de fêmeas CCG 1/2, ressalta
que a vitória é fruto de uma seleção
genética que busca identificar o me-
76
77
REVISTA O GIROLANDO
PITTY
lhor da raça. “É uma emoção ver um
animal de meu criatório vencer na
ExpoZebu”, garante.
Entre as fêmeas Girolando CCG
1/2, o troféu de Grande Campeã ficou
com Tequila FIV da Pavana, do
expositor Luiz Fernando Pinto Monteiro
de Barros. A Melhor Fêmea Jovem
foi Tais FIV da Pez, da expositora
Maria Beatriz do Prado Zago, que
também conquistou o título de Melhor
Criadora. A Melhor Vaca Jovem
foi 2530 FIV Vidralia Country JCRF,
da expositora Mirian Moreira Santana.
O Melhor Expositor foi Paulo
Victor Sousa Machado.
No Girolando CCG 3/4, a Grande
Campeã foi Bruna da Pavana, do
expositor Luiz Fernando Pinto Monteiro
de Barros. A Melhor Fêmea
Jovem foi Ramalha Delta Lambda
FIV Boa Fé, do expositor Ezra Ma,
também Melhor Criador/Expositor.
A Melhor Vaca Jovem foi Bruna da
Pavana, do expositor Luiz Fernando
Pinto Monteiro de Barros.
No Girolando CCG 1/4, a Grande
Campeã foi Geleira FIV das Arábias
I, do expositor Jônadan Ma. A Melhor
Fêmea Jovem foi Daslu FIV Ivã
Premiação do Torneio Leiteiro na ExpoZebu
da Juluca, do expositor João Pedro
Ayres neves de Azevedo. A Melhor
Vaca Jovem foi Pass Ocitocina FIV,
do expositor Túlio Gomes Araújo.
No Girolando, a Grande Campeã
foi ICH Q259 Lapa Pety, do expositor
José Renato Chiari. O Grande
Campeão foi BH 27 Crushabull
FIV JGG, da Fazenda Passatempo.
A Melhor Fêmea Jovem foi Rovena
Hancock FIV da Boa Fé, do expositor
Ezra Ma. A Melhor Vaca Jovem
foi ICH T5123 Alicia Crushabull, do
expositor José Renato Chiari.
Torneio Leiteiro - A vaca CCG
1/2 Arena das Arábias foi a Grande
Campeã de Produção Absoluta de
Leite com uma produção de 216,680
kg/leite em nove ordenhas, atingindo
a média de 72,227 kg/dia. O animal
pertence ao expositor Jônadan
Ma. “A raça Girolando tem elevado
sua produção de leite de forma significativa
ao longo dos últimos anos
graças ao trabalho de seleção criterioso
dos criadores. E o torneio leiteiro
refletiu toda essa evolução”, diz
Ma.
Já na categoria Composição do
Leite a campeã foi Happy FIV Mccutchen
Guto, da expositora Mirian
Moreira Santana. Ela teve uma produção
de 177,952 kg, obtendo uma
média de 59,317 kg. Happy é uma
vaca adulta Girolando 5/8.
Mais eventos
A cidade de Cachoeiro do Itapemirim/ES
sediou de 4 a 7 de maio
a Exposul Rural ES 2023. Com 172
animais inscritos, a raça Girolando
contou com julgamento e torneio
leiteiro. Os trabalhos na pista foram
conduzidos pelo jurado Artur Patrus
Campo Belo.
Nas competições na pista de julgamento,
a Grande Campeã CCG 1/2
foi Esmeralda FIV MCCUTCHEN
SV, do expositor Célio Tubes Liborio.
A Grande Campeã e Melhor
Vaca Jovem CCG 3/4 foi Pitucha FIV
Kingboy SJ Lalu, do expositor Luiz
Claudio Bastos. A Grande Campeã
Girolando foi Pandora FIV Bandoli,
do expositor Luiz Carlos Bandoli
Gomes.
No torneio leiteiro, a Campeã
Vaca Jovem foi Sorocaba FIV Montross
Santa Luzia, do expositor Emanuel
Ribeiro Moulin. Ela teve produção
de 139,570 kg/leite, média
78
79
REVISTA O GIROLANDO
DIVULGAÇÃO
Premiação na Exposul Rural ES
de 46,523 kg/leite. A Campeã Vaca
Adulta foi Heliacia FIV CAL, do expositor
Emilio Vieira Paulino, com
produção de 289,180 kg/leite, média
de 96,393 kg/leite.
Expogrande
21ª Exposição com Julgamento
Ranqueado de Girolando
Maior feira agropecuária do Mato
Grosso do Sul, a 83ª Expogrande
aconteceu de 13 a 23 de abril no Parque
de Exposições Laucídio Coelho,
em Campo Grande/MT. Durante o
evento, aconteceu a 21ª Exposição
com Julgamento Ranqueado da Raça
Girolando, sob o comando do jurado
Frederico Paiva. A Associação
Brasileira dos Criadores de Girolando
foi representada pelo diretor de
Fomento e Eventos, Marcelo Real.
A Grande Campeã CCG 1/2 foi
Atena Ribeirão Grande, do expositor
Rodipa Agropecuária Ltda. A
Grande Campeã CCG 1/4 foi Cristina
Profana Moura Leite, do mesmo
expositor. A Grande Campeã Girolando
foi Exótica Evoque Morty R
da Fortaleza, do expositor Rubens
Belchior da Cunha Filho. O Grande
Campeão foi Macan Evoque Máquina
R da Fortaleza, do mesmo expositor.
A raça também foi destaque no
Showpec, um evento de circuitos de
palestras que ocorreu durante a Expogrande.
O pesquisador da Embrapa
Gado de Leite, Marcos Vinícius
Barbosa Silva, ministrou uma palestra
sobre o uso da genômica.
Leopoldina
A 1ª Exposição Interestadual
de Girolando – Circuito Megaleite
2022/2023 – Etapa Sul/Sudeste aconteceu
de 10 a 15 de abril na cidade de
Leopoldina/MG. Quem comandou o
julgamento foi o jurado Fábio Fogaça.
A Grande Campeã CCG 1/4 foi
CHL Famosa FIV Teatro, do expositor
Luiz Carlos Bandoli Gomes. A
Grande Campeã 3/4 foi Hannie FIV
Doorman MJP, do expositor Marcos
José de Paiva. O Grande Campeão
foi TBF Corola, do expositor Tiago
Ferreira. A Grande Campeã Girolando
foi Pandora FIV Bandoli, do
expositor Luiz Carlos Bandoli Gomes.
Além das competições em pista,
a Exposição de Leopoldina sediou o
3° Encontro Regional do Conseleite
MG. O presidente da Associação
Brasileira dos Criadores de Girolando,
Domício Arruda, participou do
debate, cujo tema central foi “Como
utilizar a nova ferramenta geradora
de valores de referência do leite”. Ele
destacou a importância do Conseleite
para a tomada de decisão dos produtores
rurais.
Todos os resultados completos
das exposições estão disponíveis no
site da Girolando.
Exposição de Leopoldina teve reunião do
Conseleite MG
80
81
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GESTÃO
DIVULGAÇÃO
Silo cincho: conservação de forrageira a baixo custo
Compactação da silagem no silo cincho
Uma das vantagens desse modelo é dispensar o uso de maquinário e mão de obra especializada, reduzindo
o custo da instalação
No dicionário, uma das definições
da palavra cincho é “o molde
usado para apertar o queijo”. Mas,
no Norte de Minas Gerais, o cincho
tem sido fonte de alimentação
do gado durante os longos períodos
anuais de estiagem. Com a aproximação
dessa época mais seca do ano
no Estado, a tecnologia de armazenar
forragem em pequenos bolos
vegetais compactados é a garantia de
sobrevivência dos animais e de renda
para produtores de pequeno porte
que exploram a pecuária leiteira.
No município de Brasília de Minas,
a cerca de 100 quilômetros de
Montes Claros, a equipe da Empresa
de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Estado de Minas Gerais
(Emater-MG) tem divulgado intensamente
a tecnologia de implantação
de silos cincho na agricultura fami-
liar. A iniciativa começou em 2015,
na comunidade chamada Raiz, com
a confecção experimental de um silo
desse tipo, que dispensa o uso de
trator para a compactação da matéria
vegetal e armazena quantidades
menores de forragem. “Nos últimos
anos, já realizamos vários eventos
para apresentar as vantagens do silo
cincho e o processo de montagem.
A prática já se tornou comum aqui
82
83
REVISTA O GIROLANDO
DIVULGAÇÃO
no município e em outros vizinhos,
o que demonstra a satisfação com
o processo”, afirma o extensionista
agropecuário Manoel Milton de
Sousa, da Emater-MG.
Ele explica que o silo cincho é
ideal para propriedades com poucos
animais e também pouco material
forrageiro para ser transformado em
silagem. Além disso, por dispensar
o uso de máquinas para a compactação,
que é feita pisoteando a forragem,
o processo fica bem mais
barato. Manoel Milton conta como
conheceu a tecnologia: “Em conversa
com um comerciante do setor
agropecuário local, ele me falou de
um modelo de silo, que chamava de
silo bolo. A conversa me despertou
interesse e fui pesquisar mais sobre
o assunto. É uma tecnologia antiga,
de origem Italiana, e a Emater-MG
já havia utilizado essa prática, principalmente
na região do Vale do Jequitinhonha,
que também enfrenta
longos períodos de seca”, diz o extensionista.
Materiais
Inicialmente, era utilizada uma
chapa de aço de 14 milímetros para
dar forma ao silo. Mas o produtor
rural Carlos Roberto, também de
Picar o material no tamanho ideal garante mais
qualidade à silagem.
Brasília de Minas, teve a ideia de
utilizar uma chapa de zinco, mais
barata e bem mais leve, que pode ser
inclusive enrolada, quando não estiver
em uso. Por ser bem mais fina
que a chapa de aço, foi necessário
fazer adaptações com vergalhões nas
bordas superior e inferior para dar
maior firmeza na forma. “Esse novo
arranjo atende todos os requisitos da
forma original, mas com um custo
mais acessível e até mais facilidade
no transporte”, elogia Manoel Milton.
Além da chapa metálica (geralmente
de 50 centímetros de altura
por 10 metros de comprimento), os
outros materiais necessários são lona
plástica e corda, para acondicionar o
material ensilado. Para fechar a forma,
podem ser usadas dobradiças,
unidas com um pino, ou cantoneiras
e parafusos. “Uma forma dessas
pode armazenar até seis toneladas
de silagem”, informa o técnico da
Emater-MG.
Para a forragem, podem ser utilizados
diversos materiais, desde capim,
cana-de-açúcar, milho, sorgo, e
até ramas da mandioca. Um pequeno
desintegrador garante que os restos
vegetais sejam picados do tamanho
ideal para favorecer a fermentação
adequada da matéria verde, para garantir
a durabilidade e a qualidade
da alimentação para o gado.
Economia
O produtor rural Carlos Roberto
cita as diversas vantagens do silo
cincho: “Não preciso alugar a máquina
(trator) para compactar a forragem.
E outra coisa positiva é que
quase não perdemos nada da silagem,
depois de aberto o silo. Tenho
poucos animais e, se fosse fazer um
silo tradicional, que é bem maior,
corro o risco de desperdiçar parte
do material. E tem mais, não preciso
de muita forragem. Aproveitamos
todo resto de lavoura que não tenha
vingado, e até as ramas da mandioca,
depois que colhemos as raízes”, diz o
produtor.
O extensionista da Emater-MG
acrescenta que, caso haja necessidade
de alimentar um maior número
de animais, é possível fazer vários
pequenos silos, que serão abertos
conforme a demanda. “Por exemplo,
se for necessário ter 20 toneladas de
silagem para um ano, o que é ainda
considerado uma quantidade pequena,
o produtor pode fazer quatro silos
de cinco toneladas cada. Assim,
ele vai abrindo cada um conforme
a necessidade, e mantém a conservação
do material nos outros silos”,
explica Manoel Milton.
Para o produtor Valdir Ferreira
de Aquino, o silo do tipo cincho tem
sido a salvação, nestes tempos de
alta de combustíveis: “Já fizemos um
bocado de silos desses aqui. É bem
mais barato, porque não depende de
trator. Ainda mais que agora o combustível
está tão caro e aumentou
muito a diária de aluguel da máquina.
A ração fica perfeita, os animais
aceitam muito bem. O Milton (técnico
da Emater-MG) veio aqui e nos
explicou tudo como fazer.” Valdir
mantém cerca 25 animais na propriedade,
voltada para a pecuária de
leite. “Já faço comida pro meu gado
pra passar seis ou sete meses de seca”,
conta o produtor, já adaptado a passar
por longos períodos de estiagem.
84
APOLO
ALPHABET PINHALENSE - 3/4
OCD HELIX ALPHABET-ET x POLYFARM TEATRO FUMAÇA FIV
A Fonte da Melhor Genética
Assista ao vídeo
do Touro
MÃE DE APOLO
Filha do Consagrado Teatro da Silvana
Campeã do Torneio leiteiro Feicampo 2019.
Com pico de 93 Kg
Estância Pinhalense
Rodrigo Cadorini Fermi - (12) 99162.3466 - rcfermi@gmail.com
85
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GESTÃO
José Zeferino Pedrozo, Presidente da
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de
Santa Catarina e do Senar/SC
Taxação do agro e a
reforma tributária
Ignorância, má fé, oportunismo
e dificuldade para compreender
a complexa realidade brasileira
parece estar por trás daqueles
que – nos últimos tempos – passaram
a defender “a tributação do
agronegócio”, como se o setor já
não fosse penalizado por variáveis
imprevisíveis como clima, mercado,
pragas, guerras etc.
Infelizmente, a verdade é uma
só: a carga tributária brasileira
é uma das maiores do mundo e
consome um terço das riquezas
nacionais. O Brasil é ineficiente,
cobra impostos elevados e presta
serviços precários. O Sistema
Tributário Nacional está longe
de ser ideal, porque é complexo,
moroso, burocrático, gigantesco
e injusto. São milhares de normas
tributárias federais e milhares de
normas dos 26 Estados, do Distrito
Federal e dos mais de 5.500
municípios. Levantamento recente
mostra a existência de quase
90 tributos, incluindo impostos,
taxas, contribuições de melhoria,
contribuições sociais, de intervenção
no domínio econômico,
para categorias econômicas ou
profissionais e empréstimos compulsórios.
É muito curioso que o Governo
Federal não planeja reduzir
despesas, enxugar o tamanho
da máquina, fazer uma reforma
administrativa ou implementar
um programa de racionalização,
desburocratização e aumento da
eficiência do Poder Público. Ao
contrário, aumenta o número de
Ministérios, cria cargos, eleva os
salários e, enfim, só eleva as despesas.
Em compensação, quer tributar
um setor que gera 25% das
riquezas produzidas no país, sustenta
1 em cada 5 postos de trabalho
formais e responde pela
metade das exportações brasileiras,
colocando 150 bilhões de dólares
em divisas para o superávit
comercial. A população ocupada
no agronegócio brasileiro supera
19 milhões de pessoas, sendo que
somente na agroindústria o contingente
ocupado é de 4 milhões
de trabalhadores. Isso representa
bilhões de reais em salários e rendimentos
injetados mensalmente
na economia.
A comida não surge por geração
espontânea nas gôndolas dos
supermercados. Milhões de famílias
de produtores e empresários
rurais no campo e milhares de
operários nas agroindústrias trabalham
para produzir e processar
carnes, grãos, leite, frutas, hortaliças
etc. para alimentar o Brasil e
boa parte do Planeta. Além da segurança
alimentar que oferece aos
brasileiros, a agricultura verde-
-amarela alimenta quase 1 bilhão
de pessoas no mundo.
Não há dúvida que o País necessita
de uma ampla, justa e racional
reforma tributária, mas
inexiste consenso sobre essa ma-
téria. O Legislativo Federal, nesse
momento, analisa diferentes
Propostas de Emendas Constitucionais
(PECs): a PEC 45/2019,
que tramita na Câmara dos Deputados,
que substitui vários tributos
pelo Imposto sobre Bens e
Serviços (IBS), e a PEC 110/2019,
proposta no Senado Federal, que
estabelece um imposto subnacional,
um imposto federal seletivo
e uma contribuição federal sobre
a produção e circulação de bens e
serviços.
As duas propostas, especialmente
as PECs 45 e 110, propõem
um sistema padronizado de alíquotas
e, dessa forma, aumentam
a carga tributária sobre as cadeias
produtivas do agronegócio. Na
Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA) nós já
alertamos que a aprovação da reforma
tributária nos moldes de
uma alíquota fixa para diferentes
setores pode provocar um aumento
de carga tributária para a agricultura
e para a pecuária, afora os
impactos sobre a inflação e o aumento
do custo dos produtos ao
consumidor final.
Aumentar a tributação do agro,
como mostram experiências desastrosas
em outros países, resulta
em desestímulo de todos os atores
das cadeias produtivas, queda de
produção, aumento generalizado
dos alimentos, inflação, carestia,
fome e miséria. E os pobres serão
sempre os mais prejudicados.
86
87
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GENÉTICA
Equipe Alta
DIVULGAÇÃO
Vacas de 4 Eventos são mais eficientes e lucrativas
Objetivo é melhorar a lucratividade de cada rebanho
A atividade leiteira é um negócio
e precisa ser lucrativa. Os produtores
buscam constantemente o aumento
de eficiência e produtividade
dentro da fazenda, com o objetivo
de aumentar seus lucros. Mas, como
é possível conseguir esse aumento
de eficiência e produtividade?
Para mostrar ao produtor quais
são os bovinos mais eficientes e lucrativos
de um rebanho, o conceito
de Vaca de 4 Eventos vem sendo
aplicado pela empresa Alta. De acordo
com o gerente de Leite da Alta,
Uso de genética de alta qualidade permite ter
no rebanho vacas de 4 eventos
Cleocy Júnior, a Vaca de 4 Eventos,
como o próprio nome diz, é um animal
eficiente e que não traz problema
para o produtor. “Quando você
vê as informações de uma vaca, em
qualquer ficha ou banco de dados
do seu programa de gerenciamen-
88
89
REVISTA O GIROLANDO
to de rebanho, a Vaca de 4 Eventos
possui, unicamente, quatro principais
ocorrências listadas ao longo
de sua lactação: Parto, Inseminação,
Diagnóstico de Prenhez e Secagem.
Então, é um animal que produz
muito leite, não traz problemas e,
por isso, permanece na fazenda por
muito tempo produzindo. Ou seja, a
Vaca de 4 Eventos entrega a lucratividade
para o produtor”, afirma.
Eventos básicos, como mudança
de lotes, casqueamentos, vacinações
e reconfirmações da prenhez, também
ocorrem durante a lactação de
uma vaca. Contudo, o que realmente
não deve estar anotado na ficha de
lactação de uma Vaca de 4 Eventos
são os contratempos: os problemas
de alto custo e demorados, que impedem
a lucratividade geral do rebanho.
“Uma Vaca de 4 Eventos não
Gerente de Leite da Alta,
Cleocy Júnior
desenvolve mastite, não é acometida
por hipocalcemia clínica, cetose
e nem mesmo retenção de placenta.
Além disso, é um animal que não
tem claudicações e não aborta o seu
bezerro durante a prenhez. Ela não
contrai doenças, infecções e problemas
que podem causar grandes dores
de cabeça, mesmo para os melhores
produtores de leite”, detalha o
gerente de Leite.
O objetivo do produtor não deve
ser o de ter apenas uma Vaca de 4
Eventos dentro da fazenda, mas,
sim, um rebanho inteiro de quatro
eventos. “O produtor precisa considerar
o tempo e o dinheiro que ele
economiza, assim como a tranquilidade
que vai ganhar com as Vacas
de 4 Eventos, que não exigem tratamentos
caros e não diminuem a
produção de leite devido a problemas
de saúde”, destaca.
Uma das melhores maneiras de
criar mais Vacas de 4 Eventos para
o seu futuro rebanho é focar sua seleção
genética em características de
saúde, como a Vida Produtiva (PL).
“Quando você trabalha para dar
ênfase suficiente à Vida Produtiva
(PL) em seu Plano Genético personalizado,
isso não significa apenas
que você criará vacas que ficaram
mais velhas. A PL prevê quais vacas
serão mais resistentes, mais saudáveis
e mais fáceis de manejar. Incluir
Vida Produtiva em seu Plano Genético
aumentará suas chances de ter
um rebanho cheio de Vacas de 4
Eventos”, garante Cleocy.
Vacas com alto valor genético
para Vida Produtiva têm menos
problemas após o parto e durante
a lactação. “As vacas com alta Vida
Produtiva têm menos abortos, menos
problemas de reprodução e tiveram
menos casos de deslocamento
de abomaso, claudicação, mastite e
retenção de placenta. Consequentemente
isso levou com que menos
vacas de alta Vida Produtiva deixassem
o rebanho involuntariamente e
permanecessem mais tempo produzindo
e gerando lucros na fazenda”,
destaca.
O acesso a um material genético
de alta qualidade, às ferramentas
de suporte especializadas para a tomada
de decisão, soluções integradas,
expertise técnica e serviço de
consultoria para fornecer soluções
customizadas aos produtores de leite
auxiliam o produtor a criar um
rebanho repleto de Vaca 4 Eventos.
“Com a inseminação artificial é possível
usar touros comprovadamente
superiores, o que é uma grande segurança
para o aumento da produtividade.
Outra vantagem é a possibilidade
de selecionar touros que
melhor atendam às particularidades
de cada rebanho, promovendo evolução
mais rápida dos rebanhos, de
acordo com as necessidades de cada
fazenda e da realidade de mercado”,
explica o gerente de Leite.
90
91
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GIROLANDO E VOCÊ
DIVULGAÇÃO
América Latina de olho no Girolando
Um dos países que mais importa sêmen
da raça Girolando, o Panamá foi escolhido
para a retomada do projeto internacional
Brazilian Girolando, que, por conta da pandemia,
estava paralisado. A Feira Internacional
David, realizada em março, teve uma
participação inédita da raça, com exposição
de 25 animais, além de um estande para divulgar
as inovações da Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando e das empresas
associadas.
O Brazilian Girolando tem como objetivo
promover no exterior a genética Girolando,
que vem conquistando espaço por
conseguir boa produção de leite em regiões
tropicais e a baixo custo. “No caso do Panamá,
a raça está viabilizando o desenvolvimento
da pecuária leiteira nas áreas mais
baixas, de grande umidade e temperaturas
elevadas, por ter grande adaptabilidade, menor
estresse calórico e resistência maior a parasitas
e doenças. Os produtores têm utilizado
os touros Girolando tanto para formação
de rebanhos puros quanto em cruzamentos
com raças crioulas para melhorar a produção
de leite”, explica o gerente do projeto
internacional Brazilian Girolando, Marcello
Cembranelli, que conduziu uma mostra da
raça na pista de julgamento do evento, destacando
as principais características raciais e
de desempenho dos animais Girolando.
De acordo com a diretora de Relações
Internacionais da Girolando, Tatiane Tetzner,
a demanda pela genética da raça é forte
na América Latina. “Nossa missão é levar
informações técnicas sobre a raça não só
para o Panamá, mas também para vários
países da América Latina. Também vamos
divulgar as tecnologias desenvolvidas pelas
empresas e o trabalho de seleção dos criatórios
parceiros do projeto”, esclarece.
Em maio, a entidade recebeu em sua
sede visitantes estrangeiros de vários países
para o “Encuentro para Ganaderos”. O
presidente Domício Arruda destacou que a
entidade emitirá, a partir de 2023, a Certificação
Internacional da raça Girolando em
países interessados em garantir a qualidade
genética e o padrão racial de seus rebanhos.
Participaram criadores da Bolívia, Colômbia,
Equador, República Dominicana,
México e Venezuela. Segundo o presidente
da Associação Venezuelana de Criadores de
Zebu, José Antonio Carrasquero, está sendo
Comitiva de estrangeiros na sede da Girolando
Projeto Brazilian Girolando volta a percorrer vários eventos internacionais para fomentar o uso da
raça e de tecnologias
alinhada uma parceria com a Girolando na
área de melhoramento genético. “A proposta
é contar com todo o know-how da Associação
de Girolando para implantarmos em
nosso país os serviços de controle leiteiro e
de registro genealógico”, diz Carrasquero.
No México, a raça vem crescendo e a
demanda maior é por animais Girolando
CCG 1/2. “Como nossa região tem um clima
muito quente e úmido, o Girolando consegue
manter uma boa produção de leite.
Fizemos um estudo com animais CCG 1/2
e ficou comprovado que a raça tem produção
bem acima da média nacional. Tivemos
uma produção média de 18 litros/leite/dia
enquanto a média no país não ultrapassa 9
litros/dia. Para o México é a raça ideal”, garante
o criador de Girolando no México,
Manuel Suarez.
O encontro internacional também contou
com a presença de representantes das
empresas parceiras do Brazilian Girolando
ABS, ACN Agropecuária, Agroexport,
Agrotrip, CRV, GBF Global, Grupo Cabo
Verde. Outras empresas participantes do
projeto são Fazenda Floresta, Estância K,
Zago Agropecuária e revista Pecuária Brasil.
92
93
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GIROLANDO E VOCÊ
PRETA RIBEIRO
Associações fundam Frente para defesa da pecuária
Representantes das associações
integrantes da FABB
O grupo tem a participação de 14 entidades responsáveis pelo registro genealógico de bovinos e
da ASBIA
Associações de raças delegadas do Ministério
da Agricultura e Pecuária para o
serviço de registros genealógico uniram
forças na defesa dos direitos das entidades
e fundaram a Frente das Associações de
Bovinos do Brasil (FABB). Capitaneada
pela Associação Brasileira dos Criadores
de Zebu (ABCZ), a iniciativa foi oficializada
no dia 5 de maio, durante reunião com
a presença de representantes das 14 associações
que agora integram a FABB. Também
faz parte do grupo a Associação Brasileira
de Inseminação Artificial (ASBIA).
“O grupo de trabalho é uma iniciativa da
ABCZ para assegurar oportunidades mais
amplas de participação em assuntos de interesse
da pecuária nacional, como a agilidade
na liberação de touros em central”,
destaca o presidente da ABCZ, Gabriel
Garcia Cid.
Durante o encontro, foram apresentadas
propostas de alinhamento de demandas
de ordem técnica, política e de
comunicação em favor dos produtores.
Em pauta, definições sobre atribuições de
cada representante e vigência de atuação.
“Apesar de serem raças diferentes, muitas
vezes as demandas das associações em
relação ao registro genealógico são semelhantes.
Então, a união das entidades na
busca de soluções junto ao Ministério da
Agricultura e Pecuária contribuirá para
dar a celeridade a demanda de todos”, ressalta
o presidente da Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando, Domício Arruda.
O superintendente Técnico da entidade,
Leandro Paiva, também participou
da reunião.
Para a presidente da Associação Brasileira
de Angus e Ultrablack, Mariana
Tellechea, essa iniciativa inédita marcará
a história da pecuária nacional brasileira.
“Estamos muitos orgulhosos e felizes por
estarmos fazendo parte da Frente. O Brasil,
por ser um dos principais países exportadores
de carne do mundo precisa ter
essa união, só assim conseguiremos abrir
novos espaços para as nossas raças. Teremos
outros encontros e nesses momentos
iremos apresentar propostas técnicas,
políticas e de comunicação”, comemora a
presidente da Angus.
Ficou definido que haverá uma alternância
entre as entidades para o comando
da Frente. A ABCZ será a primeira associação
a coordenar. Após o primeiro ano
de trabalho, a responsabilidade da liderança
passará para a Girolando. Também
ficou definido que as demandas de cada
equipe técnica das raças serão levantadas e
apresentadas no próximo encontro, agendado
para o dia 7 de junho, na Megaleite
2023, em Belo Horizonte/MG.
As demais associações que fazem parte
da FABB são: Associação Brasileira de
Santa Gertrudis; Associação Brasileira de
Criadores das Raças Simental e Simbrasil;
Associação Brasileira dos Criadores
de Bovinos das Raças Wagyu; Associação
Brasileira dos Criadores de Girolando;
Associação Brasileira dos Criadores de
Hereford e Braford; Associação Brasileira
dos Criadores de Marchigiana; Associação
Brasileira dos Criadores de Devon e Bravon;
Associação Brasileira dos Criadores
de Bovinos Senepol; Associação Brasileira
de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa;
Associação Brasileira de Brangus;
Associação Brasileira dos Criadores de
Caracu; e Associação Nacional de Criadores
de Herd-Book Collares.
94
/nutri.mosaic
/nutrimosaic
REBANHO MAIS
PRODUTIVO.
RENTABILIDADE
MAIS ALTA.
Melhor
aproveitamento
de nutrientes.
Maior
rendimento
na silagem.
Aumento
do número
de animais
por área.
Quando o rebanho é bem nutrido, o resultado é de
peso também no leite. MPasto é a linha de fertilizantes
desenvolvida especialmente para a nutrição da pastagem
e forrageiras conservadas, fornecendo ao rebanho
a alimentação necessária para aumentar a qualidade
da produção e a sua rentabilidade. Pode confiar: MPasto
é da Mosaic Fertilizantes. Peça ao seu distribuidor.
www.nutrimosaic.com.br/mpasto
95
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
MERCADO
Equipe Berrante
BERRANTE COMUNICAÇÃO
Mercado de animais ganha novo formato de vendas
Berrante e Agro Reserva inovam com o Agro Experience
Evento promovido pela Berrante em março deu
origem à proposta do Agro Experience
Que tal começarmos com uma pequena
dinâmica? Experimente digitar
“experiência do cliente” na barra de pesquisas
do Google. Só na primeira página,
uma infinidade de resultados: desde
análises e definições muito bem elaboradas,
até cursos de renomadas instituições
sobre o tema, ou ainda blog-posts
caça-cliques com listas “infalíveis” de
como, de fato, promover uma experiência
para o seu cliente, seja qual for o seu
ramo de atuação.
E o mais interessante é que, quanto
mais conteúdos lemos, a quantas mais
“receitas” temos acesso, mais é possível
perceber que até podemos buscar por
inspirações, mas as experiências, por si
só, são únicas!
Partindo também dessa premissa,
Berrante e Agro Reserva vivem um
momento bastante alinhado a esta ideia
de promover experiências, encantar o
cliente e criar conexões! O segredo? Não
existe, porque nosso desafio é reinventar
a cada dia. “Preferimos sempre ver o
copo mais cheio a vazio. Nesses momentos
de instabilidade é que enxergamos
mais oportunidades para crescer”, diz
Gustavo Ribeiro, CEO da Berrante e da
Agro Reserva, em uma breve análise sobre
a instabilidade política e econômica
vivenciada no último ano, o que não impediu
o crescimento das duas empresas.
Para Ribeiro, uma das chaves esteve
na convicção sobre o poder da comunicação:
“É a ferramenta mais importante
para que você se posicione, crie valor
para a sua marca, principalmente nesses
momentos de desafio. Então, foi o que
fizemos: orientamos nossos clientes e
passamos a trabalhar para poder enxergar
oportunidades dentro desse cenário”.
O principal fruto desse crescimento
está baseado na grande aposta do empresário
e de toda a sua equipe. Trata-se
de um centro experimental onde é possível
testar e validar produtos: “Comunicando
isso, expandindo canais de venda,
aumentando nossa presença digital, e
criando um novo canal de comercialização
para as marcas que atendemos”, enfatiza
Gustavo, que traz a palavra-chave
deste momento da comunicação: investir
na experiência do cliente.
E aí está outra grande palavra-chave,
totalmente ao encontro das inúmeras
formas de criar experiências: presença!
Participar dos momentos, das oportunidades
em que as marcas precisam e podem
ser vistas. Estar onde o público está.
BX: a materialização de um sonho
O que chancelou a criação desse projeto
criado em função das experiências
foi um evento realizado no final do mês
de março, no próprio Berrante Ranch. O
BX, com o convite “Viva o seu momento
Agro Experience”, trouxe a proposta
de aproximar os clientes da Berrante, os
clientes da Agro Reserva, e criar essas
conexões entre empresas e produtores
rurais que precisam das soluções que
essas empresas entregam. “Vejo que foi
uma experiência muito bem-sucedida
em termos de organização, presença do
público, presença de autoridades e, especialmente,
quando fizemos uma pesquisa
de satisfação, entendemos que a
mensagem foi bem-passada; às pessoas
gostaram e valorizaram o que foi vivido
aqui”, afirma Gustavo Ribeiro.
Para o CEO, esse era o combustível
necessário para acreditar que o caminho
está correto e a proposta é ser cada vez
melhor: “Se nós vendemos 100 novilhas
Girolando, por que não podemos vender
200? Se tivemos aqui 15 empresas
parceiras, por que não podemos pensar
em ter 30? Se foi um dia muito focado
na pecuária, vamos fazer um evento de
dois dias envolvendo também 100% da
agricultura, com talhões experimentais.
Isso vai continuar, e ser cada vez mais
um ambiente de inovação, conexões, relações
comerciais e muito networking”,
adianta.
“E assim como toda a atmosfera do
agro, o mundo não para, apesar das dificuldades”,
compara Gustavo, trazendo
um incentivo a toda a cadeia produtiva.
“Não tem como desacelerar e faz parte
do ciclo pecuário, do ciclo da fazenda.
Precisam girar todas as atividades. O
agropecuarista, quando cai a primeira
chuva, não deixa de plantar, e depois
não deixará de colher e comercializar,
assim como as pessoas não deixam de
comer…”, e finaliza: “Então, sempre
acreditamos! Enxergamos nosso ramo
de atividade dessa forma”.
96
ALTA GIROLANDO:
Lideranças de
sumário e
de vendas
ELO SUPERSIREFIV KUB
Seagull-bay Supersire-et X Mineira Teatro
Fiv Rpm da S. Antonio
CARUSO FIV MONTEREY 2B DA MIRAÍ
View-Home Monterey-et X Quelinha
Everest Fiv 2b
97
REVISTA O GIROLANDO
NOVOS ASSOCIADOS
ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO
SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES FEVEREIRO / MARÇO E ABRIL DE 2023.
Nº CRIADOR MUNÍCIPIO
10796 AGROPECUÁRIA SETE COPAS LTDA
MAMBAÍ - GO
10818
10819
10812
10805
10804
10813
10807
10799
10810
10833
10803
10831
8313
10835
10817
10811
BRENO JOSÉ DE SOUZA JUNQUEIRA
CENTRO DE CIÊNC. HUM. SOCIAIS E AGRÁ-
RIAS DA UNI. FED. DA PARAÍBA (CCHSA/UFPB)
CÉSAR HENRIQUE OLIVEIRA DOS ANJOS
CÉZAR DE LIMA QUEIROZ JÚNIOR
COOP. CENTRAL DOS PRODUTORES RURAIS DE MG LTDA
EUZÉBIO PANCOTO
FAZENDA SANT’ANNA LTDA
FERNANDO COLCERNIANI JÚNIOR
GABRIEL POMPEI MATTA
GIROLANDO CAMBAÚVA
IGOR FEITOSA ARAÚJO
JAQUES SILVA SANTOS
JOÃO FLORESTA NETO
JOSE EYMARD MORAES DE MEDEIROS FILHO
JOSÉ GABRIEL LIMA BORGES
JOSÉ GILBERTO OLIVEIRA ALMEIDA
PRESIDENTE:
Domicio José Gregório Arruda Silva
VICE-PRESIDENTE:
Luiz Fernando Reis
1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO:
Marcos Amaral Teixeira
2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO:
Rubens Balieiro De Souza
1º. DIRETOR-FINANCEIRO:
José Antônio Da Silva Clemente
2º. DIRETOR-FINANCEIRO:
Luiz Cláudio Bastos De Moura
DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS:
Alexandre Lopes Lacerda
SAPUCAIA - RJ
BANANEIRAS - PB
PEDRO ALEXANDRE - BA
APARECIDA DO TABOADO - MS
BELO HORIZONTE - MG
MUNIZ FREIRE - ES
PARDINHO - SP
PARACATU - MG
PETRÓPOLIS - RJ
CAMPINÁPOLIS - MT
ARACAJU - SE
PATROCÍNIO - MG
SANTA BÁRBARA - MG
JOÃO PESSOA - PB
MONTES CLAROS - MG
RESENDE - RJ
Nº CRIADOR MUNÍCIPIO
10830
10815
10814
10816
10808
10798
10806
10797
8691
9453
10801
10832
10829
10793
10800
10820
LUCCA GIULLIANO MARCATTI
LUCIANO AFONSO OLIVEIRA BICALHO
MARCELO MORBIN
MARCELO RUTTER SALLES
NATALICIO ONÉRIO DE REZENDE/MÜLLER
RODRIGUES REZENDE
NEWTON CARDOSO
NIVALDO HENRIQUE TEIXEIRA NOGUEIRA DA GAMA
OMAR ROCHA FAGUNDES
OTÁVIO LUIZ DE CARVALHO SOUZA
PEDRO ANTÔNIO FREIRE
PLACIDINO GONÇALVES BORGES
RAFAEL MUNIZ MARCHEZI
RAFAEL RAMOS FEIJÓ MUNHOZ
RRCJ INVEST COTAS AGROPECUÁRIA EIRELI
TIAGO JESUS DE SANTANA
VITÓRIA DE OLIVEIRA MIRANDA
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Triênio 2023 / 2025
DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO:
José Renato Chiari
DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS:
Tatiane Almeida Drummond Tetzner
DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS:
Marcelo Renck Real
CONSELHO FISCAL:
Afonso Celso de Resende
Alexandre Honorato
José Luiz Zago
SUPLENTES CONSELHO FISCAL:
Alexandre Gondim Da R. Oiticica
Henrique Vieira Da Rocha
Márcio Eugênio Leite De Castro
Conselho de Representantes Estaduais:
BELO HORIZONTE - MG
BELO HORIZONTE - MG
AVARÉ - SP
POUSO ALEGRE - MG
MINEIROS - GO
PITANGUI - MG
ALÉM PARAÍBA - MG
ANÁPOLIS - GO
TAPIRA - MG
JI-PARANÁ - RO
CAMPO FLORIDO - MG
ANCHIETA - ES
BARUERI - SP
RIO DAS FLORES - RJ
RIBEIRA DO POMBAL - BA
UNAÍ - MG
CONSELHO CONSULTIVO:
Bernardo Sousa Lima Mattos De Paiva
Everardo Leonel Hostalacio
Olavo De Resende Barros Júnior
Paulo Cruz Martins Junqueira
Ronan Rinaldi De Souza Salgueiro
SUPLENTES DO CONSELHO CONSULTIVO:
Alexandre Freitas Dos Santos
Arildo Benetti Ferreira
Aurora Trefzger Cinato Real
Nelson Ariza
Ronaldo De Souza Queiroz
AL - Alessandro Teixeira Costa
AL - André Gama Ramalho
AL - João Paulo Brandão Do Amaral
AM - Ildo Lucio Gardingo
AM - Muni Lourenço Silva Júnior
BA - Cláudio Micucci Vaz Almeida
BA - Dirleia Santos Meira
BA - Fabricio Lima Costa
BA - Francisco Peltier De Queiroz Filho
BA - Marinaldo Da Silva Rocha
BA - Valdemir Acácio Osório
CE - Eduardo Felicio Calou Rodrigues Costa
CE - Rafael Carneiro Da Silveira
ES - José Luiz Vivas
ES - Rodrigo José Gonçalves Monteiro
ES - Weverton Machado Bastos
GO - Diego Hilario Ribeiro
GO - João Domingos Gomes Dos Santos
GO - Léo Machado Ferreira
GO - Luiz Eduardo Branquinho
MA - Joeldo Oliveira Lima
MG - Cleiton Gonzaga Castilho
MG - Eutálio Marcio Da Silva
MG - Evandro Do Carmo Guimarães
MG - Guilherme Mendes Rodrigues
MG - Gustavo Frederico Burger Aguiar
MG - João Dário Ribeiro
MG - João Machado Prata Júnior
MG - José Coelho Da Rocha
MG - José Humberto Resende
MG - Luciano Paiva Nogueira
MG - Marcelo Zuculin Junior
MG - Maria Cristina Alves Garcia
MG - Otavio Pereira Dos Santos Neto
MG - Renato Miglio Martin
MG - Roberto Martins De Andrade
MG - Roberto Martins Villela
MG - Rodrigo Lauar Lignani
MG - Sérgio Reis Peixoto
MG - Túlio Sertã Junqueira
MG - Vitor Cezar Vellozo
MS - Eduardo Folley Coelho
MS - Fábio Taveira Sandim
MS - Francisco De Paula Ribeiro Jr.
MS - Gustavo Henrique Panucci Da Silva
MS - Paulo César Doninho Pellegrini
MS - Reinaldo Vilela De Moura Leite
MS - Renato Prado Medrado
MS - Thiago Barros Xavier
MS - Thiago Nogueira Lemos
MT - Luciano Ferrari
PA - Adelino Junqueira Franco Neto
PB - Waerson José Souza
PE - Cristiano Nóbrega Malta
PI - Hermógenes Almeida De Santana Júnior
PI - José Gomes Do Amaral Neto
RJ - André Gustavo Vasconcellos Monteiro
RJ - Jean Vic Mesabarba
RJ - José Gabriel De Souza Machado
RJ - Luiz Carlos Bandoli Gomes
RN - Aécio Pinheiro Fernandes
RN - Alexandre Carlos Mendes
RN - Manoel Montenegro Neto
RN - Ricardo José Roriz Da Rocha
RO - Darcy Afonso Da Silva Neto
RO - Gilberto Assis Miranda
RO - Otayr Costa Filho
RS - Jairo Andre Gorczevski
RS - José Adalmir Ribeiro Do Amaral
SE - Carlos Augusto Santos Da Paixão
SE - Fúlvio Breno De Oliveira Lima
SE - João Bosco Machado
SE - Lafayette Franco Sobral
SE - Marciano Machado De Andrade Júnior
SP - Alexandre Pereira Da Costa
SP - Carlos Adalberto Rodrigues
SP - Fructuoso Roberto De Lima Filho
SP - João Pedro Ayres Neves De Azevedo
SP - Raul De Oliveira Andrade Neto
SP - Rubens Aparecido Câmara Júnior
TO - Napoleão Machado Prata
CDT
Membros Natos
Márcia Tereza Vieira Scarpati
Leandro de Carvalho Paiva
Membros Efetivos
José Renato Chiari , Edivaldo Ferreira Júnior,
Gustavo Sousa Gonçalves, Tiago Moraes Ferreira,
Marcello Mamedes dos Santos, Maurício Silveira Coelho,
Olavo de Resende Barros Júnior, Adriano Fróes Bicalho,
Cláudio André da Cruz Aragon
98
GIROLANDO KIDS
Diogo e José Anthoniel - Girolando Lima JF -
Fernandes Tourinho - MG
Maria Cecília Sandim -
Expogrande 2023
Raul - Fazenda Capão dos Porcos -
Sacramento-MG
Gabriela Freitas - Condomínio Olhos
D’água - Pompeu- MG
Guilherme Freitas - Condomínio Olhos
D’água - Pompeu- MG
Quer ver a foto do seu filho na revista Girolando? Envie a foto junto com o nome da criança e da
propriedade para o e-mail imprensa@girolando.com.br
997
FALE CONOSCO
Nome Cargo/Profissão Telefone Email Cidade/UF
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
Depto. Financeiro / ADM / MKT
Dúvidas / Reclamações: faleconosco@girolando.com.br
SUPERINTENDÊNCIA TÉCNICA E PMGG
EQUIPE DE CONSULTORES TÉCNICOS DO SRGRG
ADT
Assessoria de Imprensa
Assessoria Executiva da Diretoria
Bottons
Cobrança
Compras
Contabilidade
Contas a pagar
Controle Leiteiro
Departamento do Colégio de Jurados
DNA
Faturamento
Genealogia
Gerência de Projetos
Grife
Marketing
PMGG / Teste de Progênie
Protocolo
Recursos Humanos
Reprodutivo
Secretaria Executiva da Diretoria
Secretaria Executiva do Departamento Técnico
Superintendência Administrativa e Financeira
Superintendência de Tecnologia da Informação
Web Girolando
Leandro de Carvalho Paiva
Edivaldo Ferreira Júnior
Frederico Eduardo Martins de Paiva
José Wagner Borges Júnior
Mariana D’Angelo Moreno
Yasmine Micaella Lopes Loubach e Silva
André Nogueira Junqueira
Antônio Carlos Alves Brum
Ariana de Miranda Barros
Breno de Morais Cavalcanti
César Júnior Santos Dellatesta
Cléssio José Gomes Moreira
Dagmar Aparecido Rezende Ferreira
Diogo Balderramas Hulpan Pereira
Érico Maisano Ribeiro
Euclides Prata dos Santos Neto
Fabiano Samuel Balistieri
Fernando Boaventura Oliveira
Gabriel Khoury da Costa
George Abreu Filho
Geraldo Victor Rodrigues
Gilmar Sartori Júnior
José Renes da Silva
Juscelino Alves Ferreira
Katilene Lima Moraes
Leandro Rodello
Limírio Cézar Bizinotto
Lívia Tavares da Silva
Marcello de Aguiar R. Cembranelli
Maurício Bueno Venâncio Silva
Nilton Cézar Barcelos Júnior
Pétros Camara Medeiros
Raphael Henrique Machado Stacanelli
Samuel Silva Bastos
Thiago Cavalcanti de Almeida
Wewerton Bibiano Resende Rodrigues
Willian de Oliveira Santos
Superintendente Técnico - Zootecnista
Sup. Técnico Suplente e Coord. Técnico PMGG - Zootecnista
Técnico PMGG e Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Técnico PMGG e Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Técnica PMGG e Inspetora Técnica SRGRG - Zootecnista
Técnica PMGG e Inspetora Técnica SRGRG - Méd. Veterinária
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetora Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetora Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetora Técnico SRGRG - Méd. Veterinária
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Telefone: (34) 3331-6000 Site: www.girolando.com.br E-mail: girolando@girolando.com.br
(34) 99108-1925
(34) 99113-2315 / 99686-3813
(34) 99159-3213
(34) 98823-8267 / 99971-4367
(34) 99290-4950
(34) 99868-3228
(37) 99964-8872 / (31) 99413-3808
(33) 99905-6480
(94) 99154-0569
(79) 99988-3326 / 99125-1393
(65) 99986-2926
(88) 99608-4982 / 99272-5788
(67) 99679-3440
(61) 99853-1020
(28) 99939-1501
(34) 99972-3965
(66) 99995-5985
(34) 99248-0302
(75) 99981-0581 / (34) 99284-0581
(89) 99904-6484
(38) 99168-7566
(43) 9972-7576
(34) 99972-7882 / 99113-9613
(34) 99978-2237
(64) 99600-1814
(14) 99754-7595
(34) 99972-2820
(92) 99139-7097
(34) 98851-2831 / (51) 98047-7565
(65) 9920-2004
(34) 98403-7452 / (17) 99656-3380
(31) 97512-3456
(37) 99919-7808 / (34) 99969-1517
(12) 99606-5779 / 98120-0879
(81) 99945-6439
(32) 99979-6419 / 99105-8015
(69) 99277-9115
adt@girolando.com.br
imprensa@girolando.com.br
jmauad@girolando.com.br
bottons@girolando.com.br
cobranca@girolando.com.br
compras@girolando.com.br
contabilidade@girolando.com.br
contas@girolando.com.br
scl@girolando.com.br
cjrg@girolando.com.br
dna@girolando.com.br
faturamento@girolando.com.br
genealogia@girolando.com.br
projetos@girolando.com.br
grife@girolando.com.br
marketing@girolando.com.br
pmgg@girolando.com.br
protocolo@girolando.com.br
rh@girolando.com.br
reprodutivo@girolando.com.br
diretoria@girolando.com.br
cjrg@girolando.com.br
sup.administrativo@girolando.com.br
sup.tic@girolando.com.br
duvidasweb@girolando.com.br
sup.tecnico@girolando.com.br
ejunior@girolando.com.br
fmartins@girolando.com.br
jowagner@girolando.com.br
mmoreno@girolando.com.br
yloubach@girolando.com.br
anjcativo@hotmail.com
acarlosbrum@gmail.com
aryana.barros@hotmail.com
br_cavalcanti@yahoo.com.br
juniorcsd@hotmail.com
clessiomoreira@hotmail.com
dagmarezende@hotmail.com
d.balderramas@yahoo.com.br
eribeiro@girolando.com.br
eneto@girolando.com.br
balistieri@gmail.com
fboaventura@girolando.com.br
gabriel.khoury@hotmail.com
georgeabreu16@hotmail.com
geraldozootecnista@hotmail.com
gilmar@mamelle.com.br
jsilva@girolando.com.br
jferreira@girolando.com.br
katilene103@hotmail.com
inreproconsultoriapec@gmail.com
lbizinotto@girolando.com.br
liviatavares50@hotmail.com
marcreproducao@bol.com.br
mvenancio@girolando.com.br
nbarcelos@girolando.com.br
pmedeiros@girolando.com.br
rstacanelli@girolando.com.br
sbastos@girolando.com.br
talmeida@girolando.com.br
mais_genetica@yahoo.com.br
willianvet2009@hotmail.com
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Oliveira/MG
Manhuaçú/MG
Redenção/PA
Aracaju/SE
Juscimeira/MT
Fortaleza/CE
Campo Grande/MS
Brasília/DF
Guaçuí/ES
Uberaba/MG
Tapurah/MT
Uberaba/MG
Feira de Santana/BA
Corrente/PI
Montes Claros/MG
Arapongas/PR
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Jataí/GO
Araguaína/TO
Uberaba/MG
Manaus/AM
Santa Cruz do Sul /RS
Cuiabá/MT
São José Rio Preto/SP
Belo Horizonte/MG
Oliveira/MG
Jacareí/SP
Recife/PE
Divino de São Lourenço/ES
Ji-Paraná/RO
100 98
101
VENDA ESPECIAL
Fazenda Nossa Senhora Aparecida
Oportunidade para quem está iniciando plantel. Temos 125 vacas
em lactação, 90% de fiv, 70% do gado 1/2 sangue e 30% 3/4.
Temos ainda 60 vacas prenhas a parir até o final do ano para
reposição do plantel. Animais com lactação entre 20 e 40 litros
por dia a 13.000,00 reais para puxar o lote. Valores negociáveis.
102
Você, criador amigo, não perca
está excelente oportunidade.
Estamos em São João Nepomuceno,
Mg. Esperamos seu contato.
Será um prazer mostrar os animais.
Contato: Adriano Felipe
adrianofelipe9378@gmail.com
32-99932-9378