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Revista Girolando edição 134 abril/maio/junho

Fique por dentro das novidades da pecuária leiteira. A edição online da revista Girolando já pode ser acessada e traz em sua capa todas as informações sobre a Megaleite 2023 e os principais eventos da raça, além de reportagens sobre adubação de pastagem, sanidade, mercado de genética e muito mais.

Fique por dentro das novidades da pecuária leiteira. A edição online da revista Girolando já pode ser acessada e traz em sua capa todas as informações sobre a Megaleite 2023 e os principais eventos da raça, além de reportagens sobre adubação de pastagem, sanidade, mercado de genética e muito mais.

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REVISTA O GIROLANDO

MENSAGEM DA DIRETORIA

Domício José Gregório Arruda Silva

PRESIDENTE

Luiz Fernando Reis

VICE-PRESIDENTE

Marcos Amaral Teixeira

1. DIRETOR-ADMINISTRATIVO

Rubens Balieiro de Souza

2. DIRETOR-ADMINISTRATIVO

José Antônio da Silva Clemente

1. DIRETOR-FINANCEIRO

Luiz Cláudio Bastos de Moura

2. DIRETOR-FINANCEIRO

Alexandre Lopes Lacerda

DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS

José Renato Chiari

DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO

Tatiane Almeida Drummond Tetzner

DIRETORA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Marcelo Renck Real

DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS

O maior encontro da pecuária leiteira da América Latina de

todos os tempos! É com esse propósito que estamos trabalhando

incansavelmente na organização da 18ª edição da Megaleite.

Unimos forças com várias entidades para mostrar ao mundo

como a nossa pecuária leiteira é tecnológica e sustentável. Teremos

quatro dias de muitas oportunidades de negócios, de troca

de conhecimentos e de disputas acirradas nas pistas, afinal o criador

brasileiro não brinca em serviço quando o assunto é melhoramento

genético.

Pela qualidade que vem sendo apresentada nas exposições já

realizadas em 2023, a Megaleite será um show de genética. Quem

trabalha diretamente na seleção bovina sabe que não é fácil produzir

exemplares superiores e ter esse trabalho coroado em uma

pista de julgamento. É preciso um investimento constante em

avaliações genética/genômica do rebanho, em ferramentas tradicionais,

em acasalamentos, em biotecnologias de reprodução,

em nutrição, bem-estar, sanidade, além de ter uma equipe qualificada

e comprometida.

Sabemos que cada um dos expositores da Megaleite trabalhou

duramente para levar o melhor de seus planteis para a “copa

do mundo da pecuária leiteira”. Por isso, todo o evento foi pensado

para enaltecer esse esforço e enriquecer a participação de cada

visitante com palestras técnicas e reuniões que possam agregar

ainda mais conhecimento a todos.

E dentro desse propósito, faremos na Megaleite um dos

maiores lançamentos do Programa de Melhoramento Genético

da Raça Girolando (PMGG). O Sumário de Touros 2023 trará 20

novas avaliações, sendo 15 características e cinco índices (compostos).

Algumas delas são ligadas à composição do leite, como,

por exemplo, produção e percentual de gordura, de proteína e

CCS e o Índice de Qualidade do Leite. Também teremos características

ligadas ao composto de leite e fertilidade do Girolando,

para identificação de animais que produzem muito leite e ainda

se reproduzem muito bem. Na parte de avaliação linear, ligadas

a conformação e capacidade, garupa e força leiteira, teremos 10

novas características.

Esse foi um trabalho de fôlego desenvolvido conjuntamente

entre nossa equipe do PMGG e da Embrapa Gado de Leite,

contribuindo para que os próximos passos do melhoramento da

raça sejam dados com total segurança. Todas essas características

contempladas no Sumário 2023 são de grande interesse econômico

para o mercado. É o Girolando se provando como uma

genética altamente produtiva e sustentável.

Teremos inúmeras outras novidades na Megaleite, como

os encontros do Conseleite, da Comissão do Leite, o Festival

de Queijo e oportunidades de negócios. Serão oito leilões de

Girolando e Gir Leiteiro, além da oferta de produtos e serviços

por cerca de 100 empresas ao longo dos 4 dias da feira. Será um

momento para celebrarmos os avanços do setor e de mostrar ao

mundo que o Brasil é um grande produtor de genética bovina

leiteira.

Esperamos todos lá, na capital mineira, para comemoramos

uma história que já chega a seu 18º capítulo de sucesso. Até a Megaleite

2023!

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REVISTA O GIROLANDO

EDITORIAL

por Larissa Vieira

Editora

nas a dieta líquida desses animais chega a representar

entre 70% e 80% do custo de produção nessa fase.

Dentro do tema sanidade, a revista traz uma reportagem

sobre clostridioses, que podem causar vários tipos

de doenças em bovinos. Elas afetam negativamente

o rebanho, implicando em baixo desempenho produtivo,

com queda na produção leiteira e até mesmo a

morte dos bovinos. Vale ressaltar que as clostridioses

são doenças de evolução rápida e letal. Você vai entender

como evitar os tratamentos mais eficazes.

Ainda trazemos artigos e reportagens sobre a importância

do controle leiteiro, as conquistas de criadores

que têm investido nessa ferramenta e agora figuram

entre os líderes do Ranking Nacional – Modalidade

Rebanho. O documento está publicado na íntegra

nesta edição da revista.

A taxação do agro é outro tema em destaque. Aumentar

a tributação do agro, como mostram experiências

desastrosas em outros países, resulta em desestímulo

de todos os atores das cadeias produtivas, queda

de produção, aumento generalizado dos alimentos,

inflação, carestia, fome e miséria.

Outros temas desta edição são os resultados de diversas

exposições, a formação da Frente das Associações

de Bovinos do Brasil (FABB), a retomada do projeto

internacional Brazilian Girolando e muito mais.

Boa leitura!

EXPEDIENTE

Revista Girolando: Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira lamoc1@gmail.com

• Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888 - Míriam Borges (34) 9 9972-0808 miriamabcz@mundorural.org • Design gráfico: Yuri Silveira

(34) 9 9102-7029 yurisilveira04@hotmail.com • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Fotografias: Jadir Bison (34) 99960.4810 jadirbison@yahoo.

com.br • Conselho editorial: Domício Arruda Silva, Leandro Paiva, Edivaldo Ferreira Júnior, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Idealiza

Grafica (43) 3373-7877 • Tiragem: 6.000 exemplares • Periodicidade: Trimestral (Março, Maio, Agosto e Novembro) • Circulação: Dia 15 dos meses

ímpares • Distribuição: Para todo o Brasil via correios e Disponível na versão on line no site www.girolando.com.br. • Redação: Rua Orlando Vieira

do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG • Telefone: (34) 3331-6000 • Assinaturas: R$ 98,00/ano – financeiro@mundorural.org • 22 anos

de circulação ininterrupta

Com muitas informações relevantes para quem

atua na pecuária leiteira, esta edição da revista Girolando

tem como destaque de capa a Megaleite 2023.

A feira chega à sua 18ª edição ainda mais consolidada

no cenário internacional, possibilitando aos visitantes

uma programação diversificada, com leilões, competições,

palestras, diversão e muito mais.

Sabemos que, paralelo as disputas nas exposições,

a pecuária vem avançando com a adoção de tecnologias

e ter acesso às informações é importante para direcionar

as decisões. Na área de manejo de pastagem,

a revista traz um artigo técnico sobre adubação de

pastagem, uma estratégia de manejo necessária para

manter o sistema produtivo saudável e economicamente

viável. Já para quem produz silagem uma alternativa

barata para armazenamento é o silo cincho,

que pode ser construído facilmente e tem sido usado,

principalmente, em pequenas e médias propriedades.

Na parte de nutrição, você vai conhecer como melhorar

os índices reprodutivos e alcançar maior lucro

na pecuária leiteira. Estudos mostram que a maior

produção de embriões viáveis está relacionada com

níveis de vitaminas e minerais adequados no organismo

das fêmeas. Outro tema é a alimentação de bezerros

com sucedâneo e leite integral. A fase de criação de

bezerras leiteiras é uma das que mais impacta financeiramente

a produção de leite atual, sendo que aperevistagirolando

@ogirolando girolando.com.br revistagirolando

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REVISTA O GIROLANDO

Índice

MENSAGEM DA DIRETORIA 06

EDITORIAL 08

GIRO LÁCTEO 12

LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES 16

ADUBAÇÃO DE PASTAGENS NOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO ANIMAL 24

PECUÁRIA LEITEIRA SUSTENTÁVEL É EFICIÊNCIA DA PRODUÇÃO 30

MERCADO DO LEITE PROVA O SABOR DO INVESTIMENTO EM GENÉTICA 36

USO DE DRONES NA PECUÁRIA 38

COMO MELHORAR OS ÍNDICES REPRODUTIVOS E ALCANÇAR MAIOR

LUCRO NA PECUÁRIA LEITEIRA? 40

ALEITAMENTO: LEITE INTEGRAL X SUCEDÂNEO 44

RANKING REBANHO EVIDENCIA AVANÇOS NA SELEÇÃO 48

CONTROLE LEITEIRO: FERRAMENTA ESSENCIAL PARA A AVALIAÇÃO DO

DESEMPENHO DO REBANHO 52

RANKING REBANHO 57

PROGRAMAÇÃO MEGALEITE 70

SILO CINCHO: CONSERVAÇÃO DE FORRAGEIRA A BAIXO CUSTO 80

TAXAÇÃO DO AGRO E A REFORMA TRIBUTÁRIA 84

VACAS DE 4 EVENTOS SÃO MAIS EFICIENTES E LUCRATIVAS 86

AMÉRICA LATINA DE OLHO NO GIROLANDO 90

ASSOCIAÇÕES FUNDAM FRENTE PARA DEFESA DA PECUÁRIA 92

MERCADO DE ANIMAIS GANHA NOVO FORMATO DE VENDAS 94

NOVOS ASSOCIADOS E CONSELHO 96

GIROLANDO KIDS 97

FALE CONOSCO 98

74

Pistas refletem

qualidade do Girolando

20

Evite perdas no rebanho

por clostridioses

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MATÉRIA DE CAPA

Megaleite 2023

transforma Belo Horizonte

na capital do leite

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REVISTA O GIROLANDO

GIRO LÁCTEO

por Miriam Borges

Frente do Leite

O setor leiteiro agora conta com a Frente

Parlamentar em Apoio ao Produtor de

Leite na Câmara dos Deputados. Iniciativa

da deputada Ana Paula Junqueira Leão

(PP/MG), a Frente já conta com cerca de

200 deputados federais. A deputada visa a

ampliação e discussão do setor leiteiro, reforçando

a importância da cadeia que movimentou

cerca de R$ 40 bilhões em 2020

e gerou 4 milhões de empregos no país.

Segundo ela, que também é produtora de

leite, é preciso defender o setor leiteiro,

composto em grande parte por pequenos

produtores que geram emprego e renda e

garantem renda e subsistência da própria

família. De acordo com o presidente da

Associação Brasileira dos Criadores de

Girolando, Domício Arruda, a iniciativa

tem o apoio da entidade e a expectativa

é de que as principais demandas dos produtores

de leite sejam contempladas pela

Câmara dos Deputados, garantindo, assim,

mais avanço para a pecuária leiteira.

Palestra na Bolívia

A diretora de Relações Internacionais da

Associação Brasileira dos Criadores de

Girolando, Tatiane Tetzner, participou do

Seminário Latinoamericano 2023, que

aconteceu em abril, na Bolívia. Ela ministrou

palestra com o tema “Como produzir

leite de maneira rentável com Girolando e

Gir Leiteiro”. O evento teve a participação

de visitantes de vários países e foi promovvido

pela Associação Boliviana dos Criadores

de Zebu (Asocebu).

Mato Grosso

O superintendente técnico da Girolando,

Leandro Paiva, esteve no Mato Grosso

para fomentar o uso da raça no estado,

que vem investindo nos últimos anos na

ampliação e melhoria de seu rebanho leiteiro.

Ele esteve em várias propriedades

mato-grossenses acompanhado dos técnicos

que atendem a região César Dellatesta

e Fabiano Balistieri. “As visitas tiveram

como objetivo iniciar um trabalho de

prospecção e captação de novos associados

no estado, com o apoio de criadores,

de lideranças e dos representantes estaduais

da atual gestão”, explica Paiva.

Parceria Sebrae/MG

Com o intuito de aprimorar a atuação dos

técnicos da Girolando no campo, a entidade

está desenvolvendo ações de trabalho

em conjunto com o Sebrae-MG. Durante

reunião realizada em abril, na sede da

associação, foram levantadas as demandas

para execução do projeto. A proposta

inclui, dentre outas ações, a capacitação

da equipe técnica da Girolando e dos associados,

a criação de um programa de

certificação, estruturação e ampliação da

base de dados para utilização em ações de

inteligência de mercado, calendário anual

de jornadas técnicas e eventos da associação

por região.

Visita internacional

Diretores da Friesland Campina, maior

cooperativa de leite da Holanda, visitaram

a sede da Girolando em abril. Jeroen Elfers

e Yvonne van der Vorst estiveram no país

para conhecerem o sistema de seleção de

raças leiteiras. Acompanhados do gerente

de Leite da Alta, Guilherme Marquez, os

holandeses puderam acompanhar como

funciona o trabalho de melhoramento da

raça promovido pelo PMGG, além de outras

ações desenvolvidas pela entidade e

os avanços do Girolando pelo país. O grupo

foi recebido pelo superintendente Técnico

da entidade, Leandro Paiva. Durante

a passagem pelo Brasil, os holandeses

também visitaram fazendas de associados

da Girolando.

Prestação de contas

A prestação de contas Exercício de 2022

da Girolando foi aprovada pelos associados.

A Assembleia Geral Ordinária ocorreu

no dia 18 de abril para apresentação

das ações do ano, do balanço financeiro e

demais demonstrações contábeis, tendo

como presidente da mesa o ex-presidente

Luiz Carlos Rodrigues e como secretário

o associado Brasilino Ribeiro da Silva.

Também estiveram presentes o ex-presidente

Odilon de Rezende Barbosa Filho,

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REVISTA O GIROLANDO

o presidente Domício Arruda, o diretor

Marcos Amaral e outros associados. A

votação pôde ser feita de forma online ou

presencial. Dos 134 votantes, 120 aprovaram

as contas de 2022. O Conselho Fiscal

já havia avaliado as contas na semana passada

e recomendado a aprovação. Todas

as contas foram auditadas pela BDO Auditores.

De acordo com pesquisa feita em

anos anteriores para avaliar os motivos

que levaram os associados a reprovarem

as contas, ficou constatado que a principal

razão foi a falta de entendimento do

processo de votação por parte dos consultores

que operaram o sistema para votar.

Eles declinavam da aprovação por entenderem

que não deveriam se manifestar

por não serem associados.

Asocebu Bolívia

O presidente da Girolando, Domício Arruda,

reuniu-se em maio com os representantes

da Associação Boliviana dos

Criadores de Zebu (Asocebu) Henrry

Luis Suárez Ferreira e Guilhermo Agramont

Méndez. O coordenador do Colégio

de Jurados Euclides Prata também

participou do encontro. Entre os temas

tratados, estão a ampliação da parceria

entre as duas entidades na área de melhoramento

genético e a promoção da raça

em eventos daquele país. Ficou definido

que ainda este ano o Colégio de Jurados

da Raça Girolando realizará pela primeira

vez, na Bolívia, o curso para formação

de jurados. A capacitação será voltada

para criadores e técnicos. De acordo com

o subcoordenador Técnico da Asocebu

Guilhermo Agramont Méndez, a demanda

pelo Serviço de Registro Genealógico

de Girolando vem crescendo nos últimos

meses com a entrada de novos criadores

para a raça. Para atender a demanda em

toda a Bolívia, a entidade estuda ampliar o

número de técnicos responsáveis pelos registros

de Girolando, que hoje é de cinco

profissionais. A equipe responsável pelo

registro foi treinada pela Associação Brasileira

dos Criadores de Girolando graças

a uma parceria firmada em 2015 entre as

duas entidades.

Mais genética

Fêmeas Girolando oriundas do programa

Mais Genética passaram por avaliação e

inspeção. O trabalho foi conduzido em

propriedades rurais do Sul e Sudoeste de

Minas Gerais pelo superintendente Técnico

da Girolando, Leandro Paiva. Todas as

visitas foram acompanhadas pelo coordenador

do Mais Genética, Eliandro Lima,

que está à frente do programa desde sua

implantação. Durante as visitas aos rebanhos

foram selecionadas 20 bezerras e novilhas

da raça que serão expostas na Megaleite

2023, que acontecerá de 7 a 10 de

junho, em Belo Horizonte/MG. Durante

a exposição, será realizada a inseminação

de número 200 mil do programa Mais

Genética.

Uso de touros Girolando

O programa tem como objetivo melhorar

a qualidade genética dos rebanhos de pequenos

produtores, por meio da inseminação

artificial. Os produtores recebem

gratuitamente doses de sêmen de touros

provados e com a prestação de serviço de

inseminação, que atualmente é realizada

por 127 inseminadores que atuam em 117

municípios mineiros. Cerca de 70% do

sêmen utilizado no programa é de touros

Girolando participantes do PMGG.

Segundo o deputado federal Emidinho

Madeira, o apoio da Girolando é fundamental

para o avanço do Mais Genética

no estado. Ele é idealizador do programa,

que ainda conta com o apoio do Governo

do Estado de Minas Gerais, de diversas

prefeituras municipais, da Emater-MG,

do IMA, do Instituto Federal Campus

Muzambinho, de cooperativas locais, de

várias empresas de genética, dentre outras

instituições.

Chip no rúmen

A quarta edição do Hackathon Inova

Agro, realizado pelo Sebrae/PR e Sociedade

Rural de Maringá (SRM), teve

como vencedora a equipe Smart Bov, que

sugeriu a implantação de um chip no rúmen,

um compartimento do estômago de

bovinos, para monitorar e administrar a

saúde dos animais, visando à qualidade

da produção de leite. É um aplicativo

que verifica o estado de saúde da vaca e a

qualidade do leite, com informações obtidas

por meio de um chip introduzido no

rúmen, uma parte do estômago, de cada

animal Ao todo, foram 170 inscritos, que

se dividiram em 31 equipes.

Crédito rural

O Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) anunciou

um aumento nos recursos disponíveis

para a linha de financiamento rural em

dólar com taxa fixa desenvolvida em parceria

com o Ministério da Agricultura e

Pecuária. Com mais R$ 2 bilhões suplementares,

a linha BNDES Crédito Rural

na modalidade com referencial de custo

em dólar chegará a um total de R$ 4 bilhões.

Para receber o crédito, o agricultor

deve possuir receitas em dólar ou atreladas

à moeda americana, visando reduzir

riscos cambiais. Essa verificação será realizada

pelo agente financeiro. O custo final

partirá de cerca de 7,59% ao ano, mais

variação cambial. Os prazos totais vão de

25 a 120 meses, com carência de até 24

meses.

Capacitação Emater

Mais de 60 técnicos da Emater/GO e Senar

participaram do “Treinamento Raças

Zebuínas e Cruzamentos”, em abril. Eles

conheceram as vantagens do Girolando e

as estratégias de cruzamento para produzir

a raça a partir da genética Gir Leiteiro.

O tema foi abordado pelo coordenador

Operacional do PMGG, Edivaldo Ferreira

Júnior. Outras palestras ministradas

por técnicos da Associação Brasileira

dos Criadores de Zebu (ABCZ) tiveram

como tema o panorama do mercado do

leite, evolução do zebu leiteiro, leite A2 e

cruzamentos. Os participantes ainda fizeram

uma visita à Fazenda Estância K,

que é associada da Girolando. O evento

foi promovido pela ABCZ e Emater e teve

a Associação Brasileira dos Criadores de

Girolando entre as entidades parceiras.

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REVISTA O GIROLANDO

LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES

Pacote nutricional

A Tortuga, uma marca DSM, desenvolveu

por meio de pesquisas de ponta o

Feproxi, pacote nutricional composto

por betacaroteno, vitamina E e Selênio.

O Feproxi visa melhorar os índices

reprodutivos, a saúde e, consequentemente,

a lucratividade da fazenda uma

vez que teremos vacas com melhores

índices reprodutivos, produzindo mais

leite ao longo de sua vida produtiva.

Cerca para silo

Cercar a área do silo é uma medida de

proteção indispensável. Mas é preciso

fazer um cercamento de qualidade

para não se arrepender mais tarde. A

Belgo Arames desenvolveu a tela Belgo

Javaporco®, cerca inteligente e versátil,

com 11 fios na horizontal, que comprovadamente

impede a invasão de

animais. Além disso, entrega alta durabilidade

devido à camada pesada de

zinco e alta resistência ao impacto de

animais de médio e grande porte, além

de ser um produto de fácil instalação e

manutenção.

Antiparasitário Duplatak

A JA Saúde Animal lançou o “Duplatak”,

um ectoparasiticida pour on à

base de Fipronil e Fluazuron, indicado

para o combate dos principais parasitas

externos dos bovinos (carrapatos,

moscas e bernes). O produto chega ao

mercado com inúmeras vantagens, incluindo

sua rápida ação após aplicação,

efeito duradouro (por mais de 50 dias),

ação antiparasitária potencializada e

menor risco de resistência, por aliar

dois antiparasitários em sua fórmula.

Pode ser utilizado em praticamente todas

as categorias animais (com exceção

dos bezerros com menos de 3 meses de

vida).

Programas estratégicos

Com um posicionamento inovador e

técnico, a Alta desenvolve as melhores

ferramentas de suporte para a tomada

de decisões dentro da fazenda. A empresa

oferece programas estratégicos

para auxiliar o produtor, como o Alta

Gestão, Alta GPS e Alta Cross Mate.

Ainda conta com programas como

Alta Cria, Concept Plus Leite, programas

de Consultoria, como o Alta Advantage

e o Plano Genético para auxiliar

as fazendas em seu dia a dia. Esse

é um pacote de soluções desenvolvido

para que o produtor consiga, com todo

o suporte oferecido pela Alta, ter um

rebanho extremamente produtivo e lucrativo.

Mulheres do agro

A mato-grossense Suellen Jacobsen estreou

sua coleção de roupas voltadas às

mulheres conectadas com o universo

do Agro: a marca FOAL. Vivenciando

de perto a experiência de vestuário das

mulheres do agronegócio, vem com o

propósito de ajudá-las a resgatar seu

estilo: forte e produtivo, conectando-

-as a uma só essência, na cidade e no

campo. A coleção da Grife FOAL pode

ser vista no perfil da empresa no Instagram

@foalleather.

Nutrição de plantas

A Mosaic Fertilizantes possui uma linha

exclusiva para a nutrição das plantas

forrageiras e de cultivares para produção

de silagem, feno e pré-secado. A

Mpasto é uma linha de produtos pensada

e formulada com tecnologias que

atendem, de maneira completa e eficiente,

as necessidades das plantas forrageiras,

além da alta qualidade física

dos grânulos, melhorando a eficiência

no momento da adubação.

Pneus agrícolas

Projetados para uso nas condições

mais adversas do ambiente rural como

lama, pedras, terra solta, poeira e terrenos

irregulares, os pneus agrícolas

geralmente possuem uma banda de

rodagem robusta e profunda, que proporcionam

mais tração e aderência. De

acordo com o Ezequias Távora, coordenador

agrícola da DPaschoal, um

equipamento que não esteja operando

com os pneus corretos e em condições

regulares pode sofrer uma evidente

queda no desempenho, oferecer riscos

à segurança de seu operador, além de

desgastes, comprometendo a durabilidade

e gerando custos inesperados. Em

solos secos, são mais comuns o uso de

pneus R-1 para tração, enquanto, para

solos argilosos e úmidos, são indicados

os R-1W. Essas opções são comercializadas

pela Dpaschoal em todo o país.

Ordenha automatizada

O Lely Astronaut, robô referência na

ordenha automatizada, foi criado para

permitir aos animais o fluxo livre (Free

Cow Traffic). Esse sistema faz com que

as vacas façam sua própria rotina e tenham

mais tempo para descansarem,

colabora para um baixo índice de estresse

animal e melhora o ambiente de

ordenha. Entre outros benefícios, há as

melhorias de gestão e tomadas de decisões

mais corretas.

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REVISTA O GIROLANDO

Trator

A Agritech lançou o trator na versão

compacta com motor de 75 cv para a

cafeicultura. O novo trator da Agritech

faz parte da linha AGT 75. O modelo

compacto conta com nova motorização

Perkins – considerados motores

nacionais já consagrados na agricultura

brasileira. Tem garantia de até 3

anos e facilidade na manutenção, pela

disponibilidade de peças de reposição.

O modelo substituirá o modelo

1175 Compacto da marca. A Agritech

também está disponibilizando para a

venda a versão agrícola da nova linha

AGT 75, indicado para o preparo de

solo, para atender pequenas e médias

propriedades.

Contra moscas

As moscas domésticas são a verdadeira

praga do tempo mais quente, especialmente

em instalações rurais, onde

repelentes comuns não são eficientes

ao combate à infestação, exigindo do

produtor uma solução mais potente e

específica. É aí que entra o programa

No Fly Zone (Zona Livre de Moscas),

da Elanco, que propõe um controle integrado

da incidência de moscas para

proteger a saúde e melhorar o bem-

-estar dos animais de produção, e assegurar

a produtividade do animal e

do negócio, evitando perdas por conta

da infestação destes insetos. o processo

inseticida do No Fly Zone atua em

duas frentes: na eliminação das larvas e de Reprodução Animal da Universidade

de São Paulo avaliou a adminis-

das moscas adultas. O responsável pelo

controle das larvas é o Neporex 50SP, tração de somatotropina bovina (bST)

impedindo que elas se desenvolvam e para aumento da taxa de prenhez em

alcancem a fase adulta, e agindo de forma

bastante seletiva, ou Utilização seja, o produto de bST 325 receptoras mg como de estratégia F1 submetidas para ao protocolo

em de receptoras Transferência de embrião de Embrião em

aumento da prenhez

é inofensivo a insetos predadores naturais

das moscas. Já a eliminação destes

Tempo Fixo (TETF). O produto utilizado

foi o Posilac, da Agener União.

insetos em sua fase adulta Foram fica utilizadas por conta

da solução Agita 10 WG, única do

751 novilhas

receptoras F1 (Nelore x Angus) A aplicação foi feita em diferentes momentos

(na remoção do dispositivo de

bST 325 mg

localizadas em duas fazendas

bST 325 mg D9

mercado que une em sua comerciais composição

localizadas nos

estados do MS e BA,

açúcar e feromônio sexual para atrair P4 e no momento da transferência do

bST 325 mg

pertencentes ao grupo

bST 325 mg D18

as moscas e eliminá-las Agropecuária com extrema Jacarezinho. Os embrião) do protocolo para prenhez

animais foram divididos em

rapidez, sem representar riscos à saúde na transferência de embriões (P/TE) e

quatro grupos:

bST 325 mg

bST 325 mg

bST 325 mg D9 e D18

de animais ou pessoas.

o peso corporal (PC) em receptoras de

cruzamento de F1. Um total de 751 novilhas

cruzadas REPRODUTIVOS (Angus x Nelore) com

Eficiência em Metano

RESULTADOS

CONSOLIDANDO AS DUAS FAZENDAS

14 meses de idade de fazendas localizadas

no MS e BA (Agropecuária Jacarezinho,

Brasil) foram utilizadas para o

A

A

B

39, 9 %

B

36,6%

30,5%

estudo.

24,2%

PRENHEZ

POR TE

(%)

30 DIAS

PRENHEZ

POR TE

(%)

60 DIAS

Como resposta às crescentes críticas

sociais e políticas focadas no agro, a

Semex está introduzindo uma solução

genética que reduzirá a emissão

de metano de seus animais em 20% a

30% até 2050. Os usuários globais do

programa genômico Elevate® da Semex

receberão, automaticamente, o índice

de Eficiência em Metano para todos

os animais testados genomicamente.

Além disso, o índice estará disponível

para todos os touros da raça Holandesa

já nas provas de abril deste ano. Assim,

os produtores terão uma solução clara

e objetiva para a redução mais rápida

da emissão de metano em seus rebanhos.

A Lactanet publicou os valores

genéticos para Eficiência em Metano.

Produtores poderão utilizar estes dados

genéticos para reduzir significativamente

a emissão de metano em seus

rebanhos. Para touros com avaliação

genômica, a confiabilidade da característica

é de 70% e estima-se que a seleção

genética, por si só, poderá reduzir

as emissões de metano entre 20% e

30% até 2050.

REBEIS et al., 2022. Trabalho aceito para publicação nos anais da SBTE 2022.

Aumento de prenhez

Estudo conduzido pelo Departamento

Protocolo 37/153

56/153bST

CONTROLE bST 325 mg D9 D18

Prenhez por TE (%) em 60 dias

bST 325 mg

B

17,8%

27/152

A

24,8%

B

19,8%

No início do protocolo AGRADECIMENTOS: de TE (D0), as

novilhas receberam um dispositivo de

P4 intravaginal reutilizado (3º uso) e 2

mg de benzoato de estradiol (BE). Após

9 dias (D9), o dispositivo de P4 foi removido

e as novilhas receberam 2,5 mg

de dinoprost e 0,3 mg de cipionato de

estradiol (CE). Ao mesmo tempo, as

novilhas foram aleatorizadas de acordo

com PC (307,9 ± 1,33) e ECC (2,98 ±

0,01) e alocadas em quatro tratamentos

usando um design fatorial 2x2: 1) Controle

(n=183): nenhum tratamento; 2)

bSTD9 (n=187): tratamento de 325 mg

de bST em D9; 3) bSTD18 (n=190):

tratamento de 325 mg de bST ®em D18;

e 4) bSTD9-D18 (n=191): tratamento

de 325 mg de bST em D9 e D18. Em

conclusão, a administração da bST em

nove dias (remoção do dispositivo P4)

melhorou a P/TE em destinatários de

cruzamento de raças. Além disso, a

administração da bST em 18 dias aumentou

o peso corporal registrado no

diagnóstico de prenhez. Em breve, serão

publicados resultados de estudos

feitos com o Posilac, da Agener União,

também em rebanhos leiteiros.

A

27,6%

38/153 32/162 43/156

bST 325 mg D9 + D18

CONTROLE bST 325 mg D9 bST 325 mg D18 bST 325 mg D9 + D18

20


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REVISTA O GIROLANDO

ENTREVISTA

por Larissa Vieira

FAZUNEWS

Evite perdas no rebanho

por clostridioses

Dentro do manejo sanitário do rebanho leiteiro é essencial,

a prevenção das doenças causadas por bactérias do

gênero Clostridium, popularmente conhecidas como clostridioses,

pois elas levam à queda de produção e até mesmo

à morte dos animais. Em entrevista à revista Girolando, a

médica-veterinária, mestre, doutora em Saúde Animal e

professora da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba),

Pollyanna Mafra Soares, fala sobre diagnósticos, tratamentos

mais indicados e a forma correta de vacinar o rebanho

contra as clostridioses.

Girolando

Pollyanna Mafra

Soares

Clostridioses traz muitos prejuízos

para o rebanho leiteiro?

Existem diversos tipos de clostridioses,

podendo causar várias

doenças em bovinos que afetam

negativamente o rebanho, implicando

em baixo desempenho produtivo

dos animais, com queda na

produção leiteira e até mesmo a

morte dos bovinos. Vale ressaltar

que as clostridioses são doenças

de evolução rápida e letal, portanto,

nem sempre os tratamentos

são eficazes, desencadeando

uma alta mortalidade no rebanho

e grandes perdas econômicas. Entre

as doenças causadas estão as

mionecrosantes (carbúnculo sintomático,

gangrena gasosa e edema

maligno), as entéricas/enterotoxêmicas

(enterite hemorrágica e

Girolando

Pollyanna Mafra

Soares

enterotoxemia), as hepatonecróticas

(hepatite necrónica e hemoglobinúria

bacilar) e as neurotrópicas

(botulismo e tétano).

Como fazer o diagnóstico

dessas doenças?

O diagnóstico para clostridioses

é pautado principalmente

nos sintomas apresentados pelos

animais, no entanto o diagnóstico

laboratorial é necessário para

a confirmação dos sinais clínicos

em alguns tipos de clostridioses,

com exceção do tétano, cujos sintomas

são a principal ferramenta

de diagnóstico. As clostridioses

mais comuns que acometem os

rebanhos bovinos são: botulismo,

tétano, gangrena gasosa e carbúnculo

sintomático (manqueira).

No caso da gangrena gasosa (in-

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Girolando

Pollyanna Mafra

Soares

Girolando

Pollyanna Mafra

Soares

Girolando

Pollyanna Mafra

Soares

Girolando

Pollyanna Mafra

Soares

Girolando

Pollyanna Mafra

Soares

fecção exógena) e do carbúnculo

sintomático (infecção endógena),

os sintomas são muito parecidos,

tais como febre, apatia, anorexia,

depressão e manqueira quando o

membro é atingido, além de áreas

de massas musculares afetadas

apresentarem-se crepitantes e

com inchaço local.

O botulismo pode levar à

morte?

Sim. O índice de mortalidade

é em torno de 15% em rebanhos

não vacinados. Trata-se de uma

infecção causada pela ingestão

de toxina botulínica, portanto, o

curso da doença será dependente

da quantidade de toxina ingerida,

podendo ser de horas após sua ingestão

ou até duas a três semanas.

O animal com botulismo apresenta

paralisia flácida, apresentando:

pupilas dilatadas; mucosas secas,

diminuição da salivação; flacidez

na língua, parada na alimentação;

dificuldade de locomoção com

incoordenação motora; paralisia

nos membros posteriores, podendo

evoluir para os membros anteriores,

fazendo com que o animal

permaneça deitado, tendo dificuldades

ou não conseguindo se

levantar. Com a evolução da doença,

além do animal permanecer

deitado, ele apresenta dificuldade

para respirar, e sua morte geralmente

é causada por insuficiência

e parada respiratória. Para confirmação

por diagnóstico laboratorial

pode ser avaliado o conteúdo

ruminal (investigação da

presença de toxinas no conteúdo

alimentar), fragmentos de fígado

(não metaboliza toxina botulínica)

e até mesmo o alimento

suspeito de ter desencadeado a

doença que foi fornecida para o

animal.

E como o tétano ocorre?

O tétano, ao contrário do botulismo,

é causado pelo contato

de feridas que não estão com

assepsia adequadas com esporos

de Costridium tetani que estão

presentes no ambiente, além de

apresentar uma paralisia espástica.

Este tipo de paralisia causa

o aparecimento de contraturas

musculares, rigidez, dificuldades

locomotoras, ranger dos dentes,

parada na alimentação, espasmos

musculares, sensibilidade,

expressão facial alterada, cauda

bandeira, orelhas eretas, alterações

nas frequências cardíaca e

respiratória e evolução para óbito.

Qual o manejo sanitário indicado

para esses casos?

As medidas de controle e profilaxia

são indicadas para conter

o avanço da doença. São elas: vacinação

sistemática do rebanho,

correto manejo alimentar com

oferta de alimentos de boa qualidade

e com ótimo estado de conservação,

limpeza e desinfecção

do ambiente, correto destino para

animais mortos com a eliminação

das carcaças da área de pastagem.

O tratamento traz resultados

efetivos? Quais são os mais indicados?

De maneira geral, os tratamentos

são baseados no uso de antibióticos,

fluidoterapia oral/intravenosa

e antitoxinas (botulismo e

tétano), no entanto, como a doença

possui uma evolução rápida,

nem sempre os tratamentos são

eficazes, levando o animal a óbito

ou a sequelas pós-tratamento que

podem comprometer o desempenho

produtivo do animal.

A vacinação seria a forma

mais eficaz contra essas enfermidades?

A vacina é um dos principais

métodos preventivos para a clostridioses,

porém a escolha correta

da vacina é ideal para uma prevenção

eficiente. Não é neces-

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REVISTA O GIROLANDO

Girolando

Pollyanna Mafra

Soares

sário vacinar os animais contra

todos os tipos de clostridioses,

pois não é o número de estirpes

bacterianas que definem a qualidade

da vacina, mas, sim, a sua

qualidade e a presença dos antígenos

principais e a sua forma

de apresentação ao animal no rebanho

de acordo com o seu local

de produção. Portanto, o valor

comercial não deve ser o único

critério avaliado na escolha da

vacina, devendo-se escolher imunizantes

de eficácia comprovada

no campo. Além disso, devemos

levar em consideração o histórico

de clostridioses no rebanho, caso

houver, visando a definição de

uma vacina mais específica contra

as enfermidades ocasionadas

pelo Clostridium spp. Existem

uma gama de vacinas no mercado,

a maioria polivalentes contra várias

espécies de Clostridium spp.,

mas a sua eficiência está relacionada

ao histórico de clostridioses

no rebanho, bem como sua qualidade

com eficiência comprovada

a campo e a correta aplicação de

acordo com as instruções do laboratório

fabricante.

Quais cuidados tomar na hora

de vacinar os animais?

É importante salientar que o

uso de vacinações simultâneas

pode atrapalhar a reposta em títulos

de anticorpos das vacinas

contra clostridioses. Em trabalho

desenvolvido, em 2021, por Albuquerque

e colaboradores de instituições

públicas de ensino em

parceria com a Embrapa, ficou

constatado que o uso de vacinação

simultânea contra brucelose

e clostridioses, reduziu a eficiência

da vacina contra clostridioses,

pois induziu um decréscimo significativo

nos títulos de anticorpos

contra Clostridium spp.

24


25


REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

PASTAGEM

Dra. Eliana Vera Geremia, Doutora em

Ciência Animal e Pastagens e Especialista de Desenvolvimento

de Mercado.da Mosaic Fertilizantes

CARLOS LOPES

Adubação de pastagens nos sistemas de produção animal

Pastagens adubadas contribuem para

maior desempenho dos animais

No Brasil a área de pastagem

ocupa cerca de 154 milhões de hectares

e está presente dentro de todos

os seis biomas brasileiros (Amazônia,

Caatinga, Cerrado, Pantanal,

Mata Atlântica e Pampa).

Segundo dados da Embrapa,

cerca de 95% de toda a carne bovina

brasileira é produzida em regime de

pastagens, aumentando significativamente

a sua competitividade devido

ao menor custo de produção,

além de não competir por grãos

com a alimentação humana. Por

esse motivo, a qualidade das pastagens

tem importância estratégica

para o produtor, uma vez que tem

relação direta com o aumento da

produtividade do rebanho, seja ele

de corte ou leite.

Entre as espécies cultivadas em

nosso território, algumas apresentam

elevado potencial genético

para produção de forragem, quando

suas exigências em fertilidade

do solo são atendidas. O problema é

que grande parte dos solos cobertos

com pastagens no Brasil apresenta

baixa fertilidade e não atende à demanda

de macro e micronutrientes

essenciais para o bom desenvolvimento,

limitando sua produtividade

e, consequentemente, a conversão

em produto animal.

A deficiência de nutrientes

no pasto, combinada com o manejo

incorreto, tem contribuído significativamente

para a perda de vigor

e degradação das pastagens Brasil

afora. Vale lembrar que esse fator

aumenta a contribuição do setor

agropecuário para as emissões dos

gases de efeito estufa no ambiente.

Portanto, para evitar a deficiência

de nutrientes e a degradação

das pastagens, a adubação se

configura como uma estratégia de

manejo necessária para manter o

sistema produtivo saudável e economicamente

viável.

As etapas da produção animal

em pastagem

De maneira geral, a produção

animal em pastagens ocorre em três

etapas: 1) crescimento; 2) utilização

e 3) conversão (HODGSON,

1990). Na etapa de crescimento, a

produção de forragem é dependente

dos recursos do solo, clima e do

tipo de planta. Nessa etapa ocorre

26


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REVISTA O GIROLANDO

CARLOS LOPES

Portanto, para evitar a deficiência de nutrientes e a degradação das pastagens,

a adubação se configura como uma estratégia de manejo necessária para manter o

sistema produtivo saudável e economicamente viável.

As etapas da produção animal em pastagem

Um solo bem nutrido permite a

formação de pastagens de qualidade.

a absorção dos nutrientes do solo menor eficiência do pastejo, que

e

De

a fixação

maneira

da

geral,

energia

a produção

proveniente

animal em

compreende

pastagens ocorre

a etapa

em três

de

etapas:

utilização

1)

e

do crescimento; sol para a 2) produção utilização e de 3) forragem.

crescimento, Quando a produção essa forragem de forragem é é co-

dependente em produto dos recursos animal. do solo, clima e do

conversão queda (HODGSON, na conversão 1990). Na dessa etapa forragem de

lhida pelo animal temos a etapa de O efeito da adubação nos sistemas

de produção animal a pasto

tipo de planta. Nessa etapa ocorre a absorção dos nutrientes do solo e a fixação da

utilização. Já a conversão nada mais

é que energia a transformação proveniente do sol da para forragem a produção de forragem. Os solos Quando brasileiros essa forragem normalmente

apresentam Já a conversão nada quantidade mais é que limita-

a

é

colhida pelo em animal carne temos ou leite a etapa (Figura de utilização.

1). transformação da forragem colhida em carne da ou leite de (Figura nutrientes; 1). por outro lado,

Recursos: solo,

clima, planta

Figura 1 - Representação das etapas da produção animal em pastagem propostas por

HODGSON, 1990.

Forragem

produzida

Forragem

consumida

Crescimento Utilização Conversão

PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTAGEM

Produto final

Nesse esquema, qualquer ação as forrageiras topicais são bastante

responsivas à adição desses nu-

de manejo realizado em uma dessas

Nesse esquema, qualquer ação de manejo realizado em uma dessas três etapas trará

três etapas trará consequências nas trientes no solo. Por esse motivo,

demais. consequências Por exemplo, nas demais. quando Por exemplo, feita a quando a recomendação feita a adubação equilibrada na etapa de dos

adubação na etapa de crescimento, corretivos e fertilizantes deve ser

teremos maior desenvolvimento e rotineira nos sistemas de produção

qualidade da planta forrageira. Porém,

se não houver ajuste na taxa de O uso de fertilizantes fosfatados

animal a pasto.

lotação (em sistema contínuo), ou é recomendado em várias ocasiões

a redução do período de descanso e atende os objetivos no manejo nutricional

das pastagens. A adubação

dos piquetes (em sistema rotativo),

teremos como consequência uma fosfatada no plantio acelera o estabelecimento

da planta após a germinação

ou implantação via mudas.

Já a adubação de manutenção tem

como prerrogativa repor o fósforo

extraído pela cultura e manter a reserva

do fósforo no solo.

A importância da adubação fosfatada

para o estabelecimento de

pastagem é bem documentada na

literatura. REZENDE et al., 2011,

observaram resposta positiva em

produtividade de massa seca e melhoria

no sistema radicular da brachiaria

brizantha cv. marandu frente

ao tratamento controle.

CARNEIRO et al., 2017, avaliaram

diferentes fontes e doses de

fósforo em capim mombaça e concluíram

que a adubação promoveu

maior altura das plantas, perfilhamento,

produção fotossintética e,

consequentemente, maior produção

de massa seca. Resultados positivos

da adubação fosfatada também foram

encontrados por COSTA et al.,

2017; nesse caso, o capim massai

apresentou maior número de perfilhos

com maior número e tamanho

de folhas.

O potássio geralmente é o segundo

elemento mais extraído do

solo pelas plantas. Em pastagens

os níveis de adubação potássica se

diferenciam conforme o tipo de exploração

da planta. De acordo com

OLIVEIRA 2008, os níveis de extração

em pastagens são muito altos:

cerca de 2% de potássio na matéria

seca da forragem colhida. Porém,

em sistemas de pastejo, boa parte

desse nutriente é reciclado no sistema

via morte de partes da planta,

perdas pelo pastejo, deposição

de fezes e urina. Mesmo assim, a

correção do solo para esse nutriente,

no momento da implantação da

cultura, e a adubação de manutenção

se fazem necessárias para obtermos

maiores índices produtivos.

A deficiência de K pode causar

queda no crescimento e desenvolvimento

tanto da parte aérea (folhas

e colmo), quanto do sistema radicular

das plantas, reduzindo a resistência

e espessura do colmo. No

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REVISTA O GIROLANDO

caso de milho para silagem, reduz o

enchimento dos grãos, o que causa

prejuízo no teor de amido das silagens.

O nitrogênio, por sua vez, é um

fertilizante de extrema importância

para os sistemas de produção animal

a pasto, sendo responsável por

incrementos significativos na produção

de massa seca, o que permite

aumentarmos a taxa de lotação e o

ganho animal por área.

CANTO et al., 2009, avaliaram

a produção de bovinos de corte em

recria sob lotação continua em pastagens

de capim Tanzânia adubada

com doses crescentes de nitrogênio

(100, 200, 300 e 400kg ha-1). Os

autores tiveram como resposta um

incremento significativo na produção

de forragem, que permitiu o

aumento da taxa de lotação de 3,2

UA ha-1 na dose de 100kg de N/

ha-1 para 7,1 UA ha-1 para a dose

de 400kg de N ha-1, com um ganho

médio diário de 730g animal/dia.

Para as doses de 200 e 300kg de N

ha-1, o aumento na taxa de lotação

foi de 4,5 e 5,8 UA ha -1 respectivamente.

Com o incremento da taxa

de lotação obtida, os autores constataram,

também, maior produção

animal por unidade de área. Esses

resultados deixam claro o potencial

que o uso de adubos nitrogenados

tem para aumentarmos a produção

animal brasileira.

Vale lembrar que todo e qualquer

incremento obtido via adubação

das plantas forrageiras precisa

ser colhido de forma adequada e

isso implica em ajustes constantes

na intensidade e frequência com

que essa forragem será colhida pelos

animais, através de manejo do

pastejo. Basicamente, a frequência

de pastejo deve aumentar, reduzindo,

assim, o intervalo entre pastejo

dentro de um piquete em sistemas

rotativos ou o intervalo entre uma

desfolha e outra da planta em sistemas

contínuos, para que a eficiência

da utilização da adubação e da

planta forrageira seja garantida.

Mas você deve estar se perguntando:

Por que devo mudar o manejo

do pastejo em áreas que receberam

adubação?

A resposta é simples: quando

a pastagem é adubada, temos um

desenvolvimento mais acelerado

e se mantivermos o mesmo período

de descanso utilizado antes da

adubação, ou a mesma taxa de lotação

animal, teremos um aumento

significativo na participação de

colmo e material morto. Isso, além

de reduzir o valor bromatológico da

forragem, também altera o padrão

de consumo, uma vez que os colmos

atuam como barreira física que

dificulta os animais explorarem de

forma eficiente a pastagem.

Podemos dizer, então, que os benefícios

obtidos através da adubação

em pastagens são:

1) Aumento da produção de

massa de forragem/hectare e ganhos

significativos no valor bromatológico

quando o manejo do pastejo eficiente

é aplicado em conjunto com

a adubação, convertido em maior

produção animal por área;

2) Aumento da produção de forragem

para ser utilizada durante o

período de seca, com uso de adubação

estratégica no fim do período

das águas;

3) Produção de volumoso suplementar;

4) Uso de cultivares forrageiras

mais exigentes e também de maior

produtividade em solos de baixa

fertilidade natural.

Conclusão

A recomendação de adubação

de pastagens não é uma receita de

bolo. Cada solo, região, cultivar, sistema

de produção apresentam suas

particularidades. Por esse motivo,

busque sempre a orientação de um

profissional da área para auxiliar na

correta recomendação da adubação

e também do manejo do pasto e do

pastejo que deverá serão adotados

após a aplicação do fertilizante.

Bibliografia Consultada

CARNEIRO, J.S.S.; SILVA,

P.S.S.; SANTOS, A.C.M.; FREITAS,

G.A.; SILVA, R.R. Response of grass

mombasa under the effect of sources

and doses of phosphorus in the

fertilization formation. Journal of

Bioenergy and Food Science, v.4,

n.1, p.12- 25, 2017.

COSTA, N.L.; JANK, L.; MA-

GALHÃES, J.A.; GIANLUPPI, V.;

FOGAÇA, F.H.S.; RODRIGUES,

B.H.N.; SANTOS, F.J.S. Características

morfogenéticas e acúmulo de

forragem de Megathyrsus maximus

x M. infestum cv. Massai em resposta

à adubação fosfatada. Anais...

XII Congresso Nordestino de Produção

Animal.

OLIVEIRA, P.P.A; PENATI,

M.A; CORSI, M. Correção do solo

e fertilização de pastagens em sistemas

intensivos de produção de leite.

Embrapa, 2008.

SANTOS, M.E.R & FONSECA,

D.M. Adubação de pastagens em

sistemas de produção animal. Ed.

UFV, Viçosa, 2016.

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

SUSTENTABILIDADE

Deisiane Soares Murta Nobre, Médica Veterinária pela USP,

com especialização em Clínica de Bovinos e mestrado em Clínica Veterinária

pela USP, e MBA em Análise e Ciência de Dados pela ESALQ. Analista de Dados

do SobControle Fazenda e tesoureira da Associação Paulista de Buiatria.

DIVULGAÇÃO

Pecuária leiteira sustentável é eficiência da produção

Instalação de placas solares em

fazendas vem crescendo

Embora “sustentabilidade” seja a

palavra do momento, muitos criadores

acreditam que sua aplicação

na produção leiteira é limitada.

O significado por vezes é distorcido,

deixando a sensação de que

esse conceito é contra as atividades

agropecuárias. Na verdade,

sustentabilidade significa manter

uma atividade econômica de modo

que os recursos sejam utilizados e

não se esgotem para as gerações

seguintes. Analisando dessa forma,

que é muito mais correta, é

fácil perceber que a sustentabilidade

está completamente alinhada

com o agronegócio. Manter os

recursos para as gerações futuras,

juntamente com o retorno econômico,

e provendo alimentos e outros

produtos para a humanidade,

sempre foi o compromisso desse

setor.

Tendo em vista que a população

mundial aumenta a cada ano,

obviamente há um acréscimo da

demanda por produtos de origem

animal – entre eles, o leite. Isso

requer expansão da produtividade

e/ou da área destinada à criação.

Porém, o aumento da produção

tem como consequência a multiplicação

dos resíduos provenientes

da atividade.

Dessa forma, é crucial que a

produção de tais resíduos seja diminuída

ou que ocorra a reciclagem

desses dejetos. Esse conceito

de “reciclagem” dos recursos é a

base da chamada economia circular.

Ou seja, a atividade tem que

ser rentável, mas os resíduos precisam

ser aproveitados de alguma

forma benéfica e que minimize os

impactos causados na natureza.

Medidas sustentáveis têm sido

aplicadas há anos na produção do

leite brasileiro, e são práticas que,

unidas, fazem grande diferença no

impacto ambiental. Instalações do

tipo compost barn são um grande

exemplo. Nesse sistema, as camas

revolvidas promovem a fermentação

dos dejetos, podendo ser

aproveitadas como fertilizantes

para a própria produção de componentes

da dieta desses animais.

Trata-se de uma forma “artificial”

de promover o que já acontece na

natureza: o reaproveitamento dos

32


resíduos e a transformação em

algo que será utilizado novamente.

Em uma produção sustentável,

os processos utilizados ajudam a

não sobrecarregar o solo e a água,

de forma que possam reciclar os

nutrientes sem que haja poluição.

Assim, a economia circular é aplicada

na própria fazenda.

A biodigestão é um outro processo

para o reaproveitamento

dos dejetos de forma a manter

um ciclo de nutrientes dentro da

propriedade. Os biodigestores são

equipamentos que utilizam o esterco

como matéria-prima, o qual

é metabolizado por bactérias que

formam o biogás. O biogás, por

sua vez, é um combustível que

pode ser utilizado tanto para gerar

energia dentro da propriedade

quanto pode ser comercializado.

Há fazendas que utilizam o biogás

como combustível das máquinas

agrícolas. Em alguns países, como

a Alemanha, a produção de biogás

por biodigestores é uma importante

fonte de renda em fazendas

de leite. Além disso, os efluentes

gerados nos biodigestores possuem

capacidade fertilizante, o

que também ocorre com o uso de

esterqueiras. Assim, observa-se de

forma exemplar a capacidade circular

da natureza.

Outra forma sustentável de geração

de energia é a utilização da

energia fotovoltaica, popularmente

conhecida como energia solar.

Subsídios governamentais nos

últimos anos vêm disseminando

a instalação de placas solares em

fazendas. O Brasil possui grande

potencial de aumento do uso desse

tipo de energia, que é renovável

e não gera resíduos, devido à alta

incidência de luz do sol no território

nacional.

Um dos conceitos mais relacionados

ultimamente à produção

sustentável é o crédito carbono.

Trata-se de um certificado que

pode ser adquirido quando há

uma redução da emissão de gases

do efeito estufa, os quais causam

o aquecimento do planeta e possuem

carbono em sua composição.

Esse certificado pode ser comercializado

e ser mais uma fonte

de renda para o pecuarista que

implementar práticas mais sustentáveis

em sua fazenda. No caso da

pecuária bovina, o metano é o gás

do efeito estufa de maior preocupação.

Esse gás é produzido pelo

sistema gastrintestinal dos bovinos,

sendo lançado ao ambiente

principalmente pela eructação

(“arroto”) dos animais.

Muitas tecnologias têm sido

desenvolvidas para promover a diminuição

dos efeitos do gás metano

causados pela pecuária, baseadas

em ações em diversas frentes:

genética, nutricional e ambiental.

A genética busca desenvolver animais

mais produtivos, implicando

em menos animais para uma mesma

quantidade de leite produzida,

além da seleção genética para

maior conversão alimentar. O

melhoramento genético também

deve ser aplicado na agricultura,

para a obtenção de pastagens com

melhor digestibilidade e maior retenção

do carbono no solo. Em relação

à dieta, aditivos alimentares

têm sido desenvolvidos para que

ocorra menor emissão do metano.

O ambiente pode promover

melhor retenção do carbono em

sistema de produção silvipastoril

(integração lavoura-pecuária-floresta).

O metano emitido é neutralizado

em boa parte pelo consumo

vegetal. A eficiência produtiva da

terra também é maximizada, visto

que há constante reciclagem de

nutrientes pelas espécies vegetais

que fixam oxigênio. A simples rotação

de pastagens também pode

ser utilizada para menor impacto

sobre os nutrientes do solo, aliada

à maior qualidade nutricional

para os animais. A redução do

desmatamento e a atenção às normas

ambientais contribuem para

a absorção do carbono emitido.

Para o menor uso da terra, algumas

propriedades têm também

utilizado a forragem hidropônica,

em produção semelhante à de hortaliças.

Infelizmente, ainda há pouco

destaque para a saúde animal

como elemento de sustentabilidade.

Manejo sanitário inadequado

leva à perda de recursos, ao aumento

de resíduos e, consequentemente,

impacta na sustentabilidade.

A saúde da vaca leiteira

impacta diretamente em sua produtividade.

Todo produtor já teve

problemas com a “quebra do leite”

de animais doentes. Os impactos

podem ser não apenas produtivos,

com também reprodutivos. O

animal consome recursos sem que

haja uma compensação financeira

suficiente em sua produção. Além

disso, há um grande problema de

resíduos de medicamentos. Uma

vaca em tratamento não apenas

gera o descarte do leite no período

de tratamento, como também no

período de carência. O leite, fezes

e urina desses animais são eliminados

no ambiente, atingindo o

solo e seus microrganismos. Os

impactos de antibióticos utilizados

na produção animal sobre as

bactérias do ambiente são alvo de

grande preocupação de órgãos de

saúde e meio ambiente. Descarte

de embalagens de defensivos e fertilizantes

também deve ser realizado

em locais adequados, devido

ao impacto sobre o solo e lençóis

freáticos.

O uso racional da água recebe

grande foco do agronegócio

sustentável. O criador sabe que é

necessária grande quantidade de

água para a produção de leite, que

vai desde a obtenção de alimento,

passando pelo consumo direto pelos

animais, a limpeza dos equipamentos

de ordenha e as instalações

da propriedade. Deve-se

evitar deixar os animais consumirem

a água diretamente de rios e

lagos, devido às sujidades que podem

levar aos cursos d’água. Cochos

adequados e limpos devem

ser acessíveis a todos os animais.

33


REVISTA O GIROLANDO

CARLOS LOPES

Oferta de água de qualidade aos animais é

essencial para boa produção do rebanho

Para a limpeza dos equipamentos

de ordenha, deve-se também utilizar

água limpa de primeiro uso.

Na limpeza de instalações, entretanto,

deve-se priorizar a água de

reuso, e fazer o uso dos resíduos

(biodigestores, esterqueiras) para

não os lançar diretamente no ambiente

e contaminar lençóis freáticos.

O uso racional dos recursos

está diretamente relacionado a

uma gestão eficiente da fazenda.

Uma produção com mínimo desperdício

é uma das premissas de

empresas que possuem maior grau

de eficiência em sua produção.

Esse conceito se iniciou na indústria,

com o nome de “manufatura

lean”, mas atualmente é aplicado

em todos os setores da economia,

inclusive agricultura e pecuária.

O aproveitamento eficiente dos

recursos, inicialmente, gera maior

lucro; entretanto, uma consequência

muito positiva dessas práticas

é justamente a redução de resíduos,

que tem sido um grande ganho

quando extrapolada para a pecuária.

Desse modo, entende-se por

eficiência o uso racional dos recursos

com a mínima geração de

resíduos e excelente lucratividade,

e não apenas a alta produção.

Pode-se dizer, portanto, que uma

fazenda eficiente é uma fazenda

mais sustentável. Mas, afinal,

como coordenar o processo de

melhoria da eficiência de uma

propriedade leiteira? A base para

a eficiência é o gerenciamento sistemático

e ágil das informações da

propriedade. Como os processos

estão todos interligados – dieta,

reprodução, produção etc. – a coordenação

e a sincronização dos

dados em tempo real, tanto dos

eventos quanto do manejo, possibilitam

a produção de leite rentável

e sustentável. Sistemas digitais

para o gerenciamento da produção

facilitam esse processo e também

são mais sustentáveis, pois reduzem

a necessidade do uso do papel

e de processos demorados feitos

em planilhas. A própria forma de

gerenciamento deve ser sustentável/eficiente

para que todo o ciclo

tenha um fluxo de qualidade.

Diante do exposto, cabe a todos

os envolvidos nessa atividade

– criadores, veterinários, zootecnistas,

agrônomos, empresas

de genética e nutrição, laticínios,

consultores, gestores, entre outros

– se conscientizarem e iniciarem

uma implementação concreta e

coordenada de práticas sustentáveis.

Assim, possibilita-se que as

gerações futuras tenham recursos

para produção constante e regular

de alimentos e consigam suprir as

demandas de mercado.

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37


REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

GENÉTICA

Nelson Eduardo Ziehlsdorff,

presidente da Associação Brasileira de Inseminação

Artificial (Asbia).

DIVULGAÇÃO

Mercado do leite prova o sabor do investimento em genética

O investimento em genética é um

dos responsáveis pelo cenário atual do

mercado do leite no país, o melhor dos

últimos quatro anos. Na média ponderada,

os preços ao produtor fecharam

2022 em R$ 2,65. E se mantêm firmes até

o momento, retomando o ânimo perdido

por altos e baixos recentes.

O produtor reconhece que o melhoramento

genético é um agente importante

nesse processo, pois tem custo

baixo (entre 1,5% e 2,5%) e efeito vantajoso

a longo prazo para a evolução do

projeto pecuário – aprimora a qualidade

do plantel e deixa um(a) bezerro(a).

Mais do que isso, a genética se perpetua

no plantel, sendo repassada para as próximas

gerações.

Esses benefícios são potencializados

pela evolução das técnicas reprodutivas,

como o sêmen sexado, que possibilita a

escolha do sexo do bezerro, colaborando

enormemente para a velocidade de

renovação do plantel.

Estamos vivendo uma transformação

positiva na pecuária leiteira. Há

propriedades com 100, 300 ou 500 vacas

com média de produtividade superior a

40 litros de leite. É algo fantástico e inimaginável

até pouco tempo atrás. Esse

dado também mostra como o efeito da

genética melhoradora é contínuo e rápido.

É vital que todos os produtores entendam

a importância do investimento

na multiplicação da genética superior.

A inseminação e outras biotecnologias

reprodutivas podem colaborar com o

crescimento de pequenos pecuaristas,

potencializando seus ganhos, e com médios

e grandes projetos, os consolidando

ainda mais no setor de produção leiteira.

O caminho natural é a democratização

cada vez maior do acesso às tecnologias

de reprodução, com acesso facilitado

a todos os tamanhos de projeto. Atualmente,

há menos criadores, mas a oferta

de leite continua aumentando. Esse é o

fruto de animais ainda mais produtivos.

Além dos ganhos de produtividade,

esse aporte de tecnologia proporciona

ganho de escala, contribuindo para a redução

dos custos em uma atividade em

que cada centavo faz a diferença.

Mas, claro, os investimentos serão

maiores à medida que a rentabilidade

também crescer. Nossa expectativa é que

os preços ao produtor devam continuar

em alta pelo menos por mais dois ou três

meses. Um passo de cada vez.

Contribui para esse momento positivo

a relativa estabilidade dos custos de

produção – responsáveis por pesadelos

em muitos momentos. Teremos excelente

safra de milho e soja, o que deve segurar

o aumento dos preços. Bom para os

produtores de leite.

Outra boa notícia é a possível inclusão

do leite na merenda escolar. Se sair

do papel, essa medida terá duplo impacto:

aumentará a demanda interna e fornecerá

aos estudantes – especialmente

os mais carentes – um alimento essencial

e de alta qualidade.

O Brasil é um dos maiores produtores

mundiais do leite. São 35 bilhões de

litros por ano. O consumo interno está

em torno de 170 litros por habitante/

ano, ainda aquém das exigências da

FAO. Porém, se trata de uma atividade

de ciclos. E o atual é positivo, que nos

permite voltar a falar, inclusive, em exportação.

Para isso, é essencial que os investimentos

em genética continuem, assim

como os cuidados com nutrição, sanidade,

conforto e bem-estar animal. Mais

produtividade significa menos custos e

com isso mais rentabilidade e motivação

para os criadores investirem. E isso

é bom para todos.

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

TECNOLOGIA

Larissa Vieira

DIVULGAÇÃO

Uso de drones na pecuária

Um drone de pulverização sobrevoa

pela primeira vez a lavoura de

milho da Fazenda Olhos D’Água, localizada

em Pompéu, região central

de Minas Gerais. Como as chuvas

foram intensas na região nos meses

de dezembro e janeiro e a lavoura

já estava alta, o criador Alexandre

Freitas optou por não pulverizar

com trator para não correr o risco

de as plantas serem amassadas e,

consequentemente, ter a produção

reduzida. “Nesta época do ano, sempre

encontramos muita dificuldade

em fazer as pulverizações com trator

nos momentos mais adequados,

seja pela ausência de dias com sol,

seja pelo fato de as lavouras já estarem

com uma altura muito elevada.

A opção foi utilizar os drones para

pulverizar parte da lavoura. O resultado

tem sido surpreendente e certamente

será mais uma tecnologia

que utilizaremos na propriedade”,

assegura Freitas, que é selecionador

da raça Girolando.

Dos 32 hectares de lavoura, o

drone pulverizou em 10 hectares.

Foi feita a aplicação de adubo foliar

e de inseticidas para lagarta e cigarrinha.

Toda a safra de milho vai para

a produção de silagem, para alimentar

o rebanho da Olhos D´Água,

que hoje conta com um plantel de

400 animais Girolando registrados.

“Como temos maquinário, a pulverização

com trator fica mais barata

e consigo jogar mais produto. Mas,

analisando as perdas que teria em

não pulverizar as áreas inviáveis

para uso do trator, como o aparecimento

de pragas, por exemplo, o

custo de uso do drone é totalmente

viável”, garante o criador.

Os preços variam conforme a

região e o tipo de serviço prestado,

mas, em média, a pulverização com

drone em Minas Gerais está entre R$

140,00 e R$180,00 por hectare.

Na visão do coordenador de Graduação

em Agrocomputação e de

Pós-graduação em Agricultura de

Precisão das Faculdades Associadas

de Uberaba (FAZU), Matheus Oliveira

Alves, as diversas vantagens

da tecnologia compensam o investimento.

“Os drones vêm ganhando

espaço entre os pecuaristas porque

Drone pulverizador de lavoura

dão uma visão ampla da lavoura e

do pasto, permitindo identificar

com antecedência os pontos que

precisam de maior atenção”, diz Alves.

Entre os vários usos do equipamento,

está o mapeamento. Com

base nas imagens precisas coletadas

de vários pontos da fazenda, o profissional

consegue correlacioná-las

com os outros dados, obtidos por

meio de satélites ou mapeamento digital

da lavoura. Com isso, é possível

identificar precocemente problemas

na plantação, como falhas de plantio,

pragas e doenças. “Por fazer um monitoramento

rapidamente, mesmo

em áreas maiores, o drone dá mais

agilidade e precisão ao diagnóstico

que as imagens de satélites, por

exemplo. Assim, o agricultor pode

tomar medidas com maior assertividade,

visando o bom desenvolvimento

das plantas e a produtividade

da safra”, diz o professor da FAZU,

que, em 2016, ganhou um prêmio

internacional na Drone Show Latin

America por ter desenvolvido metodologia

para identificar falhas em

40


Alexandre Freitas utiliza drones pra pulverizar

lavoura de milho

lavouras de cana-de-açúcar.

As imagens capturadas ainda

permitem definir estratégias de

plantio e os locais mais propícios

para a semeadura. O uso do equipamento

ainda facilita a identificação

de falhas no plantio. Isso permite

que o produtor decida sobre estratégias

de replantio, ajuda definir o número

de mudas que devem ser plantadas

e em quais áreas esse replantio

deve ocorrer. Como consequência, o

agricultor evita a queda da produtividade

da safra provocada por essas

falhas.

Nesta área de mapeamento, alunos

da FAZU realizaram um estudo

sobre o uso de drone na identificação

de falhas na área de grãos que

será publicado em breve em um

evento internacional.

A Prefeitura Municipal de Uberaba,

por meio da Secretaria do

Agronegócio, tem utilizado drones

para mapeamento das áreas agrícolas,

tanto na pecuária quanto na

agricultura. O serviço é gratuito e

tem contribuído para que os produtores

locais possam elevar a produtividade

de suas lavouras.

Pulverização de pastos e lavouras

Assim como o criador Alexandre

Freitas, outros criadores têm adotado

o drone para pulverização. Neste

caso, é um equipamento específico

para este trabalho, com capacidade

de carga, de defensivos agrícolas,

como inseticidas, fungicidas, herbicidas

e nematicidas. A grande vantagem

desse método de pulverização é

que a aplicação ocorre de forma localizada,

rápida e precisa, evitando o

desperdício do produto e diminuindo

o impacto ambiental. Além de

controlar problemas fitossanitários,

como a presença de pragas, o uso de

drones otimiza o número de pessoas

envolvidas na operação.

Já na pecuária o drone pode ser

um aliado para o mapeamento das

pastagens, podendo apontar o nível

de degradação, as áreas que precisam

ser reformadas, a qualidade da

pastagem, dentre outros pontos. “Na

FAZU, estamos utilizando o equipamento

também para a aplicação de

fertilizantes na pastagem, alcançando

uma maior eficiência no uso do

produto. Ainda estamos desenvolvendo

um estudo para monitorar a

lavoura, plantada para produção de

silagem para o rebanho da FAZU”,

explica o professor.

Ele destaca que o drone uma ferramenta

complementar. É como vê

também o criador Alexandre Freitas.

“Aqui na Fazenda Olhos D’Água

sempre tentamos utilizar as melhores

tecnologias disponíveis, tanto no

tocante ao melhoramento genético,

bem como para a parte gerencial,

nutricional, sempre contando com

assistências de especialistas do setor,

e, pelo visto, neste tocante à utilização

dos drones foi mais uma tecnologia

que veio para ficar”, conclui o

criador de Girolando.

Novo curso de drone

No Brasil, a utilização do drone

é regulamentada pelo Ministério da

Agricultura (MAPA), que admite

seu uso na aplicação de defensivos,

adjuvantes, fertilizantes, inoculantes,

corretivos e sementes. Apesar de

popularmente ser conhecida como

drone, o termo técnico da tecnologia

é Aeronave Remotamente Pilotada

(ARP), direcionado para classificar

as aeronaves não tripuladas de

caráter não recreativo.

Originalmente, esse equipamento

surgiu para fins militares. Porém,

por conta da sua praticidade e ampla

possibilidade de aplicação, passou a

ser utilizado em outras áreas, como

na agricultura.

O professor da FAZU lembra que

para operar o drone é preciso ter

um curso específico reconhecido

pelo Ministério da Agricultura. Para

atender a grande demanda do mercado

pelo serviço, em 2023, a FAZU

ofertará em sua grade curricular o

curso de operação de drone. A duração

do curso será de uma semana,

com aplicação de prova ao final,

para obtenção do certificado. “É um

grande diferencial para os profissionais

de Ciências Agrárias, principalmente,

pois muitas empresas dão

preferência a quem tem o curso de

operação de drone”, conclui o professor

Matheus Alves.

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

NUTRIÇÃO

Cristina Cortinhas, supervisora

de Inovação e Ciência Aplicada

para Leite LATAM – DSM

DIVULGAÇÃO

Como melhorar os índices reprodutivos e alcançar

maior lucro na pecuária leiteira?

Eficiência reprodutiva das vacas pode ser

melhorada com vitaminas

Nos últimos anos a pecuária vem

sofrendo expressiva alta nos custos

de produção. Diante dessa pressão,

os pecuaristas têm procurado alternativas

para maior eficiência de produção

com o objetivo de permanecerem

na atividade. Na pecuária de

leite, o aumento da eficiência pode

estar relacionado à evolução de práticas

agrícolas, como: manejo de

solo, híbridos, irrigação, por exemplo,

que melhorem a produção e a

qualidade da alimentação animal;

evolução genética, como o uso de

IATF, FIV e aplicação de técnicas genômicas;

evolução de manejo, mão

de obra qualificada; infraestrutura

para mitigação de estresse térmico;

além de práticas de nutrição animal

através do uso de aditivos, minerais

e vitaminas, que estão cada vez mais

tecnificadas.

No entanto, juntamente com a

busca pela maior eficiência surgem

também os novos desafios que, muitas

vezes, podem comprometer a

saúde, a reprodução e o bem-estar

animal. Uma vaca mais produtiva

também tem um metabolismo

mais ativo e, com isso, há aumento

na produção de radicais livres, também

chamados de espécies reativas

de oxigênio (EROs). Quando em excesso,

as EROs podem desencadear

distúrbios metabólicos, doenças,

perda de desempenho e baixa fertilidade.

Essa baixa fertilidade e os

problemas reprodutivos podem incorrer

em baixa produtividade, uma

vez que rodar corretamente o ciclo

reprodutivo implica em ter ao longo

do ano maior número de vacas perto

do pico de lactação e, consequentemente,

com maior produtividade e

rentabilidade.

Algumas vitaminas e minerais

têm a capacidade de impedir a formação

de radicais livres, prejudiciais

à meia vida da célula imune, e ter

efeitos negativos na reprodução da

vaca. A vitamina E é um antioxidante

que atua convertendo as espécies

reativas de oxigênio em formas não

reativas. Estudos têm demonstrado

não só a redução de doenças importantes,

como a mastite e retenção

de placenta, como também melhora

significativa na reprodução das vacas.

Bill Weiss et al. (1997), comprovaram

redução de 11,8% no número

de casos de mastite clínica de vacas

recebendo suplementação com vitamina

E. Outros autores (Pontes et

42


43


em tempo fixo observaram produção maior de embriões (+4) e de melhor

qualidade REVISTA (Sales O GIROLANDOet al., 2008).

qualidade (Sales et al., 2008).

al., 2005) demonstraram benefícios

com a vitamina E injetável na redução

de retenção de placenta (20,1%

para 13,5%) e abortos.

Já o selênio, um micro mineral

com ação antioxidante tão importante

quanto a da vitamina E, é

componente estrutural da enzima

glutationa peroxidase, que protege

Referências

contra danos oxidativos. Esses dois

micronutrientes – o selênio e a vitamina

E – têm ação sinérgica no

al 1984).

O betacaroteno é uma provitamina

A, que tem a capacidade de se

biotransformar em vitamina A nos

folículos ovarianos sendo, por isso,

importantíssimo para que ocorra a

ovulação. Além disso, o betacaroteno

atua aumentando a concentração

de hormônios da reprodução (De

Bie et al. 2016), além de reduzir o

estresse oxidativo que afeta a qualidade

do oócito e o desenvolvimento

do embrião. Com tudo isso e com

os excelentes resultados na reprodução

que se tem alcançado, o betacaroteno

passou a ser chamado de

vitamina da fertilidade. Pesquisadores

(Bian et al., 2007) observaram

redução no número de abortos de

10% para zero, e aumento na taxa de

concepção de 12 pontos percentuais,

com o uso do betacaroteno. Corroborando

com esses resultados, Madureira

et al. (2020) reportaram redução

na perda de prenhez de 62,5%

de vacas com maior concentração de

betacaroteno no plasma no dia da

inseminação (IATF).

Outros autores (Sekizawa et al.,

2012) avaliaram os níveis de vitaminas

no sangue das vacas e constataram

que apenas 42% delas tinham

Bian metabolismo et al., 2007. da vaca The e diversos influence estudos

têm demonstrado os benefí-

47% de vitamina E e 14% de beta-

2349–2437.

partum cios dessa disease sinergia, como and a redução

subsequent caroteno. Estes reproductive mesmos autores

performance Sales et al., 2008. of Embryo dairy pro-

níveis of

adequados β-carotene

de vitamina supplementation

A, cows. Journal of Dairy on

Science post-

98,

nos sintomas da mastite (Smith et al. (Sekizawa et al., 2012) classificaram duction and quality of Holstein hei-

cows 1984) in e redução China. retenção Journal de pla-

of os Animal embriões (figura and 1), Feed correlaciona-

Sciences, fers and cows 16, supplemented Suppl. 2, with 370– becenta

e cistos ovarianos (Harisson et

375.

ram com o nível de vitaminas (figura

2) e constataram maior produção de

embriões viáveis com níveis de vitaminas

adequados. Sales et al., injetando

vitamina E e betacaroteno em

vacas com inseminação artificial em

tempo fixo observaram produção

maior de embriões (+4) e de melhor

qualidade (Sales et al., 2008).

Referências

Bian et al., 2007. The influence

of β-carotene supplementation on

post-partum disease and subsequent

reproductive performance of dairy

cows in China. Journal of Animal

and Feed Sciences, 16, Suppl. 2,

370–375.

De Bie et al., 2016. The effect of

a negative energy balance status on

β-carotene availability in serum and

follicular fluid of nonlactating dairy

cows. Journal of Dairy Science.

99:5808–5819.

Madureira et al., 2020. Association

of concentrations of beta-carotene

in plasma on pregnancy per artificial

insemination and pregnancy

loss in lactating Holstein cows. Theriogenology

142:216-222.

Pontes et al., 2015. Effect of injectable

vitamin E on incidence of

retained fetal membranes and reproductive

performance of dairy

ta-carotene and tocopherol. Animal

Reproduction Science 106, 77–89.

Sekizawa et al., 2012. Relationship

between embryo collection

results after superovulation

treatment of Japanese black cows

and their plasma beta-carotene and

vitamin concentrations. Journal of

Reproduction and Development 58,

377-379.

Smith et al., 1984. Effect of vitamin

E and selenium supplementation

on incidence of clinical mastitis

and duration of clinical symptoms.

Journal of Dairy Science 67:1293.

Weiss et al., 1997. Effect of vitamin

E supplementation in diets with

a low concentration of selenium

on mammary gland health of dairy

cows. Journal of Dairy Science.

80:1728–1737.

44


45


REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

NUTRIÇÃO

Melqui Noelle Morais Macedo,

Zootecnista, Consultora de Serviços Técnicos da

Agroceres Multimix.

Aleitamento: Leite Integral X Sucedâneo

Manejo nutricional de bezerras leiteiras

merece atenção

A fase de criação de bezerras leiteiras

é uma das que mais impacta

financeiramente a produção atual de

leite, sendo que apenas a dieta líquida

desses animais chega a representar

entre 70% a 80% do custo de produção

nessa fase.

Após o nascimento, as bezerras

recebem aproximadamente 10% do

seu peso vivo em colostro (primeira

secreção da glândula mamaria depois

do parto). O ideal é que esse fornecimento

permaneça pelas primeiras

seis horas de vida, período em que

ocorre a melhor absorção, pelo intestino

do animal, das imunoglobulinas

que compõem o colostro.

Em seguida, os animais continu-

46


am recebendo o leite “sujo” e/ou leite

integral até o 5º dia de vida, e a partir

daí são adotadas estratégias nutricionais

com volume e período pré-determinados

para fornecimento de dieta

líquida e sólida, podendo variar de

acordo com o objetivo do produtor.

No Brasil, a maioria das propriedades

ainda opta por oferecer às bezerras

leite de composição e qualidade

variável, sendo que menos de 15%

dos produtores adotam sucedâneos

lácteos como dieta líquida (SANTOS

& BITTAR, 2016). Entretanto, com a

necessidade de reduzir cada vez mais

os custos de produção, essa porcentagem

de propriedades utilizando sucedâneo

lácteo vem crescendo consideravelmente.

Um dos principais motivos para

essa prática é o preço final do produto

reconstituído que, na maioria das

vezes, é mais barato que o preço recebido

dos laticínios pelo litro de leite

integral. Isso torna o sucedâneo uma

das principais formas de substituição

do leite na alimentação de bezerros

nas propriedades (BOITO et al.,

2015).

Apesar de um excelente alimento,

quando o produtor opta por utilizar

o leite integral como fonte de dieta

líquida para as bezerras leiteiras,

nos deparamos com alguns entraves

em relação ao manejo alimentar dos

animais. Entre eles, podemos pontuar

susceptibilidades de variações no

horário do trato, na temperatura de

fornecimento aos animais e dos sólidos

do leite, além da possibilidade de

transmissão de doenças, uma vez que

o referido leite ainda não passou por

nenhum processo de pasteurização.

Os sucedâneos lácteos, por sua

vez, são fórmulas com ingredientes

que aproximam a sua composição à

do leite integral em termos de proteína,

energia e até em seu perfil de aminoácidos,

de forma a garantir o bom

desempenho dos animais (EDUCA-

POINT, 2018).

Essa tecnologia vem sendo amplamente

difundida no Brasil, porém,

exige que os produtores adotem alguns

critérios para escolher o produto

que melhor atenda às necessidades

do animal para alcançar os índices de

desempenho desejados na propriedade,

devido à enorme gama de variações

nas formulações disponíveis no

mercado.

A qualidade do sucedâneo, principalmente

a fonte proteica, é o fator

que determina os resultados semelhantes

aos observados a partir do

fornecimento de leite integral (NCR,

2001). Quando escolhidas fórmulas

com proteínas de origem animal, os

resultados de desempenho tendem a

ser superiores se comparados às fórmulas

com mais inclusão de proteínas

de origem vegetais.

Entre as vantagens dos sucedâneos,

estão: a possibilidade de comercialização

do leite integral produzido,

gerando mais receita para propriedade

como dito anteriormente; redução

do custo de aleitamento; além de permitir

uma concentração ou diluição

dos sólidos, de acordo com o objetivo

do aleitamento; permite também uma

definição nos horários do trato, uma

vez que o funcionário não precisa esperar

as atividades da sala de ordenha

para iniciar o trato dos animais; além

de evitar transmissão de doenças.

Em alguns experimentos a composição

dos sucedâneos influenciou

diretamente no ganho de peso das bezerras,

sendo este um fator de grande

relevância. ALVEZ et al., 2001, observaram

ganho de peso diário de

0,930kg para animais alimentados

somente com leite integral e 0,948kg

para os que foram submetidos a uma

alimentação apenas com sucedâneo

lácteo.

FERREIRA et al., 2008, observaram

que o ganho médio de peso diário

foi de 0,580kg para os que consumiram

leite integral e 0,530kg para

os submetidos ao consumo de sucedâneo,

sendo que ambos os trabalhos

apresentaram valores acima dos encontrados

por BOITO et al., 2015.

NUNES et al, 2019, ao realizarem

seu experimento utilizando sucedâneo

lácteo de qualidade e leite integral

para dieta líquida dos grupos,

observaram que não houve diferenças

estatísticas.

Sendo assim, independente da escolha

entre leite integral ou sucedâneo

lácteo, é de grande importância

47


REVISTA O GIROLANDO

Bezerras bem nutridas na fase inicial

resultarão em vacas saudáveis

realizar uma avaliação criteriosa dos

níveis e fontes nutricionais do produto

eleito, buscando equilíbrio no

custo alimentar e desenvolvimento

desses animais. Lembrando que, bezerras

bem nutridas na fase inicial

resultarão em vacas saudáveis e produtivas

para reposição do rebanho da

fazenda.

Referências

ALVEZ P.F.M, LIZIEIRE R.S. Teste

de um Sucedâneo na Produção de

Vitelos. Revista Brasileira de Zootecnia.,

30(3):817-823, 2001.

BITTAR, C. M. M.; FERREIRA,

L. S.; SILVA, J. T. Sucedâneos lácteos

para bezerras leiteiras. Cadernos

Técnicos de Veterinária e Zootecnia.

Edição da FEPMVZ Editora em convênio

com o CRMV-MG, nº 81, 57 p,

junho de 2016.

BITTAR, PEREIRA, A. C. F. C.,

PORTAL, R. N. S. Criação de bezerras

leiteiras. ESALQ/USP, em parceria

com a Casa do Produtor, a 1ª edição

da Cartilha 2018. Disponível em:

< www.esalq.usp.br/cprural/upimg/

ck/files/PDFs/cartilha.pdf >. Acesso

em: 07/02/2023.

BOITO, B. et al. Uso de sucedâneo

em substituição ao leite no desempenho

de bezerros da raça holandesa

durante a cria e recria. Ciência Animal

Brasileira, Goiânia, v. 16, n. 4, p.

498-507, 1 out. 2015. Disponível em:

https://www.scielo.br/j/cab/a/zcYJf8

bV6stBdRr9SqKL3wk/?format=pdf

>Acesso em: 02/02/2023.

EducaPoint. Sucedâneo lácteo:

como escolher, preparar e fornecer

às bezerras?. 04/07/2018. Disponível

em: <https://www.educapoint.com.br/blog/pecuaria-leite/

leite-ou-sucedaneo-lacteo-como-e-

-quanto-fornecer/#:~:text=Os%20

suced%C3%A2neos%20

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formula%C3%A7%C3%B5es%20

com,o%20bom%20desempenho%20dos%20animais.>

Acesso

02/02/2023.

FERREIRA L.S., BITTAR C.M.M.,

SANTOS V.P., MATTOS W. Desempenho

animal e desenvolvimento do

rúmen de bezerros leiteiros aleitados

com leite integral ou sucedâneo. B.

Indústr. anim., N. Odessa, v.65, n.4,

p.337-345, out./dez., 2008.

NATIONAL RESEARCH COUN-

CIL - NRC. Nutrient requeriments of

dairy cattle. 7 eds. Washington, D.C.:

2001. 381p.

NUNES, J.; TÚLIO, L. M. Comparação

de aleitamento entre sucedâneo

lácteo e leite integral em bezerras da

raça holandesa. Arquivos Brasileiros

de Medicina Veterinária FAG – Vol.

2, nº 1, jan/jun 2019.

SILVA, T. M., ARTONI, S. M. B.,

CRUZ, C., OLIVEIRA, M. D. S. Desenvolvimento

alométrico do trato

gastrintestinal de bezerros da raça

holandesa alimentados com diferentes

dietas líquidas durante o aleitamento.

Acta Scientiarum. Animal

Sciences. Maringá, v. 26, no. 4, p. 493-

499, 2004.

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

CONTROLE LEITEIRO

Larissa Vieira

DIVULGAÇÃO ACN

Ranking Rebanho evidencia avanços na seleção

Quando iniciou o projeto de genética

da raça Girolando, o criador

Anderson Carlos do Nascimento

tomou duas decisões que levaram

o rebanho da Agropecuária ACN

a atingir um patamar superior.

“Adquirimos animais de criatórios

tradicionais para iniciar o nosso

Controle Leiteiro é ferramenta de

seleção na ACN Agropecuária

Criatórios de Girolando apostam no Serviço de Controle Leiteiro para gerar dados importantes para a identificação

de animais de alta produtividade nos rebanhos

plantel e passamos a fazer periodicamente

o controle leiteiro oficial

de 100% das vacas em lactações.

Essa é uma ferramenta que gera informações

reais da produtividade

dos animais e que nos auxiliam na

seleção”, diz Nascimento, cujo rebanho

leiteiro está sediado na unidade

da ACN em Monte Alegre do Sul

/SP.

Junto com as avaliações intrarrebanho,

as avaliações fenotípicas

feitas pelos técnicos, o pedigree,

os dados do controle leiteiro têm

norteado os acasalamentos das raças

Gir Leiteiro e Holandês para

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DIVULGAÇÃO FAZENDA FLORESTA

produção do Girolando da ACN.

“Assim conseguimos ter todo histórico

de lactações das nossas doadoras”,

informa o criador. Por meio

das biotecnologias de reprodução, a

genética de grandes indivíduos vem

sendo multiplicada em escala no

plantel.

Como resultado, o criatório figura

entre os melhores da categoria

“Maior Média de Produção por Dia

de Intervalo de Partos” do Ranking

Nacional – Modalidade Rebanho

2022, recentemente divulgado pela

Associação Brasileira dos Criadores

de Girolando.

De acordo com o coordenador

Operacional do Programa de

Melhoramento Genético da Raça

Girolando (PMGG), Edivaldo Ferreira

Júnior, o Ranking foi idealizado

para valorizar os criadores que

melhor desempenham o trabalho

de seleção, produção, reprodução e

sanidade dentro de seus rebanhos.

“Na edição de 2022, foram utilizados

dados de 22.001 lactações encerradas

entre o período de 1° de

janeiro a 31 de dezembro de 2022.

Participam 342 rebanhos ativos no

Serviço de Controle Leiteiro Oficial

no ano passado”, informa o coordenador

do PMGG.

Dentre esses rebanhos, também

está a Fazenda Floresta, em Lins/SP,

da criadora Roberta Bertin. Com

um plantel de Girolando de 1800

animais, desde bezerros até as vacas

em lactação, a propriedade faz o

controle leiteiro tanto do gado Girolando

quanto do Gir Leiteiro. “No

Brasil, onde o ‘n’ de animais controlados

da raça ainda é pequeno em

comparação ao Holandês, é de extrema

importância fazer o controle

leiteiro e é uma forma de verificar o

Roberta Bertin figura mais um ano no

Ranking Rebanho de Girolando

avanço da produção das raças. Com

esses dados, conseguimos fazer um

comparativo de todas as lactações

das vacas do rebanho, inclusive dos

dados de qualidade do leite”, assegura

Roberta Bertin.

No Ranking Rebanho, a Fazenda

Floresta alcançou classificação

em seis categorias: Maior média de

PTA e GPTA para produção de leite;

Maior média de produção vitalícia;

Maior média de teor de gordura

no leite; Maior média de produção

por dia de intervalo de partos; Menor

média de CCS no leite; e Menor

média de idade ao primeiro parto.

Com a técnica de produção in vitro

de embriões, as matrizes da Fazenda

Floresta são acasaladas com

base em testes de progênie e genômicos,

resultando em animais de

alta qualidade. Todos esses investimentos

têm levado a genética do

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REVISTA O GIROLANDO

DIVULGAÇÃO

criatório a atravessar as fronteiras

do país e a ampliar sua participação

no mercado interno. “No mercado

internacional, a genética leiteira

brasileira tem ganhado cada vez

mais destaque e reconhecimento.

O Girolando é uma raça conhecida

por sua rusticidade, adaptabilidade

a diferentes condições climáticas e

boa produção leiteira. Essas características

são altamente valorizadas

em outros países, especialmente

aqueles com condições climáticas

tropicais e subtropicais”, informa.

O coordenador do PMGG destaca

que, atualmente, a pecuária

leiteira enfrenta o desafio de margens

cada vez mais estreitas. “Diante

disso, melhorar os indicadores

zootécnicos é fundamental para

incrementar a produtividade, o ganho

em escala de produção e manter

o produtor na atividade”, diz

Edivaldo. Segundo ele, o Ranking

Rebanho é uma referência para os

criadores de Girolando que buscam

melhorar seus indicadores e, como

consequência, elevar a rentabilidade

de seus negócios.

Para o criador Carlos Eduardo

Durcercino da Silva, o controle leiteiro

vem permitindo melhorar os

índices da sua propriedade, localizada

em Pompéu/MG. “Quando

iniciei meu rebanho Girolando registrado,

em 2007, percebi que para

avançar no melhoramento genético

seria necessário ter uma base genética

forte, oriunda de criatórios

consagrados no mercado, e acompanhar

o desempenho dos animais

por meio de ferramentas como o

controle leiteiro”, destaca Silva, que

é membro do Núcleo de Criadores

Girolando das Gerais. A entidade

teve diversos associados classificados

no Ranking.

Com os resultados alcançados

ao longo dos últimos anos, o criatório

vem multiplicando a genética

pode meio de Fertilização in vitro

(FIV), transferência de embrião,

IATF. Hoje, o rebanho já conta com

600 cabeças no total. Com uma área

total da propriedade de 150 hectares,

os animais ficam instalados em

Animais do criador Carlos Eduardo

galpão de compost barn. Há ainda

sistema de energia fotovoltaica, tornando

o sistema de produção ainda

mais sustentável.

No Ranking Rebanho, o rebanho

de Carlos Eduardo ficou classificado

em duas categorias: Maior

média de produção de leite em 305

dias; Maior média de produção por

dia de intervalo de partos. Não é

a primeira vez que ele consegue a

classificação. “Estamos investindo

em um Girolando eficiente, uma

genética capaz de contribuir para o

avanço da pecuária leiteira do Brasil”,

finaliza Silva.

O coordenador do PMGG, Edivaldo

Ferreira Júnior, explica que

o Ranking Rebanho é dividido em

10 categorias, sendo que cada uma

delas conta com 6 classes, conforme

o número de animais participantes.

São divulgados os 5 rebanhos de

melhor classificação dentro de cada

classe. Para verificar o documento

completo, basta acessar o site da Girolando.

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

CONTROLE LEITEIRO

Raissa Silva Santos, Graduanda

em Zootenia e assistente do PMGG scl@

girolando.com.br

Controle Leiteiro: ferramenta essencial para

a avaliação do desempenho do rebanho

Número de rebanhos participantes do

Controle leiteiro vem crescendo

O Serviço Controle Leiteiro

(SCL) é uma importante ferramenta

que fornece diversas informações

ao produtor. É a prática

de aferir a produção leiteira dos

animais em lactação, definindo

os valores de pesagem de leite que

esses animais produziram em um

dia, sendo que essas medições são

realizadas mensalmente ou bimestralmente.

A partir de tal aferição,

o criador tem o caminho para avaliar

a aptidão dos animais, realizando,

assim, sua seleção.

Com essa ferramenta, gerenciar

a propriedade leiteira se torna

mais fácil, tendo em vista que informações

como o potencial produtivo,

persistência de lactação,

melhor regime alimentar, conhecimento

dos índices reprodutivos,

manejo sanitário ligado à qualidade

do leite e valorização do rebanho,

começam a ser de ciência do

produtor.

A partir do Controle Leiteiro

é possível que o criador realize a

comparação de produção entre

matrizes, estabeleça critérios de

descarte técnico das vacas, estime

a produção total de leite por vaca

no período de lactação, além do

total de leite produzido na propriedade,

defina o fornecimento

de alimento de acordo com a produção

e, ainda, realize diagnósticos,

planejamentos e melhorias na

sua cadeia produtiva.

Ao se inscrever no Serviço de

Controle Leiteiro, a primeira atitude

que o criador precisa tomar é

visualizar todos os relatórios a que

ele terá acesso sobre todo o seu rebanho

controlado. Essas informações

ele irá utilizar para conhecer

o seu rebanho e adotar as melhores

táticas de gestão para potencializar

a sua produção.

Relatórios como o Individual

de Lactação, Mensal de Produção

Individual por serviço, por rebanho

da fazenda e por rebanho do

criador, Relação de Partos e Lactações

encerradas por Serviço, são

exemplos dos arquivos disponíveis

para consulta de cada criador inscrito

no Serviço de Controle Leiteiro

da Raça Girolando.

Interação do meio ambiente

com o animal e o potencial produtivo

Existe uma interação chamada

genótipo x fenótipo que atinge diretamente

a produção do animal.

Essa é a interação e influência que

o ambiente em que aquele animal

está inserido tem em cima da expresão

do seu valor genético. Por

exemplo: um animal quando submetido

a estresses térmicos, nutricionais

ou até mesmo vindo de

manejos indevidos, não terá boa

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REVISTA O GIROLANDO

CANTO PORTO

Controlar oficialmente a produção dos animais é essencial

para avançar no melhoramento genético do rebanho

produção, pois o ambiente em que

ele se encontra não permite que

ele expresse suas características

genéticas.

Sendo assim, ao mensurarmos

o máximo de informações fenotípicas

(como a pesagem de leite,

o regime alimentar, a presença de

bezerro ao pé ou não, a explicação

da lactação, a estação do ano e a

localização da propriedade), mais

facilmente será possível identificar

qual interação não está sendo

positiva, prejudicando a expressão

genética do animal.

Ou seja, ao se utilizar o Controle

Leiteiro como ferramenta

dimensionável de desempenho, o

rebanho pode se tornar altamente

produtivo e eficaz, gerando mais

lucro ao produtor e auxiliando

nos métodos de seleção, manejo,

alimentação e até mesmo reprodutivos.

É o instrumento necessário

para que o produtor acerte no

ponto a ser alterado.

Persistencia de lactação

Em virtude do SCL, a avaliação

individual de Persistência da

Lactação se torna possível. Dessa

forma, já se tem mais uma análise

que afeta diretamente o retorno financeiro:

quanto maior a duração

da lactação do animal, maior pode

ser a quantidade de leite produzido,

o que abala diretamente o capital.

Essa avaliação consiste em visualizar

a capacidade da vaca de

manter a sua produção leiteira

mesmo após o seu pico de lactação,

além de apresentar, também,

animais sujeitos a menor estresse

fisiológico, o que afeta diretamente

a redução de problemas metabólicos

e incidência de doenças

reprodutivas.

Manejo alimentar

Animais mais produtivos possuem

maior demanda de nutrientes;

sendo assim, ao se observar os

animais com maior produção no

plantel devido ao uso da ferramenta

do Controle Leiteiro, o criador

consegue balancear melhor a dieta

em que incluiu os animais e ainda

garantir o patamar de produção da

propiedade.

Vale lembrar que vacas leiteiras

precisam de manejo nutricional

muito eficiente e que atenda todas

as suas necessidades: tudo o que é

consumido não vai somente para o

gasto de energia dessas vacas para

caminhar ou beber água, mas também

vai para o leite e atinge diretamente

a sua composição, auxiliando

no aumento ou redução de

gordura, proteína e/ou lactose.

Índices reprodutivos

Dentro das aferições que o

Controle realiza, têm-se as informações

de data de secagem e data

do parto, o que permite visualizar

e conhecer o Intervalo Entre Partos

(IEP) de cada animal, o tempo

em período seco e, ainda, quais

os motivos que levaram à secagem

desse animal, podendo ser relacionados

com doenças, vendas,

mortes, baixa produção, peitos

perdidos por mamite ou por estar

próximo ao parto subsequente.

Manejo sanitário da fazenda

Além da pesagem do leite, também

é feita a coleta de amostras de

leite por animal, para submissão

a análises de qualidade e composição.

Sendo assim, a partir dos

resultados é possível verificar os

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REVISTA O GIROLANDO

teores de proteína, gordura, lactose

e CCS desse subproduto de

cada vaca do rebanho controlado.

Esse tipo de análise não visa somente

a valorização e qualidade

do leite, mas também pontua os

problemas de mastite ao produtor,

conseguindo indicar decisões que

contribuam na redução dessa incidência,

como: melhor limpeza do

curral, alteração de produtos químicos

utilizados na desinfecção do

ambiente de manejo, etc.

O Serviço Controle Leiteiro é uma importante ferramenta

que fornece diversas informações ao produtor

Valorização do plantel

Por fim, não se pode deixar

de pontuar o valor agregado que

o SCL fornece aos animais. Os

acessos ao Relatório Individual de

Lactação (RIL) e aos Relatórios

Mensais de Produção Individual

(RMPI) podem ser utilizados para

valorizar cada vaca, identificando

suas principais qualidades e potenciais

de produção, além de pontuar

as produções estimadas.

O Serviço de Controle Leiteiro,

diferente do que muitos criadores

pensam, é uma ferramente de total

relevância dentro da propriedade.

O conjunto de avaliações possíveis

de serem realizadas a partir desse

serviço contribui tanto para melhorar

a gestão da fazenda (com

direcionamentos de produtos e

manejos atualizados) como para

uma melhor produção, com maiores

retornos financeiros.

Atualmente, muitos produtores

apenas atuam de forma mecânica

em suas fazendas, não conhecendo

as qualidades e o desempenho

do seu próprio rebanho, e essa é

uma situação que precisa ser modificada.

Com isso, a metodologia

do Controle é de simples prática

e agrega muito valor aos animais,

além de fornecer ao criador informações

fidedignas do seu plantel,

lhe permitindo ter maior conhecimento

de seus animais e a tomar

decisões mais assertivas no mercado.

Referências

Controle leiteiro reduzido

para propriedades leiteiras de

economia familiar. EMBRAPA

TECNOLOGIAS. Disponível em:

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Acesso em: 27-abr-2023.

Por que fazer o Controle Leiteiro

de seu rebanho?. GIROLANDO.

Disponível em: <https://www.gi-

rolando.com.br/noticia/3688/por-

-que-fazer-o-controle-leiteiro-de-

-seu-> Acesso em: 27-abr-2023.

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LANDO. Disponível em: <https://

www.girolando.com.br/pmgg/

regulamento-do-scl> Acesso em:

26-abr-2023.

Controle leiteiro: lucro para o

produtor. EMBRAPA PUBLICA-

ÇÕES. Disponível em: <https://

www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/895014/controle-leiteiro-lucro-para-o-produtor>

Acesso em: 25-abr-2023.

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GIR DO DO

FUTURO

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REVISTA O GIROLANDO

MATÉRIA DE CAPA

Larissa Vieira

Megaleite 2023 transforma Belo Horizonte na

capital do leite

A exposição é considerada o maior evento da pecuária leiteira da América Latina

Megaleite reúne as

principais raças leiteiras

As principais raças leiteiras do

Brasil participarão da 18ª Exposição

Nacional do Agronegócio do Leite

(Megaleite), maior evento da pecuária

leiteira da América Latina, que acontecerá

de 7 a 10 de junho, no Parque da

Gameleira, em Belo Horizonte/MG. O

evento deve reunir cerca de 1200 animais

das raças Girolando, Gir Leiteiro,

Holandês, Guzerá, Jersey, Simental,

Simbrasil e Búfalos. No 32° Torneio

Leiteiro Nacional de Girolando, a novidade

é a premiação dos vencedores

com motos zero KM. Terão direito

a uma moto o expositor da Grande

Campeã de Produção Absoluta de Leite

e o expositor da Grande Campeã

de Composição do Leite. “A Megaleite

tem cumprido seu papel de ser uma vitrine

internacional da genética leiteira

nacional e, a cada ano, apresenta animais

de extrema qualidade”, assegura

o presidente da Associação Brasileira

dos Criadores de Girolando, Domício

Arruda.

A abertura oficial será no dia 7

de junho, com a presença de diversas

autoridades, lideranças do setor e

criadores. Na ocasião será entregue o

Mérito Girolando. Este ano, a comenda

será concedida ao governador de

Minas Gerais, Romeu Zema (categoria

Liderança Nacional), à deputada

federal Ana Paula Leão, à chefe geral

da Embrapa Gado de Leite Elisabeth

Nogueira Fernandes, ao presidente da

Associação Brasileira dos Criadores de

Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, ao

presidente da FAEMG, Antônio Pitangui

de Salvo, ao presidente da CCCPR,

Marcelo Candiotto, e aos criadores

Marcos Amaral Teixeira, Afonso Celso

de Resende, Antonio de Souza Salgueiro

e José Afonso Bicalho.

Com entrada gratuita, os visitantes

poderão acompanhar as competições

na pista de julgamento e do torneio leiteiro

ao longo do evento. Eles também

terão a oportunidade de conhecer as

inovações direcionadas para a pecuária

leiteira que serão apresentadas por

cerca de 100 empresas expositoras. Já

as crianças poderão visitar a Mini Fazendinha,

que terá diversos tipos de

animais expostos, permitindo o contato

das novas gerações com o campo.

A feira ainda terá palestras técnicas,

o Congresso da Associação Brasileira

dos Criadores de Búfalos, reunião

da Câmara Setorial do Leite da CEPA/

SEAPA, 6º Encontro Regional Reunião

do Conseleite-Minas, reunião da Comissão

Técnica da Pecuária de Leite da

FAEMG/SENAR. A Associação Brasileira

dos Criadores de Girolando fará

Festival de Queijo será um dos

eventos da Megaleite

CARLOS LOPES

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a publicação dos Sumários de Touros

e de Fêmeas do Programa de Melhoramento

Genético da Raça Girolando.

Para quem gosta de queijo, a Megaleite

acontecerá paralelamente ao

Festival do Queijo Minas Artesanal. O

público poderá degustar produtos de

regiões reconhecidas na produção de

queijo artesanal no estado, incluindo

vários premiados no Concurso Mundial

em Tours na França. Também terá

a participação de chefs de cozinha,

Mini fazenda será uma das

atrações para as crianças

além da exposição de cafés, azeites,

cervejas artesanais, cachaça, mel e outros

produtos típicos do estado. O festival

é coordenado pela FAEMG.

Na parte comercial, a Megaleite

terá oito leilões de bovinos, permitindo

aos visitantes adquirirem exemplares

de alto valor genético das raças

Girolando e Gir Leiteiro. A agenda de

remates será de 6 a 9 de junho, com todos

os eventos ocorrendo no interior

do Parque da Gameleira e com transmissão

ao vivo.

A programação completa do evento

está disponível no site www.megaleite.

com.br. O evento tem como Parceiro

Premium a Alvoar Lácteos; Parceiros

Master: ALLFLEX, Tortuga, uma

marca DSM, Agener União, UCBVET,

Sobcontrole Fazenda, Berrante, Agroceres

Multimix, Zoetis, Mosaic Fertilizantes,

Alta, GENEX Brasil; Canal

Master: Terraviva; Apoio Master: Bebamaisleite.

CARLOS LOPES CARLOS LOPES

Megaleite terá oito leilões

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18ª EXPOSIÇÃO BRASILEIRA DO AGRONEGÓCIO DO LEITE

PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR

Recepção de Animais

• 08:00 –18:00 – Início da entrada dos animais para torneio leiteiro (todas as raças)

SEGUNDA-FEIRA (29/05/2023) a QUARTA-FEIRA (31/05/2023)

QUINTA-FEIRA (01/06/2023)

Programação Especial “Dia do Leite”

• 18:00 – Live do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando – PMGG | Local: Plataforma virtual

SEXTA-FEIRA (02/06/2023)

Recepção de Animais

• 08:00 – 18:00 – Início da entrada dos animais para julgamento, mostra e continuação da entrada dos animais para torneio leiteiro (todas as raças)

• 08:00 – 09:00 – Encerramento da recepção de animais Girolando e de Gir Leiteiro para torneio leiteiro

Torneio Leiteiro

• 09:30 – 10:00 – Reunião da comissão técnica com os expositores e participantes do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

• 10:00 – 13:00 – Realização de exames clínicos e laboratoriais dos animais Girolando participantes do torneio leiteiro

• 14:00 – Início da fiscalização do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

SÁBADO (03/06/2023)

Recepção de Animais

• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais Girolando para julgamento e mostra

• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)

DOMINGO (04/06/2023)

Recepção de Animais

• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)

• 08:00 – 18:00 – Encerramento da entrada dos animais Girolando para julgamento e mostra

Torneio Leiteiro

• 14:00 – 1ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

• 22:00 – 2ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

SEGUNDA-FEIRA (05/06/2023)

Recepção de Animais

• 08:00 – 10:00 – Mensuração e pesagem oficial dos machos Girolando para julgamento Local: Parque da Gameleira | Currais de Manejo

• 08:00 – 12:00 – Encerramento da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)

Programação Especial

• 17:30 – Reunião da comissão de ética da Girolando com os expositores, tratadores e apresentadores de animais Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

• 18:00 – Churrasco de Boas-vindas da Megaleite 2023 – Tratadores | Local: Tatersal 1 “Redondinho”

Torneio Leiteiro

• 06:00 – 3ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

• 14:00 – 4ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

• 22:00 – 5ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

TERÇA-FEIRA (06/06/2023)

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Programação Especial

• 15:00 – Evento Sincronize | Ouro Fino Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais

• 18:00 – Publicação dos sumários de touros e de fêmeas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando – PMGG Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

Julgamento

• 17:00 – Divulgação da comissão de jurados efetivos e sorteios da raça Girolando (composição racial e jurados assistentes) Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

Torneio Leiteiro

• 06:00 – 6ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

• 14:00 – 7ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

• 22:00 – 8ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

Leilões e Shoppings

20:00 – 2º Leilão Estrelas da Megaleite | Raça: Girolando Modalidade: Virtual – Restaurante do Camarote Master Leiloeira: Programa Transmissão: Canal Terra Viva

QUARTA-FEIRA (07/06/2023)

Programação Especial

• 09:00 – Abertura oficial e hasteamento das bandeiras Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

• 10:00 – Entrega do “Mérito Girolando” Local: Parque da Gameleira | Camarote Master


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• 06:00 – 6ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

• 14:00 – 7ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

• 22:00 – 8ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

Leilões e Shoppings

20:00 – 2º Leilão Estrelas da Megaleite | Raça: Girolando Modalidade: Virtual – Restaurante do Camarote Master Leiloeira: Programa Transmissão: Canal Terra Viva

Programação Especial

• 09:00 – Abertura oficial e hasteamento das bandeiras Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

• 10:00 – Entrega do “Mérito Girolando” Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

• 10:30 – Inseminação da ducentésima milésima matriz e primeiro registro genealógico do programa “Mais Genética” Local: Parque da Gameleira | Pista de Julgamento

• 11:00 – Reunião da Comissão Técnica do Queijo Minas Artesanal – FAEMG Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais

• 14:00 – Encontro com os Presidentes e Representantes dos Núcleos Oficiais de Fomento da Raça Girolando Local: Parque da Gameleira

• 14:00 – Reunião da Comissão Nacional de Leite – CNA Local: Parque da Gameleira | Auditório do IMA

(Palestra aberta ao público – Tema: Qual a atratividade financeira da pecuária de leite? | Palestrante: Thiago Rodrigues – Coordenador do Projeto Campo Futuro da CNA)

• 18:00 – Lançamento do sumário do PMG2B Local: Parque da Gameleira | Estande Gir Leiteiro 2B

• 18:00 – Palestra Técnica Alta Genetics Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais

Mini Fazenda

• 08:00 – 19:00 – Visitação aberta ao público

Julgamento

• 15:00 – Início dos julgamentos de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens CCG 1/4)

Torneio Leiteiro

• 06:00 – 9ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro

• 14:00 – 10ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e de Gir Leiteiro (encerramento)

Leilões e Shoppings

• 20:00 – 2º Leilão Virtual Sul das Gerais | Raça: Girolando Modalidade: Virtual – Restaurante do Camarote Master Leiloeira e Transmissão: Nem Assessoria

• 20:00 – Leilão o Fabuloso Gir Leiteiro | Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa | Transmissão: Canal Terra Viva

QUINTA-FEIRA (08/06/2023)

Programação Especial

• 08:00 – Festival do Queijo Artesanal de Minas Local: Expominas

• 08:00 – Reunião da Comissão Técnica de Pecuária de Leite do Sistema Faemg Senar Local: Auditório do Expominas

• 10:00 – 6º Encontro Regional do Conseleite Minas e Encontros dos Técnicos do ATeG Leite e Agroindústria Local: Auditório do Expominas

• 13:00 – Entrega da premiação e desfile das campeãs do 32º Torneio Leiteiro Nacional de Girolando Local: Parque da Gameleira | Pista de Julgamento

• 14:00 – Encontro Nacional Conseleite (MG, PR, SC, RS, MT e RO) Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais

• 18:00 – Palestra Técnica Integral Grupo Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais

Mini Fazenda

• 08:00 – 19:00 – Visitação aberta ao público

Julgamento

• 09:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens CCG 1/2) e de Gir Leiteiro (pista 1)

• 14:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1), de Guzerá (pista 3) e de Holandês (pista 4)

• 15:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Machos da Raça Girolando)

Leilões e Shoppings

• 14:00 – V Leilão Núcleo Girolando das Gerais | Raça: Girolando Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web

• 20:00 – Leilão 62 Anos Gir Leiteiro Fazenda Brasília | Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Canal Terra Viva

SEXTA-FEIRA (09/06/2023)

Programação Especial

• 08:00 – Festival do Queijo Artesanal de Minas Local: Expominas

• 09:00 – Reunião da Câmara Setorial do Leite da CEPA/SEAPA MG Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais

• 13:30 – Congresso da Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos – ABCB Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais

• 17:30 – Avaliação genômica do Gir Leiteiro: resultado do primeiro semestre de 2023 para fêmeas e touros jovens da pré-seleção Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais

Mini Fazenda

• 08:00 – 20:00 – Visitação aberta ao público

Julgamento

• 09:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens da Raça Girolando | pista 3 - Fêmeas Jovens CCG 3/4), de Jersey (pista 4) e de Gir Leiteiro (pista 1)

• 14:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1), de Guzerá (pista 3) e de Holandês (pista 4)

• 15:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Machos CCG 3/4)

Leilões e Shoppings

• 14:00 – Leilão Elo de Minas | Raça: Girolando Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web

• 20:00 – 17º Leilão Gir Leiteiro Reserva Especial 2B | Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web

• 20:00 – 5º Leilão Orgulho de Minas | Raça: Girolando Modalidade: Presencial – Tatersal 1 “Redondinho” Leiloeira: Programa Transmissão: Remate Web

Programação Especial

• 08:00 – Festival do Queijo Artesanal de Minas Local: Expominas

• 08:00 – Seminário Técnico do Queijo Artesanal de Minas Local: Auditório Expominas

Mini Fazenda

• 10:00 – 18:00 – Visitação aberta ao público

Julgamento

SÁBADO (10/06/2023)

• 08:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Adultas e Progênies CCG 3/4 | pista 3 – Fêmeas Adultas e Progênies CCG 1/4), de Gir Leiteiro (pista 1) e de Jersey (pista 4)

• 14:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Adultas e Progênies da Raça Girolando | pista 3 - Fêmeas Adultas e Progênies CCG 1/2) e julgamento de Gir Leiteiro (pista 1)

• 19:00 – Divulgação e premiação dos melhores expositores e criadores da 32ª Exposição Nacional de Girolando | ENCERRAMENTO Local: Pista de Julgamento

Saída dos Animais

• 06:00 – Início da saída dos animais da Megaleite 2023

QUARTA-FEIRA (07/06/2023)

DOMINGO (11/06/2023)

Acesse o site do evento www.megaleite.com.br

*Programação sujeita a alterações até o início do evento.

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

EXPOSIÇÕES E EVENTOS

Larissa Vieira

PITTY

Pistas refletem qualidade do Girolando

Premiação na ExpoZebu 2023

Entre os eventos em que a raça participou está a Exposição Interestadual de Girolando - Circuito Megaleite

2022/2023, realizada durante a ExpoZebu

Exposições em várias regiões do

Brasil tiveram a participação da raça

Girolando, dentre elas Leopoldina,

Expogrande, Exposul Rural e ExpoZebu,

confirmando a qualidade

dos trabalhos de seleção que vem

sendo desenvolvidos por diversos

criatórios. Um exemplo foi a 88ª ExpoZebu,

realizada de 29 de abril a 7

de maio, no Parque Fernando Costa,

em Uberaba/MG. Dos mais de

2.300 bovinos de várias raças participantes,

130 eram de Girolando.

Eles concorreram em julgamento e

torneio leiteiro. A feira sediou a Exposição

Interestadual de Girolando -

Circuito Megaleite 2022/2023 e teve

como jurado Juscelino Ferreira.

Para o expositor José Renato

Chiari, que encerrou o evento como

Melhor Criador, Melhor Expositor e

Melhor Afixo, a pista vem refletindo

os investimentos em melhoramento

genético. “É uma felicidade enorme

ganhar na ExpoZebu, porque aqui é

um lugar sagrado e que representa

uma das raças mães do Girolando. É

a coroação de um trabalho de seleção,

focado no uso de touros Girolando

e de ferramentas, como a genômica”,

pontua Chiari.

Para o expositor Túlio Gomes

Araújo, que conquistou os títulos de

Melhor Criador e Melhor Expositor

CCG 1/4, vencer na ExpoZebu é a

realização de um sonho de criança.

“Sempre vinha com meu pai na feira,

via os animais e sonhava um dia

participar como expositor. Participamos

o ano passado, conquistando

algumas premiações, mas agora tivemos

um desempenho ainda melhor”,

comemora Araújo. O expositor Luiz

Fernando Pinto Monteiro de Barros,

que levou para casa o Grande Campeonato

de fêmeas CCG 1/2, ressalta

que a vitória é fruto de uma seleção

genética que busca identificar o me-

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REVISTA O GIROLANDO

PITTY

lhor da raça. “É uma emoção ver um

animal de meu criatório vencer na

ExpoZebu”, garante.

Entre as fêmeas Girolando CCG

1/2, o troféu de Grande Campeã ficou

com Tequila FIV da Pavana, do

expositor Luiz Fernando Pinto Monteiro

de Barros. A Melhor Fêmea Jovem

foi Tais FIV da Pez, da expositora

Maria Beatriz do Prado Zago, que

também conquistou o título de Melhor

Criadora. A Melhor Vaca Jovem

foi 2530 FIV Vidralia Country JCRF,

da expositora Mirian Moreira Santana.

O Melhor Expositor foi Paulo

Victor Sousa Machado.

No Girolando CCG 3/4, a Grande

Campeã foi Bruna da Pavana, do

expositor Luiz Fernando Pinto Monteiro

de Barros. A Melhor Fêmea

Jovem foi Ramalha Delta Lambda

FIV Boa Fé, do expositor Ezra Ma,

também Melhor Criador/Expositor.

A Melhor Vaca Jovem foi Bruna da

Pavana, do expositor Luiz Fernando

Pinto Monteiro de Barros.

No Girolando CCG 1/4, a Grande

Campeã foi Geleira FIV das Arábias

I, do expositor Jônadan Ma. A Melhor

Fêmea Jovem foi Daslu FIV Ivã

Premiação do Torneio Leiteiro na ExpoZebu

da Juluca, do expositor João Pedro

Ayres neves de Azevedo. A Melhor

Vaca Jovem foi Pass Ocitocina FIV,

do expositor Túlio Gomes Araújo.

No Girolando, a Grande Campeã

foi ICH Q259 Lapa Pety, do expositor

José Renato Chiari. O Grande

Campeão foi BH 27 Crushabull

FIV JGG, da Fazenda Passatempo.

A Melhor Fêmea Jovem foi Rovena

Hancock FIV da Boa Fé, do expositor

Ezra Ma. A Melhor Vaca Jovem

foi ICH T5123 Alicia Crushabull, do

expositor José Renato Chiari.

Torneio Leiteiro - A vaca CCG

1/2 Arena das Arábias foi a Grande

Campeã de Produção Absoluta de

Leite com uma produção de 216,680

kg/leite em nove ordenhas, atingindo

a média de 72,227 kg/dia. O animal

pertence ao expositor Jônadan

Ma. “A raça Girolando tem elevado

sua produção de leite de forma significativa

ao longo dos últimos anos

graças ao trabalho de seleção criterioso

dos criadores. E o torneio leiteiro

refletiu toda essa evolução”, diz

Ma.

Já na categoria Composição do

Leite a campeã foi Happy FIV Mccutchen

Guto, da expositora Mirian

Moreira Santana. Ela teve uma produção

de 177,952 kg, obtendo uma

média de 59,317 kg. Happy é uma

vaca adulta Girolando 5/8.

Mais eventos

A cidade de Cachoeiro do Itapemirim/ES

sediou de 4 a 7 de maio

a Exposul Rural ES 2023. Com 172

animais inscritos, a raça Girolando

contou com julgamento e torneio

leiteiro. Os trabalhos na pista foram

conduzidos pelo jurado Artur Patrus

Campo Belo.

Nas competições na pista de julgamento,

a Grande Campeã CCG 1/2

foi Esmeralda FIV MCCUTCHEN

SV, do expositor Célio Tubes Liborio.

A Grande Campeã e Melhor

Vaca Jovem CCG 3/4 foi Pitucha FIV

Kingboy SJ Lalu, do expositor Luiz

Claudio Bastos. A Grande Campeã

Girolando foi Pandora FIV Bandoli,

do expositor Luiz Carlos Bandoli

Gomes.

No torneio leiteiro, a Campeã

Vaca Jovem foi Sorocaba FIV Montross

Santa Luzia, do expositor Emanuel

Ribeiro Moulin. Ela teve produção

de 139,570 kg/leite, média

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REVISTA O GIROLANDO

DIVULGAÇÃO

Premiação na Exposul Rural ES

de 46,523 kg/leite. A Campeã Vaca

Adulta foi Heliacia FIV CAL, do expositor

Emilio Vieira Paulino, com

produção de 289,180 kg/leite, média

de 96,393 kg/leite.

Expogrande

21ª Exposição com Julgamento

Ranqueado de Girolando

Maior feira agropecuária do Mato

Grosso do Sul, a 83ª Expogrande

aconteceu de 13 a 23 de abril no Parque

de Exposições Laucídio Coelho,

em Campo Grande/MT. Durante o

evento, aconteceu a 21ª Exposição

com Julgamento Ranqueado da Raça

Girolando, sob o comando do jurado

Frederico Paiva. A Associação

Brasileira dos Criadores de Girolando

foi representada pelo diretor de

Fomento e Eventos, Marcelo Real.

A Grande Campeã CCG 1/2 foi

Atena Ribeirão Grande, do expositor

Rodipa Agropecuária Ltda. A

Grande Campeã CCG 1/4 foi Cristina

Profana Moura Leite, do mesmo

expositor. A Grande Campeã Girolando

foi Exótica Evoque Morty R

da Fortaleza, do expositor Rubens

Belchior da Cunha Filho. O Grande

Campeão foi Macan Evoque Máquina

R da Fortaleza, do mesmo expositor.

A raça também foi destaque no

Showpec, um evento de circuitos de

palestras que ocorreu durante a Expogrande.

O pesquisador da Embrapa

Gado de Leite, Marcos Vinícius

Barbosa Silva, ministrou uma palestra

sobre o uso da genômica.

Leopoldina

A 1ª Exposição Interestadual

de Girolando – Circuito Megaleite

2022/2023 – Etapa Sul/Sudeste aconteceu

de 10 a 15 de abril na cidade de

Leopoldina/MG. Quem comandou o

julgamento foi o jurado Fábio Fogaça.

A Grande Campeã CCG 1/4 foi

CHL Famosa FIV Teatro, do expositor

Luiz Carlos Bandoli Gomes. A

Grande Campeã 3/4 foi Hannie FIV

Doorman MJP, do expositor Marcos

José de Paiva. O Grande Campeão

foi TBF Corola, do expositor Tiago

Ferreira. A Grande Campeã Girolando

foi Pandora FIV Bandoli, do

expositor Luiz Carlos Bandoli Gomes.

Além das competições em pista,

a Exposição de Leopoldina sediou o

3° Encontro Regional do Conseleite

MG. O presidente da Associação

Brasileira dos Criadores de Girolando,

Domício Arruda, participou do

debate, cujo tema central foi “Como

utilizar a nova ferramenta geradora

de valores de referência do leite”. Ele

destacou a importância do Conseleite

para a tomada de decisão dos produtores

rurais.

Todos os resultados completos

das exposições estão disponíveis no

site da Girolando.

Exposição de Leopoldina teve reunião do

Conseleite MG

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

GESTÃO

DIVULGAÇÃO

Silo cincho: conservação de forrageira a baixo custo

Compactação da silagem no silo cincho

Uma das vantagens desse modelo é dispensar o uso de maquinário e mão de obra especializada, reduzindo

o custo da instalação

No dicionário, uma das definições

da palavra cincho é “o molde

usado para apertar o queijo”. Mas,

no Norte de Minas Gerais, o cincho

tem sido fonte de alimentação

do gado durante os longos períodos

anuais de estiagem. Com a aproximação

dessa época mais seca do ano

no Estado, a tecnologia de armazenar

forragem em pequenos bolos

vegetais compactados é a garantia de

sobrevivência dos animais e de renda

para produtores de pequeno porte

que exploram a pecuária leiteira.

No município de Brasília de Minas,

a cerca de 100 quilômetros de

Montes Claros, a equipe da Empresa

de Assistência Técnica e Extensão

Rural do Estado de Minas Gerais

(Emater-MG) tem divulgado intensamente

a tecnologia de implantação

de silos cincho na agricultura fami-

liar. A iniciativa começou em 2015,

na comunidade chamada Raiz, com

a confecção experimental de um silo

desse tipo, que dispensa o uso de

trator para a compactação da matéria

vegetal e armazena quantidades

menores de forragem. “Nos últimos

anos, já realizamos vários eventos

para apresentar as vantagens do silo

cincho e o processo de montagem.

A prática já se tornou comum aqui

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REVISTA O GIROLANDO

DIVULGAÇÃO

no município e em outros vizinhos,

o que demonstra a satisfação com

o processo”, afirma o extensionista

agropecuário Manoel Milton de

Sousa, da Emater-MG.

Ele explica que o silo cincho é

ideal para propriedades com poucos

animais e também pouco material

forrageiro para ser transformado em

silagem. Além disso, por dispensar

o uso de máquinas para a compactação,

que é feita pisoteando a forragem,

o processo fica bem mais

barato. Manoel Milton conta como

conheceu a tecnologia: “Em conversa

com um comerciante do setor

agropecuário local, ele me falou de

um modelo de silo, que chamava de

silo bolo. A conversa me despertou

interesse e fui pesquisar mais sobre

o assunto. É uma tecnologia antiga,

de origem Italiana, e a Emater-MG

já havia utilizado essa prática, principalmente

na região do Vale do Jequitinhonha,

que também enfrenta

longos períodos de seca”, diz o extensionista.

Materiais

Inicialmente, era utilizada uma

chapa de aço de 14 milímetros para

dar forma ao silo. Mas o produtor

rural Carlos Roberto, também de

Picar o material no tamanho ideal garante mais

qualidade à silagem.

Brasília de Minas, teve a ideia de

utilizar uma chapa de zinco, mais

barata e bem mais leve, que pode ser

inclusive enrolada, quando não estiver

em uso. Por ser bem mais fina

que a chapa de aço, foi necessário

fazer adaptações com vergalhões nas

bordas superior e inferior para dar

maior firmeza na forma. “Esse novo

arranjo atende todos os requisitos da

forma original, mas com um custo

mais acessível e até mais facilidade

no transporte”, elogia Manoel Milton.

Além da chapa metálica (geralmente

de 50 centímetros de altura

por 10 metros de comprimento), os

outros materiais necessários são lona

plástica e corda, para acondicionar o

material ensilado. Para fechar a forma,

podem ser usadas dobradiças,

unidas com um pino, ou cantoneiras

e parafusos. “Uma forma dessas

pode armazenar até seis toneladas

de silagem”, informa o técnico da

Emater-MG.

Para a forragem, podem ser utilizados

diversos materiais, desde capim,

cana-de-açúcar, milho, sorgo, e

até ramas da mandioca. Um pequeno

desintegrador garante que os restos

vegetais sejam picados do tamanho

ideal para favorecer a fermentação

adequada da matéria verde, para garantir

a durabilidade e a qualidade

da alimentação para o gado.

Economia

O produtor rural Carlos Roberto

cita as diversas vantagens do silo

cincho: “Não preciso alugar a máquina

(trator) para compactar a forragem.

E outra coisa positiva é que

quase não perdemos nada da silagem,

depois de aberto o silo. Tenho

poucos animais e, se fosse fazer um

silo tradicional, que é bem maior,

corro o risco de desperdiçar parte

do material. E tem mais, não preciso

de muita forragem. Aproveitamos

todo resto de lavoura que não tenha

vingado, e até as ramas da mandioca,

depois que colhemos as raízes”, diz o

produtor.

O extensionista da Emater-MG

acrescenta que, caso haja necessidade

de alimentar um maior número

de animais, é possível fazer vários

pequenos silos, que serão abertos

conforme a demanda. “Por exemplo,

se for necessário ter 20 toneladas de

silagem para um ano, o que é ainda

considerado uma quantidade pequena,

o produtor pode fazer quatro silos

de cinco toneladas cada. Assim,

ele vai abrindo cada um conforme

a necessidade, e mantém a conservação

do material nos outros silos”,

explica Manoel Milton.

Para o produtor Valdir Ferreira

de Aquino, o silo do tipo cincho tem

sido a salvação, nestes tempos de

alta de combustíveis: “Já fizemos um

bocado de silos desses aqui. É bem

mais barato, porque não depende de

trator. Ainda mais que agora o combustível

está tão caro e aumentou

muito a diária de aluguel da máquina.

A ração fica perfeita, os animais

aceitam muito bem. O Milton (técnico

da Emater-MG) veio aqui e nos

explicou tudo como fazer.” Valdir

mantém cerca 25 animais na propriedade,

voltada para a pecuária de

leite. “Já faço comida pro meu gado

pra passar seis ou sete meses de seca”,

conta o produtor, já adaptado a passar

por longos períodos de estiagem.

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

GESTÃO

José Zeferino Pedrozo, Presidente da

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de

Santa Catarina e do Senar/SC

Taxação do agro e a

reforma tributária

Ignorância, má fé, oportunismo

e dificuldade para compreender

a complexa realidade brasileira

parece estar por trás daqueles

que – nos últimos tempos – passaram

a defender “a tributação do

agronegócio”, como se o setor já

não fosse penalizado por variáveis

imprevisíveis como clima, mercado,

pragas, guerras etc.

Infelizmente, a verdade é uma

só: a carga tributária brasileira

é uma das maiores do mundo e

consome um terço das riquezas

nacionais. O Brasil é ineficiente,

cobra impostos elevados e presta

serviços precários. O Sistema

Tributário Nacional está longe

de ser ideal, porque é complexo,

moroso, burocrático, gigantesco

e injusto. São milhares de normas

tributárias federais e milhares de

normas dos 26 Estados, do Distrito

Federal e dos mais de 5.500

municípios. Levantamento recente

mostra a existência de quase

90 tributos, incluindo impostos,

taxas, contribuições de melhoria,

contribuições sociais, de intervenção

no domínio econômico,

para categorias econômicas ou

profissionais e empréstimos compulsórios.

É muito curioso que o Governo

Federal não planeja reduzir

despesas, enxugar o tamanho

da máquina, fazer uma reforma

administrativa ou implementar

um programa de racionalização,

desburocratização e aumento da

eficiência do Poder Público. Ao

contrário, aumenta o número de

Ministérios, cria cargos, eleva os

salários e, enfim, só eleva as despesas.

Em compensação, quer tributar

um setor que gera 25% das

riquezas produzidas no país, sustenta

1 em cada 5 postos de trabalho

formais e responde pela

metade das exportações brasileiras,

colocando 150 bilhões de dólares

em divisas para o superávit

comercial. A população ocupada

no agronegócio brasileiro supera

19 milhões de pessoas, sendo que

somente na agroindústria o contingente

ocupado é de 4 milhões

de trabalhadores. Isso representa

bilhões de reais em salários e rendimentos

injetados mensalmente

na economia.

A comida não surge por geração

espontânea nas gôndolas dos

supermercados. Milhões de famílias

de produtores e empresários

rurais no campo e milhares de

operários nas agroindústrias trabalham

para produzir e processar

carnes, grãos, leite, frutas, hortaliças

etc. para alimentar o Brasil e

boa parte do Planeta. Além da segurança

alimentar que oferece aos

brasileiros, a agricultura verde-

-amarela alimenta quase 1 bilhão

de pessoas no mundo.

Não há dúvida que o País necessita

de uma ampla, justa e racional

reforma tributária, mas

inexiste consenso sobre essa ma-

téria. O Legislativo Federal, nesse

momento, analisa diferentes

Propostas de Emendas Constitucionais

(PECs): a PEC 45/2019,

que tramita na Câmara dos Deputados,

que substitui vários tributos

pelo Imposto sobre Bens e

Serviços (IBS), e a PEC 110/2019,

proposta no Senado Federal, que

estabelece um imposto subnacional,

um imposto federal seletivo

e uma contribuição federal sobre

a produção e circulação de bens e

serviços.

As duas propostas, especialmente

as PECs 45 e 110, propõem

um sistema padronizado de alíquotas

e, dessa forma, aumentam

a carga tributária sobre as cadeias

produtivas do agronegócio. Na

Confederação da Agricultura e

Pecuária do Brasil (CNA) nós já

alertamos que a aprovação da reforma

tributária nos moldes de

uma alíquota fixa para diferentes

setores pode provocar um aumento

de carga tributária para a agricultura

e para a pecuária, afora os

impactos sobre a inflação e o aumento

do custo dos produtos ao

consumidor final.

Aumentar a tributação do agro,

como mostram experiências desastrosas

em outros países, resulta

em desestímulo de todos os atores

das cadeias produtivas, queda de

produção, aumento generalizado

dos alimentos, inflação, carestia,

fome e miséria. E os pobres serão

sempre os mais prejudicados.

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

GENÉTICA

Equipe Alta

DIVULGAÇÃO

Vacas de 4 Eventos são mais eficientes e lucrativas

Objetivo é melhorar a lucratividade de cada rebanho

A atividade leiteira é um negócio

e precisa ser lucrativa. Os produtores

buscam constantemente o aumento

de eficiência e produtividade

dentro da fazenda, com o objetivo

de aumentar seus lucros. Mas, como

é possível conseguir esse aumento

de eficiência e produtividade?

Para mostrar ao produtor quais

são os bovinos mais eficientes e lucrativos

de um rebanho, o conceito

de Vaca de 4 Eventos vem sendo

aplicado pela empresa Alta. De acordo

com o gerente de Leite da Alta,

Uso de genética de alta qualidade permite ter

no rebanho vacas de 4 eventos

Cleocy Júnior, a Vaca de 4 Eventos,

como o próprio nome diz, é um animal

eficiente e que não traz problema

para o produtor. “Quando você

vê as informações de uma vaca, em

qualquer ficha ou banco de dados

do seu programa de gerenciamen-

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REVISTA O GIROLANDO

to de rebanho, a Vaca de 4 Eventos

possui, unicamente, quatro principais

ocorrências listadas ao longo

de sua lactação: Parto, Inseminação,

Diagnóstico de Prenhez e Secagem.

Então, é um animal que produz

muito leite, não traz problemas e,

por isso, permanece na fazenda por

muito tempo produzindo. Ou seja, a

Vaca de 4 Eventos entrega a lucratividade

para o produtor”, afirma.

Eventos básicos, como mudança

de lotes, casqueamentos, vacinações

e reconfirmações da prenhez, também

ocorrem durante a lactação de

uma vaca. Contudo, o que realmente

não deve estar anotado na ficha de

lactação de uma Vaca de 4 Eventos

são os contratempos: os problemas

de alto custo e demorados, que impedem

a lucratividade geral do rebanho.

“Uma Vaca de 4 Eventos não

Gerente de Leite da Alta,

Cleocy Júnior

desenvolve mastite, não é acometida

por hipocalcemia clínica, cetose

e nem mesmo retenção de placenta.

Além disso, é um animal que não

tem claudicações e não aborta o seu

bezerro durante a prenhez. Ela não

contrai doenças, infecções e problemas

que podem causar grandes dores

de cabeça, mesmo para os melhores

produtores de leite”, detalha o

gerente de Leite.

O objetivo do produtor não deve

ser o de ter apenas uma Vaca de 4

Eventos dentro da fazenda, mas,

sim, um rebanho inteiro de quatro

eventos. “O produtor precisa considerar

o tempo e o dinheiro que ele

economiza, assim como a tranquilidade

que vai ganhar com as Vacas

de 4 Eventos, que não exigem tratamentos

caros e não diminuem a

produção de leite devido a problemas

de saúde”, destaca.

Uma das melhores maneiras de

criar mais Vacas de 4 Eventos para

o seu futuro rebanho é focar sua seleção

genética em características de

saúde, como a Vida Produtiva (PL).

“Quando você trabalha para dar

ênfase suficiente à Vida Produtiva

(PL) em seu Plano Genético personalizado,

isso não significa apenas

que você criará vacas que ficaram

mais velhas. A PL prevê quais vacas

serão mais resistentes, mais saudáveis

e mais fáceis de manejar. Incluir

Vida Produtiva em seu Plano Genético

aumentará suas chances de ter

um rebanho cheio de Vacas de 4

Eventos”, garante Cleocy.

Vacas com alto valor genético

para Vida Produtiva têm menos

problemas após o parto e durante

a lactação. “As vacas com alta Vida

Produtiva têm menos abortos, menos

problemas de reprodução e tiveram

menos casos de deslocamento

de abomaso, claudicação, mastite e

retenção de placenta. Consequentemente

isso levou com que menos

vacas de alta Vida Produtiva deixassem

o rebanho involuntariamente e

permanecessem mais tempo produzindo

e gerando lucros na fazenda”,

destaca.

O acesso a um material genético

de alta qualidade, às ferramentas

de suporte especializadas para a tomada

de decisão, soluções integradas,

expertise técnica e serviço de

consultoria para fornecer soluções

customizadas aos produtores de leite

auxiliam o produtor a criar um

rebanho repleto de Vaca 4 Eventos.

“Com a inseminação artificial é possível

usar touros comprovadamente

superiores, o que é uma grande segurança

para o aumento da produtividade.

Outra vantagem é a possibilidade

de selecionar touros que

melhor atendam às particularidades

de cada rebanho, promovendo evolução

mais rápida dos rebanhos, de

acordo com as necessidades de cada

fazenda e da realidade de mercado”,

explica o gerente de Leite.

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

GIROLANDO E VOCÊ

DIVULGAÇÃO

América Latina de olho no Girolando

Um dos países que mais importa sêmen

da raça Girolando, o Panamá foi escolhido

para a retomada do projeto internacional

Brazilian Girolando, que, por conta da pandemia,

estava paralisado. A Feira Internacional

David, realizada em março, teve uma

participação inédita da raça, com exposição

de 25 animais, além de um estande para divulgar

as inovações da Associação Brasileira

dos Criadores de Girolando e das empresas

associadas.

O Brazilian Girolando tem como objetivo

promover no exterior a genética Girolando,

que vem conquistando espaço por

conseguir boa produção de leite em regiões

tropicais e a baixo custo. “No caso do Panamá,

a raça está viabilizando o desenvolvimento

da pecuária leiteira nas áreas mais

baixas, de grande umidade e temperaturas

elevadas, por ter grande adaptabilidade, menor

estresse calórico e resistência maior a parasitas

e doenças. Os produtores têm utilizado

os touros Girolando tanto para formação

de rebanhos puros quanto em cruzamentos

com raças crioulas para melhorar a produção

de leite”, explica o gerente do projeto

internacional Brazilian Girolando, Marcello

Cembranelli, que conduziu uma mostra da

raça na pista de julgamento do evento, destacando

as principais características raciais e

de desempenho dos animais Girolando.

De acordo com a diretora de Relações

Internacionais da Girolando, Tatiane Tetzner,

a demanda pela genética da raça é forte

na América Latina. “Nossa missão é levar

informações técnicas sobre a raça não só

para o Panamá, mas também para vários

países da América Latina. Também vamos

divulgar as tecnologias desenvolvidas pelas

empresas e o trabalho de seleção dos criatórios

parceiros do projeto”, esclarece.

Em maio, a entidade recebeu em sua

sede visitantes estrangeiros de vários países

para o “Encuentro para Ganaderos”. O

presidente Domício Arruda destacou que a

entidade emitirá, a partir de 2023, a Certificação

Internacional da raça Girolando em

países interessados em garantir a qualidade

genética e o padrão racial de seus rebanhos.

Participaram criadores da Bolívia, Colômbia,

Equador, República Dominicana,

México e Venezuela. Segundo o presidente

da Associação Venezuelana de Criadores de

Zebu, José Antonio Carrasquero, está sendo

Comitiva de estrangeiros na sede da Girolando

Projeto Brazilian Girolando volta a percorrer vários eventos internacionais para fomentar o uso da

raça e de tecnologias

alinhada uma parceria com a Girolando na

área de melhoramento genético. “A proposta

é contar com todo o know-how da Associação

de Girolando para implantarmos em

nosso país os serviços de controle leiteiro e

de registro genealógico”, diz Carrasquero.

No México, a raça vem crescendo e a

demanda maior é por animais Girolando

CCG 1/2. “Como nossa região tem um clima

muito quente e úmido, o Girolando consegue

manter uma boa produção de leite.

Fizemos um estudo com animais CCG 1/2

e ficou comprovado que a raça tem produção

bem acima da média nacional. Tivemos

uma produção média de 18 litros/leite/dia

enquanto a média no país não ultrapassa 9

litros/dia. Para o México é a raça ideal”, garante

o criador de Girolando no México,

Manuel Suarez.

O encontro internacional também contou

com a presença de representantes das

empresas parceiras do Brazilian Girolando

ABS, ACN Agropecuária, Agroexport,

Agrotrip, CRV, GBF Global, Grupo Cabo

Verde. Outras empresas participantes do

projeto são Fazenda Floresta, Estância K,

Zago Agropecuária e revista Pecuária Brasil.

92


93


REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

GIROLANDO E VOCÊ

PRETA RIBEIRO

Associações fundam Frente para defesa da pecuária

Representantes das associações

integrantes da FABB

O grupo tem a participação de 14 entidades responsáveis pelo registro genealógico de bovinos e

da ASBIA

Associações de raças delegadas do Ministério

da Agricultura e Pecuária para o

serviço de registros genealógico uniram

forças na defesa dos direitos das entidades

e fundaram a Frente das Associações de

Bovinos do Brasil (FABB). Capitaneada

pela Associação Brasileira dos Criadores

de Zebu (ABCZ), a iniciativa foi oficializada

no dia 5 de maio, durante reunião com

a presença de representantes das 14 associações

que agora integram a FABB. Também

faz parte do grupo a Associação Brasileira

de Inseminação Artificial (ASBIA).

“O grupo de trabalho é uma iniciativa da

ABCZ para assegurar oportunidades mais

amplas de participação em assuntos de interesse

da pecuária nacional, como a agilidade

na liberação de touros em central”,

destaca o presidente da ABCZ, Gabriel

Garcia Cid.

Durante o encontro, foram apresentadas

propostas de alinhamento de demandas

de ordem técnica, política e de

comunicação em favor dos produtores.

Em pauta, definições sobre atribuições de

cada representante e vigência de atuação.

“Apesar de serem raças diferentes, muitas

vezes as demandas das associações em

relação ao registro genealógico são semelhantes.

Então, a união das entidades na

busca de soluções junto ao Ministério da

Agricultura e Pecuária contribuirá para

dar a celeridade a demanda de todos”, ressalta

o presidente da Associação Brasileira

dos Criadores de Girolando, Domício Arruda.

O superintendente Técnico da entidade,

Leandro Paiva, também participou

da reunião.

Para a presidente da Associação Brasileira

de Angus e Ultrablack, Mariana

Tellechea, essa iniciativa inédita marcará

a história da pecuária nacional brasileira.

“Estamos muitos orgulhosos e felizes por

estarmos fazendo parte da Frente. O Brasil,

por ser um dos principais países exportadores

de carne do mundo precisa ter

essa união, só assim conseguiremos abrir

novos espaços para as nossas raças. Teremos

outros encontros e nesses momentos

iremos apresentar propostas técnicas,

políticas e de comunicação”, comemora a

presidente da Angus.

Ficou definido que haverá uma alternância

entre as entidades para o comando

da Frente. A ABCZ será a primeira associação

a coordenar. Após o primeiro ano

de trabalho, a responsabilidade da liderança

passará para a Girolando. Também

ficou definido que as demandas de cada

equipe técnica das raças serão levantadas e

apresentadas no próximo encontro, agendado

para o dia 7 de junho, na Megaleite

2023, em Belo Horizonte/MG.

As demais associações que fazem parte

da FABB são: Associação Brasileira de

Santa Gertrudis; Associação Brasileira de

Criadores das Raças Simental e Simbrasil;

Associação Brasileira dos Criadores

de Bovinos das Raças Wagyu; Associação

Brasileira dos Criadores de Girolando;

Associação Brasileira dos Criadores de

Hereford e Braford; Associação Brasileira

dos Criadores de Marchigiana; Associação

Brasileira dos Criadores de Devon e Bravon;

Associação Brasileira dos Criadores

de Bovinos Senepol; Associação Brasileira

de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa;

Associação Brasileira de Brangus;

Associação Brasileira dos Criadores de

Caracu; e Associação Nacional de Criadores

de Herd-Book Collares.

94


/nutri.mosaic

/nutrimosaic

REBANHO MAIS

PRODUTIVO.

RENTABILIDADE

MAIS ALTA.

Melhor

aproveitamento

de nutrientes.

Maior

rendimento

na silagem.

Aumento

do número

de animais

por área.

Quando o rebanho é bem nutrido, o resultado é de

peso também no leite. MPasto é a linha de fertilizantes

desenvolvida especialmente para a nutrição da pastagem

e forrageiras conservadas, fornecendo ao rebanho

a alimentação necessária para aumentar a qualidade

da produção e a sua rentabilidade. Pode confiar: MPasto

é da Mosaic Fertilizantes. Peça ao seu distribuidor.

www.nutrimosaic.com.br/mpasto

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

MERCADO

Equipe Berrante

BERRANTE COMUNICAÇÃO

Mercado de animais ganha novo formato de vendas

Berrante e Agro Reserva inovam com o Agro Experience

Evento promovido pela Berrante em março deu

origem à proposta do Agro Experience

Que tal começarmos com uma pequena

dinâmica? Experimente digitar

“experiência do cliente” na barra de pesquisas

do Google. Só na primeira página,

uma infinidade de resultados: desde

análises e definições muito bem elaboradas,

até cursos de renomadas instituições

sobre o tema, ou ainda blog-posts

caça-cliques com listas “infalíveis” de

como, de fato, promover uma experiência

para o seu cliente, seja qual for o seu

ramo de atuação.

E o mais interessante é que, quanto

mais conteúdos lemos, a quantas mais

“receitas” temos acesso, mais é possível

perceber que até podemos buscar por

inspirações, mas as experiências, por si

só, são únicas!

Partindo também dessa premissa,

Berrante e Agro Reserva vivem um

momento bastante alinhado a esta ideia

de promover experiências, encantar o

cliente e criar conexões! O segredo? Não

existe, porque nosso desafio é reinventar

a cada dia. “Preferimos sempre ver o

copo mais cheio a vazio. Nesses momentos

de instabilidade é que enxergamos

mais oportunidades para crescer”, diz

Gustavo Ribeiro, CEO da Berrante e da

Agro Reserva, em uma breve análise sobre

a instabilidade política e econômica

vivenciada no último ano, o que não impediu

o crescimento das duas empresas.

Para Ribeiro, uma das chaves esteve

na convicção sobre o poder da comunicação:

“É a ferramenta mais importante

para que você se posicione, crie valor

para a sua marca, principalmente nesses

momentos de desafio. Então, foi o que

fizemos: orientamos nossos clientes e

passamos a trabalhar para poder enxergar

oportunidades dentro desse cenário”.

O principal fruto desse crescimento

está baseado na grande aposta do empresário

e de toda a sua equipe. Trata-se

de um centro experimental onde é possível

testar e validar produtos: “Comunicando

isso, expandindo canais de venda,

aumentando nossa presença digital, e

criando um novo canal de comercialização

para as marcas que atendemos”, enfatiza

Gustavo, que traz a palavra-chave

deste momento da comunicação: investir

na experiência do cliente.

E aí está outra grande palavra-chave,

totalmente ao encontro das inúmeras

formas de criar experiências: presença!

Participar dos momentos, das oportunidades

em que as marcas precisam e podem

ser vistas. Estar onde o público está.

BX: a materialização de um sonho

O que chancelou a criação desse projeto

criado em função das experiências

foi um evento realizado no final do mês

de março, no próprio Berrante Ranch. O

BX, com o convite “Viva o seu momento

Agro Experience”, trouxe a proposta

de aproximar os clientes da Berrante, os

clientes da Agro Reserva, e criar essas

conexões entre empresas e produtores

rurais que precisam das soluções que

essas empresas entregam. “Vejo que foi

uma experiência muito bem-sucedida

em termos de organização, presença do

público, presença de autoridades e, especialmente,

quando fizemos uma pesquisa

de satisfação, entendemos que a

mensagem foi bem-passada; às pessoas

gostaram e valorizaram o que foi vivido

aqui”, afirma Gustavo Ribeiro.

Para o CEO, esse era o combustível

necessário para acreditar que o caminho

está correto e a proposta é ser cada vez

melhor: “Se nós vendemos 100 novilhas

Girolando, por que não podemos vender

200? Se tivemos aqui 15 empresas

parceiras, por que não podemos pensar

em ter 30? Se foi um dia muito focado

na pecuária, vamos fazer um evento de

dois dias envolvendo também 100% da

agricultura, com talhões experimentais.

Isso vai continuar, e ser cada vez mais

um ambiente de inovação, conexões, relações

comerciais e muito networking”,

adianta.

“E assim como toda a atmosfera do

agro, o mundo não para, apesar das dificuldades”,

compara Gustavo, trazendo

um incentivo a toda a cadeia produtiva.

“Não tem como desacelerar e faz parte

do ciclo pecuário, do ciclo da fazenda.

Precisam girar todas as atividades. O

agropecuarista, quando cai a primeira

chuva, não deixa de plantar, e depois

não deixará de colher e comercializar,

assim como as pessoas não deixam de

comer…”, e finaliza: “Então, sempre

acreditamos! Enxergamos nosso ramo

de atividade dessa forma”.

96


ALTA GIROLANDO:

Lideranças de

sumário e

de vendas

ELO SUPERSIREFIV KUB

Seagull-bay Supersire-et X Mineira Teatro

Fiv Rpm da S. Antonio

CARUSO FIV MONTEREY 2B DA MIRAÍ

View-Home Monterey-et X Quelinha

Everest Fiv 2b

97


REVISTA O GIROLANDO

NOVOS ASSOCIADOS

ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO

SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES FEVEREIRO / MARÇO E ABRIL DE 2023.

Nº CRIADOR MUNÍCIPIO

10796 AGROPECUÁRIA SETE COPAS LTDA

MAMBAÍ - GO

10818

10819

10812

10805

10804

10813

10807

10799

10810

10833

10803

10831

8313

10835

10817

10811

BRENO JOSÉ DE SOUZA JUNQUEIRA

CENTRO DE CIÊNC. HUM. SOCIAIS E AGRÁ-

RIAS DA UNI. FED. DA PARAÍBA (CCHSA/UFPB)

CÉSAR HENRIQUE OLIVEIRA DOS ANJOS

CÉZAR DE LIMA QUEIROZ JÚNIOR

COOP. CENTRAL DOS PRODUTORES RURAIS DE MG LTDA

EUZÉBIO PANCOTO

FAZENDA SANT’ANNA LTDA

FERNANDO COLCERNIANI JÚNIOR

GABRIEL POMPEI MATTA

GIROLANDO CAMBAÚVA

IGOR FEITOSA ARAÚJO

JAQUES SILVA SANTOS

JOÃO FLORESTA NETO

JOSE EYMARD MORAES DE MEDEIROS FILHO

JOSÉ GABRIEL LIMA BORGES

JOSÉ GILBERTO OLIVEIRA ALMEIDA

PRESIDENTE:

Domicio José Gregório Arruda Silva

VICE-PRESIDENTE:

Luiz Fernando Reis

1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO:

Marcos Amaral Teixeira

2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO:

Rubens Balieiro De Souza

1º. DIRETOR-FINANCEIRO:

José Antônio Da Silva Clemente

2º. DIRETOR-FINANCEIRO:

Luiz Cláudio Bastos De Moura

DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS:

Alexandre Lopes Lacerda

SAPUCAIA - RJ

BANANEIRAS - PB

PEDRO ALEXANDRE - BA

APARECIDA DO TABOADO - MS

BELO HORIZONTE - MG

MUNIZ FREIRE - ES

PARDINHO - SP

PARACATU - MG

PETRÓPOLIS - RJ

CAMPINÁPOLIS - MT

ARACAJU - SE

PATROCÍNIO - MG

SANTA BÁRBARA - MG

JOÃO PESSOA - PB

MONTES CLAROS - MG

RESENDE - RJ

Nº CRIADOR MUNÍCIPIO

10830

10815

10814

10816

10808

10798

10806

10797

8691

9453

10801

10832

10829

10793

10800

10820

LUCCA GIULLIANO MARCATTI

LUCIANO AFONSO OLIVEIRA BICALHO

MARCELO MORBIN

MARCELO RUTTER SALLES

NATALICIO ONÉRIO DE REZENDE/MÜLLER

RODRIGUES REZENDE

NEWTON CARDOSO

NIVALDO HENRIQUE TEIXEIRA NOGUEIRA DA GAMA

OMAR ROCHA FAGUNDES

OTÁVIO LUIZ DE CARVALHO SOUZA

PEDRO ANTÔNIO FREIRE

PLACIDINO GONÇALVES BORGES

RAFAEL MUNIZ MARCHEZI

RAFAEL RAMOS FEIJÓ MUNHOZ

RRCJ INVEST COTAS AGROPECUÁRIA EIRELI

TIAGO JESUS DE SANTANA

VITÓRIA DE OLIVEIRA MIRANDA

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Triênio 2023 / 2025

DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO:

José Renato Chiari

DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS:

Tatiane Almeida Drummond Tetzner

DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS:

Marcelo Renck Real

CONSELHO FISCAL:

Afonso Celso de Resende

Alexandre Honorato

José Luiz Zago

SUPLENTES CONSELHO FISCAL:

Alexandre Gondim Da R. Oiticica

Henrique Vieira Da Rocha

Márcio Eugênio Leite De Castro

Conselho de Representantes Estaduais:

BELO HORIZONTE - MG

BELO HORIZONTE - MG

AVARÉ - SP

POUSO ALEGRE - MG

MINEIROS - GO

PITANGUI - MG

ALÉM PARAÍBA - MG

ANÁPOLIS - GO

TAPIRA - MG

JI-PARANÁ - RO

CAMPO FLORIDO - MG

ANCHIETA - ES

BARUERI - SP

RIO DAS FLORES - RJ

RIBEIRA DO POMBAL - BA

UNAÍ - MG

CONSELHO CONSULTIVO:

Bernardo Sousa Lima Mattos De Paiva

Everardo Leonel Hostalacio

Olavo De Resende Barros Júnior

Paulo Cruz Martins Junqueira

Ronan Rinaldi De Souza Salgueiro

SUPLENTES DO CONSELHO CONSULTIVO:

Alexandre Freitas Dos Santos

Arildo Benetti Ferreira

Aurora Trefzger Cinato Real

Nelson Ariza

Ronaldo De Souza Queiroz

AL - Alessandro Teixeira Costa

AL - André Gama Ramalho

AL - João Paulo Brandão Do Amaral

AM - Ildo Lucio Gardingo

AM - Muni Lourenço Silva Júnior

BA - Cláudio Micucci Vaz Almeida

BA - Dirleia Santos Meira

BA - Fabricio Lima Costa

BA - Francisco Peltier De Queiroz Filho

BA - Marinaldo Da Silva Rocha

BA - Valdemir Acácio Osório

CE - Eduardo Felicio Calou Rodrigues Costa

CE - Rafael Carneiro Da Silveira

ES - José Luiz Vivas

ES - Rodrigo José Gonçalves Monteiro

ES - Weverton Machado Bastos

GO - Diego Hilario Ribeiro

GO - João Domingos Gomes Dos Santos

GO - Léo Machado Ferreira

GO - Luiz Eduardo Branquinho

MA - Joeldo Oliveira Lima

MG - Cleiton Gonzaga Castilho

MG - Eutálio Marcio Da Silva

MG - Evandro Do Carmo Guimarães

MG - Guilherme Mendes Rodrigues

MG - Gustavo Frederico Burger Aguiar

MG - João Dário Ribeiro

MG - João Machado Prata Júnior

MG - José Coelho Da Rocha

MG - José Humberto Resende

MG - Luciano Paiva Nogueira

MG - Marcelo Zuculin Junior

MG - Maria Cristina Alves Garcia

MG - Otavio Pereira Dos Santos Neto

MG - Renato Miglio Martin

MG - Roberto Martins De Andrade

MG - Roberto Martins Villela

MG - Rodrigo Lauar Lignani

MG - Sérgio Reis Peixoto

MG - Túlio Sertã Junqueira

MG - Vitor Cezar Vellozo

MS - Eduardo Folley Coelho

MS - Fábio Taveira Sandim

MS - Francisco De Paula Ribeiro Jr.

MS - Gustavo Henrique Panucci Da Silva

MS - Paulo César Doninho Pellegrini

MS - Reinaldo Vilela De Moura Leite

MS - Renato Prado Medrado

MS - Thiago Barros Xavier

MS - Thiago Nogueira Lemos

MT - Luciano Ferrari

PA - Adelino Junqueira Franco Neto

PB - Waerson José Souza

PE - Cristiano Nóbrega Malta

PI - Hermógenes Almeida De Santana Júnior

PI - José Gomes Do Amaral Neto

RJ - André Gustavo Vasconcellos Monteiro

RJ - Jean Vic Mesabarba

RJ - José Gabriel De Souza Machado

RJ - Luiz Carlos Bandoli Gomes

RN - Aécio Pinheiro Fernandes

RN - Alexandre Carlos Mendes

RN - Manoel Montenegro Neto

RN - Ricardo José Roriz Da Rocha

RO - Darcy Afonso Da Silva Neto

RO - Gilberto Assis Miranda

RO - Otayr Costa Filho

RS - Jairo Andre Gorczevski

RS - José Adalmir Ribeiro Do Amaral

SE - Carlos Augusto Santos Da Paixão

SE - Fúlvio Breno De Oliveira Lima

SE - João Bosco Machado

SE - Lafayette Franco Sobral

SE - Marciano Machado De Andrade Júnior

SP - Alexandre Pereira Da Costa

SP - Carlos Adalberto Rodrigues

SP - Fructuoso Roberto De Lima Filho

SP - João Pedro Ayres Neves De Azevedo

SP - Raul De Oliveira Andrade Neto

SP - Rubens Aparecido Câmara Júnior

TO - Napoleão Machado Prata

CDT

Membros Natos

Márcia Tereza Vieira Scarpati

Leandro de Carvalho Paiva

Membros Efetivos

José Renato Chiari , Edivaldo Ferreira Júnior,

Gustavo Sousa Gonçalves, Tiago Moraes Ferreira,

Marcello Mamedes dos Santos, Maurício Silveira Coelho,

Olavo de Resende Barros Júnior, Adriano Fróes Bicalho,

Cláudio André da Cruz Aragon

98


GIROLANDO KIDS

Diogo e José Anthoniel - Girolando Lima JF -

Fernandes Tourinho - MG

Maria Cecília Sandim -

Expogrande 2023

Raul - Fazenda Capão dos Porcos -

Sacramento-MG

Gabriela Freitas - Condomínio Olhos

D’água - Pompeu- MG

Guilherme Freitas - Condomínio Olhos

D’água - Pompeu- MG

Quer ver a foto do seu filho na revista Girolando? Envie a foto junto com o nome da criança e da

propriedade para o e-mail imprensa@girolando.com.br

997


FALE CONOSCO

Nome Cargo/Profissão Telefone Email Cidade/UF

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

Depto. Financeiro / ADM / MKT

Dúvidas / Reclamações: faleconosco@girolando.com.br

SUPERINTENDÊNCIA TÉCNICA E PMGG

EQUIPE DE CONSULTORES TÉCNICOS DO SRGRG

ADT

Assessoria de Imprensa

Assessoria Executiva da Diretoria

Bottons

Cobrança

Compras

Contabilidade

Contas a pagar

Controle Leiteiro

Departamento do Colégio de Jurados

DNA

Faturamento

Genealogia

Gerência de Projetos

Grife

Marketing

PMGG / Teste de Progênie

Protocolo

Recursos Humanos

Reprodutivo

Secretaria Executiva da Diretoria

Secretaria Executiva do Departamento Técnico

Superintendência Administrativa e Financeira

Superintendência de Tecnologia da Informação

Web Girolando

Leandro de Carvalho Paiva

Edivaldo Ferreira Júnior

Frederico Eduardo Martins de Paiva

José Wagner Borges Júnior

Mariana D’Angelo Moreno

Yasmine Micaella Lopes Loubach e Silva

André Nogueira Junqueira

Antônio Carlos Alves Brum

Ariana de Miranda Barros

Breno de Morais Cavalcanti

César Júnior Santos Dellatesta

Cléssio José Gomes Moreira

Dagmar Aparecido Rezende Ferreira

Diogo Balderramas Hulpan Pereira

Érico Maisano Ribeiro

Euclides Prata dos Santos Neto

Fabiano Samuel Balistieri

Fernando Boaventura Oliveira

Gabriel Khoury da Costa

George Abreu Filho

Geraldo Victor Rodrigues

Gilmar Sartori Júnior

José Renes da Silva

Juscelino Alves Ferreira

Katilene Lima Moraes

Leandro Rodello

Limírio Cézar Bizinotto

Lívia Tavares da Silva

Marcello de Aguiar R. Cembranelli

Maurício Bueno Venâncio Silva

Nilton Cézar Barcelos Júnior

Pétros Camara Medeiros

Raphael Henrique Machado Stacanelli

Samuel Silva Bastos

Thiago Cavalcanti de Almeida

Wewerton Bibiano Resende Rodrigues

Willian de Oliveira Santos

Superintendente Técnico - Zootecnista

Sup. Técnico Suplente e Coord. Técnico PMGG - Zootecnista

Técnico PMGG e Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Técnico PMGG e Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Técnica PMGG e Inspetora Técnica SRGRG - Zootecnista

Técnica PMGG e Inspetora Técnica SRGRG - Méd. Veterinária

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetora Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

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Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

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Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

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Inspetora Técnico SRGRG - Méd. Veterinária

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Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

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(64) 99600-1814

(14) 99754-7595

(34) 99972-2820

(92) 99139-7097

(34) 98851-2831 / (51) 98047-7565

(65) 9920-2004

(34) 98403-7452 / (17) 99656-3380

(31) 97512-3456

(37) 99919-7808 / (34) 99969-1517

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Uberaba/MG

Uberaba/MG

Uberaba/MG

Uberaba/MG

Uberaba/MG

Uberaba/MG

Oliveira/MG

Manhuaçú/MG

Redenção/PA

Aracaju/SE

Juscimeira/MT

Fortaleza/CE

Campo Grande/MS

Brasília/DF

Guaçuí/ES

Uberaba/MG

Tapurah/MT

Uberaba/MG

Feira de Santana/BA

Corrente/PI

Montes Claros/MG

Arapongas/PR

Uberaba/MG

Uberaba/MG

Jataí/GO

Araguaína/TO

Uberaba/MG

Manaus/AM

Santa Cruz do Sul /RS

Cuiabá/MT

São José Rio Preto/SP

Belo Horizonte/MG

Oliveira/MG

Jacareí/SP

Recife/PE

Divino de São Lourenço/ES

Ji-Paraná/RO

100 98


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VENDA ESPECIAL

Fazenda Nossa Senhora Aparecida

Oportunidade para quem está iniciando plantel. Temos 125 vacas

em lactação, 90% de fiv, 70% do gado 1/2 sangue e 30% 3/4.

Temos ainda 60 vacas prenhas a parir até o final do ano para

reposição do plantel. Animais com lactação entre 20 e 40 litros

por dia a 13.000,00 reais para puxar o lote. Valores negociáveis.

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Você, criador amigo, não perca

está excelente oportunidade.

Estamos em São João Nepomuceno,

Mg. Esperamos seu contato.

Será um prazer mostrar os animais.

Contato: Adriano Felipe

adrianofelipe9378@gmail.com

32-99932-9378

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