Transforme seus PDFs em revista digital e aumente sua receita!
Otimize suas revistas digitais para SEO, use backlinks fortes e conteúdo multimídia para aumentar sua visibilidade e receita.
3
om grande orgulho, celebramos nossa vitória no Torneio Leiteiro da Expoleite 2023. Cada animal
Crepresenta uma conquista única. Destacamo-nos em sete categorias diferentes, com destaque para as
vacas: Dinha, Renda, Valentina e a excepcional Dinamark, destaque principal do torneio com seu
desempenho produtivo.
Dinamark foi a Grande Campeã Vaca Adulta na categoria de Produção Absoluta de Leite, com a produção
leiteira de noventa e um quilos e trezentas e vinte gramas, se destacando também com o título de Campeã de
Classe na categoria adulta, ela também recebeu o título de Vaca Adulta Reservada na categoria de Composição
de Leite.
4
CONHEÇA O PROGRAMA
5
REVISTA O GIROLANDO
MENSAGEM DA DIRETORIA
Domício José Gregório Arruda Silva
PRESIDENTE
Luiz Fernando Reis
VICE-PRESIDENTE
Marcos Amaral Teixeira
1. DIRETOR-ADMINISTRATIVO
Rubens Balieiro de Souza
2. DIRETOR-ADMINISTRATIVO
José Antônio da Silva Clemente
1. DIRETOR-FINANCEIRO
Luiz Cláudio Bastos de Moura
2. DIRETOR-FINANCEIRO
Alexandre Lopes Lacerda
DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS
José Renato Chiari
DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO
Tatiane Almeida Drummond Tetzner
DIRETORA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Marcelo Renck Real
DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS
A pecuária seletiva avança a passos largos, impulsionada por inúmeras
tecnologias disponíveis que permitem identificar de forma mais rápida e
precisa animais geneticamente superiores. Quem está na criação de Girolando
desde o início, certamente confirmará que está muito mais fácil
desenvolver esse trabalho atualmente.
Veja o exemplo do Sumário de Touros. Há quatro anos, quem usava
o documento para escolher os reprodutores a serem usados nos acasalamentos,
contava com apenas três características, e o principal critério era a
PTA Leite. Já a edição de 2023 do Sumário de Touros possibilita o uso de
33 características e 11 compostos, sendo que 20 delas foram introduzidas
neste ano.
O que isso significa? Não dá mais para conduzir a seleção do seu rebanho
com a cabeça de quatro anos atrás se o seu propósito é se manter
no mercado de genética, garantindo boa rentabilidade. Agora, você pode
customizar o trabalho pensando nas demandas do seu sistema de produção,
focando nas características que mais impactarão seu negócio, sejam
elas: conformação, estresse calórico, fertilidade, longevidade, facilidade de
parto, além de muitas outras, e tudo isso aliado à melhoria da produção
de leite.
Analisando os resultados alcançados pelo PMGG nos últimos anos, temos
ótimas expectativas de bons frutos para a raça daqui em diante. Como
mostrou o ranqueamento final dos touros da Pré-Seleção 2023/2024, dos
dez primeiros colocados, oito são filhos de reprodutores Girolando. Isso
mostra a grande consistência do PMGG e a possibilidade que o criador
tem, a partir dessa ferramenta, de melhorar seu rebanho com o uso de
nossos touros provados.
Dentro das metas traçadas pela Diretoria da Girolando para estes três
anos de gestão, podem ter certeza de que os investimentos no PMGG são
prioridade. Também é nosso objetivo aprimorar o atendimento prestado
ao associado. Como todos devem estar cientes, agora todos os atendimentos
técnicos passam a ser avaliados pelo criador. Queremos saber se
a visita técnica está correspondendo ao que o associado espera da entidade.
Quanto mais próximos estivermos da realidade vivida por todos em
relação à seleção da raça, mais poderemos aprimorar nossa prestação de
serviço.
Ainda dentro desta busca pela excelência nos serviços, faremos logo no
início de 2024 um grande evento de capacitação de nossa equipe técnica
do Serviço de Registro Genealógico, do PMGG e do Colégio de Jurados.
O nosso planejamento ainda prevê muitas outras realizações em 2024,
pois a nossa raça precisa estar sempre à frente quando o assunto é tecnologia,
afinal ela é o carro-chefe da pecuária leiteira nacional.
Como ficou evidente em 2023, tivemos vários fatores que confirmaram
a valorização dos animais Girolando de genética superior, como a
liquidez nos leilões da raça e as boas médias de preço, as competições de
extrema qualidade nas pistas de julgamento em todo o País, e o sucesso da
Megaleite, que teve recordes de público e animais inscritos.
Uma valorização que atravessa fronteiras. O Girolando moderno tem
despertado o interesse de vários países. O ministro da Agricultura e Pecuária
Carlos Fávaro anunciou recentemente que o governo da Índia, país
berço da raça Gir, tem interesse no nosso Girolando para ampliar a produção
de leite local. Já a Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, usou
a genética Girolando como inspiração para chegar a animais adaptados à
produção de leite na Tanzânia.
Não há dúvida de que a raça vai longe. E nossa parceria com os associados,
entidades e empresas do setor é fundamental para isso.
Aproveitamos para agradecer a parceria em 2023 e desejar Boas Festas
a todos. Continuemos unidos em 2024 em busca de uma pecuária leiteira
de grandes avanços!
6
7
REVISTA O GIROLANDO
EDITORIAL
por Larissa Vieira
Editora
Mantendo nosso propósito de trazer para você as inovações
e boas notícias sobre a pecuária leiteira, chegamos
à última edição do ano de 2023 estampando na capa
da revista Girolando um sistema que tem apresentado
excelentes resultados com a raça. Trazemos histórias de
várias fazendas que adotaram os galpões de compost
barn para dar mais conforto às suas vacas Girolando e
estão vendo a produtividade do rebanho aumentar consideravelmente,
assim como a redução dos custos com
sanidade.
Ainda trazemos dicas de como fazer o diagnóstico da
cama e critérios para substituição. A raça Girolando já
comprovou que vai bem em qualquer sistema de produção,
seja a pasto ou confinada, e tem expressado todo o
seu potencial genético no compost barn.
Outra tecnologia que está impactando positivamente
os rebanhos é o sistema de monitoramento do desempenho
das vacas. Uma fazenda elevou a taxa de prenhez em
35%, em um ano, desde que adotou a tecnologia. Tem
ainda um software de gestão de rebanhos leiteiros que
acaba de chegar ao Brasil com a proposta de aumentar a
eficiência e a produtividade das fazendas.
Já no Sul do Brasil, que sempre foi uma região focada
em raças europeias, o interesse pelo Girolando está
crescendo. Você vai conhecer a história da Fazenda das
Nogueiras, que vem acumulando títulos com a raça e é
grande fornecedora da genética Girolando para a região.
Outro tema interessante que trazemos nesta edição é
a entrevista com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste,
Julio Cesar Pascale Palhares. Ele responde várias
dúvidas sobre o correto manejo hídrico dentro de uma
propriedade. Sabemos que a água é essencial para a produção
de leite e para um bom manejo dos animais. Cuidar
de forma correta desse bem precioso para o planeta
traz muitos benefícios para o agro, que cada vez mais é
cobrado pelos consumidores em relação às práticas sustentáveis.
Tem muito mais nesta edição. Confira nas páginas
seguintes. Quero aproveitar o espaço para agradecer sua
parceria com a revista Girolando por todo este ano de
2023. Que continuemos juntos e que todos tenham um
2024 abençoado!
EXPEDIENTE
Revista Girolando: Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira lamoc1@gmail.com
• Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888 - Míriam Borges (34) 9 9972-0808 miriamabcz@mundorural.org • Design gráfico: Yuri Silveira
(34) 9 9102-7029 yurisilveira04@hotmail.com • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Fotografias: Jadir Bison (34) 99960.4810 jadirbison@yahoo.
com.br • Conselho editorial: Domício Arruda Silva, Leandro Paiva, Edivaldo Ferreira Júnior, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Idealiza
Grafica (43) 3373-7877 • Tiragem: 6.000 exemplares • Periodicidade: Trimestral (Março, Maio, Agosto e Novembro) • Circulação: Dia 15 dos meses
ímpares • Distribuição: Para todo o Brasil via correios e Disponível na versão on line no site www.girolando.com.br. • Redação: Rua Orlando Vieira
do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG • Telefone: (34) 3331-6000 • Assinaturas: R$ 98,00/ano – financeiro@mundorural.org • 22 anos
de circulação ininterrupta
revistagirolando @ogirolando revistagirolando girolando.com.br/girolando/revista
8
9
REVISTA O GIROLANDO
Índice
MENSAGEM DA DIRETORIA 04
EDITORIAL 06
GIRO LÁCTEO 10
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES 14
COMPOST BARN: DIAGNÓSTICO DA CAMA E CRITÉRIOS PARA SUBSTITUIÇÃO 32
FAZENDA ELEVA TAXA DE PRENHEZ EM 35% EM UM ANO 36
HIPOMAGNESEMIA: A TREMEDEIRA QUE MATA 40
GIROLANDO FEST 52
VEM AÍ A MEGALEITE 2024 56
GIROLANDO EM TERRAS GAÚCHAS 58
AGRO RESERVA CELEBRA DOIS ANOS DE SUCESSO E PARCERIAS 62
MAIOR SOFTWARE DE GESTÃO DE REBANHOS LEITEIROS CHEGA AO BRASIL 63
GIROLANDO KIDS 64
NOVOS ASSOCIADOS E CONSELHO 65
FALE CONOSCO 66
44
Premiações nas pistas
18
Uso eficiente da água na
pecuária leiteira
22
MATÉRIA DE CAPA
Girolando é eficiente em
compost barn?
10
11
REVISTA O GIROLANDO
GIRO LÁCTEO
por Miriam Borges
Comitiva do Equador
Uma comitiva de criadores do Equador
visitou a sede da Girolando, em
Uberaba/MG, no dia 3 de outubro.
Eles têm grande interesse na genética
bovina brasileira e estão importando
embriões de Girolando. Ao conhecer
o trabalho de seleção da raça, o criador
equatoriano Marco Vasquez ficou
impressionado com a qualidade dos
animais. Segundo ele, são exemplares
muito produtivos, de bons úberes,
bons aprumos, uma genética bem
trabalhada para identificar animais
superiores. De acordo com o criador
Jônadan Ma, cuja propriedade integra
o Brazilian Girolando, o Brasil tem
condições de atender esse mercado,
pois existe protocolo sanitário que
garante o comércio bilateral. O Brazilian
Girolando tem atuado para a
abertura de outros mercados para genética
da raça. Assim, além do Equador,
mais países da América Latina
poderão ter acesso de forma oficial ao
nosso Girolando.
Doação Megaleite
A Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais (Apae) de Lagoa da Prata,
em Minas Gerais, é a nova entidade
beneficiada pelo projeto “Leite é
Vida”. Ela recebeu doação no valor de
R$16.146,63. O cheque foi entregue
no dia 14 de setembro pela Girolando,
Alvoar Lácteos e Reafrio. O valor doado
é oriundo da venda do leite captado
durante a Megaleite 2023, principal
exposição de pecuária leiteira da
América Latina, que aconteceu em
junho. Mais de 70 mil litros de leite
foram captados. O cheque simbólico
foi entregue ao diretor Financeiro da
Apae, Ronan Ramos, durante o 37°
Leilão Alvoar, em Lagoa da Prata/MG.
Eleição CDT
A primeira reunião do Conselho Deliberativo
Técnico (CDT) da raça Girolando,
da Gestão 2023/2025, aconteceu
em 10 de outubro. Foi eleito o
novo presidente, que é o zootecnista
Edivaldo Ferreira Júnior, coordenador
Técnico do PMGG. Durante a reunião,
ficou definido que a raça terá um índice
de seleção formado a partir de uma
equação envolvendo características de
maior impacto econômico e de melhoria
genética do Girolando. O objetivo
é facilitar o processo de seleção
para os criadores que utilizam sêmen
dos touros Girolando. A expectativa
é de publicar o índice, que ainda terá
um nome definido na próxima edição
do Sumário de Touros. O pesquisador
da Embrapa Gado de Leite, Marcos
Vinicius Barbosa da Silva, conduzirá
os estudos para o desenvolvimento
do índice. Ainda foram debatidas
durante a reunião as adequações do
regulamento do Serviço de Registro
Genealógico da Raça Girolando solicitadas
pelo Ministério da Agricultura
e Pecuária.
Opinião do mercado
Empresas de genética integrantes do
Fundo de Investimento do Programa
de Melhoramento Genético da Raça
Girolando (FIPMGG) participaram
de reunião no dia 10 de outubro. A
proposta do encontro foi buscar o direcionamento
do mercado em relação
às demandas de genética leiteira e levantar
as necessidades e oportunidades
para o melhoramento da raça. Os
participantes ainda abordaram a importância
da criação do índice de seleção
para a raça Girolando, sugerido
pelo CDT.
Núcleos dos Vales
Associados do Núcleo de Criadores
de Gir Leiteiro e Girolando dos Vales
participaram de reunião no dia 19 de
setembro, em Governador Valadares/
MG, com o diretor Rubens Balieiro de
Souza e com o superintendente Técnico
Leandro Paiva. Durante o encontro,
eles tiraram dúvidas dos criadores
e abordaram assuntos relacionados ao
Programa de Fomento da Raça Girolando,
do qual o Núcleo dos Vales é
integrante.
Curso de Julgamento
A 24ª edição do Curso Intensivo de
Julgamento da Raça Girolando será
realizada de 16 a 18 de fevereiro de
2024, em Uberaba/MG. Com vagas
limitadas, o evento é voltado para as
pessoas que querem conhecer de forma
mais aprofundada a raça Girolando
ou para os profissionais e estudantes
do último ano de Ciências Agrárias
(Agronomia, Medicina Veterinária ou
Zootecnia) que pretendem integrar o
Colégio de Jurados. Os associados da
Girolando, estudantes e controladores
de leite possuem 50% de desconto no
valor da inscrição. Já os técnicos do
Serviços de Registro Genealógico, do
PMGG e de empresas parceiras da Girolando
devem entrar em contato com
a entidade para verificar possíveis
12
13
REVISTA O GIROLANDO
condições especiais no valor da inscrição.
O curso será composto de aulas
teóricas e práticas sobre melhoramento
genético, cruzamentos, registro
genealógico, morfologia de animais
leiteiros, apresentação de animais,
julgamentos, comunicação interpessoal,
oratória e ética profissional. Os
interessados em participar devem entrar
em contato a partir do dia 13 de
novembro com Mirelly Campos pelo
e-mail cjrg@girolando.com.br ou pelo
número (34) 3331-6028 (whatsapp).
Palestras pelo Brasil
A raça Girolando foi tema de palestras
em várias cidades do Brasil. Em Campo
Grande/MS, o diretor Marcelo
Real participou da “Semana do Técnico
em Agropecuária”, promovida pelo
Senar/MS, e ministrou palestra com o
tema “Gado leiteiro - Girolando PS”.
Já o técnico da entidade, Érico Ribeiro,
esteve no Instituto Federal de Bom
Jesus do Itabapoana (IFFLUMINEN-
SE) para falar sobre o potencial da
raça Girolando. A composição racial
do Girolando foi tema de palestra do
técnico Thiago Cavalcanti de Almeida
em Parnamirim/RN. Já a diretora Tatiane
Tetzner ministrou palestras sobre
a raça nas cidades de Caldas/MG
e na Goiás Genética 2023. Estudantes
do curso de Medicina Veterinária da
Universidade de Uberaba puderam
conhecer mais sobre a raça Girolando
durante palestra do superintendente
Técnico da Girolando, Leandro Paiva.
Doação de vaquinha
Um exemplar da vaquinha Girolando,
souvenir oficial da raça, foi doado
pela Associação para o “Leilão Direito
de Viver”. O evento ocorreu no dia 8
de outubro, na cidade de Conceição
das Alagoas/MG, e leiloou, além da
vaquinha, vários itens, incluindo dois
animais: um touro e uma novilha da
raça. A vaquinha foi arrematada por
Tânia, irmã do saudoso técnico da
Girolando, Jesus Lopes Júnior. O leilão
arrecadou cerca de R$300 mil,
que serão revertidos para o Hospital
de Amor, de Barretos/SP, que atende
pacientes em tratamento de câncer.
Um dos organizadores do leilão beneficente
foi o associado Guilherme
Marquez de Rezende.
Pesquisa Associados
Desde o dia 16 de outubro, todos
os atendimentos técnicos realizados
nas propriedades atendidas pela Associação
Brasileira dos Criadores de
Girolando devem ser avaliados pelos
pecuaristas. A medida visa a melhoria
dos atendimentos prestados
no campo. A entidade quer saber
do associado se a visita técnica está
correspondendo ao que ele espera da
entidade, se recebeu as informações
necessárias, ou seja, queremos receber
do associado a informação de
como está o trabalho da Girolando
lá no campo. Com isso, A associação
acredita que estará mais próxima do
criador e prestando um serviço eficiente.
Central de Relacionamento
O questionário será disponibilizado
no Sistema Web Girolando ao final
de cada serviço prestado ao criador.
Basta o criador acessar o portal
e responder a pesquisa, que conta
com quatro perguntas de satisfação
e uma aberta para inclusão de sugestões.
Além disso, a Girolando está
desenvolvendo uma Central de Relacionamento
para o associado, que
deve ser implantada até o início do
próximo ano. Ela funcionará pelo
portal Web Girolando.
Demonstração de tecnologias
O 19° Encontro de Produtores de Leite de
Campos das Vertentes reuniu, no dia 20 de
setembro, em São João del-Rei/MG, produtores
mineiros de várias regiões do Estado.
Com o tema “Tecnologias para o sucesso”, o
evento contou com palestra sobre os desafios
de uma propriedade leiteira. O vice-presidente
da Girolando, Luiz Fernando Reis, representou
a entidade no encontro. Também
estiveram presentes o presidente da Faemg,
Antônio Pitangui de Salvo, e a diretora-presidente
da Epamig, Nilda Soares.
Dia de Campo
Cerca de 40 criadores e produtores de leite
dos estados do Rio Grande do Sul e Santa
Catarina participaram do Dia de Campo da
Fazenda das Nogueiras, ocorrido no dia 28
de outubro, em Caxias do Sul/RS. O criador
José Adalmir Ribeiro do Amaral recebeu os
visitantes para um dia de palestras técnicas
e de apresentação dos animais de seu criatório,
especializado em animais Girolando e
Gir Leiteiro. O superintendente Técnico da
Girolando, Leandro Paiva, ministrou palestra
sobre o potencial da raça e sua evolução
genética. Além da palestra sobre Girolando,
o evento teve apresentações sobre a raça Gir
Leiteiro e sobre as alternativas diante da repetição
da crise na atividade leiteira.
Luto
A pecuária leiteira perdeu a criadora Maria
Stela Barretto de Figueiredo Santos. Ela era
associada da Associação Brasileira dos Criadores
de Girolando e era titular da Fazenda
Boa Esperança da Serra, em Mococa/SP,
onde desenvolvia a pecuária leiteira, dando
continuidade ao trabalho de seu avô Francisco
de Figueiredo Barretto, um dos primeiros
criadores da raça Gir Leiteiro no Brasil. Maria
Stela faleceu no dia 12 de novembro, aos 58
anos, em Mococa, e deixa o esposo, Tony, e
os filhos, Antônio e Vítor. A Girolando solidariza-se
com a família neste momento de
profunda dor.
14
15
REVISTA O GIROLANDO
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES
Nova vacina
A Agener União apresentou ao mercado
sua mais recente inovação: a Providean®
Entero Plus 7, uma vacina verdadeiramente
revolucionária. Esta é a primeira
vacina no mercado a oferecer uma formulação
única, contendo sete antígenos
virais e bacterianos, complementados
por um adjuvante exclusivo à base aquosa,
o Pilatus GHA500®, uma inovação
notável por sua capacidade de aderir até
três vezes mais proteínas do que outros
adjuvantes. Além disso, ele impulsiona
a resposta imune através da liberação
lenta dos antígenos, resultando em uma
imunoestimulação eficaz. Vacinando as
vacas durante o último terço de gestação,
garantimos que o colostro produzido por
elas forneça proteção robusta aos recém-
-nascidos, durante sua fase crítica de exposição
à doença. A Providean® Entero
Plus 7 representa um marco na saúde animal,
reforçando nosso compromisso com
a proteção e o bem-estar dos animais.
Calculadora de sementes
Pesquisadores da Embrapa Gado de
Corte desenvolveram uma calculadora
de sementes. A ferramenta fornece uma
sugestão da quantidade de sementes forrageiras
necessária para a implantação
da pastagem. Ela está disponível, gratuitamente,
na Plataforma Pasto Certo, da
Embrapa, e foi desenvolvida nas versões
Android, iOS (sistema operacional da
Apple) e web, além de funcionar em dispositivo
móvel ou em tela cheia (www.
pastocerto.com), sem ocupar espaço no
smartphone ou desktop, com sincronismo
de informações.
Leilões no Terraviva
Mais oportunidade de negócios na tela
do Canal Terraviva. A partir de agora, os
leilões da noite começam meia hora mais
cedo. Pontualmente às 20h, os remates
têm início na TV, no site e no YouTube
do Terraviva. Na programação da noite,
às 18h45, começa o Jornal Terraviva com
as principais notícias do agronegócio. Às
19h25, o Terraviva DBO na TV apresenta
toda a movimentação no mercado pecuário.
Às 19h55, o programa Pecuária em
Alta traz o que há de melhor em genética.
E às 20h, os leilões agropecuários de grandes
criatórios continuam com a audiência
qualificada dos telespectadores do
Canal Terraviva com remates de sucesso.
São 35 minutos a mais de transmissão em
horário nobre. “Essa ampliação do horário
é uma solicitação dos nossos clientes,
que estamos atendendo, e temos certeza
de que fará grande diferença nos leilões”,
disse Mariana Andrade, coordenadora de
Leilões do Terraviva.
Arames para litoral
Em regiões litorâneas, os produtores rurais
enfrentam desafios que causam diversos
prejuízos. É o caso da salinização
do solo, que pode torná-lo inadequado
para o cultivo e os ventos fortes e tempestades,
que comprometem as plantações,
as estruturas agrícolas e as cercas
que protegem contra invasões de animais
silvestres. Para solucionar esses e outros
problemas, a Belgo Arames tem em seu
portfólio arames e cercas com resistência
à pluviosidade e à salinidade do mar. O
arame farpado Belgo Motto® é composto
com três vezes mais zinco, o que proporciona
mais durabilidade e resistência
contra as intempéries. A torção alternada
dos fios também garante que a cerca fique
esticada, sem a necessidade de muitos
mourões e estacas.
Parasitas
A pecuária brasileira perde, anualmente,
R$ 66 bilhões devido a doenças causadas
por parasitas, segundo estudo da Revista
Brasileira de Parasitologia Veterinária.
Como forma de prevenção, a Pearson
Saúde Animal oferece o endectocida Doramec,
na versão para grandes rebanhos,
com 500ml de solução, e a mais recente,
de 50ml, suficiente para tratar até 50 bezerros.
Sua aplicação deve ser de forma
subcutânea (camada abaixo da pele), na
proporção de 1ml para cada 50kg. Doramec
combate endo e ectoparasitas, em
todas as suas fases, além de ser curativo
para feridas, umbigo e eficaz diante de
bicheiras.
Rações
A Nutrimax Nutrição Animal, pertencente
ao Grupo Grão de Ouro, com sede
em Alfenas/MG, está apostando nas rações
Start Milk no portfólio de leite. O
produto é indicado para bovinos de leite
desde o primeiro dia de vida até a desmama
(aproximadamente quatro meses)
16
17
REVISTA O GIROLANDO
e conta com tecnologias de ponta como
multipartículas; pré e probióticos que são
determinantes para a melhoria da saúde
intestinal do animal, contribuindo para
a redução das ocorrências de diarreias e
uma melhor absorção de nutrientes. O
produto conta também com minerais
orgânicos promovendo o crescimento,
maior ganho de peso e imunidade dos
animais. O produto é comercializando
em embalagens de 40 kg e são encontrados
nas principais lojas agropecuárias ou
pelo site nutrimax.ind.br.
Touro A2A2
A bateria de touros da ABS ganha mais
um reforço da St. Jacobs, referência mundial
no fornecimento de genética leiteira
há mais de 60 anos. O reprodutor holandês
Diplomat (94HO21032) é a mais
nova opção de genética sexada para os
produtores brasileiros. Com pedigree
moderno (Conway x Gamechanger x
Frazzled x Supershot), Diplomat representa
a combinação perfeita de conformação
e produção. Ele possui quase 1400
Lbs de leite em sua avaliação, percentual
de gordura e proteína positivo, composto
de úbere acima de 1,5, e muita altura e
largura em sua visão posterior. Além de
toda essa prova equilibrada, Diplomat é
A2A2, e pode ser utilizado em novilhas.
Expansão
Com 58.650 metros quadrados de área,
7.200 metros quadrados construídos, a
Agronutri, indústria paranaense do setor
de nutrição animal, inaugurou em outubro
seu parque industrial, com investimento
de R$15 milhões. A unidade conta
com tecnologia de ponta, automação e
rastreabilidade no segmento de nutrição
animal, com foco em alta produtividade.
Localizada em Quatro Barras, Paraná, a
indústria produzirá e comercializará produtos
formulados pelo grupo espanhol
Farm Faes, além de produção própria e
para terceiros. Ainda conta com outros
serviços, como: Make to Stock (MTS),
fabricação para estoque; Assemble to Order
(ATO), montagem sob encomenda;
Make to Order (MTO), fabricação sob
encomenda; e Engineer to Order (ETO),
engenharia sob encomenda, criando uma
gama de soluções para seus clientes, tudo
devidamente registrado no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa). A produção está estimada em 35
mil toneladas/ano de premix, núcleo vitamínico
e concentrados.
Doragold : controle de parasitas
A JA Saúde Animal disponibilizou ao
mercado o Doragold, endectocida à base
de Doramectina 1%. O produto é indicado
para o controle das verminoses e dos
ectoparasitas em bovinos, como nematódeos
gastrointestinais, bernes e miíases.
A Doramectina presente em sua fórmula
também age no combate de outros parasitas,
como: carrapatos, piolhos, ácaros da
sarna e como auxiliar no controle da população
da mosca-dos-chifres. Doragold
é composto por uma molécula extremamente
segura, versátil, com excelente
eficácia e deve ser administrado por via
subcutânea, na dose de 1 ml/50kg, sob
orientação de um médico-veterinário.
O produto chegará ao mercado em duas
apresentações: 50 e 500 ml.
Mix Cerradão
O Grupo Matsuda acaba de lançar o Mix
Cerradão, o consórcio das Brachiárias
Brizanthas Marandu, MG 4 e MG13
Braúna, que é a combinação desses
diferentes cultivares em uma mesma
pastagem. Suas características juntas
formam uma pastagem com maior
produção de forragem, de 12 a 15 toneladas
de matéria seca por hectare,
por ano, com excelente qualidade nutricional,
de 9 a 12% de proteína. O
Mix Cerradão é indicado para solos
de média a alta fertilidade, é tolerante
as cigarrinhas das pastagens e vem
com toda a tecnologia Gold Mais, a
evolução da tecnologia Série Gold,
alta pureza, maior fluidez, mais resistência
aos impactos, maior plantabilidade,
e mais eficiência no campo.
Elas são escarificadas quimicamente,
tratadas com fungicida, film coating
e com a opção do inseticida, além da
mais nova tecnologia de revestimento
com menor liberação de pó, com a
qualidade, segurança, confiabilidade
e tradição da marca Matsuda.
Seleção de touros
A Pró-Genética é uma empresa especializada
em comércio de sêmen
e melhoramento genético. Com um
compromisso constante de excelência,
oferece uma seleção criteriosa
de touros superiores para contribuir
significativamente com o melhoramento
genético dos rebanhos brasileiros.
O foco do trabalho está na
qualidade, na escolha de touros que
tenham linhagens maternas sólidas.
Todos os reprodutores da Pró-Genética
são envasados com concentração
espermática de 35.000.000,
o que resulta em altos índices de
concepção a campo, proporcionando
qualidade, fertilidade e resultados
genéticos superiores. A empresa
ainda conta com um programa de
acasalamento genético independente,
com compromisso na entrega de
resultados mensuráveis aos clientes.
Ela orienta os produtores, respeitando
suas perspectivas individuais
e investindo na agilidade em trazer
touros atualizados para o mercado
em constante evolução.
18
19
REVISTA O GIROLANDO
ENTREVISTA
por Larissa Vieira
Uso eficiente da água
na pecuária leiteira
A água é essencial para a produção de leite e para um bom manejo
dos animais. Mas como usá-la de forma racional? O pesquisador
da Embrapa Pecuária Sudeste, Julio Cesar Pascale Palhares,
responde essa e outras dúvidas sobre o correto manejo hídrico
dentro de uma propriedade. Ele atua em pesquisas de avaliação de
impactos ambientais e manejo de recursos hídricos na pecuária.
Em entrevista à revista Girolando, Julio destaca que estudos mostram
que desde a nutrição oferecida ao rebanho, treinamento da
equipe até instalações adequadas interferem na quantidade de água
utilizada. E medir quanto é usado é fundamental para fazer o uso
eficiente da água.
Girolando
Júlio Palhares
O que é preciso fazer para economizar
água na atividade leiteira?
Algumas práticas recomendadas para
economia de água são: Formular e balancear
corretamente as dietas dos animais
a fim de se evitar a ingestão excessiva de
água e de nutrientes. Dietas com excesso
de sal e proteínas ou com volumosos
muito secos aumentam a necessidade de
água dos animais;
Fazer a raspagem dos dejetos da sala
de ordenha, antes da lavagem do piso. O
resultado dessa prática é o menor volume
de resíduo líquido e o menor custo do
sistema de armazenamento e tratamento;
No caso de se fazer a irrigação de pastagens,
deve-se ter um projeto técnico,
implementá-lo sob orientação de um especialista
e tomar a decisão de irrigar ou
não com base em padrões técnicos;
Realizar a manutenção do sistema de
captação e distribuição de água, principalmente
visando à limpeza e à eliminação
de vazamentos;
Verificar sempre se há ocorrência de
rachaduras, infiltrações e vazamentos
nos reservatórios de água;
Utilizar mangueiras de borracha que
contenham “esguicho” em sua extremidade,
possibilitando o controle da vazão
e o fechamento do fluxo de água. O ideal
é o uso de equipamentos de pressão;
Girolando
Júlio Palhares
Dimensionar e manejar os aspersores
de acordo com as recomendações técnicas
e do fabricante;
Manter os pisos onde ocorre lavagem
em bom estado de conservação, sem rachaduras
e buracos;
Fazer o reuso da água e efluentes.
Medir o consumo de água deve ser
regra em todas as propriedades leiteiras?
Sim! Como já disseram, “não tem
como manejar o que não conhecemos”.
Se concordamos que a água é um recurso
fundamental para a atividade leiteira, então
não podemos nos dar ao luxo de utilizá-la
sem saber o que estamos fazendo,
ou melhor, quanto estamos consumindo.
A partir do conhecimento dos diversos
consumos da atividade poderemos identificar
onde estamos sendo mais e menos
eficientes. E, principalmente, para os
consumos ineficientes propor boas práticas
hídricas para corrigir as ineficiências.
O monitoramento do consumo de água
deve ser parte de um planejamento no
qual o objetivo maior é o manejo hídrico
da propriedade. O manejo hídrico é definido
como o uso cotidiano de conhecimentos,
práticas e tecnologias que garantam
a oferta de água em quantidade e
qualidade. O consumo de água também
é um indicador que pode ser relacionado
18
20
Girolando
Júlio Palhares
Girolando
Júlio Palhares
ao desempenho e ao estado sanitário dos
animais e pode auxiliar na adequação
ambiental da propriedade. Outra razão
para medirmos é a sociedade. Esta, na
evolução natural de seus valores morais e
ambientais, começou a questionar a relação
da produção animal com os recursos
hídricos e solicitar posições e respostas
de como utilizamos a água no dia a dia
da produção e o que estamos fazendo
e pretendemos fazer para continuar a
produzir alimentos seguros do ponto de
vista nutricional e ambiental. Água é um
bem, água é fundamental, água é uma riqueza
de nosso País. Para o setor leiteiro,
conservar e preservar esse recurso em
quantidade e com qualidade significa ter
segurança hídrica e oferecer benefícios
ambientais para a sociedade.
Como fazer essa medição de forma
eficiente?
A forma ideal de avaliação do consumo
de água se dá pela instalação de
hidrômetros que são equipamentos simples
e de baixo custo de aquisição e manutenção.
Na utilização de hidrômetros para
medição do consumo de água, as seguintes
situações podem ser verificadas: Se ele
está girando e não existe nenhum ponto
de consumo em uso no momento, significa
que está ocorrendo um vazamento
ou fuga de água não aparente. Se o registro
antes do hidrômetro está fechado
e ele continua girando, isso demonstra
que o registro não está vedando totalmente.
Existe uma fuga não aparente entre
o hidrômetro e o primeiro ponto de
consumo da instalação. Como qualquer
equipamento mecânico, o hidrômetro, à
medida em que o tempo passa, vai desgastando
e diminuindo a sua sensibilidade
(capacidade de registrar vazões muito
baixas). Por isso, é possível que ocorra
uma elevação no consumo após a troca
do equipamento, principalmente se o antigo
estava instalado inclinado.
Quando e em quais situações medir
o consumo de água da fazenda?
Recomenda-se a medição do consumo
de água em cada segmento/uso do
sistema de produção (captação de água,
reservatórios, irrigação, dessedentação
dos animais, lavagem de equipamentos
e instalações etc.). Assim a instalação do
hidrômetro deve ser feita de forma segmentada;
por exemplo: um equipamento
Girolando
Júlio Palhares
para medir a água consumida pelos animais
e outro para medir a água consumida
na limpeza do piso, no sistema de
resfriamento etc. O ideal é que a leitura
do hidrômetro seja feita com frequência
semanal, assim o produtor poderá relacionar,
com maior precisão, os consumos
de água com as práticas de manejo, identificando
como estas estão influenciando
o consumo de água. Caso a leitura semanal
não seja possível, as leituras dos
hidrômetros devem ser feitas com frequência
no mínimo mensal.
O tipo de instalação da fazenda e
a sua conservação também interferem
no consumo de água?
Certamente, as instalações desde sua
concepção devem ser pensadas visando
o menor consumo de água e a facilitação
do manejo dos resíduos. Um sistema de
produção que não oferece conforto térmico
aos animais fará com que eles bebam
mais água por dia para compensar
condições de estresse térmico. Há várias
formas de oferecer conforto térmico aos
animais, desde o plantio de árvores no
pasto até a oferta de algum tipo de sombreamento
artificial.
Muitos produtores têm instalado aspersores
nas áreas da ordenha. A ideia é
dar maior conforto térmico aos animais,
mas a aspersão é uma técnica e, como
tal, o número de aspersores, o intervalo
de acionamento e a decisão de quando o
sistema deve ser ligado devem ser planejados.
Caso contrário significará maior
consumo de água e energia.
Se na instalação há muitos anteparos
(pilares, grades etc.) isso irá dificultar a
lavagem do piso, podendo determinar
maior consumo de água e tempo do operador
gasto na prática.
Um piso de ordenha malconservado,
com grandes rachaduras e buracos, fará
com que a lavagem seja menos eficiente,
pois são pontos de acúmulo de dejetos, e
por se acumularem nestes locais o operador
tende a gastar mais água para retirá-
-los. Importante dizer que a forma de lavagem
também pode determinar menor
consumo de água. Sempre deve ser feita
a raspagem do piso antes da lavagem.
Com isso a lavagem será uma prática
para somente tirar uma pequena parte
que restou após a raspagem. Também é
importante lavar com água com pressão:
quanto maior a pressão da água menor
2119
REVISTA O GIROLANDO
Girolando
Júlio Palhares
Girolando
Júlio Palhares
o consumo e menos tempo se gastará lavando.
O treinamento da equipe pode
contribuir para o melhor uso da água?
Neste caso, a capacitação deve ser concentrada
em que pontos?
Sim. No Brasil, ainda temos uma cultura
de que a água é algo abundante e barato.
E ao que é abundante e barato não
damos valor. A primeira coisa é mudar
essa cultura na equipe. As mudanças climáticas
estão aí para mostrar que há regiões
em que a disponibilidade de água é
cada vez menor e, infelizmente, isso tende
a se agravar. Deve-se ter como atividade
rotineira a atualização e a capacitação
técnica ambiental de todos os envolvidos
na criação e promover treinamentos para
elevar os níveis de informação e conhecimento
quanto à importância da água na
cadeia produtiva do leite. A capacitação
deve se concentrar nos pontos mais sensíveis
quanto ao uso da água na propriedade,
que são o consumo dos animais e o
uso na sala de ordenha. No caso em que
se faz a irrigação, este será o uso de maior
consumo, portanto também é um ponto
sensível.
Dentro da pecuária leiteira, quais
os cuidados na hora de fazer o reuso da
água e quando essa prática é recomendada?
O que irá determinar os cuidados é
o tipo de reuso que queremos fazer. Por
exemplo, se queremos captar a água da
chuva por armazenamento em cisternas
e reutilizar esta água no consumo dos
animais. Para isso essa água deve atender
aos padrões de qualidade da água para
consumo animal estipulados nas Resoluções
Conama 357 e 396. Caso não atenda
aos padrões, ela pode passar por algum
tipo de tratamento como a cloração e
depois ser reutilizada. Se a ideia é usar
a água da chuva na lavagem do piso da
ordenha, o reuso pode ser feito de forma
direta, pois a água da chuva terá qualidade
para isso.
Um reuso muito comum é o dos dejetos
(água de lavagem do piso com fezes,
urina etc.) como fertilizante. Pelos dejetos
conterem água e nutrientes, elementos
fundamentais para qualquer cultura
vegetal, este reuso é muito bem-vindo.
Girolando
Júlio Palhares
Mas, para isso, deve ser feito considerando
o princípio do Balanço de Nutrientes,
pois o uso em excesso dos dejetos como
fertilizante resultará em impactos ambientais
negativos.
Uma forma de reuso ainda pouco explorada
pela atividade leiteira é o reuso
do efluente tratado. O dejeto gerado na
lavagem passa por um sistema de tratamento
e, conforme sua qualidade, poderá
ser reutilizado, por exemplo, em nova
lavagem do piso.
Nos últimos anos, o termo “pegada
hídrica” vem ganhando destaque na
mídia. Na prática, o que seria? O Brasil
já tem dados da pegada hídrica em rebanhos
leiteiros?
A pegada hídrica é definida como
o volume de água consumido, direta e
indiretamente para produzir. Deve-se
ressaltar que o mais importante não é
o valor numérico da pegada, mas sim a
relação deste com a disponibilidade hídrica
do local e região e a proposição de
ações corretivas.
Em um estudo avaliamos, durante
um ano, dois grupos de vacas em lactação
com dietas contendo teores de proteína
diferentes. O Grupo 1 recebeu concentrado
com 20% de proteína bruta no
período da lactação, enquanto o Grupo 2
teve o teor proteico do concentrado ajustado
de acordo com as exigências nutricionais
e a produção de leite.
O objetivo foi conhecer o impacto
da intervenção nutricional no valor da
pegada hídrica do leite e na ingestão de
água pelos animais. A variação no concentrado
oferecido ao Grupo 2 possibilitou
a redução dos consumos das águas
verde, azul e cinza e da pegada hídrica do
leite. A pegada hídrica do leite do Grupo
2 foi menor, 453 litros por quilo de leite,
enquanto a do Grupo 1 foi de 504 litros
por quilo de leite.
O consumo de nitrogênio em excesso
na dieta aumenta a ingestão de água
devido a uma resposta fisiológica do animal
para diluir e eliminar esse excedente.
A nutrição de precisão é uma ferramenta
que temos à disposição para reduzir o
uso de recursos naturais e insumos pela
produção animal.
20 22
23
REVISTA O GIROLANDO
MATÉRIA DE CAPA
Larissa Vieira
DIVULGAÇÃO BOA FÉ
Girolando é eficiente em compost barn?
Galpão de compost barn da fazenda Boa Fé
Produtores garantem que o sistema permite elevar a produtividade e os índices zootécnicos da
raça, com muito mais saúde e menor custo de produção
24
Os galpões de compost barn vêm
ganhando cada vez mais a adesão de
produtores rurais que buscam viabilizar
seus projetos de expansão de produção
de leite, de forma sustentável e
tendo a raça Girolando como base do
rebanho. E esta é uma realidade que
vem ocorrendo em todo o País, e em
várias raças, como comprova a edição
2023 do levantamento TOP 100, do
Milkpoint, sobre as maiores fazendas
produtoras de leite no Brasil. Entre os
anos de 2017 e 2022, o número de propriedades
com compost barn deu um
salto significativo, saindo de 22 para
34 fazendas.
Uma das explicações para esse
crescimento é a busca dos pecuaristas
por um sistema de produção de leite
que proporcione o melhor desempenho
dos animais, aliado ao conforto,
saúde, proteção, bem-estar e cuidado
com o meio ambiente. O sistema ainda
tem como atrativo o menor custo
de investimento quando comparado a
outras estruturas, como, por exemplo,
o galpão tipo free stall.
O compost barn surgiu em meados
dos anos 80, nos Estados Unidos,
mais especificamente no Estado
da Virgínia, e foi desenvolvido por
produtores, derivando do bedded
pack ou sistema de cama sobreposta,
que serve como uma barreira física
entre o esterco e a vaca.
Neste tipo de estrutura, o curral é
constituído de cobertura com ventilação,
corredor de alimentação em concreto
e piso coberto com maravalha
ou serragem. Trata-se de um sistema
de confinamento de estabulação livre
com uma cama coletiva, composta,
em geral, de resíduos de madeira,
como maravalha ou serragem. Os dejetos
são incorporados ao substrato e
essa mistura gera o processo de compostagem
em camadas mais profundas
da cama.
Quanto mais geneticamente evoluído
o animal inserido no sistema,
melhor será o seu desempenho, pois
ele estará em um ambiente com condições
para que seja possível expressar
o seu máximo potencial genético.
Muitos produtores de Girolando que
já adotaram o sistema vêm registrando
melhoria dos índices produtivos e
sanitários dos rebanhos. É o caso do
engenheiro agrônomo e pecuarista Jônadan
Ma, do grupo GBF Global. Na
fazenda Boa Fé, sediada no município
de Conquista/MG, ele comanda um
projeto de produção de leite e genética
Girolando iniciado há mais de 40 anos
pela família.
Em 2016, a estrutura de compost
barn foi erguida na propriedade, onde
já havia um sistema de pista de trato
coberta. “As razões pelas quais investimos
neste sistema são várias, sendo
uma delas o menor investimento, em
torno de metade do valor do sistema
free stall. Além disso com um bom
manejo, é possível atingir alta produtividade
de leite com muita qualidade,
registrando baixas CBT [Contagem
Bacteriana Total] e CCS [Contagem
de Células Somáticas]. Tudo isso proporcionando
um ambiente mais amigável
e natural aos animais”, destaca
o criador.
Com um rebanho de Girolando,
cuja maior parte das vacas é 5/8
e CCG 3/4, a produção atual de leite
gira em torno de 11.000kg/dia, atingindo
média de 48kg/dia entre os lotes
mais produtivos de primíparas e de 52
kg/dia entre as multíparas. Já a média
geral dos cinco tipos de lotes que trabalha
é de 34,4kg/dia.
Atualmente, a área tem capacidade
para abrigar 228 cabeças. Além das
vacas em lactação das composições
5/8 e 3/4, o espaço ainda aloja doadoras
CCG 1/2 e CCG 1/4. No total,
a GBF Global tem 320 vacas em lactação.
Além do compost barn, a fazenda
mantém o sistema free stall, que atende
até 256 vacas. “Nesses oito anos de
uso, notamos uma melhora não só na
produtividade e qualidade do leite,
mas também nos índices reprodutivos
e de saúde do animal. Consequentemente,
isso nos possibilita desenvolver
com maior eficiência nosso projeto
de produção de genética”, assegura.
Segundo ele, o compost barn ainda
tem como vantagem o aproveitamento
da cama de compostagem como fertilizante
orgânico de elevada qualidade.
Um estudo realizado pela Universidade
de Minnesota, nos Estados
Unidos, comprovou o impacto em
produtividade e longevidade de rebanhos
em compost barn, a partir da
avaliação de dados de 12 fazendas leiteiras.
Houve redução de problemas
de casco, comparado ao free stall. O
estudo demonstrou uma porcentagem
de 7,8% de vacas com problemas de
casco em propriedades com compost
barn, contra 19,6 a 27,8% em propriedades
do tipo free stall. Como as
vacas têm mais espaço, isso permite
maior liberdade de movimento tanto
para se locomoverem quanto para se
deitarem. Além disso, as vacas, mesmo
quando estão em pé, permanecem
sobre uma superfície mais macia que
o concreto.
Com a melhoria na saúde dos
cascos, as vacas apresentaram maior
facilidade de manifestação de cios,
melhorando a taxa de detecção de cio
pelos tratadores. No estudo, as taxas
de detecção de cio aumentaram de
36,9% para 41,4% e as taxas de concepção
aumentaram de 13,2% para 16,5%,
quando as vacas foram deslocadas do
free stall para o compost barn.
Assim como ocorreu também na
fazenda brasileira Ma Shou Tao, o estudo
norte-americano registrou aumento
da qualidade do leite, com redução
da CCS e menor incidência de
mastite. Esse fato pode ser explicado
tanto pela redução de mastite ambiental
pela redução da carga microbiana
na cama, melhoria da condição de
higiene das vacas antes da ordenha,
quanto pela melhoria no sistema imune
das vacas promovida pelo ambiente
Criador Jônadan Ma
CARLOS LOPES
25
26
27
REVISTA O GIROLANDO
DIVULGAÇÃO
mais confortável. “Acredito que a somatória
de nossos investimentos em
gestão, genética, sanidade e nutrição,
incluindo o bom manejo do sistema
de produção no compost barn, nos
permitiu alcançar excelentes índices
zootécnicos. Isso contribuiu para nossa
classificação em várias categorias
do Ranking Nacional Girolando –
Modalidade Rebanho, publicado pela
Associação Brasileira dos Criadores
de Girolando”, atesta Jônadan Ma.
A propriedade figura entre as primeiras
colocadas de diversas categorias
do Ranking Rebanho, sendo elas:
Maior média de produção por dia de
intervalo de partos; Maior média de
produção de leite por dia de vida; Menor
média de idade ao primeiro parto;
Maior média de Proteína do Leite;
Maior média de produção vitalícia;
Maior média de teor de gordura no
leite; Maior média de PTA e GPTA
para produção de leite; Menor média
de intervalo de partos; e Maior média
de produção de leite em 305 dias.
Para os próximos anos, a fazenda
investirá na construção de mais dois
galpões de compost barn, elevando a
capacidade da estrutura para um total
de 750 vacas.
Pontos de sucesso em um compost
barn
Diversos pontos devem ser avaliados
antes de iniciar a instalação
Vacas no compost barn da fazenda Campo Alegre
de um compost barn. Um deles é ter
claro o manejo que a fazenda deseja,
bem como a categoria animal que será
trabalhada, as condições climáticas da
região, localização da área onde será
erguida a estrutura e todas as suas
particularidades, dentre elas: sala de
espera, sala de ordenha, o centro de
manejo de dejetos e o tipo de ventilação
a ser adotado.
Falhas na instalação do compost,
tais como: pé direito baixo, ventiladores
que não abrangem toda a área
de cama e com inclinação incorreta (o
que faz perder a eficiência de ventos),
podem comprometer seus resultados.
É importante ter em mente que os
ventiladores são essenciais para manter
a cama seca, prevenindo doenças
e melhorando o ambiente das vacas
(aumentando a produção leiteira),
deixando de ser um custo, mas, sim,
um investimento. Ligar os ventiladores
apenas nos períodos mais quentes
deixará a cama mais úmida, aumentando
a ocorrência de mastite. Isso
acontece porque quando a umidade
da cama aumenta, o material da cama
adere-se à pele e ao orifício do teto,
facilitando a entrada de bactérias pelo
canal do teto.
Na Fazenda Campo Alegre, em
Patos de Minas/MG, que produz leite
e genética a partir da raça Girolando,
todas essas recomendações foram seguidas
à risca para garantir o sucesso
dos investimentos na construção do
compost barn. A estrutura foi erguida
há três anos para abrigar 220 animais.
“Antes de decidir pelo sistema, fizemos
um estudo de viabilidade econômica
que só mostrou bons resultados.
O custo alto do investimento é diluído
ao longo do tempo com a redução da
taxa de descarte, dos gastos com sanidade
e com o aumento da produção
e da qualidade do leite, permitindo-
-nos vender o leite com maior valor
agregado”, ressalta Leonardo Avelar,
que junto com o pai, Antônio Sérgio
Avelar, comanda a Campo Alegre e o
criatório Girolando LLA.
Ele lembra que o único receio
inicial foi em relação ao manejo da
cama e o risco de aumentar os casos
de mastite. Realmente, o sistema
de compost barn pode apresentar
maior risco de ocorrência de mastite,
quando mal manejado. Isso acontece
porque a umidade excessiva na
cama contribui para que o material
suje o úbere das vacas, aumentando
o risco dessa ocorrência.
Estudo realizado pela equipe do
Qualileite-FMVZ-USP para avaliar
a frequência e o perfil de patógenos
causadores de mastite em vacas leiteiras
apontou que o teor de umidade da
cama foi positivamente associado com
a incidência de mastite clínica geral e
mastite clínica causada por patógenos
ambientais. Os patógenos mais frequentemente
isolados encontrados no
caso de mastite clínica foram Escherichia
coli (12,5%) e estreptococos ambientais
(Streptococcus dysgalactiae
+ Streptococcus uberis; 15,1%). Já nos
casos de mastite subclínica foram verificados
os patógenos Staphylococcus
chromogenes (24,9%) e Streptococcus
agalactiae + Staphylococcus aureus
(9,5%,).
Portanto, manter a superfície seca
para vacas leiteiras e realizar um bom
manejo de ordenha contribuem para
reduzir a incidência de mastite clínica.
Ao revirar a cama pelo menos
duas vezes ao dia, o processo de compostagem
torna-se mais homogêneo,
facilitando a perda de umidade para o
ambiente e fazendo com que a cama
fique mais seca. É essencial atingir as
camadas mais profundas do composto
neste processo. “O fato de seguir-
28
29
REVISTA O GIROLANDO
PEDRO RAMOS
mos a rotina diária estabelecida pela
equipe técnica tem nos permitido
alcançar bons resultados. Mantemos
os ventiladores ligados, reviramos a
cama duas vezes ao dia e fazemos a
limpeza diária das pistas. Ainda redobramos
os cuidados com a higiene dos
animais antes e depois da ordenha,
com uma boa desinfecção de tetos no
pré e pós-dipping”, diz Avelar.
Neutralizando os efeitos do clima
O compost barn é um sistema que
vem permitindo aos produtores de
leite estabilizar a produção de leite
ao longo do ano, retirando os efeitos
do meio ambiente sobre a produtividade
do rebanho. Foi o que ocorreu
na Fazenda Campo Alegre. A média
na época da seca girava em torno
de 27kg/dia e caía para 19kg/dia nas
águas, quando a incidência maior de
calor, umidade, barro e parasitas prejudicava
a produtividade das vacas.
Agora, a média estabilizou em 30kg/
dia, com pico de 32kg/dia, mesmo
tendo novilhas e vacas velhas entre os
animais em lactação.
Outra medida para melhorar o
desempenho dos animais foi amenizar
o estresse térmico. Eles passam
pela sala de resfriamento antes de
irem para a ordenha.
Segundo o criador, a concentração
dos animais no compost também
facilitou o manejo reprodutivo, permitindo
uma melhor visualização do
Criador Leonardo Avelar
cio das vacas. Isso aumentou a taxa de
prenhez, que antes era inferior a 20% e
passou para 25%. A taxa de concepção
é de 48% e a de serviço está em 62%.
“As vacas estão ficando mais longevas
dentro do rebanho e o descarte diminuiu”,
acrescenta Avelar.
Atualmente, o espaço é destinado
a 170 vacas em lactação e 40 no pré-
-parto, dentro das composições CCG
1/2 e CCG 3/4, mas o projeto será ampliado.
A Campo Alegre construirá
uma nova área de compost barn para
abrigar somente novilhas e vacas em
pré-parto. Inicialmente, a capacidade
será para 50 cabeças. O objetivo é
melhorar o conforto das fêmeas nesta
fase tão crucial da vida delas. Elas ainda
terão uma ordenha separada.
Com a adoção do compost barn, a
fazenda ganhou espaço para produção
de alimentos para o gado. A área
que antes era destinada à pastagem foi
destinada para o plantio de milho, visando
a produção de silagem.
Uma troca de sucesso – A família
Avelar iniciou na atividade leiteira
com uma raça europeia, mas havia alguns
animais Girolando no rebanho.
“Passamos a perceber que esses animais
eram bem mais longevos, férteis
e saudáveis. Apesar de produzirem um
pouco menos que a outra raça, isso era
compensado com o menor custo de
produção, ou seja, menos gastos com
medicamentos, menor taxa de descarte,
além de apresentarem maior valor
agregado quando eram descartadas.
Então, fizemos as contas e vimos que
para o nosso sistema de manejo e região
o Girolando era mais rentável”,
lembra o criador.
O Girolando LLA surgiu em 2012
com a aquisição em leilão do touro
CCG 3/4 JPZ Olímpio Argeu Linda
FIV, oriundo do criatório Condomínio
JPZ - Jorge Papazoglu e Outro. Na
época, o criador inscreveu o touro no
Teste de Progênie, que, no resultado
divulgado em 2020 pelo PMGG, registrou
a Maior PTA Leite do grupo.
O criatório passou a utilizar a FIV
para formação de um plantel CCG 3/4
e 5/8, visando a produção de genética.
Hoje, conta com 170 animais de elite
e, somando os voltados para produção
de leite, com um rebanho total de 600
cabeças. No Ranking Nacional Rebanho
2022, a fazenda ficou em primeiro
lugar na categoria Maior Média de
PTA e GPTA para Produção de Leite,
da classe 101-200 animais.
Investimento em tecnologias e
treinamento da equipe
A intensificação do sistema de
produção de leite levou a Fazenda Pavana,
em Perdizes/MG, a investir em
tecnologias e na capacitação constante
da equipe. Pensando na melhoria dos
índices de produtividade do rebanho,
foi construído um galpão de compost
barn com capacidade para 200 animais,
no ano de 2019.
Antes de decidir pelo investimento,
o médico-veterinário e criador
Paulo Victor Sousa Machado, junto
com seu pai e sócio, o criador Pedro
Machado, visitou várias fazendas
que já tinham adotado a estrutura.
“Chegamos à conclusão de que ou investiríamos
mais em tecnologia para
ampliar a produção e, assim, ter mais
rentabilidade, ou iriamos cada vez
mais decrescer na produção de leite,
focando apenas na produção e comercialização
de genética para o mercado.
Sabíamos que a atividade era rentável,
porém pesava contra ela a grande oscilação
da produção entre o período
chuvoso e da seca, além dos custos
mais elevados com sanidade decorrentes
do aumento de casos de doenças,
como, por exemplo, problemas de
casco, e a maior dificuldade de manejo
dos animais”, esclarece o criador.
Paralelo a isso, a Pavana intensificou
seu sistema reprodutivo. O manejo,
antes mensal, passou a ser semanal,
consistindo no diagnóstico de gestação,
avaliação de todos os animais
aptos à reprodução, retoque nas vacas
prenhas para confirmar a gestação,
execução dos protocolos reprodutivos
de IATF e TETF para transferência de
embrião em tempo fixo. As vacas em
lactação utilizam colar de monitoramento
para detecção de cio e possíveis
doenças. “Essas medidas tiveram um
impacto grande na rentabilidade do
negócio, pois isso significa que teremos
animais parindo e produzindo
mais cedo, renovando os ciclos produtivos.
De janeiro a outubro de
2023, nossa taxa de concepção ficou
em 43,48%, taxa de serviço de 68%,
que resulta em uma taxa de prenhez
de 29,56%. Consideramos que ainda
podemos melhorar bem nossa taxa
se serviço e melhorar ainda mais
nossos índices reprodutivos”, decla-
30
31
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA LEITE INTEGRAL
ra o criador.
Segundo ele, a intensificação do
manejo reprodutivo, aliada aos cuidados
com a nutrição, está contribuindo
para que as vacas estejam sempre
dentro do escore corporal ideal para
a produção de leite. Na Pavana, as novilhas
nulíparas estão aptas a reprodução
a partir dos 13 meses de idade,
com peso mínimo de 360 kg. “A idade
média ao primeiro parto é de 24,2 meses,
número muito interessante principalmente
falando de animais que
tem na sua composição racial 50% de
genética zebuína”, diz o criador.
Outra mudança feita após a instalação
do sistema de compost foi a
ampliação do número de ordenhas
diárias, que passou de duas para três.
“Saímos de uma média de produção
diária por animal de 20 kg para atuais
34 kg. Aliado à melhoria do conforto
e bem-estar, o incremento da terceira
ordenha diária contribuiu para esse
aumento. Além disso, como os animais
chegam mais limpos à sala de
ordenha, o processo ficou muito mais
ágil e estimulante para a equipe, tornando
a execução dos cuidados com
a organização, higiene e limpeza dos
animais e do ambiente de ordenha
muito mais eficiente. Os problemas
com mastite e cascos diminuíram
muito. Antes do compost, chegamos
a perder animais por conta de casos
graves da doença”, lembra Paulo
Victor. Tudo isso permitiu reduzir a
média de incidência diária de mastite
clínica no rebanho, que atualmente é
de apenas 0,25%.
A Pavana conta com 180 vacas
Criador Paulo Victor aposta em uma equipe bem
treinada para obter bons resultados
em lactação, produzindo, diariamente,
6.100 litros de leite, sendo
75% dos animais Girolando CCG
1/2. Mais de 70% das vacas em lactação
são primíparas.
A fazenda está ampliando, neste
final de 2023, a capacidade do compost,
que passará de 200 para 250 cabeças.
“Acreditamos que essas melhorias
constantes nos permitem crescer
no negócio, fazendo com que a pecuária
leiteira seja sempre rentável, comparada
às demais atividades”, ressalta
Paulo Victor.
Com 370 hectares (entre área
própria e arrendada), divididos entre
agricultura e pecuária, a Fazenda
Pavana produz milho, sorgo, trigo e
soja, além de Girolando de genética
superior para venda. Eles comercializam
entre 400 e 500 bovinos por
ano, sendo que esses ficam em sistema
semi-intensivo, além de embriões. “O
Girolando, além de rústico, é extremamente
produtivo, principalmente
em condições favoráveis como de um
sistema intensivo de produção leiteira.
Apresenta produtividade semelhante
a outras raças especializadas para a
produção de leite, além de ser longeva
em sua vida produtiva”, assegura.
Segundo Paulo Victor, a intensificação
do sistema de produção exige
investimentos em treinamento da
equipe. “Ao longo dos últimos anos,
fomos adotando várias tecnologias,
tanto na parte reprodutiva, sanitária,
de nutrição e genética e, por
isso, ter colaboradores capazes de
utilizar bem esses recursos é fundamental
para atingir bons resultados.
É essencial ainda valorizar esse esforço
da equipe, com boa remuneração
e condições de trabalho. Na
Pavana, temos colaboradores de alta
performance. Eles entendem que o
sucesso da fazenda é o sucesso deles
também”, finaliza Paulo Victor.
Criado Paulo Victor e o pai Pedro
REVISTA LEITE INTEGRAL
32
Grandes Touros!
Fertilidade Máxima!
Protázio
Sansão x Juma Bras.
Bagdá TE Bras.
Grego
Radar x Ametista Silv.
Teatro
Jaburu
Teatro x Fábula FIV
Sansão
17 33222888 sembraoficial
sembra.genetica sembra@sembra.com.br 33
REVISTA O GIROLANDO
MATÉRIA DE CAPA
Luciano Melo, consultor de serviços técnicos
de bovinos leiteiros na Agroceres Multimix.
GBF GLOBAL
de oxigênio (DAMASCENO et al., 2020; Misra et al., 2003; Stentiford, 1996). A umidade
pode ser aferida através de métodos convencionais, ou simplesmente através do teste
manual e visual (DAMASCENO et al., 2020; BEWLEY et al., 2013).
Já a análise da relação C:N pode ser realizada em laboratórios de análise de solos. O
conjunto desses fatores deve manter a temperatura entre 45 e 55°C na profundidade de
20 a 30 cm, que, de acordo com Black et al. (2013), é a faixa ótima de temperatura para
promover, simultaneamente, a secagem, a sanitização e reduzir a demanda de reposição.
Temperaturas acima de 55°C reduzem microorganismos patogênicos, mas aumentam a
necessidade de reposição e o risco de promover estresse térmico. Já temperaturas abaixo
de 45°C não são eficientes em secar e promover a adequada sanitização.
O conjunto dessas características tem como função proporcionar uma cama com
superfície saudável, seca e confortável. O monitoramento e diagnóstico das variáveis
deve ser frequente, pois afeta diretamente o bem-estar e saúde das vacas.
Compost barn: diagnóstico da cama e critérios para substituição
Imagem 1: Cama em condição ruim
A evolução da pecuária de leite nos
últimos anos no Brasil se deve, em grande
parte, às melhorias em genética, nutrição
e ambiência, resultando em aumento da
produtividade. Quanto mais esses fatores
são aprimorados, maior impacto o ambiente
passa a ter no alcance dos resultados.
Em decorrência disso tem ocorrido
enorme crescimento de investimentos em
estruturas de alojamento, principalmente
para vacas em lactação. Dentre os sistemas
de alojamento, o compost barn tem sido o
preferido pela maioria dos pecuaristas.
Com a adoção desse sistema, relativamente
novo, também surgem algumas
dúvidas, com destaque para a real condição
da cama e os critérios para sua substituição.
O compost barn é uma estrutura
em que a cama dos animais é constituída
pelos seus dejetos, misturados ao material
orgânico, em constante processo de compostagem.
Dentre os principais materiais utilizados,
estão: maravalha, serragem, casca de
café, casca de amendoim e palha de arroz
(DAMASCENO et al., 2020). A cama é
revolvida de uma a três vezes ao dia, promovendo
o processo de compostagem aeróbica.
A profundidade varia de 20 a 100cm,
e a área por vaca de 6 a 15m² (LESO et al.,
2020). Entretanto, no Brasil não é recomendado
profundidade inferior a 40cm,
e a área por vaca tem grande variação em
função da raça, da produtividade, ambiente
e manejo, sendo mais utilizada área superior
a 10m²/vaca (DAMASCENO et al.,
2020).
O material da cama é reposto ou
substituído periodicamente, variando em
função de diversos fatores. Estudos têm
indicado que o compost barn, comparado
ao free stall, tem potencial de melhorar o
bem-estar dos animais.
Dentre os principais benefícios relatados
estão: maior conforto durante o repouso,
melhor saúde do sistema locomotor
e comportamento animal mais natural
(LESO et al., 2020). Todavia, os potenciais
benefícios são muito dependentes de diversos
fatores, sendo os principais, o estado
da cama e a forma como é manejada.
Outra grande vantagem é o adubo orgânico
disponível para uso em lavouras
após a troca da cama. Por outro lado, o
manejo da cama, apesar de relativamente
simples, traz consigo a necessidade de
34
Imagem 2: Cama em boa condição
atenção a uma série de variáveis como:
compactação, umidade e temperatura da
cama; frequência e modo de revolvimento;
e reposição, dentre outros.
Caso algum desses pontos falhe, o benefício
do compost barn pode se transformar
em um malefício, com impactos negativos
em produção, saúde e reprodução.
O custo de reposição da cama também é
um ponto de atenção, pois em função das
variáveis, pode se tornar elevado.
Em relação à cama, as principais características
físico-químicas requeridas são:
umidade entre 40% e 60%; relação C:N entre
25 e 30:1; baixa compactação e alta disponibilidade
de oxigênio (DAMASCENO
et al., 2020; MISRA et al., 2003; STENTI-
FORD, 1996). A umidade pode ser aferida
através de métodos convencionais, ou simplesmente
através do teste manual e visual
(DAMASCENO et al., 2020; BEWLEY et
al., podem 2013). surgir, como:
Já a análise da relação C:N pode ser realizada
em laboratórios de análise de solos.
O conjunto desses fatores deve manter a
temperatura entre 45 e 55°C na profundidade
de 20 a 30cm, que, de acordo com
BLACK et al. (2013), é a faixa ótima de
temperatura para promover, simultaneamente,
reduzir a umidade. secagem, a sanitização e reduzir
a demanda de reposição.
Black
Temperaturas
et al. (2013) encontraram
acima de 55°C
aumento
reduzem
micro-organismos patogênicos, mas
de 10°C em camas que passaram a ser revolvidas
duas vezes ao dia, em vez de uma. Na mesma situação, em que há presença de torrões, o
aumentam a necessidade de reposição e
o risco de promover estresse térmico. Já
temperaturas abaixo de 45°C não são eficientes
em secar e promover a adequada
sanitização.
O conjunto dessas características tem
como função proporcionar uma cama
com superfície saudável, seca e confortável.
O monitoramento e diagnóstico das
variáveis deve ser frequente, pois afeta diretamente
o bem-estar e saúde das vacas.
Após a avaliação da cama e a detecção
de parâmetros fora do objetivo, um ponto
muito importante é a tomada de decisão a
partir dos resultados. Nesse sentido, algumas
dúvidas podem surgir, como:
- Para corrigir problemas no sistema,
apenas ajustes em manejo são suficientes?
Em camas com profundidade mínima
de 40cm e que apresentam adequada
relação C:N, porém com alta umidade e,
consequentemente, baixa disponibilidade
de oxigênio e temperatura, apenas ajustes
em manejo podem solucionar o problema.
O aumento da frequência e profundidade
de revolvimento tem capacidade de elevar
a temperatura e reduzir a umidade.
BLACK et al. (2013) encontraram aumento
de 10°C em camas que passaram
a ser revolvidas duas vezes ao dia, em vez
de uma. Na mesma situação, em que há
presença de torrões, o uso de enxada rotativa
tem a capacidade de quebrá-los e aumentar
a superfície específica e a perda de
umidade.
- Quando é necessário realizar reposição
parcial do material da cama?
Em situações em que a relação C:N é
inferior a 25:1, ou a profundidade é inferior
a 40cm, ou ainda, quando já ocorrem
três revolvimentos diários em camadas
profundas, ajustes em manejo não serão
Imagem 2: Cama em boa condição
Imagem 3: Teste manual de umidade (esquerda); Aferição da temperatura (direita)
Após a avaliação da cama e a detecção de parâmetros fora do objetivo, um ponto muito
importante é a tomada de decisão a partir dos resultados. Nesse sentido, algumas dúvidas
- Para corrigir o problemas no sistema, apenas ajustes em manejo são suficientes?
Em camas com profundidade mínima de 40 cm e que apresentam adequada relação C:N,
porém com alta umidade e, consequentemente, baixa disponibilidade de oxigênio e
temperatura, apenas ajustes em manejo podem solucionar o problema. O aumento da
frequência e profundidade de revolvimento tem capacidade de elevar a temperatura e
suficientes. Nesse caso, será necessário realizar
a reposição, na qual a quantidade e
frequência dependerão da situação atual e
dos desafios impostos à cama.
- Quando é necessário realizar a troca
da cama?
Caso a relação C:N esteja abaixo de
15:1, é recomendado realizar a substituição
da cama (GALAMA, 2014), pois abaixo
desse nível a compostagem pode ser inibida
e a reposição não será efetiva em elevar
a relação a níveis desejáveis. Também, em
ocasiões em que a umidade está muito
elevada, a reposição não é suficiente para
reduzi-la a níveis que permitam a retomada
do processo de compostagem de forma
eficiente, sendo recomendado realizar a
substituição.
No momento da troca é indicado deixar
5 a 10% da cama para acelerar o processo
de compostagem (DAMASCENO et
al., 2020).
O objetivo final no manejo da cama do
compost barn é mantê-la com adequada
umidade e temperatura, o que garantirá
os benefícios do sistema. Essas variáveis
são afetadas por inúmeros fatores, mas
independente disso, o monitoramento da
condição e a rápida tomada de decisão, de
forma adequada, são fundamentais para
corrigir o problema de maneira eficiente.
Outras medidas preventivas para o
bom funcionamento da cama também demandam
atenção, como: área por animal,
sistema de ventilação artificial, qualidade
do material de reposição, dentre outros.
A atenção a todos esses pontos reduzirá o
custo de manutenção e permitirá obter o
máximo retorno que o compost barn tem
a proporcionar.
Imagem 3: Teste manual de umidade (esquerda); Aferição da temperatura (direita)
Após a avaliação da cama e a detecção de parâmetros fora do objetivo, um ponto muito
importante é a tomada de decisão a partir dos resultados. Nesse sentido, algumas dúvidas 35
podem surgir, como:
EXPO MIG 2023 ITANHANDU MG
Campeã Bezerra Sênior CCG 1/2 Sangue
Fêmea Jovem CCG 1/2 Sangue
Res Campeã Suprema
LETRA FIV MASTER GPF
A Herança do melhor!
MEGALEITE 2023 BELO HORIZONTE- MG
Campeã Bezerra Júnior CCG 1/2 Sangue
Fêmea Jovem CCG 1/2 Sangue
EAPIC 2023 SÃO JOÃO DA BOA VISTA SP
Campeã Bezerra Júnior CCG 1/2 Sangue
Fêmea Jovem CCG 1/2 Sangue
EXPO MIG 2023 ITANHANDU MG
Campeã
Bezerra Sênior CCG 1/2 Sangue
Fêmea Jovem CCG 1/2 Sangue
Res Campeã Suprema
LETRA FIV MASTER GPF
A Herança do melhor!
MEGALEITE 2023 BELO HORIZONTE- MG
Campeã Bezerra Júnior CCG 1/2 Sangue
Fêmea Jovem CCG 1/2 Sangue
Faça já sua reserva nos
contatos abaixo:
Fabiana
EAPIC 2023 SÃO JOÃO DA BOA VISTA SP
Campeã Bezerra Júnior CCG 1/2 Sangue
Fêmea Jovem CCG 1/2 Sangue
Sérgio P Cunha Martins
Faça já sua reserva nos
contatos abaixo:
Fabiana
36
pgenetica.com.br
pgenetica.com.br
Sérgio P Cunha Martins
giani@pgenetica.com.br
giani@pgenetica.com.br
Girolando GPF
comprovou a qualidade Master!
ÂngulodaGarupa
Largura de Garupa
Pernas Vista Lateral
Pernas VistaPosterior
Ângulo de Casco
Escorepernasepés
InserçãoÚbereAnterior
AlturadoÚbere Posterior
Desempenho vitalício
LarguradoÚbere Posterior
GTPI
+1989
MÉRITO LÍQUIDO -328
LigamentoMédio
Características de produção 2.14
ProfundidadedaÚbere
Leite
Gordura
Proteína
Coloc. Tetos Anteriores
Coloc.Tetos Posteriores
PTAT
Úberes
Pés e Pernas
BSC
Estatura
Força
Profundidade de Corpo
Formaleiteira
ÂngulodaGarupa
Largura de Garupa
Pernas Vista Lateral
Pernas VistaPosterior
Ângulo de Casco
Escorepernasepés
InserçãoÚbereAnterior
AlturadoÚbere Posterior
LarguradoÚbere Posterior
LigamentoMédio
ProfundidadedaÚbere
Coloc. Tetos Anteriores
Coloc.Tetos Posteriores
Comp.TetosAnteriores
-100Ibs
8lbs 0.04%
-6Ibs -0.01%
3.53
2.75 0.50
0.74
2.23
3.86
2.54
3.32
2.73
1.51
3.10
1.14
1.32
1.87
1.56
3.88
4.57
3.52
2.14
2.77
1.41
1.21
0.50
Débil
Baixa
Débill
Raso
-2
FIGURAS AMERICANAS
Células somáticas
Vida Produtiva
Confiabilidade
Filha / Rebanhos
F&P Combinado
Mérito Queijo
Grosseira
Isq.Alto
Estreita
Retas
Fechadas
Baixo
Baixo
Solto
Baixo
Estreito
Fraco
Profundo
Aberto
Aberto
Curto
Características Funcionais
2.92 Índice de prenhez das filhas
-3.0 Facilidade de parto do touro
95% Facilidade de parto das filhas
499/296 Natimorto do touro
2 lbs Natimorto das filhas
-328 Índice de fertilidade
Data da prova: ago/23 Tipo Reabilitação: 92% Rel Dtrs/Rebanhos 322/201 Dados fornecidos por Holstein USA
Comp.TetosAnteriores
1.51
3.10
1.14
1.32
1.87
1.56
3.88
4.57
3.52
2.77
1.41
1.21
Isq.Alto
Estreita
Retas
Fechadas
Baixo
Baixo
Solto
Baixo
Estreito
Fraco
Profundo
Aberto
Aberto
Débil
Débil
Curto
Débil
-2
-1 1 2 3
0
-1 1 2 3
0
IIsq.Baix
Larga
Curvas
Paralelas
Alto
Alto
Forte
Alto
-3.5
Largo
5.9%
3.5%
Forte
9.6%
Raso
7.8%
-3.6
Fechado
Fechado
Excelente
Excelente
Comprim.
Excelente
Excelente
Alta
Forte
Profundo
Angulosa
IIsq.Baix
Larga
Curvas
Paralelas
Alto
Alto
Forte
Alto
Largo
Forte
Raso
Fechado
Fechado
Comprim.
FILHA: MILIBRO MASTER ROYALE- VG- 87 -1YR
Propriedade da Fazenda Milibro, Louise Blanchet e
Mathieu Blanchet, Quebec
FILHA: MILIBRO MASTER ROYALE- VG- 87 -1YR
Propriedade da Fazenda Milibro, Louise Blanchet e
Mathieu Blanchet, Quebec
pgenetica.com.br
FILHA: LAFORSTAR LEONE MASTER - VG- 87
3ª Lugar Categoria 1 Ano Parido na Exposição Mundial
de Laticínios, Propriedade da Fazenda Blondin e Blondin
Sires, Saint-Placide, QC
Faça já sua reserva nos contatos abaixo:
FILHA: LAFORSTAR LEONE MASTER - VG- 87
3ª Lugar Categoria 1 Ano Parido na Exposição Mundial
de Laticínios, Propriedade da Fazenda Blondin e Blondin
Sires, Saint-Placide, QC
Fabiana
Faça já sua reserva nos contatos abaixo:
Fabiana
Sérgio P Cunha Martins
Sérgio P Cunha Martins
37
giani@pgenetica.com.br
giani@pgenetica.com.br
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GESTÃO
DIVULGAÇÃO
Fazenda eleva taxa de prenhez em 35% em um ano
Rebanho é monitorado pela tecnologia SenseHub Dairy
Retorno sobre o investimento ocorreu 7 meses após a Fazenda Poço do Canário adotar sistema
de monitoramento da MSD Saúde Animal
O leite corre nas veias da família
Ribeiro, proprietária da Fazenda
Poço do Canário, em Caetanópolis/
MG. A paixão pela pecuária leiteira
atravessa três gerações. Daniel Dias
Ribeiro é o representante da terceira
geração da família a comandar os
negócios, desde 2011. Ele é filho de
José Euclides Ribeiro, que continua
a dar suporte ao filho. A propriedade
foi adquirida em 1989, mas antes,
o avô de Daniel já criava gado e
sempre estimulou os filhos a investirem
nos estudos, uma vez que ele
próprio era médico. Assim, Daniel e
seu pai são formados em Medicina
e o tio de Daniel, Antonio Augusto,
engenheiro agrônomo, é responsável
pelo setor de agricultura da fazenda.
Dos primórdios, quando tinham
30 vacas, para o plantel atual de 500
cabeças de Girolando, houve um
grande esforço para modernizar as
atividades, instensificado com a entrada
de Daniel. O empenho parece
estar valendo a pena, pois a propriedade
está na quinta colocação em
produtividade e obteve a terceira
posição na categoria Menor Média
de CCS no leite da Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando.
A fazenda também é livre de brucelose
e tuberculose desde 2017.
O gestor da Fazenda Poço do
Canário conta que, após morar por
um período na Holanda, para fazer
doutorado na área médica, teve contato
muito próximo com as fazendas
de pecuária intensiva e voltou inspirado
a implantar mudanças nos negócios
e garantir alta produtividade.
Hoje, eles produzem aproximadamente
5.500 litros por dia, com
170 vacas, e fornecem para grandes
empresas lácteas, porém a meta
é ganhar escala. “Nos próximos 10
anos, vamos dobrar a produção de
leite, utilizando o máximo de automação
possível. Mas antes precisamos
aumentar de forma significativa
a produção de milho, grão e
silagem”, comenta Daniel. O foco é
elevar a produção de comida para
escalar a produção de leite, uma vez
que o principal custo da fazenda é
com concentrado e volumoso.
Para dar conta do desafio, é preciso
lançar mão de tecnologia e contar
com o apoio de parceiros no suporte
técnico e de gestão. Nesse contexto,
entra o relacionamento com a MSD
Saúde Animal. “ A ideia era ter uma
38
5ª colocação em produtividade e obteve a terceira posição na categoria Menor Média de
CCS no leite da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. A fazenda também é
livre de brucelose e tuberculose desde 2017.
DIVULGAÇÃO
Dados obtidos a partir do software de gestão da fazenda pelo veterinário de reprodução,
Sérgio de Pinho Melo Matos e pela nutricionista Aline Soares do Espírito Santo
assistência para conseguirmos fazer
a diferença e utilizarmos o conhecimento
para agregarmos valor na
fazenda. Isso fez com que a parceria
durasse”, conta o produtor.
Foi em 2010 que a médica-veterinária
Patrícia Salles, consultora
em Pecuária da MSD Saúde Animal,
passou a visitar a Fazenda Poço do
Canário e, a partir de 2022, as visitas
se intensificaram.
“Nosso trabalho é muito mais
que vender produtos; trabalhamos
para entender as dores dos fazendeiros
e oferecer conhecimento que
se converta em resultados. Dessa
forma, estabelecemos uma relação
de confiança com nossos clientes,
como parceiros estratégicos”, comenta
a médica-veterinária. Os
serviços agregados são essenciais
na jornada da MSD Saúde Animal
com seus clientes. Iniciativas como
o “Criando Conexões” e a “Universidade
Corporativa da MSD Saúde
Animal” não apenas oferecem apoio
prático para clientes e colaboradores,
como também evidenciam o
compromisso da empresa com a democratização
do conhecimento.
A meta de escalar exige diagnósticos
precisos e acompanhamento
de todos os índices zootécnicos
para se ganhar eficiência. Por isso,
há um ano a Fazenda Poço do Canário
adotou a tecnologia de monitoramento
SenseHub Dairy, da MSD
Saúde Animal, que utiliza os colares
da companhia para monitoramento
do rebanho. E o resultado superou
as expectativas: o Retorno Sobre o
Investimento (ROI) ocorreu após 7
meses. Em um ano, a taxa de prenhez
saiu de17,8% para 23,20% e a
taxa de serviço saiu de 52,10% para
54,20%, de acordo com mensuração
realizada pelo veterinário Sérgio de
Pinho Melo Matos e pela nutricionista
Aline Soares do Espírito Santo,
que integram a equipe da fazenda.
O proprietário da fazenda relata:
“A aquisição do colar ampliou o
número de informação sobre saúde
animal e reduziu o custo com a
reprodução porque conseguimos
identificar com mais segurança o
cio e a suspeita de aborto, e assim
tivemos melhora na eficiência reprodutiva”
.
José Euclides Ribeiro e o filho Daniel Dias Ribeiro
39
ublic
REVISTA O GIROLANDO
Dados obtidos a partir do software de gestão da fazenda pelo veterinário de reprodução,
Sérgio de Pinho Melo Matos e pela nutricionista Aline Soares do Espírito Santo
Dados obtidos a partir do software de gestão da fazenda pelo veterinário de reprodução,
Sérgio de Pinho Melo Matos e pela nutricionista Aline Soares do Espírito Santo
O colar indica quando o animal pação, garantindo conforto animal e
está O proprietário em cio da e fazenda o melhor relata: momento “A aquisição melhora do colar ampliou da eficiência o número reprodutiva.
de informação
para sobre inseminar. saúde animal Como e reduziu consequência,
com na mais Fazenda segurança o Poço cio e a do suspeita Canário de aborto, 100% e assim do tivemos gado adulto melhora na é eficiência fruto de
o custo com a reprodução Na propriedade porque conseguimos dos identificar Ribeiros,
houve reprodutiva” uma . diminuição de quase transferência de embrião, desde
50% nos hormônios no uso de protocolos,
O colar indica de acordo quando o com animal os está dados em cio e o zendas melhor momento de leite para brasileiras. inseminar. Como “Hoje
2017, o que não é o padrão das fa-
coletados consequência, e processados na Fazenda Poço pelos do técnicos
hormônios da propriedade. no uso de protocolos, No que de tange acordo à com sem os dados colares. coletados Continuo e processados olhando pelos o
Canário houve não uma consigo diminuição me de ver quase trabalhando 50% nos
sanidade, técnicos com propriedade. o monitoramento, No que tange à os sanidade, cio, com mas o tenho monitoramento, tranquilidade os de que
diagnósticos são são precoces, precoces. logo, Logo, as doenças são eu abordadas não vou com deixar antecipação, escapar garantindo nenhum
doenças o conforto são animal abordadas e a melhora com da eficiência anteci-
reprodutiva. ciclo”, reforça o médico.
Na propriedade dos Ribeiro, 100% do gado adulto é fruto de transferência de embrião,
desde 2017, o que não é o padrão das fazendas de leite brasileiras. “Hoje não consigo me
ver trabalhando sem os colares. Continuo olhando o cio, mas tenho tranquilidade de que
eu não vou deixar escapar nenhum ciclo”, reforça o médico.
A fazenda possui 13 funcionários e Daniel conta que, inicialmente, alguns profissionais
demonstraram receio de perder a função, visto a eficiência da coleta de dados pelos
colares da MSD Saúde Animal, mas essa fase foi superada. “Hoje, todo mundo está
A fazenda possui 13 funcionários
e Daniel conta que, inicialmente,
alguns profissionais demonstraram
receio de perder a função, visto
a eficiência da coleta de dados pelos
colares da MSD Saúde Animal, mas
essa fase foi superada. “Hoje, todo
mundo está envolvido em checar e
avaliar, porque quando medimos,
enxergamos com clareza e isso motiva
todos a buscarem melhorias. O
engajamento da equipe faz diferença”,
acentua.
Outro aspecto relevante, ocorrido
após um ano, foi a redução em
dias em aberto, sendo hoje 15 dias.
“Foi um ganho de duas semanas”,
destaca Patrícia.
A fazenda se preocupa também
com bem-estar (BEA) animal e a
tecnologia da MSD Saúde Animal
mostra se os animais estão sendo
bem tratados. Daniel acrescenta que
o SenseHub é como se fosse uma
auditoria para BEA. “Mais cedo ou
mais tarde, vamos agregar essa sustentabilidade
no preço”, planeja.
O investimento em monitoramento
do rebanho ajuda a assegurar
as conquitas da Fazenda Poço do
Canário. “Vamos fazer outro galpão
para escalar o negócio. Precisamos
produzir comida. Quanto mais eu
tenho segurança de que o cotidiano
da fazenda gira, mais consigo investir
no negócio e ter mais retorno financeiro”,
conclui Daniel.
DIVULGAÇÃO
Fazenda Canário do Poço produz
5.500 litros/dia com 170 vacas
40
41
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
SANIDADE
Enrico L. Ortolani, Membro do Conselho Científico Agro
Sustentável e prof. Titular do Departamento de Clínica Médica da
FMVZ -USP especializado em Clínica de Ruminantes
DIVULGAÇÃO
Hipomagnesemia: a tremedeira que mata
“Quod abundat non nocet” é um ditado
latino, o qual traduzido ao pé-da-letra
significa “o que abunda não prejudica”.
Ter abundância de dinheiro é sempre
bom; ter excesso de saúde, melhor ainda;
ter uma plêiade de amigos é fenomenal.
Mas nem sempre isso pode representar
a verdade. Um dos exemplos mais marcantes
na pecuária é o que acontece com
boiadas em certas pastagens viçosas, as
quais podem desencadear hipomagnesemia,
ou seja, baixo teor de magnésio
(Mg) no sangue, levando-os à morte.
Reza a lenda, que foi descoberto, na
época em que o homem usava saia, em
Magnésia, na Grécia, um mineral que recebeu
o nome de magnésia “alba”, por ser
branco. Muito tempo depois, em 1618,
no sul da Inglaterra, um fazendeiro descobriu
na sua pastagem uma poça d’água
esbranquiçada que seus bois não tomavam
nem amarrados. Curioso como
ninguém, ele tomou aquela água e disse
que se sentia rejuvenescido e que fazia
bem para seus intestinos. Logo sua propriedade
se tornou o “spa” da época. Um
estudioso verificou que aquele líquido
leitoso (MgSO4. 10H2O) era a magnésia
alba, que mais tarde foi conhecido como
leite de magnésia, que você já deve ter tomado.
Daí se identificou o elemento Mg.
O Mg é muito importante para o
organismo, e participa de dezenas de
funções, tendo ação sobre os músculos,
o cérebro/cerebelo e o coração. Conceito
chave: o Mg tem efeito contrário
ao do cálcio. Quando o cérebro manda
uma ordem (impulso elétrico) para um
músculo se mexer este comando chega
por meio dos neurônios, que são como
fios elétricos ligados entre si, que partem
do cérebro e vão até a porta de entrada
dos músculos, num local chamado fenda
neuromuscular. Para que o impulso
elétrico passe para o músculo há necessidade
da liberação de uma substância
(acetilcolina) que executa a ordem para
a contração do músculo. Quem regula
a liberação de acetilcolina é o cálcio.
Porém, se essa liberação for prolongada
vai ocorrer um tipo de câimbra, ou seja,
uma contração muscular continuada. Aí
entra em ação o Mg, que secretado na
fenda muscular impede que o cálcio libere
mais acetilcolina.
A hipomagnesemia ocorre em forma
de surtos ou em casos isolados, geralmente
de julho a novembro, muitas
vezes após estresse, como grande movimentação
do gado, transporte etc. O
estresse libera adrenalina que provoca
súbita queda de Mg no sangue e no líquido
cefalorraquidiano, baixando mais
esses teores nos bovinos já deficientes
deste mineral.
Animais aparentemente sadios, param
de comer, passam a andar feito
bêbados, caem, começam a tremer, “pedalar
as pernas” e a ter convulsões com
42
43
REVISTA O GIROLANDO
EMBRAPA
duração em média de 1 min, viram a
cabeça para cima, salivam demais, tilintam
os dentes, o batimento do coração
vai às alturas e devido as convulsões,
suas temperaturas retais sobem muito.
Alguns animais morrem em 10 a 15
min, outros resistem por várias horas,
mas dos que apresentam estes sintomas
70 a 80% batem as botas. Geralmente,
os animais mais afetados são vacas nos
primeiro dois meses após o parto, em
especial aquelas acima de quatro anos.
Bovinos mais jovens podem ter o mal
súbito, mas os mais velhos, em especial
vacas, são mais sujeitas, pois o principal
estoque de Mg no organismo são os ossos,
e de acordo com que a idade avança
a velocidade de retirada de Mg dos ossos,
para repor a queda no sangue, fica
muito reduzida.
De modo geral, pode-se dizer que
os ruminantes têm mais chance de terem
grave deficiência de Mg que os monogástricos
(cavalo, suíno, cão, gatos,
incluindo o homem). O motivo é relativamente
simples. Enquanto os monogástricos
absorvem o Mg dos alimentos
pelos intestinos, os ruminantes o fazem,
na sua grande maioria, pelo rúmen, que
tem uma menor capacidade de absorver
o Mg que os intestinos.
A absorção do Mg pelo rúmen depende
de muitos fatores para acontecer
adequadamente. O principal deles é a
concentração de potássio (K) e de sódio
(Na) na comida, seguido do grau de acidez
no líquido do rúmen, teor de energia,
proteína, de fibra bruta e de gordura
nos alimentos. Conhece-se bem que o
Mg é absorvido do rúmen para o sangue
por um processo chamado “bomba de
sódio-potássio”. Quanto mais Na e menos
K tiver nos alimentos, assim como
quanto mais ácido for o ambiente ruminal
mais eficiente é essa “bomba”.
Acontece que dietas ricas em energia
favorecem o surgimento de compostos
(ácidos graxos de cadeia curta) que
acidificam o rúmen, enquanto alimentos
ricos em proteína ou em nitrogênio
não-proteico (ureia) geram mais amônia
(NH3) que, ao contrário, alcalinizam o
conteúdo ruminal (> pH 6,5). Por sua
vez, dietas muito ricas em gordura, facilitam
a combinação desta com o Mg,
impossibilitando-o de ser absorvido;
enquanto alimentos ricos em fibra bruta
favorecem a absorção de Mg, pois fazem
com que fiquem mais tempo dentro do
rúmen, para serem digeridos. Ufa!
Imagine uma pastagem nova de integração
lavoura-pecuária com uso de
capins temperados, estilo quicuio (não
o da Amazônia) Tifton 85, Coast-cross,
grama estrela e similares, ou de cultura
de inverno (aveia, azevém, cevada etc.),
ou mesmo milheto ou capim-Sudão, que
crescem muito rápido e são muito viçosos
e suculentos, pois foram muito adubados
com potássio e nitrogênio. Beleza!
Mas analisando sua constituição veremos
que têm muita água, pouca fibra,
alta proteína, muito potássio, o mínimo
de sódio, menor quantidade de Mg, relativamente
pouca energia e um pouco
mais de gordura que as pastagens normais.
Bingo, ideal para desencadear quadros
de hipomagnesemia. Bovinos pastejando
por uma ou duas semanas em
tais pastagens já podem ser a doença. No
Brasil também foram descritos surtos de
hipomagnesemia em bois que pastavam
Corrigir o solo aumenta o teor de Mg nos capins
em locais em que tinha sido acabado de
colher arroz ou milho.
Muitos que estão lendo agora já devem
ter colocado as barbas de molho,
mas raramente esta doença é citada
em boiadas pastando capins tropicais,
que concentram menor quantidade de
potássio e de proteína e contêm maior
quantidade de fibra e não baixam tanto
os teores de magnésio. Uma outra atenuante
são as raças, visto que os zebuínos
parecem ser mais resistentes à hipomagnesemia
que os taurinos.
Bovinos com hipomagnesemia podem
ter o quadro inicial revertido se
tratados com grande quantidade de Mg
na veia¸ (200 mL de sulfato de magnésio
20%). Um experiente veterinário catarinense
salvou muitos animais assim, mas
segundo o que me confidenciou nos casos
mais avançados o bovino até melhora
muito, mas não consegue se levantar
devido às graves lesões musculares já
desenvolvidas. Que triste!
Em pastagens problemáticas, deve-
-se evitar colocar vacas com mais de 4
anos, dando preferência para animais
mais novos. Seria lógico corrigir o solo,
para aumentar o teor de Mg nos capins,
com calcário dolomítico, que contêm
Mg, mas os resultados na prática não são
bons. Pode-se adicionar no suplemento
mineral, 20% de óxido de magnésio, mas
se não aumentar o palatalibilizante industrial
ou melaço, o gado rejeita e não
consome o suplemento. Por fim, deve-se
moderar no uso de fertilizantes ricos em
potássio e nitrogênio, em culturas que
são problemáticas para provocar a hipomagnesemia.
Um joguinho de xadrez!
44
/nutri.mosaic
/nutrimosaic
REBANHO MAIS
PRODUTIVO.
RENTABILIDADE
MAIS ALTA.
Melhor
aproveitamento
de nutrientes.
Maior
rendimento
na silagem.
Aumento
do número
de animais
por área.
Quando o rebanho é bem nutrido, o resultado é de
peso também no leite. MPasto é a linha de fertilizantes
desenvolvida especialmente para a nutrição da pastagem
e forrageiras conservadas, fornecendo ao rebanho
a alimentação necessária para aumentar a qualidade
da produção e a sua rentabilidade. Pode confiar: MPasto
é da Mosaic Fertilizantes. Peça ao seu distribuidor.
www.nutrimosaic.com.br/mpasto
45
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GIROLANDO E VOCÊ
Larissa Vieira
PITTY
Premiações nas pistas
O ano de 2023 teve grande movimentação nas pistas de julgamento por todo o Brasil. Ao longo do período foram realizadas
44 exposições, sendo 40 ranqueadas e 4 homologadas pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Nesta edição
trazemos os resultados das(os) Grandes Campeãs/Campeões dos eventos ocorridos em outubro e novembro. O resultado
completo pode ser acessado no site da entidade (www.girolando.com.br).
JADIR BISON
Grande Campeã CCG 1/2 e Vaca Suprema da Expoleite
Dúvida Beemer FIV Genoma
1ª Expoleite
A primeira edição da Expoleite
reuniu várias raças leiteiras entre os
dias 9 e 15 de outubro, em Uberaba/MG.
O título de Grande Campeã
Suprema, disputa final que teve
a participação das grandes campeãs
das raças Girolando e Gir Leiteiro,
foi conquistado pela vaca Dúvida
Beemer FIV Genoma, do expositor
José Renato Chiari, da Fazenda São
Caetano, em Morrinhos/GO. Ela já
tinha se sagrado Grande Campeã
CCG 1/2. A Grande Campeã CCG
3/4 foi Elexia Altahotland e a Grande
Campeã Girolando foi Impecável
Bandares, ambas do expositor José
Renato Chiari.
Já no Torneio Leiteiro a Grande
Campeã e Campeã Vaca Adulta de
Produção de Leite foi Dinamarca
46
47
48
49
REVISTA O GIROLANDO
PITTY
FIV Wildman da FJAO, da expositora
Agropecuária e Mineração
Lagoa Alta Ltda. Ela atingiu produção
total de 273,960kg/leite e média
de 91,320kg/leite. Na modalidade
Composição do Leite, a Grande
Assinatura de acordo entre Girolando,
ABCZ e Holandesa
Campeã e Campeã Vaca Adulta foi
Lilás Beemer MJAH, do expositor
Muller Medeiros. Ela produziu
162,008kg/leite e média de 54,03kg/
leite.
Durante a Expoleite, houve a
assinatura do Acordo Nacional do
Controle Leiteiro entre a Girolando,
Associação Brasileira dos Criadores
de Zebu (ABCZ) e Associação Brasileira
dos Criadores de Bovinos da
Raça Holandesa (ABCBRH). O documento
foi assinado pelo vice-presidente
da Girolando, Luiz Fernando
Reis, pelo presidente da ABCZ,
Gabriel Garcia Cid, e pelo superintendente
da ABCBRH, Timotheo
Silveira. “O acordo permitirá
ao criador utilizar essa importante
ferramenta de seleção, que é o Serviço
de Controle Leiteiro, de forma
unificada e com menor custo. Um
único técnico poderá realizar o serviço
nas fazendas que selecionam
mais de uma raça, seja Girolando,
Gir Leiteiro ou Holandês, gerando
economia para os criadores e fortalecendo
a coleta de dados do controle
leiteiro em todo o país”, informa
o vice-presidente da Girolando.
A entidade já tinha esse acordo com
a ABCZ e agora passa a ter também
com a ABCBRH.
PITTY
Criador Ricardo Fernandes Silva recebe premiação
de Melhor Fêmea Jovem CCG 1/2 na Expoleite
50
51
REVISTA O GIROLANDO
CARLOS LOPES
DIVULGAÇÃO
Festa do Boi
Nos dias 8 e 9 de outubro, aconteceu
a Jornada Técnica de Girolando
durante a tradicional Festa
do Boi, em Parnamirim/RN.
As aulas teóricas e práticas foram
conduzidas pelos jurados Euclides
Prata e Tiago Ferreira. O evento é
realizado pela Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando,
em parceria com a Anorc, Núcleo
de Leite do Estado do Rio Grande
do Norte (Nuleite) e Núcleo Norte-
-Rio-Grandense de Girolando e Gir
Leiteiro.
Na pista da Festa do Boi, a
Grande Campeã 1/2 foi Raissa FIV
Montross BON Belém, do expositor
Saia Rodada Agropecuária Ltda. A
Grande Campeã 3/4 foi Eluar Magot
Shottle Montenegro, do expositor
Alexandre Carlos Mendes. A
Grande Campeã Girolando foi Camelia
da Ubaia, do expositor Patricky
Andre de Sousa Freire.
Expoagro
A 73ª Exposição Agropecuária
de Produtos e Derivados de Alagoas
(Expoagro) aconteceu de 21 a 29 de
Curso sobre a raça Girolando durante a Festa do Boi
outubro, no Parque de Exposições
José da Silva Nogueira, em Maceió/
AL. O evento registrou recorde de
público e de negócios. “A Expoagro
tem uma força excepcional na
pecuária, no agronegócio e para
o desenvolvimento de Alagoas. O
Presidente da Girolando Domício, criadores e o
deputado Arthur Lira na Expoagro
setor está numa fase brilhante, exportador
de genética e de inovação
na produção no campo. O público
compareceu e consagrou o trabalho
da cadeia produtiva do estado, que
é prestigiada nacionalmente”, afirmou
Domicio Arruda, presidente
da Associação dos Criadores de
Alagoas (entidade organizadora do
evento) e da Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando.
O presidente entregou ao governador
de Alagoas Paulo Dantas
uma homenagem pelo apoio à cadeia
produtiva do leite no estado.
A raça Girolando teve julgamento
com a participação de 92
animais. O presidente da Câmara
dos Deputados, Arthur Lira, acompanhou
a competição. A Grande
Campeã CCG 1/2 foi JGSA 3223
FIV Yoder Porteira Azul, do expositor
José Geraldo S. Almeida. A
Grande Campeã CCG 3/4 foi Doçura
Master da Santa Clara, do expositor
Jorge Luís Souza Santos. A
Grande Campeã CCG 1/4 foi Betânia
FIV Gabinete da Miraí, do expositor
Guilherme Mendes.
Expo Rio Preto
Criadores de Girolando da região
de São José do Rio Preto/SP
participaram no dia 12 de outubro,
de reunião com o diretor da
Girolando, Marcelo Real. Ele apresentou
o novo projeto da entidade
para fortalecimento dos núcleos de
criadores. O encontro aconteceu na
sede da Associação dos Produtores
de Leite - Láctea Noroeste, durante
a 60ª Expo Rio Preto e a 12ª Expolact.
A feira teve Girolando na pista,
com 126 animais. A Grande Campeã
1/2 foi Gylda FIV Shamrock FL
Santa Maria, do expositor Fernando
Antônio Lemos. A Grande Campeã
1/4 foi Aine FIV Fardo Alegre,
do expositor Nelson Ariza. A
Grande Campeã 3/4 foi 1452 Malu
Mccutchen Bac, do expositor Carlos
Alberto Luiz de Almeida, e o
Grande Campeão foi 1544 Whiskey
Brass Bac, do mesmo expositor.
A Grande Campeã Girolando foi
1398 Balada Challenger Bac, também
do expositor Carlos Alberto
Luiz de Almeida.
DIVULGAÇÃO
Governador de Alagoas Paulo Dantas recebe
homenagem da Girolando pelo apoio à cadeia
produtiva do leite
Criadores de Rio Preto e o diretor Marcelo Real
durante reunião na Expo Rio Preto
52
53
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GIROLANDO E VOCÊ
Girolando Fest
Confira alguns momentos da entrega dos melhores dos Rankings Estaduais, Nacional,
Rebanho e Circuito Megaleite que aconteceu durante o 1º Girolando Fest, no dia 17
de agosto, em Belo Horizonte/MG. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
parabeniza a todos pelas conquistas.
54
55
56
57
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GIROLANDO E VOCÊ
Vem aí a Megaleite 2024
A maior exposição da pecuária leiteira da América Latina já tem data para 2024. Será de 11 a 15 de junho, em Belo Horizonte/MG.
Enquanto o evento não chega, vamos recordar a edição 2023.
58
59
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
CRIATÓRIOS
Larissa Vieira
Girolando em terras gaúchas
A grande adaptabilidade da raça vem atraindo pecuaristas gaúchos que querem driblar as mudanças
climáticas da região e elevar a produtividade do rebanho, com mais longevidade e saúde
Assim como na origem da história
da raça Girolando, que teria surgido
por acaso quando um touro Gir invadiu
uma pastagem vizinha e cobriu vacas
Holandesas, os primeiros animais
Girolando da Fazenda das Nogueiras
também surgiram de uma casualidade.
“Em 2010, criava Holandês e Gir
Leiteiro e fiquei um período sem inseminador,
justamente quando as vacas
começaram a entrar no cio. Como não
tinha quem inseminasse, decidi colocar
o touro Gir para cobrir as vacas Holandesas.
Quando as bezerras começaram
a nascer, eram animais diferenciados e
decidi pesquisar sobre o cruzamento”,
lembra o criador José Adalmir Ribeiro
do Amaral. A propriedade fica em Caxias
do Sul, na região da Serra Gaúcha,
no Rio Grande do Sul.
Ao chegarem ao primeiro parto, os
animais CCG 1/2 HOL+ 1/2 GIR surpreenderam
novamente o produtor,
pois apresentaram boas lactações. Os
resultados levaram Amaral a investir
na formação de um plantel de Girolando
com o objetivo de produzir genética
adaptada para a região Sul. “Como estava
aspirando minhas melhores matrizes
Gir Leiteiro, decidi utilizar sêmen de excelentes
touros Holandeses nos processos
de FIV”, diz o criador.
Assim, nasceu, em novembro de
2013, a fêmea Cabocla FIV das Nogueiras,
primeira geração Girolando de
FIV da Fazenda das Nogueiras. Filha do
reprodutor Bradnick em Maab Ladeira
Jaguar, ela chamou a atenção desde que
nasceu, por sua conformação e desenvolvimento,
além de ter se sagrado por
várias vezes como Grande Campeã da
Expointer e de outras exposições do Estado.
Para Amaral, a rusticidade e a eficiência
alimentar do Girolando são pontos
importantes dentro do sistema de
produção adotado pela fazenda. “São
animais que se mantêm muito bem a
pasto em qualquer época do ano, por
serem menos exigentes que outras raças.
Estamos em uma região serrana, com
verão de temperaturas mais elevadas,
e ter animais que enfrentam bem essa
condição é fundamental para tornar
a pecuária leiteira um negócio viável”,
acredita.
Com um sistema a pasto, a fazenda
utiliza no verão pastagens melhoradas
de campo nativo, que incluiu o consórcio
com leguminosas e outras gramíneas,
como trevo-branco, trevo-vermelho
e cornichão. As vacas em lactação ainda
possuem acesso, no verão, ao capim
Sudão ou milheto. Já no inverno os animais
ficam em pastagem de azevém e
aveia, consorciado com trevo-branco.
A fazenda trabalha com rotação de
pastagem, seguindo o sistema Voisin,
que prevê um tempo de permanência
do gado no piquete curto o suficiente
para que a pastagem não seja pastoreada
mais de uma vez no mesmo período
de ocupação. São cerca de 20 piquetes,
com os lotes pastoreando algumas horas
pela manhã e pela tarde ao longo de um
dia. Nas horas em que não estão no piquete,
os animais ficam em uma área de
descanso, com sombra, bebedouro, para
que tenham todo o conforto ambiental.
Genética avaliada - A Fazenda das
Nogueiras conta atualmente com cerca
de 150 animais, entre Girolando e
Gir Leiteiro. Primeiro rebanho do Rio
Grande do Sul a integrar o Programa de
Melhoramento Genético da Raça Girolando
(PMGG), participa do Serviço de
Controle Leiteiro. No Ranking Rebanho
2022, alcançou o 1º lugar na categoria
“Menor média de idade ao primeiro
parto”, na classe 10-50 animais. “Essa
60
NATHÃ CARVALHO
Criador José Adalmir Ribeiro
conquista reforça o nosso compromisso
da busca por animais cada vez mais produtivos
e eficientes para os sistemas de
produção predominantes na região Sul
do País”, reforça Amaral. Segundo ele, a
propriedade vem selecionando exemplares
da raça em suas diferentes composições
raciais, explorando sua maior
virtude, que é a versatilidade.
No Relatório de Lactações Encerradas
do Serviço de Controle Leiteiro,
período de abril a agosto de 2023, a
propriedade registrou lactações, em 305
dias, entre 3563,01kg e 7586,94kg, variando
conforme a composição racial.
Cabocla FIV das Nogueiras ultrapassou
14 mil kg/leite em uma das lactações
oficiais.
Adaptabilidade ajuda a enfrentar
problemas com parasitas
De acordo com o zootecnista e gerente
executivo do Núcleo Gaúcho de
Criadores de Gir Leiteiro e Girolando,
Nathã Carvalho, a raça vem provando
ser funcional para as condições ambientais
do Rio Grande do Sul. “Em uma
atividade em que o custo de produção é
cada vez mais elevado, como é o caso da
pecuária leiteira, esse tipo de animal é
fundamental. O Girolando agrega valor
produtivo, permitindo que os produtores
alcancem boas médias de produção
de leite”, acrescenta o zootecnista.
A rusticidade da raça é outro ponto
favorável para o Estado, que conta com
verão de temperaturas mais elevadas,
dependendo da região, e enfrenta problemas
com ectoparasitas. Segundo
a Secretaria Estadual da Agricultura,
Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação,
as estimativas apontam um pre-
A ENERGIA
QUE O SEU
REBANHO
PRECISA
Potencializa o desempenho
e energia com vitaminas,
aminoácidos e minerais.
labovetbrasil
61
REVISTA O GIROLANDO
NATHÃ CARVALHO
juízo de cerca de R$300 milhões ao ano
no Estado, devido aos custos com controle
de carrapato bovino e as perdas na
produção. “Por ser mais rústica, a raça
Girolando tem muito mais saúde e resistência
a carrapatos, reduzindo consideravelmente
os custos com medicamentos
nas fazendas que estão investindo
na raça. Sem falar na longevidade dos
animais, o que também impacta positivamente
a rentabilidade do negócio”,
destaca Nathã.
No caso da Fazenda das Nogueiras, o
zootecnista esclarece que a taxa de descarte
caiu consideravelmente. “Antes,
o rebanho tinha muitos problemas de
saúde; hoje não tem mais isso. Em dez
anos selecionando Girolando, nunca
descartou um animal por baixa produção
ou por problemas de saúde relacionados
a distúrbios metabólicos, comuns
na atividade leiteira, ou por baixa condição
corporal”, informa. Segundo ele, há
um rigor na seleção em relação ao sistema
mamário, focando em bons úberes e
tetos menores.
O técnico da Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando, Marcello
Cembranelli, que atende os associados
do Estado, reforça que a versatilidade da
raça a torna ideal para a pecuária local.
“Como o Rio Grande do Sul vem registrando
um aumento de temperatura,
com invernos não tão rigorosos quanto
antes, e esse aumento da incidência de
carrapato, o Girolando permite ao produtor
colocar mais rusticidade em seus
rebanhos para passarem bem por essa
mudança climática”, diz Cembranelli.
Segundo Nathã Carvalho, o desafio
Professor do Instituto Federal Farroupilha Emmanuel
Veiga e a vaca Brisa
climático do estado não tem sido somente
em relação ao aumento expressivo
da temperatura e dos ectoparasitas.
“Os verões são acompanhados de estiagens
severas, com muita falta de chuva
por vários dias, e a pecuária leiteira tem
sido a atividade que mais sofre com isso.
Isso reforça a importância de trabalhar
com animais mais rústicos e adaptados
a sistemas mais baratos de produção,
que dependam menos de alimentos
concentrados”, alerta Carvalho.
Todas as composições raciais da
raça Girolando vêm registrando bom
desempenho na região e a escolha do
criador deve levar em conta seu sistema
de produção e objetivos a serem alcançados.
“Quem trabalha com compost
barn, sistema muito utilizado no Sul,
uma opção interessante é trabalhar com
animais CCG 3/4 HOL + 1/4 GIR. Apesar
de terem um pouco mais de genética
Holandesa, ou seja, são mais exigentes
em termos nutricionais, eles continuam
apresentando grande adaptabilidade,
garantindo alta produção, mas com
muita saúde”, orienta.
Pesquisas- No Instituto Federal
Farroupilha Campus Alegrete, na
Fronteira-Oeste do Rio Grande do Sul,
a opção foi por animais CCG 1/2 para
a formação do rebanho Girolando. “A
raça foi introduzida no rebanho da entidade
devido ao tipo de sistema que desenvolve,
que é basicamente a pasto. Os
animais se mostraram excepcionais e ultrapassaram
os limites de produção que
tínhamos alcançado com outras raças
exploradas no Instituto”, lembra o médico-veterinário
e doutor em Zootecnia,
Emmanuel Veiga de Camargo, que é
professor de Bovinocultura de Leite do
curso de Zootecnia da entidade.
Por lá, uma vaca vem chamando a
atenção por seu alto desempenho. A
matriz IFFAR Brisa Ivete Snowrush 003,
que é da composição CCG 1/2, atingiu
60kg/leite em seu pico de lactação, dentro
do regime a pasto, com o reforço de
concentrado de 8kg/dia. Fruto de parceria
com a Fazenda das Nogueiras, e
oriunda de FIV, ela está em seu quinto
parto e agora registra média de 44kg/
dia, com 7 meses de lactação, sendo o
mesmo sistema de produção. “Os estudos
com a raça vão continuar com o
objetivo de gerar informações relevantes
para os produtores do Estado”, atesta o
professor Emmanuel, que também desempenha
a função de coordenador do
Grupo de Pesquisa e Extensão em Ruminantes
e do Laboratório de Ensino,
Pesquisa, Extensão e Produção de Bovinos
de Leite.
José Adalmir, presidente Domício, técnico Marcello e o diretor
Marcelo Real durante premiação na Expointer 2023
NATHÃ CARVALHO
62
63
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
MERCADO
BERRANTE COMUNICAÇÃO
Agro Reserva celebra dois anos de sucesso e parcerias
Mais de 2.200 animais já foram comercializados desde a criação da plataforma
Equipe do Agro Reserva
No dia 19 de agosto foi realizado um
grande evento em comemoração aos dois
anos da Agro Reserva, a plataforma desenvolvida
pela Berrante, para comercialização
de animais de alto valor genético. Representantes
de empresas e fazendas parceiras estiveram
presentes e reforçaram a importância
da Agro Reserva em seus negócios: Fazenda
Mutum, Fazenda Santa Luzia, Vila Rica,
Fazenda Bacuri, GBF, Carranca, Girolando
LLA, Grupo Monte Azul, Fazenda Bacuri,
Fazenda São José, Aldeia BCA, Sítio Monte
Alegre, Algar Farming, Procriare Genética,
Troncos Triângulo, Sementes Stella, Grupo
AMB, Avelar Energia, Sicoob, Matsuda, Cotrial,
Audi, CRV, GBF Global, Genex e Inovati
Energia Solar.
“O modelo que existia no mercado era
muito complicado para quem produz, para
quem vende o produto. A comissão de oito
por cento, quando você compra, muitas
vezes inviabiliza, então consideramos que a
Agro Reserva trouxe um patamar diferente,
em que a pessoa que compra não tem que
pagar comissão, é um projeto muito interessante,
principalmente para o produtor. Eu,
como consumidor da Agro Reserva, achei
muito boa essa plataforma. Quando o Gustavo
me apresentou o modelo, vi que era tudo
o que o mercado estava precisando”, afirmou
Luiz Eduardo Branquinho, da Estância K.
O encontro aconteceu no Berrante Ranch,
em momentos de confraternização e
networking, conectando grandes nomes do
agronegócio.
“Estamos aqui em comemoração pelos
dois anos da Agro Reserva, essa inovação no
agronegócio brasileiro, uma modalidade diferente,
uma plataforma de comercialização
que conseguiu reunir várias fazendas importantes
do Brasil, com a melhor oferta de genética
disponível, onde o comprador faz os
negócios de casa, sem pagar comissão, com
preço fixo, com custo-benefício muito bom.
A Agro Reserva inovou o mercado nacional,
e a Fazenda Mutum não poderia deixar de
participar”, ponderou Bruno Machado, da
Fazenda Mutum.
Paixão pela pecuária e respeito pelos
clientes
A Agro Reserva foi criada com o objetivo
de democratizar a comercialização de animais
de alto valor genético através de uma
plataforma digital com serviços humanizados,
de maneira justa, segura e rentável para
quem compra, vende e anuncia, prezando
sempre pela transparência nas relações.
“Os hábitos de consumo de toda a sociedade
vêm sofrendo vertiginosa transformação.
Quem nunca comprou um produto on-
-line? A Agro Reserva se propõe a ser uma
plataforma digital, segura e confiável, que
atua vendendo animais de alto valor genético.
Caminhamos lado a lado com as fazendas
vendedoras, com muita seriedade nas
avaliações de crédito e acompanhamento da
venda de ponta a ponta. Para quem compra,
entregamos, além de animais da prateleira
de cima, de projetos consistentes de melhoramento
genético, um atendimento personalizado,
feito por uma equipe técnica que
quer entender a necessidade do cliente para
indicar o melhor negócio”, comentou Gustavo
Ribeiro, fundador da plataforma.
O produtor de leite e selecionador de
Gir Leiteiro e Girolando, Antônio Augusto
Costa, da Fazenda Carranca, destacou os
resultados apresentados pela Agro Reserva.
“Temos acompanhado desde o início a Agro
Reserva e vimos que o exemplo dela trouxe
várias possibilidades para o mercado. Vários
amigos começaram a comercializar, tiveram
êxito no negócio e, quando nos aproximamos,
vimos o profissionalismo da equipe
que aproxima os vendedores dos compradores.
Isso nos deu tranquilidade e estamos
muito satisfeitos e esperançosos com os resultados
que a Agro Reserva está nos trazendo”,
ressaltou Costa.
A Agro Reserva conta com uma equipe
altamente preparada e alinhada ao mercado,
com conhecimento técnico e amor pela pecuária,
o que faz toda a diferença no resultado
final das negociações.
“A Agro Reserva é inovadora, há dois
anos, a partir de um sonho do Gustavo,
que já vinha querendo fazer algo diferente
– e conseguiu fazer –, uma plataforma com
preço fixo, estilo shopping, as pessoas têm
condição de analisar um pouco mais, estudar
um pouco mais para fazer compras mais
objetivas, mais assertivas para o projeto de
cada uma. Quando o Gustavo nos chamou
para fazermos parte disso, acreditamos nesse
processo”, destacou Davi Roberto, da Boi
Assessoria.
Desde que foi criada, a plataforma já
permitiu a comercialização de mais de 2.200
animais, em 65 Reservas realizadas, envolvendo
os maiores criatórios do País. Uma
história de sucesso e credibilidade, que continua
sendo escrita com muito trabalho e
dedicação.
64
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
MERCADO
Maior software de gestão de rebanhos leiteiros chega
ao Brasil
Alta e Genex apresentam o DairyComp, reconhecido mundialmente como padrão ouro
Criado por dois médicos-veterinários,
nos Estados Unidos, o maior software
de gestão de rebanhos leiteiros,
DairyComp, acaba de ser lançado no
Brasil pela empresa Valley Agricultural
Software (VAS). Apresentado pelo gerente
de operações da VAS Brasil, Tiago
Ferreira, o produto será comercializado
por intermédio das centrais Alta Genetics
e Genex, que pertencem ao mesmo
grupo da empresa de tecnologia agropecuária,
o Grupo URUS. “A sensibilidade
de traduzir em indicadores para tomada
de decisão o que acontece no dia a dia
é uma especialidade dos softwares da
VAS. Isso só se faz com conceitos bem
estruturados que realmente mostram
um indicador confiável que vai refletir
a realidade. Além de ferramentas exclusivas
para gerenciar pessoas e ajudar
a visualizar a lista de tarefas do dia, semana
e mês. Com isso o planejamento
da atividade fica muito mais fácil”, complementa
Tiago Ferreira, que também é
gerente técnico de Leite da Alta.
Considerado o padrão ouro em programas
de gestão de rebanho em todo
o mundo, o DairyComp305 existe há 40
anos, está presente em 52 países e possui
mais de 15 milhões de animais cadastrados
no programa. Além disso, mais
de 63% das fazendas leiteiras norte-
-americanas utilizam o programa como
o software de gestão dos seus rebanhos.
Hoje, a ferramenta também conta com
integrações com mais de 40 parceiros internacionais,
como as interfaces com os
softwares de ordenha da DeLaval, GEA,
Lely e Boumatic. Com o DairyComp é
possível ter todas essas informações disponíveis
em apenas um programa, otimizando
o trabalho no campo.
Pioneira no Brasil, a Fazenda Colorado
utiliza o programa há nove anos.
Considerada a maior produtora de leite
no País, e parceira da Alta, a propriedade
possui todos os sistemas integrados
ao software. “A Fazenda Colorado já utiliza
o DairyComp há mais de nove anos
e, mesmo distante, nós não ficamos um
só dia sem processar o programa. Esta é
a grande vantagem do DairyComp: ele
vive dentro da fazenda. Ele transmite
para as pessoas que estão lá dentro, uma
confiança de que realmente pode impactar
diretamente no resultado do seu
negócio”, comenta o gestor da Fazenda
Colorado, Sérgio Soriano.
O programa chega ao Brasil para
auxiliar os produtores de leite na tomada
de decisão. O País segue a tendência
mundial de redução do número total de
vacas e de produtores, mas com crescimento
dos rebanhos eficientes e aumento
da produção de leite por vaca. “A
chegada da VAS ao Brasil, com o DairyComp
e MYDC, promete uma revolução
na pecuária leiteira nacional. Isso
nos permitirá comparar nossos dados
reprodutivos e produtivos com os melhores
rebanhos do mundo, enquanto as
avançadas funcionalidades desses programas
para geração de relatórios detalhados
nos capacitarão a tomar decisões
estratégicas e precisas. Desde o anúncio
da chegada da VAS já temos clientes que
estão usando os programas. Pesquisas
revelam que menos de 10% das fazendas
leiteiras do País utilizam software de
gerenciamento, o que indica um vasto
mercado a ser explorado, sempre com
o objetivo de aumentar a eficiência e a
produtividade dos rebanhos dos produtores
de leite”, finaliza a especialista em
Desenvolvimento de Produtos de Leite
da Genex, Mariana Sayeg.
65
GIROLANDO KIDS
Heloísa, neta do criador de Rondônia, Edmar
Associado Lucas Carvalho Pereira com a filha Maria Luiza na
Expoagro 2023
Isabelly e Samuel do Girolando WSI Fazenda Capoeirão
Theo e Dora de Melo Martin - Leiteria Nata do Leite
José Pedro Machado, Fazenda Pavana, Perdizes-MG
Quer ver a foto do seu filho na revista Girolando? Envie a foto junto com o nome da criança e da
propriedade para o e-mail imprensa@girolando.com.br
6466
REVISTA O GIROLANDO
NOVOS ASSOCIADOS
ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO
SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES JULHO, AGOSTO E SETEMBRO
Nº CRIADOR MUNÍCIPIO
10908
10967
10981
10898
10989
10980
10943
10917
10954
10913
10906
10961
10948
10968
10996
10899
10950
10949
10971
10910
10963
10958
10907
10945
10985
10938
10987
10920
10979
10909
10911
10988
10960
10914
10956
10921
10912
10923
10986
10924
11001
10966
10957
10935
10942
10959
ADOLFO BATISTA CARNEIRO
ADRIANO DE SOUZA PAIVA FERNANDES
AGOSTINHO PAZ DE LIRA NETO
AGRO RAINHA MARIPÁ
ALAÉRCIO BORGES PIRES DE ARAÚJO
ALVOAR LÁCTEOS S/A
ANTÔNIO AUGUSTO SILVA BRITO
ANTONIO TAVARES SANTIAGO
BENÍCIO ALVES BARBOSA
CHRISTOVAM DA SILVA LEMOS FILHO
CLAÚDIO ANTÔNIO LEAL
CLEMENTE ALVES DE BRITO JÚNIOR
CRISTIANO DA SILVA OLIVEIRA
DANIEL BATISTA SOARES
DANIELLE FERRARI ANDREU
DANILO ARAÚJO SIQUEIRA FIGUEIREDO
DIEGO TEIXEIRA SILVA DE JESUS
DILMÁRIO DE ARAÚJO MACHADO
DUÍLIO ROGÉRIO DE MENDONÇA
EDGARD DE SOUZA JÚNIOR
EDUARDO ELIAS SILVA
ELIANA GASPARINI TESTA
FÁBIO MEDEIROS DOS SANTOS
FERNANDO BIZINOTTO CINTRA
FERNANDO FÁBIO APOLINÁRIO BRAGA
FIORAVANTE CYPRIANO NETO
FLÁVIO AMARO DA SILVA
GERALDO AUGUSTO MARTINS TEIXEIRA
GERALDO VIEIRA MAIA
GERVANIO MENDES MIRANDA
GLAUBER VITOR DE ARAÚJO
GUILHERME MESSIAS SILVA
GUSTAVO BAHIA VASCONCELOS
GUSTAVO DRUMOND DE OLIVEIRA RAMOS
HAMILTOM FÁBIO LISBOA ALVES
HENRIQUE LOPES CARVALHO
HUGO NEIVA COSTA
HUGO TADEU DE CARVALHO ROCHA
ILACIR PEREIRA DE AMORIM
INST.FEDERAL FLUMINENSE - CAMPUS BOM JESUS DO ITABAPOANA
IVAN CHEQUER JORGE FILHO
IVAN JOSÉ LOPES E OUTRO - CONDOMÍNIO
IVANDI BRILHANTE DE ARAÚJO JÚNIOR
JAIME DA SILVA DE SANTANA
JAMIL FRANKLIN HOSKEN GUEDES/JAMIL GUEDES FILHO
JARBAS DE SOUZA LIMA
PRESIDENTE:
Domicio José Gregório Arruda Silva
VICE-PRESIDENTE:
Luiz Fernando Reis
1º. DIRETOR ADMINISTRATIVO:
Marcos Amaral Teixeira
2º. DIRETOR ADMINISTRATIVO:
Rubens Balieiro De Souza
1º. DIRETOR FINANCEIRO:
José Antônio Da Silva Clemente
2º. DIRETOR FINANCEIRO:
Luiz Cláudio Bastos De Moura
DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS:
Alexandre Lopes Lacerda
AL - ALESSANDRO TEIXEIRA COSTA
AL - ANDRÉ GAMA RAMALHO
AL - JOÃO PAULO BRANDÃO DO AMARAL
AM - ILDO LUCIO GARDINGO
AM - MUNI LOURENÇO SILVA JÚNIOR
BA - CLÁUDIO MICUCCI VAZ ALMEIDA
BA - DIRLEIA SANTOS MEIRA
BA - FABRICIO LIMA COSTA
BA - FRANCISCO PELTIER DE QUEIROZ FILHO
BA - MARINALDO DA SILVA ROCHA
BA - VALDEMIR ACÁCIO OSÓRIO
CE - EDUARDO FELICIO CALOU RODRIGUES COSTA
CE - RAFAEL CARNEIRO DA SILVEIRA
ES - JOSÉ LUIZ VIVAS
ES - RODRIGO JOSÉ GONÇALVES MONTEIRO
ES - WEVERTON MACHADO BASTOS
GO - DIEGO HILARIO RIBEIRO
GO - JOÃO DOMINGOS GOMES DOS SANTOS
GO - LÉO MACHADO FERREIRA
GO - LUIZ EDUARDO BRANQUINHO
MA - JOELDO OLIVEIRA LIMA
MG - CLEITON GONZAGA CASTILHO
MG - EUTÁLIO MARCIO DA SILVA
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP
UBERLÂNDIA - MG
GUANAMBI - BA
MARIPÁ DE MINAS - MG
CAJURU - SP
LAGOA DA PRATA - MG
CRATO - CE
PORTO VELHO - RO
FRUTAL - MG
CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ
VITÓRIA - ES
ITACOATIARA - AM
PRESIDENTE PRUDENTE - SP
SALTO DO CÉU - MT
VOTUPORANGA - SP
VARGEM GRANDE PAULISTA-SP
PITANGUI - MG
SÃO DOMINGOS - BA
PASSOS - MG
MOGI MIRIM - SP
ITAPAGIPE - MG
IBIRAÇU - ES
LEOPOLDINA - MG
SACRAMENTO - MG
BURITIS - MG
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES
CARUARU - PE
BELO HORIZONTE - MG
PASSOS - MG
ENGENHEIRO CALDAS - MG
VARGINHA - MG
SÃO PAULO - SP
SETE LAGOAS - MG
NOVA LIMA - MG
LOGRADOURO - PB
ANÁPOLIS - GO
GOIÂNIA - GO
MONTES CLAROS - MG
SETE LAGOAS - MG
BOM JESUS DO ITABAPOANA - RJ
ITAPERUNA - RJ
LAGOA DA PRATA - MG
ARACAJU - SE
BANZAE - BA
DIVINO DE SÃO LOURENÇO - ES
GOVERNADOR VALADARES - MG
Nº CRIADOR MUNÍCIPIO
10918
10933
10944
10932
10928
10929
11003
10970
10902
10937
10919
10925
10926
10900
10983
10905
10901
10992
10934
10922
10904
10939
10897
10916
10953
10965
10915
11005
10995
10964
10978
10940
11004
11000
10951
10930
10927
9902
10941
10984
10993
10955
10952
10903
10969
JÉSSICA GONÇALVES DE GOUVEIA
JOÃO HENRIQUE TORRES
JOÃO VALÉRIO FILHO
JOSÉ EPAMINONDAS TEIXEIRA DOS SANTOS
JOSÉ NILDO DOS SANTOS
JOSÉ NILTON CARNEIRO MORAIS
JOSÉ RONALDO NOGUEIRA
JOSEILDO ALEXANDRE DA SILVA
JÚLIA GRASIELA DA SILVA PEREIRA
JULIANO CARVALHO BARBOSA
LUIS HENRIQUE VIEIRA DOMINGUES
LUIZ CARLOS FRANÇA DE MELO
LUIZ EDUARDO PAIVA DE CARVALHO
LUIZ SEVERIANO PASCOAL DE CARVALHO
MARCELL SILVA GOMES
MACIEL DALISON DE MEDEIROS
MARCO ANTÔNIO GOMES
MARCO VINÍCIO DE PAULA COUTO
MARIA VITÓRIA DOS SANTOS
MAYARA ALMEIDA BARRETO PEREIRA
MURILO LEITE CARVALHO FURTADO
OUTEIRO PINTO AGROPECUÁRIA E CONSTRUÇÃO LTDA
PAULO HENRIQUE DE FREITAS
PEDRO STRAUCH BARBOSA LIMA
PREFEITURA MUNICIPAL DE CONCEIÇÃO DAS ALAGOAS
REINALDO JOSÉ ZUCATELLI
RENAN RAMALHO BAGANHA
RENATA KAROLINNY ALVES DOS SANTOS
RICARDO AUGUSTO SOARES DE LACERDA
RICARDO DE ANDRADE GOUVEIA
RICARDO FARIA PESSANHA
ROBSON FERREIRA ADRIANO DE MARCHI E OUTRO
RODRIGO DUARTE LAGE E OUTROS CONDOMÍNIOS
RODRIGO PRATA FREITAS
RUBENS DE FARIA REZENDE
SIMONIA MARIA APARECIDA DE LIMA
TARCÍSIO OLIVEIRA BARRETO
TIAGO RODRIGUES AZENHA
VANDEILTON SUCUPIRA FRANCELINO
VILSON GOMES DE BRITO
WALTON CARDOSO LIMA JUNIOR
WESLEY MACIO GONÇALVES MACIEL
WILHIS BARBOZA NASCIMENTO
WILLIAN DE PAULA SILVA
WILSON DO PRADO
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Triênio 2023 / 2025
Conselho de Representantes Estaduais:
MG - EVANDRO DO CARMO GUIMARÃES
MG - GUILHERME MENDES RODRIGUES
MG - GUSTAVO FREDERICO BURGER AGUIAR
MG - JOÃO DÁRIO RIBEIRO
MG - JOÃO MACHADO PRATA JÚNIOR
MG - JOSÉ COELHO DA ROCHA
MG - JOSÉ HUMBERTO RESENDE
MG - LUCIANO PAIVA NOGUEIRA
MG - MARCELO ZUCULIN JUNIOR
MG - MARIA CRISTINA ALVES GARCIA
MG - OTAVIO PEREIRA DOS SANTOS NETO
MG - RENATO MIGLIO MARTIN
MG - ROBERTO MARTINS DE ANDRADE
MG - ROBERTO MARTINS VILLELA
MG - RODRIGO LAUAR LIGNANI
MG - SÉRGIO REIS PEIXOTO
MG - TÚLIO SERTÃ JUNQUEIRA
MG - VITOR CEZAR VELLOZO
MS - EDUARDO FOLLEY COELHO
MS - FÁBIO TAVEIRA SANDIM
MS - FRANCISCO DE PAULA RIBEIRO JR.
MS - GUSTAVO HENRIQUE PANUCCI DA SILVA
MS - PAULO CÉSAR DONINHO PELLEGRINI
DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO:
José Renato Chiari
DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS:
Tatiane Almeida Drummond Tetzner
DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS:
Marcelo Renck Real
CONSELHO FISCAL
Afonso Celso de Resende
Alexandre Honorato
José Luiz Zago
SUPLENTES CONSELHO FISCAL
Alexandre Gondim da Rosa Oiticica
Henrique Vieira da Rocha
Márcio Eugênio Leite de Castro
MS - REINALDO VILELA DE MOURA LEITE
MS - RENATO PRADO MEDRADO
MS - THIAGO BARROS XAVIER
MS - THIAGO NOGUEIRA LEMOS
MT - LUCIANO FERRARI
PA - ADELINO JUNQUEIRA FRANCO NETO
PB - WAERSON JOSÉ SOUZA
PE - CRISTIANO NÓBREGA MALTA
PI - HERMÓGENES ALMEIDA DE SANTANA JÚNIOR
PI - JOSÉ GOMES DO AMARAL NETO
RJ - ANDRÉ GUSTAVO VASCONCELLOS MONTEIRO
RJ - JEAN VIC MESABARBA
RJ - JOSÉ GABRIEL DE SOUZA MACHADO
RJ - LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
RN - AÉCIO PINHEIRO FERNANDES
RN - ALEXANDRE CARLOS MENDES
RN - MANOEL MONTENEGRO NETO
RN - RICARDO JOSÉ RORIZ DA ROCHA
RO - DARCY AFONSO DA SILVA NETO
RO - GILBERTO ASSIS MIRANDA
RO - OTAYR COSTA FILHO
RS - JAIRO ANDRE GORCZEVSKI
RS - JOSÉ ADALMIR RIBEIRO DO AMARAL
MONTE ALEGRE DE MINAS - MG
AVANHANDAVA - SP
VIRGOLÂNDIA - MG
MACEIÓ - AL
PEDRO ALEXANDRE - BA
RETIROLÂNDIA - BA
ANDRELÂNDIA - MG
POÇO REDONDO - SE
GUARANTÃ - SP
SANTA RITA DE CALDAS - MG
UBERLÂNDIA - MG
MACEIÓ - AL
CRISTINA - MG
BODOCÓ - PE
FEIRA DE SANTANA - BA
ASSÚ - RN
ESPERA FELIZ - MG
GOIÂNIA - GO
AVANHANDAVA - SP
NOSSA SENHORA DO SOCORRO - SE
GOIÂNIA - GO
BAURU - SP
PORTO DA FOLHA - SE
RIO DE JANEIRO - RJ
CONCEIÇÃO DAS ALAGOAS - MG
MARABÁ - PA
ALÉM PARAÍBA - MG
DOM AQUINO - MT
BOM DESPACHO - MG
ITUIUTABA - MG
ITALVA - RJ
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP
SANTA MARIA DE ITABIRA - MG
UBERABA - MG
BELO HORIZONTE - MG
ALPERCATA - MG
MONTE SANTO - BA
ARANDU - SP
IGUATU - CE
SÃO JOÃO BATISTA DO GLÓRIA - MG
GOVERNADOR VALADARES - MG
MONTES CLAROS - MG
SÃO FRANCISCO - SE
PATROCÍNIO - MG
CAMPO GRANDE - MS
CONSELHO CONSULTIVO
Bernardo Sousa Lima Mattos de Paiva
Everardo Leonel Hostalacio
Olavo de Resende Barros Júnior
Paulo Cruz Martins Junqueira
Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro
SUPLENTES CONSELHO CONSULTIVO
Alexandre Freitas dos Santos
Arildo Benetti Ferreira
Aurora Trefzger Cinato Real
Nelson Ariza
Ronaldo de Souza Queiroz
SE - CARLOS AUGUSTO SANTOS DA PAIXÃO
SE - FÚLVIO BRENO DE OLIVEIRA LIMA
SE - JOÃO BOSCO MACHADO
SE - LAFAYETTE FRANCO SOBRAL
SE - MARCIANO MACHADO DE ANDRADE JÚNIOR
SP - ALEXANDRE PEREIRA DA COSTA
SP - CARLOS ADALBERTO RODRIGUES
SP - FRUCTUOSO ROBERTO DE LIMA FILHO
SP - JOÃO PEDRO AYRES NEVES DE AZEVEDO
SP - RAUL DE OLIVEIRA ANDRADE NETO
SP - RUBENS APARECIDO CÂMARA JÚNIOR
TO - NAPOLEÃO MACHADO PRATA
CONSELHO DELIBERATIVO TÉCNICO - CDT
Presidente do CDT: Edivaldo Ferreira Júnior
Membro Natos: Márcia Tereza Vieira Scarpati e Leandro de
Carvalho Paiva
Membro Efetivos: José Renato Chiari, Gustavo Sousa
Gonçalves, Tiago Moraes Ferreira, Marcello Mamedes
dos Santos, Maurício Silveira Coelho, Olavo de Resende
Barros Júnior, Adriano Fróes Bicalho e Cláudio André da
Cruz Aragon.
67
FALE CONOSCO
Nome Cargo/Profissão Telefone Email Cidade/UF
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
Depto. Financeiro / ADM / MKT
Dúvidas / Reclamações: faleconosco@girolando.com.br
SUPERINTENDÊNCIA TÉCNICA E PMGG
EQUIPE DE CONSULTORES TÉCNICOS DO SRGRG
ADT
Assessoria de Imprensa
Assessoria Executiva da Diretoria
Bottons
Cobrança
Compras
Contabilidade
Contas a pagar
Controle Leiteiro
Departamento do Colégio de Jurados
DNA
Faturamento
Genealogia
Gerência de Projetos
Grife
Marketing
PMGG / Teste de Progênie
Protocolo
Recursos Humanos
Reprodutivo
Secretaria Executiva da Diretoria
Secretaria Executiva do Departamento Técnico
Superintendência Administrativa e Financeira
Superintendência de Tecnologia da Informação
Web Girolando
Leandro de Carvalho Paiva
Edivaldo Ferreira Júnior
Frederico Eduardo Martins de Paiva
José Wagner Borges Júnior
Mariana D’Angelo Moreno
Nathália Espanhol
Yasmine Micaella Lopes Loubach e Silva
André Nogueira Junqueira
Antônio Carlos Alves Brum
Ariana de Miranda Barros
Breno de Morais Cavalcanti
César Júnior Santos Dellatesta
Cléssio José Gomes Moreira
Dagmar Aparecido Rezende Ferreira
Diogo Balderramas Hulpan Pereira
Érico Maisano Ribeiro
Euclides Prata dos Santos Neto
Fabiano Samuel Balistieri
Fernando Boaventura Oliveira
Gabriel Khoury da Costa
George Abreu Filho
Geraldo Victor Rodrigues
Gilmar Sartori Júnior
José Renes da Silva
Juscelino Alves Ferreira
Katilene Lima Moraes
Leandro Rodello
Limírio Cézar Bizinotto
Lívia Tavares da Silva
Marcello de Aguiar R. Cembranelli
Maurício Bueno Venâncio Silva
Nilton Cézar Barcelos Júnior
Pétros Camara Medeiros
Raphael Henrique Machado Stacanelli
Samuel Silva Bastos
Thiago Cavalcanti de Almeida
Wewerton Bibiano Resende Rodrigues
Willian de Oliveira Santos
Superintendente Técnico - Zootecnista
Sup. Técnico Suplente e Coord. Técnico PMGG - Zootecnista
Técnico PMGG e Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Técnico PMGG e Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Técnica PMGG e Inspetora Técnica SRGRG - Zootecnista
Técnica PMGG - Zootecnista
Técnica PMGG e Inspetora Técnica SRGRG - Méd. Veterinária
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetora Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetora Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetora Técnico SRGRG - Méd. Veterinária
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista
Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário
Telefone: (34) 3331-6000 Site: www.girolando.com.br E-mail: girolando@girolando.com.br
(34) 99108-1925
(34) 99113-2315 / 99686-3813
(34) 99159-3213
(34) 98823-8267 / 99971-4367
(34) 99290-4950
(34) 3331-6000
(34) 99868-3228
(37) 99964-8872 / (31) 99413-3808
(33) 99905-6480
(94) 99154-0569
(79) 99988-3326 / 99125-1393
(65) 99986-2926
(88) 99608-4982 / 99272-5788
(67) 99679-3440
(61) 99853-1020
(28) 99939-1501
(34) 99972-3965
(66) 99995-5985
(34) 99248-0302
(75) 99981-0581 / (34) 99284-0581
(89) 99904-6484
(38) 99168-7566
(43) 9972-7576
(34) 99972-7882 / 99113-9613
(34) 99978-2237
(64) 99600-1814
(14) 99754-7595
(34) 99972-2820
(92) 99139-7097
(34) 98851-2831 / (51) 98047-7565
(65) 9920-2004
(34) 98403-7452 / (17) 99656-3380
(31) 97512-3456
(37) 99919-7808 / (34) 99969-1517
(12) 99606-5779 / 98120-0879
(81) 99945-6439
(32) 99979-6419 / 99105-8015
(69) 99277-9115
adt@girolando.com.br
imprensa@girolando.com.br
jmauad@girolando.com.br
bottons@girolando.com.br
cobranca@girolando.com.br
compras@girolando.com.br
contabilidade@girolando.com.br
contas@girolando.com.br
scl@girolando.com.br
cjrg@girolando.com.br
dna@girolando.com.br
faturamento@girolando.com.br
genealogia@girolando.com.br
projetos@girolando.com.br
grife@girolando.com.br
marketing@girolando.com.br
pmgg@girolando.com.br
protocolo@girolando.com.br
rh@girolando.com.br
reprodutivo@girolando.com.br
diretoria@girolando.com.br
cjrg@girolando.com.br
sup.administrativo@girolando.com.br
sup.tic@girolando.com.br
duvidasweb@girolando.com.br
sup.tecnico@girolando.com.br
ejunior@girolando.com.br
fmartins@girolando.com.br
jowagner@girolando.com.br
mmoreno@girolando.com.br
nespanhol@girolando.com.br
yloubach@girolando.com.br
anjcativo@hotmail.com
acarlosbrum@gmail.com
aryana.barros@hotmail.com
br_cavalcanti@yahoo.com.br
juniorcsd@hotmail.com
clessiomoreira@hotmail.com
dagmarezende@hotmail.com
d.balderramas@yahoo.com.br
eribeiro@girolando.com.br
eneto@girolando.com.br
balistieri@gmail.com
fboaventura@girolando.com.br
gabriel.khoury@hotmail.com
georgeabreu16@hotmail.com
geraldozootecnista@hotmail.com
gilmar@mamelle.com.br
jsilva@girolando.com.br
jferreira@girolando.com.br
katilene103@hotmail.com
inreproconsultoriapec@gmail.com
lbizinotto@girolando.com.br
liviatavares50@hotmail.com
marcreproducao@bol.com.br
mvenancio@girolando.com.br
nbarcelos@girolando.com.br
pmedeiros@girolando.com.br
rstacanelli@girolando.com.br
sbastos@girolando.com.br
talmeida@girolando.com.br
mais_genetica@yahoo.com.br
willianvet2009@hotmail.com
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Oliveira/MG
Manhuaçú/MG
Redenção/PA
Aracaju/SE
Juscimeira/MT
Fortaleza/CE
Campo Grande/MS
Brasília/DF
Guaçuí/ES
Uberaba/MG
Tapurah/MT
Uberaba/MG
Feira de Santana/BA
Corrente/PI
Montes Claros/MG
Arapongas/PR
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Jataí/GO
Araguaína/TO
Uberaba/MG
Manaus/AM
Santa Cruz do Sul /RS
Cuiabá/MT
São José Rio Preto/SP
Belo Horizonte/MG
Oliveira/MG
Jacareí/SP
Recife/PE
Divino de São Lourenço/ES
Ji-Paraná/RO
68 66
69
70