Revista Girolando edição131 jul/ago/set 2022
Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando
Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando
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REVISTA O GIROLANDO
MENSAGEM DA DIRETORIA
Odilon de Rezende Barbosa Filho
PRESIDENTE
Eugênio Deliberato Filho
VICE-PRESIDENTE
Marcos Amaral Teixeira
1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO
Márcio Luís Mendonça Alvim
2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO
José Antônio da Silva Clemente
1º. DIRETOR-FINANCEIRO
Luiz Fernando Reis
2º. DIRETOR-FINANCEIRO
Domício José Gregório A. Silva
DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS
José Renato Chiari
DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO
Tatiane Almeida Drummond Tetzner
DIRETORA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Aurora Trefzger Cinato Real
DIRETORA DE FOMENTO E EVENTOS
Com sentimento de vitória conseguimos realizar
mais uma Megaleite depois de ficarmos dois anos sem
uma edição presencial por conta da pandemia. É unânime
entre todos que participaram do evento o salto de
qualidade dos animais. O altíssimo nível dos exemplares
que passaram pela pista de julgamento só reforça a
seriedade com que os criadores de Girolando vêm conduzindo
seus sistemas de seleção. Quem acompanhou o
show que foi o julgamento pode constatar esse avanço
em todas as composições raciais.
Isso nos deixa esperançosos em relação ao futuro da
raça, pois sinaliza que pista e melhoramento genético
estão em um mesmo direcionamento. E para uma exposição
que nasceu da união das raças leiteiras e do setor
produtivo, esta realidade só reafirma que a Megaleite é
a principal vitrine do agronegócio do leite na América
Latina.
Continuamente estamos inovando em busca de
oportunidades para a raça, sempre com a missão de levar
mais tecnologia para o criador, fato que reafirmamos na
Megaleite 2022. Prova disso foi o lançamento de 15 novas
características, com PTAS genéticas e genômicas, no
Sumário de Touros. Sem dúvida, esse foi um divisor de
águas para o nosso PMGG. Elas possibilitarão aos criadores
acelerar o melhoramento genético de seus rebanhos,
o que significará, em breve, mais leite de qualidade
chegando à mesa dos consumidos.
Sabemos que a raça Girolando ainda terá muitos capítulos
de sucesso em sua história, sempre embasados no
melhoramento genético realizado por meio de ferramentas
de seleção confiáveis. As pesquisas sob a coordenação
da Embrapa Gado de Leite continuam, e possibilitarão,
cada vez mais, a inclusão de novas PTAs em nosso Sumário
de Touros. Cabe ao criador fazer a sua parte, priorizando
a coleta de dados constantemente na propriedade
e dentro das metodologias pregadas pelo PMGG,
a participação nas provas zootécnicas, como também a
genotipagem dos animais e o registro genealógico do rebanho.
Em melhoramento genético não existe milagre. É
o trabalho conjunto de criadores, técnicos e pesquisadores
que levará a avaliações genéticas e genômicas de alta
acurácia.
Não podemos deixar de realizar, junto com esses investimentos,
uma ampla divulgação das vantagens da
raça, tanto individualmente quanto coletivamente, pois
vivemos um momento de novas demandas por parte do
consumidor. No caso da pecuária, somos cobrados não
só pela qualidade genética, mas pelo bem-estar dos animais,
preservação do meio ambiente, leite saudável, sustentável
etc. Sem falar nas campanhas contra o consumo
de leite, que, apesar de não serem baseadas em fatos concretos,
têm levado certos consumidores a parar de beber
leite.
Portanto, precisamos sempre mostrar que a raça Girolando
é sustentável em todos os três pilares desse conceito.
E isso a ciência já comprovou e todos nós podemos
combater a falta de informação com dados científicos
idôneos como os gerados pelas pesquisas conduzidas
pela Embrapa Gado de Leite.
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REVISTA O GIROLANDO
EDITORIAL
por Larissa Vieira
Editora
O Brasil poderá contar, em breve, com a
Política Nacional de Apoio e Incentivo à Pecuária
Leiteira. Esta é a proposta do Projeto de
Lei 207/2022, de autoria da deputada Aline
Sleutjes (PROS-PR), que será analisado pelo
Plenário da Câmara dos Deputados. O projeto
busca aumentar a produtividade, promover
a ampliação dos mercados interno e externo e
elevar o padrão de qualidade do leite brasileiro
por meio de estímulo à produção, transporte,
industrialização e comercialização do produto.
O projeto é fruto de um longo trabalho que
teve início em 2020 com a realização do 1º Fórum
Nacional de Incentivo à Cadeia Leiteira.
A deputada destaca que a proposta vai garantir
ao nosso País autossuficiência na produção de
leite e derivados e remuneração justa e segura
do trabalho dos produtores, por meio de uma
política pública com planejamento e ações concretas
que estimulem a produção leiteira, assegurando,
também ao consumidor brasileiro, a
garantia de acesso a produtos lácteos nacionais
de excelente qualidade e preços justos.
Diante de tantas incertezas para os produtores
de leite, esta é uma boa notícia, assim
como várias outras que trazemos nesta edição
da revista Girolando. Algumas delas são os
avanços do Programa de Melhoramento Genético
da Raça Girolando (PMGG). Neste ano, os
resultados do Sistema de Avaliação Linear do
Girolando (SALG) para as características dos
sistemas locomotor e mamário, totalizando
11 características, foram publicadas no Sumário
de Touros da raça Girolando. No ano que
vem, as demais características deverão ser publicadas.
Outra boa notícia é que, no Sumário de
Touros Girolando 2022, foi apresentada a avaliação
dos touros para Tolerância ao Estresse
Térmico. Na prática, essa informação servirá
como ferramenta auxiliar na seleção dos animais
e possibilitará o uso de um genótipo mais
adequado para as diferentes regiões do Brasil.
Isso significa que a escolha dos touros deve
continuar sendo feita com base na produção
de leite e demais características de interesse,
utilizando a informação de tolerância ao estresse
térmico como critério suplementar para
a tomada de decisão de seleção.
Nesta edição, ainda trazemos artigos sobre
a importância do manejo do pastejo nos sistemas
de produção leiteira, a eletrolítica como
ferramenta essencial no combate a diarreias,
impacto silencioso da mastite subclínica nas
fazendas leiteiras, pontos que levam as propriedades
a concretizarem bons negócios.
E tem mais. Tudo sobre a Megaleite, os resultados
das competições e como foi a retomada
da maior exposição da pecuária leiteira na
América Latina.
Boa leitura!
EXPEDIENTE
Revista Girolando: Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira lamoc1@gmail.com
• Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888 - Míriam Borges (34) 9 9972-0808 miriamabcz@mundorural.org • Design gráfico: Yuri Silveira
(34) 9 9102-7029 yurisilveira04@hotmail.com • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Fotografias: Jadir Bison (34) 99960.4810 jadirbison@yahoo.
com.br • Conselho editorial: Odilon de Rezende Barbosa Filho, Leandro Paiva, Domício Arruda Silva, Tatiane Tetzner, Miriam Borges e Larissa Vieira
• Impressão CTP: Idealiza Grafica (43) 3373-7877 • Tiragem: 6.000 exemplares • Periodicidade: Trimestral (Março, Maio, Agosto e Novembro) •
Circulação: Dia 15 dos meses ímpares • Distribuição: Para todo o Brasil via correios e Disponível na versão on line no site www.girolando.com.
br. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG • Telefone: (34) 3331-6000 • Assinaturas: R$ 98,00/ano –
financeiro@mundorural.org • 22 anos de circulação ininterrupta
revistagirolando @ogirolando girolando.com.br revistagirolando
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REVISTA O GIROLANDO
Índice
MENSAGEM DA DIRETORIA 04
EDITORIAL 06
GIRO LÁCTEO 10
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES 12
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES 14
ELETROLÍTICO: FERRAMENTA ESSENCIAL NO COMBATE A DIARREIAS 22
MASTITE SUBCLÍNICA E O SEU IMPACTO SILENCIOSO NAS FAZENDAS LEITEIRAS 24
IMPORTÂNCIA DO MANEJO DO PASTEJO NOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEITEIRA 28
MANEJO A PASTO GANHA EM PRODUTIVIDADE HÍDRICA 32
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FENOTÍPICA PARA A EVOLUÇÃO 36
SISTEMA DE AVALIAÇÃO LINEAR GIROLANDO 40
TOLERÂNCIA AO ESTRESSE TÉRMICO E EFICIÊNCIA TROPICAL 44
CURVA DE LACTAÇÃO EM VACAS GIROLANDO 48
EVOLUÇÃO GENÉTICA PREMIADA 60
RANKING NACIONAL DE CRIADOR X EXPOSITOR - 2018/2019 66
GRANDES CAMPEÃS DO 31º TORNEIO LEITEIRO 70
SUMÁRIO DE TOUROS TURBINADO 72
QUEIJO PREMIADO 74
SUA PROPRIEDADE LEITEIRA TEM SIDO UM BOM NEGÓCIO? 76
FORMULAÇÃO DE DIETAS: A CHAVE PARA GANHOS DE PRODUTIVIDADE 80
UM NOVO MODELO, COM O CLIENTE NO CENTRO DO NEGÓCIO 84
QUALIDADE E RENTABILIDADE NO CAMPO 88
GIROLANDO ETERNIZADO EM JOIAS 90
GIROLANDO KIDS 92
NOVOS ASSOCIADOS E CONSELHO 94
ELEIÇÃO NA GIROLANDO 95
FALE CONOSCO 96
40
Sistema de avaliação
linear Girolando
16
Produzir mais com menos
54
MATÉRIA DE CAPA
Sucesso total
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REVISTA O GIROLANDO
GIRO LÁCTEO
por Miriam Borges
Homenagem
dos os itens sugeridos foram aprovados.
Teste de Progênie
O presidente da Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando, Odilon de
Rezende Barbosa Filho, foi homenageado
durante a 84ª Exposição Agropecuária e
Industrial de Leopoldina (Expoleo), que
aconteceu de 2 a 10 de julho, no Parque
de Exposições José Ribeiro dos Reis, no
município de Leopoldina/MG. Durante a
abertura oficial do evento, em 3 de julho,
a Cooperativa Agropecuária Região Leste
de Minas Gerais (Coopleste) agraciou
o presidente da Girolando com a “Comenda
do Mérito Rural”. A homenagem
é anualmente entregue a personalidades
do agronegócio brasileiro.
Estatuto
No dia 19 de julho, foi realizada a Assembleia
Geral Extraordinária Virtual para
aprovação de cinco propostas referentes
às mudanças na redação de determinados
artigos do Estatuto Social da entidade. A
assembleia ficou aberta das 7h às 12h e
teve a participação de 103 associados. To-
Inscrições para a Pré-Seleção de Touros
do 25º Grupo de Touros do Teste de Progênie
da Raça Girolando estão abertas até
30 de setembro. Podem participar touros
das categorias PS (Puro Sintético), CCG
(Produto do Cruzamento Sob Controle de
Genealogia), com composição racial 5/8
Hol + 3/8 Gir ou 3/4 Hol + 1/4 Gir. Para
ser considerado apto ao Teste de Progênie,
o reprodutor precisa ter genotipagem pelo
Clarifide® Girolando. Os reprodutores aptos
ao Teste de Progênie serão classificados
pelo Índice Final de Classificação de Touros
(IFCT), obedecendo aos seguintes pesos
para cada uma das características avaliadas
pelo Clarifide® Girolando: 50% gPTA Leite
(Produção de Leite), 30% gPTA IPP (Idade
ao Primeiro Parto) e 20% gPTA IP (Intervalo
de Partos).
Isenção ICMS
Atendendo reivindicação da Diretoria da
Associação Brasileira dos Criadores de
Girolando, o Conselho Nacional de Política
Fazendária (Confaz) aprovou, em sua
reunião de 1° de julho, a atualização da
redação de cláusulas do Convênio ICM
nº 35/77. A atualização da redação ajusta
o Convenio ICM nº 35/77 às alterações
determinadas pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa)
relativos aos procedimentos de controle
de genealogia de animais, especialmente
de raças bovinas. Assim, passam a ser documentos
de comprovação do controle de
genealogia oficial para fins de isenção do
ICMS, o Certificado de Controle de Genealogia
e o Registro Genealógico. A alteração
aprovada pelo Confaz vinha sendo
pleiteada pela Diretoria da Girolando
desde 2020, com o apoio da Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado de Minas
Gerais (Faemg) e da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A nova redação foi publicada no Diário
Oficial da União de 5 de julho de 2022 e
passará a valer a partir de janeiro de 2023
em todos os estados brasileiros e no Distrito
Federal.
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REVISTA O GIROLANDO
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES
Goiás é mais leite
A DSM deu início à campanha GO Leite,
um movimento criado para fomentar a força
da produção e qualidade do leite de Goiás,
considerado o quinto maior produtor de leite
do País. Ao todo, o Estado produz 9% do
leite nacional, segundo estimativas do Instituto
para o Fortalecimento da Agropecuária
(Ifag). A ideia dessa campanha é mostrar
que o setor leiteiro é forte e está em constante
evolução. A DSM ainda está divulgando
seu produto recém-lançado Mycofix® Plus
5.0, o primeiro da linha Mycofix para bovinos
de leite. A tecnologia, desenvolvida pela
Biomin, empresa especializada em micotoxinas
que integra o Grupo Erber, adquirida
pela DSM em 2020, é capaz de destruir as
micotoxinas presentes no alimento dos
animais, que podem ser contaminados por
fungos que afetam o seu desempenho e são
prejudiciais à saúde humana.
Parceria entre Scala e Rúmicash
O uso inteligente de crédito e adiantamento
é indispensável para o desenvolvimento da
fazenda e contribui para a construção de
uma pecuária mais competitiva e rentável.
Com esse objetivo, a Rúmicash e a Scala,
uma das maiores fabricantes de queijos do
Brasil, firmaram parceria, com foco no produtor.
A parceria visa oferecer suporte financeiro
aos fornecedores de leite do laticínio
para que seja possível agregar valor, volume
e qualidade na produção do leite, através de
melhorias na gestão da propriedade.
Monitoramento de leite com inovação
A Rúmina, ecossistema de soluções digitais
para pecuária que tem como propósito
torná-la mais produtiva, rentável e sustentá-
vel, está trabalhando em um dispositivo que
irá revolucionar o monitoramento do leite.
A nova solução é baseada em IoT (internet
das coisas - dispositivos físicos conectados à
internet) e permitirá o acompanhamento, à
distância e em tempo real, do volume e da
temperatura do leite nos tanques das fazendas,
24h por dia. O monitoramento automático
de eventos relacionados à ordenha,
à coleta e ao armazenamento, como desvios
na produção diária, mau funcionamento do
tanque, leite congelado, atrasos na coleta,
entre outros, irá auxiliar na boa gestão das
fazendas. Em breve a inovação estará disponível
para produtores e laticínios.
Drench
O período de transição de vacas leiteiras é
a fase mais importante e crítica para os animais.
É comum os produtores adotarem o
uso de soluções minerais/eletrolíticas, como
os chamados drench. Com o objetivo de
contribuir para atender a essa necessidade, a
MCassab Nutrição e Saúde Animal, presente
no mercado de nutrição há 50 anos, lança
o Booster, drench que eleva rapidamente os
níveis de glicose e cálcio no sangue, além de
repor minerais importantes perdidos durante
o parto. O produto é solúvel em água e
altamente palatável para o animal. Por conta
disso, o consumo é voluntário, dispensando
o uso de sondas que geram desconforto e estresse
aos animais, dificultando ainda mais
o manejo.
Vantagens do crédito
A aceitação dos produtores tem sido extremamente
positiva, segundo a Rúmicash. O
uso de crédito na propriedade permite aos
produtores o aperfeiçoamento da sua gestão
financeira. Pensando em facilitar esse processo,
a Rúmicash fornece crédito e adiantamento
ao pecuarista de forma rápida,
prática e segura, usando a tecnologia para
atender as demandas de um setor que não
espera. Ganha o produtor no retorno do
seu investimento, e o laticínio, que adquirirá
matéria-prima de qualidade.
Reforço na Zoetis
A Zoetis anunciou a chegada de dois novos
gerentes para a área de marketing de sua
unidade de ruminantes. Felipe Artioli será
gerente de Produto da linha de genética.
Formado em Administração de Empresas,
com MBA em Agronegócios e Marketing,
ele ficará responsável pela linha de genética,
atuando estrategicamente para garantir os
resultados de curto, médio e longo prazos,
e por promover o crescimento do mercado
por meio de elaboração, implementação e
monitoramento de um plano integrado de
marketing. Já Marcos Paulo Nascimento
atuará como gerente de Trade Marketing.
Com 14 anos de experiência, o publicitário
Marcos Paulo liderará a transformação da
área, identificando e estabelecendo novos
processos junto ao time de vendas e operações
comerciais. Também será responsável
por entender o comportamento e necessidades
do cliente no ponto de venda, visando
ações de trade adequadas para cada marca e
categoria, nos diversos canais onde a Zoetis
opera.
Asbia
O empresário Nelson Eduardo Ziehlsdorff
é o novo diretor presidente da Associação
Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).
Pós-graduado em Logística do Transporte,
Nelson também é membro da Associação
dos Criadores das Raças Jersey e Holandês
no Canadá, diretor internacional da Associação
Brasileira dos Produtores de Leite
(Abraleite), e diretor da Associação Catarinense
de Criadores de Ovinos (ACCO).
Com o início do novo mandato, a Asbia
trabalhará com foco em incorporar de forma
mais profissional as empresas voltadas
para o setor de embriões bovinos. Nelson
também quer dar continuidade ao projeto
de estabelecer a entidade como uma associação
que agregue cada vez mais valor para
seus associados, tanto as empresas de biotecnologia
e inseminação artificial, quanto
as associações de raças bovinas.
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REVISTA O GIROLANDO
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES
Contra mastite
Os animais que apresentam sintomas
de mastite clínica necessitam de uma
rápida intervenção, com tratamento
local e, às vezes, sistêmico para impedir
a proliferação dos microrganismos
e evolução da doença. O Cefavet®,
da Ceva Saúde Animal, combate
o microrganismo agressor ao mesmo
tempo em que auxilia na redução do
inchaço e da dor no quarto mamário
acometido. Junto a isso, a adoção de
um antibiótico sistêmico de ação rápida,
aplicação única e ótima difusão
na glândula mamária após a aplicação,
como o Marbox®, auxilia e trata a infecção
e impede a progressão sistêmica
da doença, possibilitando que o animal
retorne rapidamente ao seu estado
normal, de conforto e bem-estar.
Interleite Brasil
Pela primeira vez, Goiânia/GO sediou
o Interleite Brasil. A 20ª edição
do evento, que teve formato híbrido,
ocorreu nos dias 3 e 4 de agosto com
o tema “As mudanças no mercado e as
oportunidades para quem quer se preparar”.
A programação teve 24 palestras
ministradas por produtores, técnicos
e especialistas que traçaram um
diagnóstico da cadeia do leite nacional,
bem como estimativas para o futuro do
setor. O diretor da Girolando, Renato
Chiari, ministrou palestra no evento
sobre o tema “Sistemas de produção
para o Centro-Oeste” e contou sobre a
experiência com a pecuária a pasto.
Fórum Nacional do Leite
A Associação Brasileira dos Produtores
de Leite (ABRALEITE) realizou o
1º Fórum Nacional do Leite e a Feira
de Queijos Artesanais, nos dias 12 e 13
de julho, em Brasília/DF. O objetivo foi
conectar produtores de leite e genética,
técnicos, empresas e entidades do
setor para promover o leite como alimento
saudável e estreitar as relações
institucionais e governamentais, incentivando
a produção e a produtividade
leiteira com tecnologia e qualidade. O
evento também colocou em discussão
os temas mais importantes ligados ao
ecossistema do leite, inclusive abrindo
espaço para personalidades e importantes
lideranças. Segundo a Abraleite,
a busca por novos conceitos, tecnologias
e ferramentas de gestão é uma
demanda obrigatória para o avanço do
produtor moderno, no atual mercado
globalizado e competitivo. A cadeia do
leite é uma das mais importantes do
Brasil. Os números falam por si. O país
produz 35 bilhões de litros por ano, é o
3º maior produtor mundial e gera 5,5
milhões de empregos diretos.
Desafio da Pecuária Responsável
Importante para prevenir enfermidades,
a vacinação é um processo estressante
para o gado. Falhas nesse sistema
podem prejudicar o bem-estar e
até mesmo a saúde dos animais, com
o aparecimento de abcessos e reações
vacinais. A proposta de um procedimento
operacional padrão para melhorar
esse trabalho nas fazendas, de
autoria da goiana Rubia Pereira Barra,
foi a ideia vencedora do Desafio da Pecuária
Responsável, promovido pela
Phibro Saúde Animal. A final da disputa
aconteceu em 5 de julho, um ano
após o lançamento da primeira edição
do projeto, que teve como foco o bem-
-estar animal. Pecuarista de Paranaiguara,
cidade goiana, a vencedora tem
65 anos e é formada em odontologia.
O procedimento proposto – e já testado
na prática, desde 2016, em sua fazenda,
contempla o acondicionamento
de vacinas e medicamentos, a troca de
agulhas durante a vacinação, o uso de
cuba ultrassônica com detergente enzimático
para limpeza e autoclave para
esterilização de seringas e agulhas reutilizáveis,
reduzindo abcessos e reações
vacinais. Rubia recebeu um cheque no
valor de R$ 15 mil, além do troféu.
Calendário vacinal
Baixa incidência de chuva e risco de
pneumonia são alguns dos desafios
que o pecuarista enfrenta no período
de inverno. No gado leiteiro, esse é o
período em que ocorrem os partos, por
isso é preciso estar atento às primeiras
semanas dos bezerros, que podem ter
diarreias, mastite e pneumonia. A vacinação
das vacas prenhas com Scouguard
4KC é importante, pois a vacas
transferem a imunidade para a diarreia
neonatal via colostro, assim quando
os bezerros mamarem, passam a ter
a proteção e mais saúde. Outro ponto
que o produtor precisa estar atento, especialmente
nas fases iniciais de vida,
e que é uma das principais causas de
mortalidade das bezerras leiteira são as
pneumonias. Para esses casos, a Zoetis
recomenda Inforce 3, a primeira e
única vacina intranasal que garante a
prevenção contra as doenças respiratórias
causadas por vírus sincicial bovino
(BRSV), a rinotraqueíte infecciosa
bovina (IBR) e a parainfluenza (PI3).
Com apenas uma dose, Inforce 3 reduz
a incidência de pneumonia desde o início
da vida dos bezerros.
16
Você não precisa mudar,
o agLyt se adapta ao seu
manejo.
Uma tecnologia
desenvolvida para
você oferecer o agLyt
com leite, sucedâneo
ou água. Do seu jeito.
Sem mudar o manejo.
Eficaz no tratamento da diarreia, rápida recuperação das suas bezerras.
Repositor eletrolítico que pode ser fornecido aos animais com manejo simples e flexível.
Além de ser fonte de energia, hidrata, corrige a acidose e recupera o intestino.
O agLyt é completo e na medida certa para garantir o bem-estar dos seus animais.
17
REVISTA O GIROLANDO
ENTREVISTA
por Larissa Vieira
Produzir mais com menos
Diversas pesquisas conduzidas com rebanhos leiteiros têm
contribuído para melhorar a eficiência produtiva das propriedades
brasileiras. É a chamada eficiência bioeconômica, um
conceito mais amplo que envolve o bem-estar animal, a pegada
hídrica, o uso de energia limpa, a eficiência alimentar, a
redução no uso de antibióticos, além da questão econômica e
outros aspectos. Em resumo, o que se busca é produzir mais
com menos recursos e insumos.
Em entrevista à Revista Girolando, a chefe-geral da Embrapa
Gado de Leite, Dra. Elizabeth Nogueira Fernandes, explica
como a ciência tem auxiliado o produtor nesse desafio
e os resultados já alcançados. No cargo desde setembro de
2021, ela é engenheira florestal com pós-doutorado em Economia
do Meio Ambiente e tem experiência na área de gestão
ambiental. Confira o bate-papo:
Girolando
Elizabeth Nogueira
Fernandes
O consumidor tem valorizado,
além da qualidade, dois fatores:
sustentabilidade na pecuária
e o bem-estar animal. Como
a ciência brasileira tem auxiliado
os produtores rurais neste
desafio?
A adoção de práticas voltadas
à sustentabilidade e ao bem-estar
animal está cada vez mais presente
no dia a dia da atividade leiteira.
Nesse contexto, a Embrapa
tem desenvolvido pesquisas que
visam a geração de métricas adaptadas
às nossas condições que
permitem avaliar a adoção dessas
práticas e seus impactos sobre esses
indicadores. Um resultado interessante
já alcançado em nossas
pesquisas é a relação direta entre
a adoção dessas práticas e a lucratividade
da atividade, mostrando
que a busca por sustentabilidade
e o bem-estar dos animais também
refletem positivamente no
Girolando
Elizabeth Nogueira
Fernandes
bolso do produtor.
É possível produzir leite com
baixa pegada de carbono e que
ferramentas o produtor pode
utilizar para isso?
Essa demanda por leite com
baixa pegada de carbono foi fortalecida
no último ano com a realização
da COP26 (Conferência
das Nações Unidas sobre Mudança
do Clima), que estabeleceu
metas globais de redução de
emissões e a atividade pecuária
tem uma importante contribuição
a dar nesse processo. Nossos
trabalhos de avaliação ao longo
dos elos da cadeia do leite mostram
que é possível produzir leite
com baixa pegada de carbono em
condições brasileiras, envolvendo
diferentes rotas para essa descarbonização,
que passam pela
genética animal, nutrição e manejo
de pastagens, interferência
no rúmen, condições de saúde
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Girolando
Elizabeth Nogueira
Fernandes
Girolando
do rebanho e manejo de dejetos.
Um bom exemplo é o programa
de melhoramento do Girolando,
que permitiu que a vaca de hoje
produza 40% menos metano por
quilo de produto (leite) em relação
ao animal padrão de duas décadas
atrás. Além disso, esperamos
que no futuro seja possível a
prestação de serviços ambientais
pelas fazendas leiteiras, devido
a sua capacidade de estocar carbono
ser maior que as emissões
geradas, mas essa questão ainda
depende da regulamentação do
mercado de carbono.
Acredita que a pecuária de
precisão é a solução para tornar
as propriedades mais eficientes,
evitando que, assim, muitos
deixem a atividade, como vem
acontecendo?
A pecuária de precisão não é a
solução, mas sim uma ferramenta
que pode contribuir para o aumento
da eficiência dos sistemas
de produção visando a manutenção
do produtor na atividade leiteira.
As ferramentas de precisão,
que estão cada vez mais disponíveis
e acessíveis aos produtores,
estão aí para ajudar o produtor
sendo catalisadoras do processo
de avanço tecnológico na busca
de maior eficiência dos sistemas.
Aqui é importante entender a
eficiência não apenas pelo lado
econômico ou produtivo, mas o
que chamamos de eficiência bioeconômica.
Esse conceito mais
amplo envolve, além da questão
econômica, o bem-estar animal,
a pegada hídrica, o uso de energia
limpa, a eficiência alimentar,
a redução no uso de antibióticos,
dentre outros aspectos. Em resumo,
o que se busca é produzir
mais com menos recursos e insumos.
Diante da saída de produtores
da atividade, em parte por
conta dos altos custos de produção,
o Brasil caminha para um
intenso processo de concentração,
com o predomínio de pro-
Elizabeth Nogueira
Fernandes
Girolando
Elizabeth Nogueira
Fernandes
priedades maiores e mais tecnológicas?
De fato, estamos vivenciando
um processo de concentração
produtiva semelhante ao que
ocorreu nos principais países
produtores de leite do mundo.
Mas acredito que a palavra-chave
não seja tamanho, mas sim eficiência,
como dito anteriormente.
Assim, não são os maiores quem
irão se manter, mas os mais eficientes.
Temos diversos bons
exemplos pelo Brasil de produtores
em pequenas propriedades e
até com baixo volume diário de
produção que conseguem gerar
renda e se manter de forma sustentável
na atividade. Assim, independentemente
do tamanho do
produtor, boa gestão e assistência
técnica contínua de modo a
orientar um processo sistemático
de adoção de tecnologias adequadas
à realidade de cada produtor
serão cada vez mais importantes
para o sucesso da atividade.
Com um perfil tão diverso
dos produtores de leite, comunicar
com a cadeia leiteira é um
desafio que a Embrapa tem buscado
vencer de que forma?
A atividade leiteira está espalhada
por quase todos os municípios
brasileiros, englobando
diferentes realidades produtivas
e de mercado. Para conseguir
atingir essa diversidade de perfis
ao longo de todo o País, faz-se
necessária a adoção de diferentes
estratégias de comunicação,
sendo fundamentais as parcerias
com instituições públicas e privadas
para fazer chegar ao produtor,
onde quer que ele esteja, as
soluções tecnológicas adequadas
para a superação dos desafios do
dia a dia de sua atividade. Nesse
sentido, além da utilização dos
nossos próprios meios de comunicação
que envolvem sites, redes
sociais, aplicativos e o envio de
mensagens eletrônicas (e-mails),
também buscamos divulgar nossas
soluções por meio de revis-
17 19
Girolando
Elizabeth Nogueira
Fernandes
tas especializadas, programas de
rádio e TV e por meio de ações
conjuntas com parceiros da assistência
técnica e extensão rural. O
avanço dos recursos de tecnologia
da informação e da internet, apesar
de ainda ter suas limitações
técnicas principalmente nas áreas
rurais do País, tem ajudado nessa
disseminação do conhecimento
gerado, transpondo barreiras
geográficas. Um bom exemplo é
o aplicativo App Girolando, desenvolvido
entre a Embrapa e a
Associação, que disponibiliza de
forma simples e de fácil acesso,
informações sobre os valores genéticos/genômicos
de touros e
vacas da raça Girolando.
Como a senhora vê as mudanças
no perfil do consumidor e a
campanha contrária que o leite
sofre de determinados segmentos
da sociedade e a desinformação
em geral?
O consumidor em geral está
cada vez mais consciente e exigente
em relação aos produtos que
consome. Já estávamos acostumados
a ser cobrados pela qualidade
do leite, mas hoje o consumidor
tem exigido muito mais atributos,
sendo que esse processo foi acelerado
pela pandemia. Entretanto,
apesar de estarmos na chamada
“era da informação”, temos vivenciado
também uma grande quantidade
de desinformação, e o leite
tem sofrido com isso. Com a facilidade
de disseminar informações
que temos atualmente, muitas vezes
informações incorretas (fake
news) são espalhadas e acabam
afetando o consumo de determinados
produtos. Acredito que já
temos informações consolidadas
de pesquisa, mais que suficientes,
para combater essas campanhas
contrárias ao leite, seja em termos
de seus atributos nutricionais e
de qualidade do produto, seja da
forma como ele é produzido e seu
efeito para o meio ambiente. O
importante é o setor atuar de forma
coordenada para fazer chegar
Girolando
Elizabeth Nogueira
Fernandes
essa informação já existente aos
consumidores de modo a evidenciar
seus benefícios nutricionais
e a forma como hoje é produzido,
respeitando os animais, o meio
ambiente e todos os envolvidos
na cadeia.
A parceria entre a Girolando
e a Embrapa permitiu mais um
salto importante para o programa
de melhoramento genético
da raça Girolando em 2022, com
a publicação de novas PTAs.
Isso mostra que, apesar da limitação
de recursos, a pesquisa
pode continuar avançando com
a união entre ciência e cadeia
produtiva?
Essa união de esforços é fundamental,
tanto para geração
de conhecimentos e de soluções
tecnológicas, quanto para fazer
chegar essas soluções ao setor
produtivo. Essa proximidade da
Embrapa com o setor produtivo
também nos permite prospectar
demandas e conhecer os reais desafios
da cadeia de modo a maximizar
os impactos das soluções
geradas para a sociedade. Esse
pensamento é evidenciado na
nossa “visão de futuro” enquanto
instituição de inovação, que
define que a Embrapa quer ser
protagonista e parceira essencial
na geração e uso de conhecimentos
para o desenvolvimento sustentável
da agricultura brasileira
até 2030. E a Girolando é parte
essencial nesse processo, consolidado
no sucesso do programa de
melhoramento da raça que completou
25 anos em 2022. Graças
a essa união de esforços foi possível
desenvolver 15 novas características
e seis índices que foram
disponibilizados aos produtores
na avaliação deste ano, lançada
durante a Megaleite. E tenho certeza
de que essa parceria ainda
continuará trazendo muitas conquistas
para a cadeia produtiva
do leite brasileiro.
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23
REVISTA O GIROLANDO
SANIDADE
Luciano Prímola de Melo
Consultor de Serviços Técnicos de Bovinos
de Leite na Agroceres Multimix
Eletrolítico: ferramenta essencial no combate a
diarreias
Fornecimento de eletrolítico pode ser junto ao leite ou água
A criação de bezerras é uma fase de
grande importância na atividade leiteira,
pois o sucesso ou insucesso impactará
diretamente na disponibilidade de
animais de reposição. Também é uma
fase de grandes desafios e, dentre eles,
a sanidade tem grande relevância, com
grande impacto em desempenho e
mortalidade. Apesar de assustadoras,
taxas de mortalidade superiores a 10%
em bezerras ocorrem com frequência,
embora não devam. Com a mortalidade,
além da perda econômica direta do
que já foi investido na bezerra, há uma
perda econômica indireta, de impacto
financeiro muito maior, em razão de no
futuro não haver uma novilha disponível
para comercialização, ou uma vaca
em lactação para ocupar uma estrutura
ociosa.
Ao adentrarmos na questão sanitária
das bezerras em aleitamento e analisarmos
as causas de morbidade e mortalidade,
encontramos como grande
vilã a diarreia. Esse rótulo a ela é dado
por ser a doença de maior incidência,
correspondendo a aproximadamente
40% das doenças que ocorrem nessa
fase, representando mais de 30% das
mortes (Urie et al., 2018).
As diarreias são causadas principalmente
por patógenos, havendo uma
grande variedade de espécies de vírus,
bactérias e protozoários. Independentemente
da causa e do mecanismo de
ação, há dois fatos muito importantes.
A membrana celular das células intestinais
será afetada, comprometendo os
mecanismos de controle da entrada e
saída de eletrólitos, glicose, bicarbonato
e água. Outro fato é que, como ferramenta
de tratamento, o fornecimento
de solução eletrolítica oral, também
conhecida como eletrolítico, propicia
grandes benefícios.
Impactos da diarreia
Os impactos diretos da diarreia no
organismo da bezerra são vários, podendo
ser destacados:
- Menor absorção e maior perda de
eletrólitos, principalmente Na+, K+ e
Cl-;
- Maior perda de bicarbonato;
- Ocorrência de acidose metabólica;
- Menor absorção de glicose;
- Maior perda de água;
- Desidratação;
- Inapetência;
- Balanço energético negativo.
A associação das alterações e suas
consequências resultarão em menor
desempenho e aumento de mortalidade.
Eletrolíticos
Os eletrolíticos surgem justamente
como recurso para corrigir os desequilíbrios
causados pela diarreia. Isso
se dá pois são fonte de eletrólitos, que
repõem o déficit gerado pela maior per-
24
da e menor absorção, fornecem agente
alcalinizante para correção da acidose
metabólica, disponibilizam energia
para suprir o déficit energético causado
pela menor absorção de glicose, menor
consumo e menor digestão, além de
potencialmente possibilitarem maior
ingestão de água.
Apesar da recomendação de utilização
ser quase unânime, a grande
questão é o que avaliar na composição
de um eletrolítico. Vários fatores são
considerados, como: concentração de
Na+, K+ e Cl-, teor de energia, razão
entre Na+ e glicose, osmolaridade, diferença
de íons fortes (SID) e agente
alcalinizante. Independentemente do
que está sendo avaliado, em eletrolítico
não existe “quanto mais melhor”, e sim
o ponto chave é o equilíbrio.
Variáveis de Composição
Como exemplos das variáveis de
composição correlacionadas ao equilíbrio,
temos:
- Concentração de Na+ baixa não
atende ao déficit, por outro lado, se
fornecida excessiva quantidade, grande
volume de água pode ser atraído para o
lúmen intestinal, agravando um quadro
de diarreia;
- Outra situação está correlacionada
à energia. Baixa concentração não
supre o déficit energético, porém se a
concentração for muito alta, a osmolaridade
ultrapassa o limite superior, aumentando
o risco de empanzinamento,
além de impossibilitar o fornecimento
de leite;
- Fornecimento de alta quantidade
de Cl- reduz o SID, comprometendo o
controle da acidose metabólica.
Wenge-Dangschat et al. (2020)
avaliaram o uso de eletrolíticos em
bezerras com diarreia. Foi avaliado o
fornecimento apenas de leite, de leite
com eletrolítico preparado em água
ou de eletrolítico preparado em leite.
O eletrolítico preparado em água resultou
em maior volume plasmático;
já o preparado em leite melhorou a osmolaridade
plasmática e foi efetivo em
corrigir a acidose metabólica. Ambas as
formas de administração foram efetivas
em aumentar a concentração sanguínea
de Na+.
Doré et al. (2019) comparam o uso
de eletrolítico oral e fluidoterapia intravenosa
e subcutânea. O eletrolítico
apresentou maior eficiência na correção
da acidose metabólica e no aumento da
concentração de glicose no sangue. Os
resultados encontrados reforçam os benefícios
do uso de eletrolíticos.
Eletrolítico em Leite
Mesmo sendo claro o quanto a diarreia
tem impacto negativo e o quanto
o eletrolítico tem papel fundamental
na recuperação das bezerras, muitas
vezes o eletrolítico não é utilizado por
dificuldades de adequação ao manejo e
à mão de obra da fazenda. Isso ocorre,
principalmente, quando o eletrolítico
requer a utilização exclusiva com diluição
em água, o que obriga que a oferta
do produto seja realizada de duas a seis
horas após o fornecimento do leite. A
diluição em água traz o benefício da
maior hidratação, porém a utilização de
um eletrolítico que também possa ser
fornecido junto ao leite, ou sucedâneo,
tem como vantagem a maior aplicabilidade
e flexibilidade de uso, garantindo
a reposição de eletrólitos, correção da
acidose metabólica e fornecimento de
energia a um maior número de bezerras.
Além do papel preventivo, o uso de
um eletrolítico que seja flexível para
atender às particularidades de manejo
de cada fazenda, possibilita seu emprego
em ampla escala. Também permite
que seja equilibrado e produzido com
adequados ingredientes e, quando associado
à detecção e ação precoce nos
quadros de diarreia, certamente refletirá
em superação dos desafios com
maior sucesso. Como resultado, obteremos
bezerras com maior desempenho,
menor taxa de mortalidade, contribuindo
para o sucesso econômico da
fazenda.
Referências
DORÉ, V. et al. Comparison of oral,
intravenous, and subcutaneous fluid
therapy for resuscitation of calves with
diarrhea. Journal of dairy science, v.
102, n. 12, p. 11337-11348, 2019.
URIE, N. J. et al. Preweaned heifer
management on US dairy operations:
Part V. Factors associated with morbidity
and mortality in preweaned dairy
heifer calves. Journal of dairy science, v.
101, n. 10, p. 9229-9244, 2018.
WENGE-DANGSCHAT, J. et al.
Changes in fluid and acid-base status
of diarrheic calves on different oral
rehydration regimens. Journal of dairy
science, v. 103, n. 11, p. 10446-10458,
2020.
25
REVISTA O GIROLANDO
SANIDADE
Raquel Maria Cury Rodrigues, Zootecnista pela Unesp de
Botucatu e Especialista em Gestão da Produção pela Ufscar
DIVULGAÇÃO RÚMINA
Mastite subclínica e o seu impacto silencioso nas
fazendas leiteiras
Não somente por meio de livros é
possível constatar que a mastite subclínica
(MSC) impacta negativamente em
vários aspectos nas fazendas leiteiras. A
própria prática prova isso, ainda mais
quando o produtor é adepto e utiliza
os dados, índices zootécnicos e outras
ferramentas como aliados na rotina e na
resolução de conflitos.
Vale lembrar que a MSC é prevalente
entre os quadros de mastite nas
fazendas, em 90 a 95% dos casos, e os
agentes causadores podem ser divididos
em contagiosos e ambientais.
Segundo banco de dados da On-
Farm, uma em cada três vacas com
MSC apresentam um patógeno contagioso
e eles têm grande importância
na ocorrência da doença. Por via de
curiosidade, informações extraídas de
1.178 rebanhos de OnFarmers (produtores
que utilizam o sistema OnFarm
de cultura na fazenda) apontam que
os patógenos contagiosos representam
34% dos casos positivos de MSC. É interessante
destacar que esses produtores
estão distribuídos em 20 estados brasileiros
e o número de amostras de MSC
analisadas totalizou 50 mil.
Em um quadro de MSC, as células
somáticas, que são compostas por leucócitos,
migram do sangue ao úbere
para auxiliar no combate da infecção,
situação que permite que a sua contagem
(CCS) seja ponto-chave no monitoramento
do processo inflamatório da
glândula mamária.
Alta CCS e perdas na produção de
leite
Em um experimento realizado nos
Estados Unidos a redução na produção
de leite na lactação total foi de 155kg
para primíparas e de 455kg para multíparas.
Vale pontuar que uma piora na
saúde do úbere é esperada em multíparas
no decorrer da lactação e isso ocorre
pela exposição prévia aos patógenos
causadores de mastite que podem resultar
em danos permanentes na glândula
mamária das vacas. Isso faz com que as
perdas de produção também sejam sentidas
nas lactações seguintes, comprometendo
a produção total dos animais.
Hand e colaboradores (2012) ao estudarem
2.835 rebanhos observaram
que quanto maior era a contagem de
células somáticas dos animais, maior
era a perda de produção de leite. Vacas
primíparas com CCS individual de 200
mil cél/mL deixaram de produzir 1,8%
de leite/dia e vacas multíparas com a
mesma contagem de células somáticas
deixaram de produzir 2,5% de leite/dia.
Já as vacas primíparas e multíparas com
CCS individual de 2 milhões cél/mL
deixaram de produzir 7,6 e 10,9% de
26
leite/dia, respectivamente.
Além da perda na produção de leite,
os prejuízos advêm do risco da evolução
da mastite subclínica para quadros clínicos;
comprometimento permanente
do tecido mamário; penalidades sofridas
no pagamento do leite; descarte prematuro
de vacas; despesas com médico
veterinário e tratamentos, entre outros.
A forma e a frequência de realização
e a organização dos dados provenientes
da CCS e do California Mastitis Test
(CMT) são fundamentais para gerar
informações úteis aos técnicos e proprietários
no intuito de inferir sobre a
real situação da fazenda. Esses dados,
de acordo com o Índice Ideagri de Leite
Brasileiro (IILB), referência sobre qualidade
e eficiência produtiva da pecuária
leiteira nacional, por consequência,
podem auxiliar na correta tomada de
decisão e na resolução dos problemas
eventualmente enfrentados.
Impacto na reprodução das vacas
leiteiras
Como a infecção estimula o sistema
imunológico da vaca, a doença também
acaba acarretando piora no desempenho
reprodutivo e são inúmeros os
estudos que observaram que, em comparação
com vacas não infectadas, a
probabilidade de concepção das fêmeas
foi reduzida quando elas foram diagnosticadas
com MSC, principalmente
quando os casos são crônicos.
Já foi demonstrado, por exemplo,
que a elevação de CCS antes e depois
da inseminação artificial (IA) está associada
à piora no desempenho reprodutivo
e à probabilidade da IA resultar em
prenhez pode ser reduzida em 18% em
vacas com CCS entre 200.000 e 399.000
células/ml. Essa probabilidade de prenhez
é reduzida mais ainda - em quase
26% - quando a CCS supera 399.000
células/ml. Isso comprova que a intensidade
da inflamação está associada à
maior redução da fertilidade.
Os mecanismos pelos quais a mastite
subclínica pode afetar a fertilidade
de vacas leiteiras ainda não estão bem
elucidados. Entre os possíveis fatores
são descritos: falha na ovulação e menor
produção de estradiol, menor manifestação
de estro, maior produção de
prostaglandina (PGF2α), aumento da
temperatura corporal e liberação de
moléculas que podem afetar o óvulo e
o embrião.
Foi possível concluir em uma outra
pesquisa que os agentes causadores de
mastite e a alta CCS exercem efeito deletério
sobre a fertilidade de vacas leiteiras
receptoras de embrião. Diferente de
outros trabalhos, neste, a MSC foi avaliada
também com base no isolamento
dos patógenos por meio da cultura
microbiológica; assim, a presença das
bactérias causadoras de MSC reduziu
a prenhez por transferência de embrião
(P/TE).
Animais com isolamento positivo de
agentes causadores de mastite tiveram
menor prenhez por transferência de
embrião aos 31 e aos 66 dias em relação
ao controle. O presente estudo mostrou
ainda que a CCS alta também tem impacto
negativo sobre a fertilidade, pois
as vacas que apresentaram CCS maior
que 400.000 céls/ml tiveram a P/TE reduzida
em 25,5%.
Cultura microbiológica na fazenda
A cultura microbiológica na fazenda
pode ser uma grande aliada no combate
e controle da mastite, pois ela é capaz
de identificar as fontes de infecção das
bactérias e selecionar as vacas que real-
27
REVISTA O GIROLANDO
DIVULGAÇÃO RÚMINA
Saúde do úbere deve ser prioridade nas fazendas
mente necessitam de tratamento. Um
dos intuitos da cultura é fazer com que
as bactérias responsáveis pela MSC não
passem despercebidas, não sirvam de
veículo e não comprometam os animais
saudáveis.
Para o melhor entendimento do potencial
problema das bactérias causadoras
de mastite subclínica é recomendado
o exame de cultura microbiológica
do leite em animais que apresentarem
CCS > 200 mil células/ml, e de todos
os novos casos de infecções subclínicas
(CCS <200 mil na análise anterior e >
200 mil na análise atual), dos animais
pós-parto (principalmente novilhas) e
de mastite clínica.
De acordo com informações da On-
Farm, quanto aos benefícios da cultura,
vários projetos sobre a avaliação da
tecnologia apontam para uma relação
custo-benefício de acima de 1:5; ou seja,
a cada R$1,00 investido na tecnologia,
o retorno é de R$5,00. Considerando
que o aumento da CCS acarreta grandes
prejuízos ao produtor de leite e à indústria
láctea, a cultura se torna uma ferramenta
indispensável para a produção
leiteira (ainda mais que hoje há opções
para que o pecuarista adote um sistema
de cultura com zero de investimentos
em estrutura ou equipamentos).
Pelos motivos apresentados neste
texto fica evidente a importância da
adoção de estratégias para o monitoramento
e controle da mastite subclínica
no rebanho. Os prejuízos acarretados
pela doença podem ser substanciais e
irreversíveis, fato que deve direcionar
ainda mais os produtores para o caminho
da prevenção.
Referências bibliográficas:
• BARBOSA, L.F.D.S.P. Impacto da
mastite subclínica na reprodução de vacas
leiteiras. 2013. x , 61 f. Dissertação
(mestrado) - Universidade Estadual
Paulista
Júlio de Mesquita Filho, Faculdade
de Medicina Veterinária e Zootecnia de
Botucatu, 2013. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/11449/96668>.
• Hand, K. J.; Godkin, A.; Kelton,
D. F. Milk production and somatic cell
counts: A
cow-level analysis. J. Dairy Sci.
95:1358–1362. 2012.
• Hudson, C. D., A. J. Bradley, J. E.
Breen, and M. J. Green. 2012. Associations
between udder health and reproductive
performance in United Kingdom
dairy
cows. Journal of dairy science
95:3683-3697.
• Lavon, Y., G. Leitner, U. Moallem,
E. Klipper, H. Voet, S. Jacoby, G. Glick,
R. Meidan,
and D. Wolfenson. 2011b. Immediate
and carryover effects of Gram-negative
and
Gram-positive toxin-induced mastitis
on follicular function in dairy cows.
Theriogenology 76:942-953.
• Vasconcelos, J.L.M; Santos, R.M.
Impacto da mastite sobre o desempenho
reprodutivo, MilkPoint, 2015. Disponível
em:
<https://www.milkpoint.com.br/
colunas/jose-luiz-moraes-vasconcelos-
-ricarda-s
antos/impacto-da-mastite-sobre-
-o-desempenho-reprodutivo-95616n.
aspx>.
Acesso em: 06/07/2022.
28
Sêmen disponível:
Tel. (16) 2105-2299
www.crvlagoa.com.br
LAGARTO - GPTA leite - 1.005
com confiabilidade de 77,65%
GIROLANDO 3/4
TESTE DE PROGÊNIE
A2A2
LAGARTO HUNTER da IFQ
Mãe: AMORA da IFQ | 14.315kg/365d
NEGRA LAGARTO DA IFQ
NASC 01/03/20
IFQ - 1456 | 3/4
ANGEL LAGARTO DA IFQ
7315-BK | 3/4
NASC 20/02/20
SAICA LAGARTO DA IFQ
6671-BG | 3/4
NASC 27/04/18 - PARIU 06/05/21
8.593 KG / 365 DIAS – 1º CRIA
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REVISTA O GIROLANDO
PASTAGEM
Eliana Geremia, Especialista em Desenvolvimento de Mercado
- Mosaic Fertilizantes - eliana.geremia@mosaicco.com
Marcell Alonso, Gerente de Pecuária - Mosaic Fertilizantes -
marcell.alonso@mosaicco.com
DIVULGAÇÃO AGROPECUÁRIA CHIARI
Importância do manejo do pastejo nos sistemas de produção leiteira
Controle da altura dos pastos melhora desempenho dos
animais
Dentro dos sistemas de produção
animal a pasto, o baixo consumo de
forragem foi, por muitos anos, indicado
como limitador do desempenho
animal, devido ao seu “baixo valor nutricional”.
Porém, ao longo dos últimos
anos diversos trabalhos demonstraram
que as plantas forrageiras quando bem
manejadas oferecem adequado valor
nutritivo. Esses trabalhos indicam ainda
que o monitoramento da frequência
e da intensidade do pastejo quando
controlados através da altura dos
pastos melhoram o desempenho dos
animais.
Nesse sentido, o manejo do pastejo
tem como principal objetivo identificar
qual é o ponto ótimo entre as necessidades
das plantas forrageiras manterem
sua área foliar e a melhoria e/ou
aumento da produção animal por área.
Para que se possa otimizar a produção
de leite com utilização de pastagens,
é necessário compreender a
fisiologia das plantas forrageiras e suas
características estruturais, tais como:
relação folha:caule, população de perfilhos,
produção e composição morfológica
da massa de forragem. Também
deve-se compreender de que forma
essas características poderão interferir
no consumo de nutrientes pelos animais
em pastejo ao longo do dia e, consequentemente,
influenciar a produção
de leite/animal/dia.
De maneira geral, quando as condições
de temperatura, luz, água, correção
e adubação do solo estão adequadas,
o desenvolvimento das plantas
forrageiras acontece de forma acelerada
e intensa. Nessas condições, temos
um aumento significativo na produção
de folhas verdes, o que permite alto
acúmulo líquido de forragem. Em outras
palavras, o crescimento é maior
que a senescência e morte foliar. Além
disso, é nessa fase de desenvolvimento
da planta que teremos as maiores
concentrações de nutrientes. Com o
passar do tempo, o processo de senescência
inicia-se devido a competição
por luz no interior do dossel forrageiro
e nas porções mais próximas do solo.
Essa competição e baixa incidência de
luz levam a planta ao alongamento de
colmos, com o objetivo de aumentar a
quantidade e qualidade de luz que chega
até à superfície do solo.
Quando esse processo se inicia,
normalmente o produtor percebe que
a massa de forragem por hectare aumenta;
no entanto, como ponto negativo
desse processo temos uma queda
considerável no teor de proteína bruta
e aumento na fração fibrosa da planta,
reduzindo sua digestibilidade. Outro
fator que devemos observar é o efeito
negativo e limitante que os colmos
têm sobre a profundidade do bocado
dos animais em pastejo e, consequentemente,
sobre o volume de forragem
apreendida em cada bocado deferido.
Ou seja, pastagens com alta participação
de colmos nos extratos superiores
reduzem a capacidade do animal explorar
a planta forrageira e aumentar a
massa do bocado. Quando isso acontece,
o animal passa maior tempo em
busca de locais de pastejo que favoreçam
o seu consumo, aumentando o seu
gasto energético nesse processo.
Em contrapartida, quando trabalhamos
com metas de manejo do pastejo
que permitem alta porcentagem
de folhas verdes com baixa proporção
de colmos, os animais aumentam a
profundidade na qual exploram o dossel
forrageiro, reduzem o número de
bocados deferidos, apresentam bocados
mais pesados e reduzem o tempo
30
31
REVISTA O GIROLANDO
Tabela 1: Altura de entrada e saída dos animais em método de pastejo rotativo,
considerando o uso de 95% da interceptação luminosa do dossel forrageiro.
Espécie Forrageira
Altura recomendada para
manejo do pastejo (cm)
Entrada
Saída
Brachiaria brizantha cv. Marandu 25 10 a 15
Brachiaria brizantha cv. Piatã 35 15 a 20
Pennisetum purpureum Schum. Capim elefante cv. Napier 85 35 a 45
Pennisetum purpureum Schum. Capim elefante cv. Cameron 85 a 90 40 a 50
Pennisetum purpureum Schum. Capim elefante cv. Kurumi 75 a 80 35 a 40
Cynodon spp. Tifton – 85 25 10 a 15
Cynodon dactylon (L.) - Coastcross e Florakirk 30 10 a 15
Panicum maximum cv. Mombaça 90 30 a 50
Panicum maximum cv. Tanzânia 70 30 a 50
de busca por ambientes pastoris adequados.
Em outras palavras, quanto frequência da desfolhação.
até agora e também a intensidade e a
A observação e a utilização dessas alturas de manejo das pastagens são
melhor extremamente for a forma importantes que a para forragem assegurar é um A bom frequência desempenho da dos desfolhação animais e nada
oferecida ao animal, maior será o potencial
de consumo e desempenho folhações. Ou seja, o tempo entre o
também garantir que o crescimento e desenvolvimento mais é que o da intervalo pastagem entre não duas seja des-
produtivo prejudicado por ao área. longo do tempo. Para garantir primeiro que a e pastagem o segundo permaneça pastejo com em uma
qualidade O que podemos na área, o manejo observar do pastejo com os leva mesma em consideração área, no as caso características de sistemas da com
diversos trabalhos publicados envolvendo
planta ferramentas conforme discutido de manejo até agora do pas-
e também ro de a vezes intensidade que um e a perfilho frequência é visitado da
método de pastejo ratativo, ou o númetejo,
desfolhação. é que toda planta possui um ponto em um determinado período de tempo,
no caso de sistemas contínuos de
ótimo para colheita, correlacionado a
um direcionador A frequência denominado da desfolhação índice nada mais produção é que animal. o intervalo entre duas
de desfolhações. interceptação Ou luminosa seja, o tempo (IL). entre Esta o primeiro IL e Em o segundo sistemas pastejo de em produção uma mesma leiteira,
tem como premissa 95% de interceptação
área, da no radiação caso de sistemas solar pela com método cobertura de pastejo utilizado ratativo, é ou o o sistema número intermitente, de vezes que ou
o método de manejo do pastejo mais
vegetal formada pelo pasto, sendo esse sistema rotativo, como é popularmente
percentual relacionado a diferentes alturas
das forrageiras. Também é nessa tação de manejo do pastejo desse sis-
conhecido. Por muito tempo, a orien-
condição de interceptação o ponto em tema era que fosse feito com base em
que encontramos o momento ideal dias fixos para a entrada dos animais
para o pastejo dos animais, possibilitando
elevado consumo de folhas ver-
o avanço dos estudos, constatou-se que
no piquete. Ao longo do tempo e com
des, alto valor nutricional e garantindo esse tipo de manejo não explora de forma
eficiente as pastagens ao longo do
a persistência da forrageira no ambiente
pastoril. A tabela abaixo traz a indicação
de altura de entrada e saída de
algumas das cultivares forrageiras mais
utilizadas na pecuária leiteira.
A observação e a utilização dessas
alturas de manejo das pastagens são extremamente
importantes para assegurar
um bom desempenho dos animais
e também garantir que o crescimento e
desenvolvimento da pastagem não seja
prejudicado ao longo do tempo. Para
garantir que a pastagem permaneça
com qualidade na área, o manejo do
pastejo leva em consideração as características
da planta conforme discutido
ano, devido às variações climáticas,
principalmente umidade e temperatura,
podendo ocorrer perdas significativas
em produção e desempenho animal.
Dando início ao uso de critérios
de entrada e saída dos animais nos
piquetes baseados na altura da planta.
A intensidade de desfolhação representa
o quanto essa planta foi desfolhada,
ou seja, é a razão entre a massa
de forragem que foi removida pelos
animais e a massa de forragem original
(massa de forragem disponível no
momento de entrada dos animais no
piquete). Em sistemas intermitentes a
intensidade de desfolhação é definida
pela altura pós pastejo.
Desfolhas mais severas (menor altura
após o pastejo) forçam o animal
a remover maior proporção de folhas
e colmos com menos digestibilidade.
Além disso, a maior remoção da área
foliar por parte dos animais aumenta
o tempo necessário para o rebrote, reduzindo
a frequência de desfolhação,
aumentando a mobilização de reservas
das raízes para repor o seu índice
de área foliar. Por outro lado, desfolhas
mais lenientes permitem que os
animais consumam maior proporção
de folhas jovens e mais nutritivas, potencializando
a produção.
De modo geral, a frequência de
desfolhação irá variar de acordo com a
velocidade de crescimento das plantas
e também em função da intensidade
do pastejo. A adubação das pastagens
é uma alternativa para intensificar ainda
mais a produção animal por área,
uma vez que sob condições adequadas
de umidade e temperatura, aceleram
o ritmo de crescimento e desenvolvimento
foliar e de novos perfilhos,
sendo possível aumentar o número de
animais por área, sem comprometer o
desenvolvimento da planta.
Entrada e saída dos animais dos piquetes deve ser baseada
na altura da planta
DIVULGAÇÃO AGROPECUÁRIA CHIARI
32
33
REVISTA O GIROLANDO
PASTAGEM
Manejo a pasto ganha em produtividade hídrica
Indicadores de eficiência leiteira influenciam na
produtividade hídrica
Se bem manejado, esse sistema supera o semiconfinamento e confinamento em
relação a esse índice
Resultado de pesquisa da Embrapa
Pecuária Sudeste, de São Carlos, mostrou
que sistemas de produção de leite
a pasto com bons índices de eficiência
produtiva e bem manejados, apresentaram
produtividade hídrica superior
a modelos mais intensivos, como semiconfinamento
e confinamento. A
produtividade hídrica é a relação do
produto (leite) pelos litros de água
consumidos para produzi-lo, levando
em consideração consumos diretos e
indiretos.
Segundo o pesquisador Julio Palhares,
que coordenou o estudo, independentemente
do tipo de sistema
utilizado pelo produtor, a produtividade
hídrica é influenciada pelos indicadores
de produção total do leite da
fazenda, a porcentagem de vacas em
lactação e o tipo de alimentação oferecido
aos animais. A pesquisa avaliou
a produtividade hídrica de 67 propriedades
leiteiras no sul do Brasil. Foram
57 fazendas a pasto; sete, semiconfinadas
e três, utilizando o confinamento,
localizadas em uma das principais bacias
leiteiras do Estado do Rio Grande
do Sul, a de Lajeado Tacongava.
As propriedades estão situadas em
quatro municípios: Serafina Corrêa,
União da Serra, Guaporé e Montauri
– que representam 81,7% do total de
fazendas leiteiras da região. Todas as
propriedades em sistemas de produção
semiconfinado e confinado foram
analisadas, e 83,8% daquelas que adotam
sistema a pasto. O trabalho foi publicado
na Revista Internacional Journal
Science of the Total Environment
em parceria com o Leibniz Institute
for Agricultural Engineering and Bio-
34
SESMARIA
35
REVISTA O GIROLANDO
Sistemas a pasto de produção
economy, a Universidade de Caxias do
Sul e a Emater (RS).
No sistema a pasto, a produtividade
hídrica do leite variou de 0,27 a 1,46
kg de leite por metro cúbico de água;
no sistema semiconfinado a variação
foi de 0,59 a 1,1 kg de leite; no confinado,
de 0,89 a 1,09 kg de leite por
metro cúbico de água. “Quanto maior
a produtividade hídrica, melhor o uso
da água dentro da porteira”, explica
Palhares. Das fazendas a pasto analisadas,
20 apresentaram maior produtividade
hídrica do que todas as propriedades
do sistema semiconfinado.
Quando comparado ao confinado, o
modelo baseado em pastagem alcançou
resultados semelhantes - foi observada
maior produtividade hídrica
em 22 fazendas.
“A grande variabilidade da produtividade
hídrica era esperada, pois o
indicador é influenciado por vários
aspectos produtivos, o que reforça a
importância de avaliá-lo em escala
de fazenda. Elevadas produtividades
hídricas podem ser alcançadas, independente
do sistema de produção,
desde que ele seja bem manejado”, explica
o pesquisador.
Sustentabilidade
A água é um dos fatores de produção
mais importantes para a atividade
leiteira. Ela é essencial para a produção
de alimentos aos animais, para o
consumo do gado e para a realização
dos serviços de limpeza. Segundo Palhares,
a gestão adequada do recurso
nos sistemas de produção precisa ser
implementada para garantir a sustentabilidade
da atividade leiteira.
“A avaliação da produtividade hídrica
permite identificar os pontos de
fragilidade no uso da água e, consequentemente,
propor boas práticas do
seu uso. A produtividade hídrica é dependente
do tipo de sistema de produção,
espécies e raça do animal, e o tipo
e a origem dos componentes da dieta
animal. Dessa forma, é fundamental
avaliar a produtividade hídrica em escala
de fazenda para ajudar o produtor
a entender os fluxos de água e otimizar
o uso desse recurso”, conta Palhares.
A adoção de boas práticas com o
objetivo de alcançar uma maior eficiência
no uso da água, além de reduzir
o consumo, melhora a produtividade
hídrica. Para o pesquisador, a maneira
mais rápida de melhorar o valor da
produtividade hídrica se dá pelo correto
manejo nutricional, com impacto
na redução do custo de produção da
atividade leiteira. De acordo com ele,
um sistema menos intenso com alta
produtividade de água pode significar
menor custo de produção, menos
dependência de insumos externos,
menor necessidade absoluta de água
e menor geração de resíduos por área.
“A intensificação do sistema leiteiro
é uma tendência mundial, principalmente
por razões econômicas,
como proporcionar ganhos de escala.
No entanto, sabe-se que a intensificação
tem passivos ambientais e sociais.
Se pudermos ter elevada produtividade
hídrica em sistemas menos intensificados,
é um ponto que contribui para
viabilidade ambiental do sistema de
produção, bem como agrega valor ao
produto”, explica.
Ao analisar a intensificação dos
sistemas de produção, como fazendas
confinadas, sob a perspectiva da produtividade
leiteira, estes sistemas são
mais vantajosos. Mas essa perspectiva
não pode mais ser a única na avaliação
de produtos de origem animal. A
dimensão ambiental também deve ser
considerada em seus múltiplos aspectos,
como água, emissões de gases do
efeito estufa, uso eficiente de nutrientes
e preservação da biodiversidade
destaca.
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37
REVISTA O GIROLANDO
GESTÃO
Deisiane Soares Murta Nobre, Médica Veterinária, especializada em Clínica de
Bovinos pela USP e Mestre em Clínica Veterinária pela USP; Analista de Dados do SobControle
Fazenda. Carlos Augusto de Assis Lima, MSC pelo Instituto Militar de Engenharia,
Engenheiro de Sistemas e Computação pela UERJ, Criador de Girolando
KEVIN KU
A importância da avaliação fenotípica para a
evolução
Análise de dados ajuda na tomada de decisão
O melhoramento genético do rebanho
é uma importante estratégia para a rentabilidade
da atividade leiteira. Está relacionado
à eficiência da propriedade, por
seguir o caminho da produtividade e longevidade
da vida produtiva dos animais. O
gado Girolando, por ser uma raça híbrida,
precisa ser submetido a cruzamentos cuidadosamente
estudados para que a rusticidade
da raça não se sobreponha a sua
capacidade produtiva. Assim, os cruzamentos
precisam ser analisados para saber
quais matrizes serão inseminadas com o
sêmen de determinado touro de forma a
elevar o potencial produtivo do rebanho e
da raça.
No momento da escolha do touro,
muito destaque é dado para o potencial
de aumento da produção de leite. Porém,
a capacidade de volume produzido depende
não apenas do potencial de produção
do animal, mas de diversas características
genéticas da vaca, que vão desde a conformação
de membros até o comprimento
dos tetos, entre outras características. Tais
características são transmitidas à prole,
e cada uma apresenta diferentes graus de
herdabilidade, isto é, possui determinado
percentual de transmissão às filhas.
Os fatores genéticos dos animais podem
ser aparentes ou não, podem ser visíveis
ou mensuráveis facilmente; ou necessitam
de exames específicos para que seja
possível conhecer as características que
esses animais têm capacidade de passar
para a prole.
Os fatores genéticos aparentes fazem
parte do chamado fenótipo, e a partir deles
é feita a avaliação fenotípica e linear.
Os fatores genéticos não aparentes são o
genótipo, e são observados por exames
moleculares, ou seja, a partir do DNA dos
animais.
As características genotípicas e fenotípicas,
associadas à genealogia do animal,
permitem a realização da chamada avaliação
genômica, uma ferramenta cada
vez mais utilizada que apresenta diversas
vantagens para diminuir o intervalo entre
gerações.
A avaliação linear é um método de
quantificação das características de conformação
dos animais, que são características
fenotípicas das vacas. Os criadores
da raça Girolando seguem as diretrizes
do Sistema de Avaliação Linear Girolando
(Salg).
As características mensuradas
estão ligadas:
- à conformação e capacidade corporal;
- à força leiteira;
- ao sistema locomotor;
- à garupa e
- ao sistema mamário.
As características analisadas na avaliação
linear são consideradas preditoras de
boas performances dos animais em sua
aptidão, isto é, conseguem prever, com
certo grau de acurácia, a performance produtiva
dos animais.
Mais que isso, a predição do valor genético
é também uma forma de obter características
altamente desejáveis da prole,
por meio do cruzamento dos animais de
forma a alcançar fenótipos de interesse
para a propriedade e para a raça.
A avaliação linear, juntamente com o
controle leiteiro, é utilizada para análise no
teste de progênie (prova do touro). O touro
deverá ser avaliado quanto à capacidade
prevista de transmissão para a produção
de leite (PTAL), que deve ser sempre positivo.
Além disso, a escolha do touro mais
benéfico para o cruzamento dependerá,
também, da confiabilidade dos dados.
Para isso, é necessário que sejam coletados
38
Assim, a seleção genômica aumenta a confiabilidade para a predição de
valores genéticos ao incluir os dados de marcadores moleculares.
Informações
genéticas
Informações
fenotípicas
Genealogia
do animal
AVALIAÇÃO
GENÔMICA
os dados de pelo menos três filhas com
medidas de Salg suficientes para a realização
dos cálculos. Esses dados permitirão a
elaboração do gráfico do touro, que auxiliará
na escolha desse para o melhoramento
genético do rebanho.
Isso significa que o comportamento
dos dados já existentes permite a predição
dos valores de futuras filhas de um determinado
touro com uma determinada
vaca. Esses cálculos de predição, utilizados
posteriormente para tomada de decisão,
são o fundamento da ciência de dados
aplicada dos à pecuária dados leiteira. coletados.
A avaliação genômica, por sua vez,
considera a seleção dos animais de acordo
com valores genéticos genômicos. Isso depende
de três tipos de informações:
- o pedigree do animal (história reprodutiva,
fornecida pela Associação);
- o fenótipo do animal (controle leiteiro
e classificação linear);
- o genótipo do animal (obtidos por
meio de marcadores moleculares).
As informações de genótipo permitem,
também, que animais jovens possam
ter os valores preditos de forma mais acurada,
diminuindo o intervalo entre gerações,
pois permitem obter os valores antes
mesmo de o animal expressar o fenótipo.
Assim, a seleção genômica aumenta a
confiabilidade para a predição de valores
genéticos ao incluir os dados de marcadores
moleculares.
A avaliação genômica, portanto, se baseia
em dados coletados, juntamente com
informações genéticas dos animais e cálculos
preditivos. Portanto, a acurácia/confiabilidade
da avaliação genômica depende
da confiabilidade dos dados coletados.
Os dados fenotípicos, genotípicos e de
pedigree de cada animal podem ser inseridos
no sistema de gerenciamento de dados
da fazenda para o controle intra-propriedade.
Além disso, os dados podem ser
integrados, automaticamente, com a Associação.
A automatização desse processo
não apenas facilita o dia a dia do produtor,
mas também viabiliza a criação de um painel
genômico da raça no País.
A integração dessas informações pode
ser utilizada pela Associação para embasar
estratégias para o melhoramento da raça
no País, auxiliando os associados. Quanto
aos próprios associados, a informação facilmente
disponível permite a escolha do
touro que melhor se adeque as suas necessidades
de melhoramento na fazenda.
A avaliação genômica é feita a partir
de dados genéticos e predição matemática.
Para que a avaliação genômica seja viável,
é necessário garantir a veracidade das informações
fornecidas na genealogia e nas
avaliações fenotípica e linear. Por isso, é tão
importante a realização sistemática de coleta
de dados. Quando o registro de informações
é realizado de forma organizada e
regular, pode-se garantir o cálculo preditivo
em seu maior potencial de acurácia.
O criador precisa manter um controle
zootécnico para consulta do serviço de
controle leiteiro. Enfatiza-se, mais uma
vez, que esse arquivo pode estar registrado
em um sistema digital com informação
individual dos animais, o qual pode ser
integrado ao sistema digital da própria Associação.
A avaliação genômica é baseada em
algoritmos, isto é, equações que incluem
os fatores e o peso de cada um deles para
cada critério avaliado do touro ou da vaca.
Como já mencionado, esses cálculos dependem
do pedigree, fenótipo e genótipo
do animal. Porém, pode haver a necessidade
de auditoria desse algoritmo, isto é,
saber se os cálculos estão sendo realizados
de forma justa para todos os lados envolvidos.
Por isso, é importante o registro do
banco de dados, que pode ser realizado
em um sistema digital de gerenciamento;
bem como a forma de coleta desses dados.
A Associação da raça em questão é um
importante ator nesse cenário, visto que a
coleta de dados fenotípicos é monitorada
por ela. Em um sistema de gerenciamento
integrado ao sistema da associação, esse
processo é facilitado.
Um outro ponto a ser auditado é a
forma de testar o código do algoritmo,
A avaliação genômica, portanto, se baseia em dados coletados, juntamente
com informações genéticas dos animais e cálculos preditivos. Portanto, a
acurácia/confiabilidade da avaliação genômica ou depende seja, saber como da foi confiabilidade
testada a acurácia
desse código para a obtenção de resultados
não enviesados. Esse processo é mais facilmente
garantido quando a equipe envolvida
no desenvolvimento do código possui
experiência consolidada tanto na ciência
Os dados fenotípicos, genotípicos e de pedigree de cada animal podem ser
de dados quanto na produção leiteira. Isso
garante que os códigos levarão em conta
os fatores realmente relevantes para o cenário
desejado pelo produtor.
A veracidade da informação do algoritmo
pode permitir ao produtor informar
o controle leiteiro de seus animais registrados.
No sistema digital de gerenciamento
de dados da fazenda, o produtor insere a
produção de leite individual, e na integração
dos dados com a Associação, o controle
leiteiro é realizado de forma automática.
Conclui-se, portanto, que a utilização
da avaliação genômica é a estratégia do futuro
iminente para o melhoramento genético
da raça Girolando, mas a garantia de
seus resultados depende da qualidade de
inseridos no sistema de gerenciamento de dados da fazenda para o controle
intra-propriedade. Além disso, os dados podem ser integrados,
automaticamente, com a Associação. A automatização desse processo não
apenas facilita o dia a dia do produtor, mas também viabiliza a criação de um
painel genômico da raça no País.
A integração dessas informações pode ser utilizada pela Associação para
coleta dos dados, bem como da precisão
dos cálculos realizados pelo algoritmo.
embasar estratégias para o melhoramento da raça no País, auxiliando os
associados. Quanto aos próprios associados, a informação facilmente
disponível permite a escolha do touro que melhor se adeque as suas
necessidades de melhoramento na fazenda.
A avaliação genômica é feita a partir de dados genéticos e predição
matemática. Para que a avaliação genômica seja viável, é necessário garantir
Coleta de dados na fazenda auxilia na gestão
a veracidade das informações fornecidas na genealogia e nas avaliações
fenotípica e linear. Por isso, é tão importante a realização sistemática de
DIVULGAÇÃO
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40
41
REVISTA O GIROLANDO
GENÉTICA
Sabrina Kluska, Pamela Itajara Otto, Darlene Daltro, Renata
Negri, Delvan Alves, Jaime Cobucci e Marcos Vinicius
Gualberto Barbosa da Silva. Equipe Embrapa Gado
de Leite
Sistema de Avaliação Linear Girolando
Como utilizar os resultados na prática?
42
O sistema de avaliação linear
do Girolando (SALG) engloba 22
características distribuídas nos
grupos de conformação e capacidade
corporal, força leiteira, sistema
locomotor, garupa e sistema
mamário. Em 2022, os resultados
para as características dos sistemas
locomotor e mamário, totalizando
11 características, foram
publicadas no Sumário de Touros
da raça Girolando. No ano que
vem, as demais características
devem ser publicadas.
Problemas relacionados aos
sistemas locomotor e mamário
levam ao descarte precoce dos
animais, reduzindo assim sua
vida produtiva. Neste sentido, a
seleção para estas características
tem alto impacto econômico
na atividade leiteira. A avaliação
linear auxilia o produtor na seleção
de animais para compor o rebanho,
pois entendendo os pontos
fracos, é possível identificar
as características que devem ser
trabalhadas para se obter animais
mais produtivos, funcionais, saudáveis,
longevos e, sobretudo,
apropriados ao sistema de produção.
Os resultados do SALG são
publicados no Sumário de Touros
na forma de STAs. A STA é
a habilidade prevista de transmissão
padronizada, ou seja, a
PTA padronizada. A utilização
de STAs permite comparar características
que são mensuradas
em diferentes unidades, uma vez
que na padronização a unidade
das características passa a ser em
desvios-padrão.
É importante entender como
a seleção para o SALG funciona
na prática, ou seja, lá na fazenda.
Para melhor elucidar, vamos
abordar um exemplo. Na fazenda
“X” um grande de número de
animais apresenta problemas relacionados
a largura de úbere, ou
seja, animais com úberes estreitos.
É importante salientar que o
acasalamento destes animais com
um touro com STA extremamente
positiva para largura de úbere
não necessariamente resultará
em uma progênie com largura de
úbere próximo do desejado. Vamos
entender porque isto acontece.
O melhoramento é populacional,
portanto, o que altera é a média
das progênies daquele touro.
No caso abordado acima, assim
como em outros casos em que se
deseja corrigir problemas relacionados
as características do SALG,
o ideal é que se agrupe os indivíduos
de acordo com o defeito
e, ou, problema a ser melhorado,
e acasale este grupo com um determinado
touro ou um grupo de
touros com STA interessante para
a situação. Não é correto afirmar
que o acasalamento resultante de
uma única vaca com úbere estrei-
43
REVISTA O GIROLANDO
LUCAS GUERRERO
to, com um touro com STA muito
positiva para largura de úbere,
irá produzir uma a progênie
com úberes mais largos do que a
mãe. Entretanto, quando um grupo
de vacas com úberes estreitos
for acasalado com um touro que
tenha STA alta e positiva para
largura de úbere, a média da progênie
destes acasalamentos deve
ser melhor do que a das mães.
Sistema mamário deve ser alvo da seleção
Evidenciando a necessidade da
utilização de grupos de touros
que possuam STA’s próximas ao
ideal, aumentando a frequência
dos genes responsáveis pela característica
eleita como ideal na
população.
Entendendo como a ferramenta
funciona é possível se obter
ganhos por meio da seleção para
as características alvo de melhoramento
e assim produzir animais
mais eficientes, com menor
número de problemas e que permanecerão
por mais tempo no
rebanho, reduzindo o custo com
reposição de fêmeas.
Além das STAs para as características
lineares de sistema
locomotor e mamário os resultados
da PTA leite, acurácia da
PTA leite, o número de filhas
com medidas para o linear, e dois
compostos: composto de sistema
mamário Girolando (CSMG) e o
composto de sistema locomotor
Girolando (CSLG) também estão
presentes no sumário. É importante
ressaltar que a seleção
dos reprodutores ainda deve ser
feita pela PTA leite e a acurácia
da PTA leite deve ser entendida
como uma medida da intensidade
de uso do reprodutor. Animais
mais jovens tendem a ter PTAs
superiores e acurácias menores,
entretanto, apesar da acurácia
ser menor, estes animais devem
ser utilizados como reprodutores,
mas em menor intensidade,
pois acurácia baixa não implica
em animais ruins e sim animais
com pouca informação para gerar
PTAs com acurácia superior.
As características de linear devem
ser entendidas como características
auxiliares à produção
de leite. Os compostos de sistemas
mamário e locomotor englobam
as características de sistema
mamário e locomotor, respectivamente.
Cada uma das características
tem um peso dentro do
composto, dependendo da sua
importância para a raça. Maiores
informações a respeito dos
pesos de cada um dos compostos
podem ser consultadas no sumário
da raça Girolando publicado
neste ano. Na prática preconiza-
-se selecionar animais com valores
moderadamente positivos
para o CSLG e para o CSMG. O
uso dos compostos permite selecionar
animais para mais de uma
característica simultaneamente,
que seja, todas as características
que o compõe.
44
45
REVISTA O GIROLANDO
GENÉTICA
Renata Negri, Darlene Daltro, Sabrina Kluska, Pamela Itajara
Otto, Edivaldo Ferreira Junior, João Cláudio do Carmo Panetto
e Marcos Vinicius Gualberto Barbosa da Silva. Equipe Embrapa
Gado de Leite/Girolando
Tolerância ao estresse térmico e eficiência tropical
A pecuária leiteira brasileira pode
ser estratificada em diferentes níveis
organizacionais e tecnológicos, que
vão desde as pequenas propriedades
rurais até grandes cooperativas,
gerando empregos e produzindo
alimentos com qualidade. Genuinamente
brasileira, a raça Girolando
está presente na maioria das propriedades
rurais e tem papel fundamental
na cadeia dos lácteos no País,
sendo responsável por 80% do leite
produzido.
No entanto, para a viabilidade
e sustentabilidade da propriedade
rural, é essencial que os animais recebam
boa alimentação (em quantidade
e em qualidade), tenham boa
sanidade e sejam mantidos dentro
da zona de termoneutralidade para
que, assim, possam expressar o máximo
do seu potencial genético para a
produção de leite. A zona de termoneutralidade
consiste na faixa ideal
de temperatura e de umidade para o
conforto térmico do animal.
Uma característica marcante dos
sistemas de produção de leite nacional
é o predomínio do regime alimentar
a pasto. Para contornar os desafios
climáticos impostos nesse tipo
de sistema em regiões tropicais, duas
estratégias podem ser utilizadas: as
modificações estruturais do ambiente
de produção e a identificação de
animais tolerantes ao estresse térmico
e seu uso em sistemas de acasalamento.
As modificações estruturais
do ambiente, apesar de promoverem
condições de conforto térmico no local
onde são instaladas, geralmente
requerem alto investimento, constante
manutenção e não são herdáveis
geneticamente pelos animais. Por sua
vez, a seleção genética para termotolerância
provavelmente é a estratégia
mais viável e efetiva, pois representa
uma ferramenta que pode melhorar
de forma permanente a tolerância do
estresse térmico dos animais.
Uma importante fonte de informação
para avaliar o conforto ou o
desconforto (estresse térmico) do
animal em relação ao ambiente e/ou
ao clima, é o índice de temperatura
e umidade (ITU), o qual combina
em uma única variável os valores de
temperatura e de umidade relativa do
ar. O ITU desempenha papel expressivo
na caracterização de diferentes
ambientes produtivos e serve como
um descritor ambiental para avaliar
o desempenho animal nas diferentes
combinações de temperatura e umidade.
No Sumário de Touros Girolando
2022 foi apresentada a avaliação dos
touros para Tolerância ao Estresse
Térmico. Para a realização desse trabalho
foram considerados dados coletados
pelo Controle Leiteiro Oficial
do Girolando entre os anos de 2000
46
relativa do ar. Na mesma imagem, consta para comparação, o limite de
conforto térmico identificado na raça Holandesa (ITU 74), utilizando a
mesma metodologia (NEGRI, 2021).
FIGURA 1 – Limites de conforto térmico para diferentes composições raciais
a 2020. Cada controle leiteiro foi umidade aferidas no dia do controle
considerado Ainda como na Figura uma 1 observação é possível observar são as a superioridade principais causas dos animais de variação
e a Girolando ele foi associada para tolerância a informação ao estresse do térmico. da produção A diferença de leite. pode A chegar partir a dessa
ITU no dia do controle, constituindo constatação científica, também foi
uma 10ºC base quando de dados comparamos mais os limites de 650 extremos possível de identificar tolerância ao o calor. limiar Essa de conforto
quando térmico se trata para de sistemas composições de
mil diferença controles é leiteiros, extremamente de mais significativa de 69
mil vacas e com aproximadamente 21 raciais e quantificar as perdas de produção
toleram de temperaturas leite. mais altas e
mil produção animais a genotipados.
pasto, pois animais Girolando
umidades A informação mais baixas, do ITU quando foi comparados obtida à O raça limite Holandesa. A conforto composição térmico
por meio de estações meteorológicas
racial públicas 5/8H próximas merece destaque aos rebanhos. especial, pois ITU lidera, 77, juntamente para animais com 3/4H animais o limite
identificado para animais 7/8H foi
Análises 1/2H e 1/4H, preliminares a tolerância identificaram ao estresse térmico. foi ITU 78, enquanto que para animais
1/4H, 1/2H e 5/8H o limite que as informações de temperatura e
de
conforto térmico foi ITU 80.
A Figura 1 ilustra os limites de
conforto térmico de cada uma das
composições raciais e traduz os valores
de ITU para temperatura e
umidade relativa do ar. Na mesma
imagem, consta para comparação, o
limite de conforto térmico identificado
na raça Holandesa (ITU 74), utilizando
a mesma metodologia (NE-
GRI, 2021).
Ainda na Figura 1 é possível observar
a superioridade dos animais
Girolando para tolerância ao estresse
térmico. A diferença pode chegar a
10ºC quando comparamos os limites
extremos de tolerância ao calor. Essa
diferença é extremamente significativa
quando se trata de sistemas de
produção a pasto, pois animais Girolando
toleram temperaturas mais
altas e umidades mais baixas, quando
comparados à raça Holandesa.
A composição racial 5/8H merece
destaque especial, pois lidera, juntamente
com animais 1/2H e 1/4H, a
47
REVISTA O GIROLANDO
Conforto térmico influencia na produtividade do rebanho
tolerância ao estresse térmico.
Quando comparamos as curvas
médias de produção de leite de animais
Girolando em conforto, em
relação aos animais em estresse térmico,
foi possível quantificar perdas
médias de produção de leite superiores
a 1.000kg de leite, considerando
uma lactação de 305 dias. Em casos
extremos, as perdas produtivas superaram
os 2.000kg de leite por lactação.
Valores muito expressivos e
que demonstram que uma vaca, em
uma única lactação, pode deixar de
produzir até 34%. Animais mais produtivos
tendem a sofrer mais com as
variações de temperatura e umidade.
Por meio da avaliação genômica
foi possível obter a GPTA (PTA genômica)
dos touros para cada combinação
de ITU. Após analisar a trajetória
das GPTAs de cada touro, os animais
foram classificados conforme categorais
de sensibilidade ambiental: sensível
+ (touros cujas filhas reduzem a
produção em ambientes mais quentes
ou mais úmidos); sensível – (touros
cujas filhas aumentam a produção
em ambientes mais quentes ou mais
úmidos); robusto (touros cujas filhas
mantêm produções estáveis, independente
da combinação de temperatura
e umidade).
Na prática, essa informação servirá
como ferramenta auxiliar na seleção
dos animais e possibilitará o uso
de um genótipo mais adequado para
as diferentes regiões do Brasil. Isso
significa que a escolha dos touros
deve continuar sendo feita com base
na produção de leite e demais características
de interesse, utilizando a
informação de tolerância ao estresse
térmico como critério suplementar
para a tomada de decisão de seleção.
Em propriedades cujo estresse
térmico não é um problema, os produtores
podem utilizar o sêmen de
qualquer touro que consta no sumário
(robusto, sensível + ou sensível –).
Em situações onde o estresse térmico
é decorrente das altas temperaturas
e/ou umidade, é recomendado o uso
de touros classificados como robusto
e sensível -. Nos sistemas de produção
em que as baixas temperaturas e/
ou umidade são prejudiciais, deve ser
priorizado o uso de animais robusto
e sensível +. Em locais cuja oscilação
de temperatura e/ou umidade alcança
os extremos ao longo do ano, é
aconselhado o uso de animais classificados
como robusto.
Outro lançamento apresentado
no Sumário de Touros Girolando
2022 foi o Índice de Eficiência Tropical
do Girolando (IETG), o qual
combina as STAs de cada touro para
tolerância ao estresse térmico e longevidade.
Esse índice permite avaliar
e classificar os animais de acordo
com sua eficiência produtiva em clima
tropical, identificando os animais
mais termotolerantes, produtivos e
longevos.
Maiores valores do IETG indicam
os melhores animais para eficiência
na produção de leite em clima tropical.
Desse modo, este índice permite
ao produtor identificar animais mais
(ou menos) produtivos sob condições
de estresse térmico, contribuindo
para a seleção ou descarte dos
mesmos, gerando impactos positivos
e diretos na lucratividade da atividade
leiteira.
Os resultados obtidos reafirmam
que o estresse térmico é um problema
real e pode ser considerado um
dos principais vetores de grandes
prejuízos na cadeia do leite. No entanto,
a raça Girolando mostra grande
potencial para seleção de animais
tolerantes ao estresse térmico e eficientes
em produção de leite. Todas
essas pesquisas constituem um conjunto
de recursos que permitirão
desvendar cada vez mais o potencial
e a versatilidade do Girolando, fornecendo
argumentos comprovados
cientificamente para fomentar o uso
de touros Girolando em todas as regiões
do País e no exterior.
Referência
NEGRI, R. Inclusão de variáveis
bioclimatológicas na avaliação genética
de bovinos leiteiros: Abordagem
no estresse térmico na seleção animal.
Tese (Doutorado) - Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade
de Agronomia, Programa de
Pós-Graduação em Zootecnia, Porto
Alegre, 166 f., 2021.
48
G E N É T I C A A D I T I V A
PRESSÃO DE
SELEÇÃO QUE GERA
UMA DAS MELHORES
GENÉTICAS DO PAÍS
5º LUGAR
Categoria Maior Média
de PTA e GPTA para
Produção de Leite
201-400 animais
GenéticaAditiva
www.geneticaaditiva.com.br
49
REVISTA O GIROLANDO
GENÉTICA
Darlene Daltro, Renata Negri, Sabrina Kluska, Pamela Otto,
Edivaldo Ferreira Junior, Jaime Araujo Cobuci, João Cláudio
Panetto e Marcos Vinicius Gualberto Barbosa da Silva.
Equipe Embrapa Gado de Leite/Girolando
Curva de lactação em vacas Girolando
Uma das principais ferramentas
para predizer o desempenho
produtivo de vacas leiteiras é a
curva de lactação, a qual pode ser
definida pela representação gráfica
da produção de leite de uma
vaca ao longo da lactação. O conhecimento
da curva de lactação
de cada animal pode ser útil para
estimar a produção de leite em
qualquer período da lactação. Isso
pode se tornar de grande impor-
tância, dado que o comportamento
da curva média de lactação de vacas
de um rebanho nos auxilia na
seleção dos animais mais produtivos
e no descarte dos animais de
baixa produtividade. Além disso,
podemos utilizar o conhecimento
do formato da curva de lactação
para auxiliar na adequação de técnicas
de alimentação e manejo do
rebanho.
No geral, a curva de lactação
50
ÁDAMO
O pico de produção nada mais é do que a altura da curva de lactação
(Figura 1), ou seja, é o volume de leite produzido nos dias de maior produção
para uma dada lactação. É um dos principais fatores que determinam a
produção total de leite, a duração e o declínio da lactação das vacas. Nas
raças europeias, normalmente este pico de produção ocorre entre 45 e 60 dias
após o parto. Já nas raças zebuínas ou sintéticas, esse pico de produção ocorre
típica de vacas leiteiras apresenta próximo pico de produção 30 dias após ocorre o entre parto. 45 Todavia, pode ser nossos visualizado estudos na com representação
gráfica abaixo (Figura 1).
a raça
inicialmente uma fase ascendente, e 60 dias após o parto. Já nas raças
ou seja, período da lactação em Girolando, zebuínas demostraram ou sintéticas, que esse o pico ocorreu Esse comportamento entre 50 e 55 dias de curva após o
que as produções diárias de leite de produção ocorre próximo de 30 de lactação observado na raça Girolando
demonstram maior proxi-
estão aumentando. Em seguida, parto, como pode ser visualizado na representação gráfica abaixo (Figura
dias após o parto. Todavia, nossos
cerca de 30 a 60 dias após o início
1). estudos com a raça Girolando, demostraram
que o pico ocorreu en-
lactação dos animais de raças eumidade
com o formato típico da
da lactação, a produção alcança
pontos máximos, chamado pico e, tre 50 e 55 dias após o parto, como ropeias.
então, ocorre uma longa fase descendente,
que é determinada de 24 Pico de Lactação
persistência na lactação. Assim a
curva de lactação pode ser dividida
22
em três fases: produção inicial,
taxa de acréscimo da produção até
o pico e uma fase de declínio continuada
até o fim da lactação.
O pico de produção nada mais
é do que a altura da curva de lactação
(Figura 1), ou seja, é o volume
de leite produzido nos dias
20
18
16
14
de maior produção para uma dada 12
lactação. É um dos principais fatores
que determinam a produção
5 55 105 155 205
total de leite, a duração e o declínio
da lactação das vacas. Nas ra-
Dias em lactação
255 305
ças europeias, normalmente este Figura 1 – Curva de lactação de animais da raça Girolando.
Produção de leite (kg)
Esse comportamento de curva de lactação observado na raça
Girolando demonstram maior proximidade com o formato típico da lactação
51
Para que a raça se torne cada
vez mais competitiva no mercado
é essencial que ocorra a seleção de
animais com maior persistência na
lactação, o qual é considerado o
componente de maior importância
da curva de lactação. Ressalta-se
que a curva de lactação apresenta
variações entre raças, composições
raciais e entre os animais individualmente
comparados. Essas
variações na curva dentro de diferentes
composições raciais, por
exemplo, podem ser visualizadas
na Figura 2, onde são apresentadas
as curvas de lactação de duas
composições raciais para a formação
da raça Girolando (5/8H bimestiço).
É importante ressaltar ainda
que a seleção para persistência na
lactação modificará a curva de lactação
para que ela atinja cada vez
mais o padrão ideal de formato,
tornando os animais cada vez mais
produtivos e eficientes (capazes de
gerar maior retorno econômico).
Como a persistência na
lactação é a capacidade da vaca em
manter sua produção de leite após
atingir sua produção máxima (ou
o pico de lactação), ao obtermos
vacas de mesmo nível de produção
de leite que apresentarem curva
com menor inclinação no período
de lactação, serão consideradas
possuidoras de maior persistência,
pois terão uma distribuição mais
equilibrada da produção de leite
ao longo da lactação.
A persistência é considerada o
componente mais importante da
curva de lactação, pois o custo
da produção de leite depende em
grande parte dessa medida. Portanto,
vacas com maior persistência
na lactação apresentam várias
vantagens, principalmente em relação
aos aspectos econômicos,
dado que maior retorno é obtido
pela produção adicional de leite
na lactação. Também há redução
dos custos com alimentação, pois
elas têm necessidade energética
mais constante ao longo de toda a
lactação, permitindo a utilização
de alimentos mais baratos. Outras
vantagens da seleção para maior
persistência na lactação é que elas
estão sujeitas ao menor estresse
fisiológico, devido à ausência de
produções elevadas no pico de
lactação, o que minimiza a incidência
de problemas reprodutivos
e de doenças de origem metabólica.
Vale ressaltar também que curvas
de lactação com maiores persistências
podem influenciar, de respectivos pesos (ou ponderadores):
forma positiva, a longevidade dos
animais e adiar o período médio Com o IPPL é possível classificar
os animais de acordo com
para o descarte voluntário.
Devido a importância da persistência
na lactação para ativida-
balanço da persistência na lacta-
sua habilidade para transmitir um
de leiteira e objetivando aumentar
ção e da produção de leite em até
a produtividade do rebanho Girolando,
trazendo maior retorno
305 dias, possibilitando alterar
o desempenho médio da população.
De outra maneira, podemos
econômico para os criadores inserimos
essa característica no Sumário
de Touros da raça Girolando, concluir que o uso deste índice
publicado em julho de 2022. pelos criadores tornará possível
A característica persistência na selecionar touros que transmitam
lactação foi incluída em um índice às suas filhas incremento de produção
total e acréscimo de pro-
chamado de Índice de Produção e
Persistência composições na raciais Lactação e entre os (IPPL), animais individualmente dução nos estágios comparados. posteriores Essas ao
o qual possibilita o uso de touros pico de lactação, além de uma boa
variações na curva dentro de diferentes composições raciais, por exemplo,
cujas filhas tenham maior nível de produção de leite ao decorrer de
persistência podem ser visualizadas e de produção na Figura de leite 2, onde múltiplas são apresentadas lactações, as curvas em razão de da
simultaneamente.
lactação de duas composições
No IPPL, as
raciais
características
persistência na lacta-
de lactação das vacas.
para modificação a formação do da raça formato Girolando da curva
(5/8H bimestiço).
Figura 2 – Curva de lactação de duas composições raciais que
compõem a raça Girolando. A) Vacas 3/4 HOL + 1/4 GIR; B) Vacas 3/8
HOL + 5/8 GIR.
ção e a produção de leite em até
305 dias foram calculadas como
habilidade prevista de transmissão
padronizada (STA), para que nenhuma
dessas características não
apresentasse maior influência no
valor do índice em razão da sua
unidade.
Abaixo, pode ser encontrado
um exemplo do IPPL, com seus
Abaixo, pode ser encontrado um exemplo do IPPL, com
respectivos pesos (ou ponderadores):
IIIIIIII = (SSSSSS PPPP ∗ (00. 6666) + SSSSSS LL305 ∗ (00. 4444))
Com o IPPL é possível classificar os animais de acordo com
habilidade para transmitir um balanço da persistência na lactação
produção de leite em até 305 dias, possibilitando alterar o desempenho m
da população. De outra maneira, podemos concluir que o uso deste ín
pelos criadores tornará possível selecionar touros que transmitam às
filhas incremento de produção total e acréscimo de produção nos está
posteriores ao pico de lactação, além de uma boa produção de leit
decorrer de múltiplas lactações, em razão da modificação do format
curva de lactação das vacas.
52
É importante ressaltar ainda que a seleção para persistência na lactação
modificará a curva de lactação para que ela atinja cada vez mais o padrão
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54
55
REVISTA O GIROLANDO
MATÉRIA DE CAPA
Larissa Vieira
MARCELO CORDEIRO
Sucesso total
Cerca de 1300 animais participaram
da Megaleite
Com faturamento de R$200 milhões, a Megaleite 2022 confirmou ser a maior
exposição de pecuária leiteira da América Latina
A espera valeu a pena. Após dois
anos sem ocorrer, por conta da pandemia,
a Megaleite (Exposição Brasileira
do Agronegócio do Leite) reuniu
criadores de oito países no Parque da
Gameleira, transformando Belo Horizonte/MG,
entre os dias 15 e 18 de
junho, na capital nacional do leite.
A 17ª edição do evento foi sucesso
de negócios, público e tecnologias
apresentadas, além de confirmar que
as raças leiteiras seguem em constante
evolução genética.
A abertura oficial contou com
a presença de diversas autoridades,
lideranças rurais e pecuaristas.
Entre os presentes estavam o vice-
-governador de Minas Gerais, Paulo
Brant, o prefeito de Belo Horizonte,
Fuad Noman, o vice-presidente da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais,
deputado estadual Antônio Carlos
Arantes, e o presidente da Faemg
(Federação da Agricultura e Pecuária
do Estado de Minas Gerais), Antônio
Pitangui de Salvo.
Durante a solenidade de inauguração,
o vice-governador Paulo Brant
destacou a importância econômica
da Megaleite para a cidade, tanto na
geração de empregos quanto no turismo,
além do impacto tecnológico.
“O leite é um dos símbolos de Minas
Gerais e temos o desafio de manter
o produtor rural no campo. E, para
isso, precisamos levar mais tecnologia
para as fazendas”, destacou Brant,
que visitou vários estandes da feira e
os pavilhões onde estavam expostas
as oito raças bovinas participantes.
O presidente da Faemg, Antônio
Pitangui de Salvo, também ressaltou
56
CARLOS LOPES
a necessidade de ampliar a assistência
técnica aos pequenos produtores.
“Com a melhoria da qualidade do leite,
poderemos aumentar nossa participação
no mercado internacional.
Isso faremos com boas práticas de
produção e melhoramento genético”,
assegurou.
Para o presidente da Girolando,
Odilon de Rezende Barbosa Filho, a
união das raças leiteiras e do setor
produtivo em um único evento só
reforça a importância da Megaleite
como a principal vitrine dos avanços
do segmento. “Tivemos quatro dias
de muitas inovações, com os pavilhões
do Parque da Gameleira repletos
dos melhores exemplares das oito
raças presentes. Fizemos uma Megaleite
histórica, integrando campo e
Presidente da Girolando Odilon de Rezende Barbosa
Filho durante discurso de abertura da Megaleite
cidade em um único espaço e mostramos
que é possível produzir com
sustentabilidade e com qualidade”,
destacou o presidente da Girolando.
E o faturamento final da Megaleite
confirma isso. Os negócios realizados
pelas mais de 80 empresas expositoras
e pelos promotores de leilões
e shopping de animais atingiram
faturamento estimado de R$200 mi-
LUCAS GUERRERO
Leilões da Megaleite tiveram grande liquidez
57
REVISTA O GIROLANDO
lhões, contra R$30 milhões de 2019
(ano da última edição presencial).
Desse montante, mais de R$8
milhões vieram da comercialização
de bovinos nos oito leilões e em
dois shoppings, contra cerca de R$4
milhões da edição anterior. A Caixa
Econômica Federal, que realizou
289 atendimentos ao longo da feira,
prospecta R$103 milhões em propostas
ligadas às linhas de crédito rural,
como Pronaf e Pronamp.
A Megaleite 2022 contou com
o apoio do Governo de Minas, por
meio da Codemge (Companhia de
Desenvolvimento de Minas Gerais)
e da Seapa (Secretaria de Estado da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
O evento teve como Parceiro
Premium a Embaré, Parceiros Master
Allflex, Tortuga, uma marca DSM,
Agener União, Ucbvet, Sobcontrole
Fazenda, Rúmina, Berrante, Agroceres
Multimix, Zoetis, Mosaic Fertilizantes,
Canal Master Terraviva e
Apoio Master Bebamaisleite.
Alcance internacional
Com a presença de estrangeiros
de oito países, a Megaleite foi palco
do anúncio do Projeto Internacional
de Certificação da raça, que será conduzido
pela Associação de Girolando,
permitindo que exemplares nascidos
em outros países sejam certificados.
A primeira ação deve ocorrer nos Estados
Unidos, ainda neste ano.
No total, a Megaleite recebeu um
público de cerca de 70 mil pessoas,
inclusive de países como Bolívia, Colômbia,
Equador, Itália, México, Nicarágua
e Venezuela.
Dia Nacional da Raça Girolando
Criadores presentes na Megaleite
participaram da Audiência Pública
Extraordinária para discussão do
Projeto de Lei 1.229/2022, de autoria
do deputado federal Emidinho Madeira,
que tem por objetivo instituir
no Brasil o “Dia Nacional da Raça
Girolando”. Todos manifestaram
apoio à iniciativa por acreditarem ser
de grande relevância para a promoção
e fomento da raça pelo País. A
ata da audiência será incluída na tramitação
do projeto. Caso seja aprovado
pela Câmara dos Deputados, o
Dia Nacional da Raça Girolando será
comemorado em 1º de fevereiro, data
em que o Girolando foi reconhecido
oficialmente como raça pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Homenagens
A Megaleite abriu espaço para
o reconhecimento do trabalho de
quem atua em prol do avanço da pecuária
leiteira. O Mérito Girolando
2022 homenageou: ex-ministro Alysson
Paolinelli (Mérito Liderança Nacional),
deputado Estadual Antônio
Carlos Arantes (Mérito Personalidade
do Ano), Maria Inez Cruvinel Rezende
(Mérito Mulher), Rubio Fernal
Ferreira e Sousa (Mérito Criador),
Paulo Emílio R. do Amaral (Mérito
Produtor de Leite) e Paulo Victor
Sousa Machado (Mérito Jovem Criador).
CARLOS LOPES
Homenageados do Mérito Girolando e
autoridades na Megaleite
58
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60
61
REVISTA O GIROLANDO
MATÉRIA DE CAPA
Larissa Vieira
CARLOS LOPES
Evolução genética premiada
Os julgamentos foram uma das grandes atrações da Megaleite
Os pavilhões do Parque da Gameleira
abrigaram cerca de 1.300 bovinos
de oito raças: Girolando, Gir Leiteiro,
Guzerá, Guzolando, Jersey, Jersolando,
Simental e Simbrasil. Boa parte
desses animais competiu na pista de
julgamento. Na raça Girolando, os jurados
responsáveis pela escolha dos
campeões foram: Euclides Prata, Fábio
Nogueira Fogaça e Thiago Nascimento
Brito de Castro. Concorrem 397 animais
de diversos criatórios.
De acordo com Euclides Prata, os
animais participantes apresentaram
uma evolução muito grande, confirmando
que os criadores continuaram
investindo na seleção dos seus rebanhos
mesmo durante os dois anos sem
eventos presenciais, em decorrência da
pandemia. “O melhoramento genético
não parou. Houve um grande avanço,
principalmente dos animais jovens,
que estão chegando a um patamar
muito próximo do ideal. Uma evolu-
Julgamentos atraíram atenção dos criadores
ção, principalmente, de tipo leiteiro e
força leiteira, aliados a equilíbrio e proporcionalidade.
Isso só confirma que
o criador tem feito um trabalho sério
e criterioso em seu rebanho”, ressaltou
Euclides Prata.
Os resultados completos dos Grandes
Campeões da pista de julgamento
e do Torneio Leiteiro estão disponíveis
no site do evento (www.megaleite.com.
br). Os vencedores dos Grandes Campeonatos
foram:
62
63
REVISTA O GIROLANDO
CCG 1/2HOL + 1/2GIR
Melhor Fêmea Jovem: KALINA FIV
KING ROYAL COC
Expositor: Cristiano Oliveira Canha
Vaca Jovem: CARVONA FIV DA
PAVANA
Expositor: Leonardo Jamel Saliba
de Souza
Grande Campeã: FAZENDA SOLO-
MON CAFARNAUM
Expositor: José Roberto M. Meirelles /
Juliano G. Meirelles
CCG 3/4HOL + 1/4GIR
Melhor Fêmea Jovem: RACHAPAU
AFIADA 6878 MASTER FIV
Expositor: Geraldo Magela dos Santos
Neves
Vaca Jovem: Ana da Pez
Expositora: Maria Beatriz do Prado
Zago
Grande Campeã: ICH S3805 GRAÇA
PETY
Expositor: José Renato Chiari
Grande Campeão: HOLLYWOOD
SILVER SERRA DO LUAR
Expositor: Jean Vic Mesabarba e
Aguiar Arrabal de Macedo Vicente
64
CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR
Melhor Fêmea Jovem: RACHAPAU
UBACAIA 6701 HADIS FIV
Expositor: Geraldo Magela dos Santos
Neves
Vaca Jovem: PASS OCITOCINA FIV
Expositor: Túlio Gomes Araújo
Grande Campeã: RACHAPAU EDI-
TE 1889 FIV
Expositor: Geraldo Magela dos Santos
Neves
Girolando
Melhor Fêmea Jovem: RACHAPAU
BREJEIRA 6645 UNSTOPABULL FIV
Expositor: Geraldo Magela dos Santos
Neves
Vaca Jovem: ICH T4594 IMPECA-
VEL HUMBLENKIND
Expositor: José Renato Chiari
Grande Campeã: FOFA FIV PEOTI
SANTA LUZIA
Expositor: José Renato Chiari
Grande Campeão: ADÔNIS RE-
GANCREST FR RECREIO
Expositora: Mila de Carvalho Laurindo
e Campos
65
66
67
REVISTA O GIROLANDO
MATÉRIA DE CAPA
Larissa Vieira
CARLOS LOPES
Ranking Nacional de Girolando - 2021/2022
Premiação dos Melhores do Ranking
Durante a Megaleite foram premiados os vencedores do Ranking Nacional da raça.
Confira os cinco melhores de cada categoria, incluindo do Ranking Estadual. O resultado
completo está disponível no site da Girolando.
Expositor Girolando
1- José Renato Chiari
2 – Luiz Carlos Bandoli Gomes
3 - Geraldo Magela dos Santos Neves
4 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
5 - Eugênio Deliberato Filho
Criador Girolando
1- José Renato Chiari
2 – Luiz Carlos Bandoli Gomes
3 - Eugênio Deliberato Filho
4 - Geraldo Magela dos Santos Neves
5 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
Expositor CCG 3/4HOL+ 1/4GIR
1- Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
2 – Mírian Moreira Santana
3 – Marcos José de Paiva
4 – Maria Beatriz do Prado Zago
5 - José Renato Chiari
Criador CCG 3/4HOL+ 1/4GIR
1 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
2 - Marcos José de Paiva
3 - José Renato Chiari
4 – José Geraldo de Souza Almeida
5 – Márcio Eugênio Leite de Castro
68
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Expositor CCG 1/2HOL + 1/2GIR
1 – José Luiz Vivas
2 – Fabrício Lima de Costa
3 – Leonardo Jamel Saliba de Souza
4 – José Elci Marques Araújo
5 - Zirlene Soares Pereira
Criador CCG 1/2HOL + 1/2GIR
1 - José Luiz Vivas
2 - José Geraldo de Souza Almeida
3 – José Roberto M. Meirelles/Juliano G. Meirelles
4 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
5 - Zirlene Soares Pereira
Expositor CCG 1/4HOL + 3/4GIR
1 – Luiz Carlos Bandoli Gomes
2 – Geraldo Magela dos Santos Neves
3 – Túlio Gomes Araújo
4 – Mírian Moreira Santana
5 – Jean Vic M. e Aguiar Arrabal de Macedo Vicente
Criador CCG 1/4HOL + 3/4GIR
1 - Luiz Carlos Bandoli Gomes
2 - Túlio Gomes Araújo
3 – Geraldo Magela dos Santos Neves
4 - Mírian Moreira Santana
5 – Afonso Celso de Resende
Ranking Estadual Minas Gerais 2021/2022
Expositor Girolando
1 - José Renato Chiari
2 - Luiz Carlos Bandoli Gomes
3 - Eugênio Deliberato Filho
4 - Geraldo Magela dos Santos Neves
5 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
Criador Girolando
1 - José Renato Chiari
2 - Luiz Carlos Bandoli Gomes
3 - Eugênio Deliberato Filho
4 - Geraldo Magela dos Santos Neves
5 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
Expositor CCG 3/4HOL+ 1/4GIR
1 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
2 - Mírian Moreira Santana
3 – Marcos José de Paiva
4 – Maria Beatriz do Prado Zago
5 - José Renato Chiari
Criador CCG 3/4HOL+ 1/4GIR
1 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
2 - Marcos José de Paiva
3 - José Renato Chiari
4 – Márcio Eugênio Leite de Castro
5 – Geraldo Magela dos Santos Reis
Expositor CCG 1/2HOL + 1/2GIR
1 – José Luiz Vivas
2 – Leonardo Jamel Saliba de Souza
3 – Wander Campos Marcos
4- Fabrício Lima Costa
5- Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
Criador CCG 1/2HOL + 1/2GIR
1 - José Luiz Vivas
2 - José Roberto M. Meirelles/Juliano G. Meirelles
3 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado
Reis de Moura
4 – Luiz Carlos Bandoli Gomes
5 – José Renato Chiari
Expositor CCG 1/4HOL + 3/4GIR
1 – Luiz Carlos Bandoli Gomes
2 – Geraldo Magela dos Santos Neves
3 – Túlio Gomes Araújo
4 – Mírian Moreira Santana
5 – Jean Vic M. e Aguiar Arrabal de Macedo Vicente
Criador CCG 1/4HOL + 3/4GIR
1 - Luiz Carlos Bandoli Gomes
2 - Túlio Gomes Araújo
3 – Geraldo Magela dos Santos Neves
4 - Mírian Moreira Santana
5 – Afonso Celso de Resende
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REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
MATÉRIA DE CAPA
Larissa Vieira
CARLOS LOPES
Grandes campeãs do 31º Torneio Leiteiro
Premiação da Grande Campeã de
Composição do Leite
Outra competição que evidenciou a
evolução da raça foi o 31º Torneio Leiteiro
de Girolando. Concorreram 15 animais
de criatórios de Minas Gerais, Rio
de Janeiro e Goiás.
A vaca com maior produção absoluta
de leite, em nove ordenhas válidas, foi
Francisca FIV da PEZ, de propriedade da
criadora Maria Beatriz do Prado Zago,
de Perdizes/MG. Da composição racial
CCG 3/4 Hol + 1/4 Gir, Francisca FIV da
PEZ teve produção total de 255,680kg/
leite e média de 85,227kg/leite.
Já a vaca Solar do Engenho Garoa foi
a Grande Campeã de Composição do
Leite. Da composição racial CCG 1/2 Hol
+ 1/2 Gir, ela é de propriedade de Thiago
Viana Nogueira, de Sete Lagoas/MG.
Solar conquistou o campeonato com
produção de 201,485kg/leite e média de
67,162 kg/leite.
Premiação da Grande Campeã de
Produção Absoluta
CARLOS LOPES
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REVISTA O GIROLANDO
MATÉRIA DE CAPA
Larissa Vieira
CARLOS LOPES
Sumário de Touros turbinado
Pesquisador Marcos Vinícius Barbosa durante
lançamento do Sumário de Touros
Atual edição traz 15 novas características com avaliações genéticas e genômicas.
Também foram lançados o Sumário de Fêmeas e o Ranking Rebanho
“Este é um grande divisor de águas
para o Programa de Melhoramento Genético
da Raça Girolando”. Assim, o presidente
da Girolando, Odilon de Rezende
Barbosa Filho, definiu a nova edição do
Sumário de Touros 2022, divulgado durante
a Megaleite.
A publicação traz 15 novas características,
chegando a 19 PTAs genéticas e
genômicas. “Podemos afirmar que, com
todas essas ferramentas, teremos um novo
Girolando a partir de 2022, muito mais
eficiente para o nosso criador. E estamos
preparados para lançar diversas outras características
de saúde, reprodução, qualidade
do leite e morfológicas nos próximos
anos”, afirmou o presidente da Girolando.
Agora, o Sumário de Touros traz PTAs
genéticas e genômicas para produção de
leite em até 305 dias (PTAL), intervalo de
partos (PTA IP), idade ao primeiro parto
(PTA IPP), tolerância ao estresse térmico
(TE), peso do bezerro ao nascimento
(PTA PN), período gestacional da vaca
(PTA PG), Índice de Produção e Persistência
na Lactação do Girolando (IPPLG),
Índice de Eficiência Tropical do Girolando
(IETG), Índice de Facilidade de Parto do
Girolando (IFPG), Índice de Reprodução
do Girolando (IRG), Composto do Sistema
Locomotor do Girolando (CSLG),
Composto do Sistema Mamário do Girolando
(CSMG).
Sumário de Fêmeas – Outro lançamento
foi o Sumário de Fêmeas 2022, que
traz a relação das vacas TOP 1000 da raça
Girolando, conforme cada composição
racial, para produção de leite, com os respectivos
PTAs para produção de leite em
até 305 dias (PTAL), intervalo de partos
(PTA IP), PTA genômica para idade ao
primeiro parto (GPTA IPP) e acurácia
(AC).
As informações disponibilizadas no
Sumário de Fêmeas permitem que os criadores
tenham conhecimento das vacas
Girolando com maior potencial genético.
O uso dessa informação possibilita selecionar,
de modo mais eficiente, as vacas
que poderão ser mães de touros e aquelas
com potencial para serem submetidas à
aplicação de biotecnologias reprodutivas.
Ranking Rebanho - Pelo sexto ano
consecutivo, a Girolando evidenciou os
criadores que melhor desempenham o
trabalho de seleção, produção, reprodução
e sanidade dentro do seu rebanho. A
entidade divulgou o Ranking Nacional
Girolando Modalidade Rebanho 2021.
O documento traz os cinco rebanhos
de melhor classificação dentro de cada
classe. Para gerar o resultado foram utilizadas
informações dos 357 rebanhos
ativos no Serviço de Controle Leiteiro
Oficial. Foram utilizadas 19.249 lactações
encerradas entre o período de 1° de janeiro
e 31 de dezembro de 2021. O Ranking
Modalidade Rebanho é dividido em dez
categorias, que são divididas em seis
classes, conforme o número de animais
participantes. “O Ranking Modalidade
Rebanho é hoje uma referência para os
criadores de Girolando que buscam melhorar
seus indicadores e, como consequência,
elevar a rentabilidade do seu negócio”,
destacou o coordenador Operacional
do PMGG, Edivaldo Júnior.
Todos os sumários estão disponíveis
no site da Girolando (www.girolando.
com.br).
74
75
REVISTA O GIROLANDO
MATÉRIA DE CAPA
Larissa Vieira
CARLOS LOPES
Queijo premiado
Visitantes da Megaleite puderam votar no produto mais saboroso
Entrega de premiação do Concurso do Queijo
na Megaleite
Queijos produzidos por criadores
de Girolando de várias regiões foram
apreciados por visitantes da Megaleite
2022. O Concurso de Queijo dos Núcleos
reuniu sete produtos de Minas
Gerais e do Rio Grande do Norte.
O público da feira pôde degustar e
votar no queijo preferido. Foram computados
205 votos e o vencedor foi o
queijo artesanal Barões da Mantiqueira,
produzido na Fazenda Barões da
Mantiqueira, Itanhandu/MG, na Serra
da Mantiqueira. A propriedade pertence
à família do criador Bruno Scarpa.
Segundo ele, a produção de queijo
começou por conta de um gargalo do
mercado, em 2018. “Por causa da greve
dos caminhoneiros, o leite produzido
na fazenda não pôde ser entregue ao
laticínio. Para não perder o produto, tivemos
a ideia de fazer queijo”, lembrou
Scarpa.
De acordo com ele, o queijo é maturado
120 dias, em prateleiras de
madeira. “De acordo com o clima da
nossa região e as formas de prensagem,
conseguimos garantir a identidade do
nosso produto”, esclareceu.
O Concurso de Queijo na Megalei-
te foi organizado pela Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando, em
parceria com os Núcleos de Criadores
de Girolando de várias regiões do País.
Queijos de vários estados
participaram do concurso
CARLOS LOPES
76
77
REVISTA O GIROLANDO
GESTÃO
Sua propriedade leiteira
tem sido um bom negócio?
Uma das grandes dores dos produtores
de leite é saber com clareza se a sua fazenda
está sendo eficiente ou não, dúvida que
é bastante pertinente. Afinal, o negócio leite
não se move apenas na base da paixão, ele
também possui uma dependência primordial
dos seus bons resultados.
Da mesma forma que em outras atividades,
na pecuária leiteira também há casos
de negócios bem-sucedidos e há aqueles que
não alcançam grandes êxitos. Onde sua propriedade
se encaixa nesse cenário? Saber o
que avaliar e como avaliar é o primeiro passo.
A próxima etapa consiste em entender
como otimizar e potencializar os números e
resultados da propriedade.
Veja através dos números do Benchmarking
elaborado pela Equipe Leite do Grupo
Rehagro como foi o cenário da pecuária
leiteira nacional para o produtor no último
ano. Os dados apresentados são referentes à
produção total de 413.000 litros de leite por
dia, produzidos em 2021, pelas fazendas
atendidas que tiveram seu ano fechado com
Bruno Guimarães , Médico-veterinário
e técnico da Equipe Rehagro Leite
conciliação bancária feita e auditoria de estoque
em dia.
Será que o leite foi um bom negócio?
Eficiência e lucratividade na pecuária
leiteira
Qual a melhor maneira para medir os
resultados da atividade leiteira? Seria a produtividade
por vaca no rebanho? Talvez a
produção total de leite por dia? Ou, quem
sabe, o lucro obtido por litro?
Para responder a essa pergunta devemos
ter em mente que o método utilizado
para medir a eficiência na pecuária leiteira
deve ser confiável, assertivo e permitir a
comparação com outras atividades, como a
agricultura, por exemplo. Tendo esse pensamento
como referência, a medida de lucro
operacional é bastante interessante.
Por definição, entende-se que o lucro
operacional é o resultado gerado pela operação
do negócio. Como princípio, na atividade
leiteira analisamos o indicador do lucro
operacional na unidade de medida de R$/
hectare/ano, pois, além de ser uma forma
segura, ainda permite comparar com outras
áreas.
Mas como calcular o lucro operacional
em R$/hectare/ano da atividade leiteira?
Quais números devemos considerar? Para
cálculo do lucro operacional/hectare/ano,
pegamos o valor da receita obtida com o
leite comercializado, somada à receita com
animais de descarte, e subtraímos o custo
com as vacas e o custo da recria. Mas atenção!
Não é o custo de toda a recria, somente
a parte necessária para repor as vacas que
foram descartadas ou que morreram. Esse
resultado de receita menos os custos, vamos
dividir pela área útil da fazenda destinada à
produção de leite, que é a área de instalação
dos animais mais a área de produção de forragem.
Resultados obtidos pelas fazendas
Respondendo à pergunta feita no início,
para as fazendas produtoras de leite atendidas
pelo Grupo Rehagro, o leite foi, sim,
um ótimo negócio no último ano! Veja no
gráfico a seguir os resultados de lucro operacional
em R$/hectare/ano em diferentes
sistemas de produção.
Observe que, na média, as fazendas tiveram
um lucro anual de R$12.587,00 por
hectare, sendo que a fazenda com melhor
lucro operacional apresentou resultado de
R$25.486,00. A discussão em cima desses
números é bastante interessante. Quais fatores
são decisivos para que seja possível alcançar
belos resultados de lucro operacional
78
Observe que, na média, as fazendas tiveram um lucro anual de
R$12.587,00 por hectare, sendo que a fazenda com melhor lucro operacional
79
macro das fazendas, que compila diversos
indicadores zootécnicos, como: taxa de sobrevivência
de fêmeas até um ano, idade ao
primeiro serviço, taxa de concepção de novilhas,
idade ao primeiro parto, taxa de prenhez
de vacas, taxa de mortalidade de vacas,
percentual de vacas em lactação em relação
ao total de vacas, produção nas lactações,
produção média, dias em lactação média,
dentre outros.
Quanto maior a nota da fazenda no
IILB, maior o lucro operacional! Em outras
palavras, quanto maior a eficiência técnica
Fonte: Equipe Leite Grupo Rehagro (413.000 litros/dia)
da fazenda, maior o lucro operacional. Tudo
em uma fazenda de leite?
com produção diária mais elevada, entre 17 passa pela eficiência técnica do negócio. De
Há aqueles que pensam que o tamanho e 18 mil litros por dia, obtendo 16% de lucro nada adianta a fazenda ter volume de terra
Observe o comportamento do lucro operacional conforme o tamanho
da fazenda interfere diretamente, principalmente
da fazenda em fazendas e veja que grandes, não há com um maior padrão. Isso em que salta há aos fazendas olhos! com Não produção há relação menor, dução de leite. A ineficiência do sistema é
operacional sobre receita ao mesmo tempo e em produção e não ser eficiente na pro-
REVISTA O GIROLANDO
extensão de área. Já outros podem acreditar
com 28% de lucro operacional.
capaz de “desgastar” e desviar os lucros do
entre
que o
motivo
tamanho
está
da
na
fazenda
produção
e o
de
lucro
leite.
operacional do negócio leite. Ou seja,
Ou tanto seja, fazendas quanto maior com a maior produção área quanto de leite, fazendas com menor área são capazes
maior o lucro operacional R$/ha/ano.
te: Equipe Leite de O obter que Grupo te bons chama Rehagro resultados atenção (413.000 de nos lucro dados litros/dia) operacional. do
gráfico a seguir? Mas e Ele a produção representa de o leite lucro da operacional
de fazendas leiteiras conforme o
fazenda? Será que fazendas com maior
brigatosultados
em lactação média, dentre outros. para o lucro operacional da proprie-
nas
tamanho produção lactações,
da área, de leite produção
em hectares. por dia obrigatoriamente média, dias eficiência
Desde fazendas
terão melhores técnica resultados é o fator quando decisivo
ho ndas da de fazenda comparadas
de no máximo 50 hectares de área até
Quanto e maior a às produção fazendas a nota da de de fazenda produção leite dade. diária Podemos mostraram-se
inferior? separar Assim essa como eficiência
técnica em duas grandes eficiên-
Assim aquelas com mais de 300 hectares.
no IILB, maior o lucro operacional!
apresentado Observe o comportamento anteriormente para do lucro o tamanho da fazenda, também não há
cisivos ormente
operacional
para Em outras o resultado palavras, quanto
conforme o tamanho
de lucro maior
da fazenda
operacional a cias, que são do a eficiência negócio zootécnica
a, tamvolume
eficiência relação
e veja que
entre técnica
não
volume da fazenda,
há um padrão.
de leite maior
Isso
produzido e a
salta
por eficiência dia e lucro agrícola. operacional. Ou seja, No é necessário
tivo podemos o lucro
aos gráfico olhos! Não há pensar? operacional.
fazendas há relação A com entre resposta Tudo passa
produção o tamanho diária pode mais ser que
elevada, resumida o rebanho
entre 17 em tenha bons
e lucro pela eficiência técnica do negócio. indicadores zootécnicos e 18 (produtivos,
reprodutivos, sobre receita sanitários ao mesmo etc)
mil
fazendas da fazenda e o lucro operacional do negócio
litros nada De
leite. Ou por adianta
seja, dia, tanto obtendo a fazenda
fazendas 16% de ter
maior lucro volume
operacional CNICA! elevada, Constate
de terra e em
isso
produção
com
e
os
não
dados
e que a fazenda
seguir.
seja
Eles
eficiente na
dia, obonal
operacional so-
capazes de obter bons resultados de lucro
área quanto fazendas com menor área são
ser tempo eficiente em que na produção há fazendas de leite. com A produção produção menor, de comida Fonte: 28% para
Equipe de atender
Leite lucro Grupo
a
Rehagro (413.000 litros/dia)
o ineficiência das operacional.
do fazendas sistema é capaz conforme de demanda as notas dos animais. no Índice Além da eficiência
terão técnica, melhores é resultados fundamental Premissas básicas para alcançar maior
negócio!
produção Se o de tamanho leite por dia da obrigatoriamentem
que
fazenda e nas a produção lactações, produção média, dias
“desgastar” e desviar os lucros do
Mas e a produção de leite da fazenda? de leite diária mostraram-se não em ser lactação
que
fatores média, dentre outros.
menor, rasileiro negócio!
quando comparadas às fazendas de
lucratividade no leite
Será que
(IILB).
fazendas
O
com
IILB
maior produção
é um
de
indicador a propriedade Se
produção decisivos diária para
de o tamanho
o inferior? resultado tenha eficiência da fazenda Quanto nos e maior a produção a nota de fazenda leite diária mostraram-se
nal.
Assim
Premissas básicas para alcançar
maior lucratividade diversos indicadores no leite bem zootécnicos, e usar bem os insumos como: e recur-
custos. Isso consiste
de
em
lucro
comprar
no operacional
não do apresentado ser negócio fatores leite, anteriormente
IILB, maior o lucro Quando operacional! falamos em eficiência nas fazendas
leite por dia obrigatoriamente terão melhores
resultados quando comparadas às
como
e a pro-
decisivos em qual motivo para Em outras o podemos
resultado palavras, quanto
para o tamanho da fazenda, também
de lucro maior
leiteiras
operacional a
é necessário entendermos
do negócio
as, o
não
pensar?
há relação
A resposta
entre volume
pode ser
eficiência
resumida
técnica fazenda, maior
straram-
s para o nas fazendas leiteiras é necessário para alcançar maior lucratividade
pela eficiência técnica dados do de negócio. Benchmarking da Equipe Leite do
que compila
Quando falamos em eficiência sos. que está por trás e faz parte desse termo. Os
fazendas de produção diária inferior? Assim de em leite, Essas
leite EFICIÊNCIA em são qual as
produzido por TÉCNICA! motivo premissas podemos o básicas lucro
dia e lucro Constate pensar? operacional.
isso A resposta Tudo passa pode ser resumida em
como apresentado anteriormente para o tamanho
da fazenda, também não há relação
operacional. com os dados No gráfico a seguir. há fazendas
onal cia de do fêmeas Eles relacionam De nada adianta o a fazenda ter volume
de sis-
terra
entendermos
até um
o que
ano,
está
idade
por trás
ao
e
primeiro
com no EFICIÊNCIA produção leite. Seguindo-as
serviço,
diária mais TÉCNICA! taxa
elevada, de forma Constate isso Grupo com Rehagro os dados mostram a seguir. que a eficiência Eles
entre
lucro
17
operacional
e 18 mil litros
das
por
fazendas
dia, obtendo
notas relacionam 16% no de Índice lucro o operacional Ideagri lucro operacional do so-
conforme as
e em produção e não
tivo popode
ovilhas, ser entre volume de leite produzido por dia e
faz parte desse termo. Os dados temática e rigorosa os resultados
ser eficiente na produção técnica de é leite. o fator A decisivo para o lucro operacional
é capaz conforme da propriedade. de as notas Podemos no Índice separar
de idade Benchmarking ao primeiro da Equipe parto, Leite taxa aparecem de prenhez e o leite vacas, se mostra
Leite ineficiência Brasileiro
como das do fazendas sistema
lucro operacional. No gráfico há fazendas bre (IILB). receita O ao IILB mesmo é um tempo indicador em que
A TÉC-
“desgastar” eficiência e desviar os lucros do
do Grupo Rehagro mostram que a há um Ideagri fazendas EXCELENTE com do produção Leite negócio! Brasileiro menor, negócio! (IILB). O essa IILB eficiência é um indicador técnica em duas de eficiência grandes eficiências,
para que alcan-
são a eficiência zootécnica e a
e s dados de vacas, percentual de vacas em lactação
com 28% de lucro
em
operacional.
relação ao Premissas básicas
o lucro
Se o tamanho da e a produção
eficiência agrícola. Ou seja, é necessário que
macro
de leite
das
diária
fazendas,
mostraramque
compila çar maior lucratividade diversos indicadores no leite zootécnicos, como:
onforme
Quando falamos em eficiência
-se não ser fatores decisivos para o nas fazendas leiteiras
o rebanho
é necessário
tenha bons indicadores zootécnicos
ano,
do
dução
Leinas
lactações, produção média,
resultado taxa dias de sobrevivência em lactação
lucro operacional de do fêmeas
entendermos
até um
o que está
idade (produtivos, por trás
ao
e
primeiro reprodutivos, serviço, sanitários taxa
B é um
negócio leite, em qual motivo podemos
concepção pensar? A resposta de novilhas, pode ser
faz parte desse termo. etc) e que Os a dados fazenda seja eficiente na produção
de
os.
de idade Benchmarking ao primeiro da Equipe
resumida em EFICIÊNCIA TÉCparto,
Leite
cro das
comida
taxa
para
de
atender
prenhez
a demanda
de vacas,
dos
do Grupo Rehagro mostram que a um EXCELENTE negócio!
rsos ino:
taxa
a seguir. Eles relacionam o lucro
damental que a propriedade tenha eficiência
NICA! taxa Constate de mortalidade isso com os dados de vacas, percentual animais. de vacas Além em da lactação eficiência em técnica, relação é ao fun-
operacional das fazendas conforme
até um
as notas
total
no
de
Índice
vacas,
Ideagri
produção
do Leite
Brasileiro (IILB). O IILB é um
usar bem os insumos e recursos. Essas são as
nas lactações, nos produção custos. Isso média, consiste dias em em comprar lactação bem e
iço, taxa
idade ao
indicador média, de dentre eficiência outros. macro das
premissas básicas para alcançar maior lucratividade
no leite. Seguindo-as de forma sis-
fazendas, que compila diversos indicadores
zootécnicos, como: taxa
nhez de
e vacas,
de sobrevivência de fêmeas até um
temática e rigorosa os resultados aparecem
ação em
ano, idade ao primeiro serviço, taxa
e o leite se mostra como um EXCELENTE
de concepção de novilhas, idade ao
rodução
negócio!
80
Fonte: Equipe Leite Grupo Rehagro primeiro (413.000 parto, litros/dia) taxa de prenhez de
vacas, taxa de mortalidade de vacas,
percentual de vacas em lactação em
relação ao total de vacas, produção
Quanto maior a nota da fazenda no IILB, maior o lucro operacional!
Em outras palavras, quanto maior a eficiência técnica da fazenda, maior o
32
lucro operacional. Tudo passa pela eficiência técnica do negócio. De nada
DIVULGAÇÃO DSM
Fonte: Equipe Leite Grupo Rehagro (413.000 litros/dia)
eficiência técnica é o fator decisivo
para o lucro operacional da propriedade.
Podemos separar essa eficiência
técnica em duas grandes eficiências,
que são a eficiência zootécnica
e a eficiência agrícola. Ou seja, é necessário
que o rebanho tenha bons
indicadores zootécnicos (produtivos,
reprodutivos, sanitários etc)
e que a fazenda seja eficiente na
produção de comida para atender a
demanda dos animais. Além da eficiência
técnica, é fundamental que
a propriedade tenha eficiência nos
custos. Isso consiste em comprar
bem e usar bem os insumos e recursos.
Essas são as premissas básicas
para alcançar maior lucratividade
no leite. Seguindo-as de forma sistemática
e rigorosa os resultados
aparecem e o leite se mostra como
Quanto maior a nota da fazenda no IILB, maior o lucro operacional!
Em outras palavras, quanto maior a eficiência técnica da fazenda, maior o
DIVULGAÇÃO DSM
81
REVISTA O GIROLANDO
NUTRIÇÃO
Equipe DSM
Formulação de dietas: a chave para ganhos de
produtividade
Dieta balanceada melhora resultado
da produção
É o que mostram os resultados do Levantamento Top 100 - uma iniciativa do MilkPoint
com objetivo de conhecer o perfil de produção dos maiores produtores de leite do
Brasil. A DSM apoia a iniciativa desde 2015, acompanhando seus clientes e oferecendo
soluções nutricionais que auxiliam na busca de resultados cada vez melhores.
O estudo realizado em 2021
questionou como os produtores
de leite desse grupo seleto veem a
relação com a assistência técnica.
Quais seriam as categorias em que
acreditam que o investimento trará
resultados melhores neste ano
de 2022. Mais do que a maioria
dos entrevistados (68 respostas),
disse que a formulação e o balanceamento
de dietas são a chave
para ganhos de produtividade e,
por consequência, aumentos de
produção, priorizando, dessa forma,
a nutrição de qualidade para
seus animais (gráfico 1).
Neste contexto, a Tortuga®,
marca para bovinos de leite da
DSM, se orgulha de ter 39 produtores
dentro do TOP 100, sendo a
líder isolada no setor dentro desse
ranking.
A pesquisa apontou que a produção
total dos Top 100 somou
931 milhões de litros de leite no
ano passado, com média de 25.508
litros por propriedade, o que significa
um crescimento de 10.63%
na comparação a 2020. Este resultado
é muito superior ao encontrado,
quando analisamos o total
da produção brasileira de leite.
Vale ressaltar que durante todos
os anos da pesquisa o crescimento
dessa parcela de produtores
foi constante, mostrando o comprometimento
dos produtores e a
maior profissionalização da atividade.
82
83
de ter 39 produtores dentro do TOP 100, sendo a líder isolada no setor dentro
desse ranking.
Gráfico 1.
Os pecuaristas sentiram os
efeitos do cenário mais complexo
delineado em 2021, os custos de
produção da atividade estiveram
acima de R$2,00 para maioria das
fazendas analisadas (44% das respostas).
Para estimar esse custo a
pesquisa perguntou aos entrevistados
quanto desembolsavam em
média para produzir 1 litro de leite.
Ao contrário do ano anterior,
em que, mesmo com o aumento
do custo da ração, 77% das propriedades
avaliaram que obtiveram
melhor resultado financeiro,
neste ano apenas 35% responderam
ter melhor rentabilidade, enquanto
23% responderam “igual”
e 42% tiveram menor rentabilidade.
Isso reflete, mais uma vez,
a dificuldade vivida pelo setor em
2021, em função principalmente
dos altos custos no campo e da
baixa demanda dos consumidores,
atingindo inclusive a rentabilidade
dos grandes produtores.
Nesse cenário, o planejamento
de longo prazo, a utilização de
tecnologias para melhorar a produtividade
dos animais, o plano
para a compra de insumos e a gestão
da fazenda foram indispensáveis
para essa fatia de produtores,
evidenciando que a maior profissionalização
é um posicionamento
que proporciona resultado superiores.
Questionados sobre o futuro,
sobre investimentos na produção
para os próximos três anos, apenas
13% responderam que não
pretendem investir. Os demais
responderam que sim, pretendem
investir, sendo que desses, 44%
pretendem produzir até 20% a
mais de leite no período; 32% - de
20 a 50% a mais -, e 11% aspiram
obter 50% de aumento de produção
nos próximos anos.
Um dado interessante é que
77% das propriedades analisadas
mantêm seus animais confinados,
com quase nenhum acesso a pastagens,
número que aumentou em
10% em relação ao ano anterior.
Apenas 14% das propriedades atuam
em sistema baseado em pastagem.
Em relação ao tipo de alojamento,
48% das fazendas utilizam
o free stall seguido pelo compost
barn com 29%. A principal raça
predominante na produção é a
Holandesa.
A pesquisa ainda quis captar
as principais práticas aplicadas
pelos maiores produtores do País
no que diz respeito à sustentabilidade.
Foi observado que todas as
fazendas que compõem o Top 100
aplicam pelo menos uma prática
sustentável, tendo como principal
motivo para a adoção de medidas
sustentáveis a preocupação
ambiental e com a manutenção de
recursos naturais. Um segundo
ponto relevante destacado pelos
produtores é a importância de estar
em conformidade com a legislação
ambiental vigente no País,
seguido pelo retorno financeiro
que as ações de sustentabilidade
trazem às fazendas que as adotam.
Além disso, os produtores descrevem
em quarto lugar que estão
atentos às tendências de consumo
voltadas para a pauta sustentável
que cada vez mais tem se tornado
relevante para os consumidores
brasileiros. (gráfico 2.)
Para finalizar, a atividade sustentável
mais comum entre os
maiores produtores foi o armazenamento
de dejetos em esterqueiras
e utilização para adubação
com 88%. Em segundo lugar, o
controle do consumo de água na
produção (53%), seguido pela utilização
de fontes de energia alternativas
(52%).
84
85
REVISTA O GIROLANDO
MERCADO
Gabriela Brack
MATHEUS GARCIA/BERRANTE
Um novo modelo, com o cliente no centro do negócio
Até o final de 2022 o time Agro Reserva deve realizar até
1.500 comercializações de gado
Em quase um ano com novas perspectivas na comercialização de gado, a
Agro Reserva destaca suas projeções e o sucesso na Megaleite
Um longo período de perdas, instabilidade
e incertezas, mas que também
trouxe a chance de se reinventar, de trazer
novas possibilidades e, especialmente
para o agro, adequar-se ainda mais as
suas necessidades, inclusive por meio
das tecnologias digitais.
À primeira vista, podemos analisar
o novo modelo de negócio trazido
pela Agro Reserva na comercialização
de animais, idealizado pelo jornalista e
empresário Gustavo Ribeiro.
“Damos a possibilidade a produtores
de todos os tamanhos de terem acesso
a uma genética melhorada, porque as
condições de pagamento são facilitadas,
o comprador não paga comissão, os animais
são vendidos a preço fixo”, explica
Gustavo, garantindo que o preço divulgado
por cada animal é o mesmo pago
pelo comprador. “E ainda facilitamos
nas logísticas de frete, para que esse animal
chegue com muita qualidade à casa
dos investidores”, acrescenta.
Criada em meio à pandemia, quando
não era possível realizar eventos presenciais
e acelerando essa transformação
digital das empresas e das pessoas,
a Agro Reserva segue se destacando na
comercialização de gado, mesmo ainda
prestes a completar seu primeiro ano,
em 6 de agosto.
Agro Reserva em números
Até junho de 2022, mais de 500 animais
foram comercializados pela Agro
Reserva, e os resultados vêm de outros
indicadores:
• + de 7 mil pessoas cadastradas;
• + de 350 clientes ativos;
• 8 pessoas na equipe comercial,
além de análise de crédito e administrativo;
• 35 pessoas do time Berrante Agro
Experience, dando todo o suporte nas
estratégias digitais, captação de imagens,
edição de peças, produção de catálogos
e campanhas como um todo e
nas transmissões ao vivo;
• Milhares de pessoas impactadas a
cada lançamento de reserva.
Para o idealizador da Agro Reserva,
86
87
um dos grandes segredos está em trabalhar
sempre com marcas que respeitam
seus clientes, animais registrados, de
alto valor genético comprovado, “animais
que de fato vão contribuir para a
melhoria do rebanho leiteiro no Brasil”,
destaca Gustavo. “Ainda mais agora, em
um momento especial da cadeia produtiva
do leite, com remuneração mais
justa pelo litro de leite ao produtor. Isso
nos deixa muito animados para o que
está por vir”.
E por falar no que está por vir, os números
são tão expressivos quanto a dedicação
ao negócio, unidos à projeção,
que é triplicar o cenário atual: chegar a
1.500 animais comercializados até o final
de 2022.
O cliente no centro do negócio
Esta é a grande ideia que conecta a
Agro Reserva ao seu propósito de levar
informação, conteúdo e oportunidades
de negócios para toda a cadeia produtiva
do leite.
Começando pelo momento que
ganha todos os holofotes: na reserva,
as transmissões são feitas ao vivo, por
vezes com a presença do cliente, sendo
a maior parte transmitida da sede
da Agro Reserva, em Uberlândia/MG,
onde se concentra toda a sua equipe
junto ao time Berrante.
Também já foram realizadas diversas
edições no estande da Agro Reserva
em Uberaba/MG, dentro do Parque de
Exposições, na ABCZ. E, ainda, várias
reservas itinerantes: “Vamos até a casa
do cliente, para que ele possa estar no
ambiente dele, na casa dele, e possa
mostrar seu trabalho, além de apresentar
seus animais”, explica Gustavo, afirmando
que essa modalidade deve ser
expandida, de acordo com o interesse
do cliente.
Portanto, o idealizador da Agro Reserva
enfatiza: “Conosco o cliente está
sempre no centro da operação, no centro
do negócio. Somos parceiros das fazendas
e só recebemos em cima do que
vendemos. Além de criarmos e gerarmos
visibilidade para as marcas, geramos
uma carteira de recebíveis para as
fazendas, e com baixíssimo risco”.
Agro Reserva estreia na grande retomada
da Megaleite
Após três anos de espera, a pecuária
pôde prestigiar o retorno do maior
evento do leite na América Latina. A
Megaleite voltou com força total, e abriu
espaço para a estreia da participação da
Agro Reserva, sendo a primeira oportunidade
de apresentar um novo modelo
de comercialização de animais dentro
da feira.
“Tivemos como convidada para este
evento importante a Fazenda Santa Luzia
(Grupo Cabo Verde), que é a maior
produtora de leite da raça Girolando do
Brasil”, afirma Gustavo Ribeiro. Nessa
grande reserva foram disponibilizadas
60 novilhas prenhas da raça Girolando.
Com seu estande na feira e uma estrutura
completa, a reserva teve sucesso de
vendas, com 100% de liquidez e animais
vendidos para diversas regiões do País.
Para a Agro Reserva, de acordo com
Gustavo, foi um marco muito importante
estar na Megaleite 2022, promover
uma reserva com uma das maiores
fazendas do Brasil e ter completo êxito
nas vendas são motivos para acreditar
“que o que estamos fazendo faz sentido
para o pecuarista, ainda mais em tempos
modernos, em que todo mundo
está habituado a comprar pela internet,
o pecuarista está cada vez mais conectado.
Então, ajudamos a levar um pouco
dessa transformação digital para dentro
das fazendas”.
Gustavo encerra parabenizando a
cada um dos envolvidos no grande sucesso
da Megaleite 2022, que após um
ano de retomada com força total, tem
todo o potencial para ter ainda mais
êxito nas próximas edições!
MATHEUS GARCIA/BERRANTE
Mauricio Cabo Verde, proprietário da Fazenda Santa Luzia,
em sua grande reserva de 60 novilhas prenhas
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REVISTA O GIROLANDO
MERCADO
Alexandre Cardoso, Coordenador do Programa de
Assistência Técnica Alvoar Lácteos
DIVULGAÇÃO EMBARÉ
Qualidade e rentabilidade no campo
A atuação da Alvoar Lácteos na melhoria contínua dos produtores
A qualidade do leite é um quesito de
preocupação nacional e tema prioritário
na Alvoar Lácteos, atualmente detentora
das marcas Betânia, Camponesa e Embaré.
A Alvoar conta com mais de 4.000
colaboradores diretos, cerca de 6.500
famílias de produtores e 12 cooperativas,
abastecendo 9 fábricas e 13 centros
de distribuição, com atuação em todo o
Brasil e em mais 45 países.
A empresa tem focado em sua política
de melhoramento contínuo da qualidade
do leite, valorizando o trabalho no
campo e seus produtores rurais por meio
de treinamento, qualificação, incentivos
e facilidades de compra de insumos nos
estados nos quais está presente.
Entre outras iniciativas, a Alvoar
Lácteos conta com os projetos Embaré
Assist, um programa de consultoria
técnica e gerencial que busca a máxima
eficiência econômica para o produtor de
leite; Educampo, desenvolvido em parceria
com o Sebrae/MG, com o objetivo
de levar capacitação técnica e gerencial
para os produtores da Embaré; Fazenda
Modelo, que tem como objetivo disponibilizar
ferramentas e treinamentos para
garantir segurança alimentar, bem estar
e saúde para os animais, e responsabilidade
socioambiental, que conduzem a
bons resultados econômicos; Compra de
Insumos, que apoia seus produtores rurais
buscando no mercado as melhores
oportunidades para compra de alimentos
para a produção; Mais Genética, que
busca incentivar o melhoramento genético
do rebanho por meio da técnica de
Transferência de Embriões de FIV em
Tempo Fixo; e o Aplicativo Embaré Fomento,
um sistema inteligente de gestão
da produção leiteira disponibilizado gratuitamente
pela Alvoar Lácteos para seus
produtores parceiros.
Esses programas, garantiram que a
Alvoar Lácteos conseguisse um aumento
global na qualidade do leite, atingindo
os parâmetros exigidos por lei, conforme
o artigo 7 da Instrução Normativa n°
76/2018, do Ministério da Agricultura
e Pecuária (Mapa) que determina que “o
leite cru refrigerado de tanque individual
ou de uso comunitário deve apresentar
médias geométricas trimestrais de
Contagem Padrão em Placas (CPP) de,
no máximo, 300.000 UFC/ml (trezentas
mil unidades formadoras de colônia por
mililitro) e de Contagem de Células Somáticas
(CCS) de, no máximo, 500.000
CS/ml (quinhentas mil células por mililitro)”.
Por exemplo: uma das fazendas parceiras
trabalha com um leite que possui
uma Contagem Bacteriana Total (CBT)
muito baixa. Enquanto a CBT da legislação
brasileira é de 300, essa fazenda tem
cerca de dois. A Contagem de Células
Somáticas (CCS) também é muito baixa
- a legislação do País indica uma CCS de
no máximo 500 e a fazenda trabalha com
90. Ou seja, é um leite muito acima da
média na questão de qualidade.
É nessa melhoria que a Alvoar Lácteos
vem investindo. Só nos últimos dois
anos, foram aplicados mais de R$5,5 milhões
em mais de 12 mil visitas técnicas
e execução dos programas. O foco da
implementação desses projetos é estimular
o desenvolvimento e crescimento dos
parceiros da Alvoar Lácteos, para que
eles possam crescer junto com a empresa
e cumprir os desafios impostos pela
lei que trata sobre a qualidade do leite.
Desta forma, a Alvoar Lácteos ajuda no
crescimento sustentável dos parceiros,
aumentando sua produtividade e lucratividade
na produção leiteira.
A Alvoar Lácteos acredita que todo
o trabalho de qualidade tem que partir
do princípio de que estão sendo produzidos
alimentos de acordo com segurança,
assepsia, além do bem-estar e saúde dos
animais. A correlação é direta: o produtor
que tem qualidade tem mais rentabilidade.
90
91
REVISTA O GIROLANDO
MERCADO
Larissa Vieira
DIVULGAÇÃO
Girolando eternizado em joias
Diretora da Girolando Auroral Real e o casal Lisiane e Jairo
durante a Megaleite 2022
A produção de “agrojoias” foi a aposta certeira do criador gaúcho Jairo Andre Gorczevski
para impulsionar os negócios
Duas paixões dividem o dia a dia de
trabalho do gaúcho Jairo André Gorczevski:
pecuária e joias. De família de
pequenos produtores rurais, cria Gir
Leiteiro há mais de 20 anos e Girolando
há 12 anos, na Fazenda Lobo Guará,
localizada no município de Muitos
Capões, na região de Vacaria, nordeste
do Rio Grande do Sul. Apesar das
baixas temperaturas, os animais vêm
mostrando grande adaptabilidade e
boa produção de leite. “Já registramos
nove graus negativos e neve, sem que
isso interferisse no desempenho do
Girolando, o que nos fez apostar na seleção
da raça”, contou Gorczevski.
Com um rebanho composto de 80
animais, a produção de leite chega a
500 litros/dia, entregues a um laticínio
local. Como a seleção prioriza o uso
de touros A2A2 nos acasalamentos, a
Lobo Guará pretende em breve utilizar
o leite para a produção de queijo,
atendendo, assim, o nicho de mercado
dos leites A2A2, que está em expansão
no País. “Minas Gerais é famosa no
País por seu queijo artesanal. Já no Sul
temos o queijo serrano, com algumas
particularidades interessantes e que
garantem um sabor único. Ele é produzido
a partir de leite de vacas manejadas
em pastagens de campos nativos.
Na Serra Gaúcha foram identificadas
quase 40 ervas diferentes nas áreas de
campo nativo e que dão sabor especial
aos queijos”, explicou o criador.
A Fazenda Lobo Guará também é
produtora de genética, com rebanho
focado em animais CCG 1/2 e 5/8.
Segundo Gorczevski, há uma grande
demanda pela raça em sua região por
conta da grande adaptabilidade ao clima
mais frio e ao sistema de criação
a pasto. “O Girolando caiu como uma
luva para nós da região de Vacaria”, en-
92
LUCAS COSTA
fatizou Jairo André Gorczevski, que foi
um dos pioneiros no fomento da raça
no Rio Grande do Sul. Foi em sua gestão
como presidente do Núcleo Gaúcho
de Criadores de Gir Leiteiro que
a entidade incorporou a seu nome a
palavra Girolando.
Durante a Expointer 2018, Jairo
Gorczevski assinou convênio com a
Associação Brasileira dos Criadores de
Girolando para a inclusão do Núcleo
Gaúcho de Criadores de Gir Leiteiro e
Girolando no Programa de Fomento
da Raça Girolando. “Felizmente, com
a evolução dos programas de melhoramento,
que têm contribuído para a
produção de animais altamente produtivos,
e o trabalho de fomento do
Núcleo, a raça vem conquistando, aos
poucos, seu espaço”, assegurou. Atualmente
Gorczevski ocupa o cargo de
Tesoureiro do Núcleo Gaúcho.
Raças em joias – Como também
atua como empresário do setor de
joias, o pecuarista gaúcho viu no agro
uma oportunidade de inovar seu negócio.
“Trabalhávamos com pedras
naturais, porém, após algumas crises
Colar e botton da raça Girolando criados pela Salamanca
vividas pelo setor, tivemos de encontrar
alternativas para continuarmos
na atividade. Foi quando decidimos
colocar em prática nosso sonho antigo
de ter uma marca de semijoias, com a
temática de cavalos e rodeio. Criamos
a Salamanca Agrojoias, mas daí veio
a pandemia e novamente tivemos de
encontrar uma alternativa”, lembrou o
criador.
O nome e o símbolo da marca foram
inspirados na lenda gaúcha Salamanca
do Jarau, em que uma princesa
se transforma em uma Teniaguá, uma
espécie de lagartixa, com uma pedra
preciosa cintilante no lugar da cabeça,
cor de rubi.
A saída encontrada para viabilizar a
Salamanca Agrojoias foi criar uma ampla
linha de semijoias do agronegócio.
Jairo Gorczevski aproveitou seu conhecimento
na pecuária para criar várias
peças de raças bovinas, dentre elas o
Girolando. O trabalho personalizado
conta com a assessoria de zootecnistas
e jurados para que as peças retratem
fielmente as características raciais dos
animais. “Dentro da joalheria, os profissionais
que atuam na linha de produção
estão preparados para fazer um
coração, uma estrela, mas um animal
não. Já chegamos a refazer a matriz
das joias quase 20 vezes para que tudo
ficasse perfeito”, explicou. Tanto na fabricação
das joias quanto na pecuária,
ele atua em conjunto com a esposa, Lisiane
Telles Dias Gorczevski.
Hoje, a Salamanca conta com peças
que retrataram várias espécies de
animais, culturas agrícolas, além de
outras temáticas da vida rural. “Temos
em nossas coleções várias opções,
desde pingentes, botons, brincos, colares,
pulseiras etc. Todas têm grande
aceitação do público. Recentemente,
começamos a produzir peças da raça
Girolando e nossa proposta é continuar
inovando nossas joias”, concluiu o
criador.
Jairo e o ex-presidente da Girolando, Luiz Carlos Rodrigues,
durante assinatura de convênio na Expointer 2018
93
REVISTA O GIROLANDO
REVISTA O GIROLANDO
GIROLANDO KIDS
Davi Borges Magalhães - Fazenda Pau de Oleo -
Perdizes - MG
Helena Lages de Freitas - Fazenda Catulé -
Poté - MG
Maria Fernanda - Agropecuária Campos Lima -
Delfim Moreira - MG
Mateus Balderramas Borges - Parque de exposicao Bela Vista - Goias -
GO
Quer ver a foto do seu filho na revista Girolando? Envie a foto junto com o nome da criança e da
propriedade para o e-mail imprensa@girolando.com.br
94 92
95
REVISTA O GIROLANDO
NOVOS ASSOCIADOS
ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO
SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES DE MAIO, JUNHO E JULHO DE 2022.
Nº CRIADOR MUNÍCIPIO
10628 Agronegócios BH Ltda
Belo Horizonte – MG
10600 Agropecuária Córrego Fundo
Belo Horizonte – MG
10585 Agropecuária Monte Cristo
Vilhena – RO
10652 Alessandro Andrade de Oliveira
Irupi – ES
10630 Altamir Alves Pereira
Mineiros – GO
10623 Alvimar Alves Cardoso Filho
Montes Claros – MG
10590 Antônio Aureliano Peixoto
Campo Alegre de Goiás – GO
10622 Augusto Fernandes Parreira
Taguatinga – DF
10642 Bruno Gomes Meirelles
Barra Mansa – RJ
10599 Bruno Lima Vieira
Mantena – MG
10649 Carlos Alberto Damasceno
Taquaritinga – SP
10589 Célio Silva
Lagoa da Prata – MG
10647 Celso Luiz Rocha
Potirendaba – SP
10597 Cleyson Cortes de Carvalho
Vazante – MG
10620 Darci José do Couto
Arcos – MG
10621 Deiber Santana Queiroz
Iturama – MG
10615 Epamfe Participações S.A.
Mococa – SP
10579 Eraldo Missagia Serrão
Vila Velha – ES
10594 Evandro de Lacerda e Barros
Contagem – MG
10624 Fábio Barra Soares
Capinópolis – MG
10605 Fausto Carvalho Pereira
Belo Horizonte – MG
10569 Fernando Antônio Amorim Vilela
Doverlândia – GO
10573 Fernando Simões Azevedo
Belo Horizonte – MG
10635 Fertilife Desenvolvimento Produção Pecuária Ltda
Goiânia – GO
10604 Flávio Costa Lana e Souza
Belo Horizonte – MG
10572 Gilberto Nunes Guimarães
Uberlândia – MG
10588 Gilson Aparecido de Souza
Passos – MG
10643 Gustavo Coimbra Pereira
Patos de Minas – MG
10637 Heli Ferreira da Costa
Fortaleza – CE
10614 Henrique Andrade Bernardes/Heber Luiz V. Bernardes Belo Horizonte – MG
10629 Jeam Carlos Félix
Corrente – PI
10580 João Marcos Pereira
Ipanema – MG
10611 João Newton Pereira Lopes
Montes Claros – MG
10617 João Paulo Guimarães Vieira
Uberlândia – MG
10603 João Paulo Machado Simeão e outros Condomínio
Coromandel – MG
10601 João Vitor Menezes Lopes
Afonso Cláudio – ES
10646 Joaquim Alfredo Alves Noroes
Milagres – CE
10616 José Augusto Barbosa de Souza
São Francisco de Itabapoana – RJ
10613 José do Nascimento Ribeiro
Araxá – MG
10576 José dos Santos Sobrinho
Guaira – SP
PRESIDENTE:
Odilon de Rezende Barbosa Filho
VICE-PRESIDENTE:
Eugênio Deliberato Filho
1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO:
Marcos Amaral Teixeira
2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO:
Márcio Luís Mendonça Alvim
1º. DIRETOR-FINANCEIRO:
José Antônio da Silva Clemente
2º. DIRETOR-FINANCEIRO:
Luiz Fernando Reis
DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS:
Domício José Gregório A. Silva
AL Alexandre Gondim da R. Oiticica
AL André Gama Ramalho
AL Marcos Ramos Costa
AM Ildo Lúcio Gardingo
AM Muni Lourenço Silva Júnior
BA Cláudio Micucci Vaz Almeida
BA Fernando Luiz Andrade Rocha
BA Francisco Peltier Queiroz Filho
BA Valdemir Acácio Osório
CE Diego Teixeira Brito
DF Léo Machado Ferreira
ES Rodrigo José Gonçalves Monteiro
ES Marcos Corteletti
GO Ildo Ferreira (in memoriam)
GO Adauto Luís Caumo
GO Rogério Omar Correa
MG Bernardo Sousa Lima Mattos
de Paiva
MG Wander Campos Marcos
MG Rodrigo Bernardo Silva
MG Alex Lima Alves
Nº CRIADOR MUNÍCIPIO
10607
10608
10587
10654
10596
10634
10636
10627
10595
10690
10570
10625
10651
10568
10650
10598
10618
10591
10619
10638
10633
10578
10640
10653
10592
10639
10602
10612
10581
10644
10575
10641
8113
10648
10586
10593
10574
10645
10626
10610
José Marcos dos Santos
José Orlando Vieira
Jose Ribeiro Trindade
Júlio César Fonseca de Calazans
Júlio Cézar de Melo Campelo
Júnior Ferreira Sales
Karine Gabrielli Lima de Souza
LD Agropecuária Ltda
Leandro Meirelles Veiga
Leonardo Gouveia Olhê Blanck
Lucas Amaral de Paula
Lucas da Costa Dutra
Lucas Ferreira Queiroz
Luciano de Castro Pereira
Luis Fernando Vieira
Manuela Pires Monteiro da Gama
Marcelo Gontijo Magalhães
Marciana Cristina Ferreira
Maria Alzira de Oliveira Aguiar
Maria Rita Monteiro Santos
Mateus Ayupe Resende de Lima
Maurina Linhares de Moura Vieira
Michel Sequeto Giela
N.S. Ribeiro Serviços de Laboratórios Eireli
Orleans Cley Vieira Nascimento
Otaviano de Souza Pires Neto
Pedro Paulo Gomes de Castro
Roberto Sanches Russano
Robson Meleipe Machado
Ronivaldo da Silva Souza
Samuel Custódio de Souza Filho
Sebastião Ramos Rosa
Sembra Técnicas e Produtos de Reprodução Ltda
Thiago Antônio dos Santos
Thiago Augusto Campos de Moura Sousa
Thiago Vilela Tristão
Valdeci Antônio Coimbra
Welington Gabriel Marques Andrade
Wellington Andraus
Wilson Vaini Filho
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Triênio 2020-2022
Conselho de Representantes Estaduais:
MG Luiz Cláudio Bastos de Moura
MG José Eduardo Coelho Branco
Junqueira Ferraz
MG Paulo Roberto Andrade Cunha
MG Evandro do Carmo Guimaraes
MG João Machado Prata Junior
MG Rodrigo Lauar Lignani
MG Arildo Benetti Ferreira
MG Rubens Balieiro de Souza
MG Maria Cristina Alves Garcia
MG Maria Helena Freitas dos Santos
MG Marcelo Pinto Pelegrini Cancela
MG José Coelho da Rocha
MG Roberto de Azevedo Rezende
MG Sérgio Reis Peixoto
MG João Dario Ribeiro
MS Fábio Taveira Sandim
MS Gustavo Henrique Panucci da Silva
MS Thiago Barros Xavier
MS Thiago Nogueira Lemos
MT Aylon David Neves
DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO:
José Renato Chiari
DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS:
Tatiane Almeida Drummond Tetzner
DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS:
Aurora Trefzger Cinato Real
CONSELHO FISCAL:
Afonso Celso de Resende
Alexandre Honorato
José Luiz Zago
CONSELHO CONSULTIVO:
Everardo Leonel Hostalácio
Alexandre Lopes Lacerda
Paulo Cruz Martins Junqueira
PA Adelino Junqueira Franco Neto
PB Antônio Dimas Cabral
PE Cristiano Nobrega Malta
PI José Gomes do Amaral Neto
PR Ronald Rabbers
PR Bernardo Garcia de Araújo Jorge
RJ Cipriano Bairral
RJ Jean Vic Mesabarba e Aguiar Arrabal
de M. Vicente
RJ André Luís Gonçalves de Souza
RJ José Gabriel Souza Machado
RN Ricardo José Roriz da Rocha
RN Alexandre Carlos Mendes
RN Manoel Montenegro Neto
RO Darcy Afonso da Silva Neto
RO Gilberto Assis Miranda
RO Otayr Costa Filho
RS Álvaro José Bombonatto
RS José Adalmir Ribeiro do Amaral
RS Roberta Quinteiro de Medeiros Rigol
SE Lafayette Franco Sobral
Poço Redondo – SE
Poço Redondo – SE
Tobias Barreto – SE
Curvelo - MG
Rio de Janeiro – RJ
Governador Valadares – MG
Bom Despacho – MG
Mossoró – RN
Leopoldina – MG
Araguaina – TO
Cruzeiro da Fortaleza – MG
Caiacó - RN
Nova Lima – MG
Rio Verde – GO
Limeira – SP
Ribeirão Preto – SP
São Paulo – SP
Raul Soares – MG
Cumari – GO
Itabuna – BA
Descoberto – MG
Araputanga – MT
Descoberto – MG
Parauapebas – PA
Porto da Folha – SE
Montes Claros – MG
Lagoa da Prata – MG
Angatuba – SP
Medina – MG
Bom Jardim – RJ
Galiléia – MG
Goiatuba – GO
Barretos – SP
Frei Paulo – SE
Santana do Garambéu – MG
São Paulo SP
Anápolis – GO
Miracema – RJ
Iturama – MG
Monte Carmelo – MG
Marcelo Renck Real
Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro
SUPLENTES CONSELHO FISCAL:
Marcos José de Paiva
Gustavo Frederico Burger Aguiar
João Eduardo Benini Reis
SUPLENTES DO CONSELHO CONSULTIVO:
Adaulto Augusto Nascimento Feitosa
Paulo Victor Sousa Machado
Leonardo Xavier Gonçalves
Nelson Ariza
Olavo de Resende Barros Junior
SE João Bosco Machado
SP Rubens Aparecido Câmara Júnior
SP Raul de Oliveira Andrade Neto
SP Paulo Gabriel Reis Nader
SP Eduardo Lopes de Freitas
SP Pedro Luiz Dias
SP Fructuoso Roberto de Lima Filho
SP Roberta Bertin Barros
SP Alexandre Pereira da Costa
SP Paulo Massanori Yamamoto
SP Fernando Antônio de Macedo
TO Napoleão Machado Prata
CDT
Membros Natos
Fernando Augusto, Leandro Paiva
Membros Efetivos
Edivaldo Júnior, Fábio Fogaça, Gustavo Gonçalves,
José Renato Chiari, Maurício Coelho, Marcello Mamedes,
Olavo Barros Júnior, Samuel Bastos, Tiago Ferreira
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REVISTA O GIROLANDO
GIROLANDO E VOCÊ
Eleição na Girolando
O calendário das ações referentes ao pleito foi divulgado pela entidade
Agendada para o dia 18 de
outubro de 2022, a eleição para
a escolha da Diretoria Executiva
da Associação Brasileira
dos Criadores de Girolando
– Gestão 2023/2025 terá duas
modalidades de voto. Serão
permitidos o voto eletrônico e
o voto por correspondência. O
programa de votação eletrônica
será o mesmo utilizado na
eleição passada, elaborado pela
área de Tecnologia da Informação
da Girolando, por meio de
cadastro eletrônico de usuário
e senha em uso para acesso ao
Portal Webgirolando.
Será instalado na sede da
Girolando, em Uberaba/MG,
um equipamento para a coleta
de votos eletrônicos dos associados
que participem da Assembleia
Geral Ordinária de
Eleição. Já o voto por correspondência
será válido se rece-
bido até as 18 horas do dia da
realização do pleito. No envelope
branco e opaco, o associado
colocará a cédula com o
voto, que indicará um “X” no
quadro ao lado da chapa completa
escolhida e o fechará.
Todas as regras para a votação
por correspondência e online
estão disponíveis no documento
“REGULAMENTO DAS MO-
DALIDADES DE VOTAÇÃO”,
publicado no site da Girolando
(www.girolando.com.br), bem
como todos os editais, documentos
e orientações sobre o
pleito.
Comissão Eleitoral
A Comissão Eleitoral já foi
definida e será presidida pela
advogada da entidade, Juliana
Maria Prata Borges Silva, e
ainda terá como membros o assessor
Executivo da Diretoria,
José Mauad Filho, e o coordenador
Operacional do PMGG,
Edivaldo Ferreira Júnior. Caberá
à Comissão Eleitoral decidir
sobre todas as questões relativas
ao registro de chapas ou
quaisquer outras que se refiram
ao processo eleitoral.
Calendário Eleitoral
29 de julho de 2022 – Último
dia para a publicação do Edital
de Convocação da AGO;
18 de agosto de 2022 – Último
dia para apresentação e registro
de chapas completas;
21 de agosto de 2022 – Publicação
das Chapas completas
recebidas;
16 de setembro de 2022 – último
dia para que o Associado
solicite à Comissão Eleitoral o
material para votação por correspondência.
18 de outubro de 2022 – Dia
de votação.
97
FALE CONOSCO
Nome Cargo/Profi ssão Telefone Email Cidade/UF
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
Depto. Financeiro / ADM / MKT
Dúvidas / Reclamações: faleconosco@girolando.com.br
EQUIPE DE CONSULTORES TÉCNICOS DO SRGRG
TÉCNICOS PMGG SUP. TÉCNICA
ADT
Assessoria de Imprensa
Assessoria Executiva da Diretoria
Bottons
Cobrança
Compras
Contabilidade
Contas a pagar
Controle Leiteiro
Departamento do Colégio de Jurados
DNA
Faturamento
Genealogia
Gerência de Projetos
Grife
Marketing
PMGG / Teste de Progênie
Protocolo
Recursos Humanos
Reprodutivo
Secretaria Executiva da Diretoria
Secretaria Executiva do Departamento Técnico
Superintendência Administrativa e Financeira
Superintendência de Tecnologia da Informação
Web Girolando
Edivaldo Ferreira Júnior Sup. Téc. Suplente - Coord. PMGG - Zootecnista
Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico - Zootecnista
Mariana D Angelo Moreno Trainee
Yasmine Micaella Lopes Loubach e Silva Trainee
Frederico Eduardo Martins de Paiva
José Wagner Borges Júnior
André Nogueira Junqueira
Antônio Carlos Alves Brum
Ariana de Miranda Barros
Breno de Morais Cavalcanti
Cléssio José Gomes Moreira
Dagmar Aparecido Rezende Ferreira
Diogo Balderramas Hulpan Pereira
Érico Maisano Ribeiro
Euclides Prata dos Santos Neto
Fernando Boaventura Oliveira
Gabriel Khoury da Costa
George Abreu
Geraldo Victor Rodrigues
Gilmar Sartori Júnior
José Renes da Silva
Juscelino Alves Ferreira
Katilene Lima de Morais
Limírio Cézar Bizinotto
Marcello de Aguiar R. Cembranell
Maurício Bueno Venâncio Silva
Nilton Cézar Barcelos Júnior
Pétros Camara Medeiros
Raphael Henrique Machado Stacanelli
Samuel Silva Bastos
Thiago Cavalcanti de Almeida
Wewerton Bibiano Resende Rodrigues
Consultor Técnico - Zootecnista
Consultor Técnico - Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG - Méd. Veterinário
Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG - Méd. Veterinário
Consultor Técnico - SRGRG - Méd. Veterinário
Consultor Técnico - SRGRG - Méd. Veterinário
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Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
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Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG - Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG - Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG - Méd. Veterinário
Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
Consultora Técnica - SRGRG - Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG - Méd. Veterinário
Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG - Méd. Veterinário
Consultor Técnico - SRGRG - Méd. Veterinário
Consultor Técnico - SRGRG - Zootecnista
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Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
Consultor Técnico - SRGRG – Zootecnista
Telefone: (34) 3331-6000 Site: www.girolando.com.br E-mail: girolando@girolando.com.br
(34) 99113-2315 / 99686-3813
(34) 99108-1925 / 99998-2928
(34) 3331-6000
(34) 3331-6000
(34) 99159-3213
(34) 98823-8267 / 99971-4367
(37)99964-8872]/(31)99413-3808
(33) 99905-6480
(94) 99154-0569
(79) 99988-3326 / 99125-1393
(88) 99608-4982 / 99272-5788
(67) 99679-3440
(61) 99853-1020
(28) 99939-1501
(34) 99972-3965
(34) 99248-0302
(75) 99981-0581/(34)99284-0581
(89) 999046484
(38) 99168-7566
(43) 9972-7576
(34) 99972-7882 / 99113-9613
(34) 99978-2237
(64) 99600-1814
(34) 99972-2820
(34)98851-2831/(51) 98047-7565
(65) 9920-2004
(34)98403-7452/(17) 99656-3380
(31) 97512-3456
(37)99919-7808 /(34)99969-1517
(12) 99606-5779 / 98120-0879
(81) 99945-6439
(32) 99979-6419 / 99105-8015
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imprensa@girolando.com.br
jmauad@girolando.com.br
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projetos@girolando.com.br
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yloubach@girolando.com.br
fmartins@girolando.com.br
jowagner@girolando.com.br
anjcativo@hotmail.com
acarlosbrum@gmail.com
aryana.barros@hotmail.com
br_cavalcanti@yahoo.com.br
clessiomoreira@hotmail.com
dagmarezende@hotmail.com
d.balderramas@yahoo.com.br
eribeiro@girolando.com.br
eneto@girolando.com.br
fboaventura@girolando.com.br
gabriel.khoury@hotmail.com
georgeabreu16@hotmail.com
geraldozootecnista@hotmail.com
gilmar@mamelle.com.br
jsilva@girolando.com.br
jferreira@girolando.com.br
katilene103@hotmail.com
lbizinotto@girolando.com.br
fmartins@girolando.com.br
mvenancio@girolando.com.br
nbarcelos@girolando.com.br
pmedeiros@girolando.com.br
rstacanelli@girolando.com.br
sbastos@girolando.com.br
talmeida@girolando.com.br
mais_genetica@yahoo.com.br
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Uberaba/MG
Oliveira/MG
Manhuaçú/MG
Redenção/PA
Aracaju/SE
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Campo Grande/MS
Brasília/DF
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Feira de Santana/BA
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Uberaba/MG
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