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Revista Girolando edição131 jul/ago/set 2022

Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando

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REVISTA O GIROLANDO

Tabela 1: Altura de entrada e saída dos animais em método de pastejo rotativo,

considerando o uso de 95% da interceptação luminosa do dossel forrageiro.

Espécie Forrageira

Altura recomendada para

manejo do pastejo (cm)

Entrada

Saída

Brachiaria brizantha cv. Marandu 25 10 a 15

Brachiaria brizantha cv. Piatã 35 15 a 20

Pennisetum purpureum Schum. Capim elefante cv. Napier 85 35 a 45

Pennisetum purpureum Schum. Capim elefante cv. Cameron 85 a 90 40 a 50

Pennisetum purpureum Schum. Capim elefante cv. Kurumi 75 a 80 35 a 40

Cynodon spp. Tifton – 85 25 10 a 15

Cynodon dactylon (L.) - Coastcross e Florakirk 30 10 a 15

Panicum maximum cv. Mombaça 90 30 a 50

Panicum maximum cv. Tanzânia 70 30 a 50

de busca por ambientes pastoris adequados.

Em outras palavras, quanto frequência da desfolhação.

até agora e também a intensidade e a

A observação e a utilização dessas alturas de manejo das pastagens são

melhor extremamente for a forma importantes que a para forragem assegurar é um A bom frequência desempenho da dos desfolhação animais e nada

oferecida ao animal, maior será o potencial

de consumo e desempenho folhações. Ou seja, o tempo entre o

também garantir que o crescimento e desenvolvimento mais é que o da intervalo pastagem entre não duas seja des-

produtivo prejudicado por ao área. longo do tempo. Para garantir primeiro que a e pastagem o segundo permaneça pastejo com em uma

qualidade O que podemos na área, o manejo observar do pastejo com os leva mesma em consideração área, no as caso características de sistemas da com

diversos trabalhos publicados envolvendo

planta ferramentas conforme discutido de manejo até agora do pas-

e também ro de a vezes intensidade que um e a perfilho frequência é visitado da

método de pastejo ratativo, ou o númetejo,

desfolhação. é que toda planta possui um ponto em um determinado período de tempo,

no caso de sistemas contínuos de

ótimo para colheita, correlacionado a

um direcionador A frequência denominado da desfolhação índice nada mais produção é que animal. o intervalo entre duas

de desfolhações. interceptação Ou luminosa seja, o tempo (IL). entre Esta o primeiro IL e Em o segundo sistemas pastejo de em produção uma mesma leiteira,

tem como premissa 95% de interceptação

área, da no radiação caso de sistemas solar pela com método cobertura de pastejo utilizado ratativo, é ou o o sistema número intermitente, de vezes que ou

o método de manejo do pastejo mais

vegetal formada pelo pasto, sendo esse sistema rotativo, como é popularmente

percentual relacionado a diferentes alturas

das forrageiras. Também é nessa tação de manejo do pastejo desse sis-

conhecido. Por muito tempo, a orien-

condição de interceptação o ponto em tema era que fosse feito com base em

que encontramos o momento ideal dias fixos para a entrada dos animais

para o pastejo dos animais, possibilitando

elevado consumo de folhas ver-

o avanço dos estudos, constatou-se que

no piquete. Ao longo do tempo e com

des, alto valor nutricional e garantindo esse tipo de manejo não explora de forma

eficiente as pastagens ao longo do

a persistência da forrageira no ambiente

pastoril. A tabela abaixo traz a indicação

de altura de entrada e saída de

algumas das cultivares forrageiras mais

utilizadas na pecuária leiteira.

A observação e a utilização dessas

alturas de manejo das pastagens são extremamente

importantes para assegurar

um bom desempenho dos animais

e também garantir que o crescimento e

desenvolvimento da pastagem não seja

prejudicado ao longo do tempo. Para

garantir que a pastagem permaneça

com qualidade na área, o manejo do

pastejo leva em consideração as características

da planta conforme discutido

ano, devido às variações climáticas,

principalmente umidade e temperatura,

podendo ocorrer perdas significativas

em produção e desempenho animal.

Dando início ao uso de critérios

de entrada e saída dos animais nos

piquetes baseados na altura da planta.

A intensidade de desfolhação representa

o quanto essa planta foi desfolhada,

ou seja, é a razão entre a massa

de forragem que foi removida pelos

animais e a massa de forragem original

(massa de forragem disponível no

momento de entrada dos animais no

piquete). Em sistemas intermitentes a

intensidade de desfolhação é definida

pela altura pós pastejo.

Desfolhas mais severas (menor altura

após o pastejo) forçam o animal

a remover maior proporção de folhas

e colmos com menos digestibilidade.

Além disso, a maior remoção da área

foliar por parte dos animais aumenta

o tempo necessário para o rebrote, reduzindo

a frequência de desfolhação,

aumentando a mobilização de reservas

das raízes para repor o seu índice

de área foliar. Por outro lado, desfolhas

mais lenientes permitem que os

animais consumam maior proporção

de folhas jovens e mais nutritivas, potencializando

a produção.

De modo geral, a frequência de

desfolhação irá variar de acordo com a

velocidade de crescimento das plantas

e também em função da intensidade

do pastejo. A adubação das pastagens

é uma alternativa para intensificar ainda

mais a produção animal por área,

uma vez que sob condições adequadas

de umidade e temperatura, aceleram

o ritmo de crescimento e desenvolvimento

foliar e de novos perfilhos,

sendo possível aumentar o número de

animais por área, sem comprometer o

desenvolvimento da planta.

Entrada e saída dos animais dos piquetes deve ser baseada

na altura da planta

DIVULGAÇÃO AGROPECUÁRIA CHIARI

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