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Revista Girolando edição131 jul/ago/set 2022

Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando

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REVISTA O GIROLANDO

SANIDADE

Raquel Maria Cury Rodrigues, Zootecnista pela Unesp de

Botucatu e Especialista em Gestão da Produção pela Ufscar

DIVULGAÇÃO RÚMINA

Mastite subclínica e o seu impacto silencioso nas

fazendas leiteiras

Não somente por meio de livros é

possível constatar que a mastite subclínica

(MSC) impacta negativamente em

vários aspectos nas fazendas leiteiras. A

própria prática prova isso, ainda mais

quando o produtor é adepto e utiliza

os dados, índices zootécnicos e outras

ferramentas como aliados na rotina e na

resolução de conflitos.

Vale lembrar que a MSC é prevalente

entre os quadros de mastite nas

fazendas, em 90 a 95% dos casos, e os

agentes causadores podem ser divididos

em contagiosos e ambientais.

Segundo banco de dados da On-

Farm, uma em cada três vacas com

MSC apresentam um patógeno contagioso

e eles têm grande importância

na ocorrência da doença. Por via de

curiosidade, informações extraídas de

1.178 rebanhos de OnFarmers (produtores

que utilizam o sistema OnFarm

de cultura na fazenda) apontam que

os patógenos contagiosos representam

34% dos casos positivos de MSC. É interessante

destacar que esses produtores

estão distribuídos em 20 estados brasileiros

e o número de amostras de MSC

analisadas totalizou 50 mil.

Em um quadro de MSC, as células

somáticas, que são compostas por leucócitos,

migram do sangue ao úbere

para auxiliar no combate da infecção,

situação que permite que a sua contagem

(CCS) seja ponto-chave no monitoramento

do processo inflamatório da

glândula mamária.

Alta CCS e perdas na produção de

leite

Em um experimento realizado nos

Estados Unidos a redução na produção

de leite na lactação total foi de 155kg

para primíparas e de 455kg para multíparas.

Vale pontuar que uma piora na

saúde do úbere é esperada em multíparas

no decorrer da lactação e isso ocorre

pela exposição prévia aos patógenos

causadores de mastite que podem resultar

em danos permanentes na glândula

mamária das vacas. Isso faz com que as

perdas de produção também sejam sentidas

nas lactações seguintes, comprometendo

a produção total dos animais.

Hand e colaboradores (2012) ao estudarem

2.835 rebanhos observaram

que quanto maior era a contagem de

células somáticas dos animais, maior

era a perda de produção de leite. Vacas

primíparas com CCS individual de 200

mil cél/mL deixaram de produzir 1,8%

de leite/dia e vacas multíparas com a

mesma contagem de células somáticas

deixaram de produzir 2,5% de leite/dia.

Já as vacas primíparas e multíparas com

CCS individual de 2 milhões cél/mL

deixaram de produzir 7,6 e 10,9% de

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