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Revista Girolando edição 130 - abr/mai/jun

Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando

Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando

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REVISTA O GIROLANDO

MENSAGEM DA DIRETORIA

Odilon de Rezende Barbosa Filho

PRESIDENTE

Eugênio Deliberato Filho

VICE-PRESIDENTE

Marcos Amaral Teixeira

1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO

Márcio Luís Mendonça Alvim

2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO

José Antônio da Silva Clemente

1º. DIRETOR-FINANCEIRO

Luiz Fernando Reis

2º. DIRETOR-FINANCEIRO

Domício José Gregório A. Silva

DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS

José Renato Chiari

DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO

Tatiane Almeida Drummond Tetzner

DIRETORA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Aurora Trefzger Cinato Real

DIRETORA DE FOMENTO E EVENTOS

Mais uma entrega de tecnologia para os selecionadores

da raça Girolando será feita durante a Megaleite

2022. Com os investimentos que vêm sendo

feitos pela Associação Brasileira dos Criadores de

Girolando, e em parceria com a Embrapa Gado de

Leite, o Sumário de Touros de 2022 vem com novidades

importantes que certamente mudarão os rumos

da seleção da raça nos próximos anos.

O documento chega com 15 novas características

de avaliação genômica/genética, dando um salto

significativo no melhoramento genético e colocando

à disposição do mercado um número significativo

de touros provados. O Programa de Melhoramento

Genético da Raça Girolando (PMGG) tem, a cada

ano, apresentado novidades no Sumário de Touros e

de Vacas. Em 2021, a grande novidade foi a publicação

do Índice de Longevidade do Girolando, o que

tem permitido selecionar touros cujas filhas tenham

maior taxa de permanência no rebanho, o que pode

reduzir os gastos com a recria e aumentar os lucros

da atividade.

O resultado da incorporação de todas essas metodologias

científicas na avaliação para a seleção dos

melhores animais é inegável. Uma grande revolução

tem ocorrido na agropecuária brasileira. A cada dia

tem-se aplicado mais ciência no campo. Ciência que

move o agro brasileiro! Ciência que torna o agro

mais forte a cada dia dentro do cenário econômico

e social do País.

Neste ano, a divulgação dos Sumários de Touros

e de Vacas será no dia 16 de junho, a partir das 18h,

no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte/MG.

O momento será importante para que os criadores

possam debater essas inovações juntamente com os

pesquisadores da Embrapa e técnicos da Girolando.

Além dessa novidade, a Megaleite será uma retomada,

para todos nós, dos eventos presenciais. Durante

os dois anos de pandemia, buscamos formas

criativas de continuar levando informação a nossos

associados, mas sabemos que esta volta à vida normal

é importantíssima para todo o Brasil, tanto do

ponto de vista econômico quanto social. O agronegócio

foi um dos setores que continuou trabalhando,

mesmo na pandemia, pois sabíamos da nossa grande

responsabilidade mundial de produzir alimento

para o mundo.

Mesmo com os custos de produção em níveis

tão altos, o que achatou drasticamente a rentabilidade

do segmento, fomos em frente e precisamos

nos orgulhar do fato de sermos peça fundamental

na economia do País. Dentro deste pensamento, a

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

continua investindo no marketing da raça. Precisamos

mostrar ao Brasil e ao mundo que o Girolando

é a Raça Nacional, ou seja, é ela que impulsiona a

produção de leite em nosso país.

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REVISTA O GIROLANDO

EDITORIAL

por Larissa Vieira

Editora

O momento atual da cadeia do leite exige

que busquemos soluções que envolvam

todos os elos da cadeia e à luz das demandas

do mercado. Estamos em um tempo de mudanças

muito rápidas, com o consumidor

exigindo não só qualidade do produto em

si, mas uma produção ambientalmente correta

e de respeito ao bem-estar animal. Sem

falar no avanço dos produtos plant based,

que insistem em utilizar o rótulo de “leite

vegetal”, o que só confunde o consumidor e

prejudica a pecuária leiteira.

Não é novidade, mas é cada vez mais

urgente entender e adotar a incorporação

de tecnologias para aumentar a produtividade

e melhorar os processos de gestão, o

que engloba desde melhoramento genético,

manejo, sanidade, nutrição, até a parte administrativa

do negócio.

Nesta edição da revista Girolando, percorremos

todos esses caminhos. Fomos falar

com o advogado e criador de Girolando,

Alexandre Lacerda, sobre sucessão no

agronegócio. Dados mostram que no Brasil,

grande parte das empresas não sobrevive

por muitas gerações e isso é reflexo da falta

de planejamento sucessório feito com

antecedência. Lacerda explica como fazer a

sucessão familiar em uma propriedade rural,

dentro de conceitos jurídicos capazes de

tornar o processo bem-sucedido.

Outro ponto importante para acompanhar

as mudanças do mercado está relacionado

à parte nutricional, cujo impacto nos

custos pecuários é bem grande. Trazemos

vários artigos sobre nutrição de bovinos

leiteiros, pois essas estratégias são uma

importante ferramenta para atender às necessidades

específicas dos animais leiteiros.

Juntamente com o maior conforto possível,

isso refletirá em melhoria dos níveis de produção

e, consequentemente, em maior produtividade

para a fazenda.

Já nossa matéria de capa não poderia

ser outro assunto, senão a volta da Megaleite

2022 em formato presencial. Será um

evento para celebrarmos a pecuária leiteira,

que continuou produzindo mesmo na pandemia

e agora poderá mostrar a evolução

de seus animais para visitantes de vários

países, aguardados no Parque da Gameleira

entre 15 e 18 de junho. Belo Horizonte/MG

será, nesses dias, a capital do leite da América

Latina.

Mas tem muito mais nesta edição da revista

Girolando. Trazemos o resultado de

vários eventos, informações sobre sanidade,

gestão de dados, genômica etc. Confira

nas páginas seguintes.

EXPEDIENTE

Revista Girolando: Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira lamoc1@gmail.com

• Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888 - Míriam Borges (34) 9 9972-0808 miriamabcz@mundorural.org • Design gráfico: Yuri Silveira

(34) 9 9102-7029 artes@mundorural.org • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Fotografias: Jadir Bison (34) 99960.4810 jadirbison@yahoo.

com.br • Conselho editorial: Odilon de Rezende Barbosa Filho, Leandro Paiva, Domício Arruda Silva, Tatiane Tetzner, Miriam Borges e Larissa Vieira

• Impressão CTP: Gráfica 3 Pinti (34) 3326-8000 • Tiragem: 6.000 exemplares • Periodicidade: Trimestral (Março, Maio, Julho e Setembro) •

Circulação: Dia 15 dos meses ímpares • Distribuição: Para todo o Brasil via correios e Disponível na versão on line no site www.girolando.com.

br. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG • Telefone: (34) 3331-6000 • Assinaturas: R$ 98,00/ano –

financeiro@mundorural.org • 22 anos de circulação ininterrupta

revistagirolando @ogirolando girolando.com.br revistagirolando

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REVISTA O GIROLANDO

Índice

MENSAGEM DA DIRETORIA 04

EDITORIAL 06

GIRO LÁCTEO 10

LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES 12

CLARIFIDE® GIROLANDO – EFICÁCIA E SEGURANÇA NAS PREDIÇÕES GENÔMICAS 18

USO DA CIÊNCIA DE DADOS EM BENEFÍCIO DA PECUÁRIA LEITEIRA 22

PECUÁRIA LEITEIRA: DICAS IMPORTANTES PARA A CONDUÇÃO DA ATIVIDADE 24

PLANEJAMENTO E EFICIÊNCIA NO CAMPO 26

MANEJO NUTRICIONAL NO PERÍODO PÓS-PARTO 30

MICOTOXINAS: UM RISCO PARA A PECUÁRIA LEITEIRA? 32

VACAS LEITEIRAS: COMENTÁRIOS IMPORTANTES SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO 36

O TRATAMENTO DE MASTITE SUBCLÍNICA DURANTE A LACTAÇÃO É VIÁVEL? 40

GIROLANDO É DESTAQUE NA EXPO CURVELO E EXPO SEM FRONTEIRAS 52

DOMÍCIO ARRUDA É INDICADO COMO CANDIDATO À PRESIDENTE DA GIROLANDO 53

O DIGITAL MAIS PORTEIRA ADENTRO DO QUE NUNCA 54

COM O AMOR DE MÃE 58

NOVOS ASSOCIADOS 59

GIROLANDO KIDS 60

FALE CONOSCO 61

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ExpoZebu 2022

evidencia evolução da

raça Girolando

16

Sucessão familiar no agro

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MATÉRIA DE CAPA

Um retorno em grande

estilo

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REVISTA O GIROLANDO

GIRO LÁCTEO

por Miriam Borges

FAZU

A diretoria da Girolando visitou, no dia

6 de maio, a Faculdades Associadas de

Uberaba (FAZU) para consolidar a parceria

entre as duas entidades. Recebidos

pelo diretor Executivo da FAZU, Celio

Eduardo Nascimento Vieira, os diretores

conheceram a Fazenda Escola e o Setor

de Bovinocultura Leiteira. Durante a visita,

foi feito o descerramento da placa do

projeto “Vitrine Tecnológica Girolando

PS e 5/8”. O espaço é dedicado à seleção

de um rebanho Girolando, composto de

animais Puro Sintético e de composição

racial 5/8. A parceria entre as duas entidades

ainda prevê o desenvolvimento

de pesquisas com a raça, capacitação da

equipe técnica da associação e um programa

de estágio contínuo para atuação

dos estudantes nas rotinas técnicas da

associação.

Pró-Genética

O Grupo Coordenador do Pró-Genética

reuniu-se durante a ExpoZebu 2022,

em maio e contou com a presença do

coordenador Operacional do PMGG,

Edivaldo Júnior. Também participaram

representantes da EMATER-MG, Secretaria

de Agricultura do Estado de Minas

Gerais, ABCZ e demais associações de

raça integrantes. Durante o encontro, foi

apresentado o balanço parcial de 2022 do

Pró-Genética e Pró-Fêmeas e da demanda

de animais dos dois programas, além

de uma avaliação das ações realizadas ao

longo dos dois anos de pandemia.

Desfile de Touros

O Desfile de Touros da ABS, realizado

de forma presencial na Central ABS, em

maio, durante a Expozebu, contou com

uma apresentação da raça Girolando. O

presidente da Associação Brasileira dos

Criadores de Girolando, Odilon de Rezende

Barbosa Filho, falou sobre o trabalho

desenvolvido pela entidade para

promover o melhoramento genético da

raça. Já o coordenador Operacional do

PMGG, Edivaldo Júnior, destacou as

novidades do Sumário de Touros 2022,

como as novas características que serão

incluídas este ano. Também participaram

do evento os diretores Tatiane

Tetzner, Domício Arruda e José Renato

Chiari.

Site 5/8 e PS

Para facilitar o acesso do público às informações

sobre o Girolando 5/8 e PS (Puro

Sintético), a Associação Brasileira dos

Criadores de Girolando acaba de criar

uma página exclusiva no site da entidade.

No espaço, estão sendo disponibilizados

vídeos, estratégias de cruzamento e depoimentos

de criadores que selecionam

5/8 e PS. A iniciativa faz parte da campanha

de marketing que a entidade iniciou

este ano sobre Girolando 5/8 e PS. Entre

as ações programadas estão vídeos sobre

a seleção de PS e 5/8, resultados alcançados

por criatórios de várias regiões, informações

técnicas sobre os touros, além

da realização de eventos em exposições.

O público pode participar ativamente da

campanha, atuando como “Porta-voz do

PS e 5/8”. Basta compartilhar conteúdos

sobre a raça nos perfis do criador ou da

propriedade e marcar a Associação de

Girolando (@associacaogirolando) no

Instagram e Facebook ou comentar nas

postagens feitas pela entidade.

Prestação de Contas

Os associados da Girolando participaram

no dia 19 de abril da Assembleia

Geral Ordinária, para apresentação do

relatório das atividades e Balanço e Prestação

de Contas do exercício de 2021. O

evento foi realizado virtualmente e os associados

puderam acessar sistema Web

Girolando para votar. Dos 123 participantes,

117 aprovaram eletronicamente

a prestação de contas e seis não aprovaram.

Empregos

No primeiro trimestre de 2022, a população

ocupada (PO) no agronegócio brasileiro

somou 18,74 milhões de pessoas,

aumento de 6,2% (ou de 1,09 milhão de

pessoas) frente ao mesmo período do

ano passado, segundo indicam pesquisas

realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos

Avançados em Economia Aplicada),

da Esalq/USP, a partir de informações

dos microdados da PNAD-Contínua e

de dados da RAIS. O número de pessoas

atuando no setor de janeiro a março de

2022 foi o maior para este período desde

2016, quando a PO totalizou 18,75 milhões

de pessoas. O avanço em 2022 se

trata de um processo de recuperação de

ocupações iniciado no segundo semestre

de 2021 – que, inclusive, se deu entre os

segmentos que compõem o agronegócio.

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Sêmen disponível:

Tel. (16) 2105-2299

www.crvlagoa.com.br

LAGARTO - GPTA leite - 1.005

com confiabilidade de 77,65%

GIROLANDO 3/4

TESTE DE PROGÊNIE

A2A2

LAGARTO HUNTER da IFQ

Mãe: AMORA da IFQ | 14.315kg/365d

NEGRA LAGARTO DA IFQ

NASC 01/03/20

IFQ - 1456 | 3/4

ANGEL LAGARTO DA IFQ

7315-BK | 3/4

NASC 20/02/20

SAICA LAGARTO DA IFQ

6671-BG | 3/4

NASC 27/04/18 - PARIU 06/05/21

6.800 KG/278 DIAS - EM ANDAMENTO

PICO – 31,8 KG

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REVISTA O GIROLANDO

LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES

Digitalização das fazendas

O foco e as oportunidades para inovações

digitais na pecuária estão crescendo.

Com o propósito de contribuir

com esse cenário de evolução das fazendas

brasileiras, foi criada a Rúmina,

o maior ecossistema de soluções digitais

para pecuaristas de leite e de corte,

que agrega as empresas OnFarm, Ideagri,

Bovitech, Rúmicash e Volutech,

São mais de 7 mil fazendas que utilizam

as soluções da Rúmina, desenvolvidas

para democratizar e simplificar

a adoção de tecnologias pelos produtores

– seja biotecnologia, sensores,

softwares, soluções financeiras e inteligência

artificial – oferecendo a melhor

experiência para toda a cadeia de valor

da pecuária. Recentemente o ecossistema

recebeu um aporte de R$ 25 milhões

para intensificar a distribuição

de inteligência artificial para o campo.

O novo investimento no ecossistema

tem como objetivo acelerar o acesso

dos produtores a Rúmi, a inteligência

artificial criada pela Rúmina que ajuda

na gestão, detecção de doenças, tomada

de crédito e gerenciamento da produção.

Novo logotipo UCBVET

A UCBVET Saúde Animal apresentará

novo logotipo e lançará produtos

para a produção leiteira durante a

Megaleite. Consolidada no mercado e

em busca de ainda mais crescimento,

a UCBVET, que engloba as empresas

Globalgen, Bioctal, Ucblog e Speedvet

para a fabricação e distribuição de medicamentos

para animais de produção

e de companhia, promoveu uma série

de mudanças, como alterações organizacionais

e nova roupagem para a

marca. O novo logotipo da indústria

está mais elegante e contemporâneo, e

retoma o tubo de ensaio, inspirada no

primeiro emblema do grupo, e o ressignifica

com outras cores, tecnologia

e simplicidade. Como destaque para

participação na Megaleite, a UCBVET

apresentará soluções para aumentar a

produtividade leiteira. O Oxcint, por

exemplo, será um dos lançamentos.

Desenvolvido para uma ordenha mais

eficiente, pois possui 20% mais concentração

de ocitocina, hormônio sintético

semelhante ao natural produzido

pelas vacas, é indicado para estimular a

ejeção e remoção do leite residual. Outro

diferencial da solução é a eficácia:

testes comprovaram que é necessário

apenas 0,3 mL, por aplicação, para melhor

qualidade do leite produzido.

Fertilizantes

A Mosaic Fertilizantes adota protocolos

de nutrição às plantas forrageiras

de maneira personalizada, com ênfase

técnica e sob uma análise criteriosa ao

laudo laboratorial. A empresa avaliou

sete propriedades na Região Sul do

país, nas quais foram propostos ensaios

de campo com os adubos da linha

MPasto. Tais fertilizantes são produtos

exclusivos da Mosaic Fertilizantes e

desenvolvidos especificamente para a

pastagem. Utilizou-se o fertilizante o

MPasto MAX, um adubo que contém

nitrogênio, fósforo e enxofre, sendo

este último nutriente sob a forma elementar

e sob a forma de sulfato. Foram

avaliados componentes de produtividade

do milho e análises químico-bromatológicas,

que nos dão referência

ao valor nutricional da silagem que foi

produzida.

Concluiu-se que o uso de MPasto

MAX proporcionou tanto o aumento

nas produções do milho silagem

(acréscimo de 20%), quanto na estimativa

da produção de leite (aumento

em 21%). O valor nutritivo da silagem

também foi superior com o uso

de MPasto MAX, para o componente

amido e Nutrientes Digestíveis Totais

(NDT) houve incremento de 2%

e 1%, respectivamente. Já para a Fibra

em Detergente Neutro (FDN), que é a

fração fibrosa e tem influência negativa

no consumo, houve 3% de redução em

sua composição.

Tecnologia Agroceres Multimix

A Agroceres Multimix está lançando

o drench agVitta, para recuperação

imediata e promoção do bem-estar de

vacas leiteiras no pós-parto. Trata-se

de uma solução inédita no mercado

brasileiro, por ser desenvolvido com

a tecnologia Propyl Dry. Contando

com compostos propiônicos enriquecidos,

dentre eles o propilenoglicol, e

minerais específicos, o agVitta promove

reposição energética e recuperação

imediata dos animais no pós-parto.

A tecnologia agVitta foi desenvolvida

e validada no Núcleo de Tecnologia

e Inovação da Agroceres Multimix.

Trata-se do resultado de um árduo trabalho

que envolveu equipe técnica e de

pesquisa, com comprovação a partir

de experimentos de campo com mais

de 800 animais de diversas fazendas

comerciais. O trabalho envolveu observações

em diferentes composições,

além de avaliações da parte metabólica,

comportamental e manejo dos animais,

até chegar ao resultado final.

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REVISTA O GIROLANDO

LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES

Catálogo de Doadoras

A Empresa de Pesquisa Agropecuária

de Minas Gerais (EPAMIG) vai

começar a vender materiais genéticos

de bovinos da raça Gir Leiteiro.

Os produtos comercializados serão

oócitos para produção de embriões.

Para isso, a empresa desenvolveu o

“Catálogo de Doadoras Gir Leiteiro

EPAMIG”, publicação digital que

reúne as principais vacas doadoras

de oócitos de alta qualidade genética.

A primeira versão disponível do

Catálogo possui 13 vacas doadoras,

mas o material será atualizado nos

próximos meses e tende a chegar a

até 40 animais. O Catálogo possui

imagens e vídeos com informações

sobre lactação, genealogia e data de

nascimento das vacas. Ele está disponível

no site da EPAMIG (www.

epamig.br).

Ampliação de portfólio

A Scala Nutrição Animal – que atua

há mais de 27 anos no ramo de nutrição

para animais de grande porte

- agora irá exercer suas atividades

em outros segmentos do agronegócio.

Por essa razão, a empresa está

realizando o rebranding da marca,

que passará a se chamar SCL Agro.

Criada em 1994 para atender os

fornecedores de leite do Laticínio

Scala, a Scala Nutrição Animal inicialmente

produzia rações fareladas

tradicionais de qualidade. Este ano

a empresa incluirá em suas atividades

produtos e soluções voltados a

agricultura e também rações para

pets, além de oferecer soluções tecnológicas

aplicáveis ao agronegócio.

Embriões

A transferência de embriões é uma

técnica que chama a atenção de

cada vez mais pecuaristas. A ABS

vem acompanhando o crescimento

da demanda por embriões, seguindo

uma estratégia de expansão que

está levando o acesso à técnica para

cada vez mais criadores. Na região

de Mogi Mirim (SP), a empresa comemora

o primeiro aniversário do

laboratório de embriões instalado

na cidade. O novo laboratório de

Mogi Mirim é equipado com o que

há de mais moderno em tecnologia

de embriões, com uma capacidade

produtiva de 10 mil embriões mensais,

ou seja, 120 mil por ano. Ele

está instalado, ainda, em um local

estratégico que permite atender a

diversas regiões do Brasil, do Sul ao

Nordeste, passando por parte do Sudeste.

A empresa ainda adquiriu outras

duas unidades, localizadas em

Cuiabá (MT) e Sinop (MT). Desta

forma, a ABS já soma laboratórios

de produção de embriões bovinos

em quatro Estados. Os laboratórios

da ABS responderam pela produção

de mais de 300 mil embriões.

Arames

A linha de Arames Farpados da

Gerdau inclui produtos de qualidade

superior e resistência elevada,

para uso em áreas urbanas, rurais

e úmidas. As propriedades de cada

arame farpado garantem um cercamento

facilitado e com maior durabilidade.

O arame Touro apresenta

fios finos, ao mesmo tempo que é

altamente resistente e com maior

durabilidade ao tempo. Segundo

a empresa, trata-se de um produto

altamente resistente, com tripla camada

de galvanização, que evita a

corrosão, e uso voltado para áreas

alagadiças, acidentadas ou litorâneas.

Marketing do agro

A Associação Brasileira de Marketing

Rural e Agro (ABMRA) lançou

campanha institucional com importantes

mensagens, ajudando a valorizar

a imagem do Agro como um

setor pujante e mostrando o quão

importante é a produção de alimentos,

energia e fibras para a vida

das pessoas e para o Brasil. A campanha

leva a assinatura “O Agro é

grande e com marketing fica ainda

maior”, destacando o fato de que o

marketing torna o setor ainda mais

próspero para empresas e profissionais,

além da necessidade do mix de

comunicação para atingir os diferentes

públicos. Uma das principais

mensagens é como o Agro impulsiona

os negócios em diversos segmentos

da economia e, para aproveitar

as oportunidades que o setor oferece,

é preciso ter conhecimento.

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FOTOS: MARCELO CORDEIRO

A MELHOR GENÉTICA

TRABALHADA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO

PRODUZINDO UM GIROLANDO

MODERNO, FÉRTIL E PRODUTIVO....

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REVISTA O GIROLANDO

ENTREVISTA

por Larissa Vieira

Sucessão familiar no agro

Programar o processo de sucessão e implementar práticas

de governança são determinantes para a longevidade das empresas

familiares, incluindo as do agronegócio. Aliado à uma

gestão econômica e financeira e a um planejamento tributário

preciso, o planejamento sucessório contribui para a prosperidade

e futuro do negócio. Em entrevista à revista Girolando,

o advogado Alexandre Lacerda explica as alternativas disponíveis

para preparar os sucessores, a formação de holding,

pagamento de impostos sobre herança e a hora de passar o

bastão. Criador de Girolando na Fazenda Miraí, em Serra do

Cipó/MG, Lacerda destaca que a estratégia de longevidade do

negócio via sucessão familiar no agro merece mais atenção

por parte dos produtores rurais. Confira o bate-papo:

Girolando

Alexandre Lacerda

Girolando

Alexandre Lacerda

No Brasil, a sucessão familiar

no agronegócio continua sendo

negligenciada?

Há avanços de forma geral nas

empresas, mas especificamente no

agronegócio vê-se certo desalinhamento

entre a atividade produtiva,

inclusive promissora, e a estratégia

de longevidade por via da sucessão

familiar. Neste sentido, o aspecto

sucessório cresce menos e o negócio

cresce mais. Daí, o risco em

crescimento também.

Girolando

O que levar em conta na hora

de começar a definir a sucessão

no negócio?

São, basicamente, quatro pilares

a serem permeados:

Estratégia – elaboração/ajuste

para o desenvolvimento e capacitação

para gestão de pessoas na

condução de mudanças na Organização

do Agronegócio.

Carreira e Sucessão – Mapeamento

de potencialidades pessoais/profissionais

e desenvolvimento

para a sucessão familiar e

no negócio.

Arquitetura – Definição de papéis

e responsabilidades para a entrega

das melhores contribuições

individuais.

Governança – Capacitação e

formalização da estrutura de Governança

do negócio com foco na

perenidade.

Em resumo, o agronegócio já

possui consistência operacional.

Portanto, sua estrutura de gestão

requer profissionalismo com base

em estratégia, sua aplicação e visão

de médio e longo prazo principalmente

com foco na sucessão,

para proteção e crescimento do

negócio.

Nem sempre o pecuarista terá

um sucessor natural. Que alternativas

ele tem nesse caso?

16 18


Alexandre Lacerda

Girolando

Alexandre Lacerda

Girolando

Alexandre Lacerda

Quando se fala em sucessão, ela

pode ser em família, fora da família

ou combinando estas duas primeiras

opções. Normalmente esta

última agrega mais valor ao negócio,

porque recebe contribuição de

fora da família, porque traz ideais

e práticas diversas. Considerando

isso, o pecuarista, tendo ou não

um sucessor, tem a possibilidade

de continuar com a atividade

por puro profissionalismo. Aliás,

o mérito deve ser sempre o parâmetro

de competência a ser considerado,

dentro ou fora da família.

Todo este processo de Governança

deve ser levado em frente para

agregar valor ao negócio até mesmo

para ser vendido ou negociado

de alguma forma, quando e como

o pecuarista quiser.

Como identificar quem seria

o sucessor mais indicado ou

como preparar as novas gerações

para assumir os negócios futuramente?

Entre outras formas, com:

Mapeamento das competências

essenciais para gestão do negócio

e sua validação;

Realização de entrevistas individuais

de mapeamento de competências

pessoais;

Testes para confirmação das

percepções;

Relatórios individuais após

análises técnicas; e,

Devolutiva individual e elaboração

de trilha de desenvolvimento,

se necessário.

Com estas técnicas e demais

procedimentos têm claramente reconhecidos

talentos existentes ou

não na família, e, se não, utiliza-se

o caminho da trilha de desenvolvimento

ou se parte para o encontro

deste perfil fora da família.

A criação de uma holding

agropecuária pode ser viável

quando? Como funciona?

Normalmente, o caminho é o

da criação de uma empresa holding,

onde se acomodam os pais

e, os filhos, mediante processo

gradativo de transferência de pa-

Girolando

Alexandre Lacerda

Girolando

Alexandre Lacerda

trimônio e de responsabilidades

previamente mapeadas, segundo

as habilidades dos filhos. É a famosa

“passada de bastão”, levando

consigo o legado conseguido pelos

pais. Neste momento não significa

que os pais saiam do negócio, pois

este é apenas o início da sucessão

familiar.

A holding funciona basicamente

com base em um Acordo de

Quotistas, no qual se estabelece as

garantias de proteção do patrimônio

e do negócio sob Governança,

levando principalmente a “vontade

e o desejo dos pais”, dentro do

cuidado de garantia da perpetuidade

do negócio.

O pagamento de imposto referente

à herança ou à doação é

outra questão que pode ser resolvida

com uma sucessão bem planejada?

O imposto sucessório é elemento

a ser levado em conta o

quanto antes, dado que atualmente

é de 5% no Estado de Minas

Gerais, mas com previsão legal

para ser 8% a qualquer momento.

Além disso, há projetos no Congresso

Nacional que já propõem

20 e 25%, numa eventual proposta

de Reforma Tributária. Em outros

países já chega até a 50%. Se bem

planejada a sucessão, este imposto

pode ser mais ameno, mediante

uma estrutura de planejamento

tributário lícito.

Quando percebemos que é a

hora de “passar o bastão”?

Quando paramos, todos nós,

para dar à sucessão familiar o valor

e a importância dela face ao infortúnio

ou fatalidade. Aí ela (sucessão)

se dá sem nenhum planejamento

e o que se levou anos para

construir um patrimônio pode ser

destruído em pouco tempo, seja

por filhos, genros, noras e por

adversidades externas. Portanto,

se pudesse lhes dar um conselho

a sucessão deveria começar hoje,

enquanto você, pecuarista, está

vivo, tem sua autoridade moral reconhecida.

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REVISTA O GIROLANDO

CLARIFIDE® Girolando – eficácia e segurança nas p

GENÉTICA

Estudo de validação da tecnologia confirma forte associ

genômica e produção de leite, idade ao primeiro parto e

gado comercial jovem da raça Girolando n

JADIR BISON

Em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de G

e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embr

estudo de validação de CLARIFIDE® Girolando, fe

especificamente para avaliação de gado da raça Giroland

antever o mérito genético para produção de leite (P305),

(IPP) e intervalo de partos (IDP).

CLARIFIDE® Girolando – eficácia e segurança nas

predições genômicas

O estudo reuniu 1.004 vacas provenientes de cinco rebanho

nos estados de Goiás e Minas Gerais. Tanto as fazen

CLARIFIDE® Girolando pode ser utilizado para predizer

características importantes de novilhas jovens.

Estudo de validação da tecnologia selecionados confirma respeitaram forte associação critérios entre preestabelecidos predição que fos

genômica e produção de leite, sistemas idade ao de produção primeiro parto e manejo e intervalo no Brasil. de parto em

gado comercial jovem da raça Girolando no Brasil

Em parceria com a Associação

Brasileira dos Criadores de Girolando,

a CRV Lagoa e a Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(Embrapa), a Zoetis realizou

estudo de validação de CLARI-

FIDE® Girolando, ferramenta desenvolvida

especificamente para

avaliação de gado da raça Girolando

com a finalidade de antever

o mérito genético para produção

de leite (P305), idade ao primeiro

parto (IPP) e intervalo de partos

(IDP).

O estudo reuniu 1.004 vacas

provenientes de cinco rebanhos

comerciais localizados nos estados

de Goiás e Minas Gerais. Tanto

as fazendas quanto os animais

selecionados respeitaram critérios

preestabelecidos que fossem

3/4H; 351

5/8H; 151

1/4H; 36

1/2H; 466

Figura 1. Composição racial das vacas incluídas no estudo

representativos dos sistemas de

produção e manejo no Brasil.

Com o objetivo de averiguar

a eficácia das predições de CLA-

COMPOSIÇÃO RACIAL

RIFIDE® Girolando, no mercado

há quatro anos, a pesquisa foi

desenvolvida em animais jovens

que não contribuíram com infor-

20


[Digite aqui]

JADIR BISON

Com o objetivo de averiguar a eficácia das predições de CLARIFIDE® Girolando,

no mercado há quatro anos, a pesquisa foi desenvolvida em animais jovens que não

contribuíram com informações fenotípicas na população de referência.

Os animais foram avaliados pela ferramenta seguindo o fluxo normal de avaliação

comercial, sem considerar seus registros de produção, foram ranqueados com base

nas suas predições para P305, IPP e IDP e classificados de acordo com o seu grupo

genético (Melhor: 25%, 26-50%, 51-75%; Pior: 75%).

As acurácias médias das predições de CLARIFIDE® Girolando para P305, IPP e

IDP foram 75,41%, 69,44% e 52,31%, respectivamente (Tabela 1).

Tabela 1. Estatística descritiva dos dados utilizados

Variável N Média DP Min Max GC

P305 (kg) 891 6.539,60 2.062,05 759,50 13.557,90

Produção de

GPTA P305 891 534,00 363,90 -442,27 1.952,53

Leite

ACC (%) 891 75,41 3,23 63,40 83,07

26

IPP (dia) 891 898,54 139,67 597,00 1439,00

Idade ao

GPTA IPP 891 -15,69 12,08 -52,54 33,48

Primeiro Parto

ACC (%) 891 69,44 4,33 54,95 79,11

26

IDP (dia) 747 407,82 91,81 231,00 733,00

Intervalo de

GPTA IDP 747 -0,07 3,15 -8,31 9,18

Parto

ACC (%) 747 52,31 7,55 25,70 66,88

21

N = número de informações fenotípicas utilizadas; DP = desvio padrão; Min = valor mínimo;

Max = valor máximo; GC = grupo de contemporâneo

mações fenotípicas na população acordo com o seu grupo genético

Resultados

de referência.

(Melhor: 25%, 26-50%, 51-75%;

Os animais foram avaliados Pior: 75%).

pela Os resultados ferramenta mostraram seguindo que CLARIFIDE® o fluxo As Girolando acurácias foi extremamente médias das eficaz predições

de dos CLARIFIDE® animais, mesmo Girolan-

quando

normal para predizer de o avaliação desempenho comercial, produtivo e reprodutivo

sem considerar seus registros do para P305, IPP e IDP foram

de

os animais

produção,

avaliados

foram

não contribuem

ranqueados

com informações

75,41%, 69,44%

fenotípicas

e 52,31%,

para a população

respectivamente

(Tabela 1).

com base nas suas predições para

P305, IPP e IDP e classificados de Resultados

Tecnologia permite diferenciar o mérito genético

entre animais jovens

Os resultados mostraram que

CLARIFIDE® Girolando foi extremamente

eficaz para predizer

o desempenho produtivo e reprodutivo

dos animais, mesmo

quando os animais avaliados não

contribuem com informações fenotípicas

para a população de referência.

A Tabela 2 mostra a performance

observada para P305,

IPP e IDP dos animais classificados

segundo seus grupos genéticos:

Pior: 25%, 26-50%, 51-75%;

Melhor: 25%.

Quando comparados o grupo

genético de Melhor 25% com o

grupo Pior 25% para P305, houve

uma diferença de 1.023,17kg

de leite (Figura 2). Esse resultado

confirma que a predição para

P305 é eficaz quanto ao desempe-

21


®

REVISTA O GIROLANDO

de referência. A Tabela 2 mostra a performance observada para P305, IPP e IDP

dos animais classificados segundo seus grupos genéticos: Pior: 25%, 26-50%, 51-

75%; Melhor: 25%.

nho produtivo de animais Girolando.

Na comparação entre os grupos

genéticos Pior 25% e Melhor

25% para IPP, observou-se que

os animais mais bem ranqueados

para GPTA IPP (Melhor 25%) tiveram

o primeiro parto, em média,

41,14 aqui] dias mais cedo que os

[Digite

animais do grupo Pior 25% (Figura

3).

[Digite aqui]

P305 P305 (kg) (kg)

7400

7200

7400 7000

7200 6800

7000 6600

6800

6400

6600

6200

6400

6200 6000

6000

7317,78

Produção de Leite

1200

p<0.0001

7102,71

984,04 1000

confirma 7317,78que a predição para P305 é eficaz quanto ao desempenho produtivo de

1200

800

6708,007102,71

984,04 1000

animais

641,40

Girolando. 600

800

6708,00

6294,61

414,83

400

641,40

600

6294,61

414,83

400

200

91,36

200

0

91,36

Pior 25% 25-50% 51-75% Melhor 0 25%

Pior 25% 25-50% 51-75% Melhor 25%

Grupo Genético

Grupo Genético

P305 (Kg) P305 (Kg) Produção de Produção Leite GPTA de Leite GPTA

Figura 2. 2. Associação entre entre produção produção de leite de média leite e grupo média genético e grupo quando genético os animais quando são os animais são

ranqueados pelo pelo GPTA GPTA dentro dentro da fazenda

fazenda

Quando comparado o desempenho

do grupo genético Pior

[Digite aqui]

Na comparação entre os grupos genéticos Pior 25% e Melhor 25% para IPP,

25% Na comparação o Melhor entre 25% os para grupos IDP,

p=0.0008

genéticos Pior 25% e Melhor 25% para IPP,

que os animais mais bem ranqueados para GPTA IPP (Melhor 25%)

observou-se uma diferença média

de 27,22 dias. Esse resultado

920 914,93

tiveram observou-se o primeiro que parto, os animais em média, mais 41,14 bem dias mais ranqueados cedo para os Idade animais 0,69

910

GPTA ao do Primeiro grupo IPP (Melhor Parto 25%)

p=0.0008 888,24

900

mostra Pior tiveram 25% que (Figura o primeiro os animais 3). parto, mais em bem média, 41,14920dias mais 914,93 cedo que os animais do grupo

890

-11,55

910

0,69

881,75

avaliados para GPTA IDP, em

Pior 25% (Figura 3).

880

888,24

-19,57

900

870

-11,55

média, tiveram intervalos de parto

27,22 dias mais curtos que os

do grupo Pior 25% (Figura 4).

Conclusão

CLARIFIDE® Girolando foi

eficaz para predizer a produção

de [Digite leite, aqui] a idade ao primeiro parto

e o intervalo de parto em gado

comercial jovem da raça Girolan-

[Digite aqui]

Intervalo de Parto (dia)

Intervalo de Parto (dia)

Tabela 2. Relação entre as predições de CLARIFIDE® Girolando (GPTA) e o

desempenho observado ajustado de para produção de leite (P305), idade ao

primeiro parto (IPP) e intervalo de parto (IDP)

P305 IPP IDP

GPTA P305(KG) GPTA IPP (dia) GPTA IDP (dia)

Pior: 25% 91,36 6.294,61 0,69 914,93 3,91 424,18

26-50% 414,83 6.708,00 -11,55 888,24 0,90 416,59

51-75% 641,40 7.102,71 -19,57 881,75 -1,07 413,37

Melhor: 25% 984,04 7.317,78 -30,19 873,79 -3,87 396,96

Diferença entre

os melhores e

os piores

892,68 1.023,17 30,88 41,14 7,77 26,34

do no Brasil. As predições genômicas

25% de com CLARIFIDE® o grupo Pior Girolando 25% para

Produção de Leite

p<0.0001Quando comparados o grupo genético de Melhor

para P305, IPP e IDP foram significativamente

associadas com

P305, houve uma diferença de 1.023,17kg de leite (Figura 2). Esse resultado

o desempenho observado de animais

comerciais que não contribuíram

com fenótipos para a população

de referência.

CLARIFIDE® Girolando foi

desenvolvido para permitir que

[Digite aqui]

criadores de Girolando e produtores

comerciais diferenciem

Idade ao Primeiro Parto (dia)

Idade ao Primeiro Parto (dia)

890

880 860

870

850

860

850

Produção de Leite GPTA

Produção de Leite GPTA

Idade ao Primeiro Parto

-10

881,75

-15

-19,57 873,79

-20

-25

-30,19

Pior 25% 25-50% 51-75% Melhor -30 25%

-35

Pior 25% 25-50% 51-75% Melhor 25%

Grupo Genético

Grupo Genético

Figura 3. Associação entre entre idade idade ao primeiro ao primeiro parto média parto e grupo média genético e grupo quando genético os animais quando os an

são ranqueados pelo pelo GPTA GPTA dentro dentro da fazenda

fazenda

5

0

-5

Idade ao Primeiro Parto GPTA

873,79

IPP (dia) Idade ao Primeiro Parto GPTA

IPP (dia) Idade ao Primeiro Parto GPTA

Intervalo de Parto GPTA

5

0

-5

-10

-15

-20

-25

-30,19

-30

-35

jovens, antes da disponibilidade

Quando comparado o desempenho do grupo genético Pior 25% com o Melhor 25%

Intervalo de Quando Parto comparado o desempenho do de grupo informações genético de Pior desempenho 25% com o Melhor

p=0.0397para IDP, observou-se uma diferença média de 27,22 dias. Esse resultado mostra

Intervalo de Parto para que os IDP, animais observou-se mais bem avaliados uma diferença individual

para GPTA média IDP, em de e

média, 27,22 da progênie.

tiveram dias. intervalos Esse Esse resultado m

420,00 415,17

6,00

p=0.0397

3,91 406,55

4,00 estudo confirmou que o conjunto

de ferramentas oferecido aos

410,00

que de parto os animais 27,22 dias mais curtos bem avaliados que grupo para Pior GPTA 25% (Figura IDP, em 4).

420,00 415,17

403,87

6,00

média, tiveram interv

0,90

2,00

3,91 406,55

4,00

410,00 400,00

403,87

-1,07

0,00

0,90 de parto 27,22388,83

2,00

dias -3,87 mais -2,00 curtos que produtores os do grupo de Pior leite 25% por (Figura meio 4). de

400,00 390,00

-1,07

0,00

388,83 -3,87 -2,00 -4,00

390,00 380,00

-4,00 -6,00 CLARIFIDE® Girolando pode ser

380,00 Pior 25% 25-50% 51-75% Melhor -6,00 25%

utilizado para predizer, com segurança,

a produção de leite, a

Pior 25% 25-50% 51-75% Melhor 25%

Grupo Genético

Grupo Genético

idade ao primeiro parto e o intervalo

de parto de novilhas jovens

Figura 4. 4. Associação entre entre intervalo intervalo de parto de médio parto e médio grupo genético e grupo quando genético os animais quando são os animais são

ranqueados pelo pelo GPTA GPTA dentro dentro da fazenda

IDP (dia) IDP (dia) Intervalo Intervalo de Parto GPTA de Parto GPTA

da raça Girolando.

fazenda

Intervalo de Parto GPTA

o mérito genético entre animais

Idade ao Primeiro Parto GPTA

22

Conclusão

Conclusão


23


REVISTA O GIROLANDO

GESTÃO

Deisiane Soares Murta Nobre, Médica-Veterinária e especializada em Clínica de Bovinos

pela USP e mestre em Clínica Veterinária pela USP; analista de Dados do SobControle Fazenda.

Carlos Augusto de Assis Lima, MSC pelo Instituto Militar de Engenharia; engenheiro de

Sistemas e Computação pela UERJ; criador de Girolando

Uso da Ciência de Dados em benefício da pecuária leiteira

A Ciência de Dados é uma área da

Tecnologia da Informação, ligada às técnicas

de Inteligência Artificial, de caráter

multidisciplinar, destinada à produção de

conhecimento. O conhecimento é produzido

pela realização de análises e estudos

sobre dados coletados de uma área específica.

Em suma, trata-se da utilização

do conhecimento construído a partir da

análise de dados como fundamento para

a tomada de decisão.

É notório que não se consegue a produção

de um queijo de excelência sem

um leite de qualidade; analogamente,

para a produção de conhecimento por

intermédio da ciência, a qualidade do

dado é o insumo primário. A veracidade,

a frequência e a forma como os dados

são coletados são fatores preponderantes

para o sucesso da empreitada.

O sucesso da atividade esbarra em

uma infinidade de variáveis que precisam

ser rotineiramente analisadas e ajustadas,

como: preço do leite, custo do concentrado,

custo do volumoso, qualidade do volumoso,

dias em lactação, intervalo entre

partos, número médio de partos do rebanho,

taxa de concepção, taxa de prenhez,

controle leiteiro, genoma da vaca, prova

do touro, fatores climáticos, qualidade do

colostro, entre outros fatores.

Grande número de variáveis define a

linha tênue entre lucro e prejuízo. A eficiência

da pecuária leiteira é medida em

centavos de reais, e quem produz leite

sabe que os custos e os recebimentos precisam

ser acompanhados “na ponta do

lápis” para garantir a rentabilidade.

Entretanto, o uso da Ciência de Dados

em benefício da pecuária leiteira esbarra

na ausência de um processo confiável de

coleta de dados e em aspectos culturais

da atividade. Ainda que a importância

do dado seja evidente, os atos de coletar,

armazenar e processar essas variáveis é

uma tarefa fatigante para o pecuarista,

sem o auxílio de modernas e tecnológicas

ferramentas capazes de auxiliá-lo no ciclo

completo da Gestão do Conhecimento.

Dessa forma, a solução oferecida é o sistema

digital de gerenciamento dos dados

da fazenda.

Como os dados são utilizados para

produção do conhecimento?

Baseando-se em dados coletados no

decorrer do tempo, é possível identificar

os padrões de comportamento dos dados

que as fazendas apresentam. Ao reconhecer

esses padrões, por meio de métodos

estatísticos, é possível criar modelos matemáticos

capazes de prever os resultados

futuros de produção. Desse modo, o pecuarista

tem a oportunidade de realizar

tomadas de decisão rentáveis com maior

margem de segurança, minimizando significativamente

os riscos financeiros.

Essa análise preditiva considera múltiplos

elementos que influenciam a produção

na fazenda. Esses fatores entram

na equação, de forma que, ao simular a

inserção ou adição de algum fator, seja

possível inferir qual o resultado o produtor

obterá com essa modificação. Entre as

análises mais utilizadas nesse contexto,

destacam-se as técnicas de machine learning

e as séries temporais.

A técnica de machine learning, ou

aprendizado de máquina, consiste na

24


orientada por dados simulados que, por sua vez, são calculados com base em

dados concretos.

automatização na criação de modelos de

análise de dados. Trata-se do que é amplamente

conhecido como Inteligência

Artificial. A aplicação de machine learning

permite a criação de modelos preditivos,

ou seja, cálculos que evidenciam os

resultados esperados quando se modifica

o valor de uma variável. Um exemplo é

a obtenção da projeção da produção de

leite de acordo com o perfil genético do

rebanho, associando as características

de persistência da lactação dos animais,

intervalo entre partos e taxa de parição,

entre outras variáveis.

A análise de séries temporais, por sua

vez, considera as alterações nos valores de

determinada variável que podem ocorrer

ao longo do tempo, como consequência

da sazonalidade de algum fator envolvido.

genética

Pode-se citar,

superior.

por exemplo, o aumento

esperado nas despesas com os componentes

das dietas dos animais decorrente

de menor disponibilidade na entressafra.

Assim, o uso dessas técnicas, combinadas

ou não de acordo com o questionamento

que se almeja esclarecer, propicia a

construção de um contexto em que não

ocorre apenas a gestão dos dados, mas,

principalmente, a gestão do conhecimento.

A fazenda, portanto, estrutura-se de

forma orientada por dados simulados

que, por sua vez, são calculados com base

em dados concretos.

Em quais situações esse conhecimento

pode ser utilizado?

O conhecimento gerado permite a obtenção

de informações que subsidiam o

fomento das atividades da fazenda, como

linhas de crédito para compra de concentrado,

volumoso e outros componentes

da dieta; investimento em instalações e

melhorias tecnológicas; e investimento

em animais com genética superior.

O controle leiteiro também é um

grande benefício trazido pela Ciência de

Dados. Sabe-se que o controle leiteiro é

uma importante ferramenta para o melhoramento

genético do rebanho e para o

direcionamento do balanço alimentar das

vacas em lactação, além de ser importante

indicador das vacas que precisam ser

secas ou descartadas do rebanho. Com

o uso da Ciência de Dados, é possível re-

Em quais situações esse conhecimento pode ser utilizado?

alizar esse controle de maneira simples,

além de ser possível obter insights sobre

os dados produtivos do rebanho.

Uma outra aplicação vantajosa da

Ciência de Dados na pecuária leiteira é a

projeção da lactação. Com os dados obtidos,

é possível prever, com determinada

margem de erro, qual será a produção de

leite em um período de tempo específico.

Isso permite ao criador realizar um planejamento

mais efetivo de seus custos,

como mão-de-obra e produção de silagem,

entre outros.

A Ciência de Dados permite, portanto,

uma investigação detalhada dos

fatores que impactam na produção, bem

como o peso de cada um desses fatores

nos rendimentos da propriedade.

Aproximação

O mundo contemporâneo é caracterizado

por uma cultura data-driven, isto

é, orientada pelos dados. Nesse ínterim,

a agropecuária tem utilizado, crescentemente,

ferramentas tecnológicas que permitem

a coleta de dados para tomada de

decisão. Tal coleta de dados proporciona

maior profissionalização da fazenda, que

passa a ser vista como o empreendimento

que de fato é. Nesse contexto, inclui-se o

sistema de gerenciamento de dados e conhecimento.

Em contrapartida, também é fato que,

embora os números e a postura do produtor

sejam cruciais para a manutenção

de uma fazenda lucrativa, o indivíduo que

produz leite também preza pelo contato

humano, pela gentileza e pela disposição

em amparar o semelhante. Desse modo,

a Ciência de Dados pode, e deve, ser

aplicada à pecuária de forma em se fazer

valer da tecnologia como ferramenta de

aproximação das pessoas. Um importante

mecanismo é a utilização do sistema de

gerenciamento para estabelecer uma comunicação

mais eficaz e inteligente entre

o produtor, os funcionários da fazenda e

o laticínio.

A Ciência de Dados é, também, empregada

como recurso para organização

dos dados e melhoria da organização do

trabalho para o produtor. Ao garantir que

as pessoas que trabalham na propriedade

tenham acesso e alimentem o sistema, é

possível ter conhecimento, em tempo

real, dos animais que estão recebendo

tratamento (independente de quem o

executou), e das parições do dia ou da semana.

Dessa forma, o produtor, mesmo

que não se encontre fisicamente presente

na propriedade, é capaz de acompanhar

os procedimentos que estão sendo realizados

na fazenda, o que também permite

maior clareza na comunicação com os

O conhecimento gerado permite a obtenção de informações que subsidiam o

fomento das atividades da fazenda, como linhas de crédito para compra de

concentrado, volumoso e outros componentes da dieta; investimento em

instalações e melhorias tecnológicas; e investimento em animais com

demais envolvidos nos trabalhos na propriedade.

Quando o criador toma a decisão de

utilizar um sistema de gerenciamento de

dados, a equipe envolvida se desloca até a

propriedade. Nesse momento, a realidade

de cada produtor é acolhida pela equipe,

que faz o registro inicial de todas as informações

no sistema e orienta na sua

utilização. Além disso, os profissionais

do suporte, que atuam remotamente, realizam

constantemente o contato direto

com o produtor, por canais digitais ou telefone,

auxiliando no melhor uso possível

do sistema de gerenciamento. Tal contato

com o pecuarista também promove

um cenário em que o grupo de trabalho

esteja constantemente exposto às dificuldades

enfrentadas rotineiramente por ele,

bem como aos novos desafios que surgem

ao longo do tempo. Isso determina

a consolidação de um grupo de trabalho

engajado e proativo na busca de soluções

que tragam benefícios concretos para a

produção.

Portanto, a equipe de gerenciamento

de dados possui uma face voltada ao

campo e outra voltada ao meio digital.

Isso conflui com o propósito da utilização

da Ciência de Dados na pecuária leiteira:

a utilização dos conhecimentos estatísticos

com intuito de oferecer maior benefício

ao produtor.

25


REVISTA O GIROLANDO

GESTÃO

Bruno Guimarães, Médico-veterinário,

Técnico da equipe Rehagro Leite

DIVULGAÇÃO REHAGRO

Pecuária leiteira: dicas importantes para a condução

da atividade

Descubra qual a melhor forma de realizar o processo da atividade na pecuária

leiteira e obtenha os melhores resultados para a sua propriedade.

Ao iniciar um negócio, uma das

principais preocupações consiste na

sua rentabilidade, para que todo o investimento

feito seja retornado com

margem de lucro significativa. Com a

pecuária leiteira não é diferente: é preciso

identificar os principais pontos do

negócio, antes mesmo de iniciá-lo.

Dessa forma, aumentam-se as

chances de o planejamento traçado ser

certeiro, prevenindo imprevistos e surpresas

desagradáveis.

Conhecendo o negócio leite

Independente do status da propriedade

leiteira – se ela já se encontra em

atividade, se iniciou a produção de leite

há pouco tempo ou se ainda está apenas

no papel – é importante conhecer

de forma profunda e detalhada os pontos

que a permeiam e que influenciam

no seu resultado.

Esses pontos devem abranger não

somente a propriedade de forma específica,

mas também as pessoas envolvidas,

a região onde ela está localizada e

o mercado comprador/consumidor.

A melhor forma de conhecer a fazenda

é por meio da ferramenta de

Diagnóstico da Propriedade. Com ela

é possível entender melhor o projeto,

identificando as oportunidades, os riscos,

alinhando as ações e atuando para

melhorias.

Construindo o diagnóstico da

propriedade

Conforme já mencionado, o diagnóstico

deve compreender fatores internos

e externos da propriedade. O

diagnóstico nada mais é do que um re-

26


trato da propriedade em um momento

específico do tempo, relatando de forma

detalhada todo o perfil da fazenda

e da região.

Para organizar o raciocínio, podemos

dividir os fatores em cinco grandes

grupos:

1. Caracterização do mercado e

do perfil da região

Avaliar qual a aptidão econômica

da região, se há facilidade de obtenção

de mão de obra qualificada, quais são

os compradores de leite, se existe mercado

de compra e venda de animais,

quais os possíveis fornecedores de insumos,

qual a facilidade de acesso e escoamento

da produção etc.

Tais fatores permitem reconhecer

se a propriedade está/estará inserida

em algum determinado polo leiteiro

que a beneficie, até mesmo agregue valor

à produção de leite.

2. Geografia do terreno

Diz respeito à localização da propriedade,

ao clima da região com as

médias históricas de temperatura e

pluviosidade ao longo do ano, ao relevo,

ao tipo de solo, à disponibilidade de

água, etc.

O conhecimento dessas variáveis

permite, por exemplo, que saibamos

qual o potencial agrícola da propriedade

para a produção de comida dos

animais.

3. Áreas, instalações e maquinários

Não basta apenas conhecer o relevo

e o clima da propriedade: é necessário

mensurar sua área total e descrever a

ocupação de cada divisão, como a extensão

destinada à área de preservação

permanente (APP), reserva legal, área

mecanizável, área de manejo extensivo

etc.

Compreender a divisão das áreas

auxilia, por exemplo, na determinação

de quantos hectares estão disponíveis

para o plantio de milho para silagem

ou então, quantos hectares podem ser

trabalhados com pasto.

Além das áreas, devemos caracterizar

também as instalações e os maquinários

presentes na propriedade.

• Qual a vida útil e o estado de conservação

de cada um dos itens?

• É possível trabalhar com o galpão

de ordenha atual por mais 15 ou

20 anos?

• O trator utilizado para a distribuição

da dieta dos animais consegue

realizar esta tarefa por mais quanto

tempo?

Essas informações fazem a diferença

quando pensamos na depreciação e

na necessidade de aquisição/construção

de novas unidades.

4. Perfil do proprietário e dos colaboradores

Conhecer o perfil daqueles que lidam

diretamente e diariamente com a

propriedade faz toda a diferença.

• Qual o perfil cultural e socioeconômico

do proprietário?

• Ele já possui experiências na pecuária

leiteira?

• Qual é o objetivo do produtor

com a atividade pensando em volume

de produção de leite, sistema de criação

dos animais, remuneração, venda

de genética, fabricação de produtos (laticínios,

por exemplo)?

• A atividade será conduzida pelo

produtor mais como hobby ou terá a

importância de ser a sua principal fonte

de renda?

• Há capital para investimento no

negócio e/ou facilidade de obtenção de

crédito?

Em relação aos colaboradores, qual

é a mão de obra envolvida atualmente

na propriedade com a produção de

leite? Elaborar um organograma descrevendo

o número de envolvidos com

suas respectivas funções e remuneração

recebida é uma excelente ideia!

Isto vale tanto para os colaboradores

fixos quanto para aqueles esporádicos,

como técnicos/consultores ou

prestadores de serviço, por exemplo.

Esta etapa é de fundamental importância,

assim como as demais já citadas.

Por meio dela, podemos ter uma

noção se os objetivos do proprietário e

dos colaboradores estão alinhados com

aquilo que a propriedade está retornando

e com o potencial que ela pode

entregar.

5. Sistema de produção, composição

do rebanho e manejos realizados

Enfim, daremos foco específico aos

animais e às rotinas. Categorizar o rebanho

em grupos é o ideal, quantificando

o número de vacas em lactação,

vacas secas, recria de 0 a 12 meses, recria

de 12 a 24 meses e recria acima de

24 meses, por exemplo.

Se, porventura, a propriedade possuir

touro ou criação de machos leiteiros,

estes também devem ser contabilizados

na composição do rebanho em

uma categoria específica. Junto com a

composição do rebanho devemos informar

qual o padrão racial dos animais

e qual a distribuição de grau sanguíneo

em casos de animais mestiços

no rebanho.

Qual o sistema de produção adotado

pela fazenda? Extensivo, semi-

-intensivo ou intensivo? A pasto, semiconfinamento

ou confinamento total?

Essa informação é básica e essencial

para o diagnóstico!

A verificação e a descrição dos manejos

realizados na propriedade devem

ser muito bem-feitas, possibilitando

compreender, de forma clara, quais

ações são feitas na rotina.

• Como é a reprodução das vacas e

das novilhas?

• É utilizada inseminação artificial?

Se sim, com quais critérios?

• Como ocorre a liberação das novilhas

para reprodução?

• Os animais em lactação são divididos

em lotes? Se sim, com base em

quais critérios?

• Qual a produção de leite por lote?

• Como é o manejo alimentar dos

animais?

• Quais alimentos compõem a dieta?

• A dieta sofre variação entre as estações

de chuva e seca?

Como as bezerras são criadas?

Qual o programa alimentar durante

o aleitamento e após a desmama?

Quais as principais doenças que

acometem os animais?

Existem protocolos de tratamento e

calendário sanitário?

A fazenda realiza gestão financeira?

Todas estas perguntas relacionadas

ao manejo, além de várias outras, estão

atreladas aos indicadores da propriedade.

Sendo assim, o recomendado é

que, caso a fazenda trabalhe com indicadores,

eles sejam mencionados junto

aos respectivos manejos, de modo a

entender em que nível está a eficiência

dos processos.

Considerações

Para ter sucesso na atividade leiteira

é necessário, primeiramente, conhecer

a fundo a realidade local e regional

onde a propriedade será instalada, detalhando

as oportunidades e os pontos

de ameaça. Após ter conhecido bem

a realidade, é hora de traçar o objetivo

do sistema de produção com muita

clareza e coerência a sua realidade. Por

fim, para que esse objetivo seja alcançado

com eficiência, é necessário estabelecer

processos adequados na rotina

de cada setor da fazenda que permitam

a obtenção de resultados lucrativos.

27


REVISTA O GIROLANDO

GESTÃO

Planejamento e eficiência no campo

Gestão correta de compras como fator diferencial para a produtividade

A gestão de compras é o coração de

toda a cadeia de suprimentos e é integrada

às áreas de produção, manutenção

e logística, influenciando desde a

operação ao relacionamento com os

clientes. A implementação de uma boa

política de gestão de compras dentro de

uma empresa, seja ela do ramo que for,

evita a falta de produtos, erros no controle

de insumos e fornece previsibilidade

na gestão dos custos.

No agronegócio, especialmente para

os produtores de leite, isso não acontece

de forma diferente. Com um planejamento

bem feito do lado de fora da porteira,

o sucesso na produção é certeiro;

afinal, aproximadamente 50% do custo

do produtor é com a alimentação do rebanho.

A Embaré, considerada a sexta maior

empresa de laticínios do Brasil, presente

em todos os continentes do mundo

com sua linha de lácteos, preza sempre

por oferecer produtos de extrema qualidade,

com inovação, respeito ao meio

ambiente e ao bem-estar animal, mas

principalmente atuando em parceria

com toda a cadeia produtiva. A qualidade

dos produtos começa no campo,

com o trabalho competente e incansável

de diversos produtores rurais. São eles

quem garantem a qualidade e a pureza

do leite, a principal matéria-prima de

tantos produtos.

Para garantir o patamar de qualidade

desse importante insumo é preciso

ter atenção especial com os fornecedores.

Dito isso, a Embaré atua de forma

assertiva na rotina dos produtores rurais

parceiros com a oferta de programas

de assistência técnica, gerencial e

de capacitação, que buscam colaborar

28


Com a assistência, os técnicos da

Embaré fazem um levantamento individualizado

e constante das principais

demandas dos seus fornecedores de leite

e vão ao mercado buscar as melhores

oportunidades, ofertas e negociações.

Cada produtor tem suas características

próprias, mas todos têm em comum

o desejo e a necessidade de produzir

mais e melhor. Esse trabalho começa

na raiz do negócio: os consultores analisam

aspectos que vão desde o controle

de estoque, o histórico de compras do

produtor, o orçamento, a capacidade de

estocagem, até a previsão de entrega de

insumos, quantidades mínimas, entre

outros. Cada produtor é único, portanto,

o trabalho de diagnóstico busca

apontar exatamente onde é preciso agir

e os pontos a serem melhorados.

Com o levantamento feito, as equipes

do Embaré Assist vão atrás dos produtos,

que podem ser: fertilizantes, serragem,

farelos diversos, milho em grão,

açúcar, DDG (dried distillers grains, ou

grãos secos de destilaria), entre outros,

que as fazendas têm grande demanda

ao longo de todo ano. Então, o time de

compras da Embaré vai em busca dos

melhores fornecedores e das melhores

ofertas e negocia os preços para médio

e longo prazos, garantindo as melhores

oportunidades de negócios, antecipando-se

até mesmo às safras.

para o aumento da eficiência produtiva

e a maximização dos lucros dos produtores

Para auxiliar no trabalho de gestão

de compras, a empresa disponibiliza

para os seus mais de 1.500 fornecedores

de leite e 12 cooperativas virtuais parceiras

o programa de consultoria técnica

e gerencial Embaré Assist.

29


30


31


REVISTA O GIROLANDO

NUTRIÇÃO

Gilson Dias, nutricionista e gestor técnico

de bovinos leiteiros da Agroceres Multimix

DIVULGAÇÃO AGROCERES MULTIMIX

Manejo Nutricional no Período Pós-Parto

As vacas leiteiras modernas são resultado

de inúmeros melhoramentos

que as fazem verdadeiras máquinas de

produção de leite, função que desempenham

muito bem e está diretamente ligada

à lucratividade da fazenda. No entanto,

o período pós-parto traz consigo

inúmeras condições, como aumento da

sensibilidade a mudanças no ambiente,

maior propensão a distúrbios metabólicos

e quedas de imunidade.

É no período pós-parto que ocorre

o maior índice de mortes e descartes

involuntários por questões relacionadas

à saúde dos animais. Não podemos nos

esquecer que tudo o que vier a ocorrer

no período pós-parto é reflexo do que

acontece no período pré-parto e ambas

as fases estão positivamente correlacionadas

com o sucesso da próxima lactação.

A vaca, que hoje está gestante, passará

a lactante, o que significa que muitas

mudanças ocorrem num curto prazo

de tempo. Conforme a data do parto

se aproxima, as vacas vão diminuindo

a capacidade de ingestão de energia liquida.

Enquanto, antes do parto, a demanda

se mantém baixa, a vaca ainda permanece

em balanço energético positivo.

Logo após o parto a demanda por energia

para lactação dá um grande salto.

Em contrapartida, a capacidade de ingestão

não acompanha tal demanda.

Essa situação causa um fenômeno chamado

de balanço energético negativo

(BEN).

Nesse cenário, as estratégias nutricionais

são uma importante ferramenta

para atender às necessidades específicas

dos animais neste período. Juntamente

com o maior conforto possível, isso

refletirá em melhora dos níveis de produção

e, consequentemente, em maior

produtividade para a fazenda.

Conseguir aproximar a composição

dos alimentos ofertados no pré-parto e

no pós-parto pode refletir em sucesso

no que diz respeito à geração de maior

atratividade dos animais pelo alimento

e, consequentemente, aumento do consumo.

Oferecer alimentos proteicos e

energéticos, com forragens de alta qualidade

no pré-parto, ajudará o animal a

estar mais habituado a esse tipo de alimento

após o parto, e isso se refletirá

em amenização dos problemas de consumo,

comuns no pós-parto.

Outro ponto positivo desse trabalho

de aproximação dos alimentos oferecidos

nas duas fases, diz respeito à adaptação

ruminal. Os micro-organismos

do rúmen demoram para se adaptar a

alguns alimentos e quando, por exemplo,

conseguimos manter a forragem

pré-parto e pós-parto com qualidade similar,

conseguimos ter maior capacidade

de crescimento microbiano e, consequente

adaptação dos microorganismos

do rúmen.

Desta maneira, conseguimos aten-

32


DIVULGAÇÃO AGROCERES MULTIMIX

der ao pré-parto de forma efetiva, maximizando

o consumo, que vai se refletir

positivamente no período pós-parto.

Exigências nutricionais

Quando formulamos dietas para o

período pós-parto é muito comum termos

a situação de lotes com animais em

estágios diferentes de lactação, e a formulação

das dietas é realizada com base

na média do grupo.

Os animais em pós-parto imediato

(entre a 1ª e 3ª semanas) têm ingestão

de matéria seca reduzida, o que os leva

a consumir menor quantidade de nutrientes,

justamente quando apresentam

grande demanda pelos mesmos, devido

a condições fisiológicas como a involução

uterina, e mesmo à maior propensão

a infecções, como a mastite. Para

suprir esta necessidade, suplementação

mineral e vitamínica são fundamentais.

Nesta fase, a dieta precisa ser densa

em atributos proteicos, fibra efetiva

para manter a ruminação, além de suplementação

mineral e vitamínica mais

intensiva. Outro ponto ao qual devemos

nos atentar são os carboidratos altamente

fermentescíveis.

No pós-parto, a ingestão excessiva

de carboidratos com alta fermentação

como amido de alta degradabilidade,

pode causar efeito negativo no consumo

de alimentos. Isso pode ser evitado

através do uso de fontes alternativas, ou

mesmo através da diminuição da concentração

desses carboidratos de alta

fermentação.

Comportamento e manejo

No período imediato ao pós-parto a

vaca ainda apresenta o úbere inchado,

momento em que também ocorre a involução

uterina. São situações que promovem

algum desconforto ao animal e,

por isso, é muito importante que tenha

facilidade em encontrar o espaço para

descanso. O ideal é manter a capacidade

de lotação em torno de 90%.

Outro aspecto fundamental é considerar

um espaçamento mínimo de cocho,

entre 60 e 70cm, que facilite o acesso

ao alimento. A maior disponibilidade

de cocho também é importante para

contribuir com o consumo e, consequentemente,

com a produção da vaca.

Lote específico

Nesse sistema, o ideal seria termos

um lote específico para animais pós-

-parto e isso se deve a inúmeras razões.

Uma delas é a possibilidade de especificar

uma dieta baseada nos parâmetros

já comentados neste artigo, ou seja:

- mais rica e densa em minerais e vitaminas

adequados para o período pós-

-parto,

- com fontes proteicas mais nobres

e específicas, que possam trazer efeito

benéfico para o fígado e metabolismo

em si,

- além de fibra efetiva.

Basicamente, são atributos que,

quando se tem um lote pós-parto específico,

conseguimos dinamizar com

mais eficiência, bem como oferecer espaçamento

de cocho e maior área de

descanso para os animais.

Vacas especiais têm necessidades especiais.

Se conseguirmos agregar estratégias

de entendimento sobre o período

pós-parto, com uma nutrição específica

para esses animais, aliando conforto e

bem-estar, conseguiremos refletir em

maior produção e, consequentemente,

lucratividade na fazenda.

DIVULGAÇÃO AGROCERES MULTIMIX

33


REVISTA O GIROLANDO

NUTRIÇÃO

Cristina Cortinhas, Supervisora de Inovação e Ciência

Aplicada da DSM;

Marcelo Machado, Gerente Técnico Leite LATAM DSM

DIVULGAÇÃO DSM

Micotoxinas: um risco para a pecuária leiteira?

Com a crescente pressão pela procura

por sistemas de produção e alternativas

que melhorem a eficiência

de produção, alguns problemas têm

emergido. Para aumentar a produtividade,

técnicas para melhorar a genética,

o conforto dos animais e a nutrição

têm sido utilizadas. Com isso, aumentou-se

o uso de alimentos conservados,

como silagens e fenos; de diferentes

subprodutos e de alimentos energéticos,

como o milho, na dieta das vacas

para aportar suas necessidades por

nutrientes. Porém, o que muita gente

não vê é que esses alimentos também

podem oferecer riscos aos animais.

Um dos problemas mais clássicos é a

deterioração desses alimentos e, com

isso, o aparecimento das micotoxinas.

Uma pesquisa realizada mundialmente

pela DSM 2021, na América Latina,

constatou cerca de 62% dos alimentos

destinados aos animais, contaminado

com micotoxinas.

Micotoxinas são metabólitos secundários

produzidos por muitos

fungos filamentosos dos gêneros As-

34


Figura 1. Principais micotoxinas encontradas em amostras de milho, soja, DDGS e forragens no Brasil

em 2021.

Também foram avaliadas amostras de vários subprodutos, como: caroço de algodão,

polpa cítrica, casca de soja, entre outros.

pergillus, Fusarium e Penicillium, que

podem causar respostas tóxicas quando

ingeridos. A contaminação por

micotoxinas na nutrição animal é um

problema mundial, pois causa imunossupressão,

aumento na prevalência de

diversas doenças, redução na eficiência

produtiva e problemas reprodutivos.

Mais de 500 diferentes tipos de micotoxinas

já foram identificados, sendo

6 delas de maior relevância para a pecuária

leiteira: Deoxinivalenol (DON),

Fumonisina (FUM), Aflatoxina (Afla),

Zearalenona (ZEN), Toxina T2 e Ocratoxina

(OTA).

No Brasil, em levantamento realizado

pela DSM em 2021 foi constatada

a predominância de FUM no milho e

DDGS (dried distillers grains – grãos

secos de destilaria de milho), predominância

de DON na soja e de OTA nas

forragens, conforme descrito na figura

abaixo (Figura 1).

Também foram avaliadas amostras

de vários subprodutos, como: caroço

de algodão, polpa cítrica, casca de soja,

entre outros.

As micotoxinas se tornam uma

preocupação ainda maior quando observamos

que sua ocorrência raramente

é de forma isolada e que, com isso,

efeitos sinérgicos ou adicionais podem

ocorrer. Durante muito tempo se pensou

que as bactérias do rúmen tinham

a capacidade de inativar os efeitos das

micotoxinas. Essa afirmação é em parte

verdadeira, pois existem grupos de

bactérias ruminais com a capacidade

de degradar micotoxinas; porém, o alto

consumo de dieta aumenta a taxa de

passagem, o que leva a uma redução no

tempo para que ocorra a detoxificação

no rúmen e, consequentemente, redução

na degradação das micotoxinas.

Além de consumir maior quantidade

de alimento, uma vaca mais produtiva

muitas vezes tem uma dieta mais “desafiadora”,

com maior quantidade de

energia e, com isso, ocorre redução no

pH ruminal, alteração na microbiota

e redução ainda maior na detoxificação

no rúmen. Dessa forma, se torna

evidente que não somente o nível de

contaminação da dieta é fator determinante

para a ocorrência de uma micotoxicose

(nome que se dá à doença

causada pela ingestão de alimentos

contaminados por micotoxinas), mas

outros fatores como: consumo e tipo

de dieta; tipos de micotoxinas e interações

entre elas, são também muito

importantes.

Como principais efeitos das micotoxinas

temos: Aflatoxina - reduz a

produção de leite, é imunossupressora,

hetpatotóxica, carcinogênica e em

humanos tem poder carcinogênico,

mutagênico e hepatotóxico; Fumonisinas

– reduz o consumo, produção de

leite, ganho de peso, é hepatotóxica,

e acentua o balanço energético negativo;

Zearalenona – causa problemas

reprodutivos, como aumento de casos

de aborto, atrofia testicular, ninfomania,

dificulta a fixação embrionária,

dificulta o retorno ao cio; Deoxinivalenol

– reduz o consumo, reduz a motilidade

ruminal, reduz a produção de

proteína microbiana, aumenta os casos

de deslocamento de abomaso e a ocorrência

de diarreias; Toxina T2 – reduz

o consumo, causa perda de peso, causa

gastroenterite e hemorragia intestinal,

causa má formação fetal, é imunotóxica

e hematotóxica; Ocratoxina A – é

carcinogênica, hepatotóxica, nefrotóxica,

e imunossupressora.

De forma geral, a redução no consumo

de dieta, redução na taxa de ruminação,

aumento na ocorrência de

diarreias, redução na produção de leite

e aumento nos problemas reprodutivos

são os sintomas mais observados das

micotoxicoses.

Para auxiliar no combate contra as

micotoxinas surgiram os adsorventes

de micotoxinas. Esses adsorventes eliminam

as micotoxinas por adsorção

e os mais comumente encontrados do

mercado são os adsorventes inorgânicos

(minerais), argilas organofílicas

(exemplos: alumínio silicato e bentonita)

e adsorventes orgânicos (paredes

de leveduras). Porém, diversos testes in

vitro demonstraram que os adsorventes

mais comuns têm boa eficácia contra

a Afla e baixa contra a DON, ZEA

e FUM. Por esse motivo, outras tecno-

As micotoxinas se tornam uma preocupação ainda maior quando observamos que sua

ocorrência raramente é de forma isolada e que, com isso, efeitos sinérgicos ou adicionais

podem ocorrer. Durante muito tempo se pensou que as bactérias do rúmen tinham a capacidade

de inativar os efeitos das micotoxinas. Essa afirmação é em parte verdadeira, pois existem

grupos de bactérias ruminais com a capacidade de degradar micotoxinas; porém, o alto

consumo de dieta aumenta a taxa de passagem, o que leva a uma redução no tempo para que

ocorra a detoxificação no rúmen e, consequentemente, redução na degradação das

micotoxinas. Além de consumir maior quantidade de alimento, uma vaca mais produtiva

muitas vezes tem uma dieta mais “desafiadora”, com maior quantidade de energia e, com isso,

ocorre redução no pH ruminal, alteração na microbiota e redução ainda maior na detoxificação

no rúmen. Dessa forma, se torna evidente que não somente o nível de contaminação da dieta

é fator determinante para a ocorrência de uma micotoxicose (nome que se dá à doença causada

pela ingestão de alimentos contaminados por micotoxinas), mas outros fatores como: consumo

e tipo de dieta; tipos de micotoxinas e interações entre elas, são também muito importantes.

Como principais efeitos das micotoxinas temos: Aflatoxina - reduz a produção de leite,

é imunossupressora, hetpatotóxica, carcinogênica e em humanos tem poder carcinogênico,

mutagênico e hepatotóxico; Fumonisinas – reduz o consumo, produção de leite, ganho de peso,

35


REVISTA O GIROLANDO

DIVULGAÇÃO DSM

logias com capacidade de eliminação

e desativação dos efeitos tóxicos têm

sido desenvolvidas.

Para a biotransformação das micotoxinas

a Biomin desenvolveu uma

combinação de enzimas específicas e

componentes biológicos que converte

micotoxinas em metabólitos não tóxicos

e ambientalmente seguros no trato

digestivo de animais. Essa combinação

é composta pela Biomin® BBSH 797,

enzima que tem a capacidade de inativar

os Tricotecenos (ex.: DON e T2),

Biomin® BBSH 797, levedura que produz

enzimas específicas que desintoxicam

especificamente a ZEA no trato

intestinal dos animais, e a FUMzyme®,

enzima específica para a inativação

das FUM. Com o papel de bioproteger

a Biomin desenvolveu um mix de

ingredientes naturais que dá suporte

ao sistema imunológico e hepático,

além de auxiliar a barreira intestinal

a neutralizar os efeitos negativos das

micotoxinas. Todos esses ingredientes

foram combinados em um único produto

chamado Mycofix, com efeitos

comprovados.

Em estudo realizado com vacas

em lactação, com duração de 84 dias e

dieta contaminada naturalmente com

DON, Afla B1, ZEA e OTA, Kiyothong

et al. (2012) avaliaram os efeitos do

Mycofix na função imune, parâmetros

ruminais e desempenho produtivo.

Como principais resultados, foram observados

aumento na produção de leite

de 2,1 kg/dia, aumento na concentração

de proteína no leite, aumentos no

consumo, na digestibilidade, na contagem

de bactérias ruminais, na produção

de ácidos graxos voláteis e melhora

nos parâmetros imunológicos (aumento

na imunoglobulina A e redução na

contagem de células somáticas). Com

o custo atual temos um retorno sobre

o investimento de cerca de 5:1 ou um

mínimo para se pagar de menos de um

copo de leite (150ml).

Recentemente a Biomin passou a

fazer parte da empresa DSM, especializada

em soluções nutricionais para

animais. Os excelentes resultados alcançados

nas pesquisas e com o uso do

Mycofix, em diversas partes do mundo,

impulsionaram a DSM a lançar o

Mycofix 5.0 para gado de leite no Brasil.

O Mycofix 5.0 chegou para auxiliar

a proteger os animais inativando as

micotoxinas e reduzindo seus efeitos

pela bioproteção, resultando em mais

saúde para as vacas, maior eficiência

reprodutiva e produtiva e maior rentabilidade

na pecuária de leite.

Referências

Kiyothong et al., 2012. Effect of

mycotoxin deactivator product supplementation

on dairy cows. Anim. Prod.

Sci. 52: 832-841.

36


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REVISTA O GIROLANDO

NUTRIÇÃO

Sabrina Coneglian, Gerente de Novos Negócios

Mosaic Fertilizantes - sabrina.coneglian@mosaicco.com

Marcell Alonso, Gerente de Pecuária

Mosaic Fertilizantes - marcell.alonso@mosaicco.com

MOSAIC FERTILIZANTES

Vacas leiteiras: Comentários importantes sobre

alimentação e nutrição

Quando falamos de alimentação e

nutrição de vacas leiteiras, devemos ter

em mente que a utilização de pastagens

de boa qualidade deve ser a base dos

sistemas de produção de leite. Contudo,

vacas detentoras de alto mérito

genético não conseguem, com consumo

exclusivo de forragem, obter toda

a energia necessária para suportar o

potencial produtivo que apresentam.

Nestas condições, a suplementação nutricional

se apresenta como oportuna

e passa a ter um importante papel na

otimização da produção, visto que sem

o seu uso torna-se grande a possibilidade

de comprometimento dos índices

produtivos e reprodutivos dos animais.

No sistema de produção, a nutrição

exerce efeitos em todas as etapas do

processo reprodutivo, desde a manifestação

do cio e desenvolvimento folicular,

até a programação fetal, bem como

na redução de problemas pós-parto.

Quando tratamos de processo ovulatório

nas vacas, este se apresenta como

o principal mecanismo influenciado

pelo ambiente nutricional. O direcionamento

de incrementos nutricionais

em período prévio à cobertura de matrizes

é conhecido como flushing, uma

técnica que tem apresentado resultados

positivos nas variáveis reprodutivas.

Há, porém, variações na indicação

do tempo de duração da técnica

por parte dos pesquisadores. Alguns

trabalhos sugerem o seu uso de três a

quatro semanas antes do período de

serviço como sendo a duração ideal.

Outros já recomendam que esse incremento

nutricional comece ao redor de

duas a quatro semanas antes da estação

e continue ao longo de duas a três

semanas depois da estação de monta.

De consenso comum é que o flushing

tem a finalidade de aumentar a taxa de

ovulação e posteriormente diminuir a

mortalidade embrionária, refletindo

no número de bezerros e bezerras nascidos.

Outro importante ponto de conhecimento

são as exigências nutricionais

de vacas de leite, estas não são constantes

ao longo do ciclo produtivo, o que

torna essencial a elaboração de estratégias

nutricionais para todos os períodos

do processo.

O período que consiste no início

da lactação (Figura 1) é uma fase crítica

do ciclo das vacas em termos de

produção e eficiência reprodutiva. É

38


nesta fase que a produção de leite aumenta

rapidamente, atingindo o pico

de lactação, porém sem o sinergismo

do consumo de matéria seca (MS). Por

um lado, maior torna-se a exigência

da vaca, em contrapartida faltam nutrientes

suficientes para o suprimento

da demanda, consequência da menor

ingestão. Os indicadores produtivos e

reprodutivos podem se tornar muito

ruins quando a nutrição se apresenta

inadequada nesta fase. Menores produções

de leite, menor peso da criação

ao desmame e menor porcentagem

de animais apresentando cio, poderão

ser consequências do errado manejo

nutricional nesta fase. A dieta deverá

conter ingredientes energéticos com

maiores proporções de grãos com fontes

de amido de baixa degradabilidade

ruminal, bem como uma proporção

adequada de proteína bruta, proteína

degradável no rúmen e proteína não

degradável no rúmen. Tais recomendações

para este período da lactação

possibilitam que a vaca atinja um pico

da produção de leite condizente com

seu potencial genético, sendo descrito

por Martinez (2010) que a cada 500g

de leite adicional produzido neste pico

produtivo, 110 litros de leite a mais poderão

ser obtidos ao longo da lactação.

O período do meio e do final da lactação

é uma fase em que grande parte

das vacas já está gestante e a produção

de leite reduz consideravelmente. Também

é nesse período que a quantidade

de alimento consumido possibilita nutrientes

suficientes para atender a menor

quantidade de leite produzido e,

em paralelo, repor reservas corpóreas

à vaca, o que explica a maior facilidade

de ganho de peso e aumento de escore

de condição corporal. Nesta fase o

ponto de atenção deve estar no fornecimento

de uma dieta equilibrada, evitando

o acúmulo de gordura excessivo,

isto porque o aumento de peso pode

ser tão deletério quanto a falta de condição

corporal para as vacas no parto.

As exigências de nutrientes durante

o período seco, fase que compreende

aproximadamente dois meses, são destinadas

para a mantença da vaca e para

o suprimento do crescimento do feto,

além da continuidade ao crescimento

corporal nas situações de primíparas.

Neste período as exigências nutricionais

são menores do que ao longo da

lactação, porém, à medida em que se

aproxima o parto, os nutrientes demandados

pela vaca tendem a aumentar

gradativamente. Por isso entende-

-se que fase é caracterizada como um

período de ajuste final para que o

animal chegue ao próximo parto com

bom escore de condição corporal. Os

benefícios de manejo nutricional bem

conduzido no período seco resultam

em mais leite na lactação subsequente,

reduzem a incidência de problemas

metabólicos após a parição e diminuem

a incidência de patologias, tal

como a retenção de placenta e infecção

uterina.

Acerca das pesquisas recentes com

minerais para bovinos leiteiros, grande

foco tem sido dado às exigências para

as diferentes fases do ciclo produtivo,

para a disponibilidade dos minerais

nos diferentes alimentos, nas fontes

destes elementos e na interação entre

diferentes minerais. Entre os macronutrientes,

o fósforo tem recebido gran-

39


REVISTA O GIROLANDO

MOSAIC FERTILIZANTES

de foco nos trabalhos em decorrência

do seu potencial efeito sobre o meio

ambiente, sobre sua grande influência

no desempenho reprodutivo de vacas

leiteiras e efeito na qualidade do leite,

principalmente na contagem de células

somáticas, diminuindo sua concentração

nos leites produzidos por animais

que ingeriram níveis recomendados

deste mineral.

O fósforo desempenha diversas

funções vitais no organismo do animal,

estando relacionado com a secreção

de leite, metabolismo energético e

de aminoácidos, transporte de ácidos

graxos, síntese de fosfolipídios e proteínas.

Também está envolvido no metabolismo

celular, no sistema enzimático

e no sistema tampão (constituinte

da saliva). No organismo do animal,

grande parte deste mineral encontra-

-se nos ossos e nos dentes, sendo o restante

distribuído nos tecidos moles. O

fósforo, na forma fosfato, é absorvido

no intestino delgado, sendo o processo

de absorção mediado pela vitamina D.

Aos animais em início de lactação a

elevada demanda por fósforo aumenta

a absorção deste elemento no trato

digestivo, ao mesmo tempo em que

amplia-se a mobilização deste mineral

presente nos ossos. Esta mobilização

possui tamanha importância aos animais

que, em períodos de deficiência

do mineral, os mesmos são capazes

de remover cerca de 30% do fósforo

contido em sua estrutura óssea. Vale

ressaltar que à medida que a vaca se

aproxima do pico de lactação, maior

torna-se sua exigência por este mineral,

enquanto no decorrer da lactação a

necessidade diminui junto ao decréscimo

da produção de leite.

Antes que o fósforo suplementar

possa produzir qualquer resposta significativa

é preciso que outros nutrientes

deficientes, principalmente proteína

e energia, sejam adequadamente

suplementados. Desta forma, as respostas

à suplementação fosfórica ocorrem

em maior intensidade no período

chuvoso, momento no qual a proteína

e energia encontram-se elevadas

nas pastagens e não durante a estação

seca, quando estes nutrientes podem se

apresentar limitantes na dieta.

Dado o exposto, a suplementação

adequada de minerais, em especial do

fósforo, é indispensável para maximizar

o desempenho e longevidade das

vacas. Considerando que melhorias

na saúde dos animais e a otimização

da reprodução devem estar sempre

associadas ao manejo alimentar, pois

resultarão diretamente na produção de

bezerras e na produção de leite, principais

fatores para a rentabilidade nas

propriedades leiteiras.

MARTINEZ, C. J. Guia rápido

para nutrição de vacas leiteiras. Milk

Point, FEV/2010. Disponível em: <https://www.milkpoint.com.br/artigos/

producao-de-leite/guia-rapido-para-

-nutricao-de-vacas-leiteiras-60707n.

aspx>. Acesso em: 02 de maio de 2022.

SIGNORETTI, R.D. Manejo Nutricional

de Vacas Leiteiras em Produção.

Jaboticabal/SP. COAN (Consultoria

Avançada em Pecuária). 2010. 4p. (Artigo

Técnico).

WATTIAUX, M. A. (1995). Dairy

essentials: nutrition and feeding,

reproduction and genetic selection,

lactation and milking, raising dairy

heifers. Madison/WI. The Babcock

Institute for International Dairy Research

and Development. v.1, p.45.

40


41


REVISTA O GIROLANDO

SANIDADE

Raquel Maria Cury Rodrigues, zootecnista

pela Unesp de Botucatu e especialista em Gestão da

Produção pela Ufscar

DIVULGAÇÃO RÚMINA

O tratamento de mastite subclínica durante a lactação é viável?

Não é novidade que controlar a mastite

no rebanho é um grande desafio para

os produtores de leite, ainda mais, quando

eles se deparam com infecções ao longo

da lactação. Quando falamos sobre

mastite subclínica é comum, inclusive,

que a fazenda perca o bônus por qualidade

devido à alta Contagem de Células

Somáticas (CCS), algo que pode acabar

impactando na rentabilidade da fazenda.

As estratégias de prevenção sempre

são mais interessantes e econômicas que

o tratamento. No entanto, para que este

último seja eficiente, a decisão de tratar

ou não os casos subclínicos durante a lactação

envolve uma série de fatores, algo

que será discutido neste artigo.

Durante a lactação, as vacas com

mastite subclínica devem ou não ser

tratadas?

Um dos primeiros pontos a ser avaliado

para responder a questão acima é o

custo de oportunidade do tratamento. A

decisão de se tratar ou não a mastite subclínica

deve ser feita com base no custo-

-benefício de cada situação e em relação

ao tipo de patógeno envolvido.

Vale destacar a importância da cultura

microbiológica nos animais que tiveram

aumento na CCS ou que apresentaram

resultado positivo no California Mastitis

Test (CMT). Hoje, com soluções inovadoras

disponíveis no mercado, o produtor

de leite conta com várias facilidades

para realizar a cultura na própria fazenda,

como laboratório portátil, treinamentos

remotos e até aplicativo no celular com

inteligência artificial, que reconhece por

meio de uma foto qual é o agente causador

da mastite, elevando, assim, o controle

da doença a outro patamar.

Essa conduta contribui para saber o

que há de errado com a vaca em questão

e agir diretamente na base do problema,

já que permite diagnósticos rápidos e automáticos,

saber qual a probabilidade da

cura do caso e até mesmo quais são os

tratamentos que mais têm sido utilizados

por outros produtores em casos semelhantes.

É interessante reforçar que o CMT é

uma ferramenta que deve ser explorada

caso a vaca seja elegível para passar por

tratamento, pois ajuda a direcionar em

quais quartos mamários ela precisará de

cuidados, evitando aqueles que não necessitam.

Também direciona para os tetos

que realmente estão com a CCS alta.

Cada plantel possui suas próprias

características e, além de conhecer o microrganismo

envolvido, alguns itens também

devem ser levados em consideração

para a justificativa ou não de se tratar,

como por exemplo, a probabilidade de

cura espontânea do caso, histórico e idade

dos animais, estado de saúde geral da

vaca, entre outros.

Cabe ressaltar que normalmente os

produtores tendem a tratar casos crônicos

e que apresentam CCS alta por muito

tempo. Porém, essas situações possuem

menores chances de cura se comparadas

a vacas com contágios recentes, ou seja,

que estavam sadias e adquiriram nova

infecção (a CCS estava baixa e no último

exame, deu alta). Neste último caso

apresentado, elas passam a ser prioridade

na escala de escolha do tratamento, pois

têm maior possibilidade de cura após o

protocolo.

De qualquer maneira, as principais

medidas de controle que podem ser tomadas

em relação à mastite subclínica

durante a lactação incluem: tratamento

42


DIVULGAÇÃO RÚMINA

Streptococcus agalactiae

com antimicrobianos; segregação da vaca

infectada; secagem permanente de quartos

infectados e descarte da vaca.

No entanto, cada uma dessas medidas

apresenta consequências. Por exemplo,

o tratamento com antimicrobianos nem

sempre é efetivo e está associado com o

descarte de leite de todas as glândulas

mamárias durante o período de carência

do medicamento. Por isso, a decisão

de tratar ou não os animais deve ser bem

analisada antes.

Há vários agentes causadores de mastite

subclínica e eles podem ser divididos

em contagiosos e ambientais. A bactéria

Streptococcus agalactiae apresenta perfil

contagioso e junto com Staphylococcus

aureus, representam quase 35% dos

agentes causadores de mastite subclínica

em vacas com CCS alta, pós parto e na

secagem, segundo estudo conduzido pela

OnFarm com base nos dados da comunidade

dos OnFarmers, produtores que

utilizam o sistema de cultura na fazenda.

Quando abordadas as análises apenas de

vacas com CCS alta, essa porcentagem

sobe para 40%.

É interessante destacar que Streptococcus

agalactiae é uma bactéria gram-

-positiva estritamente contagiosa entre

as vacas; porém, a mastite subclínica causada

por esse patógeno é a situação que

permite o maior benefício para o uso de

tratamento durante a lactação, pois a taxa

de cura é elevada. Isso se deve ao fato da

ótima resposta aos antibióticos, apresentando

uma taxa de cura maior que 90%.

Mesmo assim é de extrema importância

que a fazenda capriche nas medidas

de prevenção, já que existe a possibilidade

de o agente voltar a infectar vacas no rebanho

após o tratamento. A prevenção é

sempre inevitável para qualquer propriedade

e qualquer microrganismo que resolva

importuná-la. E a gestão contribui

muito nesse processo. O produtor passa

a controlar de perto o seu negócio e gerir

inclusive a saúde do seu rebanho.

Já quando a contaminação ocorre

por S. aureus, a sugestão é a segregação

dos animais e a identificação das fontes

de infecção, isso porque essa bactéria caracteriza-se

por baixa taxa de cura e alta

resistência aos antibióticos.

As vacas infectadas atuam como fontes

de infecção permanente e o patógeno

S. aureus pode ser transmitido durante

toda a lactação, fato que não prioriza inicialmente

esses animais ao tratamento.

Também, na maioria das fazendas, são

as principais causas de mastite subclínica

crônica. Assim como já apontado anteriormente,

a decisão de tratar casos subclínicos

crônicos de mastite causada por

S. aureus deve também levar em conta os

custos com o tratamento e o descarte de

leite com resíduos.

De acordo com Eduardo Pinheiro,

diretor Técnico da OnFarm, a presença

de Streptococcus uberis no rebanho também

aumenta a CCS de tanque, assim

como os animais infectados podem apresentar

mastites crônicas e recorrentes. “As

maiores chances de cura de um caso de

mastite por essa bactéria é no momento

da secagem; porém, algumas pesquisas

mostraram que infecções recentes por

esse patógeno, principalmente em primíparas,

são candidatas ao tratamento. No

caso, deve-se privilegiar os animais de 1ª

ou 2ª lactação, com infecção recente e de

DEL (dias em lactação) mais baixos. A

prioridade são as vacas que estavam com

a CCS baixa, surgiu uma nova infecção,

a CCS subiu e o produtor identificou S.

uberis na cultura”, completou.

Ainda sobre os dados oriundos dos

resultados da cultura, vale destacar que

eles podem ser importados para sistemas

de gestão por meio do número ou brinco

eletrônico do animal, fato que facilita o

gerenciamento da fazenda. O Índice Ideagri

de Leite Brasileiro (IILB), referência

sobre qualidade e eficiência produtiva

da pecuária leiteira nacional, mostra que

o setor ainda tem muito para crescer e -

conforme o mais recente boletim publicado

pela Ideagri, empresa que o desenvolve

- na pecuária moderna, as fazendas

que se destacam são as que sabem realizar

uma gestão inteligente de dados.

A Ideagri reforçou em um dos seus

artigos veiculados em seu site que, no seu

ponto de vista, a mastite é um dos maiores

problemas sanitários na pecuária leiteira

- senão o maior - gerando grandes

prejuízos econômicos para a atividade.

De acordo com a empresa, aprender a

utilizar de forma completa os softwares

disponíveis, proporciona ao produtor um

robusto e confiável banco de dados, o que

contribui para a geração de relatórios e

diversas e interessantes análises.

Como é possível notar, conclui-se

que a escolha de tratar ou não os casos de

mastite subclínica durante a lactação passa

por uma análise personalizada de cada

situação, sempre focando na avaliação

dos custos e possíveis benefícios alcançados.

Cabe ao produtor se informar sobre

o tema e contar com o auxílio de profissionais

e ferramentas que o auxiliem na

tomada de decisão.

Referências bibliográficas

- SANTOS, M. V. A mastite subclínica

deve ser tratada durante a lactação? -

Parte 1, MilkPoint, 2005. Disponível em:

<https://www.milkpoint.com.br/colu-

nas/marco-veiga-dos-santos/a-mastite-

-subclinica-deve-ser-tratada-durante-a-

-lactacao-parte-1-27012n.aspx>. Acesso

em: 19/04/2022.

- SANTOS, M. V. A mastite subclínica

deve ser tratada durante a lactação -

Parte 2, MilkPoint, 2006. Disponível em:

<https://www.milkpoint.com.br/colu-

nas/marco-veiga-dos-santos/a-mastite-

-subclinica-deve-ser-tratada-durante-a-

-lactacao-parte-2-27172n.aspx>. Acesso

em: 19/04/2022.

- SANTOS, M.V; TOMAZI,T. Novas

estratégias para manejo e tratamento da

mastite subclínica durante a lactação, MilkPoint,

2013. Disponível em: <https://

www.milkpoint.com.br/colunas/marco-

-veiga-dos-santos/novas-estrategias-

-para-manejo-e-tratamento-da-mastite-

-subclinica-durante-a-lactacao-205306n.

aspx>. Acesso em: 19/04/2022.

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REVISTA O GIROLANDO

MATÉRIA DE CAPA

Larissa Vieira

CARLOS LOPES

Um retorno em grande estilo

Megaleite acontecerá no Parque da Gameleira

Tudo pronto para a Megaleite 2022, que reunirá as principais raças leiteiras no

Parque da Gameleira, na capital mineira

Uma edição histórica para celebrar

a retomada dos eventos presenciais.

Assim promete ser a 17ª Exposição

Brasileira do Agronegócio do

Leite (Megaleite), que está agendada

para o período de 15 a 18 de junho,

no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte/MG.

A expectativa é de que

participem 1.500 animais das raças

Girolando, Gir Leiteiro, Holandês,

Guzerá, Jersey e Simental. A abertura

oficial no dia 15 de junho terá a

presença de diversas autoridades, lideranças

rurais, criadores de vários

países e profissionais do setor.

Uma das novidades deste ano é a

premiação especial do Torneio Leiteiro,

que será realizado entre os dias 13 e

16 de junho. Na 31ª edição do Torneio

Leiteiro Nacional de Girolando serão

premiados os três melhores conjuntos

de vacas Girolando, que devem ser

compostos, cada um, por uma vaca

jovem e uma vaca adulta, das compo-

44


CARLOS LOPES

Julgamento de Girolando deve contar com 600 animais

sições raciais 5/8 e/ou Puro Sintético

(PS), do mesmo expositor. De acordo

com a Associação Brasileira dos Criadores

de Girolando, a iniciativa visa

incentivar em todo o Brasil a seleção

de animais 5/8 e PS, considerados a

raça propriamente dita, conforme determinação

do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento.

Para concorrer à premiação, as fêmeas

deverão apresentar desempenho

mínimo médio de Produção de Leite

Absoluta nas nove ordenhas do Torneio

Leiteiro válidas, sendo de 45kg

de leite/dia para as fêmeas da categoria

Vaca Jovem e de 55kg de leite/

dia para as fêmeas da categoria Vaca

Adulta.

O melhor conjunto será premiado

com R$10.000,00. O segundo

melhor conjunto levará prêmio de

R$5.000,00, enquanto o terceiro lugar

receberá R$3.000,00. Todas as regras

da premiação estão disponíveis no site

da Megaleite (www.megaleite.com.

br).

Julgamentos

A Megaleite deste ano sedia a 31ª

edição da Exposição Nacional de Girolando

e a expectativa é de que a pista

receba em torno de 600 animais das

mais diversas composições raciais. Os

julgamentos terão início no dia 15 de

junho e vão até o dia 18 de junho.

Leilões

A Megaleite 2022 terá leilões de

animais entre os dias 15 e 17 de junho.

Até o momento, o calendário conta

com sete pregões das raças Girolando

e Gir Leiteiro.

Tecnologias

A exposição ainda contará com

uma série de atividades voltadas para

o público em geral e lançamentos de

tecnologias e serviços das empresas

expositoras.

Um dos lançamentos será o Sumário

de Touros 2022, que trará avaliações

genéticas e genômicas para 15

novas características. Será no dia 16

de julho, a partir das 18h30.

A Megaleite 2022 é organizada pela

Associação Brasileira dos Criadores

de Girolando e conta com o apoio do

Governo de Minas Gerais, por meio

da Companhia de Desenvolvimento

de Minas Gerais (Codemge) e da Secretaria

de Estado da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento (Seapa).

O evento tem como Parceiro Premium

a Embaré, Parceiros Master

Allflex, Tortuga, uma marca DSM,

Agener União, Ucbvet, Sobcontrole

Fazenda, Romina, Berrante, Agroceres

Multimix, Zoetis, Mosaic Fertilizantes,

Canal Master Terraviva e

Apoio Master Bebamaisleite.

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REVISTA O GIROLANDO

17ª EXPOSIÇÃO BRASILEIRA DO AGRONEGÓCIO DO LEITE

Entrada de Animais

• 08:00 –18:00 – Início da entrada dos animais para torneio leiteiro (todas as raças)

31ª Exposição e Torneio Leiteiro Nacional de Girolando

PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR

SEGUNDA-FEIRA (06/06/2022) a QUINTA-FEIRA (09/06/2022)

SEXTA-FEIRA (10/06/2022)

Entrada de Animais

• 8:00 – 18:00 – Início da entrada dos animais para julgamento, mostra e continuação da entrada dos animais para torneio leiteiro (todas as raças)

Torneio Leiteiro

• 14:00 – Início da fiscalização do torneio leiteiro de Gir Leiteiro

SÁBADO (11/06/2022)

Entrada de Animais

• 08:00 – 09:00 – Encerramento da entrada dos animais Girolando para torneio leiteiro

• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais Girolando para julgamento e mostra

• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)

Torneio Leiteiro

• 09:30 – 10:00 – Reunião da comissão técnica com os expositores e participantes do torneio leiteiro de Girolando

• 10:00 – 13:00 – Realização de exames clínicos e laboratoriais dos animais Girolando participantes do torneio leiteiro

• 14:00 – Início da fiscalização do torneio leiteiro de Girolando

DOMINGO (12/06/2022)

Entrada de Animais

• 08:00 – 18:00 – Continuação da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)

• 08:00 – 18:00 – Encerramento da entrada dos animais Girolando para julgamento e mostra

Torneio Leiteiro

• 14:00 – 1ª ordenha do torneio leiteiro de Gir Leiteiro

• 22:00 – 2ª ordenha do torneio leiteiro de Gir Leiteiro

SEGUNDA-FEIRA (13/06/2022)

Entrada de Animais

• 08:00 – 12:00 – Encerramento da entrada dos animais para julgamento, mostra e torneio leiteiro (raças parceiras)

• 08:00 – 10:00 – Mensuração e pesagem oficial dos machos Girolando para julgamento Local: Parque da Gameleira | Currais de Manejo

• 19:00 – 20:00 – Reunião da comissão de ética da Girolando com os expositores, tratadores e apresentadores de animais Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

Torneio Leiteiro

• 06:00 – 3ª ordenha do torneio leiteiro de Gir Leiteiro

• 14:00 – 1ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e 4ª ordenha do torneio leiteiro de Gir Leiteiro

• 22:00 – 2ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e 5ª ordenha do torneio leiteiro de Gir Leiteiro

Leilões e Shoppings

20:00 – 1º Leilão Estrelas da Megaleite Raça: Girolando Modalidade: Virtual

TERÇA-FEIRA (14/06/2022)

Programação Especial

• 08:00 – 8º Seminário de Revisão, Atualização e Harmonização dos Critérios de Julgamentos da Raça Girolando | Colégio de Jurados Local: Parque da Gameleira

Julgamento

• 17:00 – Divulgação da comissão de jurados efetivos e sorteios da raça Girolando (composição racial e jurados assistentes) Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

Torneio Leiteiro

• 06:00 – 3ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e 6ª ordenha do torneio leiteiro de Gir Leiteiro

• 14:00 – 4ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e 7ª ordenha do torneio leiteiro de Gir Leiteiro

• 22:00 – 5ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e 8ª ordenha do torneio leiteiro de Gir Leiteiro

QUARTA-FEIRA (15/06/2022)

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Programação Especial

• 09:00 – Abertura oficial e hasteamento das bandeiras Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

• 10:00 – Entrega do “Mérito Girolando” Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

• 11:00 – Atividade complementar da Atualização Técnica Nacional do SRGRG 2022 Local: Parque da Gameleira | Auditório do IMA

• 16:00 – Reunião do Programa de Fomento da Raça Girolando – Núcleos Oficiais de Fomento Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais

• 17:30 – Reunião com os Representantes Estaduais da Girolando – Gestão 2020/2022 Local: Parque da Gameleira | Sala Minas Gerais

• 18:00 – Coquetel de Lançamento do Sumário PMG2B Local: Estande Agronegócios 2B

Julgamento

• 15:00 – Início do julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens CCG 3/4)

Torneio Leiteiro

• 06:00 – 6ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e 9ª ordenha do torneio leiteiro de Gir Leiteiro

• 14:00 – 7ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando e 10ª ordenha do torneio leiteiro de Gir Leiteiro (encerramento)

• 22:00 – 8ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando

Leilões e Shoppings


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REVISTA O GIROLANDO

• 20:00 – 1º Leilão Virtual Sul Das Gerais Raça: Girolando Modalidade: Virtual Ponto de Encontro: Parque da Gameleira | Restaurante do Camarote Master

• 20:00 – Leilão o Fabuloso Gir Leiteiro e o Magnífico Girolando Meio Sangue Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial Local: Tatersal 1 “Recinto Redondinho”

• Dia inteiro - 3° Shopping Raças Leilões - Local: Alameda dos Criadores

QUINTA-FEIRA (16/06/2022)

Programação Especial

• 08:30 – 12:00 – Reunião da Comissão Técnica da Pecuária de Leite da FAEMG/Encontro Técnico de Produtores de Leite Local: Parque da Gameleira | Auditório do IMA

• 18:30 – Divulgação dos sumários do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) Local: Parque da Gameleira | Camarote Master

Julgamento

• 08:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1)

• 09:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens CCG 1/4)

• 14:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1)

• 15:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Machos CCG 3/4 e pista 3 - Machos da Raça Girolando)

Torneio Leiteiro

• 06:00 – 9ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando

• 14:00 – 10ª ordenha do torneio leiteiro de Girolando (encerramento)

Leilões e Shoppings

• 14:00 – 4º Leilão Núcleo Girolando Das Gerais Raça: Girolando Modalidade: Presencial Local: Tatersal 1 “Recinto Redondinho”

• 20:00 – Leilão 61 Anos Fazenda Brasília Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial Local: Tatersal 1 “Recinto Redondinho”

• Dia inteiro - 3° Shopping Raças Leilões - Local: Alameda dos Criadores

SEXTA-FEIRA (17/06/2022)

Programação Especial

• 10:00 – Entrega da premiação e desfile das campeãs do 31º Torneio Leiteiro Nacional de Girolando Local: Parque da Gameleira | Pista de Julgamento

• 11:00 – Mesa Redonda do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando – PMGG Local: Sala Minas Gerais

Julgamento

• 08:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1)

• 09:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens CCG 1/2)

• 09:00 – Julgamento de Jersey (pista 4)

• 14:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1)

• 15:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Jovens da Raça Girolando)

Leilões e Shoppings

• 14:00 – Leilão Elo de Minas Raça: Girolando Modalidade: Presencial Local: Tatersal 2 “Recinto Novo”

• 20:00 – 16º Leilão Gir Leiteiro Reserva Especial 2B Raça: Gir Leiteiro Modalidade: Presencial Local: Tatersal 1 “Recinto Redondinho”

• 20:00 – 4º Leilão Orgulho de Minas Raça: Girolando Modalidade: Presencial Local: Tatersal 1 “Recinto Redondinho”

• Dia inteiro - 3° Shopping Raças Leilões - Local: Alameda dos Criadores

SÁBADO (18/06/2022)

Programação Especial

• 20:00 – Coquetel de encerramento da Megaleite 2022 e do Ranking Nacional Girolando 2021/2022 Local: Parque da Gameleira

Julgamento

• 08:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1)

• 09:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Adultas e Progênies CCG 3/4 e pista 3 – Fêmeas Adultas e Progênies CCG 1/4)

• 09:00 – Julgamento de Jersey (pista 4)

• 14:00 – Julgamento de Gir Leiteiro (pista 1)

• 14:00 – Julgamento de Simental e Simbrasil (pista 4)

• 15:00 – Julgamento de Girolando (pista 2 - Fêmeas Adultas e Progênies CCG 1/2 e pista 3 – Fêmeas Adultas e Progênies da Raça Girolando)

Leilões e Shoppings

• Dia inteiro - 3° Shopping Raças Leilões - Local: Alameda dos Criadores

Saída dos Animais

• 06:00 – Início da saída dos animais da Megaleite 2022

DOMINGO (19/06/2022)

Acesse o site do evento www.megaleite.com.br

*Programação sujeita a alterações até o início do evento.

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REVISTA O GIROLANDO

EXPOSIÇÕES E EVENTOS

ExpoZebu 2022 evidencia evolução da raça Girolando

Julgamento de Girolando na ExpoZebu contou com

mais de 100 animais

Fêmea Puro Sintético foi a Grande Campeã da raça Girolando

Única raça não zebuína a participar

da Exposição Internacional das

Raças Zebuínas, a Girolando confirmou

na pista de julgamento e no

debate “Dia G”, sua grande evolução

genética nos últimos anos.

A feira aconteceu de 30 de abril a

8 de maio, no Parque Fernando Costa,

em Uberaba/MG. Com movimentação

financeira de mais de R$100

milhões nos remates, a ExpoZebu

contou, em sua programação, com

o Leilão Girolando Made In Brazil,

ocorrido no dia 7 de maio, que movimentou

R$963.000,00.

Foram dois dias de competições

conduzidas pelo jurado Cláudio Aragon,

que julgou 119 animais das composições

CCG 1/2, CCG 1/4, CCG

3/4 e da raça Girolando. No ano em

que a Associação iniciou uma campanha

para fomentar a seleção dos ani-

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mais 5/8 e PS, a Grande Campeã da

Raça Girolando da ExpoZebu 2022

foi uma fêmea Puro Sintético. Milena

da Pavana (PS) entrou na pista no

primeiro dia de julgamento e encerrou

a quinta-feira com a conquista do

troféu de Melhor Vaca Jovem, Grande

Campeã e Reservada Úbere Jovem.

Ela é de propriedade do criador e expositor

Paulo Victor Sousa Machado,

de Perdizes/MG. A Melhor Fêmea Jovem

foi CH V5909 Impecável Doorman,

do expositor José Renato Chiari.

Já entre os animais CCG 1/2, a

Melhor Fêmea Jovem foi Glória FIV

Girolando São Rafael, do expositor

Roberto Wu. A Melhor Vaca Jovem

foi Jordania FIV Rubicon ACN, do

expositor Anderson Carlos do Nascimento.

A Grande Campeã foi ICH

Radicular Merrick, do expositor José

Renato Chiari.

No CCG 1/4, o troféu de Melhor

Fêmea Jovem foi para Moleca Gengis

Khan FIV Mimosa, da expositora Mírian

Moreira Santana. A Melhor Vaca

Jovem foi Pass Ocitocina FIV, do expositor

Túlio Gomes Araujo.

Entre os animais CCG 3/4, a Melhor

Fêmea Jovem foi Nasa Mogul

Juno Mimosa, da expositora Mírian

Moreira Santana. A Melhor Vaca

Jovem foi Ana da Pez, da expositora

Maria Beatriz do Prado Zago. A

Grande Campeã foi ICH S3805 Graça

Pety, do expositor José Renato Chiari.

Dia G- Durante a ExpoZebu, a

Dia G Girolando teve a presença da prefeita de

Uberaba Elisa Araújo

Girolando promoveu o debate Dia

G - Características e performance da

raça nacional, com a participação de

vários especialistas. O evento contou

com a presença da prefeita de Uberaba,

Elisa Araújo. O presidente da Associação,

Odilon de Rezende Barbosa

Filho, fez a entrega do convite oficial

da Megaleite 2022 à prefeita, que confirmou

presença na abertura oficial,

agendada para o dia 15 de junho, em

Belo Horizonte.

Jurado Cláudio Aragon, jurada auxiliar Mariana

Lourenço e o coordenador do PMGG Edivaldo Júnior

51


Melhor Fêmea Jovem CCG 1/4 Moleca Gengis Khan

FIV Mimosa - Expositora Mírian Moreira

Melhor Vaca Jovem CCG 1/4 Pass Ocitocina FIV -

Expositor Túlio Gomes Araujo

Grande Campeã CCG 1/2 ICH Radicular Merrick -

Expositor José Renato Chiari

Melhor Fêmea Jovem CCG 1/2 Glória FIV Girolando

São Rafael - Expositor Roberto Wu

Melhor Vaca Jovem CCG 1/2 Jordânia FIV Rubicon

ACN - Expositor Anderson Carlos do Nascimento

Grande Campeã CCG 3/4 ICH S3805 Graça Pety -

Expositor José Renato Chiari

Melhor Fêmea Jovem CCG 3/4 Nasa Mogul Juno

Mimosa - Expositora Mírian Moreira

Melhor Vaca Jovem CCG 3/4 Ana da Pez - Expositora

Maria Beatriz do Prado Zago

52

Melhor Fêmea Jovem Girolando CH V5909 Impecável

Doorman - Expositor José Renato Chiari

Melhor Vaca Jovem e Grande Campeã Girolando Milena

da Pavana - Expositor Paulo Victor Sousa Machado


53


REVISTA O GIROLANDO

EXPOSIÇÕES E EVENTOS

Girolando é destaque na Expo Curvelo e Expo Sem Fronteiras

A etapa Sul-Sudeste da Exposição Interestadual

de Girolando - Circuito Megaleite

2021/2022 aconteceu na cidade de Curvelo/

MG e integrou a programação da 77ª Expo

Curvelo, que ocorreu de 11 a 15 de maio. A

abertura oficial contou com a presença de

diversas autoridades, dentre elas o governador

de Minas Gerais, Romeu Zema, o presidente

da Girolando, Odilon de Rezende

Barbosa Filho, e o presidente da FAEMG,

Antônio Pintagui de Salvo.

O julgamento da raça Girolando ocorreu

sob o comando do jurado Henrique

Vieira. Os principais resultados foram:

CCG 1/2

Melhor Fêmea Jovem - Granada FIV

Spartacus 1255 Mogiana

Expositor: Luís Eduardo Loureiro

Melhor Vaca Jovem - Carvona FIV da

Pavana

Expositor: Leonardo Jamel Saliba

Grande Campeã - Carvona FIV da Pavana

Expositor: Leonardo Jamel Saliba

CCG 1/4

Melhor Fêmea Jovem - Daiana Quelinha

Gabinete Fiv 2B

Expositor: José Afonso Bicalho

Melhor Vaca Jovem - Pass Ocitocina Fiv

Expositor: Tulio Gomes Araújo

CCG 3/4

Melhor Fêmea Jovem - 2837 Adorable

JCRF

Expositor: José Coelho da Rocha

Premiação na Exposição de Curvelo

Melhor Macho Jovem - Bad Boy Altagopro

do Pedro Moreira

Expositor: Eutálio Márcio da Silva

Grande Campeã - ICH S3805 Graça

Pety

Expositor: José Renato Chiari

Girolando

Melhor Fêmea Jovem - ICH V5909 Impecável

Doorman

Expositor: José Renato Chiari

Melhor Vaca Jovem - ICH S3844 Impecável

Bandares

Expositor: José Renato Chiari

Grande campeã - ICH Q241 Origem

Bryant

Expositor: José Renato Chiari

1ª Exposição Regional Girolando Sem

Fronteiras

A 1ª Exposição Regional Girolando Sem

Fronteiras, realizada entre os dias 18 e 23 de

abril, reuniu criadores de várias regiões no Parque

de Exposições de Leopoldina/MG. O presidente

da Girolando, Odilon de Rezende Barbosa

Filho, participou do evento. A exposição

foi organizada pela Associação dos Criadores

de Girolando Sem Fronteiras e ranqueada pela

Girolando. Concorreram 181 animais da raça,

que foram julgados pelo jurado Thiago Nascimento

Brito de Castro.

Os principais resultados foram:

CCG 1/2

Melhor Fêmea Jovem - Kélvia FIV

Atwood Vivas

Expositor: José Luiz Vivas

Melhor Vaca Jovem e Grande campeã -

Caterine do Capinzal

Expositor: Wander Campos Marcos

CCG 1/4

Melhor Fêmea Jovem - Rachapau Ubacaia

6701 Hadis FIV

Expositor: Geraldo Magela dos Santos

Neves

CCG 3/4

Melhor Fêmea Jovem - Rachapau Halitar

6643 Unstopabull FIV

Expositor: Geraldo Magela dos Santos

Neves

Melhor Vaca Jovem e Grande campeã -

Pitucha FIV Kingboy SJ Lalu

Expositor: Luiz Cláudio Bastos de Moura/

Karla Salgado

Melhor Macho Jovem: Mistério Doc Deby

MJP

Expositor: Marcos José de Paiva

Campeão Touro Jovem: Soberano FIV

Imperial

Expositor: Leonardo Xavier Gonçalves

Girolando

Melhor Fêmea Jovem - Rachapau Brejeira

6645 Unstopabull FIV

Expositor: Geraldo Magela dos Santos

Neves

Melhor Vaca Jovem - Portuguesa 5947

Cardinals FIV JM Monte

Expositor: Geraldo Magela dos Santos

Neves

Grande campeã - Pandora FIV Bandoli

Expositor: Luiz Carlos Bandoli Gomes

Melhor Macho Jovem: Supremo Sheik SJ

Lalu

Expositor: Luiz Cláudio Bastos de Moura/

Karla Salgado

Touro Jovem: Adônis Regancrest FR Recreio

Expositor: Mila de Carvalho Laurindo e

Campos

54


GIROLANDO E VOCÊ

Domício Arruda é indicado como candidato à

presidente da Girolando

Domício Arruda concorre à presidência da entidade

A Associação Brasileira dos Criadores

de Girolando terá este ano eleição

para a escolha da futura Diretoria,

que conduzirá a entidade durante o

triênio 2023/2025. O candidato indicado

da atual diretoria é o pecuarista

Domício José Gregório Arruda Silva.

A decisão foi anunciada no dia 5 de

maio, em um consenso entre os diretores,

durante reunião realizada na

sede da entidade, em Uberaba/MG.

Natural de Palmeira dos Índios,

em Alagoas, Domício Arruda tem

uma longa história com a entidade. Já

foi técnico de inspeção de registro da

entidade, membro do Colégio de Jurados,

representante estadual e, desde as

duas últimas gestões, está à frente da

Diretoria de Relações Institucionais e

Comerciais da associação.

Como criador, iniciou os trabalhos

de seleção da raça em 1986, na Fazenda

Cachoeirinha, localizada em Major

Isidoro/AL. É engenheiro agrônomo,

com pós-graduação em Gestão do

Agronegócio. Atualmente, também

ocupa os cargos de presidente da Associação

dos Criadores de Alagoas e

de vice-presidente da Federação de

Agricultura e de Pecuária de Alagoas.

A eleição da Girolando será na segunda

quinzena de outubro de 2022.

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REVISTA O GIROLANDO

NEGÓCIOS

FOTOS BERRANTE

O digital mais porteira adentro do que nunca

Gustavo Ribeiro, idealizador da Agro Reserva.

Agro Reserva se apresenta como uma solução que atende às principais

demandas na comercialização de gado

Já percebeu o quanto o digital tem

tido cada vez mais relevância e transformado

nossos hábitos de consumo?

Podemos partir de exemplos simples:

se antes você ia direto a uma loja física

para experimentar e comprar uma

peça de vestuário, hoje é muito mais

comum pesquisar por ela em sites de

busca, comparar preços e, muitas vezes,

efetivar a compra sem sequer sair

de casa. Esses novos hábitos acontecem

em praticamente todos os mercados:

carros, computadores, eletrodomésticos,

bebidas, entre outros milhares de

produtos.

E você pode até ter uma sensação

de déjà-vu diante dessa afirmação,

mas, sim, esse reflexo também está diretamente

relacionado à pandemia: ela

transformou a maneira como os consumidores

fazem compras ou contratam

um serviço.

Pesquisa realizada pela ConQuist

Consultoria concluiu que 71% dos entrevistados

passaram a preferir as compras

on-line após a crise sanitária.

Mas e na outra ponta da cadeia,

já pode imaginar qual o movimento?

Sem sombra de dúvida vai totalmente

de encontro: segundo o Índice de

Transformação Digital da Dell Technologies

2020, aproximadamente

87,5% das empresas instaladas no Brasil

realizaram alguma iniciativa voltada

à transformação digital, número que ficou

acima da média mundial, de 80%.

A publicação foi feita pela Forbes.

Isso se aplica a um contexto macro,

mas quando olhamos ainda mais

de perto, a perspectiva segue porteira

adentro, ao falarmos do agronegócio.

Especialmente sobre a pecuária

brasileira, por exemplo, as tecnologias

digitais já são uma realidade: de acordo

com uma pesquisa do Centro de Inteligência

da Carne Bovina (CiCarne),

cerca de 84% dos produtores estão digitalizando

alguns processos de gestão

56


FOTOS BERRANTE

Evento promovido pela Agro Reserva

da fazenda.

Ainda de acordo com a análise

da pesquisa, publicada pelo Canal do

Criador, alguns exemplos são chips,

biossensores e balanças de precisão

para verificar a movimentação, a alimentação,

crescimento e comportamento

do animal.

Na pecuária leiteira, o checklist da

digitalização só aumenta: ordenha inteligente,

controle eficiente de mastite,

gestão 360º com soluções que auxiliam

nos índices produtivos em diferentes

momentos.

Um grande ponto em comum entre

todas essas soluções é exatamente a

ideia de levar o digital para o agro, e

não o oposto! Ou seja, cada uma dessas

ferramentas ou serviços, têm (ou pelo

menos deveriam ter) a finalidade de se

adaptar às necessidades do setor.

Neste sentido, com o grande objetivo

de atender às principais demandas

da pecuária, com foco na comercialização

de gado, foi criada a Agro Reserva.

Com modernidade e respeito à tradição

dos grandes leilões e seus produtores,

levamos facilidade com todas

as garantias, diferente de tudo o que

você já viu: ambiente seguro e transparente;

produção de materiais promocionais;

baixo risco para o produtor;

capacidade de venda em uma vitrine

inovadora para comercializar os seus

animais. Para quem compra, garantia

de qualidade; segurança; marcas que

atuam com seriedade; alta qualidade e

potencial genético; e o melhor, 0% de

comissão.

De acordo com Gustavo Ribeiro,

idealizador da Agro Reserva, a plataforma

surge como uma nova modalidade

para comercializar animais de

alto valor genético. “A Agro Reserva

foi desenhada para atender - de ponta

a ponta - comprador e vendedor. Do

lado de quem vende, nós cuidamos de

todas as etapas: a seleção dos animais

juntamente com as assessorias parceiras,

filmagem e fotografia dos lotes,

campanha de marketing, lançamento

da reserva ao vivo, aprovação de crédito

dos compradores e efetivação das

vendas com todo o respaldo jurídico

até o pós-venda. Do lado de quem

compra, nós só vendemos animais

registrados, frutos do trabalho de melhoramento

genético. Temos um time

comercial preparado para fazer uma

venda consultiva. Apresentamos todas

as informações dos lotes com rigoroso

controle das informações sobre sanidade,

reprodução e produção dos animais.

Apoiamos na escolha do melhor

frete e acompanhamos os animais até a

chegada na fazenda. E o nosso grande

diferencial: não cobramos comissão do

comprador, facilitando o acesso a animais

de alta qualidade”, ressaltou Gustavo.

Dessa forma, a empresa uniu a agilidade

da tecnologia digital a um atendimento

próximo, humanizado e completo,

em todas as etapas de compra e

venda. Uma nova era na comercialização

de gado, onde o cliente é sempre o

centro do negócio.

57


58


59


REVISTA O GIROLANDO

EVENTOS

COM O AMOR DE MÃE

O Movimento #BEBAMAISLEITE completa seis anos,

fortalecido e mais necessário do que nunca. E você

pode fazer parte disso!

O que pode unir as mães do mundo

todo? Sem dúvida, a necessidade de

proteger os filhos. Foi com essa força

materna que as mineiras Flávia Fontes,

editorachefe da Revista Leite Integral

e presidente do Grupo Integral, e

Ana Paula Menegatti, sócia e diretora

do Grupo, se conectaram em torno de

um propósito inicial: levar informação

qualificada sobre o leite na alimentação

de crianças, que se transformou em

algo ainda mais abrangente e urgente –

movimento #BEBAMAISLEITE.

A MISSÃO

A missão do #BEBAMAISLEITE é

produzir conteúdo e promover ações

que informem os benefícios do consumo

de lácteos, ressaltando sua essencialidade

como parte de uma dieta

saudável, além de combater os mitos

que são propagados sobre a cadeia de

produção e o alimento. O resultado é

a promoção da correta reputação dos

lácteos, sempre baseada na ciência.

A equipe envolvida no movimento

trabalha incessantemente, com uma

agenda positiva, o que significa que

não tem o objetivo de entrar em embates

e discussões com os propagadores

de informações infundadas, mas produzir

conteúdo e ações que atestem,

de forma científica, os benefícios desse

alimento tão rico.

O CRESCIMENTO

O movimento #BEBAMAISLEITE

estreou em junho de 2016, primeiramente

no site, para depois ganhar as

redes sociais e ter, como apoiadoras,

importantes empresas do setor. A força

que os elos proporcionam, quando em

consonância, movimentaram o #BE-

BAMAISLEITE e, em outubro de 2016,

aconteceu o primeiro grande evento,

com a presença ilustre do Dr. Drauzio

Varella, em Belo Horizonte, reunião

que posteriormente foi replicada em

diversas cidades do Brasil.

Outros grandes nomes deram sequência

às ações afirmativas, como o

educador físico Marcio Atalla; os chefs

de cozinha Rita Lobo, Olivier Anquier

e Rusty Marcellini; os cantores Paula

Fernandes e Leo Chaves; a médica Ana

Escobar, a cantora e influenciadora de

maternidade Thaeme, entre muitos outros.

Em continuidade aos projetos de

valorização do leite, em 2021 teve início

o projeto #BEBAMAISLEITE NA

ESCOLA, o qual, por meio de vídeos

educativos e visitas de educadores e

estudantes às fazendas leiteiras, tem

o propósito de mostrar que, além de

riquíssimo nutricionalmente, o leite é

fruto de um trabalho incansável, alinhado

com as premissas da sustentabilidade

e do bem-estar animal.

O FUTURO

O trabalho da equipe do #BEBA-

MAISLEITE continua árduo e em movimento.

A iniciativa que deu certo é

a prova de que o amor exige responsabilidade

– e o que as idealizadoras

criaram, nada mais é que a expressão

da responsabilidade de levar a verdade

acerca das propriedades do alimento e

do amor à cadeia de produção.

O olhar para o futuro do movimento

envolve fundamental contribuição

na sustentação da reputação dos lácteos,

em especial, utilizando para o bem

a mesma ferramenta virtual que muitas

vezes é usada com o objetivo contrário.

As empresas que compartilham o

propósito do movimento entendem

que campanhas sazonais e esporádicas

não são a solução para a construção de

uma rede capaz de deter a verdade sobre

os benefícios do consumo de leite e

seus derivados.

Esse trabalho aguerrido e qualificado,

que completa seis anos, necessita, a

cada dia, de mais apoio do setor, o que

permite que mais e mais ações sejam

construídas e cheguem ao consumidor

final. Você pode fazer parte disso!

Acesse o link pelo QR CODE e saiba

como.

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REVISTA O GIROLANDO

NOVOS ASSOCIADOS

ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO

SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES FEVEREIRO, MARÇO E ABRIL DE 2022.

Nº CRIADOR MUNÍCIPIO

10532 Adão José Gomes da Costa

Paragominas - PA

10522 Agropecuária Rosa dos Ventos Ltda

Dourados - MS

10554 Agropecuária Vila Maria Ltda

Irecê - BA

10546 Alécio Rufino de Carvalho

Porto Velho - RO

10557 Alex Magno de Souza

Divino das Laranjeiras - MG

10545 Almir Oliveira de Amorim Júnior

Exu - PE

10527 Antônio Pinheiro Teixeira

Mato Verde - MG

10543 Armando Monteiro da Fonseca Filho

Salvador - BA

10562 Camila de Oliveira Pevide

Taubaté - SP

10564 Condomínio Augustus

Uberaba - MG

10539 Carolina Cecherelli Farah Lucindo Lima

Niterói - RJ

10537 Daniel Pimenta Almeida / Bruno Pimenta Almeida Serro - MG

10553 Davi Camargos Pompeu

Nova Serrana - MG

10547 Edelson Gomes da Silva

Passira - PE

10540 Elvis Júnior de Oliveia

Coromandel - MG

10533 Fazenda Ligiana

Ariquemes - RO

10551 GSP Agropecuária Ltda

Goiânia - GO

10538 Joaquim Neto Guimarães

Caçu - GO

10529 João Quintiliano da Fonseca Neto

Aracajú - SE

Nº CRIADOR MUNÍCIPIO

10528

10536

10541

10535

10549

10542

10563

10548

10531

8210

10530

10523

10552

10565

10558

9375

10550

10524

José Nivaldo Soares

José Pimenta da Costa Filho

Lenoir Maria

LF Agropastoril Ltda

Lucas Moreira de Souza Matos

Luiz Carlos Fernandes de Souza Filho

Luiz Otávio Vilela Soares

Márcio Carlos de Souza

Márcio Luiz Chaves

Mariangela Mundim Teixeira

Mário de Oliveira Silva

Osvaldo Marcelino dos Santos Neto

Paulo Afonso Frias Trindade Jr e Outras

Pedro Adriano de Souza

Rafael Lopes Coelho

Rodrigo Castaldi Geraldo

RTPA Florestal ltda

Stênio de Andrade Galvão

Itatiba - SP

Água Doce do Norte - ES

Castanheira - MT

Belo Horizonte - MG

Belo Horizonte - MG

Guanambi - BA

Carneirinho - MG

Pontalina - GO

Luz - MG

Pedro Leopoldo - MG

Cordeiro - RJ

Vitória da Conquista - BA

Rio de Janeiro - RJ

Japaraíba - MG

Uberaba - MG

Cássia - MG

Belo Horizonte - MG

Garanhuns - PE

PRESIDENTE:

Odilon de Rezende Barbosa Filho

VICE-PRESIDENTE:

Eugênio Deliberato Filho

1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO:

Marcos Amaral Teixeira

2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO:

Márcio Luís Mendonça Alvim

1º. DIRETOR-FINANCEIRO:

José Antônio da Silva Clemente

2º. DIRETOR-FINANCEIRO:

Luiz Fernando Reis

DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS:

Domício José Gregório A. Silva

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Triênio 2020-2022

DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO:

José Renato Chiari

DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS:

Tatiane Almeida Drummond Tetzner

DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS:

Aurora Trefzger Cinato Real

CONSELHO FISCAL:

Afonso Celso de Resende

Alexandre Honorato

José Luiz Zago

CONSELHO CONSULTIVO:

Everardo Leonel Hostalácio

Alexandre Lopes Lacerda

Paulo Cruz Martins Junqueira

Marcelo Renck Real

Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro

SUPLENTES CONSELHO FISCAL:

Marcos José de Paiva

Gustavo Frederico Burger Aguiar

João Eduardo Benini Reis

SUPLENTES DO CONSELHO CONSULTIVO:

Adaulto Augusto Nascimento Feitosa

Paulo Victor Sousa Machado

Leonardo Xavier Gonçalves

Nelson Ariza

Olavo de Resende Barros Junior

Conselho de Representantes Estaduais:

AL

AL

AL

AM

AM

BA

BA

BA

BA

CE

DF

ES

ES

GO

GO

GO

MG

MG

MG

MG

MG

Alexandre Gondim da R. Oiticica MG

André Gama Ramalho

Marcos Ramos Costa MG

Ildo Lúcio Gardingo

MG

Muni Lourenço Silva Júnior MG

Cláudio Micucci Vaz Almeida MG

Fernando Luiz Andrade Rocha MG

Francisco Peltier Queiroz Filho MG

Valdemir Acácio Osório MG

Diego Teixeira Brito

MG

Léo Machado Ferreira MG

Rodrigo José Gonçalves Monteiro MG

Marcos Corteletti

MG

Ildo Ferreira (in memoriam) MG

Adauto Luís Caumo

MG

Rogério Omar Correa MS

Bernardo Sousa Lima Mattos MS

de Paiva

MS

Wander Campos Marcos MS

Rodrigo Bernardo Silva MT

Alex Lima Alves

PA

Luiz Cláudio Bastos de Moura PB

José Eduardo Coelho Branco

Junqueira Ferraz

Paulo Roberto Andrade Cunha

Evandro do Carmo Guimaraes

João Machado Prata Junior

Rodrigo Lauar Lignani

Arildo Benetti Ferreira

Rubens Balieiro de Souza

Maria Cristina Alves Garcia

Maria Helena Freitas dos Santos

Marcelo Pinto Pelegrini Cancela

José Coelho da Rocha

Roberto de Azevedo Rezende

Sérgio Reis Peixoto

João Dario Ribeiro

Fábio Taveira Sandim

Gustavo Henrique Panucci da Silva

Thiago Barros Xavier

Thiago Nogueira Lemos

Aylon David Neves

Adelino Junqueira Franco Neto

Antônio Dimas Cabral

PE Cristiano Nobrega Malta

PI José Gomes do Amaral Neto

PR Ronald Rabbers

PR Bernardo Garcia de Araújo Jorge

RJ Cipriano Bairral

RJ Jean Vic Mesabarba e Aguiar Arrabal

de M. Vicente

RJ André Luís Gonçalves de Souza

RJ José Gabriel Souza Machado

RN Ricardo José Roriz da Rocha

RN Alexandre Carlos Mendes

RN Manoel Montenegro Neto

RO Darcy Afonso da Silva Neto

RO Gilberto Assis Miranda

RO Otayr Costa Filho

RS Álvaro José Bombonatto

RS José Adalmir Ribeiro do Amaral

RS Roberta Quinteiro de Medeiros

Rigol

SE Lafayette Franco Sobral

SE João Bosco Machado

SP Rubens Aparecido Câmara Júnior

SP

SP

SP

SP

SP

SP

SP

SP

SP

TO

Raul de Oliveira Andrade Neto

Paulo Gabriel Reis Nader

Eduardo Lopes de Freitas

Pedro Luiz Dias

Fructuoso Roberto de Lima Filho

Roberta Bertin Barros

Alexandre Pereira da Costa

Paulo Massanori Yamamoto

Fernando Antônio de Macedo

Napoleão Machado Prata

CDT

Membros Natos

Fernando Augusto, Leandro Paiva

Membros Efetivos

Edivaldo Júnior, Fábio Fogaça, Gustavo

Gonçalves,

José Renato Chiari, Maurício Coelho,

Marcello Mamedes, Olavo Barros

Júnior, Samuel Bastos, Tiago Ferreira

61


REVISTA O GIROLANDO

GIROLANDO KIDS

Melina e Analu - Agropecuária Brandão - Fazenda Jardim

das Palmeiras - Estância/SE

Rosberg Saraiva Nobre e o neto Heitor - Fazenda

Beira Rio - Cumaru do Norte/PA

Quer ver a foto do seu filho na revista Girolando? Envie a foto junto com o nome da criança e da

propriedade para o e-mail imprensa@girolando.com.br

62 60


FALE CONOSCO

Nome Cargo/Profissão Telefone Email Cidade/UF

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

Depto. Financeiro / ADM / MKT

Dúvidas / Reclamações: faleconosco@girolando.com.br

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TÉCNICOS PMGG SUP. TÉCNICA

ADT

Assessoria de Imprensa

Assessoria Executiva da Diretoria

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Cobrança

Compras

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Contas a pagar

Controle Leiteiro

Departamento do Colégio de Jurados

DNA

Faturamento

Genealogia

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Secretaria Executiva da Diretoria

Secretaria Executiva do Departamento Técnico

Superintendência Administrativa e Financeira

Superintendência de Tecnologia da Informação

Web Girolando

Edivaldo Ferreira Júnior Sup. Téc. Suplente - Coord. PMGG - Zootecnista

Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico - Zootecnista

Mariana D Angelo Moreno Trainee

Yasmine Micaella Lopes Loubach e Silva Trainee

Frederico Eduardo Martins de Paiva

José Wagner Borges Júnior

André Nogueira Junqueira

Antônio Carlos Alves Brum

Ariana de Miranda Barros

Breno de Morais Cavalcanti

Cléssio José Gomes Moreira

Dagmar Aparecido Rezende Ferreira

Diogo Balderramas Hulpan Pereira

Érico Maisano Ribeiro

Euclides Prata dos Santos Neto

Fernando Boaventura Oliveira

Gabriel Khoury da Costa

George Abreu

Gilmar Sartori Júnior

José Renes da Silva

Juscelino Alves Ferreira

Katilene Lima de Morais

Limírio Cézar Bizinotto

Marcello de Aguiar R. Cembranell

Maurício Bueno Venâncio Silva

Nilton Cézar Barcelos Júnior

Pétros Camara Medeiros

Raphael Henrique Machado Stacanelli

Samuel Silva Bastos

Thiago Cavalcanti de Almeida

Wewerton Bibiano Resende Rodrigues

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(75) 99981-0581/(34)99284-0581

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(34) 99972-2820

(34)98851-2831/(51) 98047-7565

(65) 9920-2004

(34)98403-7452/(17) 99656-3380

(31) 97512-3456

(37)99919-7808 /(34)99969-1517

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