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Revista Girolando - edição 136 out/nov/dez 2023

Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando

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REVISTA O GIROLANDO

DIVULGAÇÃO

mais confortável. “Acredito que a somatória

de nossos investimentos em

gestão, genética, sanidade e nutrição,

incluindo o bom manejo do sistema

de produção no compost barn, nos

permitiu alcançar excelentes índices

zootécnicos. Isso contribuiu para nossa

classificação em várias categorias

do Ranking Nacional Girolando –

Modalidade Rebanho, publicado pela

Associação Brasileira dos Criadores

de Girolando”, atesta Jônadan Ma.

A propriedade figura entre as primeiras

colocadas de diversas categorias

do Ranking Rebanho, sendo elas:

Maior média de produção por dia de

intervalo de partos; Maior média de

produção de leite por dia de vida; Menor

média de idade ao primeiro parto;

Maior média de Proteína do Leite;

Maior média de produção vitalícia;

Maior média de teor de gordura no

leite; Maior média de PTA e GPTA

para produção de leite; Menor média

de intervalo de partos; e Maior média

de produção de leite em 305 dias.

Para os próximos anos, a fazenda

investirá na construção de mais dois

galpões de compost barn, elevando a

capacidade da estrutura para um total

de 750 vacas.

Pontos de sucesso em um compost

barn

Diversos pontos devem ser avaliados

antes de iniciar a instalação

Vacas no compost barn da fazenda Campo Alegre

de um compost barn. Um deles é ter

claro o manejo que a fazenda deseja,

bem como a categoria animal que será

trabalhada, as condições climáticas da

região, localização da área onde será

erguida a estrutura e todas as suas

particularidades, dentre elas: sala de

espera, sala de ordenha, o centro de

manejo de dejetos e o tipo de ventilação

a ser adotado.

Falhas na instalação do compost,

tais como: pé direito baixo, ventiladores

que não abrangem toda a área

de cama e com inclinação incorreta (o

que faz perder a eficiência de ventos),

podem comprometer seus resultados.

É importante ter em mente que os

ventiladores são essenciais para manter

a cama seca, prevenindo doenças

e melhorando o ambiente das vacas

(aumentando a produção leiteira),

deixando de ser um custo, mas, sim,

um investimento. Ligar os ventiladores

apenas nos períodos mais quentes

deixará a cama mais úmida, aumentando

a ocorrência de mastite. Isso

acontece porque quando a umidade

da cama aumenta, o material da cama

adere-se à pele e ao orifício do teto,

facilitando a entrada de bactérias pelo

canal do teto.

Na Fazenda Campo Alegre, em

Patos de Minas/MG, que produz leite

e genética a partir da raça Girolando,

todas essas recomendações foram seguidas

à risca para garantir o sucesso

dos investimentos na construção do

compost barn. A estrutura foi erguida

há três anos para abrigar 220 animais.

“Antes de decidir pelo sistema, fizemos

um estudo de viabilidade econômica

que só mostrou bons resultados.

O custo alto do investimento é diluído

ao longo do tempo com a redução da

taxa de descarte, dos gastos com sanidade

e com o aumento da produção

e da qualidade do leite, permitindo-

-nos vender o leite com maior valor

agregado”, ressalta Leonardo Avelar,

que junto com o pai, Antônio Sérgio

Avelar, comanda a Campo Alegre e o

criatório Girolando LLA.

Ele lembra que o único receio

inicial foi em relação ao manejo da

cama e o risco de aumentar os casos

de mastite. Realmente, o sistema

de compost barn pode apresentar

maior risco de ocorrência de mastite,

quando mal manejado. Isso acontece

porque a umidade excessiva na

cama contribui para que o material

suje o úbere das vacas, aumentando

o risco dessa ocorrência.

Estudo realizado pela equipe do

Qualileite-FMVZ-USP para avaliar

a frequência e o perfil de patógenos

causadores de mastite em vacas leiteiras

apontou que o teor de umidade da

cama foi positivamente associado com

a incidência de mastite clínica geral e

mastite clínica causada por patógenos

ambientais. Os patógenos mais frequentemente

isolados encontrados no

caso de mastite clínica foram Escherichia

coli (12,5%) e estreptococos ambientais

(Streptococcus dysgalactiae

+ Streptococcus uberis; 15,1%). Já nos

casos de mastite subclínica foram verificados

os patógenos Staphylococcus

chromogenes (24,9%) e Streptococcus

agalactiae + Staphylococcus aureus

(9,5%,).

Portanto, manter a superfície seca

para vacas leiteiras e realizar um bom

manejo de ordenha contribuem para

reduzir a incidência de mastite clínica.

Ao revirar a cama pelo menos

duas vezes ao dia, o processo de compostagem

torna-se mais homogêneo,

facilitando a perda de umidade para o

ambiente e fazendo com que a cama

fique mais seca. É essencial atingir as

camadas mais profundas do composto

neste processo. “O fato de seguir-

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