RBS Magazine ED 53
• Por que o integrador tem que estar atento com a Simultaneidade em seus projetos solares? • Créditos de Carbono: o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental • Geração Distribuída entra em nova fase no Brasil • String Box para proteção de carregadores veiculares elétricos: Eco Box • Inversores Híbridos: Potencializando a Eficiência Energética • A Consolidação da GD no Brasil • Fixadores para painéis solares: garantindo eficiência e sustentabilidade
• Por que o integrador tem que estar atento com a Simultaneidade em seus projetos solares? • Créditos de Carbono: o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental • Geração Distribuída entra em nova fase no Brasil • String Box para proteção de carregadores veiculares elétricos: Eco Box • Inversores Híbridos: Potencializando a Eficiência Energética • A Consolidação da GD no Brasil • Fixadores para painéis solares: garantindo eficiência e sustentabilidade
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Vol. 06 - Nº 53 - JUL/AGO 2023
www.revistabrasilsolar.com
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REGIÃO CENTRO-OESTE
09 E 10
AGOSTO
2023
ISSN 2526-7167
Editorial
Olá, Amigos
Chegamos na 53ª edição da RBS Magazine com diversos artigos e informações
importantes voltadas a profissionais do setor que desejam ser especialistas,
estar atualizados e preparados com o atual mercado solar.
Atualmente, o Brasil alcança mais de 32 GWp de potência solar instalada,
tanto em geração distribuída como em geração centralizada, o que demonstra
um crescimento de mais de 1 GWp desde a última edição. Tais informações
detalhadas podem ser exploradas no Informativo de Mercado da RBS Magazine.
Nesta edição, na Entrevista do Editor, eu converso com o casal de professores
e doutores da PUCRS com enorme expressão na energia solar brasileira,
Izete Zanesco e Adriano Moehlecke. Ambos são responsáveis por um
dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento mais impactante do setor solar
brasileiro, a Planta Piloto de Fabricação de Células e Módulos Solar que é
responsável por uma tecnologia de fabricação nacional baseada em desenvolvimento
científico de qualidade e com a forte formação de recursos humanos
qualificados ao mercado brasileiro.
Também nesta edição, é apresentado o artigo do presidente da Associação
Brasileira de Geração Distribuída, Guilherme Chrispim, onde ele apresenta
os fatos que consolidam o mercado da GD no Brasil. Nessa mesma linha, Yoni
Ziv apresenta como a nova fase da geração distribuída solar vai exigir um
novo posicionamento do setor solar brasileiro frente aos desafios que se aproximam
com o aumento de sistemas solares instalados e as novas tecnologias.
Além disso, como o setor solar tem necessidade constante de aperfeiçoamento,
um dos artigos da nossa edição, apresenta um estudo do impacto da
Simultaneidade em sistemas solares GD no Brasil e mostra como o setor solar
é viável para o investimento indiferente do tamanho da unidade consumidora
do interessado.
Em um outro artigo é apresentado, por Renato Szitko, as principais características
e aplicações dos inversores híbridos, cada vez mais presentes
no mercado solar brasileiro tanto voltado para segurança de fornecimento
de energia como, também, para mitigar impactos da cobrança da TUSD em
novos sistemas solares.
Lançamento de novos equipamentos e estruturas no setor solar, oportunidades
que são relativas a crédito de carbono, FINAME e o plano safra, além
de outras entrevistas e matérias pensadas sempre em ampliar as oportunidades
do leitor estão disponíveis nesta edição.
Então, sinta-se convidado a ler e compartilhar nossa RBS Magazine que
possui o objetivo de entregar materiais de excelente qualidade voltado ao
profissional que deseja apresentar um diferencial de mercado baseado sempre
em conhecimento!
Boa leitura e até mais!
Cassol – Editor RBS Magazine
Expediente
Curitiba - PR – Brasil
www.revistabrasilsolar.com
EDIÇÃO
FRG Mídia Brasil Ltda.
CHEFE DE EDIÇÃO
Tiago Cassol Severo
JORNALISTA RESPONSÁVEL
Ingrid Ribeiro Souza
DIREÇÃO COMERCIAL
Tiago Fraga
COMERCIAL
Claudio Fraga, Luan Ignacio Dias
e Klidma Bastos
COMITÊ EDITORIAL
Colaboradores da edição
DISTRIBUIÇÃO
Carlos Alberto Castilhos
REDES SOCIAIS
Nicole Fraga
EDIÇÃO DE ARTE
Vórus Design e Web
www.vorusdesign.com.br
CAPA
Carolina Corral Blanco
APOIO
ABGD / TECPAR / WBA - Associação Mundial
de Bioenergia Solar / Instituto BESC / CBCN
/ Portal Brasileiro de Energia Solar / NEEAL
- Núcleo de Estudo em Energia Alternativa /
ABEAMA
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
Empresas do setor de energia solar
fotovoltaica, geração distribuída e energias
renováveis, sustentabilidade, câmaras
e federações de comércio e indústria,
universidades, assinantes, centros de
pesquisas, além de ser distribuído em grande
quantidade nas principais feiras e eventos do
setor de energia solar, energias renováveis,
construção sustentável e meio ambiente.
TIRAGEM: 5.000 exemplares
VERSÕES: Impressa / eletrônica
PUBLICAÇÃO: Bimestral
CONTATO: +55 (41) 3225.6693 - (41) 3222.6661
E-MAIL: contato@grupofrg.com.br
COLUNISTAS/COLABORADORES
Luana Morais, Yoni Ziv, Felipe Viotto, Renato
Szytko, Guilherme Chrispim
índice
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10
16
26
32
38
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Por que o integrador tem que estar atento com a
Simultaneidade em seus projetos solares?
Créditos de Carbono: o equilíbrio entre
desenvolvimento econômico e preservação
ambiental
Geração Distribuída entra em nova fase no Brasil
String Box para proteção de carregadores
veiculares elétricos: Eco Box
Inversores Híbridos: Potencializando a
Eficiência Energética
A Consolidação da GD no Brasil
Fixadores para painéis solares: garantindo
eficiência e sustentabilidade
A Revista RBS é uma publicação do
Para reprodução parcial ou completa das
informações da RBS Magazine - Revista Brasil Solar
é obrigatório a citação da fonte.
Os artigos e matérias assinados por colunistas e
ou colaboradores, não correspondem a opinião
da RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo
de inteira responsabilidade do autor.
RBS Magazine 3
Artigo
Por que o integrador tem que estar
atento com a SIMULTANEIDADE
em seus projetos solares?
Por: Tiago Cassol Severo, Diretor Executivo da CGP Engenharia & Consultoria e Professor da Universidade de Caxias do Sul
RESUMO
Neste artigo, o conceito da simultaneidade é explorado para unidades consumidoras com um sistema fotovoltaico junto a carga na geração
distribuída, sistemas estes que representam 57% de todas as instalações brasileiras. Serão apresentadas as análises de sua importância
em diversas proporções da TUSD Fio B, fator relevante com a entrada da Lei 14.300 – Marco Legal da Micro e Minigeração Distribuída.
Tanto os projetistas e vendedores do setor solar precisam estar atentos com a simultaneidade para que possam apresentar as melhores
oportunidades aos interessados em investir em energia solar no Brasil.
INTRODUÇÃO
Figura 01 – Irradiação Solar Global Horizontal Diária Média no Brasil, em Wh/m² dia.
A fonte solar é um recurso extraordinário
para geração de energia
elétrica podendo ser capaz de
gerar economia de eletricidade nas
unidades consumidoras, captação
de recurso para investidores com os
diversos modelos de negócios disponíveis,
geração de empregos e oportunidades,
além de uma verdadeira
transição energética no mundo, devido
ao vasto e disponível recurso.
A disponibilidade da fonte solar, exclusivamente
no Brasil, pode ser vista
na Figura 01, onde é apresentada a
irradiação global na posição horizontal
corroborando que não há região
no Brasil que não seja viável o investimento
em sistema solares para geração
de energia elétrica.
Com todo esse recurso solar disponível
no Brasil, as empresas que
trabalham com geração distribuída
solar devem, então, estar atentas
as novas regras vigentes do setor, e
com total aplicação desde o início de
2023, por meio da Lei 14.300 – Marco
Legal da Micro e Minigeração Distribuída.
Assim, as empresas do ramo
FONTE: Atlas Brasileiro de Energia Solar, INPE, 2017.
de energia precisam se atualizar sobre
o tema e, ainda, se aprofundar
sobre temas técnicos antes não tão
importantes na RN482. Um desses
temas que ganha maior notoriedade
é o fator simultaneidade que terá
4
RBS Magazine
MICRO
PARA O INTEGRADOR
SOLAR E SEU CLIENTE
INVERSOR
RETORNO FINANCEIRO
GARANTIDO
FACILIDADE NA
AQUISIÇÃO
ASSISTÊNCIA GARANTIDA
DO INÍCIO AO FIM
KITS FOTOVOLTAICOS COMPLETOS
SEGURANÇA DA
INSTALAÇÃO AO PRODUTO
ACESSE E DESCUBRA POR
QUE A SERRANA SOLAR
É A ESCOLHA CERTA
RBS Magazine 5
Artigo
impacto na viabilidade dos projetos
solares a partir dessas novas regras
vigentes da geração distribuída.
Entretanto, primeiro se faz necessário
definir o que é simultaneidade,
as suas características para os
projetos solares e qual o impacto na
cobrança da TUSD – Fio B. Como já
é de conhecimento geral do setor solar,
a cobrança da TUSD – Fio B é percentual
e gradativa com o passar dos
anos. Assim, desde 2023, os sistemas
solares com o pedido de conexão solicitado
após o dia 07 de janeiro de
2023, terão a cobrança da sua energia
injetada e consumida de 15% da
TUSD – Fio B, depois 30% em 2024,
depois 45% em 2025 e, assim, subsequentemente
até 2029/2031 onde as
novas regras definidas pelo Encontro
de Contas serão apresentadas em algum
momento pela ANEEL .
Projetos de sistemas solares com
o pedido de orçamento de conexão
protocolado antes do dia 07 de janeiro
de 2023, foram enquadradas
como GD I e possui o Direito Adquirido.
Essas unidades consumidoras
permanecem com a total compensação
da TUSD e não terão cobranças
adicionais pelo uso do sistema de
distribuição. Já as unidades consumidoras
que pediram o orçamento de
conexão após o dia 07 de janeiro, poderão
estar enquadradas como GD II
ou GD III, com uma cobrança proporcional
da TUSD – Fio B até 2028/2030
e, depois deste prazo, a implementação
das regras definidas pela ANEEL.
Se o sistema solar for protocolado
junto à concessionária até o dia 07
de julho de 2023, essa unidade consumidora
ainda terá um adicional dos
anos 2029 e 2030 com a manutenção
da cobrança de 90% da TUSD – Fio B.
Já se os projetos forem protocolados
após o dia 07 de julho de 2023, todos
estarão dentro das regras definidas
por este Encontro de Contas a partir
de 2029.
Figura 02 – (a) Enquadramento das unidades consumidoras e
(b) cobrança da TUSD Fio B de acordo com o enquadramento.
* Até a data de submissão do artigo não foi apresentado pela ANEEL as regras para o
“Encontro de Contas”. FONTE: Autor, Julho 2023
Neste artigo, serão analisados
os impactos da simultaneidade para
unidades consumidoras bifásicas na
GD II e com sistemas solares protocolados
após o dia 07 de julho de 2023.
Entretanto, um resumo de qual enquadramento
a unidade consumidora
e como ficam definidas as porcentagens
de cobrança da TUSD – Fio B
para cada um deles pode ser visto na
Figura 02.
PONTOS RELEVANTES SOBRE A
SIMULTANEIDADE
Como já comentado, o fator simultaneidade
é um ponto importante
para a redução dos impactos da
TUSD – Fio B e a formulação mais comum
é dada pela Equação 01, onde é
igual a divisão entre a Energia Autoconsumida
e a Energia Gerada, vezes
100 para ser apresentado de forma
percentual.
Equação 01
Sobre a simultaneidade é importante
compreender que a Energia
Autoconsumida, em kWh, é relativa
à energia gerada pelo sistema solar
e consumida diretamente pelos
equipamentos elétricos da unidade
consumidora e sem a sua injeção no
sistema de distribuição elétrica da
concessionária. Já a Energia Gerada,
também em kWh, é a energia produzida
pelo sistema fotovoltaico normalmente
indicada diretamente pelo
inversor ou nos aplicativos de monitoramento
destes equipamentos.
O seu valor pode variar de 0%,
onde não há simultaneidade e toda
a energia gerada é injetada na rede
elétrica, até 100% onde toda energia
é consumida de forma direta
pelas cargas da unidade consumidora
ou acumulada em sistemas de
armazenamento. Analisando esses
conceitos, fica claro que o impacto
da cobrança da TUSD – Fio B é ligada
também a simultaneidade já
que maior simultaneidade resulta
no menor uso da infraestrutura da
concessionária e assim menos ela
deve ser remunerada para manutenção
dos equipamentos da rede
elétrica.
Deixando esse conceito mais
claro e a relação com a cobrança da
TUSD Fio B, pode-se usar um exemplo
para elucidar esse tema. Então,
suponha-se que um sistema solar
instalado em uma residência está
gerando 500 kWh em um determinado
mês e a unidade consumidora
está consumindo de forma instantânea
200 kWh no mesmo mês para
manter seus eletrodomésticos ligados.
Esse consumo é instantâneo e
é o que definimos anteriormente de
energia autoconsumida, onde não
vai ser injetada na infraestrutura da
concessionária. Mesmo assim, ainda
haverá 300 kWh que irão ser injetados
e farão uso dos postes e cabos
desta mesma concessionária. Para
este montante poderá ou não ter o
impacto da TUSD Fio B já que a unidade
consumidora poderá recorrer
o uso destes excedentes para abater
um consumo em horário de não geração,
como a noite por exemplo, ou
em um horário em que o consumo é
maior que a geração de energia pelo
sistema fotovoltaico ou, ainda, não
utilizar de forma integral já que o seu
consumo final foi menor que toda a
geração.
Entretanto é necessário a atenção
do integrador nesse ponto, já
que a cobrança da TUSD Fio B ocorrerá
somente se essa energia injetada
pelo sistema solar for requerida novamente
no mesmo ciclo de faturamento,
como um excedente, ou em
futuros ciclos de faturamento, como
créditos de energia. O percentual da
TUSD Fio B a ser cobrada, seja dos
6
RBS Magazine
Projetados
de acordo com
a necessidade
de cada projeto
Instalação
em campo
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FINAME
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em todo território
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RBS Magazine 7
Artigo
excedentes ou dos créditos, são referentes
ao ano em que esses créditos
forem requeridos pela unidade consumidora
abater o consumo e não
o ano da geração. Assim, o sistema
solar poderá gerar créditos em 2023,
onde a porcentagem da TUSD Fio B
é 15%, mas a unidade consumidora
ter em fatura a cobrança de 30% se
forem utilizados em 2024, por exemplo.
Voltando ao exemplo do sistema
solar residencial, os 200 kWh anteriormente
consumidos de forma instantânea
pela unidade consumidora
gera uma simultaneidade de 40%, o
que representaria um valor excelente,
e até pouco comum, para um sistema
residencial brasileiro. Isso é justificado
pelo comportamento médio
de uma típica família brasileira, onde
é composta por quatro pessoas, onde
os dois adultos trabalham durante o
dia e as duas crianças estão na escola
em período similar. Assim, uma parte
significativa da energia gerada vai ser
injetada no relógio da concessionária,
já que o consumo diário é baixo
em relação a geração do sistema solar.
Para ter uma visão mais clara do
que foi comentado, na Figura 03 é
apresentado um gráfico com o fator
simultaneidade e os conceitos explanados
anteriormente. Nesta situação
é analisado o consumo e geração
solar de 24 horas da unidade consumidora
residencial apresentada anteriormente.
Se observado os intervalos
da meia noite até oito horas da
manhã e das vinte horas até a meia
noite, a unidade consumidora está
requerendo energia elétrica da concessionária
para abater o consumo
dos eletrodomésticos.
A partir das nove horas da manhã,
o sistema solar dimensionado
entra em operação e o consumo de
energia elétrica da unidade consumidora
também aumenta. Este consumo
ainda é maior que a geração,
proporcionado uma simultaneidade
pequena ainda, mas um abatimento
de 50% do consumo total e, assim gerando
economia.
Figura 03 – Simultaneidade de um sistema solar residencial em um dia de análise.
Agora no período entre onze horas
e dezenove horas a geração solar
é maior que o consumo e a simultaneidade
é de 100% e, ainda, há a injeção
de energia elétrica na concessionária.
Toda o consumo está sendo
abatido de forma instantânea e há a
geração de excedentes que são injetados
na rede elétrica da concessionária
para serem usados em momentos
de baixa ou não geração ou para
a conversão de créditos de energia.
Um ponto relevante desta análise da
simultaneidade é que ela muda de
acordo com o consumo e a geração
do sistema solar e, assim, os valores
de simultaneidade são médios para
gerarem aproximações de um caso
real.
Assim, com o passar do tempo
e a maior proporção de cobrança
da TUSD Fio B, o maior conhecimento
do perfil de consumo do cliente
ou o monitoramento do comportamento
de consumo da unidade
consumidora poderão ser um diferencial
para as empresas do setor já
que inversores poderão ser ajustados
para um fornecimento de energia
mais equalizado ao consumo
ou os excedentes poderão ser armazenados
em bancos de bateria
para evitar qualquer cobrança da
TUSD Fio B.
FONTE: Autor, Julho 2023
Figura 04 – Sistema solar residencial bifásico com a simultaneidade
e o percentual de cobrança da TUSD Fio B variando.
* Até a data de submissão do artigo não foi apresentado pela ANEEL as regras para o
“Encontro de Contas” e, assim, foi utilizado a cobrança de 100% da TUSD Fio B a partir de 2029.
FONTE: Autor, Julho 2023
Para ter valores mais precisos
da relação entre simultaneidade e
os impactos da cobrança da TUSD
Fio B, retorna-se ao exemplo anterior,
um sistema solar instalado
junto a carga, agora em uma residência
bifásica, com um consumo e
geração solar iguais a 500 kWh em
um determinado mês. Esta instalação
foi liberada pela concessionária
local após o dia 07 de julho de
2023, então terá a cobrança gradual
da TUSD Fio B de 2023 até 2029 e,
posteriormente, estará submetido
pelas regras vigentes do Encontro
de Contas a serem definidas pela
ANEEL.
Esta unidade consumidora tem o
valor da energia elétrica de R$ 0,91/
kWh, já inclusos os custos de tributação,
onde a TUSD Fio B é proporcional
36% da cobrança do kWh. Não custa
lembrar que a cobrança da energia
elétrica pela concessionária tem a incidência
tributária de 17% de ICMS,
mais PIS e COFINS, que variam mensalmente,
e que foram fixados em 5%
neste exemplo. Um outro ponto importante
é que a energia gerada pelo
sistema solar, injetada e requerida
para abatimento da energia consu-
8
RBS Magazine
Artigo
Vale a pena ressaltar que o integrador deve focar na comparação de uma
unidade consumidora com energia solar com uma unidade consumidora
sem energia solar onde as vantagens são significativas...
mida não tem a incidência de ICMS já
que a unidade consumidora não pode
prestar serviços de compra e venda
de energia elétrica gerada por ser um
cliente cativo e inserido no mercado
de compensação de energia, onde
não permite a comercialização de
energia, excedentes ou créditos. Essa
é a justificativa da energia gerada
pela unidade consumidora ter um valor
ligeiramente menor que a energia
consumida oriunda da concessionária
e reforça a atenção de projetistas
solares em buscar as maiores simultaneidades
possíveis. Neste cenário
apresentado, a simultaneidade irá
variar de 10% até 100% podendo ser
analisada na Figura 04.
Como a unidade consumidora irá
pagar o maior valor entre o custo de
disponibilidade e a cobrança da TUSD
Fio B, definido pela Lei 14.300, nesta
análise é possível observar que nos
dois primeiros anos somente o valor
referente ao custo de disponibilidade
de R$ 45,50 será pago pelo consumidor.
Entretanto, com o aumento da
TUSD Fio B as menores simultaneidades
serão mais afetadas por essa
cobrança.
Vale a pena ressaltar que o integrador
deve focar na comparação
de uma unidade consumidora com
energia solar com uma unidade consumidora
sem energia solar onde as
vantagens são significativas. Neste
exemplo, se o cliente escolhesse não
ter energia solar estaria pagando em
torno de R$ 455,00, mais a incidência
da iluminação pública e cinco vezes
a bandeira vigente nesse exemplo.
Assim, olhando o pior cenário de simultaneidade
o cliente com energia
solar irá pagar somente 26,7% da fatura
a partir de 2029, acrescido do
mesmo valor de iluminação pública,
mas sem levar em consideração
que pagará somente uma bandeira
vigente por ter gerado toda a energia
pelo sistema solar. Isso se reflete
em uma ótima vantagem para
o cliente mesmo ele com pouca
simultaneidade.
Olhando para os cenários de
maior simultaneidade, que podem
ser incrementados pelo uso de sistemas
de armazenamento já comentados
anteriormente, as vantagens
são ainda mais interessantes já que
ele ficará com uma cobrança média
de 10% da fatura de energia e uma
situação similar a antiga normativa
RN 482.
CONCLUSÕES
Este artigo apresentou que o fator
simultaneidade é um aliado aos
integradores solares e que mesmo
com a mudança para a Lei 14.300
não inviabiliza o Brasil e as suas unidades
consumidoras junto a carga a
investirem em energia solar. Mesmo
assim, é importante cada vez mais as
empresas integradoras estarem mais
atentos em seus projetos e extraírem
o melhor custo-benefício que a
simultaneidade poderá oferecer ao
cliente.
Para isso, é importante as empresas
conhecerem o perfil de consumo
presente e futuro da unidade
consumidora para que o dimensionamento
possa resultar em maiores
simultaneidades. Além disso, os projetistas
solares não podem esquecer
de inserir dados referentes ao decaimento
de geração dos sistemas solares
já que esse fator poderá impactar
na simultaneidade assim como o
aumento não planejado do consumo
elétrico do cliente. Estar atento as
novas tecnologias que poderão aumentar
a simultaneidade como os
inversores híbridos e os sistemas de
monitoramento poderão agregar valor
aos serviços prestados e, ainda,
passar maior confiabilidade ao cliente
em investir em energia solar.
Um outro ponto de atenção é o
Encontro de Contas, que não foi liberado
pela ANEEL no prazo previsto e
que durante o desenvolvimento deste
artigo ainda não estava disponível.
Então, para conhecer o cenário real
dos impactos nos custos da energia
solar e a real importância da simultaneidade
após os anos 2029/2031
ainda carecem mais informações do
valor final a ser cobrado na TUSD de
quem irá estar no Sistema de Compensação
de Energia Elétrica.
Como já dito em artigos anteriores,
é importante que a empresa
solar se mantenha atenta as informações
liberadas pelo setor de energia,
em especial pela ANEEL, mantendo a
leitura dos materiais produzidos por
especialistas e profissionais competentes.
Só estudo aumentarão a assertividade
das empresas do setor
solar em entregar os melhores projetos
ao cliente final que teve o interesse
em investir na fonte solar.
REFERÊNCIAS
Atlas Brasileiro de Energia Solar, INPE (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais), 2017,
disponível em: http://labren.ccst.inpe.br/ -
visitado no dia 20 de julho de 2023.
Lei 14.300 – Marco Legal da Microgeração
e Minigeração Distribuída, disponível
em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/lei/
L14300.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%20
14.300%2C%20DE%206%20DE%20JA-
NEIRO%20DE%202022&text=Institui%20
o%20marco%20legal%20da,1996%3B%20
e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias
– visitado no dia 17 de
julho de 2023.
Dados do Setor de Geração Distribuída, disponível
em:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiY-
2VmMmUwN2QtYWFiOS00ZDE3LWI3ND-
MtZDk0NGI4MGU2NTkxIiwidCI6IjQwZDZ-
mOWI4LWVjYTctNDZhMi05MmQ0LWVhN-
GU5YzAxNzBlMSIsImMiOjR9 – visitado no
dia 20 de julho de 2023.
RBS Magazine 9
Artigo
CRÉDITOS DE
CARBONO:
o equilíbrio entre
desenvolvimento
econômico e
preservação
ambiental
Por: Luana Morais – Trainee Jurídica no TWS Sociedade de Advogados.
Conselheira do Conselho temático do Agronegócio - FIEG GO.
A
produção de energia é essencial
para o desenvolvimento
humano e econômico, mas a
forma como obtida pode ter
impactos ambientais significativos.
A dependência de fontes não
renováveis, como combustíveis fósseis,
resulta em problemas como a emissão
de gases de efeito estufa e a poluição do
ar e da água.
A utilização de combustíveis fósseis,
como o carvão mineral, tem gerado impactos
negativos, como a degradação de
ecossistemas, a contaminação do solo e
lençóis freáticos, além da emissão de gases
de efeito estufa. A produção de energia
a partir desses combustíveis emite
poluentes que causam problemas respiratórios,
cardiovasculares e até mesmo
mortes prematuras.
Apesar da crescente conscientização
sobre esses impactos, ainda existem
desafios significativos na mitigação dos
efeitos causados pelas ações passadas. É
necessário analisar também os impactos
ambientais das novas tecnologias de geração
de energia, visando uma transição
eficiente e sustentável.
No entanto, é importante considerar
que até mesmo as energias renováveis
têm impactos ambientais. Um exemplo
disso é a construção de grandes usinas
hidrelétricas, que podem resultar no deslocamento
de comunidades locais, perda
de habitats naturais e danos ambientais
significativos pelo alagamento da represa.
Diante disso, há uma necessidade de
substituir os modelos tradicionais de geração
de energia por fontes mais sustentáveis.
A sociedade tem buscado alternativas
como energia provinda de fontes de
hidrogênio, fotovoltaica, eólica e biogás.
No entanto, essa transição ainda está em
desenvolvimento e requer a exploração
de novas perspectivas e o preenchimento
10
RBS Magazine
PHB SOLAR:
ENGENHARIA, ASSISTÊNCIA
E SUPORTE TÉCNICO PRÓPRIO
Engenharia PHB Solar
Trabalha ativamente para
implementar melhorias nos
produtos, utilizando instrumentos
voltados ao desenvolvimento e
testes de inversores, analisando
todas as atualizações de firmware
e hardware dos equipamentos.
Assistência técnica
Possui equipe local especializada
no teste e reparo de inversores
PHB Solar.
Suporte técnico
Atendimento localizado no Brasil
que oferece respostas rápidas aos
integradores.
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RBS Magazine 11
Artigo
d e
lacunas
legislativas
para garantir
eficiência e sustentabilidade.
A implementação de medidas de
compensação e mitigação são fundamentais
para minimizar os impactos
ambientais da produção de energia.
Isso pode envolver a recuperação de
áreas degradadas, o reflorestamento,
a criação de áreas protegidas e a
conservação da biodiversidade. Observa-se
também a necessidade de
adoção de tecnologias limpas, processos
mais eficientes e o aproveitamento
de energias renováveis para
reduzir ou evitar impactos negativos.
Os aspectos jurídicos e regulamentações
desempenham um papel
crucial na proteção ambiental e na
promoção da sustentabilidade na
produção de energia. É preciso estabelecer
políticas públicas e regulamentações
claras e eficazes que definam
critérios para o licenciamento
ambiental de projetos de produção
de energia, considerando as características
socioeconômicas e ambientais
de cada região.
Portanto, é necessário
analisar as medidas
adotadas até
o presente momento,
identificando
seus
pontos fortes
e limitações,
para propor
recomendações
visando o
aprimoramento
na
proteção
ambiental e
a sustentabilidade
social
na produção de
energia.
Em 1997 foi promovido,
após a Conferência
Rio-92 da Organização
das Nações Unidas (ONU), o protocolo
de Quioto que pactuava metas
de redução anual dos gases do efeito
estufa (GEE) para os países signatários.
Como forma de incentivo ao desenvolvimento
de tecnologias que
diminuíssem a emissão dos GEE,
estabeleceu-se que as economias
que reduzissem suas emissões, seriam
recompensados com créditos
(UNFCCC, 2008), que poderiam ser
revendidos para aquelas que não
conseguissem atingir essa redução,
sendo denominado popularmente
como créditos de carbono
(CC).
Com isso, havia a necessidade
de criação de órgãos fiscalizadores
e certificadores perante a ONU,
sendo então formado a Convenção-
-Quadro das Nações Unidas sobre
a Mudança do Clima (CQNUMC)
ou United Nations Framework
Convention on Climate Change
(UNFCCC).
Porém, não havia metodologias
precisas para a quantificação destes
créditos, resultando em pouca aderência
por parte das organizações,
sendo criado o Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL) ou Clean
Development Mechanism (CDM)
em que unificariam as metodologias
de cálculo de emissões. Isso se deve
ao fato de que cada projeto teve sua
metodologia própria para cálculo,
com isso, projetos similares em diferentes
partes do globo apresentavam
uma geração de créditos de carbono
desigual.
Uma vez padronizados, em 2015,
a ONU e mais 195 países reafirmaram
o compromisso com o desenvolvimento
sustentável através do Acordo
de Paris. Embora apresentem diversas
metodologias globais, anualmente
são depositadas novas formas de
calcular emissões de GEE para que as
mais modernas tecnologias possam
pertencer ao movimento do mercado
sustentável.
Uma vez estabelecido a metodologia
de cálculo de emissões, foi convencionado
que a unidade de medida
para o crédito de carbono seria conforme
o grau de dano na camada de
ozônio, tendo como base o dióxido
de carbono como referência, convencionando,
então, conclui-se que
um crédito de carbono é equivalente
a retirada de uma tonelada de dióxido
de carbono da atmosfera (TonCO-
2eq).
O Brasil apresenta um grande
potencial de desenvolvimento de
créditos de carbono. Assim como
o Estado de Goiás, por sua vasta
economia atrelada ao agronegócio
(viabilizando a geração de energia
através do biogás e da produção de
etanol) o estado destaca-se também
por estar localizado mais próximo
à Linha do Equador, proporcionando
um destaque para fontes como
a fotovoltaica.
Os aspectos jurídicos e regulamentações
desempenham um papel crucial na proteção
ambiental e na promoção da sustentabilidade na
produção de energia...
Portanto, os créditos de carbono
demonstram ser uma excelente
medida como mitigação e compensação
dos impactos ambientais
na produção de energia, podendo
ser aplicado, inclusive, na Geração
Distribuída.
12
RBS Magazine
14
RBS Magazine
RBS Magazine 15
Artigo
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
entra em nova fase no Brasil
A GD 2.0 já é uma realidade e exige novos posicionamentos do setor,
como a padronização de módulos de alta potência e o respeito às
exigências para conexão com a rede elétrica
Por Yoni Ziv*
Estamos em um novo mercado
de energia solar fotovoltaica
no país. Todo profissional
que trabalha com Geração
Distribuída na área solar vem
percebendo essas mudanças desde
o final de 2022. É um mercado
diferente do que experimentamos
anteriormente, que se consolidou a
partir do Marco Legal do nosso setor,
com seus efeitos mais preponderantes
percebidos 12 meses após
a promulgação da Lei 14.300. Em
paralelo, estamos acompanhando
nos últimos meses um rápido
avanço tecnológico. Esta é a GD 2.0
no Brasil.
A nova fase por aqui acompanha
a experiência observada em outros
países. Em minha trajetória no setor
solar, já vi isso acontecer em diversos
mercados à medida que cada um
deles passou a ser mais regulado – e
de certa forma se tornou mais restritivo
–, exigindo de seus profissionais
uma atuação mais qualificada e consultiva.
Por isso, é importante identificarmos
caminhos pelos quais nosso
mercado seguirá para nos posicionarmos
e continuarmos desenvolvendo
esse movimento irreversível de mudança
de nossa matriz energética
pelo Sol.
Quero destacar a seguir quatro
pilares da nova Geração Distribuída
no Brasil, que são extremamente relevantes
para o posicionamento do
nosso setor.
1 – Padronização global de módulos
de alta potência
A cadeia de produção de módulos
fotovoltaicos trabalha para aumentar
sua capacidade produtiva
por meio de soluções que confiram
aos módulos potências maiores e
mais eficiência. O que isso significa
na prática? Para aumentar sua capacidade,
os fabricantes precisam que
as linhas de produção sejam padronizadas
para esse tipo de módulo.
Para isso, é preciso que o mercado
também desenvolva equipamentos
que compõem os sistemas fotovoltaicos
– como as estruturas e, principalmente,
os inversores –, com características
suficientes e compatíveis
para acompanhar a rápida evolução
dos módulos fotovoltaicos e de suas
grandezas elétricas.
Como atenderemos o nosso mercado
com módulos de 700 W+ se as
estruturas não suportarem esses
equipamentos ou se os inversores
não conseguirem trabalhar com tensões
e correntes cada vez maiores?
Nesse novo momento da GD no Brasil,
o rápido avanço tecnológico exige
que todos os elos da cadeia se comprometam
com tecnologia e qualidade.
2 – Atendimento às exigências
para conexão com a rede
Atualmente, o crivo para a homologação
de projetos junto às distribuidoras
de energia está ainda mais
rigoroso. Além das mudanças impostas
pela Lei 14.300 e sua normatização,
as distribuidoras passaram a
exigir a compatibilidade técnica entre
os inversores e a rede. Exemplo disso
são as normatizações do grupo Neoenergia,
que proíbem a conexão de
inversores monofásicos em redes trifásicas,
independentemente do porte
do projeto.
Essa proibição traz um viés muito
visto em outros países onde a GD
está mais desenvolvida: a manutenção
da estabilidade da rede elétrica.
A premissa básica por trás disso é a
de não gerar desbalanceamentos entre
fases da rede elétrica utilizando
inversores que não sejam plenamente
compatíveis com a topologia de
conexão.
3 – Normazações de segurança
O mercado fotovoltaico mundial
tem uma série de normatizações de
segurança, sendo que a principal é o
Código Elétrico Nacional Norte-Americano
(NEC – National Electric Code)
que, desde 2011, dá diretrizes claras
de segurança para a instalação de sistemas
fotovoltaicos em telhados nos
Estados Unidos, além de outras providências
técnicas.
No Brasil, esse assunto estava
meio de lado até pouco tempo atrás,
mas agora ganha uma relevância
significativa no novo momento da
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RBS Magazine
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RBS Magazine 17
Artigo
GD. Desde 2022, estados brasileiros
como Minas Gerais, mais recentemente
o Mato Grosso e daqui a
alguns meses o Distrito Federal dispõem
ou disporão de normatizações
de segurança do Corpo de Bombeiros
para determinar regras de instalação
de sistemas fotovoltaicos em telhados,
dentre as quais podemos destacar
o Rapid Shut Down, que é o desligamento
rápido do sistema CC dos
sistemas fotovoltaicos. Isso obriga
revendedores e projetistas a executarem
projetos cada vez mais consultivos,
alinhados com regras dispostas
tanto na lei quanto nas normatizações
de segurança, além, é claro, de
todas as normas técnicas brasileiras e
internacionais que conferem as boas
práticas de engenharia às usinas fotovoltaicas
instaladas em telhados.
Figura 1 – Duck Curve (Curva de Pato) - Fonte: https://www.energy.gov/eere/articles/confronting-
-duck-curve-how-address-over-generation-solar-energy
4 – Armazenamento de energia
e redes inteligentes (smart grids)
O principal motivo pelo qual observaremos
o rápido avanço de sistemas
de armazenamento no Brasil não
será pela vontade ou necessidade de
autonomia por meio da desconexão
da rede, mas sim pela necessidade
de um relacionamento amigável entre
a GD e a rede elétrica. Em outras
palavras, à medida que a GD avança
em potência instalada, a necessidade
de controle da operação do sistema
elétrico brasileiro fará com haja também
medidas ou regulamentações
para o controle da injeção de energia
excedente dos sistemas fotovoltaicos
na rede.
Num primeiro momento, armazenar
energia significa melhorar a
eficiência financeira do investimento
realizado em sistemas fotovoltaicos,
principalmente na microgeração. É
possível realizar um controle muito
mais efetivo entre produção, consumo
instantâneo e geração de créditos
a partir da injeção de energia
na rede, o que, consequentemente,
gera controle e previsibilidade sobre
a incidência de cobrança da TUSD Fio
B nos sistemas instalados nesse novo
formato e na Geração Distribuída no
Brasil.
Mas, além disso, em vários lugares
do mundo, entre eles a Califórnia
(EUA), há um fenômeno na curva de
carga da rede conhecido como Duck
Curve (ou Curva de Pato, em uma tradução
livre), quando há uma diferença
muito grande entre os momentos
de alto consumo versus aqueles com
alta injeção de energia na rede elétrica.
Esse é um fenômeno altamente
indesejado e que precisa ser controlado
para que não haja colapso do
sistema elétrico. A forma mais eficiente
de manter esse relacionamento
amigável com a rede é armazenar
parte ou toda a energia excedente
dos momentos de pico de geração
para descarregá-la na rede nos horários
de pico de consumo. Isso traz
um nivelamento da curva de carga da
rede elétrica, o que é altamente desejável
para sua operação pelo órgão
responsável – que no caso brasileiro
é o Operador Nacional do Sistema
(ONS).
A Ecori Energia Solar, distribuidora
pioneira na tecnologia MLPE
no Brasil com os microinversores da
APsystems, sempre se preparou para
esse momento da GD 2.0, mesmo
quando nosso mercado ainda era
embrionário. Preocupada em oferecer
ao mercado brasileiro soluções
de alto valor agregado, segurança e
conformidade com normatizações de
segurança internacionais, a Ecori disponibiliza
um porólio completo de
soluções APsystems, com microinversores
e sistema de armazenamento,
alinhado ao novo momento do nosso
mercado. Além disso, investimos
na qualificação profissional do mercado,
com uma série de conteúdos
gratuitos para formação, fomento de
discussões para implementações de
regras e regulamentações em nosso
setor, além de desempenharmos
com protagonismo nosso papel de
parceria e suporte às revendas, projetistas
e integradores que hoje se
questionam sobre o futuro do nosso
setor.
A GD 2.0 já é uma realidade no
Brasil. Nossa capacidade de compreender
a GD 2.0 nos projetará mais
rapidamente ao caminho do sucesso
nesse mercado que, mesmo diferente,
continua extremamente necessário
e promissor.
*YONI ZIV é vice-presidente da
Ecori Energia Solar. Expert global
no mercado fotovoltaico com
mais de 20 anos de experiência
internacional. Foi vice-presidente
de Vendas Técnicas da SolarEdge,
empresa global de equipamentos
para energia solar. É engenheiro
eletrônico pela Universidade de Tel
Aviv, em Israel, onde mora.
18
RBS Magazine
Sofar Solar inova com lançamentos
de microinversor e ESS durante
a Intersolar Europe 2023
ASofar revelou suas mais recentes
inovações tecnológicas
durante a Intersolar
Europe 2023, realizada na
Alemanha. Dois destaques notáveis
foram o microinversor PowerNano
e o sistema de armazenamento de
energia PowerIn ESS.
Segundo a empresa, esses produtos
abrangem uma variedade de
cenários, atendendo aos setores
residencial, comercial e industrial,
além de serviços públicos. O Power-
Nano é uma combinação inteligente
de microinversor, hub doméstico e
bateria CA, oferecendo uma solução
de fácil distribuição, instalação e otimização
do retorno do investimento
em energia fotovoltaica para residências.
O sistema integra recursos
de segurança, como RSD (Desligamento
Rápido), certificação IP67 e
uma tensão de operação CC inferior
a 60 V, eliminando a possibilidade de
arco elétrico CC e reduzindo riscos de
incêndio. Além disso, o PowerNano
é compatível com módulos fotovoltaicos
de alta potência, alcançando
um aumento de até 5% na eficiência
energética com uma instalação simples
plug-and-play.
Durante o evento, a Sofar estabeleceu
parcerias por meio de Memorandos
de Entendimento (MoUs)
com empresas como PowR Group,
Elicity, PV Selected e Vögelin, demonstrando
um forte interesse em
suas soluções.
Além disso, a empresa lançou
duas outras soluções globais na feira.
A primeira foi a linha de inversores
PowerMega de 350 kW/trifásico,
projetada para grandes usinas solares.
A segunda novidade foi a linha
PowerMaster, que oferece um sistema
modular de armazenamento de
energia (ESS) com capacidade de até
3,44 MW.
Guy Rong, vice-presidente sênior
da Sofar, enfatizou que esses
lançamentos são fundamentais para
alcançar as metas globais de energia
limpa e refletem o compromisso contínuo
da empresa em impulsionar um
futuro sustentável.
Além da Intersolar Europe, a Sofar
também apresentará suas inovações
na Intersolar South America
2023, que ocorrerá em São Paulo (SP)
entre 29 e 31 de agosto.
A Sofar é reconhecida por seu
amplo porólio, que inclui inversores
fotovoltaicos de diferentes capacidades,
sistemas híbridos, armazenamento
de energia em bateria e soluções
de gerenciamento de energia
inteligente, atendendo a uma ampla
gama de necessidades, desde residenciais
até usinas de grande escala.
Desde sua chegada ao Brasil em
2017, a empresa já comercializou
mais de 200 mil unidades, alcançando
o terceiro lugar no Ranking da
Greener em inversores fotovoltaicos
monofásicos em 2021.
RBS Magazine 19
Entrevista do Editor
Nessa edição do Entrevista do Editor da RBS Magazine, Cassol
conversa com uma dupla de doutores e professores titulares
da Escola Politécnica da PUCRS, além de coordenadores do
Núcleo de Tecnologia em Energia Solar (NT-Solar) onde orientam
estudantes de graduação, especialização, mestrado e doutorado. Os
Professores Izete Zanesco e Adriano Moehlecke são responsáveis
por diversas atividades de pesquisa e desenvolvimento em células
solares, módulos fotovoltaicos e sistemas fotovoltaicos. Além de
serem membros da Associação Brasileira de Energia Solar (ABENS).
A Dra. Zanesco também é membra da “International Solar Energy
Society” (ISES) e é cofundadora da Rede Brasileira de Mulheres
na Energia Solar (Rede MESol). Foi indicada ao Prêmio Claudia
da Editora Abril, na categoria Ciências, em 2011. Enquanto isso,
o Dr. Adriano recebeu vários prêmios pelas contribuições ao
desenvolvimento de células solares, podendo-se citar o Prêmio
Extraordinário concedido ao trabalho de doutorado na UPM, em
1998, e o Prêmio Jovem Cientista – Categoria Graduado, em 2002.
Nessa entrevista, vamos entender a motivação inesgotável dessa dupla na pesquisa e desenvolvimento
da energia solar fotovoltaica, que já perdura mais de 35 anos, e vamos conhecer o projeto Planta Piloto
de Células Solares e Módulos Fotovoltaicos, onde além de produzir módulos solares eficientes e com
tecnologia nacional, é responsável pela formação de uma série de profissionais atuantes no setor solar.
Segue nossa conversa...
RBS Magazine - Professores Adriano
e Izete, primeiro é um prazer receber
os professores na seção Entrevista do
Editor da RBS Magazine! Uma pergunta
para aquecermos, onde nasceu
o interesse na pesquisa em energia
solar fotovoltaica e poderiam também
nos contar como foi o trabalho
de vocês para o desenvolvimento da
célula solar bifacial mais eficiente do
mundo durante o seu doutorado?
ZANESCO/ADRIANO - Gostaríamos
de agradecer a oportunidade de divulgar
um pouco a nossa história e
trajetória profissional associada à
tecnologia fotovoltaica, para mostrar
que o caminho pode ser duro, mas
o resultado compensa. O interesse
foi despertado em uma palestra de
um professor no curso de Física na
UFRGS, que pesquisava em energias
renováveis, especificamente em pequenas
centrais hidrelétricas. Começamos
a buscar livros na biblioteca
e entender mais o assunto e quanto
mais líamos mais nos apaixonávamos
pela energia solar fotovoltaica. Na
época, nos anos 80, os sistemas fotovoltaicos
eram para sonhadores! Era
uma forma de produção de energia
limpa, mas muito cara. Descobrimos
que havia o curso de mestrado na Engenharia
da UFRGS e lá fomos nós. O
primeiro passo foi passar na seleção
e conseguir bolsa, depois resolver os
problemas de Mecânica dos Fluidos
e Transferência de Calor. Como superar
o problema? Nos unimos em
um grupo (quase toda a turma) na
biblioteca por muitas horas ... Durante
o mestrado apareceu o questionamento:
precisamos trabalhar. Então,
lá fomos nós para a PUCRS. Quanto
empenho para preparar a “melhor”
aula das nossas vidas para sermos selecionados
pela banca de avaliadores
na PUCRS. Ufa! Fomos selecionados
No doutorado começamos a desvendar como era o
processo de fabricação da célula solar de silício e os
módulos fotovoltaicos concentradores com células
solares bifaciais...
e nossa história na PUCRS começou
em 1990. O mestrado foi o primeiro
passo e, para completar a pós-graduação,
voamos para a Espanha para
desenvolver a tese de doutorado
em energia solar fotovoltaica, com
apoio da PUCRS no programa “1000
para 2000”, traduzindo 1000 professores
doutores/mestres para o ano
de 2000. A sinergia com os colegas
e professores do Instituto de Energia
Solar (IES) da Universidade Politécnica
de Madri (UPM) foi o impulso para
nunca mais deixarmos esta apaixonante
área de pesquisa, a tecnologia
fotovoltaica, na qual nos dedicamos
a mais de 35 anos. No doutorado começamos
a desvendar como era o
processo de fabricação da célula solar
de silício e os módulos fotovoltaicos
concentradores com células solares
bifaciais. O prof. Adriano recebeu
a missão de “fazer funcionar” a célula
solar que não dava certo: com dopagem
com boro (tecnologia precursora
da célula solar PERC) e a Profa. Izete
de otimizar um concentrador fabricado
com células solares bifaciais. Um
sofrendo com os resultados poucos
animadores de células com boro e a
outra precisando de células bifaciais
de alta eficiência para que o concentrador
fotovoltaico tivesse êxito. Para
20
RBS Magazine
resolver os problemas, juntamos os
esforços e conhecimentos, mas claro
que nem tudo dava certo! Neste
ecossistema, produzimos a célula solar
bifacial com recorde de eficiência
na época, dopada com boro e com
fósforo. O resultado foi divulgado no
primeiro congresso mundial de energia
solar fotovoltaica, que unia os
congressos norte-americano, europeu
e asiático (1st World Conference
on Photovoltaic Energy Conversion –
WCPEC - A Joint Conference of PVSC,
PVSEC and PSEC). Nunca recebemos
tantos elogios num congresso! Era
1994, Brasil campeão do mundo na
Copa dos Estados Unidos e nós tendo
desenvolvido a célula solar bifacial
de eficiência recorde e com
processos inovadores! E não
esquecendo, o congresso
foi no Havaí! Mas, nossos
colegas europeus ficaram
atiçados com os resultados
e mandaram brasa
na pesquisa em células
solares bifaciais. O resultado
vocês conhecem:
os módulos fotovoltaicos
bifaciais são
uma realidade no mercado
atual. Uma importante
aprendizagem no
IES foi saber comemorar
os resultados: comemorávamos
com almoços, encontros
e churrasquinhos no IES e
em sextas-feiras nas salas dos
doutorandos.
RBS Magazine - Um dos seus projetos
mais disruptivos podemos dizer que
foi a Planta Piloto de Células Solares
e Módulos Fotovoltaicos, onde o interesse
no desenvolvimento de uma
tecnologia solar nacional e a formação
de recursos humanos capacitados
para atender esse setor ainda
era inexpressiva em nosso país. Poderiam
comentar a origem desta ideia e
como ela pôde ser colocada em práti
c a ?
Voltamos ao Brasil e à PUCRS, trazendo
na bagagem a inspiração e
exemplos que vivenciamos na Espanha.
Visualizando onde poderia chegar
esta elegante tecnologia de produção
de energia elétrica (mas não
imaginávamos que chegasse ao atual
desenvolvimento) e com as melhores
intenções começamos a semear
nossas ideias na PUCRS. Em 2002,
recebemos o Prêmio Jovem Cientista
pelo desenvolvimento de uma célula
solar de alta eficiência no Brasil e
que usava produtos de baixo custo
na fabricação e, com muito apoio dos
nossos chefes na PUCRS, idealizamos
uma planta piloto de células solares
e módulos fotovoltaicos. O problema
eram os recursos financeiros que na
época (e ainda hoje) eram altos. Tivemos
que bater nas portas do Ministério
da Ciência e Tecnologia, da FINEP,
Petrobras, Eletrosul e Grupo CEEE.
Con-
seguim
o s unir
estes órgãos e empresas num objetivo
comum: desenvolver tecnologia
nacional de fabricação de células
solares e módulos fotovoltaicos em
2004. Em tempo recorde de 6 anos,
montamos a infraestrutura física no
TECNOPUC, apoiada pela PUCRS, e
com a ajuda das parceiras compramos
e colocamos em funcionamento
os equipamentos de produção e de
caracterização, desenvolvemos dois
processos de produção de células
solares e produzimos e caracterizamos
mais de 12 mil células solares de
silício e 200 módulos fotovoltaicos,
que foram instalados em sistemas
fotovoltaicos nas empresas parceiras
e formamos mestres e doutores no
Programa de Pós-Graduação em Engenharia
e Tecnologia dos Materiais
Entrevista do Editor
(PGETEMA). Atualmente, estamos
avaliando a degradação dos módulos
FVs que fabricamos, inclusive para
entender a degradação da tecnologia
PERC atual. A planta piloto foi
um passo importante no Brasil para
iniciarmos este ecossistema de pesquisa
em células solares de silício e a
notícia correu mundo afora. Hoje, a
infraestrutura de laboratórios do Núcleo
de Tecnologia em Energia Solar
continua sendo a única na América
Latina projetada para desenvolver e
caracterizar células solares e módulos
fotovoltaicos em escala piloto e
continua rendendo excelentes resultados
e comemorações. Por que isso
de comemorar, não podemos esquecer...
Não deu para parar
por aí e depois do projeto
Planta Piloto, desenvolvemos
um plano de negócios
para uma fábrica
de células solares no
Brasil, que concluímos
em 2011, quando o
mercado no Brasil era
insignificativo e um
ano antes da RN482.
Estávamos à frente do
mercado? O mercado
brasileiro iria disparar
com a geração distribuída
e preços competitivos?
Pena que, por falta
de investimentos em uma
planta de produção, ou seja,
capital de alto risco na época,
não foi aproveitada aquela “janela
de oportunidade”.
RBS Magazine - Acredito que a captação
de recursos para a Planta Piloto
tenha sido extremamente complexa.
Entretanto, colocando isso de lado,
quais foram as maiores dificuldades
que vocês tiveram para colocar em
operação a Planta Piloto?
Preferimos lembrar dos bons resultados
e das comemorações... Mas nada
dá certo sem enfrentar e superar
obstáculos. Um obstáculo foi treinar
a equipe, que não tinha conhecimento
sobre o assunto e aqui teríamos
várias situações engraçadas para
contar. Depois, encontrar os insumos
no mercado internacional e nacional
ou fornecedores de serviços no mercado
nacional para a produção das
células solares e dos módulos fotovoltaicos.
Aqui cabe destacar o apoio
RBS Magazine 21
Entrevista do Editor
Fotos: Bruno Todeschini/PUCRS. “divulgação do NT-Solar/PUCRS).
que tivemos da DuPont Brasil. Desenvolver
um processo de produção de
células solares envolve muitas etapas
e se ocorrer um problema em uma
delas o resultado é péssimo. Para superar
foram necessárias muitas horas
de trabalho, às vezes, sem almoço,
pois os processos não podem ser interrompidos
e nunca desanimar com
um resultado negativo, mas sim buscar
entender e solucionar. Outro problema
foi a manutenção dos equipamentos,
que são vários e complexos.
Também não dá para esquecer os
relatórios: foram 805 páginas. Mas a
comemoração de um bom resultado
com a equipe e com espumante não
tem preço!
RBS Magazine - Quais foram os resultados
mais expressivos que a Planta
Piloto trouxe para a PUCRS, mas também
para a sociedade brasileira?
Demonstração de que se queremos
podemos ser capazes de alcançar os
objetivos, mas para isso são necessários
muitos esforços e apoio institucional.
Um dos resultados destaque
foi a tecnologia de produção de células
solares e a formação de recursos
humanos para criar um ambiente
para o estabelecimento de indústrias
neste setor. Recentemente, foi divulgado
que a China não vai transferir
tecnologia de células solares de silício,
então, o trabalho da Planta Piloto
demonstra que podemos desenvolver
nossa própria tecnologia. Somos
um dos poucos países da América La-
tina que detém a tecnologia de produção
de células solares de silício.
Porém, o nível tecnológico da fabricação
de células solares é muito elevado
e não há espaço para amadores
ou “ingênuos tecnológicos”. Não se
faz “copiar e colar” em tecnologia, se
deve “saber fazer”.
RBS Magazine - Sabemos que o mercado
de produção de células solares
e módulos fotovoltaicos são muito
competitivos, especialmente pela
alta capacidade de pesquisa e produção
da China. Mesmo assim, quais
são as perspectivas do Núcleo de Tecnologia
em Energia Solar da PUCRS e
seus projetos na área de energia solar
para os próximos anos?
Estamos desenvolvendo 10 projetos
de P&D atualmente. Os projetos
de pesquisa em andamento
estão focados em células solares
bifaciais, processos em
lâminas de silício finas, desenvolvimento
de células
solares da família PERC,
novos métodos de passivação
em células solares
PERC e desenvolvimento
de fornos de difusão.
Outra área de
pesquisa é entender
a degradação de
módulos fotovoltaicos
fabricados
com células solares
de silício
com diferentes
estruturas, principalmente os dispositivos
com células PERC, devido
ao tamanho do mercado atual. Outro
assunto de pesquisa é a agrofotovoltaica
e sistemas FVs em ambiente rural.
RBS Magazine - Para concluirmos, já
agradecendo a excelente conversa,
gostaria de uma opinião de vocês sobre
quais são os próximos caminhos
que a energia solar fotovoltaica terá
que trilhar no Brasil?
A capacidade de produção na China
está no limite, tentando acompanhar
o crescimento do mercado mundial.
Nesta perspectiva, vários países estão
voltando a atenção para a produção
local, visando resolver um
possível problema de escassez de
produtos. Porém, este é um passo
difícil devido a constante evolução e
complexidade da tecnologia de produção
das células solares de silício.
O Brasil também deve focar esforços
para uma produção nacional de células
solares, porém não pode cometer
um erro que têm ocorrido, que é a
“ingenuidade tecnológica”. É necessário
formar recursos humanos qualificados,
mesmo que as plantas sejam
automatizadas, pois quem programa
os robôs para realizar os processos
deve ter muito conhecimento.
Fotos: Bruno Todeschini/PUCRS. “divulgação do NT-Solar/PUCRS).
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RBS Magazine
RBS Magazine 23
CONFIRA NOSSOS
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RBS Magazine
SOLAR
RBS Magazine 25
String Box para proteção
de carregadores veiculares
elétricos: ECO BOX
Por: Engenheiro Felipe Viotto
Os veículos elétricos ganham
cada vez mais a adesão do
público mundial, e no Brasil
esta tecnologia está com
crescimento alavancado, com o avanço
das energias renováveis atrelado ao
apelo econômico-ambiental. Com isso,
o mercado para comercialização de
carregadores veiculares está aquecido
e com previsões otimistas para os próximos
anos.
De acordo com um estudo prévio
publicado na revista “O Estadão”,
o Brasil já possui aproximadamente
3200 eletropostos instalados em seu
território, e estima-se que este número
chegue a cerca de 5000 unidades
até meados de 2024. A relação de eletropostos
por quantidade de veículos,
no Brasil, é de 17 carros para cada unidade
de carregamento enquanto Europa
e Estados Unidos os números são,
respectivamente, 10 e 12 veículos por
eletroposto.
Analisando os dados acima, observa-se
que o Brasil se aproxima,
em volume e adesão, dos países desenvolvidos
no quesito “Aquisição de
veículos elétricos”. Com isso, surge
também a necessidade de mercado
para acompanhar o dimensionamento
das proteções a serem instaladas
junto aos pontos de carregamento
dos veículos.
Assim como é de suma importância
a instalação de proteções (externas
aos inversores fotovoltaicos) feitos
com as String Box CC e CA (com proteção
em corrente contínua e alternada,
respectivamente), é fundamental que
as estações de recarga dos veículos
elétricos contemplem, em seu escopo
de implementação, um quadro de
proteções para segurança do veículo,
pessoas e instalações no decorrer do
processo de recarga.
A norma ABNT NBR 17019/2022
regulamenta os procedimentos corretos
para instalar carregadores veiculares
no Brasil. Em seu conteúdo, traz os
requisitos a serem seguidos para proteção
a pessoas, veículos e à instalação
elétrica como um todo. De acordo com
a norma, as instalações devem contemplar
proteções em sobrecorrente,
fuga de corrente e surtos de (tensão)
elétricos, sendo os componentes o
disjuntor, DR tipo B e DPS, respectivamente.
Com 5 anos de garantia contra defeitos
de fabricação, a Eco-box revoluciona
o mercado de proteções com
foco na segurança, o principal nicho de
mercado e um dos pilares da Embrastec.
Sempre atenta nas tendências de
mercado, a empresa desenvolveu, com
engenharia própria e nacional, a solução
completa para atender ao mercado
de carregadores para veículos elétricos,
o qual cresce exponencialmente
no Brasil.
Como lançamento para a Intersolar
2023, a Embrastec traz a String Box
para proteção aos carregadores de veículos
elétricos de todas as potências
disponíveis no mercado. Dimensionados
para atender a demanda nacional,
as proteções contam com equipamentos
de primeira linha como disjuntor e
DR da ABB (renomado fabricante Suíço),
caixa da Famatel (uma das maiores
fabricantes de quadros de proteção no
mundo) e o DPS já consolidado no mercado,
com o selo de qualidade e confiança
da Embrastec.
Como diferenciais de mercado, o
quadro de proteção conta com mecanismo
de abertura com trava dupla em
sua lateral, evitando possibilidades de
quebra por abertura via aperto centralizado
(conforme tecnologias empregadas
no mercado). Para abrir, basta
pressionar as duas travas laterais de
forma simultânea, evitando que todo
o esforço seja localizado ao centro da
trava. Com isso, elimina-se o risco de
quebra (o que é comum em String Box
CC encontradas no mercado).
O quadro conta também com guias
para furação em suas partes superior
e inferior, de todos os tamanhos de
serra-copo, facilitando o trabalho dos
integradores e eliminando a possibilidade
de erros por furações em locais
inadequados, o que desconfigura um
enquadramento em garantia por infiltrações.
Com opções em IP 65, a String Box
entrega completa proteção contra entrada
de objetos sólidos e pequenos
jatos de água. Sua injeção é feita em
material antichamas, extinguindo assim
quaisquer problemas que possam
derivar um princípio de incêndio para
o carregador veicular e a instalação
como um todo.
Com orgulho de ser uma empresa
100% nacional e apostando no desenvolvimento
de tecnologias que agregam
valor ao produto, a Embrastec
emprega no design gráfico da Eco Box
as cores verde e amarelo/dourado em
sua logo, com alusões à fabricação nacional
e o apelo às causas ambientais.
A Embrastec se mantém atenta
nas tendências de mercado, e com firme
propósito no desenvolvimento de
tecnologias nacionais para proteção,
segue empregando suas soluções no
mercado brasileiro e mundial. Com 30
anos de tradição, conta com uma linha
de mais de 1500 produtos já catalogados
e disponíveis em seu porólio. E
como frase de efeito a qual integra o
espírito da empresa, reforçamos que”
Sentimo-nos honrados em fazer parte
da sua instalação”.
26
RBS Magazine
Indústria
Brasileira
www.embrastec.com.br
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da String Box CC MC4
RBS Magazine 27
CONHEÇA A HOPEWIND:
a opção certa para aqueles que
buscam um futuro mais verde!
Fundada em 2007, a Hopewind
entrou no mercado chinês com
uma missão clara: inovar no setor
de energia renovável!
Com nossos inversores solares de
última geração, oferecemos a solução
ideal para impulsionar a eficiência
energética. Como uma empresa
líder no mercado de energia renovável,
fornecemos inversores solares altamente
eficientes e confiáveis, projetados
para transformar a luz solar
em eletricidade limpa e sustentável.
Nosso catálogo abrange uma variedade
de produtos, tais como:
• Inversores Solares
• Sistemas de Armazenamento
de Energia
• Dispositivos Eólicos
• Simuladores de Rede
• VFD (Variação de Frequência)
• SVG (Geração de Voltagem Estática)
• Sistema Remoto de Operação
e Manutenção Inteligente
E muito mais!
Ao longo dos últimos 16 anos, a
Hopewind conquistou diversos marcos,
incluindo:
• Líder em fornecimento de
conversores eólicos
• Um dos dez principais fabricantes
de inversores fotovoltaicos
na China
• Entre as vinte principais marcas
globais de inversores fotovoltaicos
• Entre as cem principais marcas
de energia fotovoltaica do
mundo
• A marca de crescimento mais
rápido no mercado
Essas conquistas estabeleceram
a Hopewind como uma referência
tanto na China quanto no mundo
quando se trata de energia renovável.
Além disso, um dos nossos principais
diferenciais de mercado são
os centros de serviços locais, suporte
pós-venda e canais diretos de comunicação
com o nosso público. Ao
oferecer um suporte rápido e atendimento
de qualidade aos clientes, ajudamos
a maximizar o desempenho
dos nossos produtos, garantindo os
melhores resultados para todos!
Para ficarmos ainda mais próximos
do nosso público, recentemente
inauguramos um escritório em Sorocaba,
São Paulo. Estamos prontos
para atender rapidamente às necessidades
dos nossos clientes em todo
o país.
Agora, com a chegada da Hopewind
ao Brasil, um dos maiores e
mais importantes países da América
Latina e do mundo, estamos preparados
e cheios de energia para contribuir
com a sustentabilidade do país!
A Hopewind é uma empresa pioneira
e inovadora no setor de energia
renovável.
Nossos produtos de alta qualidade
e soluções avançadas são projetados
para impulsionar a transição
rumo a um futuro mais sustentável.
Junte-se a nós nessa jornada em
direção a um mundo mais verde e
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28
RBS Magazine
ENERGIZE
SEUS NEGÓCIOS
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As Principais Exposições e Congressos de Energia no The smarter E South America
Special Exhibition
Com suas três feiras paralelas de energia, mais uma exposição especial, The smarter E South America é o centro inovador da
América Latina para o novo mundo da energia. O evento será realizado em São Paulo de 29–31 de agosto de 2023.
Sua abordagem abrangente nas questões do novo mundo da energia apresenta um cruzamento de soluções e tecnologias. The
smarter E South America cria oportunidades de abordar todas as áreas essenciais da cadeia de valor do setor. Destacando geração,
armazenamento, distribuição e uso da energia e as maneiras como esses aspectos interagem e podem se articular inteligentemente,
o evento congrega interssados no futuro da energia vindos dos mercados mais influentes do mundo.
RBS Magazine 29
Grandes novidades
marcarão o segundo semestre da
Romagnole no segmento solar
Kit completo para usinas fotovoltaicas será destaque no setor
No segmento de constante crescimento, a busca
por inovações que entreguem cada vez mais eficiência
fazem das companhias que estão atentas
a estas demandas se destacarem. O primeiro
grande lançamento que a empresa irá fazer será a nova
solução para fixação de módulos nos projetos
de solo, que será lançada na Intersolar 2023,
uma solução que manterá a garantia dos
módulos, fazendo a fixação por cima do
frame, porém, a instalação do clamp é
feita por baixo do módulo, garantindo
uma instalação rápida e exigindo menos
mão de obra. O projeto foi batizado
como Pratic Fix e já tem patente requerida,
tecnologia exclusiva Romagnole.
A segunda grande novidade é nova linha para
estruturas de telhado, a BOX ONE, o nome vem da nova
embalagem do kit, antes com perfis de mais de 2m, agora
o kit todo para 4 módulos cabe em uma caixa de 1,2m,
o perfil tem espessura maior, o novo kit vai trazer mais
firmeza e robustez na instalação. Além de facilitar o armazenamento,
a distribuição e a instalação final, ele traz
mais segurança, com o manuseio de peças menores em
altura por parte do instalador.
Por fim, atendendo a reivindicações de parceiros e
do mercado, a Romagnole irá lançar o kit gerador fotovoltaico
para projetos com potência acima de 1MWp, a
empresa que já fabrica estruturas fixas, tracker, skid, cabines
e trans- formadores, vai agregar às
suas ofertas os módulos, inversores e acessórios para
instalação completa das usinas solares.
Esse trabalho de pesquisa e desenvolvimento mantém
suas linhas voltadas ao fornecimento de equipamentos
para geração de energia limpa, em constante
atualização e em sintonia com as tendências
do segmento.
Dessa forma, a empresa oferece aos
clientes soluções que agregam valor aos
sistemas de geração de energia, este posicionamento
faz com que as estruturas Romagnole
estejam entre as mais utilizadas
no país, tendo sido aplicadas em projetos
de geração distribuída e centralizada que
somam mais de 3,5GWp. Além de ser aplicada
em grandes usinas fotovoltaicas do
país, a marca também está entre as mais
lembradas pelos integradores de todo o
Brasil, segundo pesquisas realizadas pela
consultoria Greener.
30
RBS Magazine
RBS Magazine 31
Artigo
INVERSORES HÍBRIDOS:
POTENCIALIZANDO A
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Por: Engenheiro Renato Szytko - SAJ
Os inversores híbridos representam
uma avançada
solução tecnológica
ao permitirem a operação
simultânea entre os
modelos de inversores conhecidos
como on-grid e off-grid. Isso significa
que esses inversores possuem a
capacidade de se conectar tanto a
módulos fotovoltaicos quanto a baterias,
oferecendo maior flexibilidade e
eficiência no uso da energia.
Uma das principais vantagens
dos inversores híbridos é a sua capacidade
de trabalhar conectados à
rede das concessionárias e, ao mesmo
tempo, fornecer energia para
alimentar cargas em períodos noturnos,
chuvosos ou mesmo em caso de
falha na rede da concessionária, graças
à energia armazenada em suas
baterias.
A otimização do uso da energia
elétrica é um dos principais objetivos
ao adotar inversores híbridos, e eles
podem alcançar isso por meio de diversas
estratégias:
Autoconsumo/Exportação zero:
Nesse modo de operação, toda a
energia produzida pelos módulos fotovoltaicos
é utilizada no local e para
o carregamento das baterias. Dessa
forma, não há exportação para a concessionária,
proporcionando maior
independência energética e a exclusão
de taxas e impostos adicionais.
Time Shifting (Deslocamento do
Tempo): A energia elétrica é armazenada
nas baterias quando seu custo
é menor, para ser utilizada posteriormente
quando o custo da energia da
concessionária é mais alto.
Peak Shaving (Corte de Pico):
Nessa estratégia, a energia armazenada
nas baterias é utilizada em momentos
de pico de consumo, ajudando
a reduzir ou eliminar esses picos
e evitando ultrapassagens de demanda.
Apesar das vantagens oferecidas
pela otimização do uso da energia, os
inversores híbridos apresentam algumas
desvantagens, como o alto custo
das baterias, a necessidade de espaço
para sua instalação e a complexidade
do projeto. Portanto, é fundamental
procurar o auxílio de empresas especializadas
e experientes em sistemas
híbridos para garantir uma implementação
adequada e eficaz.
É relevante destacar que os inversores
híbridos são regulamentados
pelo INMETRO (Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia)
por meio da Portaria 140/2022, publicada
em 21 de março de 2022, o
que confere maior confiabilidade e
segurança a esses equipamentos.
Os inversores híbridos geralmente
apresentam duas portas de entrada
(módulos e baterias), onde a porta
responsável pelo carregamento de
baterias é bidirecional e apresentam
uma ou duas portas CA dependendo
do modelo, caso o modelo apresente
duas portas uma opera no modo
on-grid e outra operada no modo off-grid
utilizado como backup. Segue
abaixo um modelo de inversor híbrido
SAJ H1:
É relevante destacar que
os inversores híbridos
são regulamentados
pelo INMETRO (Instituto
Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia)...
Figura 1: Interface elétrica do inversor H1
32
RBS Magazine
Artigo
Os inversores híbridos são uma solução promissora para maximizar a eficiência
e a autonomia dos sistemas de energia, contribuindo para a transição para uma
matriz energética mais sustentável e responsável...
O inversor exemplificado na figura
01 é um inversor híbrido clássico,
pois opera conectado a rede elétrica
grande parte do tempo como um
inversor on-grid padrão, mas com
a habilidade de gerenciar o uso das
baterias, porém tem a possibilidade
quando há falha na rede de operar
de modo off-grid alimentando cargas
isoladas na porta CA de backup.
Tabela 1: Descrição da interface elétrica do inversor H1
É importante salientar que nos
inversores híbridos com duas portas
CA os circuitos de uso normal (on-
-grid) e os circuitos de uso de backup
(off-grid) como pode ser visto na figura
02 devem ser separados de forma
que quando o circuito de backup é
alimentado o mesmo não alimente a
rede conectada à rede da concessionaria
o que pode ocasionar danos e
sérios acidentes.
Como mencionado inicialmente
os inversores híbridos realizam a otimização
do uso da energia e com o
objetivo de autoconsumo o inversor
tem suas prioridades para o fluxo de
energia como pode ser visto na figura
03:
Neste exemplo da figura 03 a
energia gerada pelo sistema fotovoltaico
alimentará primeiro as cargas
domésticas da casa (on-grid), a energia
excedente será armazenada na
bateria onde poderá ser utilizada a
qualquer momento e caso ainda haja
excedente o mesmo pode ser exportado
para rede da concessionária.
Figura 2: Exemplo de ligação do inversor hibrido SAJ H1
Figura 3: Prioridades do fluxo de energia no modo autoconsumo
Em resumo, os inversores híbridos
são uma solução promissora
para maximizar a eficiência e a autonomia
dos sistemas de energia, contribuindo
para a transição para uma
matriz energética mais sustentável e
responsável. Com o contínuo avanço
tecnológico, espera-se que esses
dispositivos se tornem cada vez mais
acessíveis e desempenhem um papel
fundamental em um futuro energético
mais consciente.
RBS Magazine 33
RBS Magazine 35
Entrevista
Entrevista exclusiva com
FRANCISCO VIEIRA, gerente
de vendas, da AMPHENOL
" Os conectores H4 Amphenol são fornecidos para todos os TIER1,
fabricantes de Painéis Solares e Inversores"
RBS Magazine - A Amphenol
é líder mundial
em projetos, fabricação
e comercialização
de conectores e sistemas
de interconexão
elétricos, eletrônicos
e de fibra ótica, além
de cabos tipo flat e
coaxiais, ou seja, atuam
em diversos segmentos.
Conte como
começou a atuação da
marca no mercado de
energia solar no Brasil?
FRANCISCO VIEIRA - A Amphenol
iniciou suas atividades no Brasil no
ano de 1997 com uma unidade fabril
em Caçapava – SP. Esta unidade
atendeu os seus clientes globais
no segmento de telecomunicações.
Entre estes clientes estão a Ericsson,
Nokia, Alcatel, Lucent, Nec
entre outras.
Em 2012 com o início do mercado de
energia solar no Brasil a Amphenol
iniciou a divulgação e o fornecimento
dos conectores solares H4 para o
mercado Brasileiro.
Em 2018 com a demanda de cabos
solares iniciou a produção de cabos
em nossa fábrica localizada em Campinas,
SP utilizando a já destacada
experiência de fabricação, desempenho
e tecnologia derivadas de outras
unidades da Amphenol no mundo.
RBS Magazine - A Amphenol se destaca
no mercado com os seus produtos
para energia solar, como o Conector
H4 e H4 Plus e a sua linha completa
de cabos solares. Conte sobre como
funcionam essas soluções?
Os conectores H4 Amphenol são fornecidos
para todos os TIER1, fabricantes
de Painéis Solares e Inversores.
Em 2021, atendendo a demanda de
nossos clientes globais, lançamos
uma nova versão do conector H4, o
H4 PLUS. Esta versão atende as novas
tecnologias dos módulos e inversores.
O conector H4 PLUS oferece um grau
de proteção à água prolongado e travas
de segurança diferenciadas. Esta
nova tecnologia oferece um desempenho
superior e vem para substituir
o uso de conectores fotovoltaicos de
baixa qualidade, o que é
muito comum no Brasil.
RBS Magazine - O foco da
Amphenol é criar soluções
inovadoras que facilitem o
dia a dia de seus clientes,
oferecendo uma grande
variedade de itens que correspondam
às suas necessidades.
Quais projetos, em
específico do setor de energia
solar, a empresa possui
para o segundo semestre?
Para este semestre lançamos
um novo modelo de conector
fotovoltaico denominado - Rad Crimp
– o qual possui uma tecnologia de
terminação espiral. Um conector robusto
com classificação dupla para UL
1500 V, e uma nova linha de conectores
para o segmento de ESS (Energy
Storage System). Estas novidades estarão
disponíveis em nosso estande
na Intersolar 2023.
36
RBS Magazine
ENERGY SOLOUTIONS
MADE IN GERMANY
German Energy Solutions Initiative
German companies will present their products and technologies made
in Germany at the joint stand as part of an attractive programme.
In addition, information will be provided about the German energy
transition and the sustainable restructuring of the energy supply.
German Pavilion at Intersolar
South America in São Paulo, Brazil
29 – 31 August 2023
Booths W6.41 and W5.44, White Pavilion - Expo Center Norte
More information about the event:
german-energy-solutions.de/en
RBS Magazine 37
Artigo
A Consolidação
da GD no Brasil
Por: *Guilherme Chrispim
Os últimos anos foram de
crescimento expressivo
para o cenário da geração
distribuída no Brasil. De
2020 para cá, foram mais de 20 GW
adicionados de potência instalada,
marco regulatório e diversos outros
fatos importantes para o setor. A busca
por fontes sustentáveis, os incentivos
governamentais e as mudanças
no setor energético foram essenciais
para esse “boom” da GD, mas agora,
o momento é outro, ainda que ao final
do ano o Brasil apresente 26 GW
ou mais de capacidade de produção.
Se compararmos com o desenvolvimento
do ser humano, podemos
dizer que esses últimos três anos foram
como a adolescência da GD, o
período de crescimento, com muitas
novidades, incertezas e, sem dúvidas,
a estabilização desse modelo de geração.
Na atual conjuntura, começamos
a atingir a consolidação da GD
no Brasil, e esta curva deve se estabilizar.
Seguindo a linha de raciocínio,
neste panorama, devemos atingir a
maturidade dentro do setor.
Hoje, a geração distribuída está
presente em todos os estados do
Brasil, já ultrapassa 1 GW em oito
deles, alguns atingindo até 3 GW de
potência instalada. Recentemente,
atingimos a marca de 3 milhões de
unidades consumidoras: não há mais
dúvidas de que a GD é uma realidade.
O momento pede investimentos em
capacitação, certificação e qualidade,
pois, só assim, poderemos atingir a
maturidade e aproveitar todo potencial
que o sistema tem a oferecer em
um país com uma das maiores capacidades
em produção de energia solar
do mundo.
A Associação Brasileira de Geração
Distribuída (ABGD), por meio de
iniciativas como o “Road Show ABGD
Huawei”, que já capacitou milhares
de pessoas ao redor do Brasil em cursos
de energia fotovoltaica e do “Programa
Setorial de Qualidade” PSQ,
que certifica equipamentos como
inversores e módulos fotovoltaicos,
busca ser cada vez mais ativa em projetos
que possam elevar o nível dos
profissionais. Além disso, este conjunto
de iniciativas tem a intenção de
conscientizar a população e garantir
a qualidade dos equipamentos que
compõem os sistemas de GD no País.
Atingir essa tal maturidade, entretanto,
não significa que deixaremos
de crescer, mas, sim, que vamos
buscar evoluir com planejamento e
qualidade. Existem inúmeras oportunidades
a serem exploradas, lugares
onde a GD ainda não atingiu todo
seu potencial. Hoje, grandes estados
como Minas Gerais, São Paulo e Paraná,
lideram a categoria. Agora, é preciso
fazer com que os números cresçam
em outras regiões, como Norte
e Nordeste, onde há espaço para
ampliação de nossa atuação. Pensar
nas comunidades isoladas deste continental
país, nos sistemas off-grids e
micro redes como solução para uma
geração ainda mais distribuída!
Se antes a batalha era por regulação
e espaço dentro dos planos
do poder público, hoje, unidos pelo
mesmo propósito, poderemos alçar
diferentes voos. Nosso intuito, antes
de tudo, é beneficiar as pessoas, as
empresas e os empreendedores e
evoluir como setor, e garantir a segurança
energética, a redução de emissões
de gases de efeito estufa e o desenvolvimento
sustentável do País.
*Guilherme Chrispim é presidente da
Associação Brasileira de Geração Distribuída
(ABGD)
38
RBS Magazine
KIT PREMIUM
Módulos
fotovoltaicos
Estruturas
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Inversores
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proteção
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solar verde-amarelo para aterramento da estrutura e
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RBS Magazine 39
INFORMATIVO DE MERCADO
Em todas as edições da RBS Magazine, os dados da energia solar fotovoltaica no
Brasil e na região onde ocorre o Fórum GD serão apresentados aos leitores a ponto
que possam acompanhar o comportamento do mercado solar. Esta é uma
parceria entre a Revista Brasileira de Energia Solar e a CGP Engenharia &
Consultoria.
Como está o mercado de
energia solar em números?
ANÁLISE SOLAR DO BRASIL
GERAÇÃO
DISTRIBUÍDA
GERAÇÃO
CENTRALIZADA
GERAÇÃO CENTRALIZADA
Usinas de grande porte que produzem energia elétrica para
muitas unidades consumidoras, normalmente, localizadas
longe da geração.
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
70%
22,60 GW
30%
9,74 GW
Usinas solares elétricas junto ou próxima das unidades
consumidoras e os participantes podem fazer uso do Sistema
de Compensação de Energia Elétrica.
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
GRUPO A
GRUPO B
18%
4,12 GW
82%
18,50 GW
Em relação aos grupos tarifários, observa-se que o Grupo B referente a
baixa tensão é majoritário no Brasil. As informações em relação a
potência instalada apresentam uma proporção quase 4,5x maior no
Grupo B que no Grupo A.
Já em relação aos números de unidades consumidoras solares e os
grupos tarifários, o Grupo B tem uma distância ainda maior sendo quase 11
vezes maior que o Grupo A. Assim, como esperado, a Geração Distribuída
Brasileira se caracteriza por usinas solares de pequena potência e
amplamente pulverizada.
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL - POTÊNCIA E
UNIDADES GERADORAS DOS PRINCIPAIS ESTADOS
174.754
unidades
2,18 GW
251.085
unidades
3,03 GW
330.383
unidades
3,04 GW
259.184
unidades
2,30 GW
80.877
unidades
1,35 GW
4 2 1 3
5
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL
PRINCIPAIS CIDADES
23.126
unidades
206 MW
Campo Grande
MT
4
16.579
unidades
286 MW
Brasília
DF
2
37.556
unidades
806 MW
Florianópolis
SC
1
18.685
unidades
209 MW 18.406
Cuiabá
unidades
MT
185 MW
3
Teresina
PI
5
REGIÃO
BRASIL E SUAS REGIÕES
INSTALAÇÕES
SOLARES
POTÊNCIA (GW)
SUDESTE 719.364 7,42
SUL 514.815 5,84
NORDESTE 416.690 4,42
CENTRO OESTE 272.499 3,49
NORTE 122.527 1,46
40
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Energia Solar no Brasil
@cgp_consultoria
RBS Magazine
Escaneie QR-CODE
Como está o mercado de
energia solar em números?
ANÁLISE DA REGIÃO CENTRO OESTE
ESTADOS DO CENTRO OESTE - GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
37%
MATO
37%
GROSSO 1.307 MW
30%
GOIÁS 30%
1.032 MW
8%
DISTRITO
8%
FEDERAL 286 MW
25%
MATO GROSSO
25%
DO SUL 862 MW
PRINCIPAIS CIDADES CENTRO OESTE
TOP + 50MW
250.000
UCS SOLARES POR UNIDADE DE
CONSUMO
MUNICÍPIO
UNIDADES
GERADORAS
POTÊNCIA
INSTALADA (MW)
Brasília - DF 16.579 285,66
Cuiabá - MT 18.685 208,68
Campo Grande - MS 23.126 205,57
Goiânia - GO 17.100 177,94
Dourados - MS 10.425 88,73
Rondonópolis - MT 8.222 77,07
200.000
150.000
100.000
50.000
0
Residencial
Comercial
Rural
Industrial
Poder público
Sorriso - MT 3.847 74,34
Sinop - MT 5.705 73,34
Várzea Grande - MT 6.414 65,67
Rio Verde - GO 3.939 54,04
21 %
Remoto
POTÊNCIA SOLAR EM RELAÇÃO A
MODALIDADE
Anápolis - GO 4.966 53,65
Aparecida de Goiânia - GO 4.706 52,69
Na tabela é apresentada as 12 cidades da região Centro Oeste
que possuem potência solar instalada superior a 50 MWp.
Quatro dessas cidades são capitais de seus respectivos
estados, isso motivado pelo maior adensamento
populacional.
79%
Junto a carga
As outras modalidades juntas não alcançam nem 0,6% de
potência instalada.
REFERÊNCIA: BASE DE DADOS DA ANEEL, VISITADO NO DIA 31/07/2023
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RBS Magazine 41
Escaneie QR-CODE
FIXADORES PARA
PAINÉIS SOLARES:
garantindo eficiência
e sustentabilidade
Nos últimos anos, a energia solar tem ganhado destaque como uma opção sustentável
e econômica para suprir as necessidades energéticas. Nesse contexto, painéis solares
são elementos fundamentais, mas para garantir sua eficiência e durabilidade,
é essencial escolher os fixadores adequados
Dicas para escolher fixadores para
painéis solares
Ao adquirir fixadores para painéis
solares, alguns pontos devem ser considerados
para garantir uma instalação
segura e eficiente. A qualidade do material
é um fator crucial. Escolha sempre
fixadores fabricados com materiais
de alta resistência e durabilidade,
como o aço inoxidável, pois esse tipo
de material tem uma altíssima capacidade
de resistir à corrosão e à degradação
natural causada por intempéries,
passagem do tempo e mudanças de
clima que ocorrerão nos espaços abertos
onde um sistema de fixação solar
estará instalado.
Outro ponto importante é a compatibilidade
dos fixadores com o tipo
de painel solar e a estrutura em que serão
instalados. Considere fatores como
tamanho, peso e características específicas
do seu sistema. Certificações e
normas técnicas do segmento também
são pontos essenciais, portanto, certifique-se
de que os fixadores atendam
a todas as normas de qualidade e segurança
vigentes no setor. Nesse sentido,
certificações como a ISO 9001 podem
garantir que os produtos atendam aos
padrões ideais de fabricação.
Escolhendo um bom fornecedor
Além de considerar fatores
como tempo de atuação no segmento,
prazo de entrega, satisfação
dos clientes atendidos, tamanho
do porólio, preço e agilidade no
atendimento, um bom fornecedor
deve ser, acima de tudo, um bom
parceiro.
É recomendado levar em conta
se o fabricante ou fornecedor oferece
um suporte técnico especializado.
Para além da comercialização
simples, um apoio especializado na
hora da compra poderá auxiliá-lo na
escolha adequada dos fixadores, as
quantidades e dimensões ideais, além
de fornecer orientações sobre a i
nstalação correta.
Em adicional, pesquisar sobre a
reputação do fornecedor no mercado
é outro passo importante. Verifique se
ele possui um histórico sólido e confiável,
além de feedback positivo de
outros clientes, boas avaliações em
sites de busca ou redes sociais e uma
ampla variedade de soluções em seu
porólio, de modo que você também
garanta a conveniência de adquirir
todos os itens necessários para seu
projeto com um único fornecedor,
o que pode, inclusive, baratear sua
compra e simplificar o controle de
prazos do projeto.
Variedade é versalidade
Quando se pensa em um porólio
variado de soluções para fixação solar,
as possibilidades são inúmeras.
Fixadores para painéis fotovoltaicos
precisam contar com estruturas
consistentes e acabamentos de primeira
qualidade, justamente pela exposição
a fatores externos que estes fixadores
terão, além da necessidade de
garantirem uma segurança excepcional
e uma firmeza contra trepidações ou
afrouxamentos para possibilitar uma
vida útil maior e mais eficiente ao painel
como um todo.
Além disso, uma grande tendência
no segmento hoje em dia são os BIP-
Vs (Building Integrated PhotoVoltaics
(BIPVs), ou seja, sistemas fotovoltaicos
integrados diretamente às estruturas
arquitetônicas de um edifício. Para garantir
mais do que uma captação eficiente
de energia, mas também a proteção
e estabilidade do edifício como
um todo, eles precisam contar com
fixadores específicos e de alta qualidade.
O conceito dos Building Integrated
PhotoVoltaics (BIPVs) e sua importância
Os Building Integrated PhotoVoltaics
(BIPVs) são uma inovadora abordagem
na integração de sistemas de
geração de energia solar em estruturas
arquitetônicas. Diferentemente das
tradicionais instalações solares, que
são adicionadas posteriormente às
edificações, os BIPVs são projetados
desde o início para funcionar como
componentes essenciais da própria
construção. Esses sistemas fotovoltaicos
podem ser incorporados de maneira
discreta em fachadas, coberturas,
janelas e outras superfícies do edifício,
conferindo-lhes um caráter estético
e funcional.
A importância dos BIPVs está na
contribuição para a sustentabilidade
do ambiente construído. Ao integrar a
geração de energia solar diretamente
às edificações, é possível diminuir a dependência
de fontes não renováveis de
energia e, consequentemente, as emissões
de gases de efeito estufa. Além
disso, os BIPVs permitem uma maior
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RBS Magazine
autonomia energética para os edifícios,
tornando-os mais resilientes em relação
às flutuações do fornecimento de
energia da rede.
Para uma boa fixação destes elementos
desde o início da construção
de uma estrutura, considerando sua
exposição total a fatores externos,
uma boa dica é contar com fixadores
em aço inox passivado, o que garante
uma camada extra de proteção.
A Importância do aço inox passivado
No contexto dos BIPVs e fixadores
para painéis solares, o aço inox passivado
desempenha um papel significativo.
A passivação é um processo químico
que protege o aço contra a corrosão
e a oxidação, aumentando ainda mais
sua vida útil. Esse tratamento cria uma
camada de óxido protetora na superfície
do aço, impedindo a corrosão
causada por fatores ambientais e químicos.
O aço inox passivado oferece
vantagens significativas, como maior
resistência à corrosão em ambientes
agressivos, facilidade de limpeza e manutenção,
além de melhor aparência
estética.
Ao escolher fixadores de aço passivado,
você investe em durabilidade
e higiene, garantindo a integridade do
seu sistema de painel solar a longo prazo.
A INOX-PAR: líder em fixadores
para painéis solares em aço inox 100%
passivado
Uma empresa que se destaca na
fabricação de fixadores em aço inoxidável
com foco na fixação de estruturas
solares é a INOX-PAR. Somos especializados
na fabricação de fixadores
em aço inoxidável para estruturas solares,
incluindo BIPVs. Nosso compromisso
com a qualidade e a confiabilidade
dos produtos, aliado ao uso do
aço inox 100% passivado para garantir
maior durabilidade e higiene, nos tornam
uma escolha confiável e sustentável
para quem busca investir em fontes
de energia renovável e em um futuro
mais promissor.
Oferecemos suporte técnico especializado,
auxiliando na escolha dos
fixadores adequados para a instalação
de painéis solares ou BIPVs. Nossa
alta variedade de produtos possibilita
encontrar soluções sob medida para
atender às necessidades específicas
de cada projeto, muitas vezes a pronta
entrega, graças ao nosso amplo estoque
à disposição.
Além disso, a INOX-PAR possui
a certificação ISO 9001, o que atesta
nosso compromisso com normas internacionais
de Qualidade e Desenvolvimento
Sustentável.
Aqui, também valorizamos a sustentabilidade,
as políticas ESG e o desenvolvimento
sustentável, o que se
alinha perfeitamente aos princípios
dos BIPVs e dos fixadores especiais
para projetos de energia solar.
Adquirir tais produtos junto à INO-
X-PAR é investir em uma solução confiável
e eficiente para impulsionar a
transição para uma energia mais limpa
e renovável em qualquer ambiente.
Entre em contato conosco e
saiba como transformar essa
tendência em realidade.
Contato: 11 2488 2828
vendas@inoxpar.com.br
www.inoxpar.com.br
ANOS
RBS Magazine 43
Sunova lança módulo N-Type
para mercado brasileiro
A nova linha, ideal para sistemas residenciais e comerciais,
possui garantia de 30 anos
ASunova apresentou ao mercado,
no último semestre,
sua nova linha de módulos,
chamada de Tangra, focada
para o mercado brasileiro. O produto
possui garana de 30 anos e já está
disponível para comercialização no
país.
De acordo com a empresa, o baixo
coeficiente térmico do módulo
Thor N-Type faz que o equipamento
seja perfeitamente adequado para o
clima quente do Brasil.
“O Tangra é ideal para telhados
residenciais e comerciais, bem como
para sistemas montados no solo ou
flutuantes, ao usar o tamanho maior.
Suas células solares N-type não possuem
LID natural, o que pode aumentar
a geração de energia”, explica
Wellington Araújo, diretor regional
da Sunova Solar Brasil.
O novo painel pode ainda gerar
de 10 a 30% de energia adicional, em
comparação com os módulos P-type
convencionais, e é garantido pela fabricante
ter uma degradação no primeiro
ano inferior a 2,5%.
“A potência linear garantida pela
Sunova é superior a 84,8% em 25
anos ou, no caso dos módulos Thor,
até 87,4% em 30 anos”, comenta
Spring Huang, gerente regional da
América Latina.
Inovação a longo prazo
A fabricante Sunova, que está no
Brasil desde 2019, atingiu, recentemente,
1 GW de módulos instalados.
Para Araújo, o sucesso da marca é relacionado
em três pilares.
“Temos uma garantia de qualidade
de produto e processo de 15 anos,
que é destaque no mercado, o seguro
de nossas garantias com a Ariel-Re,
que dá confiança aos instaladores, e,
o mais importante, nosso forte suporte
técnico pré e pós-venda”, conta.
Ele ainda revela os planos a longo
prazo da companhia, que estabeleceu
como meta conquistar o Tier 1
no Brasil em 2023, pela proximidade
de relacionamento com o segmento
fotovoltaico e seus clientes.
“Com uma equipe de nove pessoas,
nós da Sunova Brasil estamos
sempre próximos de nossos clientes.
E enquanto estamos no caminho, já
fornecemos qualidade e confiabilidade
em termos de produtos e serviços
de um player de nível Tier 1”, enfatiza.
Sobre a empresa
A Sunova é uma empresa moderna
e de alta tecnologia, que integra
design fotovoltaico, recurso e desenvolvimento,
fabricação, vendas e serviços.
Atualmente, está comprometida
com o mercado distribuído global,
e está desenvolvendo e fabricando
novos produtos fotovoltaicos, incluindo
sistema de armazenamento
de energia, inversores e de desligamento
rápido.
A partir da fabricação de novos
produtos, a pretensão é que
no futuro a Sunova consiga desenvolver
mais mercados potenciais,
e com isso possa oferecer um serviço
completo aos clientes com
alta eficiência, alta qualidade e
preços acessíveis.
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RBS Magazine
The 1P Tracker by Soltec
soltec.com
PATENT PENDING
RBS Magazine 45
Você sabe como funciona
o FINAME baixo carbono?
Desde a edição
2021/2022, o
plano safra tem
disponível parte do
investimento para
sustentabilidade
e inovação, onde
inclui energia
fotovoltaica...
O
Plano Safra é um plano do
governo instituído em 2003
com o objetivo de fomentar
a produção rural brasileira.
Todos os anos, o governo federal
destina verbas para investimento ou
custeio, industrialização e comercialização
de equipamentos de produção
nacional. Trata-se do maior incentivo
financeiro para o agronegócio.
A edição do Plano (2021-2022),
apresentada pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
(MAPA), trouxe novidades para a
sustentabilidade no rural, ampliação
de recursos e mais opções de financiamento
para produtores rurais investirem
em geração de energia renovável.
O próximo plano Safra tem prazo
para lançamento no mês 06/2023,
com previsão de 400 bilhões para investimento
no setor, que podem ser
utilizados para aquisição de diversos
equipamentos e maquinários.
Desde a edição 2021/2022, o
plano safra tem disponível parte do
investimento para sustentabilidade
e inovação, onde inclui energia fotovoltaica.
Para ter acesso a essas
linhas de crédito é necessário que o
equipamento fotovoltaico possua o
código FINAME.
O FINAME é a agência reguladora
que ajuda a administrar as linhas
de financiamento disponíveis, para
a aquisição de sistemas de geração
e comercialização de energia solar,
tendo alguns requisitos, como por
exemplo, o gerador fotovoltaico precisa
ser completo e constituído por:
estrutura, cabos, conectores, módulos
nacionais, podendo somente o inversor
ser importado.
A Nexen possui o código necessário
para utilização das linhas de
crédito disponibilizadas pelo FINA-
ME através dos bancos credenciados,
como Sicoob, Banco do Brasil, Caixa
Econômica Federal, Cresol, Banrisul,
Bradesco e outros que atendam a sua
necessidade.
Além disso, a Nexen mantém por
até 60 dias o valor acordado aguardando
a liberação do financiamento.
Para trabalhar com essa modalidade,
é importante que você,
integrador conheça quais são
as regras, como pode aproveitar
esse benefício e oferecer ao
seu cliente.
Acesse nossas redes sociais para mais informações sobre
o Finame e como utilizá-lo, ou entre em contato com
nosso time comercial.
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RBS Magazine
RBS Magazine 47
CONFIRA NOSSOS PRÓXIMOS EVENTOS
FÓRUM GD
NORTE
20 E 21
SETEMBRO
BELÉM - PA
SOLAR
EXPERIENCE
27 E 28
SETEMBRO
CHAPECÓ - SC
FÓRUM GC
04 E 05
OUTUBRO
SÃO PAULO - SP
FÓRUM MOVE
29 E 30
NOVEMBRO
FORTALEZA - CE
CBGD/EXPOGD,
HIDROGÊNIO RENOVÁVEL
E ENERGY STORAGE
16 E 17
NOVEMBRO
BELO HORIZONTE - MG
6º CONGRESSO
NTERNACIONAL
DE BIOMASSA
25 E 26
OUTUBRO
ON-LINE
SOLAR EXPERIENCE
06 E 07
DEZEMBRO
FORTALEZA - CE
EVENTOS REALIZADOS!
SOLAR
EXPERIENCE
08 E 09
FEVEREIRO
SÃO PAULO - SP
FÓRUM GD
SUDESTE
01 E 02
MARÇO
VITÓRIA - ES
FÓRUM DE MEIO
AMBIENTE E
SUSTENTABILIDADE
NA AMAZÔNIA E
FÓRUM
CABONO NEUTRO
14 E 15
MARÇO
MANAUS - AM
4º FÓRUM DE
VALORIZAÇÃO
ENERGÉTICA DE
RESÍDUOS
04 E 05
ABRIL
BRASÍLIA - DF
FÓRUM GD
SUL
26 E 27
ABRIL
PORTO ALEGRE - RS
SOLAR
EXPERIENCE
24 E 25
MAIO
CUIABÁ - MT
FÓRUM GD
NORDESTE
28 E 29
JUNHO
NATAL - RN
FÓRUM GD
CENTRO-OESTE
09 E 10
AGOSTO
GOIÂNIA - GO
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