RBS Magazine ED 52
• Rio Grande do Norte registra crescimento em energia solar, mas vê desafios na geração distribuída • Como fica a geração remota para clientes residenciais após a lei 14.300 • Brasil chegará a 26GW em Geração de Energia Distribuída em 2023 • A certificação dos DPS • Módulos falsos: um risco de segurança e qualidade para usinas fotovoltaicas • O papel das baterias de armazenamento na geração distribuída: Tendências de mercado
• Rio Grande do Norte registra crescimento em energia solar, mas vê desafios na geração distribuída • Como fica a geração remota para clientes residenciais após a lei 14.300 • Brasil chegará a 26GW em Geração de Energia Distribuída em 2023 • A certificação dos DPS • Módulos falsos: um risco de segurança e qualidade para usinas fotovoltaicas • O papel das baterias de armazenamento na geração distribuída: Tendências de mercado
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Vol. 06 - Nº 52 - MAI/JUN 2023
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2023
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Energia Solar
ISSN 2526-7167
índice
Editorial
Olá, Amigos
Em sua 52ª edição, a RBS Magazine apresenta uma série de artigos e
informações importantes e pensadas com o propósito de amparar o setor
solar, em especial, as empresas integradoras que devem estar cada vez mais
preparadas ao competitivo mercado solar.
Atualmente, o Brasil alcança mais de 31 GWp de módulos solares, tanto
em geração distribuída como em geração centralizada, apresentando um
avanço significativo nesse setor, dados esses podendo ser explorados na segunda
edição do Informativo de Mercado.
Além disso, nesta edição iremos apresentar diversos temas voltados a
informar e apresentar novas possibilidades aos partícipes do setor solar. Começando
com a Entrevista do Editor, onde converso com a diretora de desenvolvimento
de negócios da UNICOBA, Zilda Costa, onde temos um papo
interessante sobre sistemas de armazenamento e seu impacto no mercado
solar. Além de uma matéria que reforça o setor de armazenamento elétrico e
sua aproximação do setor fotovoltaico.
Também nesta edição, tem a entrevista com a doutora em engenheira
agrícola Emanuelle Graciosa, apresentando as tendências do mercado de
energia e as possibilidades da bioenergia como fonte geradora de energia e
oportunidades.
Como o setor solar tem necessidade constante de aperfeiçoamento, uma
das matérias da nossa edição apresenta a necessidade e importância das
proteções elétricas e suas certificações para a maior segurança dos sistemas
solares.
Em um outro artigo é apresentado um problema que cada vez é mais presente
no mercado solar. A procedência e qualidade dos módulos solares é um
cuidado que todos os integradores devem ter para não entregar um projeto
de baixa qualidade que possam estragar a experiência do cliente final ou a
imagem da empresa.
Mais uma fantástica entrevista que está presente em nossa revista é a
com o Diretor do SENAI – RN, Rodrigo Mello, onde ele apresenta todo o potencial
da pesquisa voltada ao setor de energias renováveis e as contribuições
que instituto tem feito ao mercado, em especial, na capacitação de novos
recursos humanos para o setor.
Então, venha ler e compartilhar nossa RBS Magazine que possui também
outras matérias e artigos de excelente qualidade. Ela foi montada para que
as empresas do setor solar possam se capacitar e apresentar um diferencial
de mercado baseado em conhecimento cada vez mais necessário para vencer
neste competitivo setor!
Boa leitura e até mais!
Cassol – Editor RBS Magazine
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Rio Grande do Norte registra crescimento em
energia solar, mas vê desafios na geração
distribuída
Como fica a geração remota para clientes
residenciais após a lei 14.300
Prejuízos causados pela falta de utilização de
String Box CC em instalações fotovoltaicas
Brasil chegará a 26GW em Geração de Energia
Distribuída em 2023
A certificação dos DPS
Módulos falsos: um risco de segurança e
qualidade para usinas fotovoltaicas
O papel das baterias de armazenamento na
geração distribuída: Tendências de mercado
Expediente
Curitiba - PR – Brasil
www.revistabrasilsolar.com
EDIÇÃO
FRG Mídia Brasil Ltda.
CHEFE DE EDIÇÃO
Tiago Cassol Severo
JORNALISTA RESPONSÁVEL
Ingrid Ribeiro Souza
DIREÇÃO COMERCIAL
Tiago Fraga
COMERCIAL
Claudio Fraga, Luan Ignacio Dias
e Klidma Bastos
COMITÊ EDITORIAL
Colaboradores da edição
DISTRIBUIÇÃO
Carlos Alberto Castilhos
REDES SOCIAIS
Nicole Fraga
EDIÇÃO DE ARTE
Vórus Design e Web
www.vorusdesign.com.br
CAPA
Carolina Corral Blanco
APOIO
ABGD / TECPAR / WBA - Associação Mundial
de Bioenergia Solar / Instituto BESC / CBCN
/ Portal Brasileiro de Energia Solar / NEEAL
- Núcleo de Estudo em Energia Alternativa /
ABEAMA
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
Empresas do setor de energia solar
fotovoltaica, geração distribuída e energias
renováveis, sustentabilidade, câmaras
e federações de comércio e indústria,
universidades, assinantes, centros de
pesquisas, além de ser distribuído em grande
quantidade nas principais feiras e eventos do
setor de energia solar, energias renováveis,
construção sustentável e meio ambiente.
TIRAGEM: 5.000 exemplares
VERSÕES: Impressa / eletrônica
PUBLICAÇÃO: Bimestral
CONTATO: +55 (41) 3225.6693 - (41) 3222.6661
E-MAIL: contato@grupofrg.com.br
COLUNISTAS/COLABORADORES
Renata Moura, Tiago Cassol Severo, Felipe
Viotto, Borel Jr., Paulo R., Gomes, Thiago F.,
Teixeira, Renato J., Rodrigo Matias, Gilmar
Rodrigo, Marcelo Pereira, Jeser Siemiatkouski
A Revista RBS é uma publicação do
Para reprodução parcial ou completa das
informações da RBS Magazine - Revista Brasil Solar
é obrigatório a citação da fonte.
Os artigos e matérias assinados por colunistas e
ou colaboradores, não correspondem a opinião
da RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo
de inteira responsabilidade do autor.
RBS Magazine 3
Artigo
Rio Grande do Norte registra
crescimento em energia solar,
mas vê desafios na
geração distribuída
Por: Renata Moura
O
Rio Grande do Norte,
maior produtor brasileiro
de energia eólica
em terra e quinto no
ranking nacional em geração
centralizada solar fotovoltaica,
se prepara para novas frentes
de crescimento, mas, no campo da
geração distribuída (GD), enxerga
possibilidades de ritmo de forma
“embaçada”.
“O mercado enfrenta um cenário
de instabilidade e isso também está
se refletindo, claro, na busca por qualificação
profissional e no emprego”,
diz o diretor do SENAI-RN e do Instituto
SENAI de Inovação em Energias
Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello,
apontando a Lei 14.300/2022, regulamentada
em fevereiro deste ano pela
Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) e ainda objeto de discussões,
como epicentro das incertezas. O dispositivo
é o marco legal da Micro e
Minigeração Distribuída.
“A legislação mudou a partir de
dezembro de 2022 então precisamos
aguardar o novo ambiente legal para
enxergar o cenário e possíveis consequências
com mais clareza. É cedo
para estimar se o aquecimento que
vínhamos acompanhando nos últimos
anos vai continuar, se a atividade
vai se estabilizar ou até regredir”,
frisa o executivo.
O Rio Grande do Norte chegou,
em maio, a 429,6 Megawatts (MW)
instalados em geração distribuída,
uma evolução de 85% em comparação
a igual período de 2022, segundo
dados da Associação Brasileira de
Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)
disponíveis até 7 de junho. O segmento
engloba sistemas de geração
de energia para residências e outros
estabelecimentos de micro, pequeno
e médio portes.
Na geração centralizada, que inclui
usinas maiores, o avanço - entre
Enquanto o horizonte da GD parece incerto, na
geração centralizada de energia - considerado o mais
novo segmento do RN - as previsões são de expansão,
abrindo perspectivas no setor de empregos...
potência instalada e prevista - chegou
a 121,6%, elevando o total no estado
para 7.972,9 MW, o quinto maior
do país e quarto maior do Nordeste,
segundo ranking da ABSOLAR. O número
inclui 366,8 MW em operação,
666,4 MW em construção e 6.939,3
MW com construção não iniciada.
A expansão da atividade é avaliada
como “espetacular” pelo diretor
do SENAI-RN e do Instituto SENAI
de Inovação em Energias Renováveis
(ISI-ER). As instituições são, respectivamente,
os principais centros de
formação e de pesquisa aplicada do
SENAI no Brasil para as indústrias de
energias renováveis. “Mas o futuro
ritmo de investimentos, produção
e demanda na geração distribuída,
especialmente, é difícil de medir”,
acrescenta.
Emprego
Enquanto o horizonte parece incerto
para a GD, na geração centralizada
- segmento considerado mais
novo no RN - as projeções são de expansão,
o que abre, por consequência,
perspectivas também no campo
do emprego. “O setor, assim como
o de energia eólica, é intensivo em
mão de obra na fase de construção
e se desenvolve, via de regra, na região
semiárida do estado. Estimamos
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RBS Magazine
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RBS Magazine 5
Artigo
que uma grande diversidade de perfis
profissionais ainda será contratada
em diferentes fases dos empreendimentos”,
observa o diretor do SENAI.
“Para se ter ideia da dimensão
que estamos enxergando, a implantação
de um único parque de energia
solar no estado deverá alcançar mil
postos de trabalho este ano, considerando
desde o início da obra até a
finalização do comissionamento, previsto
para outubro. Uma parte dessas
pessoas já está em campo, mas
outras oportunidades surgirão e serão
necessárias pessoas qualificadas
para assumir esses postos”, exemplifica.
A demanda por profissionais
passa por áreas que vão desde construção
civil, preparação de estradas,
transporte de módulos, eletromecânica,
comissionamento de equipamentos
e de subestações, trabalho
típico de profissionais de eletrotécnica
e de engenharia elétrica, segundo
o executivo.
Só no Centro de Tecnologias do
Gás e Energias Renováveis (CTGAS-
-ER), do SENAI-RN, mais de 1.500
profissionais foram qualificados/as
nos últimos sete anos em cursos ligados
à energia solar, com destaque
para áreas como instalação de sistemas
fotovoltaicos, introdução às
tecnologias de geração fotovoltaica,
tecnologias e instalações de sistemas
fotovoltaicos e boas práticas de montagem
de estruturas metálicas para
usina solar fotovoltaica.
Os programas oferecem desde
conhecimentos básicos sobre o setor
até um mergulho aprofundado, em
uma especialização técnica, lançada
em 2022. As opções incluem, ainda,
uma certificação profissional inédita
no país, criada em parceria com a
Alemanha, para profissionais que estão
em campo.
“O ambiente de geração de energia
elétrica a partir das fontes renováveis
é o que mais gera empregos no
Rio Grande do Norte, do ponto de vista
de empregos industriais, e isso se
manterá assim pelo menos até o final
desta década para as fontes eólica,
solar centralizada e com novas fronteiras,
como a energia eólica offshore
(no mar), que vem aí, e a perspectiva
de utilização dessas energias limpas
para produção de hidrogênio”, acrescenta
Mello.
Condições naturais favorecem
desenvolvimento da indústria no estado
Condições naturais favoráveis a
essa indústria não faltam. Dados do
novo Atlas Eólico e Solar do Rio Grande
do Norte mostram abundância
não só do recurso eólico, mas também
de energia solar no RN.
Desenvolvido como fruto de um
Termo de Colaboração firmado entre
o governo, através da Secretaria
de Estado de Desenvolvimento Econômico
(Sedec), e a Federação das
Indústrias (FIERN), com execução do
SENAI-RN - por meio do Instituto SE-
NAI de Inovação em Energias Renováveis
(ISI-ER) - o documento aponta
onde estão as melhores áreas, com
informações inéditas sobre o potencial
do estado e regiões mais promissoras
para investimentos. É o primeiro
Atlas de energia solar do estado.
“O trabalho desenvolvido pelo
ISI mostra que temos uma relevante
capacidade em território potiguar,
de leste a oeste do estado, e é fundamental
para dar mais subsídios e
segurança à tomada de decisão das
empresas investidoras”, diz Rodrigo
Mello.
De acordo com as medições e
análises do Instituto, o Rio Grande do
Norte tem potência instalável de 82
Giga Watt pico (Gwp) para geração
de energia solar centralizada - geração
que inclui projetos acima de
5 Megawatts (MW), como usinas de
grande porte.
O valor estimado em potência
é mais de 2,5 vezes o consumo de
energia elétrica de todo o Nordeste
brasileiro em 2019. O número sobe
para 57 GWp de capacidade instalável
se considerados apenas terrenos
planos, o que corresponderia a aproximadamente
25 vezes o consumo
total de energia do estado em 2019.
Em geral, todas as áreas do RN
são muito promissoras para geração
de energia centralizada, segundo o
Atlas. A região intermediária de Mossoró
aparece, entretanto, como destaque,
com mais de 50% da capacidade
instalável total.
O Atlas destaca ainda que as condições
favoráveis no estado podem
viabilizar projetos híbridos eólico-solar
em municípios que já possuem
muitos parques eólicos em operação,
a exemplo de regiões como João Câmara
e Mossoró.
Pesquisadores e pesquisadoras
também avaliaram a integração sobre
açudes e lagoas monitorados. Os
estudos consideraram 10% da área
útil em um conjunto de reservatórios
e identificaram uma capacidade instalável
de 5,4 GWp, o que equivale a
80% do consumo residencial, comercial,
rural e industrial em 2019.
Para geração distribuída, o potencial
potiguar também é apresentado
como “abundante”. O potencial
de capacidade instalável é de mais de
718 Megawatts pico (MWp), o dobro
do que, em 2022, estava instalado
no estado. “Neste cenário”, estima o
Atlas, é possível gerar entre 1 e 1,3
TWh de energia, o que representa
quase 20% da energia consumida no
estado em 2019”.
Crescimento
O setor atravessou os últimos
anos em ritmo acelerado. De acordo
com dados da Associação Potiguar
de Energias Renováveis (Aper), o Rio
Grande do Norte teve 44.595 sistemas
conectados à rede entre 2015
e 2023, até o mês de abril, segundo
levantamento atualizado em maio.
Houve crescimento de 201,5% de
2020 para 2021; de 109,3% de 2021
para 2022; e de 19,5% de dezembro
de 2022 para abril de 2023.
Desde o ano passado, a geração
distribuída está presente nos 167
municípios do estado. Foram investidos
R$ 771,62 milhões na atividade,
no período. A partir de dados da Aneel,
a Associação também calcula que
81% das conexões estão em residências,
15% no comércio, 3% na classe
consumidora rural e 1% na indústria.
A quantidade de empregos diretos e
indiretos acumulada até este ano supera
12 mil.
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RBS Magazine
RBS Magazine 7
Artigo
Como fica a geração remota
para clientes residenciais
após a LEI 14.300
Tiago Cassol Severo, Diretor Executivo da CGP Engenharia & Consultoria
e Professor da Universidade de Caxias do Sul
RESUMO
O objetivo deste artigo é apresentar os principais pontos da Lei 14.300 – Marco Legal da Minigeração e Microgeração Distribuída, para projetistas
e vendedores que trabalham com sistemas solares na modalidade geração remota e unidades consumidoras residenciais ou de baixa tensão,
que são os responsáveis por uma fatia significativa das vendas em geração distribuída solar no Brasil.
INTRODUÇÃO
Com a Lei 14.300 em vigor desde 2022, o setor de geração
distribuída, em especial a energia solar, começou a
sentir suas modificações e atualizações a partir dos novos
orçamentos de conexão datados posteriormente ao dia
07 de janeiro de 2023, data em que o prazo de vacância
de um ano se extinguiu. Esta lei é um avanço para o setor
de geração distribuída e, mesmo com a turbulência na
definição de algumas regras e o aguardo do “Encontro de
Contas” previsto para o mês de julho de 2023, ainda tem
trazido novas oportunidades aos investidores da cadeia
de energia solar.
Figura 01 – (a) Número de UCs de acordo com a classe de consumo e
(b) UCs de acordo com a modalidade de geração.
FONTE: ANEEL, Junho 2023
Como já é observado, este novo cenário do setor
elétrico, trará a necessidade de qualificação e atualização
constante dos profissionais do setor solar, visto que
as regras são mais aprimoradas e tem a necessidade de
mais conhecimento técnico de dimensionamento e dos
fundamentos do setor elétrico por parte das empresas do
ramo. Assim, esse artigo tem o objetivo de esclarecer os
impactos da Lei 14.300 na microgeração remota voltado
as unidades consumidoras (UC) de baixa tensão.
Para justificar as escolhas e análises, foram observadas
que as UCs residenciais, até a escrita desse artigo,
totalizavam 1.557.281 das instalações fotovoltaicas brasileiras,
resultando em um mercado equivalente a 75%
de todas as classes de consumo, conforme a Figura 01.
Deste número de UCs residenciais, é possível observar
que o modelo de geração remoto representa 15,8% de
adesão pelos investidores, totalizando 245.775 UCs que
recebem excedentes de origem de sistemas fotovoltaicos
instalados em residências. Tendo isso em vista, na mo-
dalidade de geração remota o fator simultaneidade dos
sistemas solares tem uma relevância menor nas análises
dos custos. Entretanto, o custo de disponibilidade (CD) e
a cobrança da TUSD – Fio B devem estar totalmente compreendidos
pelos projetistas e vendedores de kits solares
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RBS Magazine 9
Artigo
nas apresentações aos seus clientes
que desejam investir nesta modalidade.
Figura 02 – (a) Enquadramento das unidades consumidoras e
(b) cobrança da TUSD Fio B de acordo com o enquadramento.
PONTOS RELEVANTES A PROJE-
TOS RESIDENCIAIS
Como já deve ser de conhecimento
do leitor, o setor solar em formato
de geração distribuída está tendo
que se habituar com os termos citados
na Lei 14.300 e nas notas técnicas
liberadas pela ANEEL, tanto para
um dimensionamento de um sistema
solar quanto para a apresentação de
um novo projeto. Então, os sistemas
solares e as unidades consumidoras
cadastradas a receber os excedentes
de energia com o pedido de orçamento
de conexão protocolado antes
do dia 07 de janeiro de 2023, foram
enquadradas como GD I e possui o
Direito Adquirido. Assim, essas unidades
consumidoras permanecem com
a total compensação da TUSD e não
terão cobranças adicionais pelo uso
do Fio B da distribuição.
Entretanto, se a unidade consumidora
pediu o orçamento de conexão
após o dia 07 de janeiro, ela
será enquadrada como GD II ou GD
III, com uma cobrança da TUSD – Fio
B até 2028/2030 e, depois deste prazo,
a implementação das regras da
ANEEL que serão definidas pelo Encontro
de Contas. Neste artigo serão
analisados os impactos na GD II, mas
o resumo de qual enquadramento a
unidade consumidora do seu cliente
se encontra e como ficam definidas a
cobrança da TUSD – Fio B para cada
um deles pode ser visto na Figura 02.
Assim, para explicar os impactos
da Lei 14.300 na geração remota foi
utilizado uma residência, bifásica,
com um sistema solar instalado e
doravante conhecida como unidade
consumidora geradora (UC Geradora)
e mais três unidades consumidoras
beneficiárias, UC 01, UC 02 e UC
03, também bifásicas, mas sem um
sistema solar ou qualquer outro tipo
de geração renovável, que poderiam
ou não receber os excedentes da UC
Geradora, conforme a Figura 03.
A UC Geradora gera energia que
pode ser usada de forma simultânea
ou para ser injetada na rede elétrica
como excedente, se essa usada
* Até a data de submissão do artigo não foi liberado pela ANEEL as regras para o “Encontro de Contas”.
FONTE: Autor, Junho 2023
Figura 03 – Modalidade de geração remota com quatro UCs,
sendo uma a UC Geradora e as outras três as UCs beneficiárias.
dentro do mesmo ciclo de faturamento
da concessionária. Se esses
excedentes não forem utilizados pela
UC Geradora, eles se convertem em
créditos para serem consumidos em
até cinco anos. A fatura de energia
dessa UC Geradora vai ser relativo
à geração do sistema solar menos o
consumo. Entretanto, se ainda tiver
um consumo residual ao final do ciclo
de faturamento, os excedentes injetados
ou os créditos acumulados de
outros ciclos, se assim houver, poderão
ser utilizados para abatimento da
conta final. Assim, o valor da fatura
de energia poderá ter ou não o impacto
da cobrança da TUSD – Fio B e
depende de análise de cada caso.
FONTE: Autor, Junho 2023
Já as unidades beneficiárias que
recebem os excedentes da UC Geradora
poderão abater o seu consumo
de forma integral ou parcial. Se ainda
sobrarem excedentes oriundos
da UC Geradora na UC beneficiária,
após o fechamento do ciclo de faturamento,
eles serão convertidos em
créditos das UCs beneficiárias para o
uso em até cinco anos, também. Convém
lembrar que qualquer uma das
unidades consumidoras acima mencionadas,
tanto a energia injetada,
o excedente de energia ou o crédito
deverão ser utilizados até o limite
mínimo faturável, em moeda (R$),
relativo ao faturamento da unidade
consumidora desde que seja maior
ou igual ao valor mínimo faturável
da energia, isto é, o custo de disponibilidade,
conforme expresso na Lei
14.300.
A cobrança ou não da TUSD – Fio
B é ligada diretamente ao custo de
disponibilidade e pode ser mascarada
se o valor, em moeda, for inferior
ao, também, valor em moeda, do custo
de disponibilidade (CD). Na Figura
04 é apresentado o custo de disponibilidade
para os padrões de entrada
vigentes para o Grupo B, monofásico,
bifásico e trifásico, para a concessio-
10
RBS Magazine
Artigo
nária RGE, usando os tributos fixos de
17,00% para o ICMS e 4,60% para o
PIS e o COFINS.
Cabe lembrar que a Lei 14.300
não traz menções as tributações estaduais
e federais da energia elétrica,
tanto consumida como gerada pela
UC, mas esta cobrança é diferenciada
em ambas as situações e precisa
ser compreendida pelos projetistas
solares. Para a compreensão parcial
da tarifação sobre a energia elétrica,
cabe lembrar que o custo da energia
elétrica, isto é, os R$ por kWh é igual
a soma da Tarifa de Energia (TE) mais
a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição
(TUSD) mais as incidências
tributárias que seguem a seguinte
equação (1).
Pelas regras videntes de tributação
do ICMS, a energia elétrica consumida
diretamente pela rede elétrica
tem incidência do ICMS, entretanto a
energia elétrica injetada na rede elétrica
e requerida para abatimento do
consumo não possui essa incidência,
tendo assim um valor, em moeda, ligeiramente
menor que o anterior. De
forma resumida e objetiva, a energia
injetada tem um valor, em R$, menor
que a energia consumida mesmo que
os seus valores unitários em energia,
dados em kWh, sejam os mesmos.
Seguindo o pensamento anterior,
um projeto de geração remota
onde há uma UC Geradora mais três
UCs beneficiárias, em um determinado
mês, o sistema fotovoltaico da UC
Geradora produziu 1000 kWh com
uma simultaneidade com a carga de
20%, resultando em 800 kWh de excedentes.
Como o consumo desta UC
Geradora é de 300 kWh, ela terá 200
kWh abatidos de forma simultânea e
sem cobrança da TUSD Fio B por não
ter injeção e não fazer uso da infraestrutura
da concessionária. Mesmo
assim, ainda sobrarão 100 kWh para
abater e que sairão dos excedentes
de energia injetados pelo sistema fotovoltaico.
Esses 100 kWh oriundos da energia
injetada e requerida novamente
pela UC Geradora, fez uso da rede
elétrica de distribuição e terá inci-
dência do custo percentual da TUSD
– Fio B. Na RGE, o custo da TUSD Fio
B é de, aproximadamente, 34,7% da
soma da TE mais da TUSD, resultando
em R$ 0,2508 (sem impostos) ou
R$ 0,3167 (com impostos). Como há
um percentual crescente na cobrança
da TUSD Fio B anualmente, definido
pela Lei 14.300, na Figura 05 são
mostrados os valores cobrados pelo
fio da concessionária e a comparação
com o custo de disponibilidade (CD)
de uma rede bifásica.
Se o comportamento do consumo
elétrico da UC Geradora for
mantido e desprezando variação de
irradiação do local e a depreciação
da geração do sistema fotovoltaico
nessas análises, a tendência é que
esta unidade só venha a pagar o valor
do custo de disponibilidade com a Lei
14.300, caso similar a antiga RN 482,
já que o valor da TUSD Fio B é inferior
a essa cobrança mínima para custeio
da distribuidora. Convém lembrar
que somado ao CD (ou os custos da
TUSD Fio B proporcional), a fatura de
energia da UC Geradora irá vir também
com as cobranças de iluminação
pública e a bandeira vigente naquele
período.
Seguindo o pensamento, ainda
haverá 700 kWh injetados na rede
elétrica pela UC Geradora que poderão
ser rateados com as três UCs beneficiárias.
Conforme relatado pela
ANEEL, compete a responsabilidade
ao titular da UC Geradora informar
à distribuidora local o percentual da
energia excedente a ser destinada as
UCs beneficiárias ou, se assim desejar,
a ordem de prioridade de recebimento
desses excedentes entre as
UCs caracterizadas como autoconsumo
remoto.
Então, se tais UC 01, UC 02 e
UC 03, locadas na mesma concessionária
da UC Geradora, consumirem
no mesmo mês de análise, 250
kWh, 200 kWh e 180 kWh, respectivamente,
terão assim um consumo
de 630 kWh que poderá ser abatido
100% pelos excedentes de energia
gerados pela UC Geradora. Assim, vamos
analisar qual o valor a ser pago
por cada UC beneficiária presente
na Figura 06.
Figura 04 – Custo de disponibilidade (CD) para os três padrões de entrada
vigentes para o Grupo B, na RGE, com e sem incidência tributária.
FONTE: Autor, Junho 2023
Figura 05 – O valor dos 100 kWh injetados e requeridos para abatimento da fatura de energia da UC
Geradora comparados com o Custo de Disponibilidade (CD Bifásico) para essa situação proposta
e sem reajuste da inflação em um determinado mês do ano vigente.
* Até a data de submissão do artigo não foi liberado pela ANEEL o “Encontro de Contas”. Então, a partir
de 2029 foi instituído 100% da TUSD Fio B para este artigo. FONTE: Autor, Junho 2023
Figura 06 – O valor do uso dos excedentes para abatimento da fatura de energia das UCs beneficiárias
comparado com o Custo de Disponibilidade (CD Bifásico) para essa situação proposta e
sem reajuste da inflação em um determinado mês do ano vigente.
* Até a data de submissão do artigo não foi liberado pela ANEEL o “Encontro de Contas”.
Então, a partir de 2029 foi instituído 100% da TUSD Fio B para este artigo. FONTE: Autor, Junho 2023
RBS Magazine 11
Artigo
Observa-se que somente após
dois anos que a UC 01 irá ter um valor
ligeiramente maior que o CD e
pagará pelo uso da infraestrutura da
rede elétrica, isto é, TUSD Fio B. As
outras UC 02 e UC 03 seguem a mesma
tendência nos anos posteriores.
Convém lembrar que cada UC beneficiária,
por não ter um sistema solar
instalado, fará uso dos excedentes da
UC Geradora e não terá simultaneidade.
Assim, haverá a tendência que
os custos da TUSD Fio B sejam mais
significativos, em especial, quando
a sua porcentagem de cobrança for
mais expressiva.
Um ponto importante a se ressaltar
neste caso, é que os excedentes
enviados para abatimento das
UCs beneficiárias não foram abatidos
completamente neste determinado
ciclo de faturamento. Então,
deve-se atentar que dependendo
da alocação desse excedente, o seu
restante fica como créditos na unidade
a que foram destinados e
não retornam à UC Geradora, podendo
ser usado também por até
cinco anos.
Agora, analisando a UC Geradora
e as UCs beneficiárias, a Figura 07
traz a comparação entre os custos da
Geração Remota para o caso apresentado
em comparação com o mesmo
número de UCs sem energia solar
e com o mesmo comportamento de
consumo elétrico durante os próximos
seis anos.
Com as análises trazidas, deixa-se
claro que mesmo com a incidência
do custo da TUSD Fio B instalar
um sistema fotovoltaico no
modelo de geração remota ainda
é um ótimo investimento. Mesmo
não comparando com o capital de
investimento para a instalação do
sistema solar para o caso proposto,
observa-se que no pior cenário as
UCs com energia solar irão pagar menos
que 30% do que pagariam sem
energia solar.
Lembrando o fato que um sistema
solar, bem instalado e com suas
devidas manutenções, tem uma durabilidade
superior a 25 anos, este investimento
é favorável e sua economia
poderá trazer diversas vantagens
aos seus investidores.
Figura 07 – Comparação dos custos da GD Remota Solar com quatro unidades consumidoras sem o
benefício da energia solar, não considerando os custos de bandeira, iluminação pública e reajustes de
inflação em um determinado mês do ano vigente.
* Até a data de submissão do artigo não foi liberado pela ANEEL o “Encontro de Contas”. Então, a partir
de 2029 foi instituído 100% da TUSD Fio B para este artigo. FONTE: Autor, Junho 2023
CONCLUSÕES
Este artigo não tem a pretensão
de finalizar o estudo da geração remota
solar já que pontos ainda não
estão totalmente esclarecidos pela
ANEEL, como a possível cobrança da
TUSD G no Grupo B, que ainda trazem
confusão e uma interpretação
não condizente com a Lei 14.300
pela agência. Mesmo assim, ele serve
como um catalizador de reflexões
sobre o tema, onde as empresas integradoras
deverão estar em constante
estudo sobre as atuais normas do setor
elétrico.
Um ponto a ressaltar que neste
artigo foi feita uma simulação em um
modelo estacionário de geração e
consumo, onde a variação de geração
solar e o consumo da UC não foram
levadas em conta de forma extensiva
e para cada particularidade do
mês. Isso porque, esse material tem
o interesse de informar o leitor sobre
como trabalhar em seus projetos os
possíveis impactos da Lei 14.300 no
modelo de geração remota solar em
clientes de microgeração, classe residencial
e apresentar evidências que a
Lei ainda deixa a energia solar como
um belo investimento aos interessados.
Aconselha-se as empresas solares
sempre estarem atentas as novas
tecnologias, que mesmo ainda pouco
disponíveis, serão cada vez mais
representativas com os anos para
mitigar os impactos da cobrança da
TUSD Fio B, como o uso de sistemas
de armazenamento de energia ou sistemas
de monitoramento e controle
de geração, e abrirão novas oportunidades
para o setor de energia solar.
Um outro ponto que sempre merece
atenção é o “Encontro de Contas”,
previsto para julho de 2023 e
que durante o desenvolvimento deste
artigo ainda não estava disponível
para análise. Só com ele, será possível
conhecer o cenário de como a
energia solar, em formato de geração
distribuída, irá se comportar após os
anos 2029/2031.
Reforça-se à empresa solar se
manter atenta as informações liberadas
pelo setor de energia, em especial
pela ANEEL, mantendo a leitura
dos materiais produzidos por especialistas
e profissionais competentes.
Tais materiais e seu estudo aumentarão
a assertividades das empresas
em entregar os melhores projetos,
com maior segurança ao cliente final
que teve o interesse em investir na
fonte solar.
REFERÊNCIAS
Lei 14.300 – Marco Legal da Microgeração
e Minigeração Distribuída,
disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2019-2022/2022/lei/L14300.
htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%20
14.300%2C%20DE%206%20DE%20
JANEIRO%20DE%202022&text=Institui%20o%20marco%20
legal%20da,1996%3B%20e%20
d%C3%A1%20outras%20provid%-
C3%AAncias – visitado no dia 15 de j
unho de 2023
Dados do Setor de Geração Distribuída,
disponível em:
https://app.powerbi.com/
view?r=eyJrIjoiY2VmMmUwN2Q-
tYWFiOS00ZDE3LWI3NDMtZDk0N-
GI4MGU2NTkxIiwidCI6IjQwZDZ-
mOWI4LWVjYTctNDZhMi05Mm-
Q0LWVhNGU5YzAxNzBlMSIsImMiOjR9
– visitado no dia 15 de
junho de 2023.
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Artigo
Prejuízos causados pela
falta de utilização de
STRING BOX CC em
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Por: Engenheiro Felipe Viotto
"
O NICHO DE INVERSORES FOI UM DOS
PRINCIPAIS A BUSCAR APRIMORAMENTO
DOS PRODUTOS...
"
Aadesão dos consumidores
à sistemas de
energia solar fotovoltaica
cresceu exponencialmente
ao longo
dos últimos anos, trazendo
inúmeros benefícios ao setor e
ao planeta.
Consequentemente, os fabricantes
dos componentes do
sistema travaram saudáveis embates
entre concorrência a fim
de trazer inovações ao mercado,
aprimorando quesitos construtivos
e de estética de seus
equipamentos.
O nicho de inversores foi
um dos principais a buscar aprimoramento
dos produtos. Porém,
infelizmente um dos discursos
utilizados para elevar a
qualidade das marcas evidencia
a proteção interna/integrada
ao equipamento como um diferencial,
exonerando a obrigatoriedade
da utilização de mecanismos
externos de proteção
(como as String Box CC). Porém,
ao possuir proteções integradas
os inversores não agregam um
diferencial, e sim cumprem com
requisitos normativos básicos
(em concordância a norma de
instalação de sistemas fotovoltaicos
– NBR 16690 -, e à NBR
5419 para proteção contra descargas
atmosféricas).
Quais são as proteções utilizadas
em sistemas fotovoltaicos?
Certamente todos da área
elétrica já se depararam com
a expressão de que “A melhor
proteção é um dimensionamento
feito da maneira correta”, e
a frase possui o seu aspecto de
veracidade. Entretanto, além de
um bom projeto temos também
a responsabilidade com a instalação
de componentes externos
ao sistema fotovoltaico, os
quais garantem a plena operação
do circuito com a segurança
do funcionamento e das pessoas
as quais possam ter contato
direto com o sistema. Tais proteções
são:
• String Box CA - caixa de
proteção composta por:
1. Um disjuntor de curva C, dimensionado
de acordo com a
corrente máxima de saída do
inversor, e pela distância até o
ponto de conexão do sistema;
2. DPS’s CA, com fatores de
proteção e tensão nominal de
operação a ser dimensionados
de acordo com as características
da instalação, levando em
conta os itens da NBR 5419 e
NBR 5410.
• String Box CC: caixa de
proteção composta por:
1. Chave seccionadora, a ser
dimensionada de acordo
com a corrente de operação
dos arranjos de módulos que
por ela passarem;
14
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RBS Magazine 15
Artigo
2. DPS’s CC a ser dimensionados
em concordância com a
NBR 5419 e NBR 5410.
Obs.: Algumas configurações
podem contar com a proteção
adicional de fusíveis para
a proteção de sobrecorrente e
curto-circuito.
Além dos itens acima citados,
é importante assegurar
que a instalação do sistema
possua um bom aterramento
com equipotencialização dos
componentes da instalação,
(de acordo com o item 6.4.4
Condutores de equipotencialização
da norma ABNT 16690) haja
visto que em uma situação de
surto, este será conduzido para
a terra. Se não houver boas condições
para escoamento deste
surto, certamente ocorrerão
danos ao funcionamento dos
componentes do sistema com
possibilidade de extensão de
riscos gerados à segurança de
pessoas.
Com a evolução das tecnologias
de confecção dos inversores
fotovoltaicos, fabricantes a
nível internacional empregaram
a narrativa de que os referidos
componentes já possuem proteções
integradas aos equipamentos.
Desta forma, o mercado de
integradores e instaladores de
sistemas fotovoltaicos alimentou
o argumento de que não era
necessária a proteção instalada
de forma externa aos inversores,
dado que esses já possuíam
de forma integrada os DPS’s e
chave seccionadora.
Para refutar este argumento,
é importante que se observe
o item 4.3.3 da NBR 16690,
o qual traz os aspectos construtivos
e de montagem dos circuitos
fotovoltaicos com um ou
mais arranjos de módulos.
De acordo com a imagem
acima, extraída do texto da norma,
temos que a caixa de junção
composta de dispositivos de
proteção contra sobrecorrente
do arranjo fotovoltaico (geralmente
DPS e/ou fusíveis) estará
disposta de forma externa à
UCP (unidade de condicionamento
de potência, ou inversor
fotovoltaico).
Além desta informação, temos
também no item 6.3.5.2.1
“Uso e localização dos DPSs” da
NBR 5410 a seguinte informação:
4. Quando os DPS fizerem parte
da instalação fixa, mas não
estiverem alojados em quadros
de distribuição (por exemplo,
incorparados a tomadas de corrente),
sua presença deve ser
indicada por meio de etiqueta,
ou algum tipo de identificador
similar, na origem ou o mais
possível da origem do circuito
no qual se encontra inserido.
Logo, com a aplicação de
DPS no circuito construtivo interno
do inversor, há a necessidade
de demonstração clara
e direta, na etiqueta ou o mais
próximo possível do inversor,
do emprego dos componentes
feitos desta maneira. Porém,
consultando as etiquetas dos inversores
comumente instalados
a nível nacional, não é possível
identificar tal informação conforme
requerido em norma.
Oneração financeira dos
clientes pela falta da instalação
de proteções externas ao inversor:
Conforme itens anteriores
deste artigo, observaram-se
todas as transgressões norma-
16
RBS Magazine
The 1P Tracker by Soltec
soltec.com
PATENT PENDING
RBS Magazine 17
Artigo
tivas e os equívocos obtidos
pela falta de utilização das proteções
externas aos inversores
fotovoltaicos. Mas, neste trecho
em específico, será descrito
o prejuízo causado ao cliente
final ao excluir a utilização
das proteções.
1. Termo de garantia dos
inversores fotovoltaicos:
Neste documento, estão
descritos todos os fatores os
quais asseguram ou vetam uma
situação de enquadramento em
garantia dos inversores.
Um dos itens que compõem
esses documentos chama-se
“Exclusões de garantia”, responsável
por vetar situações as
quais a fabricante terá de arcar
com a manutenção do equipamento,
sem gerar custos ao
cliente. Realizando um breve
levantamento com as maiores
marcas de inversores a nível nacional”,
observa-se que em todos
os termos de garantia (sem
exceção) consta alguma cláusula
excluindo da garantia problemas
provenientes de descargas
atmosféricas, surtos de tensão
ou demais fontes de problemas
externos, de força maior. Com
isso, se a proteção interna do
inversor atuar, o cliente final
terá de custear todo o processo
que envolve o conserto do item,
sendo:
• Visita do integrador ao
local, para avaliação do
problema e posterior retirada
do equipamento;
• Embalagem
do item, e frete
de ida para a fabricante;
• Manutenção
do inversor em
bancada (englobando
peças e
custo de mão
de obra), feito
na fabricante ou
assistência autorizada;
• Frete de retorno do inversor
até o local de instalação;
• Nova visita do integrador,
para reinstalação e
comissionamento do inversor;
Além dos fatores acima, temos
a principal oneração que é
a insatisfação do cliente com o
prejuízo financeiro por deixar
de gerar energia no período de
conserto, que varia de 1 a 2 meses
em média (contando com
todas as etapas acima transcritas).
2. Simulação de prejuízo gerado
por atuação de proteções
internas de um inversor:
Para fins de esclarecimento
e elucidação do conteúdo abordado,
considerar as informações
abaixo para um exercício
prático:
• Um inversor de 75kWp
de potência;
• 30 dias como período de
um mês completo;
• HSP médio de 5;
• Perda estimada de projeto
de 23%;
• Custo médio do kWh em
R$0,85.
Conforme organograma
acima, constata-se que a oneração
causada pela atuação das
proteções internas do inversor
pode chegar a 50% do valor do
próprio componente (considerando
apenas o prejuízo financeiro
por perda de geração). Se
considerarmos todas as etapas
de acionamento de conserto
anteriormente descritas, o prejuízo
pode ultrapassar até 60%
do valor do inversor. Além disso,
o custo estimado da utilização
de string box CC externa ao
inversor representa um acréscimo
de apenas 2% em relação
ao custo total de aquisição do
sistema. Logo, além do enorme
prejuízo causado ao cliente
final, este receberá um equipamento
consertado em bancada,
tornando-se seminovo.
Com isso, tem-se as maiores de
todas as perdas, que são a frustração
e insatisfação do cliente
final.
Considerando todos os argumentos
esclarecidos neste
artigo, evidencia-se a necessidade/obrigatoriedade
normativa
e financeira do uso de proteções
do inversor (com string box
CC e CA externas) para assegurar
o retorno do investimento
do cliente final e do integrador.
Assim problemas inesperados
como assunção do prejuízo por
um acionamento de conserto
do inversor, além de perda de
novas indicações de negócios
dos clientes devido a insatisfação
causada pelo problema com
o equipamento.
18
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SAIBA MAIS
RBS Magazine 19
Brasil chegará a 26GW
em geração de energia
distribuída em 2023
Preocupação com produção a partir de matrizes limpas, em razão das mudanças climáticas,
além da autoprodução para diminuir custos de empresas e de residências, fez a modalidade
chegar a 21,68GW em junho. País deverá investir R$ 38 bilhões ao longo deste ano
Até o final de 2023, o Brasil atingirá
entre 25 e 26GW de capacidade
instalada em Geração
de Energia Distribuída, modalidade
na qual o consumidor produz
sua própria energia consumida, considerando
seus diversos tipos: solar, eólica,
biomassa e biogás, CGHs e outras.
Em maio, o país já atingiu a marca de
21 gigawatts de produção a partir da
Energia Distribuída, quantidade suficiente
para abastecer 10,5 milhões de
residências ou cerca de 42 milhões de
pessoas, o equivalente a cerca de 20%
de toda a população brasileira. Neste
começo de junho, a Geração Distribuída
já chegou a 21,68GW.
Se este ritmo de crescimento se
mantiver, os investimentos ao longo
do ano devem somar mais de R$ 38
bilhões no país nesta modalidade de
energia. A preocupação com as mudanças
climáticas e o interesse em diminuir
os custos com energia elétrica
são duas pautas importantes para a sociedade
brasileira hoje. Estes números
só comprovam esta tendência de buscar
fontes de energia eficientes e dos
consumidores brasileiros se tornarem,
ao mesmo tempo, produtores autossuficientes
de energia renovável.
São Paulo, um dos estados mais
populosos e economicamente desenvolvidos
do Brasil, alcançou recentemente
um marco importante no setor
de energia: atingiu a impressionante
marca de 3 gigawatts (GW) de capacidade
de geração distribuída. Esse feito
reflete o compromisso do estado em
promover a transição para fontes de
energia mais limpas e sustentáveis.
Em 2022, o estado de São Paulo
foi que mais agregou potência ao sistema
elétrico nacional com 1,1 GW –
à frente de Minas Gerais (844 MW) e
Rio Grande do Sul (830 MW), segundo
e terceiro colocados, respectivamente.
Em março de 2023, outra conquista
importante para os paulistas, o estado
ultrapassou Minas Gerais e tornou-se o
líder em GD no Brasil.
A geração distribuída refere-se à
produção de eletricidade a partir de
fontes renováveis em pequena escala,
instaladas em residências, comércios,
indústrias e propriedades rurais.
Essa forma de geração de energia tem
se tornado cada vez mais popular em
todo o mundo, devido aos benefícios
ambientais, econômicos e sociais que
proporciona.
Em São Paulo, a geração distribuída
tem se expandido rapidamente nos
últimos anos, impulsionada por incentivos
governamentais, como a isenção
de impostos e tarifas especiais para os
geradores. Além disso, a conscientização
sobre a importância da sustentabilidade
e a busca por redução nos
custos de energia têm motivado os
moradores e empresários a adotarem
sistemas de geração distribuída.
Outro estado importante economicamente
no Brasil, o Rio de Janeiro,
tornou-se um dos nove no país a ultrapassar
a marca de 100 mil unidades
consumidoras (ou UCs, que podem
ser residências familiares, como casas,
apartamentos, comércios, entre outras),
que se valem da geração própria
de energia, também conhecida por geração
distribuída (GD), juntando-se a
São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco,
Paraná e Rio Grande do Sul.
A classe consumidora predominante
no estado é a residencial, representando
aproximadamente 90%
dessas UCs, o que mostra uma disposição
muito grande da população carioca
a investir seus próprios recursos
em energia renovável. Logo atrás vem
as conexões comerciais, que representam
7% das UCs, seguida pelas conexões
rurais que representam 2%.
O crescimento acelerado da GD no
país conta com a conscientização da
população sobre o assunto. A previsão
é de que o Brasil coloque cerca de 8
GW em potência de GD nesse ano. O
Rio de Janeiro desempenha papel importante
nesse crescimento, e o resultado
mostra que os cariocas estão preocupados
com o meio ambiente e com
a diminuição dos custos com energia.
Assim como em grande parte dos
estados, a energia solar é a mais utilizada
pelos “prossumidores” (contração
de produtores e consumidores de
energia). A evolução da geração própria
de energia passa principalmente
pelos benefícios oferecidos por essa
modalidade, em diferentes aspectos.
Para os consumidores, a GD se tornou
uma alternativa para garantir previsibilidade
e baixar custos, além de contribuir
para a transição energética. A
Lei 14.300 que institui o marco legal
da micro e minigeração distribuídas foi
um importante passo para o desenvolvimento
destas modalidades de produção
energética no país.
Em relação ao sistema elétrico nacional,
a geração própria de energia
reduz custos de transmissão e distribuição
e contribui para a segurança
do sistema, bem como utilizar fontes
renováveis, o que beneficia o sistema
como um todo. A população ganha
com novas modalidades energéticas,
usufrui um sistema cada vez mais limpo
e, assim, assegura a transição com
menos impacto das mudanças climáticas
para as gerações futuras.
Ao segmento e à sociedade resta
ainda superar algumas dificuldades
impostas pelas grandes distribuidoras,
que ainda criam, em muitos momentos,
obstáculos aos prossumidores.
Essas tribulações são definidas, enquanto
tais concessionárias dominam,
por outro lado, a geração distribuída,
aproveitando-se da concessão que
possuem em sua área de atuação.
20
RBS Magazine
RBS Magazine 21
Entrevista do Editor
Entrevista do Editor com
Zilda Costa, da UNICOBA
Nessa edição do Entrevista do Editor da RBS Magazine, Tiago Cassol Severo conversa
com a sempre motivada e inteligente Zilda Costa, Diretora de Desenvolvimento
de Negócios de Armazenamento da UNICOBA, empresa com foco em
energia eficiente, limpa e responsável para a transição energética. Zilda ainda é
responsável pela Secretaria de Armazenamento de Energia do INEL, é Membro
do Conselho da ABGD – Associação Brasileira de Geração Distribuída, Membro
do Hub Verde de Tecnologia e Inovação e Membro da Rede Open Mind Brazil.
Nessa entrevista, vamos usufruir de mais de 20 anos de experiência em implantação
de múltiplos projetos de energia renovável distribuída e Eficiência
Energética que viabilizaram a eficiência operacional através da SUSTENTABI-
LIDADE e visão de futuro de negócios, além de um foco nas tendências do mercado
solar e a entrada cada vez maior de sistemas de armazenamento, as baterias.
Segue nossa conversa...
CASSOL - Zilda, primeiro é um prazer
ter a minha colega da ABGD na Entrevista
do Editor desta edição! Então,
vamos aproveitar esse momento e ir
direto ao ponto... Quais são suas expectativas
para o mercado de energia
solar com a entrada da Lei 14.300 -
Marco Legal da Micro e Minigeração
Distribuída?
ZILDA - Microusinas geradoras de
energia instaladas em cada residência
é o futuro. Não podemos fugir dele
pois é uma demanda mundial, seja
por autonomia, segurança energética
ou seja por redução de custos. Líderes
mundiais e políticas governamentais
vem, mais fortemente, tentado disseminar
a inovação sustentável há mais
de 10 anos. E essa disseminação passa
necessariamente pelo uso da energia
renovável e distribuída. As expectativas
para o mercado de energia solar,
a meu ver, após publicação da Lei
14.300/2022, e sua consequente regulamentação
pela ANEEL em 2023,
é de queda para os primeiros meses
do ano, como temos visto, por insegurança
jurídica, cláusulas da lei mal
interpretadas e paralização das distribuidoras
no processo de aprovação
do acesso (pareceres). Esta conjuntura
fez com que a maior parte dos investidores
retraísse seus cronogramas de
aquisição e negociações. A meu ver,
o mercado que tende a crescer, mais
rentável hoje para investidor, é o mercado
de geração distribuída onde o
nível de simultaneidade é grande para
o consumidor. Neste modelo, o excedente
carrega a bateria e quase toda a
energia produzida "trafega" behind-
-the-meter (uma energia de sua propriedade,
utilizada antes do medidor,
sem pagamento do fio B).
CASSOL - Uma boa notícia é que agora
você é a Diretora de Soluções de
Armazenamento de Energia e Sustentabilidade
da UNICOBA. Parabéns!
Então, como seu novo posto informa,
um dos braços principais da empresa é
o armazenamento de energia. Falando
para nossos leitores, como o integrador
solar poderá ver o armazenamento
como uma oportunidade de diversificação
de seus atuais negócios?
Chegou a hora de mudarmos para
uma economia de baixo carbono,
como disse, seremos capazes de construir
em cada residência, a sua própria
minigeradora de energia com uso da
energia solar, que produzirá energia
limpa e acessível, sendo o excedente
disponível para ser armazenado,
para suas próprias necessidades fora
do horário de geração. Para o integrador,
é maravilhoso porque rompe
com a ideia de grandes usinas e esta é
a verdadeira oportunidade de diversificação,
porém demanda que eles se
capacitem ainda mais, de forma adequada,
voltada para os projetos com
armazenamento de energia. Além
disto, as grandes integradoras, que
atendem a minigeração distribuída,
poderão construir suas novas usinas
com armazenamento de energia para
estabilizar a tensão, a frequência e a
suavização da geração. As usinas já
construídas, que passarão futuramente
pelo retrofit, poderão optar pelo uso
de inversores híbridos e oportunidade
de armazenamento com baterias.
CASSOL - Tens uma ideia para informar
aos nossos leitores de como estão
os custos de um sistema de armazenamento
voltado ao mercado solar GD e
se há uma tendência de redução nesse
investimento a curto ou médio prazo
quando estiverem sendo usados em
maior escala?
O Mercado de GD é muito amplo,
existem quatro ou mais tipos de investimentos
em armazenamento com
baterias, que se subdividem em outros.
Exemplos de GD: (1) Residencial
2,5kW - 5kW, 7,5kW e 10kW (padrão)
e podem ser requisitadas outras
demandas específicas para atender a
cada família; (2) PME Investimentos
em armazenamento de pequenos comércios
(PME = pequenas e médias
empresas) com BESS de 230kWh e
200kW de potência; (3) Grandes Empresas
que tenham suas usinas de geração
de energia junto à carga e por
também (4) Usinas GD Remota que
queiram investir em armazenamento
com potências de 250kwh a 1MWh,
por exemplo. Resumindo, estamos
22
RBS Magazine
Entrevista do Editor
falando de várias composições, com
vários preços diferentes, o que demanda
um estudo do que é necessário
para atender ao cliente. A UNICOBA
produz baterias de lítio desde 2018
e a produção é nacional, sendo que
somente o lítio é importado (não há
produção de lítio no Brasil) e os preços
estão caindo após a viabilidade da
produção em escala.
CASSOL - Sabemos que estes sistemas
de armazenamento, mesmo que
inicialmente aumentem os custos do
investimento em um sistema solar
híbrido, a médio e longo prazo será
muito representativa a economia em
energia pela minimização dos impactos
da TUSD - Fio B que tem um valor
percentual de cobrança crescente até
2029. Tens uma ideia de quais tipos de
unidades consumidoras serão as mais
beneficiadas por isso e quando?
Como mencionei, acredito que as unidades
consumidoras mais beneficiadas
com o armazenamento no início
serão as que tem geração junto à carga,
pois podem armazenar o excedente
em baterias e utilizar posteriormente,
quando necessário. Todo o processo
behind-the-meter como falamos não
incide a TUSD - Fio B. O investimento
tem vários pontos importantes,
como a segurança energética, a autonomia
energética, a economia de baixo
carbono ou mesmo com a intenção
de despachabilidade para ter o retorno
financeiro do despacho de energia
em horário de ponta ou PLD horário
no futuro. É um futuro de curto prazo
formando as bases para o médio
e o longo prazo. O futuro é esta flexibilidade.
Como as redes podem ser
ESTAMOS NA
3ª REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL COM
USO DAS NOVAS
ENERGIAS RENOVÁVEIS
E DISTRIBUÍDA
E O BRASIL ESTÁ
LIDERANDO ESTA
REVOLUÇÃO NAS
AMÉRICAS...
inteligentes se não podemos guardar
energia quando sobra e colocar no sistema
quando falta?
CASSOL - Zilda, para mim sistemas
solares e sistemas de armazenamento
nasceram para andar juntos em sua
caminhada. Comecei projetando sistemas
isolados em um tempo em que
a geração distribuída nem era imaginada
ainda no Brasil. Isso faz mais de
20 anos. Quais são as tendências nesse
setor para o futuro? Além da redução
dos custos das baterias, poderemos ver
outras tecnologias voltadas a armazenamento
vindo para nosso país?
Estamos na 3ª Revolução industrial
com uso das novas energias renováveis
e distribuída e o Brasil está liderando
esta revolução nas Américas.
Esta revolução representa a crescente
instalação de microusinas de geração
de energia distribuída, digitalizada
e diversificada, em cada residência!
É o futuro. Com o armazenamento
acrescenta-se autonomia e segurança
energética. No futuro também haverá
o desenvolvimento dos Modelos
de Mercado para a remuneração por
este excedente armazenado, o que poderá
ser renda extra para as famílias.
Precisamos levar estas agendas para o
governo e desenvolver parcerias para
que aconteça breve.
CASSOL - Um prazer ter você aqui
nessa entrevista, mais uma vez agradeço
as suas respostas e deixo esse final
para mandarem uma mensagem para
nossos leitores. Como eles devem se
preparar para essa nova oportunidade
de serviço que eles poderão oferecer aos
seus clientes?
Já fizemos muito em 10 anos quando
falamos de geração de energia distribuída
(2012 a 2022) e nesta próxima
década 2023-2033, tenho convicção
que centenas de milhões de pessoas
produzirão a própria energia verde
em suas casas, escritórios, lojas, academias,
fábricas, e além disto, haverá
o compartilhamento desta energia,
o que chamamos de "D" de energia
democratizada da Transição Energética.
Este é um cenário muito promissor
para todos os integradores e
precisamos apenas reformular nossa
estratégia de mercado. VAMOS
EM FRENTE! Contem comigo. Tenho
me dedicado a apoiar o setor e
estou muito feliz com o que temos
pela frente!
RBS Magazine 23
Artigo
A certificação dos DPS
Borel Jr., Paulo R.; Gomes, Thiago F.; Teixeira, Renato J.
RESUMO
A energia elétrica trouxe benefícios para a civilização, ajudando no desenvolvimento e no avanço tecnológico. Entretanto, a exposição à rede
elétrica deixa o sistema vulnerável às anomalias ocasionadas na rede, aumentando os riscos de danos por surtos elétricos aos componentes
eletroeletrônicos conectados na rede elétrica. No mercado, há diversos fabricantes que disponibilizam dispositivos de proteção, mas infelizmente
nem todos são eficazes, quer seja pela ausência de know-how ou pelo intuito inescrupuloso de tornar seus dispositivos mais baratos. Por isso, a
utilização de componentes de proteção certificados contribui para a garantia de segurança e eficiência da proteção dos eletroeletrônicos.
Importância da proteção elétrica
A eletricidade pode ser encontrada
em todos os lugares ao nosso
redor. Praticamente tudo o que fazemos
envolve energia elétrica. Aquecedores,
aparelhos de ar-condicionado,
lâmpadas, chuveiros, geladeiras,
micro-ondas, computadores, celulares
e ferros elétricos são alguns dos
exemplos de aparelhos do dia a dia
que precisam de eletricidade para
funcionar.
A eletricidade utilizada para alimentar
os aparelhos eletroeletrônicos
é gerada pela corrente elétrica,
que é produzida através do deslocamento
de cargas elétricas em um
condutor, quando existe uma diferença
de potencial em suas extremidades.
Dessa forma, a quantidade de
carga elétrica que flui pelo condutor
durante um intervalo de tempo
será definida como a intensidade da
corrente elétrica que é transferida
para o equipamento alimentado pela
energia elétrica. Dependendo da intensidade
de corrente elétrica que
percorre um condutor, procedimentos
de segurança adicionais deverão
ser tomados.
são um dos efeitos que a corrente
elétrica pode ocasionar se não houver
os cuidados necessários de segurança
durante sua instalação e utilização.
Quando uma corrente elétrica
passa pelo corpo humano, pode-se
sentir os seguintes efeitos: pequeno
formigamento, dores, espasmos
musculares, contrações musculares,
alteração nos batimentos cardíacos,
parada respiratória, queimaduras e
morte.
A importância de um sistema seguro,
que reduza os riscos durante a
utilização da energia elétrica, faz com
que o Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia (INME-
TRO) seja responsável por garantir a
qualidade dos produtos para a proteção
elétrica.
Tanto em uma instalação elétrica
de baixa tensão em corrente alternada
quanto em um sistema de geração
de energia fotovoltaico – em corrente
contínua – é exigido por norma
que os componentes utilizados sejam
compatíveis com a aplicação e a
instalação dos dispositivos de proteção,
devendo - componentes e dispositivos
- serem testados e aprovados
pelo INMETRO. Por exemplo, os
condutores, disjuntores, fusíveis, inversores,
módulos e demais equipamentos
para aplicações fotovoltaicas
são regulamentados pela portaria n°
004/2011 [4] e, por isso, devem possuir
certificação atestando a sua qualidade
e segurança para a aplicação.
Como pode ser observado na Figura
1, que mostra um esquema de
geração de energia solar, todos os
componentes utilizados para representar
o sistema fotovoltaico possuem
certificação INMETRO amparados
pela portaria n° 004/2011 [4].
Perigos da ocorrência de surtos
elétricos
O surto elétrico é outra fonte de
danos, recorrente em qualquer sis-
Ainda que presente na vida cotidiana,
deve-se ter atenção no uso da
energia elétrica, pois o fluxo de corrente
pode ocasionar sérios riscos de
danos. Choques elétricos, queima de
equipamentos, incêndios, explosão
de condutores, degradação precoce
Figura 1 – Representação de um sistema fotovoltaico. (Fonte: Adaptada de Energês [9]).
24
RBS Magazine
RBS Magazine 25
Artigo
tema elétrico, e que pode danificar
os componentes eletroeletrônicos.
Todo sistema está exposto a esta
anomalia na rede.
O surto elétrico é um evento
transitório que ocorre na rede,
como uma perturbação aguda de
tensão que aumenta a taxa de variação
de energia durante algumas
frações de segundo, como exemplificado
pela Figura 1. Essa perturbação
eleva a tensão a valores que
ultrapassam os limites suportáveis
dos equipamentos. Sua causa está
associada ao acionamento de motores
elétricos, chaveamento de manobras
realizadas pela concessionária
de energia elétrica e as descargas
atmosféricas.
Figura 2 – Representação do surto elétrico no tempo.
(Fonte: CLAMPER [8]).
Sendo o tipo de surto elétrico
mais comum, pois está presente na
mesma rede onde ocorre - como
um acionamento de máquinas de
lavar roupas que pode ser encontrada
em praticamente toda residência
-, o acionamento de motores
elétricos representa 80% dos
surtos produzidos na rede, ficando
5% para o chaveamento de manobras
e 15% para os originados por
raios. Embora seja menos frequente,
as descargas atmosféricas são as
de maior intensidade e, por isso, as
que provocam os maiores danos no
sistema elétrico.
Uma descarga atmosférica tem
um a intensidade de corrente tão
poderosa que mesmo nos casos em
que ela não atinge diretamente a
rede de energia ou o próprio equipamento
– o que ocasiona em danos
irreparáveis -, seu campo magnético
é capaz de gerar surtos induzidos,
na rede ou no equipamento, mesmo
que um raio caia próximo do ponto
de impacto.
O risco da ocorrência de surtos
elétricos e os danos que podem ser
gerados por eles na rede pode ser
mensurado com base na análise de
risco aplicada pela norma ABNT NBR
5419-2 [10], por isso as normas vigentes
de proteção elétrica exigem
a utilização de dispositivos de proteção
contra surtos elétricos (DPS) nas
instalações para garantir a eficácia
da proteção contra essa anomalia,
uma vez que os DPS são os componentes
de proteção desenvolvidos
especificamente para eliminar este
tipo de distúrbio que pode ocorrer na
rede elétrica, seja por causa natural –
descargas atmosféricas – ou manual
– chaveamento e acionamento
de motores
elétricos.
Qualidade da proteção
A segurança é fundamental
para evitar
os riscos de danos que
podem ser ocasionados
com a utilização
da energia elétrica. Por
isso, normas regulamentadoras,
como a NR
10 [5] - que estabelece
os requisitos e condições mínimas
para a segurança em instalações e
serviços em eletricidade –, e normas
técnicas, como a ABNT NBR 5419-4
[1], ABNT NBR 5410 [2], ABNT NBR
16690 [3] entre outras normas, são
criadas para garantir a proteção dos
equipamentos, dos usuários e do sistema
elétrico.
Neste conceito, os componentes
de proteção utilizados nas instalações
e projetos elétricos, seja para geração
própria ou utilização de energia
elétrica, necessitam de comprovação
da sua eficácia por um órgão competente,
para garantir a segurança da
utilização destes produtos na proteção
elétrica.
No Brasil, o Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(INMETRO) é o principal órgão regulador
de produtos e serviços com
foco na segurança; proteção da vida
e da saúde humana, animal e vegetal;
proteção do meio ambiente; e prevenção
de práticas enganosas de comércio;
e que é responsável por atestar
os produtos de proteção elétrica.
Como visto na seção anteriormente,
muitos dos componentes
utilizados nas instalações fotovoltaicas
e nos quadros elétricos, como
inversores, condutores, disjuntores,
baterias, módulos, fusíveis etc., são
certificados pelo INMETRO devido a
existência de portarias para regulamentação
e certificação destes componentes.
No caso da proteção contra surtos
elétricos não existe uma portaria
do INMETRO que exija a sua certificação.
Por isso, existem muitos DPS
no mercado que não passam por um
mecanismo de certificação de conformidade
com as normas que regulamentam
os ensaios de segurança
e desempenho desses dispositivos.
Nesse caso, a alternativa é a obtenção
de certificado, com a permissão
do INMETRO, através de empresas
certificadoras.
A emissão de certificados de
conformidade é uma responsabilidade
atribuída apenas a empresas
acreditadas como Organismo de
Certificação de Produtos (OCP) pela
Coordenação Geral de Acreditação
(CGCRE) do INMETRO. A CGCRE é o
único organismo de acreditação reconhecido
no Brasil. Embora a acreditação
realizada pelo CGCRE seja de
caráter voluntário, ela representa o
reconhecimento formal da competência
de um OCP para desenvolver
suas atividades de acordo com requisitos
preestabelecidos. Dessa forma,
empresas certificadoras como a UL
de Brasil Certificações ou TÜV Rheinland,
no Brasil, recebem a permissão
do INMETRO para realização desta
atividade.
Processo de certificação do DPS
Durante o processo de certificação,
é feita uma rigorosa análise técnica
dos insumos e documentos utilizados
para a fabricação do produto.
Além disso, são realizadas auditorias
periódicas na fábrica, atestando que
todos os procedimentos são realizados
em conformidade com o projeto,
garantindo que o fabricante do DPS
26
RBS Magazine
está comprometido em fornecer um
protetor eficiente e de alta qualidade.
Como critério para certificação,
é necessário que o produto seja
aprovado nos ensaios descritos nas
normas técnicas aplicáveis. Estes
ensaios precisam ser realizados em
laboratórios acreditados, com reconhecimento
internacional, seguindo
procedimentos padronizados, o que
aumenta ainda mais o nível de confiabilidade
dos resultados.
O Certificado de Conformidade
do DPS somente é emitido pelo
OCP após a aprovação em todas
as etapas de avaliação, garantindo
os elevados padrões de projeto,
produção e performance do
protetor.
Dos testes e exigências
Para receber o certificado de
conformidade perante a aplicação
da norma ABNT NBR IEC 61643-31
[6] – esta norma descreve os requisitos
e métodos de ensaio para o
DPS aplicado em instalações fotovoltaicas
-, o DPS deve passar rigorosamente
em cada teste especificado,
tendo que atender aos padrões
que foi exigido, a fim de aferir a sua
efetividade em condições similares
às que enfrentará durante a sua
operação.
A norma ABNT NBR IEC 61643-31
[6] terá requisitos para regulamentar
as marcações que devem constar no
corpo do DPS de forma permanente,
regulamentar as informações que
devem estar na ficha técnica, as indicações
de estado de operação etc.,
assim como testes de aferição das
características técnicas como ciclo
de operação, corrente residual, proteção
contra contatos diretos, proteção
térmica, modo de falha, resistência
de isolamento, rigidez dielétrica,
dentre outras.
Na parte de ensaios do DPS, o
objetivo é tentar reproduzir as condições
operacionais, simulando as
condições encontradas em campo.
Dessa forma, os DPS instalados em
redes localizadas em áreas expostas
podem ser submetidos a correntes
com valores, formas de onda e
conteúdo energético típicos de uma
descarga atmosférica direta, já no
caso de DPS instalados em redes localizadas
em áreas protegidas são
submetidos a surtos de menor intensidade
de energia. Além dos surtos
de origem atmosférica, há os originados
em manobras da concessionária
e por falhas na rede elétrica,
geralmente causadas por interrupções
no fornecimento. Os diversos
ensaios propostos pela norma visam
reproduzir essas condições, utilizando
formas de onda e valores típicos
desses eventos.
Para isso, a norma ABNT NBR
IEC 61643-11 [7] traz as características
gerais para os ensaios de
correntes impulsos e outros tipos
de ensaios que servem de referência
para a ABNT NBR IEC 61643-
31 [6] - que vai tratar da parte de
corrente contínua.
Nesse caso, até mesmo o padrão
da forma de onda, seja da tensão ou
da corrente, gerada é normatizada
para que o DPS testado atenda aos
parâmetros mínimos esperados para
sua aplicação.
Todos os testes e ensaios do DPS
seguem os requisitos normativos
para a acreditação do certificado de
conformidade. Por isso, um supressor
de surto - DPS - certificado está
apto para garantir a qualidade da
proteção contra surtos elétricos, diferente
de um DPS não certificado
por um órgão qualificado.
Importância de um DPS de qualidade
Notoriamente, praticamente todos
os componentes da instalação
são certificados, seja para um quadro
de distribuição elétrico ou para
um sistema fotovoltaico. Isso mostra
a importância de utilizar produtos
de qualidade e com garantia de
eficácia e segurança nas instalações
elétricas.
Por isso, a certificação de dispositivos
contra surto elétricos, ainda
que não seja compulsória no Brasil,
é um diferencial importante para garantir
a qualidade da proteção contra
uma das anomalias mais frequente
no sistema elétrico.
Referências bibliográficas
Artigo
[1] ABNT NBR 5419-4. Proteção Contra
Descargas Atmosféricas – Sistemas elétricos
e eletrônicos internos na estrutura,
de 22 de maio de 2015. ISBN 978-85-
07-05504-4.
[2] ABNT NBR 5410. Instalações Elétricas
de Arranjos Fotovoltaicos – Requisitos
de projeto, de 30 de setembro de 2004.
[3] ABNT NBR 16690. Instalações Elétricas
de Arranjos Fotovoltaicos – Requisitos
de projeto, de 03 de outubro de
2022. ISBN 978-85-07-08282-8.
[4] Portaria n° 004 de janeiro de 2011.
Acesso em: 15 de maio de 2023. Disponível
em: http://www.inmetro.gov.br/
legislacao/rtac/pdf/rtac001652.pdf
[5] NR10 – Segurança em instalações e
serviços em eletricidade. Acesso em: 18
de maio de 2023. Disponível em: https://
www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-
-br/acesso-a-informacao/participacao-
-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/
ctpp/arquivos/normas-regulamentadoras/nr-10.pdf.
[6] ABNT NBR IEC 61643-31. Dispositivos
de proteção contra surtos de baixa tensão
Parte 31: DPS para utilização específica
em corrente contínua - Requisitos e
métodos de ensaio para os dispositivos
de proteção contra surtos para instalações
fotovoltaicas, de 17 de janeiro de
2022. ISBN 978-85-07-08897-4.
[7] ABNT NBR IEC 61643-11. Dispositivos
de proteção contra surtos de baixa tensão
Parte 11: Dispositivos de proteção
contra surtos conectados aos sistemas
de baixa tensão - Requisitos e métodos
de ensaio, de 12 de março de 2021. ISBN
978-65-5659-847-5.
[8] O que é DPS? Conheça os Dispositivos
de Proteção contra Surtos e como eles
protegem seus equipamentos contra
queimaduras causadas por raios. Acesso
em: 18 de maio de 2023. Disponível em:
https://clamper.com.br/dicasdpsnoticias/o-que-e-dps-dispositivos-de-protecao-contra-surtos-eletricos/
[9] Do início ao fim sistema solar fotovoltaico
off-grid. Acesso em: 18 de maios
de 2023. Disponível em: https://energes.
com.br/do-inicio-ao-fim-sistema-solar-
-fotovoltaico-off-grid/
[10] ABNT NBR 5419-2. Proteção Contra
Descargas Atmosféricas – Gerenciamento
de risco, de 22 de junho de 2015. ISBN
978-85-07-05502-0.
RBS Magazine 27
Entrevista
Entrevista exclusiva com
Emanuelle Graciosa,
doutora em engenharia
agrícola, especializada em
bioenergia
"A perspectiva de estabelecer uma nova cadeia industrial no Brasil, centrada
no agave como fonte de bioenergia, tem despertado o interesse de renomados
pesquisadores e multinacionais"
RBS Magazine - O setor de energias
renováveis vem crescendo no Brasil,
e fontes como o biogás estão presentes
nesta transição energética. De acordo
com a Associação Brasileira do Biogás
(ABiogás), o país tem um potencial
de realizar uma produção diária
de 120 milhões de metros cúbicos (m³)
de biogás, sendo equivalente a 35% da
demanda elétrica atual. Diante disso,
qual a sua visão para o futuro desse
setor? E qual a importância da bioenergia
nesse cenário?
EMANUELLE GRACIOSA - O setor
de energias renováveis está em constante
crescimento devido à crescente
demanda por fontes de energia que
atendam aos requisitos de preservação
ambiental. No entanto, é importante
salientar que esse setor está
sujeito a limitações impostas pela
inovação tecnológica e pela competitividade
de cada fonte. O avanço contínuo
da tecnologia e a busca por soluções
mais eficientes e acessíveis são
fatores cruciais que determinarão o
curso desse setor promissor. À medida
que novas tecnologias emergem e
se aprimoram, as energias renováveis
têm o potencial de se tornarem uma
parte ainda maior e mais integral da
matriz energética global, impulsionando
o desenvolvimento sustentável
e contribuindo para a preservação do
meio ambiente.
A bioenergia, incluindo o biogás, desempenha
um papel significativo na
diversificação da matriz energética,
redução da dependência de fontes
fósseis e promoção do uso sustentável
de recursos naturais. Além disso,
a produção de biogás, por exemplo,
a partir de resíduos orgânicos auxilia
na resolução de problemas relacionados
à gestão de resíduos, reduzindo a
poluição ambiental e agregando valor
a materiais que seriam descartados.
RBS Magazine - Grandes empresas
brasileiras estão investindo em bioenergia
no agave do setor brasileiro.
Conte para nós como funcionam as soluções
de plantio e colheita do agave?
Além disso, qual a principal tecnologia
de processamento? E a expectativa de
novas indústrias investirem nesse mercado?
A perspectiva de estabelecer uma
nova cadeia industrial no Brasil, centrada
no agave como fonte de bioenergia,
tem despertado o interesse de
renomados pesquisadores e multinacionais,
resultando em investimentos
substanciais para o desenvolvimento
de tecnologias voltadas à exploração
sustentável dessa fonte energética. O
Sertão Brasileiro é uma região com
potencial para se tornar um importante
polo produtor de biocombustíveis,
apresentando uma oportunidade
de desenvolvimento de uma área que
enfrenta altos índices de vulnerabilidade
socioeconômica no país. Dada
a relevância desse tema, que impacta
diretamente a sociedade, especialmente
ao aproveitar uma planta nativa
de uma região de baixa renda, há
uma expectativa elevada de investimentos
nesse mercado.
Atualmente, o cultivo de agave é realizado
inteiramente de forma manual.
Para viabilizar a implementação dessa
nova cadeia produtiva baseada no
agave para a bioenergia, é necessária
a criação de equipamentos específicos
para o plantio, colheita e processamento
industrial dessa cultura.
RBS Magazine - Em sua última palestra,
no Fórum GD Sul, explicou
aos participantes que a biomassa florestal
funciona como painéis solares
naturais, onde as folhas da biomassa
convertem a energia do sol através da
fotossíntese em energia química e tem
o potencial armazenado nas moléculas
como celulose, moléculas de lignina
entre outros. Como funciona todo
esse processo? E que dispositivos são
necessários para fazer essa conversão
de energia?
A fotossíntese é um processo realizado
por plantas, algas e algumas bactérias,
no qual a energia luminosa do
sol é convertida em energia química.
Durante a fotossíntese, a clorofila presente
nas células desses organismos
captura a energia luminosa e a utiliza
para sintetizar moléculas de açúcar,
como a glicose, a partir de dióxido de
carbono e água. A biomassa é constituída
principalmente por compostos
orgânicos, como celulose, lignina,
amido e açúcares, que podem ser
convertidos em energia por meio de
28
RBS Magazine
reações químicas, como a combustão.
Durante a combustão, a energia química
armazenada nessas moléculas é
liberada na forma de calor e luz. Normalmente,
a combustão é realizada
em fornalhas e caldeiras. A energia
térmica liberada pode ser utilizada
diretamente a partir desses equipamentos.
No entanto, para a obtenção
de energia elétrica, é necessário acoplar
um ciclo termodinâmico.
RBS Magazine - Além disso, reforçou
que ao se investir em biomassa florestal
para produção de energia, também
será possível melhorar as ações de reflorestamento
das florestas pelos próximos
7 anos. Diante dessa observação,
qual sua visualização do momento
atual em relação a isso? Estamos realmente
trilhando no caminho para a
conservação das florestas ambientais?
De acordo com o relatório anual de
2022 do Instituto Brasileiro de Árvores
(IBÁ), em 2021, a área total de
plantações florestais atingiu 9,93 milhões
de hectares, representando um
aumento de 1,9% em relação aos dados
revisados de 2020 (9,75 milhões
de hectares).
O setor de plantações florestais direciona
investimentos em florestas, pesquisa
e desenvolvimento, operações,
modernização de fábricas e estabelecimento
de novas unidades. Esses
investimentos visam aumentar a eficiência,
promover avanços tecnológicos
e garantir práticas sustentáveis.
O setor demonstra de forma concreta
que é possível produzir e conservar
simultaneamente. Os 9,93
milhões de hectares de plantios florestais
são frequentemente realizados
em terras previamente degradadas,
contribuindo para a recuperação
dessas áreas.
RBS Magazine - Apesar do Brasil
possuir um grande potencial energético
derivado dos resíduos agrícolas,
agroindustriais e pecuários, observa-
-se que a contribuição da biomassa na
matriz elétrica brasileira é pequena.
Por que esse potencial está sendo subutilizado?
Entrevista
De modo geral, constata-se a falta de
políticas adequadas para impulsionar
o setor. O desafio reside no fato de
que é o setor privado que deve realizar
os investimentos necessários para
promover as mudanças. Existem recursos
potenciais a serem explorados,
como o aproveitamento energético
de resíduos e do lixo. No entanto, os
empresários enfrentam poucos incentivos
para investir devido às taxas
de juros pouco atrativas. A resolução
desse problema está amplamente dependente
das políticas governamentais.
Além disso, quando se trata da utilização
de resíduos, a questão logística
se apresenta como um desafio.
São necessários investimentos em
transporte adequado. O setor sucroalcooleiro,
por exemplo, possui um
grande potencial nesse aspecto, uma
vez que o resíduo necessário para a
queima nas caldeiras está disponível
localmente. Da mesma forma, o setor
de celulose e papel pode se beneficiar
dessas oportunidades.
ANOS
RBS Magazine 29
Artigo
MÓDULOS FALSOS:
um risco de segurança
e qualidade para
usinas fotovoltaicas
Por: Rodrigo Matias
É preciso ter atenção a normas regulatórias internacionais e
nacionais que atestam a qualidade e segurança dos produtos
"No que diz
respeito à
qualidade, os
módulos passam
por 21 testes para
que atendam à
normatização.
Em termos de
segurança, o crivo
é ainda maior..."
Oamadurecimento do mercado
de energia solar fotovoltaica
no Brasil tem
aumentado o grau de exigência
com a qualidade e
a competitividade dos produtos e dos
profissionais. Esse cenário favorece
muito o nosso segmento, que aos
poucos se torna mais robusto. Mas
um tema vem chamando a atenção
nos últimos meses: estamos nos deparando
com um aumento de módulos
de potência falsa.
Antes de começar qualquer discussão
sobre isso é preciso entender
o que são esses módulos fotovoltaicos
falsos. São aqueles que apresentam
uma potência estabelecida na
etiqueta, mas que na prática do dia
a dia não atingem aquele patamar.
Ou seja, a usina que tem esses módulos
nunca vai alcançar a performance
projetada.
Para explicar melhor o que acontece
com os módulos fotovoltaicos
falsos é importante olharmos para
questões regulatórias. Temos basicamente
duas normas da Comissão
Eletrotécnica Internacional (IEC) que
trazem um olhar regulatório para os
módulos. A IEC 61.215 diz respeito
à qualidade e a IEC 61.230 trata
da segurança. Em geral, os módulos
vendidos no Brasil são fabricados no
exterior e precisam atender às normatizações
internacionais. Existe um
critério muito grande para que seja
estabelecido um perfil de qualidade e
um perfil de segurança dos módulos.
No que diz respeito à qualidade,
os módulos passam por 21 testes
para que atendam à normatização.
Em termos de segurança, o crivo é
ainda maior. Estamos falando de 32
testes realizados para garantir e atestar
a segurança dos módulos. Invariavelmente,
aqueles que não estejam
em conformidade com as normas e,
consequentemente com os seus testes,
não têm condições de vendas
a nível nacional nem a nível global,
como é o caso do nosso país, que
consome produtos importados na
sua grande maioria.
É importante frisar que temos
normas internacionais que trazem
um olhar de qualidade e de segurança
e todos os módulos fotovoltaicos
30
RBS Magazine
Artigo
comercializados no Brasil devem respeitar
as normas para que estejam
em conformidade com os pré-requisitos
básicos para a operação no mercado
brasileiro. Mesmo que na prática
isso não ocorra pois, infelizmente,
os testes realizados pelo INMETRO
– que deveriam funcionar como um
double check dos testes internacionais
para permitir a comercialização
dos módulos no Brasil –, ainda são
superficiais e incompletos, o que
permite que esses produtos sejam
comercializados em nosso mercado
atendendo aos requisitos internos de
certificação.
Porém, quando olhamos mais a
fundo os requisitos regulatórios brasileiros,
temos a Norma Regulamentadora
10 (NR-10) que trata da segurança
em instalações e serviços em
eletricidade. A NR-10 determina que
é preciso observar as normas técnicas
oficiais estabelecidas por órgãos
competentes. Na ausência ou omissão
dessas normas, ou ainda no caso
de não haver nenhuma norma nacional,
as normas internacionais devem
ser respeitadas. Por isso, no que diz
respeito à segurança de instalações
elétricas, nós também temos como
referência as normas internacionais
de padrões de qualidade e segurança.
Da mesma forma, a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
trata essa questão e correlaciona as
padronizações de qualidade e segurança
de módulos fotovoltaicos às
normas internacionais da IEC.
Caso haja alguma dúvida sobre
os módulos oferecidos aos clientes –
se você não tem certeza se é adequado
ou não –, é importante entender
todas essas premissas que conferem
qualidade e segurança para o fabricante
e, consequentemente, para
os produtos. Feito isso, será possível
perceber os diferenciais e a entrega
de valor agregado aos clientes.
É importante ressaltar que o
preço é um fator a considerar, pois
os critérios competitivos não permitem
a equiparação dos produtos.
É relativamente fácil vender mais
barato um produto que não é exatamente
o que digo que é, porque
não atendi a todos os requisitos e,
obviamente, o meu custo de produção
é menor para entregar um produto
de qualidade inferior. Quando
penso em valor agregado, estou falando,
antes de qualquer coisa, em
qualidade e segurança de maneira
atestada, comprovada e chancelada
internacionalmente correlacionada
com todos os testes de qualidade
do mercado brasileiro. Qualidade
tem preço.
Outro fator que deve gerar
questionamento é a potência dos
módulos de fabricantes “menos conhecidos”
ou que não tenham sua
capacidade de produção e sua bancabilidade
comprovadas. Como é
possível essas indústrias, que em sua
maioria não detêm controle sobre
a cadeia vertical de produção e não
fabricam as células fotovoltaicas, obtenham
essas células em potência
superior à que o próprio fabricante
disponibiliza para o mercado? Em outras
palavras, como é possível que os
módulos dos fabricantes “menos conhecidos”
sejam mais potentes que
os módulos dos fabricantes líderes
de mercado?
Na Ecori Energia Solar, a segurança
é uma premissa básica e um valor
inegociável. Se eu tiver que destacar
um único ponto para o mercado fotovoltaico
se balizar é exatamente a segurança.
O mercado será construído
sobre bases sólidas com longevidade
estabelecida e segura.
RODRIGO MATIAS
Diretor Comercial na Ecori Energia Solar. Especialista em vendas de soluções MLPE,
iniciou em 2015 sua trajetória no mercado GD como integrador e instalador. Formado
em Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações pelo Centro Universitário
Salesiano - UNISAL e Técnico em Eletrotécnica pelo Centro Paula Souza, acumula
experiências internacionais nos mercados europeus (Itália) e asiático (China), além de
uma passagem pela maior distribuidora de energia elétrica do país como gestor de pósvendas
e sucesso do cliente.
RBS Magazine 31
FOTUS INAUGURA NOVO CENTRO
DE DISTRIBUIÇÃO NO NORDESTE
Visando ampliar o alcance nacional, a
Fotus Distribuidora Solar iniciou em
2022 o processo de expansão da empresa.
Foram inauguradas filiais em
Campinas-SP e Toledo-PR, além de
um novo Centro de Distribuição na
região de Vila Velha, no Espírito
Santo, próximo à matriz da empresa.
Em 2023 o crescimento continua,
agora com um novo Centro de Distribuição
no Nordeste do país.
A Fotus possui o objetivo de tornar a
energia solar mais acessível e colaborar
com o futuro do meio ambiente e
das novas gerações.
Por esse motivo a empresa carrega
o propósito da marca e o propaga
em todas as filiais, o que garante
que em cada unidade o cliente
sempre encontre um atendimento
de excelência, logística eficiente,
comprometimento com a entrega
de equipamentos de qualidade e o
melhor preço do Brasil.
A empresa tem investido bastante
em sua infraestrutura, e o novo
galpão em Pernambuco, próximo ao
Porto de Suape, surge em um momento
estratégico para a distribuidora
que tem como objetivo
ficar mais próxima dos integradores
nordestinos.
32
RBS Magazine
Além disso, o novo investimento colabora para a redução no tempo de entrega
dos pedidos e nos custos logísticos, e uma ampliação da capacidade de
armazenamento na quantidade de postos de trabalho gerados.
De acordo com o Thiago Candeia, Gerente de Logística da Fotus, o maior objetivo
da empresa hoje é que o pedido fique apenas o tempo necessário
dentro do centro de distribuição e que a partir do momento em que o pedido
sair do galpão o processo flua com a máxima velocidade possível. Para que
isso aconteça, a distribuidora tem buscado soluções junto aos seus parceiros
com rotas itinerantes e, ao mesmo tempo, tem criado um cenário de maior
desenvolvimento do setor fotovoltaico no Brasil através da ampliação da
presença da Fotus no território nacional.
O novo galpão fica localizado na Av.
Governador Miguel Arraes, em Cabo
de Santo Agostinho - PE, a 15 minutos
do Porto de Suape. Além disso, o
espaço possui mais de 5.000 m2 e um
total de 20 docas. Dessa forma, a
Fotus se firma em mais uma região
brasileira, buscando aumentar o
market share e fidelizando ainda mais
os clientes nordestinos, uma vez que
a presença da distribuidora na região
permite um melhor relacionamento e
maior vivência dos desafios enfrentados
pelos integradores locais. Com
um trabalho realizado de pessoas
para pessoas, a empresa chega para
colaborar com o fortalecimento e
crescimento da energia fotovoltaica
no Nordeste.
RBS Magazine 33
A FOTUS DISTRIBUIDORA SOLAR
A Fotus está no Top 10 das importadoras
e distribuidoras de equipamentos fotovoltaicos
do Brasil, segundo o “Estudo
Estratégico de Geração Distribuída” publicado
pela Greener em 2023. Para atender
projetos de pequeno a grande porte em
todo território nacional, os centros de distribuição
da empresa estão localizados
estrategicamente nas regiões costeiras
dos estados do Espírito Santo e Pernambuco,
próximos aos principais portos e
rotas de escoamento de mercadorias do
país.
Além dos escritórios de vendas em Vila
Velha - ES (matriz), Toledo - PR e Campinas
- SP.
Com uma infraestrutura de mais de
50.000m2 e uma estratégia de precificação
arrojada, a Fotus possui um
modelo de negócio que permite tornar a
energia fotovoltaica mais acessível no
Brasil e, consequentemente, colabora
com um mundo mais sustentável.
34
RBS Magazine
RBS Magazine 35
Entrevista
Entrevista exclusiva com
Rodrigo Mello, diretor do
SENAI-RN e do Instituto
SENAI de inovação em
energias renováveis (ISI-ER)
"A pesquisa tem muito a contribuir para melhoria de eficiência e
condições ótimas de produção de energia solar"
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento
& Inovação (PD&I) têm muito a
contribuir para melhoria de eficiência e
condições ótimas de produção de energia
solar no Brasil, frisa o diretor regional do
SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação
em Energias Renováveis (ISI-ER),
Rodrigo Mello.
Nesta entrevista, o executivo explica a
quantas anda a demanda por soluções
voltadas ao setor dentro e fora do Rio
Grande do Norte - estado que é não só
sede do Instituto, mas líder nacional na
produção de energia eólica em terra, detentor
de uma expansão superior a 80%
na potência instalada de energia solar,
no último ano, em geração distribuída,
e epicentro de discussões e projetos que
envolvem novas fronteiras, como a indústria
do hidrogênio verde.
O movimento de empresas, governos e
outras instituições em busca de inovações,
pesquisa aplicada e projetos de desenvolvimento
na área tem se mostrado
cada vez mais intenso, segundo o executivo.
Ele também faz um balanço das respostas
que a atividade têm demandado para
educação profissional. “Enxergamos este
como um setor industrial importante e
temos feito um esforço especial para encarar
o desafio da formação de pessoas”.
Veja a entrevista:
RBS Magazine - O SENAI-RN é uma instituição
que investe na relevância da experiência
para o desenvolvimento da indústria
e da área de pesquisa, desenvolvimento e
inovação, tendo como referência, para o
Brasil, o Instituto SENAI de Inovação em
Energias Renováveis (ISI-ER). Como iniciou
o Instituto? E Quais projetos no setor
serão desenvolvidos este ano?
RODRIGO MELLO - O Instituto SENAI
de Inovação em Energias Renováveis
nasceu a partir de uma provocação feita
pelo setor industrial do Brasil, que, a partir
da bolha econômica internacional de
2008, perdeu competitividade. A indústria
brasileira, através da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), provocou
o SENAI para que criasse programas capazes
de ampliar a competitividade do
setor a partir, em especial, de pesquisa,
desenvolvimento e inovação. Daí criou-
-se um programa chamado Institutos
SENAI de Inovação, com centros de pesquisa
distribuídos em todas as regiões do
país, de acordo com suas áreas de vocação.
No Rio Grande do Norte, por conta
das características naturais e por ser o
local onde se iniciaram as atividades industriais
voltadas à indústria renovável,
criou-se o Instituto SENAI de Inovação
em Energias Renováveis, que tem desenvolvido
relevantes serviços para o setor
de energias renováveis como um todo,
não só o de energia solar. No tocante à
energia solar, nós estamos trabalhando
no dimensionamento do recurso solar de
várias regiões do país, em especial do Rio
Grande do Norte. Também publicamos
recentemente o Atlas Eólico e Solar do
estado, com dados inéditos informando
as características de radiação, onde
é melhor para produzir e onde existem
limitações para a instalação de parques.
Dados para produção de energia a partir
da geração distribuída em todo o estado
estão disponíveis neste Atlas. Através
do ISI, estamos desenvolvendo alguns
projetos de análise de qualidade de desempenho
de módulos fotovoltaicos para
o Brasil como um todo. Em outra frente,
avaliamos as perspectivas de utilização
de módulos bifaciais, de que forma a
gente consegue otimizar o desempenho
desses equipamentos. O projeto não
está concluído, mas os primeiros dados
levantados sugerem uma ampliação de
desempenho do equipamento em mais
de 20% para os módulos bifaciais. Temos
instalado, Brasil afora, um volume importante,
que supera 20 unidades, de estações
meteorológicas tratando da radiação
de cada um desses locais. Começaremos
agora a tratar o assunto sobreirradiância,
que é um assunto importante para o setor
e para o desempenho desses equipamentos.
Enfim, o setor de pesquisa, desenvolvimento
e inovação na área de energia
solar é aquecido no mundo todo e através
do Rio Grande do Norte o SENAI do Brasil
tem capitaneado um volume importante
de pesquisas para este setor.
RBS Magazine - O Rio Grande do Norte
está na rota da expansão das energias renováveis,
visto esse crescimento, para o SE-
NAI-RN, qual a importância de se debater
sobre o setor? Além disso, qual a expectativa
da participação de vocês no Fórum GD
Nordeste como Co-organizadores?
O Rio Grande do Norte teve uma participação
de mais de 2% na geração desta
fonte de energia solar, quando comparado
com o Brasil todo, o que parece pouco,
mas é um número muito representativo
36
RBS Magazine
quando você observa o tamanho
físico de um estado
dos menores da nação. Esse
crescimento se dá com quase
50 mil unidades de geração
instaladas em todo o estado.
Cobrimos todo o estado do
Rio Grande do Norte. Esses
números, por si só, dão
a importância, a magnitude
desse setor para o estado. É
necessário que se registre
que esse setor tem, como
perfil, uma participação preponderante
de empresas de
micro e pequeno porte, genuinamente
potiguares, que
geram emprego em cada um dos municípios
onde estão em funcionamento. Tem
um lado econômico importante, um lado
social importante, com distribuição de
renda e riqueza em nosso estado e estava
na hora de esse evento ser realizado aqui.
É impossível você olhar para o Rio Grande
do Norte e não pensar em um lugar cheio
de sol, cheio de qualidade de vida, refletido
em todas as fotos que saem do estado
mundo afora. Com a GD, como atividade
que trabalha diretamente na qualidade de
vida das pessoas, seja mitigando emissões
de gases de efeito estufa, seja auxiliando
na redução de custo da unidade familiar,
e esse crescimento que o RN tem registrado
nesta fonte, nos parece oportuno ter o
estado como sede do evento. Esperamos
poder, junto com as melhores cabeças do
setor do nosso país, discutir e enriquecer
ainda mais os conhecimentos e atividades
voltadas a essa indústria.
RBS Magazine - O SENAI atua em parceria
com grandes empresas para criar soluções
inovadoras para a cadeia de energias
renováveis, objetivando o aumento da eficiência
dos equipamentos e a ampliação
do uso de energias renováveis na matriz
elétrica brasileira. Quais são as principais
empresas parceiras atualmente em busca
dessa inovação?
O SENAI tem desenvolvido projetos com
diferentes grandes empresas do setor
energético no Brasil. Iniciamos a discussão
para construção de projetos com algumas
petroleiras, que são firmes investidoras
na área de transição energética. Com
instituições públicas, como os governos
dos estados do Rio Grande do Norte,
do Espírito Santo e de Alagoas, construímos
projetos especialmente na área de
energia solar, com o governo federal, temos
projeto em execução com o Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Estamos atuando em conjunto também
com instituições internacionais, como
a agência pública de cooperação alemã
GIZ. Os grandes atores envolvidos no
setor energético e em transição energética,
presentes no Brasil, têm participado
do desenvolvimento de soluções
conosco. De maneira geral, os projetos
de PD&I desenvolvidos no Brasil buscam,
primeiro, adequar, tropicalizar a
tecnologia existente em outros países
para que se conheça o desempenho em
solo brasileiro, em condições brasileiras
de operação, e, segundo, tratar algumas
inovações que possam melhorar o desempenho
dessas tecnologias no Brasil ou desenvolver
tecnologias acessórias às que já
existem. Precisamos enxergar qual a melhor
tecnologia a ser usada,seja na maior
floresta tropical do mundo, em condições
de praia, em condições de cerrado, em
condições de temperatura mais fria, no
ambiente subtropical, ou em condições
tropicais, mais ao norte do país. A pesquisa
tem muito o que responder, muito
a contribuir com informações voltadas à
melhoria de eficiência e condições ótimas
de produção de energia elétrica a partir
da fonte solar.
RBS Magazine - E do ponto de vista da
educação, que respostas o SENAI tem dado
ao setor e o que vê como os principais desafios
para a formação profissional hoje?
O setor de geração distribuída possui características
específicas, especialmente,
no perfil das empresas envolvidas e na
distribuição espacial das empresas envolvidas.
Pensando nisso, além da Pesquisa,
Desenvolvimento & Inovação, o SENAI
tem encarado o desafio de formação de
pessoas com foco especial nas características
do setor. Nós qualificamos pessoas
Entrevista
aonde elas estão, buscando
dar a maior capilaridade
possível no assunto educação
profissional, levando
soluções de formação profissional
para o interior em
unidades móveis, que são
salas de aulas sobre rodas,
realizando cursos presenciais
na sede, em Natal, ou
na modalidade de educação
à distância, beneficiando
pessoas de todas as regiões
do estado e buscando deixar
um legado de pessoas qualificadas
em todas as regiões
onde acontece a atividade de
instalação de módulos fotovoltaicos. Só
no nosso Centro de Tecnologias do Gás
e Energias Renováveis (CTGAS-ER), do
SENAI-RN, mais de 1.500 profissionais
foram qualificados/as nos últimos sete
anos em cursos ligados à energia solar.
Temos desde formações básicas para a
atividade até a primeira especialização
técnica do Rio Grande do Norte em sistemas
fotovoltaicos e uma certificação profissional
inédita no país, criada em parceria
com a Alemanha, para profissionais
que estão em campo. Outra coisa importante
é dar oportunidade a todas as pessoas
que compõem a sociedade para que
haja uma real distribuição de renda a partir
do trabalho, impulsionado pela educação
e com inclusão também das mulheres.
Temos feito programas específicos
para minorias, para que elas participem
do processo produtivo com cada vez mais
igualdade. É preciso, ainda, que a gente
enxergue que precisamos manter esse sistema
aquecido e que diversas ocupações
que estão no mercado não possuem uma
qualificação própria voltada à instalação
de módulos fotovoltaicos, não possuem
um documento que comprove essa competência.
Como forma de contribuir ainda
mais com o setor, em parceria com o
governo da Alemanha, o SENAI-RN desenvolveu
uma certificação própria para
profissionais que atuam na instalação de
sistemas fotovoltaicos, na metodologia de
certificação alemã. Este é um setor que
todo dia se renova, que recebe novos desafios,
que não para. No Rio Grande do
Norte, chegamos a números excepcionais,
que superam 80% de crescimento
da potência instalada no último ano, em
relação ao período anterior. Enxergamos
este como um setor industrial importante
e temos feito um esforço especial
para encarar esse desafio de formação
de pessoas.
RBS Magazine 37
Artigo
O papel das baterias
de armazenamento
na geração distribuída:
TENDÊNCIAS DE MERCADO
Por: engenheiro Gilmar Rodrigo
AS BATERIAS DE ARMAZENAMENTO
DESEMPENHAM UM PAPEL CRUCIAL NA
TRANSIÇÃO PARA UM MODELO
ENERGÉTICO MAIS SUSTENTÁVEL
E EFICIENTE...
As baterias de armazenamento
são essenciais na geração
distribuída (GD) para lidar
com a variabilidade da geração
e o gerenciamento da demanda.
Elas garantem a estabilidade da
rede elétrica ao armazenar o excesso
de eletricidade gerada durante
períodos de alta produção e fornecê-la
quando a geração é insuficiente.
Além disso, as baterias ajudam a
gerenciar a demanda, fornecendo
energia durante picos de consumo
e equilibrando a oferta e a demanda.
Elas aumentam a autonomia dos
sistemas GD, sendo cruciais em locais
remotos. As baterias de armazenamento
desempenham um papel
crucial na transição para um modelo
energético mais sustentável e
eficiente.
Tecnologias de Baterias de Armazenamento
Existem várias tecnologias de baterias
de armazenamento utilizadas
na geração distribuída (GD). Aqui estão
três exemplos com suas características
e aplicações:
1. Baterias de íon-lítio: As baterias
de íon-lítio são amplamente utilizadas
devido à sua alta densidade
de energia, eficiência de carga e descarga,
vida útil longa e baixa taxa de
autodescarga. Elas são comumente
encontradas em dispositivos eletrônicos
portáteis, veículos elétricos e
sistemas de armazenamento residencial.
Na GD, as baterias de íon-
-lítio são ideais para aplicações em
residências, empresas e projetos de
pequena escala, onde é necessário
um armazenamento de energia modular
e flexível.
2. Baterias de chumbo-ácido: As
baterias de chumbo-ácido são uma
tecnologia madura e amplamente
utilizada. Elas são conhecidas por sua
confiabilidade, baixo custo e capacidade
de lidar com altas correntes de
descarga. No entanto, possuem menor
densidade de energia e vida útil
mais curta em comparação com outras
tecnologias. Essas baterias são
comumente usadas em sistemas de
energia de reserva, como UPS (Uninterruptible
Power Supply), sistemas
de backup e aplicações industriais.
Na GD, as baterias de chumbo-ácido
são frequentemente utilizadas em
projetos de médio porte, como instalações
comerciais e sistemas de energia
híbrida.
3. Baterias de fluxo redox: As
baterias de fluxo redox são um tipo
de bateria recarregável que armazena
energia em soluções de eletrólitos.
Embora sejam uma tecnologia
promissora, ainda não
são amplamente utilizadas por
algumas razões:
Custo: As baterias de fluxo redox
são geralmente mais caras de
fabricar do que as baterias convencionais,
como as de íons de lítio.
Os materiais e o design necessários
para construir sistemas de fluxo
redox podem ser mais complexos
e exigir processos de produção
mais caros, o que afeta o custo final
dessas baterias.
Baixa densidade de energia: As
baterias de fluxo redox tendem a ter
uma densidade de energia relativamente
baixa em comparação com
outras tecnologias de bateria, como
38
RBS Magazine
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RBS Magazine 39
Artigo
O MERCADO DE BATERIAS DE ARMAZENAMENTO ESTÁ
PASSANDO POR UM CRESCIMENTO SIGNIFICATIVO E APRESENTA
VÁRIAS TENDÊNCIAS ATUAIS E FUTURAS PROMISSORAS...
as de íons de lítio. Isso significa que
elas têm uma capacidade de armazenamento
de energia mais baixa em
relação ao seu tamanho e peso. Isso
pode ser uma desvantagem em aplicações
que requerem baterias compactas
e leves.
Eficiência energética: As baterias
de fluxo redox também podem ter
uma eficiência energética menor em
comparação com outras tecnologias
de bateria. Isso significa que uma
quantidade significativa de energia
pode ser perdida durante o processo
de carga e descarga. Embora melhorias
tenham sido feitas na eficiência
das baterias de fluxo redox, ainda há
espaço para avanços nessa área.
Desenvolvimento e adoção limitados:
Embora as baterias de fluxo
redox tenham sido objeto de pesquisa
e desenvolvimento, sua adoção
comercial em larga escala ainda é
limitada. Muitos dos avanços recentes
em tecnologia de baterias têm se
concentrado nas baterias de íons de
lítio, que se tornaram a opção dominante
em várias aplicações. Isso pode
limitar os recursos e o investimento
disponíveis para o desenvolvimento
e a comercialização de baterias de
fluxo redox.
Apesar dessas limitações, as baterias
de fluxo redox ainda têm seu
lugar e são especialmente adequadas
para aplicações que requerem longa
vida útil, armazenamento de energia
em larga escala e gerenciamento
avançado de energia. À medida
que a pesquisa e o desenvolvimento
continuam, é possível que essas
limitações sejam superadas e as baterias
de fluxo redox se tornem uma
opção mais amplamente adotada
no futuro.
Em resumo, as baterias de íon-lítio
são versáteis, eficientes e modulares,
sendo amplamente utilizadas
em projetos de geração distribuída
de pequena escala. As baterias de
chumbo-ácido são confiáveis e econômicas,
adequadas para projetos
de médio porte. As baterias de fluxo
redox oferecem alta escalabilidade e
longa vida útil, sendo ideais para sistemas
de armazenamento em larga
escala. A escolha da tecnologia de
bateria depende das necessidades
específicas do projeto, considerando
fatores como capacidade, densidade
de energia, duração, custo e infraestrutura
disponível.
Tendências de Mercado para Baterias
de Armazenamento
O mercado de baterias de armazenamento
está passando por um
crescimento significativo e apresenta
várias tendências atuais e futuras
promissoras. Algumas das principais
tendências incluem:
Avanços tecnológicos: A indústria
de baterias está constantemente
em busca de avanços tecnológicos
para melhorar a eficiência, a vida útil,
a densidade de energia e a segurança
das baterias de armazenamento.
Pesquisas estão sendo realizadas em
novos materiais, como grafeno e lítio-ar,
além de melhorias contínuas
nas tecnologias existentes, como baterias
de íon-lítio. Esses avanços têm
o potencial de aumentar o desempenho
das baterias, tornando-as mais
eficientes e duradouras.
Redução de custos: Um dos principais
impulsionadores do mercado
de baterias de armazenamento é a
redução contínua dos custos. A demanda
crescente, a escala de produção
e os avanços tecnológicos têm
contribuído para a diminuição dos
preços das baterias. Além disso, a
concorrência entre os fabricantes e
os esforços para otimizar a cadeia de
suprimentos também estão impulsionando
a redução de custos. Essa
tendência torna as baterias de armazenamento
mais acessíveis e viáveis
para uma variedade de aplicações,
incluindo a geração distribuída.
Crescimento exponencial da capacidade
instalada: O mercado de
baterias de armazenamento tem
experimentado um crescimento
exponencial na capacidade instalada
nos últimos anos. Isso se deve à
crescente adoção de energias renováveis,
como a solar e eólica, que requerem
soluções de armazenamento
para lidar com a intermitência dessas
fontes. Além disso, os avanços nas
políticas governamentais, incentivos
financeiros e regulamentações
favoráveis estão impulsionando a
implantação de sistemas de armazenamento
em larga escala. Como
resultado, é esperado que o mercado
de baterias de armazenamento
continue crescendo nos próximos
anos.
Aplicações em larga escala e redes
elétricas inteligentes: As baterias
de armazenamento estão se tornando
cada vez mais importantes nas
redes elétricas inteligentes e em projetos
de armazenamento em larga
escala. Elas desempenham um papel
fundamental no equilíbrio da oferta
e demanda, na estabilização da rede
elétrica e no suporte a serviços auxiliares,
como resposta rápida e regulação
de frequência. Além disso, as
baterias estão sendo usadas em projetos
de microgrids, onde fornecem
energia confiável e independência
energética.
No geral, o mercado de baterias
de armazenamento está em constante
evolução e apresenta um futuro
promissor. Avanços tecnológicos,
redução de custos, crescimento da
capacidade instalada e aplicações
em larga escala estão impulsionando
a indústria e contribuindo para
a transição para um sistema energético
mais limpo e sustentável. Espera-se
que o mercado continue
crescendo à medida que a demanda
por armazenamento de energia
aumenta e novas oportunidades
surgem em áreas como mobilidade
elétrica
40
RBS Magazine
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RBS Magazine 41
A CorSolar estará presente como
Patrocinador Master no Fórum GD
Nordeste, que acontecerá nos dias
28 e 29 de Junho de 2023 no Centro
de Convenções Natal, na Via Costeira
Sen. Dinarte Medeiros Mariz,
Ponta Negra em Natal no Rio Grande
do Norte.
Esta é uma excelente oportunidade
de conhecer e se inteirar das maiores
tendências do setor de energia fotovol-
taica com os melhores e mais importantes
players do mercado.
A CorSolar acabou de chegar de
uma grande viagem pela China onde
firmou grandes e importantes parcerias
com os melhores fornecedores internacionais,
além de participar da SENEC
2023, a Conferência e Exposição Internacional
de Geração de Energia Fotovoltaica
e Energia Inteligente, o maior evento
do mundo sobre Energia Solar.
Estamos de malas cheias de novidades
e tendências prontas para serem
abertas para todo o Brasil e em especial
no Fórum GD Nordeste, que será o primeiro
evento que iremos participar após
termos desembarcado aqui no Brasil.
Queremos estabelecer novas parcerias,
fortalecer ainda mais as que já
possuímos e fomentar este mercado solar
que está cada vez mais aquecido em
nosso país.
Todos sabemos que o Brasil tem um
grande potencial para a geração de energia
solar. Falando em regiões do país, o
Nordeste tem crescido significativamente
devido aos investimentos em projetos
de energia limpa e renovável.
Além dos benefícios ambientais,
como a redução na emissão de gases de
efeito estufa, o aumento da produção
de energia solar tem gerado empregos
e trazido impactos econômicos positivos
em toda a região.
O Nordeste é um território fundamental
para o desenvolvimento da energia
solar no Brasil, sobretudo por causa
de seus longos períodos de sol.
Atualmente, é a região com a maior
capacidade operacional do país, com
6,98 GW, somando os segmentos de GD
(geração distribuída) e GC (geração centralizada),
segundo dados atualizados
da ANEEL (Agência Nacional de Energia
Elétrica).
Capacidade operacional por região
brasileira, segundo a ANEEL:
• Nordeste: 7,19 GW
• Sudeste: 6,88 GW
• Sul: 2,94 GW
• Centro-Oeste: 2,14 GW
• Norte: 0,93 GW
Entre as grandes usinas, o Nordeste
é responsável por dois terços da potência
operacional gerada no Brasil: 4,33
GW dos 6,52 GW existentes. Ao todo,
são 177 grandes empreendimentos fotovoltaicos
em operação. Os estados nordestinos
que hoje contam com mais potência
instalada em GD são: Bahia, Ceará
e Pernambuco, com 0,57 GW; 0,46 GW e
0,43 GW, respectivamente.
A CorSolar estará presente no Fórum
GD Nordeste, prestigiando a região
e fortalecendo contatos com parceiros
do Nordeste para destacar ainda mais a
região no cenário nacional.
NORDESTE: conte sempre com a
CorSolar.
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14|15
JULHO
2023
CAXIAS DO SUL - RS - BRASIL
27|28
SETEMBRO
2023
CHAPECÓ - SC - BRASIL
06|07
DEZEMBRO
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FORTALEZA- CE - BRASIL
EDIÇÃO ESPECIAL CAXIAS DO SUL
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ORGANIZAÇÃO
RBS Magazine 43
44
RBS Magazine
RBS Magazine 45
Processo de galvanização a quente
Marcelo Pereira - Engenheiro Mecânico e
Jeser Siemiatkouski - Engenheiro Civil
A
galvanização a
Fogo é um dos
processos mais
antigos na proteção
do aço e do ferro
contra o processo
natural de corrosão,
basicamente consiste
na imersão do material
em um banho de zinco
ou em liga Zn-Al (Bezinal),
que está fundido a
uma temperatura entre
430 à 460ºC. Esse é um
procedimento que tem
o objetivo de proteger
o aço contra a corrosão,
o zinco é um metal
denominado “de sacrifício”,
pois é ele que irá
sofrer corrosão no lugar do ferro, originando
a proteção catódica, ou seja,
o zinco se sacrifica perdendo elétrons
para proteger o ferro mesmo se a superfície
estiver exposta ao ar, o que
faz aumentar consideravelmente
vida útil do aço.
O processo de galvanização a
quente em si é um processo simples
e possui varias vantagens sobre outros
métodos de proteção contra a
corrosão.
Beleza: Além do revestimento de
zinco, o aço recebe uma câmara de
cromo que faz o material “brilhar”
Custo-Benefício: O principal fator
que contribui para o processo de
galvanização e o baixo custo. Embora
envolva bastante espaço, o processo
de galvanização tem sido padronizado,
além disso é 100% garantido de
funcionar.
Durabilidade: O processo de galvanização
multiplica a vida útil do
aço. Essa durabilidade faz com que
a estrutura dure por mais tempo, ou
seja, não sendo necessário manutenções
em curto período de tempo.
Segurança: A economia e durabilidade
contribuem para o cenário
ideal para as grandes construções, visando
agilidade no processo de construção.
Além disso a espessura do
revestimento formado é uniforme,
previamente especificado conforme
norma ABNT NBR6323.
O processo de galvanização passa
por algumas etapas, que proporciona
segurança e confiabilidade do
processo. As vigas a serem revestida
são transportadas por pontes rolantes,
para cada banho de tratamento.
A Primeira etapa começa com a
limpeza por meio de soluções desengraxantes.
Segunda etapa passa pela decapagem
onde remove carepas e óxidos
formado pela ação do tempo.
Terceira etapa passa pelo Enxague,
retira o excesso da etapa anterior.
Quarta etapa passa
pelo processo de
Fluxagem, onde promove
a aderência uniforme
do zinco.
Quinta etapa banho
de zinco liquido,
onde fica o metal fundido
com controle de
composição e elementos
de liga.
Sexta etapa processo
de passivação,
ou seja, banho protetor
para maior brilho e
proteção contra corrosão.
A efetiva proteção gerada pelo
processo de galvanização a fogo,
inicia-se pela corrosão superficial
do Zinco, onde forma-se, óxido e hidróxido
de zinco (corrosão branca),
ou seja, a cobertura de Zinco aplicada
na Galvanização a fogo, não é o
que definitivamente confere a durabilidade
do revestimento, mas sim,
as fases de Oxidação do Zinco que
as sucedem.
Muitas pessoas acham que essas
manchas já são um processo de
corrosão do aço, mas na verdade
esse processo se chama Passivação.
Isso ocorre quando há deposição de
cromo sob a superfície galvanizada
criando uma camada branca, na qual
não afeta o material base (aço) e sim
apenas a primeira camada protetora
de formado por cromato de zinco sobre
a superfície do zinco.
O processo de galvanização é essencial
para garantir maior durabilidade
e resistência as estruturas, por
isso, você deve contar com fornecedores
que garantem a qualidade do
processo.
46
RBS Magazine
RBS Magazine 47
N E X E N
no Nordeste
Novo centro de distribuição da Nexen no Nordeste.
Foto: Divulgação.
"A INTENÇÃO DO
NOVO CENTRO DE
DISTRIBUIÇÃO
É OTIMIZAR OS
PRAZOS DE FORMA
ESTRATÉGICA NA
REGIÃO, DANDO
MAIS SEGURANÇA
E PRECISÃO À
ENTREGA...
ANexen buscando melhor
atender o seu integrador,
inaugurou no mês de abril
um novo centro de distribuição
em Ipojuca (PE). A
unidade conta com um investimento
de 30 milhões e tem um papel estratégico
para as pretensões da empresa
que planeja expandir em mais de
50% o seu faturamento na região.
A escolha por uma sede no Nordeste
tem relação direta com o volume
de vendas que a empresa vem
registrando no Brasil ao longo dos
últimos anos, levando também em
consideração que a região nordeste
tem uma participação importante no
faturamento da empresa, em torno
de 25% do total.
A intenção do novo centro de distribuição
é otimizar os prazos de forma
estratégica na região, dando mais
segurança e precisão à entrega.
“Nossa previsão com essa fábrica
é crescer o nosso faturamento em
cerca de 50% e reduzir o prazo de
entrega de 20 dias para 4 dias. Com
isso, vamos atender com melhor qualidade
e fazer com que nossos parceiros
integradores vendam mais e
assim cresçam também”, destacou
Ítalo De Pra Neto, CEO da Nexen.
Com uma equipe especializada
de suporte técnico, a Nexen busca
dar todo o apoio ao integrador, como
em casos de garantia, onde todos os
processos são realizados de forma
simples, rápida e objetiva, possibilitando
situações imediatas de troca
dos equipamentos Nexen.
O propósito da empresa é auxiliar
cada vez mais os seus parceiros,
por isso, tem uma plataforma de fácil
acesso, onde o integrador pode realizar
suas compras a qualquer momento,
além de frete grátis para todo o
Brasil e negociações personalizadas
com atendimento humanizado
e ágil.
Para se tornar um integrador
Nexen, basta solicitar seu
cadastro através do site www.
nexen.com.br, clicando na
aba Integrador - Quero ser
integrador, e em até 24h você
terá o retorno da aprovação de
seu cadastro e o acesso para a
plataforma exclusiva da Nexen.
48
RBS Magazine
DAH Solar bate recorde na
produção de células TOPCon
Segundo a companhia, a fabricação
dos módulos fotovoltaicos
ToPCon teve início
em maio deste ano. A base
de fabricação de células solares
TOPCon usou apenas 23 dias para
atingir uma eficiência de conversão
de mais de 25,4%, e a taxa de rendimento
da célula solar ultrapassou
97%. Este resultado quebrou recordes,
tornando a fabricante uma das
maiores potências na indústria.
Até o fim deste ano, a fabricante
Dah Solar estima produzir 5,5 GW de
células solares e 2,5 GW de módulos
fotovoltaicos, ambos com tecnologia
TOPCon na base de fabricação TOP-
Con da empresa, localizada na cidade
de Chaohu, Anhui, China. De acordo
com Felipe Santos, diretor de Vendas
para o mercado Latino-americano
da DAH Solar, entre as razões pelas
quais a empresa decidiu estabelecer
a base de fabricação TOPCon estão a
boa aceitação dos seus módulos pelo
mercado internacional e, consequentemente,
a alta na demanda dos seus
painéis.
“Como nossa marca é bem aceita
em todo o mundo, a demanda por
nosso produto solar de alta eficiência
continua aumentando. No ano passado,
em comparação com 2020, a
taxa de crescimento das vendas foi
de 60%”, disse. Além disso, “Este ano,
esperamos um aumento de vendas
de cerca de 90%. A produção de produtos
TOPCon nos ajudará a alcançar
capacidades de produção e entregar
nossas soluções solares de alto valor
para consumidores globais”, afirma
Felipe Santos.
A fabricante também planeja expandir
a produção construindo outra
base de fabricação de células solares
de wafer de silício TOPCon 7GW em
Shanxi. O projeto planeja construir 7
GW de wafers de silício tipo N de alta
eficiência e 7 GW de capacidade de
produção de células solares tipo N de
alta eficiência, com um investimento
total de cerca de 2 bilhões de Yuan
RMB.
RBS Magazine 49
Trina avalia que o mercado
emandará equipamentos
mais modernos
Otimista com o aumento crescente da capacidade instalada de energia
fotovoltaica no Brasil, empresa acredita que consumidores tendem a
buscar painéis que oferecem maior eficiência e vida útil mais longa
A
Trina Solar, indústria chinesa
fundada em 1997 e
especializada no desenvolvimento
e fornecimento
de soluções em energia
fotovoltaica, é um dos maiores fabricantes
mundiais de painéis solares.
Atuando no Brasil desde 2017,
a companhia contribuiu e continua
contribuindo de forma ativa para o
aumento da capacidade instalada
de energia solar fotovoltaica no país,
que tem apresentado forte expansão.
De acordo com dados da Associação
Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (Absolar), apenas nos 5
primeiros meses de 2023, foi registrada
uma alta de 6,5 gigawatts (GW)
na capacidade total instalada no território
nacional. Ela saltou de 23,9
GW, em dezembro de 2022; para
30,4 GW, em maio deste ano.
Otimista com a perspectiva de
manutenção da curva de crescimento
da capacidade instalada de energia
fotovoltaica no Brasil, a Trina Solar
acredita que, naturalmente, em
breve o mercado deverá demandar
equipamentos cada vez mais modernos,
que asseguram índices superiores
de eficiência energética e vida útil
mais longa.
Atenta a esse movimento, em
dezembro do ano passado a companhia
desenvolveu a linha Vertex N
de painéis solares. Equipados com
células i-TOPCon Tipo N de 210mm
e com vidro duplo para ampliar a bifacialidade
(o painel absorve irradiação
solar tanto na face frontal quanto
traseira), os novos equipamentos
garantem maior eficiência, menor
degradação e melhor rendimento de
energia.
De acordo com o Dr. Chen Yifeng,
vice-presidente associado da Trina
Solar, a tecnologia i-TOPCon Advanced,
de nova geração, aumenta a
eficiência de produção potencial em
26%. Em maio, durante a Conferência
e Exposição Internacional de Geração
de Energia Solar Fotovoltaica e Energia
Inteligente, realizada em Xangai,
a Trina Solar adiantou que, a partir de
2024, a linha Vertex N será atualizada,
com um módulo ainda potente,
para geração de 700 MW. O anúncio
da empresa é uma prova de sua preocupação
permanente em liderar as
inovações tecnológicas no mercado
de energia fotovoltaica, oferecendo
equipamentos e soluções cada vez
mais avançados.
Desde que chegou ao Brasil, o
carro-chefe da Trina Solar é a linha
Vertex, que contempla uma gama
de módulos para atender aos mais
diversos consumidores, sempre com
reconhecida qualidade.
Com o objetivo de manter o
mercado brasileiro atualizado a respeito
de todas as novidades em suas
linhas de equipamentos, a Trina Solar
procura participar dos principais
eventos na área de energia fotovoltaica.
Agora em junho, por exemplo,
a companhia marcará presença na
19ª edição do Fórum GD Nordeste,
o Fórum Regional de Geração Distribuída
com Fontes Renováveis,
que será realizado nos dias 28 e 29,
em Natal, capital do Rio Grande do
Norte. Durante o evento, Nadine
Figueiredo, profissional que atua
na área de Produtos e Soluções
da Trina Solar no Brasil, será uma
das palestrantes.
Embora a Trina Solar negocie
seus painéis diretamente com
distribuidores, durante o evento
profissionais da empresa estarão
disponíveis para esclarecer as principais
dúvidas a respeito de toda a
linha de produtos, inclusive indicando
o equipamento mais adequado
de acordo com a necessidade de
cada consumidor.
50
RBS Magazine
A energia solar é o futuro que estamos construindo agora. Para colaborar com
o avanço desta matriz energética limpa, renovável e sustentável, a Amphenol
acaba de lançar a linha Amphe-PV H4 Plus.
Indicados para aplicações em painéis fotovoltaicos, os novos conectores
oferecem desempenho robusto acima dos requisitos atuais da geração
distribuída.
✔ Três vezes mais resistência a choque térmico e ciclo térmico de umidade e
congelamento
✔ Duas vezes mais proteção contra calor seco e úmido
✔ Atua em temperatura ambiente de - 40 ˚C e temperatura limite superior de
120 ˚C
✔ É resistente a produtos químicos e tem baixa absorção de umidade
Fale com a gente e saiba como levar esta solução para o seu projeto. Contato:
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INFORMATIVO DE MERCADO
Em todas as edições da RBS Magazine, os dados da energia solar fotovoltaica no
Brasil e na região onde ocorre o Fórum GD serão apresentados aos leitores a ponto
que possam acompanhar o comportamento do mercado solar. Esta é uma
parceria entre a Revista Brasileira de Energia Solar e a CGP Engenharia &
Consultoria.
Como está o mercado de
energia solar em números?
ANÁLISE DO BRASIL
GERAÇÃO
DISTRIBUÍDA
69%
21,56 GW
GRUPO A
17%
3,74 GW
GERAÇÃO
CENTRALIZADA
31%
9,64 GW
GRUPO B
83%
17,82 GW
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Usinas de grande porte que produzem energia elétrica para
muitas unidades consumidoras.
GERAÇÃO CENTRALIZADA
Usinas solares elétricas junto ou próxima das unidades
consumidoras e os participantes podem fazer uso do Sistema
de Compensação de Energia Elétrica.
Em relação aos grupos tarifários, observa-se que o Grupo B referente a
baixa tensão é majoritário no Brasil. As informações em relação a
potência instalada apresentam uma proporção quase 5x maior no
Grupo B que no Grupo A.
Já em relação aos números de unidades consumidoras solares e os
grupos tarifários, o Grupo B tem uma distância ainda maior sendo
quase 72 vezes maior que o Grupo A. Assim, como esperado, a
Geração Distribuída Brasileira se caracteriza por usinas solares de
pequena potência e amplamente pulverizada.
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL - POTÊNCIA
PRINCIPAIS ESTADOS
172.350
unidades
2,12 GW
247.377
unidades
2,80 GW
323.917
unidades
2,96 GW
253.485
unidades
2,25 GW
79.438
unidades
1,35 GW
4 2 1 3
5
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL
PRINCIPAIS CIDADES
18.260
unidades
199 MW
Cuiabá
MT
4
16.145
unidades
280 MW
Brasília
DF
2
36.246
unidades
810 MW
Florianópolis
SC
1
22.683
unidades
207 MW
Campo Grande
MS
3
18.071
unidades
181 MW
Teresina
PI
5
REGIÃO
BRASIL E SUAS REGIÕES
INSTALAÇÕES
SOLARES
POTÊNCIA (GW)
SUDESTE 699.145 7,01
SUL 505.273 5,72
NORDESTE 400.055 4,19
CENTRO OESTE 257.248 3,24
NORTE 118.233 1,40
52
RBS Magazine
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Como está o mercado de
energia solar em números?
ANÁLISE DA REGIÃO NORDESTE
ESTADOS DO NORDESTE - GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
BAHIA 22%
917 MW
CEARÁ 17%
693 MW
PERNAMBUCO 15%
1613 MW
MARANHÃO 11%
471 MW
11%
RIO GRANDE DO
11%
NORTE 453 MW
9%
PIAUÍ 9%
377 MW
PARAÍBA 7%
313 MW
ALAGOAS 5%
215 MW
3%
SERGIPE 3%
134 MW
PRINCIPAIS CIDADES NORDESTE
TOP + 50MW
400.000
UCS SOLARES POR UNIDADE DE
CONSUMO
MUNICÍPIO
UNIDADES
GERADORAS
POTÊNCIA
INSTALADA (MW)
300.000
Teresina - PI 18.071 181,56
200.000
Fortaleza - CE 17.551 174,21
100.000
Natal - RN 9.903 94,40
São Luís - MA 7.399 89,25
Petrolina - PE 10.149 85,86
Maceió - AL 7.628 76,89
0
Residencial
Comercial
Rural
Industrial
Poder público
Salvador - BA 7.907 76.86
Imperatriz - MA 6.811 71.91
Mossoró - RN 7.653 70,02
Aracajú - SE 5.484 65.61
Recife - PE 5.915 55,98
33 %
Remoto
POTENCIA SOLAR EM RELAÇÃO A
MODALIDADE
João Pessoa - PB 4.865 55.62
Na tabela é apresentada as 12 cidades da região Nordeste
que possuem potência solar instalada superior a 50 MWp.
Nove dessas cidades são capitais de seus respectivos
estados, isso motivado pelo maior adensamento
populacional que elas possuem
67 %
Junto a carga
REFERÊNCIA: BASE DE DADOS DA ANEEL, VISITADO NO DIA 18/06/2023
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RBS Magazine 53
Conheça a HOPEWIND:
a opção certa para aqueles que
buscam um futuro mais verde!
Fundada em 2007, a Hopewind
entrou no mercado chinês
com uma missão clara: inovar
no setor de energia renovável!
Com nossos inversores solares
de última geração, oferecemos a
solução ideal para impulsionar a eficiência
energética. Como uma empresa
líder no mercado de energia
renovável, fornecemos inversores
solares altamente eficientes e confiáveis,
projetados para transformar
a luz solar em eletricidade limpa
e sustentável.
Nosso catálogo abrange uma variedade
de produtos, tais como:
• Inversores Solares
• Sistemas de Armazenamento
de Energia
• Dispositivos Eólicos
• Simuladores de Rede
• VFD (Variação de Frequência)
• SVG (Geração de Voltagem
Estática)
• Sistema Remoto de Operação
e Manutenção Inteligente
E muito mais!
Ao longo dos últimos 16 anos, a
Hopewind conquistou diversos marcos,
incluindo:
Líder em fornecimento de conversores
eólicos
Um dos dez principais fabricantes
de inversores fotovoltaicos na China
Entre as vinte principais marcas globais
de inversores fotovoltaicos Entre
as cem principais marcas de energia
fotovoltaica do mundo
A marca de crescimento mais rápido
no mercado
Essas conquistas estabeleceram
a Hopewind como uma referência
tanto na China quanto no mundo
quando se trata de energia renovável.
Além disso, um dos nossos principais
diferenciais de mercado são
os centros de serviços locais, suporte
pós-venda e canais diretos de comunicação
com o nosso público. Ao
oferecer um suporte rápido e atendimento
de qualidade aos clientes, ajudamos
a maximizar o desempenho
dos nossos produtos, garantindo os
melhores resultados para todos!
Para ficarmos ainda mais próximos
do nosso público, recentemente
inauguramos um escritório em Sorocaba,
São Paulo. Estamos prontos
para atender rapidamente às necessidades
dos nossos clientes em todo
o país.
Agora, com a chegada da Hopewind
ao Brasil, um dos maiores
e mais importantes países da
América Latina e do mundo, estamos
preparados e cheios de
energia para contribuir com a
sustentabilidade do país!
A Hopewind é uma empresa pioneira
e inovadora no setor de energia
renovável. Nossos produtos de alta
qualidade e soluções avançadas são
projetados para impulsionar a transição
rumo a um futuro mais sustentável.
Junte-se a nós nessa jornada em
direção a um mundo mais verde e
com energia limpa!
54
RBS Magazine
Conheça nossas tecnologias.
DS3D
QT2D
2.000W MONOFÁSICO
3.600W TRIFÁSICO
4 MÓDULOS
8 MÓDULOS
Compatível com módulos de
alta potência 670 Wp+
Compatível com módulos de
alta potência 670 Wp+
(5,36kWp de entrada)
ECU-C
Unidade de
comunicação de energia
Zigbee
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Medição de Consumo
Monitoramento de até
100 microinversores
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RBS Magazine 55
56
RBS Magazine