14.06.2023 Views

RBS Magazine ED 52

• Rio Grande do Norte registra crescimento em energia solar, mas vê desafios na geração distribuída • Como fica a geração remota para clientes residenciais após a lei 14.300 • Brasil chegará a 26GW em Geração de Energia Distribuída em 2023 • A certificação dos DPS • Módulos falsos: um risco de segurança e qualidade para usinas fotovoltaicas • O papel das baterias de armazenamento na geração distribuída: Tendências de mercado

• Rio Grande do Norte registra crescimento em energia solar, mas vê desafios na geração distribuída • Como fica a geração remota para clientes residenciais após a lei 14.300 • Brasil chegará a 26GW em Geração de Energia Distribuída em 2023 • A certificação dos DPS • Módulos falsos: um risco de segurança e qualidade para usinas fotovoltaicas • O papel das baterias de armazenamento na geração distribuída: Tendências de mercado

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Vol. 06 - Nº 52 - MAI/JUN 2023

19°FórumGD

FÓRUM REGIONAL DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA COM FONTES RENOVÁVEIS

REGIÃO NORDESTE

O maior evento

do setor GD/FV na

América Latina

19º FÓRUM REGIONAL

DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA COM FONTES RENOVÁVEIS

NATAL - RN - BRASIL

www.revistabrasilsolar.com

FAÇA PARTE

DESTA HISTÓRIA!

www.forumgdnordeste.com.br

REGIÃO SUL

28 E 29

JUNHO

2023

CONFIRA A

PROGRAMAÇÃO!

EXPOSITORES

SOLAR

SOLAR

APOIO

ABS

Associação Baiana de Energia Solar

Associação

Paraibana de

Energia Solar

ISSN 2526-7167



índice

Editorial

Olá, Amigos

Em sua 52ª edição, a RBS Magazine apresenta uma série de artigos e

informações importantes e pensadas com o propósito de amparar o setor

solar, em especial, as empresas integradoras que devem estar cada vez mais

preparadas ao competitivo mercado solar.

Atualmente, o Brasil alcança mais de 31 GWp de módulos solares, tanto

em geração distribuída como em geração centralizada, apresentando um

avanço significativo nesse setor, dados esses podendo ser explorados na segunda

edição do Informativo de Mercado.

Além disso, nesta edição iremos apresentar diversos temas voltados a

informar e apresentar novas possibilidades aos partícipes do setor solar. Começando

com a Entrevista do Editor, onde converso com a diretora de desenvolvimento

de negócios da UNICOBA, Zilda Costa, onde temos um papo

interessante sobre sistemas de armazenamento e seu impacto no mercado

solar. Além de uma matéria que reforça o setor de armazenamento elétrico e

sua aproximação do setor fotovoltaico.

Também nesta edição, tem a entrevista com a doutora em engenheira

agrícola Emanuelle Graciosa, apresentando as tendências do mercado de

energia e as possibilidades da bioenergia como fonte geradora de energia e

oportunidades.

Como o setor solar tem necessidade constante de aperfeiçoamento, uma

das matérias da nossa edição apresenta a necessidade e importância das

proteções elétricas e suas certificações para a maior segurança dos sistemas

solares.

Em um outro artigo é apresentado um problema que cada vez é mais presente

no mercado solar. A procedência e qualidade dos módulos solares é um

cuidado que todos os integradores devem ter para não entregar um projeto

de baixa qualidade que possam estragar a experiência do cliente final ou a

imagem da empresa.

Mais uma fantástica entrevista que está presente em nossa revista é a

com o Diretor do SENAI – RN, Rodrigo Mello, onde ele apresenta todo o potencial

da pesquisa voltada ao setor de energias renováveis e as contribuições

que instituto tem feito ao mercado, em especial, na capacitação de novos

recursos humanos para o setor.

Então, venha ler e compartilhar nossa RBS Magazine que possui também

outras matérias e artigos de excelente qualidade. Ela foi montada para que

as empresas do setor solar possam se capacitar e apresentar um diferencial

de mercado baseado em conhecimento cada vez mais necessário para vencer

neste competitivo setor!

Boa leitura e até mais!

Cassol – Editor RBS Magazine

04

08

14

20

24

30

38

Rio Grande do Norte registra crescimento em

energia solar, mas vê desafios na geração

distribuída

Como fica a geração remota para clientes

residenciais após a lei 14.300

Prejuízos causados pela falta de utilização de

String Box CC em instalações fotovoltaicas

Brasil chegará a 26GW em Geração de Energia

Distribuída em 2023

A certificação dos DPS

Módulos falsos: um risco de segurança e

qualidade para usinas fotovoltaicas

O papel das baterias de armazenamento na

geração distribuída: Tendências de mercado

Expediente

Curitiba - PR – Brasil

www.revistabrasilsolar.com

EDIÇÃO

FRG Mídia Brasil Ltda.

CHEFE DE EDIÇÃO

Tiago Cassol Severo

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Ingrid Ribeiro Souza

DIREÇÃO COMERCIAL

Tiago Fraga

COMERCIAL

Claudio Fraga, Luan Ignacio Dias

e Klidma Bastos

COMITÊ EDITORIAL

Colaboradores da edição

DISTRIBUIÇÃO

Carlos Alberto Castilhos

REDES SOCIAIS

Nicole Fraga

EDIÇÃO DE ARTE

Vórus Design e Web

www.vorusdesign.com.br

CAPA

Carolina Corral Blanco

APOIO

ABGD / TECPAR / WBA - Associação Mundial

de Bioenergia Solar / Instituto BESC / CBCN

/ Portal Brasileiro de Energia Solar / NEEAL

- Núcleo de Estudo em Energia Alternativa /

ABEAMA

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

Empresas do setor de energia solar

fotovoltaica, geração distribuída e energias

renováveis, sustentabilidade, câmaras

e federações de comércio e indústria,

universidades, assinantes, centros de

pesquisas, além de ser distribuído em grande

quantidade nas principais feiras e eventos do

setor de energia solar, energias renováveis,

construção sustentável e meio ambiente.

TIRAGEM: 5.000 exemplares

VERSÕES: Impressa / eletrônica

PUBLICAÇÃO: Bimestral

CONTATO: +55 (41) 3225.6693 - (41) 3222.6661

E-MAIL: contato@grupofrg.com.br

COLUNISTAS/COLABORADORES

Renata Moura, Tiago Cassol Severo, Felipe

Viotto, Borel Jr., Paulo R., Gomes, Thiago F.,

Teixeira, Renato J., Rodrigo Matias, Gilmar

Rodrigo, Marcelo Pereira, Jeser Siemiatkouski

A Revista RBS é uma publicação do

Para reprodução parcial ou completa das

informações da RBS Magazine - Revista Brasil Solar

é obrigatório a citação da fonte.

Os artigos e matérias assinados por colunistas e

ou colaboradores, não correspondem a opinião

da RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo

de inteira responsabilidade do autor.

RBS Magazine 3


Artigo

Rio Grande do Norte registra

crescimento em energia solar,

mas vê desafios na

geração distribuída

Por: Renata Moura

O

Rio Grande do Norte,

maior produtor brasileiro

de energia eólica

em terra e quinto no

ranking nacional em geração

centralizada solar fotovoltaica,

se prepara para novas frentes

de crescimento, mas, no campo da

geração distribuída (GD), enxerga

possibilidades de ritmo de forma

“embaçada”.

“O mercado enfrenta um cenário

de instabilidade e isso também está

se refletindo, claro, na busca por qualificação

profissional e no emprego”,

diz o diretor do SENAI-RN e do Instituto

SENAI de Inovação em Energias

Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello,

apontando a Lei 14.300/2022, regulamentada

em fevereiro deste ano pela

Agência Nacional de Energia Elétrica

(Aneel) e ainda objeto de discussões,

como epicentro das incertezas. O dispositivo

é o marco legal da Micro e

Minigeração Distribuída.

“A legislação mudou a partir de

dezembro de 2022 então precisamos

aguardar o novo ambiente legal para

enxergar o cenário e possíveis consequências

com mais clareza. É cedo

para estimar se o aquecimento que

vínhamos acompanhando nos últimos

anos vai continuar, se a atividade

vai se estabilizar ou até regredir”,

frisa o executivo.

O Rio Grande do Norte chegou,

em maio, a 429,6 Megawatts (MW)

instalados em geração distribuída,

uma evolução de 85% em comparação

a igual período de 2022, segundo

dados da Associação Brasileira de

Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)

disponíveis até 7 de junho. O segmento

engloba sistemas de geração

de energia para residências e outros

estabelecimentos de micro, pequeno

e médio portes.

Na geração centralizada, que inclui

usinas maiores, o avanço - entre

Enquanto o horizonte da GD parece incerto, na

geração centralizada de energia - considerado o mais

novo segmento do RN - as previsões são de expansão,

abrindo perspectivas no setor de empregos...

potência instalada e prevista - chegou

a 121,6%, elevando o total no estado

para 7.972,9 MW, o quinto maior

do país e quarto maior do Nordeste,

segundo ranking da ABSOLAR. O número

inclui 366,8 MW em operação,

666,4 MW em construção e 6.939,3

MW com construção não iniciada.

A expansão da atividade é avaliada

como “espetacular” pelo diretor

do SENAI-RN e do Instituto SENAI

de Inovação em Energias Renováveis

(ISI-ER). As instituições são, respectivamente,

os principais centros de

formação e de pesquisa aplicada do

SENAI no Brasil para as indústrias de

energias renováveis. “Mas o futuro

ritmo de investimentos, produção

e demanda na geração distribuída,

especialmente, é difícil de medir”,

acrescenta.

Emprego

Enquanto o horizonte parece incerto

para a GD, na geração centralizada

- segmento considerado mais

novo no RN - as projeções são de expansão,

o que abre, por consequência,

perspectivas também no campo

do emprego. “O setor, assim como

o de energia eólica, é intensivo em

mão de obra na fase de construção

e se desenvolve, via de regra, na região

semiárida do estado. Estimamos

4

RBS Magazine


O MAIOR

PAR

CELA

MENTO

DO MERCADO

+ FACILIDADE NO PAGAMENTO

DO SEU KIT FOTOVOLTAICO

E MAIS DE 12

VANTAGENS

COMERCIAIS

Para VOCÊ e

SEU CLIENTE

VALOR À PRAZO

CARTÕES DE CRÉDITO

ATÉ

21X

Até 12x valor à prazo fixado: Cartões Visa, Mastercard, Elo, American Express e HiperCard.

De 13x a 21x consulte acrécimo de valor à prazo: Cartões Visa, Mastercard e Elo.

VALOR À PRAZO

BOLETO

48X

Até 12x valor à prazo fixado, boletos em 1 + 11

De 18x a 48x consulte acrécimo de valor no à prazo.

Mediante análise de crédito.

KITS COMPLETOS

PARA SUA USINA SOLAR

ON E OFF GRID

MICRO INVERSOR

DRIVER BOMBA SOLAR

CARREGADOR

VEICULAR WALLBOX

BAIXE A REVISTA

FOTOVOLTAICA

Informações completas

sobre produtos

Serrana Solar

Aponte a câmera

do seu celular

e CONHEÇA

A SERRANA

RBS Magazine 5


Artigo

que uma grande diversidade de perfis

profissionais ainda será contratada

em diferentes fases dos empreendimentos”,

observa o diretor do SENAI.

“Para se ter ideia da dimensão

que estamos enxergando, a implantação

de um único parque de energia

solar no estado deverá alcançar mil

postos de trabalho este ano, considerando

desde o início da obra até a

finalização do comissionamento, previsto

para outubro. Uma parte dessas

pessoas já está em campo, mas

outras oportunidades surgirão e serão

necessárias pessoas qualificadas

para assumir esses postos”, exemplifica.

A demanda por profissionais

passa por áreas que vão desde construção

civil, preparação de estradas,

transporte de módulos, eletromecânica,

comissionamento de equipamentos

e de subestações, trabalho

típico de profissionais de eletrotécnica

e de engenharia elétrica, segundo

o executivo.

Só no Centro de Tecnologias do

Gás e Energias Renováveis (CTGAS-

-ER), do SENAI-RN, mais de 1.500

profissionais foram qualificados/as

nos últimos sete anos em cursos ligados

à energia solar, com destaque

para áreas como instalação de sistemas

fotovoltaicos, introdução às

tecnologias de geração fotovoltaica,

tecnologias e instalações de sistemas

fotovoltaicos e boas práticas de montagem

de estruturas metálicas para

usina solar fotovoltaica.

Os programas oferecem desde

conhecimentos básicos sobre o setor

até um mergulho aprofundado, em

uma especialização técnica, lançada

em 2022. As opções incluem, ainda,

uma certificação profissional inédita

no país, criada em parceria com a

Alemanha, para profissionais que estão

em campo.

“O ambiente de geração de energia

elétrica a partir das fontes renováveis

é o que mais gera empregos no

Rio Grande do Norte, do ponto de vista

de empregos industriais, e isso se

manterá assim pelo menos até o final

desta década para as fontes eólica,

solar centralizada e com novas fronteiras,

como a energia eólica offshore

(no mar), que vem aí, e a perspectiva

de utilização dessas energias limpas

para produção de hidrogênio”, acrescenta

Mello.

Condições naturais favorecem

desenvolvimento da indústria no estado

Condições naturais favoráveis a

essa indústria não faltam. Dados do

novo Atlas Eólico e Solar do Rio Grande

do Norte mostram abundância

não só do recurso eólico, mas também

de energia solar no RN.

Desenvolvido como fruto de um

Termo de Colaboração firmado entre

o governo, através da Secretaria

de Estado de Desenvolvimento Econômico

(Sedec), e a Federação das

Indústrias (FIERN), com execução do

SENAI-RN - por meio do Instituto SE-

NAI de Inovação em Energias Renováveis

(ISI-ER) - o documento aponta

onde estão as melhores áreas, com

informações inéditas sobre o potencial

do estado e regiões mais promissoras

para investimentos. É o primeiro

Atlas de energia solar do estado.

“O trabalho desenvolvido pelo

ISI mostra que temos uma relevante

capacidade em território potiguar,

de leste a oeste do estado, e é fundamental

para dar mais subsídios e

segurança à tomada de decisão das

empresas investidoras”, diz Rodrigo

Mello.

De acordo com as medições e

análises do Instituto, o Rio Grande do

Norte tem potência instalável de 82

Giga Watt pico (Gwp) para geração

de energia solar centralizada - geração

que inclui projetos acima de

5 Megawatts (MW), como usinas de

grande porte.

O valor estimado em potência

é mais de 2,5 vezes o consumo de

energia elétrica de todo o Nordeste

brasileiro em 2019. O número sobe

para 57 GWp de capacidade instalável

se considerados apenas terrenos

planos, o que corresponderia a aproximadamente

25 vezes o consumo

total de energia do estado em 2019.

Em geral, todas as áreas do RN

são muito promissoras para geração

de energia centralizada, segundo o

Atlas. A região intermediária de Mossoró

aparece, entretanto, como destaque,

com mais de 50% da capacidade

instalável total.

O Atlas destaca ainda que as condições

favoráveis no estado podem

viabilizar projetos híbridos eólico-solar

em municípios que já possuem

muitos parques eólicos em operação,

a exemplo de regiões como João Câmara

e Mossoró.

Pesquisadores e pesquisadoras

também avaliaram a integração sobre

açudes e lagoas monitorados. Os

estudos consideraram 10% da área

útil em um conjunto de reservatórios

e identificaram uma capacidade instalável

de 5,4 GWp, o que equivale a

80% do consumo residencial, comercial,

rural e industrial em 2019.

Para geração distribuída, o potencial

potiguar também é apresentado

como “abundante”. O potencial

de capacidade instalável é de mais de

718 Megawatts pico (MWp), o dobro

do que, em 2022, estava instalado

no estado. “Neste cenário”, estima o

Atlas, é possível gerar entre 1 e 1,3

TWh de energia, o que representa

quase 20% da energia consumida no

estado em 2019”.

Crescimento

O setor atravessou os últimos

anos em ritmo acelerado. De acordo

com dados da Associação Potiguar

de Energias Renováveis (Aper), o Rio

Grande do Norte teve 44.595 sistemas

conectados à rede entre 2015

e 2023, até o mês de abril, segundo

levantamento atualizado em maio.

Houve crescimento de 201,5% de

2020 para 2021; de 109,3% de 2021

para 2022; e de 19,5% de dezembro

de 2022 para abril de 2023.

Desde o ano passado, a geração

distribuída está presente nos 167

municípios do estado. Foram investidos

R$ 771,62 milhões na atividade,

no período. A partir de dados da Aneel,

a Associação também calcula que

81% das conexões estão em residências,

15% no comércio, 3% na classe

consumidora rural e 1% na indústria.

A quantidade de empregos diretos e

indiretos acumulada até este ano supera

12 mil.

6

RBS Magazine


RBS Magazine 7


Artigo

Como fica a geração remota

para clientes residenciais

após a LEI 14.300

Tiago Cassol Severo, Diretor Executivo da CGP Engenharia & Consultoria

e Professor da Universidade de Caxias do Sul

RESUMO

O objetivo deste artigo é apresentar os principais pontos da Lei 14.300 – Marco Legal da Minigeração e Microgeração Distribuída, para projetistas

e vendedores que trabalham com sistemas solares na modalidade geração remota e unidades consumidoras residenciais ou de baixa tensão,

que são os responsáveis por uma fatia significativa das vendas em geração distribuída solar no Brasil.

INTRODUÇÃO

Com a Lei 14.300 em vigor desde 2022, o setor de geração

distribuída, em especial a energia solar, começou a

sentir suas modificações e atualizações a partir dos novos

orçamentos de conexão datados posteriormente ao dia

07 de janeiro de 2023, data em que o prazo de vacância

de um ano se extinguiu. Esta lei é um avanço para o setor

de geração distribuída e, mesmo com a turbulência na

definição de algumas regras e o aguardo do “Encontro de

Contas” previsto para o mês de julho de 2023, ainda tem

trazido novas oportunidades aos investidores da cadeia

de energia solar.

Figura 01 – (a) Número de UCs de acordo com a classe de consumo e

(b) UCs de acordo com a modalidade de geração.

FONTE: ANEEL, Junho 2023

Como já é observado, este novo cenário do setor

elétrico, trará a necessidade de qualificação e atualização

constante dos profissionais do setor solar, visto que

as regras são mais aprimoradas e tem a necessidade de

mais conhecimento técnico de dimensionamento e dos

fundamentos do setor elétrico por parte das empresas do

ramo. Assim, esse artigo tem o objetivo de esclarecer os

impactos da Lei 14.300 na microgeração remota voltado

as unidades consumidoras (UC) de baixa tensão.

Para justificar as escolhas e análises, foram observadas

que as UCs residenciais, até a escrita desse artigo,

totalizavam 1.557.281 das instalações fotovoltaicas brasileiras,

resultando em um mercado equivalente a 75%

de todas as classes de consumo, conforme a Figura 01.

Deste número de UCs residenciais, é possível observar

que o modelo de geração remoto representa 15,8% de

adesão pelos investidores, totalizando 245.775 UCs que

recebem excedentes de origem de sistemas fotovoltaicos

instalados em residências. Tendo isso em vista, na mo-

dalidade de geração remota o fator simultaneidade dos

sistemas solares tem uma relevância menor nas análises

dos custos. Entretanto, o custo de disponibilidade (CD) e

a cobrança da TUSD – Fio B devem estar totalmente compreendidos

pelos projetistas e vendedores de kits solares

8

RBS Magazine


Fixadores Linha solar

Valorize seus PRODUTOS

utilize parafuso EM AÇO INOX

11 -2294-8384 / 2092-2128 WWW.LUDUFIX.COM.BR

E MUITO MAIS

RBS Magazine 9


Artigo

nas apresentações aos seus clientes

que desejam investir nesta modalidade.

Figura 02 – (a) Enquadramento das unidades consumidoras e

(b) cobrança da TUSD Fio B de acordo com o enquadramento.

PONTOS RELEVANTES A PROJE-

TOS RESIDENCIAIS

Como já deve ser de conhecimento

do leitor, o setor solar em formato

de geração distribuída está tendo

que se habituar com os termos citados

na Lei 14.300 e nas notas técnicas

liberadas pela ANEEL, tanto para

um dimensionamento de um sistema

solar quanto para a apresentação de

um novo projeto. Então, os sistemas

solares e as unidades consumidoras

cadastradas a receber os excedentes

de energia com o pedido de orçamento

de conexão protocolado antes

do dia 07 de janeiro de 2023, foram

enquadradas como GD I e possui o

Direito Adquirido. Assim, essas unidades

consumidoras permanecem com

a total compensação da TUSD e não

terão cobranças adicionais pelo uso

do Fio B da distribuição.

Entretanto, se a unidade consumidora

pediu o orçamento de conexão

após o dia 07 de janeiro, ela

será enquadrada como GD II ou GD

III, com uma cobrança da TUSD – Fio

B até 2028/2030 e, depois deste prazo,

a implementação das regras da

ANEEL que serão definidas pelo Encontro

de Contas. Neste artigo serão

analisados os impactos na GD II, mas

o resumo de qual enquadramento a

unidade consumidora do seu cliente

se encontra e como ficam definidas a

cobrança da TUSD – Fio B para cada

um deles pode ser visto na Figura 02.

Assim, para explicar os impactos

da Lei 14.300 na geração remota foi

utilizado uma residência, bifásica,

com um sistema solar instalado e

doravante conhecida como unidade

consumidora geradora (UC Geradora)

e mais três unidades consumidoras

beneficiárias, UC 01, UC 02 e UC

03, também bifásicas, mas sem um

sistema solar ou qualquer outro tipo

de geração renovável, que poderiam

ou não receber os excedentes da UC

Geradora, conforme a Figura 03.

A UC Geradora gera energia que

pode ser usada de forma simultânea

ou para ser injetada na rede elétrica

como excedente, se essa usada

* Até a data de submissão do artigo não foi liberado pela ANEEL as regras para o “Encontro de Contas”.

FONTE: Autor, Junho 2023

Figura 03 – Modalidade de geração remota com quatro UCs,

sendo uma a UC Geradora e as outras três as UCs beneficiárias.

dentro do mesmo ciclo de faturamento

da concessionária. Se esses

excedentes não forem utilizados pela

UC Geradora, eles se convertem em

créditos para serem consumidos em

até cinco anos. A fatura de energia

dessa UC Geradora vai ser relativo

à geração do sistema solar menos o

consumo. Entretanto, se ainda tiver

um consumo residual ao final do ciclo

de faturamento, os excedentes injetados

ou os créditos acumulados de

outros ciclos, se assim houver, poderão

ser utilizados para abatimento da

conta final. Assim, o valor da fatura

de energia poderá ter ou não o impacto

da cobrança da TUSD – Fio B e

depende de análise de cada caso.

FONTE: Autor, Junho 2023

Já as unidades beneficiárias que

recebem os excedentes da UC Geradora

poderão abater o seu consumo

de forma integral ou parcial. Se ainda

sobrarem excedentes oriundos

da UC Geradora na UC beneficiária,

após o fechamento do ciclo de faturamento,

eles serão convertidos em

créditos das UCs beneficiárias para o

uso em até cinco anos, também. Convém

lembrar que qualquer uma das

unidades consumidoras acima mencionadas,

tanto a energia injetada,

o excedente de energia ou o crédito

deverão ser utilizados até o limite

mínimo faturável, em moeda (R$),

relativo ao faturamento da unidade

consumidora desde que seja maior

ou igual ao valor mínimo faturável

da energia, isto é, o custo de disponibilidade,

conforme expresso na Lei

14.300.

A cobrança ou não da TUSD – Fio

B é ligada diretamente ao custo de

disponibilidade e pode ser mascarada

se o valor, em moeda, for inferior

ao, também, valor em moeda, do custo

de disponibilidade (CD). Na Figura

04 é apresentado o custo de disponibilidade

para os padrões de entrada

vigentes para o Grupo B, monofásico,

bifásico e trifásico, para a concessio-

10

RBS Magazine


Artigo

nária RGE, usando os tributos fixos de

17,00% para o ICMS e 4,60% para o

PIS e o COFINS.

Cabe lembrar que a Lei 14.300

não traz menções as tributações estaduais

e federais da energia elétrica,

tanto consumida como gerada pela

UC, mas esta cobrança é diferenciada

em ambas as situações e precisa

ser compreendida pelos projetistas

solares. Para a compreensão parcial

da tarifação sobre a energia elétrica,

cabe lembrar que o custo da energia

elétrica, isto é, os R$ por kWh é igual

a soma da Tarifa de Energia (TE) mais

a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição

(TUSD) mais as incidências

tributárias que seguem a seguinte

equação (1).

Pelas regras videntes de tributação

do ICMS, a energia elétrica consumida

diretamente pela rede elétrica

tem incidência do ICMS, entretanto a

energia elétrica injetada na rede elétrica

e requerida para abatimento do

consumo não possui essa incidência,

tendo assim um valor, em moeda, ligeiramente

menor que o anterior. De

forma resumida e objetiva, a energia

injetada tem um valor, em R$, menor

que a energia consumida mesmo que

os seus valores unitários em energia,

dados em kWh, sejam os mesmos.

Seguindo o pensamento anterior,

um projeto de geração remota

onde há uma UC Geradora mais três

UCs beneficiárias, em um determinado

mês, o sistema fotovoltaico da UC

Geradora produziu 1000 kWh com

uma simultaneidade com a carga de

20%, resultando em 800 kWh de excedentes.

Como o consumo desta UC

Geradora é de 300 kWh, ela terá 200

kWh abatidos de forma simultânea e

sem cobrança da TUSD Fio B por não

ter injeção e não fazer uso da infraestrutura

da concessionária. Mesmo

assim, ainda sobrarão 100 kWh para

abater e que sairão dos excedentes

de energia injetados pelo sistema fotovoltaico.

Esses 100 kWh oriundos da energia

injetada e requerida novamente

pela UC Geradora, fez uso da rede

elétrica de distribuição e terá inci-

dência do custo percentual da TUSD

– Fio B. Na RGE, o custo da TUSD Fio

B é de, aproximadamente, 34,7% da

soma da TE mais da TUSD, resultando

em R$ 0,2508 (sem impostos) ou

R$ 0,3167 (com impostos). Como há

um percentual crescente na cobrança

da TUSD Fio B anualmente, definido

pela Lei 14.300, na Figura 05 são

mostrados os valores cobrados pelo

fio da concessionária e a comparação

com o custo de disponibilidade (CD)

de uma rede bifásica.

Se o comportamento do consumo

elétrico da UC Geradora for

mantido e desprezando variação de

irradiação do local e a depreciação

da geração do sistema fotovoltaico

nessas análises, a tendência é que

esta unidade só venha a pagar o valor

do custo de disponibilidade com a Lei

14.300, caso similar a antiga RN 482,

já que o valor da TUSD Fio B é inferior

a essa cobrança mínima para custeio

da distribuidora. Convém lembrar

que somado ao CD (ou os custos da

TUSD Fio B proporcional), a fatura de

energia da UC Geradora irá vir também

com as cobranças de iluminação

pública e a bandeira vigente naquele

período.

Seguindo o pensamento, ainda

haverá 700 kWh injetados na rede

elétrica pela UC Geradora que poderão

ser rateados com as três UCs beneficiárias.

Conforme relatado pela

ANEEL, compete a responsabilidade

ao titular da UC Geradora informar

à distribuidora local o percentual da

energia excedente a ser destinada as

UCs beneficiárias ou, se assim desejar,

a ordem de prioridade de recebimento

desses excedentes entre as

UCs caracterizadas como autoconsumo

remoto.

Então, se tais UC 01, UC 02 e

UC 03, locadas na mesma concessionária

da UC Geradora, consumirem

no mesmo mês de análise, 250

kWh, 200 kWh e 180 kWh, respectivamente,

terão assim um consumo

de 630 kWh que poderá ser abatido

100% pelos excedentes de energia

gerados pela UC Geradora. Assim, vamos

analisar qual o valor a ser pago

por cada UC beneficiária presente

na Figura 06.

Figura 04 – Custo de disponibilidade (CD) para os três padrões de entrada

vigentes para o Grupo B, na RGE, com e sem incidência tributária.

FONTE: Autor, Junho 2023

Figura 05 – O valor dos 100 kWh injetados e requeridos para abatimento da fatura de energia da UC

Geradora comparados com o Custo de Disponibilidade (CD Bifásico) para essa situação proposta

e sem reajuste da inflação em um determinado mês do ano vigente.

* Até a data de submissão do artigo não foi liberado pela ANEEL o “Encontro de Contas”. Então, a partir

de 2029 foi instituído 100% da TUSD Fio B para este artigo. FONTE: Autor, Junho 2023

Figura 06 – O valor do uso dos excedentes para abatimento da fatura de energia das UCs beneficiárias

comparado com o Custo de Disponibilidade (CD Bifásico) para essa situação proposta e

sem reajuste da inflação em um determinado mês do ano vigente.

* Até a data de submissão do artigo não foi liberado pela ANEEL o “Encontro de Contas”.

Então, a partir de 2029 foi instituído 100% da TUSD Fio B para este artigo. FONTE: Autor, Junho 2023

RBS Magazine 11


Artigo

Observa-se que somente após

dois anos que a UC 01 irá ter um valor

ligeiramente maior que o CD e

pagará pelo uso da infraestrutura da

rede elétrica, isto é, TUSD Fio B. As

outras UC 02 e UC 03 seguem a mesma

tendência nos anos posteriores.

Convém lembrar que cada UC beneficiária,

por não ter um sistema solar

instalado, fará uso dos excedentes da

UC Geradora e não terá simultaneidade.

Assim, haverá a tendência que

os custos da TUSD Fio B sejam mais

significativos, em especial, quando

a sua porcentagem de cobrança for

mais expressiva.

Um ponto importante a se ressaltar

neste caso, é que os excedentes

enviados para abatimento das

UCs beneficiárias não foram abatidos

completamente neste determinado

ciclo de faturamento. Então,

deve-se atentar que dependendo

da alocação desse excedente, o seu

restante fica como créditos na unidade

a que foram destinados e

não retornam à UC Geradora, podendo

ser usado também por até

cinco anos.

Agora, analisando a UC Geradora

e as UCs beneficiárias, a Figura 07

traz a comparação entre os custos da

Geração Remota para o caso apresentado

em comparação com o mesmo

número de UCs sem energia solar

e com o mesmo comportamento de

consumo elétrico durante os próximos

seis anos.

Com as análises trazidas, deixa-se

claro que mesmo com a incidência

do custo da TUSD Fio B instalar

um sistema fotovoltaico no

modelo de geração remota ainda

é um ótimo investimento. Mesmo

não comparando com o capital de

investimento para a instalação do

sistema solar para o caso proposto,

observa-se que no pior cenário as

UCs com energia solar irão pagar menos

que 30% do que pagariam sem

energia solar.

Lembrando o fato que um sistema

solar, bem instalado e com suas

devidas manutenções, tem uma durabilidade

superior a 25 anos, este investimento

é favorável e sua economia

poderá trazer diversas vantagens

aos seus investidores.

Figura 07 – Comparação dos custos da GD Remota Solar com quatro unidades consumidoras sem o

benefício da energia solar, não considerando os custos de bandeira, iluminação pública e reajustes de

inflação em um determinado mês do ano vigente.

* Até a data de submissão do artigo não foi liberado pela ANEEL o “Encontro de Contas”. Então, a partir

de 2029 foi instituído 100% da TUSD Fio B para este artigo. FONTE: Autor, Junho 2023

CONCLUSÕES

Este artigo não tem a pretensão

de finalizar o estudo da geração remota

solar já que pontos ainda não

estão totalmente esclarecidos pela

ANEEL, como a possível cobrança da

TUSD G no Grupo B, que ainda trazem

confusão e uma interpretação

não condizente com a Lei 14.300

pela agência. Mesmo assim, ele serve

como um catalizador de reflexões

sobre o tema, onde as empresas integradoras

deverão estar em constante

estudo sobre as atuais normas do setor

elétrico.

Um ponto a ressaltar que neste

artigo foi feita uma simulação em um

modelo estacionário de geração e

consumo, onde a variação de geração

solar e o consumo da UC não foram

levadas em conta de forma extensiva

e para cada particularidade do

mês. Isso porque, esse material tem

o interesse de informar o leitor sobre

como trabalhar em seus projetos os

possíveis impactos da Lei 14.300 no

modelo de geração remota solar em

clientes de microgeração, classe residencial

e apresentar evidências que a

Lei ainda deixa a energia solar como

um belo investimento aos interessados.

Aconselha-se as empresas solares

sempre estarem atentas as novas

tecnologias, que mesmo ainda pouco

disponíveis, serão cada vez mais

representativas com os anos para

mitigar os impactos da cobrança da

TUSD Fio B, como o uso de sistemas

de armazenamento de energia ou sistemas

de monitoramento e controle

de geração, e abrirão novas oportunidades

para o setor de energia solar.

Um outro ponto que sempre merece

atenção é o “Encontro de Contas”,

previsto para julho de 2023 e

que durante o desenvolvimento deste

artigo ainda não estava disponível

para análise. Só com ele, será possível

conhecer o cenário de como a

energia solar, em formato de geração

distribuída, irá se comportar após os

anos 2029/2031.

Reforça-se à empresa solar se

manter atenta as informações liberadas

pelo setor de energia, em especial

pela ANEEL, mantendo a leitura

dos materiais produzidos por especialistas

e profissionais competentes.

Tais materiais e seu estudo aumentarão

a assertividades das empresas

em entregar os melhores projetos,

com maior segurança ao cliente final

que teve o interesse em investir na

fonte solar.

REFERÊNCIAS

Lei 14.300 – Marco Legal da Microgeração

e Minigeração Distribuída,

disponível em: http://

www.planalto.gov.br/ccivil_03/_

ato2019-2022/2022/lei/L14300.

htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%20

14.300%2C%20DE%206%20DE%20

JANEIRO%20DE%202022&text=Institui%20o%20marco%20

legal%20da,1996%3B%20e%20

d%C3%A1%20outras%20provid%-

C3%AAncias – visitado no dia 15 de j

unho de 2023

Dados do Setor de Geração Distribuída,

disponível em:

https://app.powerbi.com/

view?r=eyJrIjoiY2VmMmUwN2Q-

tYWFiOS00ZDE3LWI3NDMtZDk0N-

GI4MGU2NTkxIiwidCI6IjQwZDZ-

mOWI4LWVjYTctNDZhMi05Mm-

Q0LWVhNGU5YzAxNzBlMSIsImMiOjR9

– visitado no dia 15 de

junho de 2023.

12

RBS Magazine


Projetados

de acordo com

a necessidade

de cada projeto

Instalação

em campo

simples e rápida

Produto

com código

FINAME

Usinas FTV

em todo território

nacional

CONHEÇA AS

NOSSAS SOLUÇÕES

PARA ENERGIA SOLAR

ACESSE O QR CODE

RBS Magazine 13


Artigo

Prejuízos causados pela

falta de utilização de

STRING BOX CC em

instalações fotovoltaicas

Por: Engenheiro Felipe Viotto

"

O NICHO DE INVERSORES FOI UM DOS

PRINCIPAIS A BUSCAR APRIMORAMENTO

DOS PRODUTOS...

"

Aadesão dos consumidores

à sistemas de

energia solar fotovoltaica

cresceu exponencialmente

ao longo

dos últimos anos, trazendo

inúmeros benefícios ao setor e

ao planeta.

Consequentemente, os fabricantes

dos componentes do

sistema travaram saudáveis embates

entre concorrência a fim

de trazer inovações ao mercado,

aprimorando quesitos construtivos

e de estética de seus

equipamentos.

O nicho de inversores foi

um dos principais a buscar aprimoramento

dos produtos. Porém,

infelizmente um dos discursos

utilizados para elevar a

qualidade das marcas evidencia

a proteção interna/integrada

ao equipamento como um diferencial,

exonerando a obrigatoriedade

da utilização de mecanismos

externos de proteção

(como as String Box CC). Porém,

ao possuir proteções integradas

os inversores não agregam um

diferencial, e sim cumprem com

requisitos normativos básicos

(em concordância a norma de

instalação de sistemas fotovoltaicos

– NBR 16690 -, e à NBR

5419 para proteção contra descargas

atmosféricas).

Quais são as proteções utilizadas

em sistemas fotovoltaicos?

Certamente todos da área

elétrica já se depararam com

a expressão de que “A melhor

proteção é um dimensionamento

feito da maneira correta”, e

a frase possui o seu aspecto de

veracidade. Entretanto, além de

um bom projeto temos também

a responsabilidade com a instalação

de componentes externos

ao sistema fotovoltaico, os

quais garantem a plena operação

do circuito com a segurança

do funcionamento e das pessoas

as quais possam ter contato

direto com o sistema. Tais proteções

são:

• String Box CA - caixa de

proteção composta por:

1. Um disjuntor de curva C, dimensionado

de acordo com a

corrente máxima de saída do

inversor, e pela distância até o

ponto de conexão do sistema;

2. DPS’s CA, com fatores de

proteção e tensão nominal de

operação a ser dimensionados

de acordo com as características

da instalação, levando em

conta os itens da NBR 5419 e

NBR 5410.

• String Box CC: caixa de

proteção composta por:

1. Chave seccionadora, a ser

dimensionada de acordo

com a corrente de operação

dos arranjos de módulos que

por ela passarem;

14

RBS Magazine


String Box

02E-02S

Entre em Contato

Aqui!

A melhor proteção

contra surtos elétricos, para

garantir o seu retorno financeiro.

@embrastec

@embrastec

/embrastec

/embrastec

A Proteção que sua

Energia Precisa

Orgulho de

ser Brasileira

RBS Magazine 15


Artigo

2. DPS’s CC a ser dimensionados

em concordância com a

NBR 5419 e NBR 5410.

Obs.: Algumas configurações

podem contar com a proteção

adicional de fusíveis para

a proteção de sobrecorrente e

curto-circuito.

Além dos itens acima citados,

é importante assegurar

que a instalação do sistema

possua um bom aterramento

com equipotencialização dos

componentes da instalação,

(de acordo com o item 6.4.4

Condutores de equipotencialização

da norma ABNT 16690) haja

visto que em uma situação de

surto, este será conduzido para

a terra. Se não houver boas condições

para escoamento deste

surto, certamente ocorrerão

danos ao funcionamento dos

componentes do sistema com

possibilidade de extensão de

riscos gerados à segurança de

pessoas.

Com a evolução das tecnologias

de confecção dos inversores

fotovoltaicos, fabricantes a

nível internacional empregaram

a narrativa de que os referidos

componentes já possuem proteções

integradas aos equipamentos.

Desta forma, o mercado de

integradores e instaladores de

sistemas fotovoltaicos alimentou

o argumento de que não era

necessária a proteção instalada

de forma externa aos inversores,

dado que esses já possuíam

de forma integrada os DPS’s e

chave seccionadora.

Para refutar este argumento,

é importante que se observe

o item 4.3.3 da NBR 16690,

o qual traz os aspectos construtivos

e de montagem dos circuitos

fotovoltaicos com um ou

mais arranjos de módulos.

De acordo com a imagem

acima, extraída do texto da norma,

temos que a caixa de junção

composta de dispositivos de

proteção contra sobrecorrente

do arranjo fotovoltaico (geralmente

DPS e/ou fusíveis) estará

disposta de forma externa à

UCP (unidade de condicionamento

de potência, ou inversor

fotovoltaico).

Além desta informação, temos

também no item 6.3.5.2.1

“Uso e localização dos DPSs” da

NBR 5410 a seguinte informação:

4. Quando os DPS fizerem parte

da instalação fixa, mas não

estiverem alojados em quadros

de distribuição (por exemplo,

incorparados a tomadas de corrente),

sua presença deve ser

indicada por meio de etiqueta,

ou algum tipo de identificador

similar, na origem ou o mais

possível da origem do circuito

no qual se encontra inserido.

Logo, com a aplicação de

DPS no circuito construtivo interno

do inversor, há a necessidade

de demonstração clara

e direta, na etiqueta ou o mais

próximo possível do inversor,

do emprego dos componentes

feitos desta maneira. Porém,

consultando as etiquetas dos inversores

comumente instalados

a nível nacional, não é possível

identificar tal informação conforme

requerido em norma.

Oneração financeira dos

clientes pela falta da instalação

de proteções externas ao inversor:

Conforme itens anteriores

deste artigo, observaram-se

todas as transgressões norma-

16

RBS Magazine


The 1P Tracker by Soltec

soltec.com

PATENT PENDING

RBS Magazine 17


Artigo

tivas e os equívocos obtidos

pela falta de utilização das proteções

externas aos inversores

fotovoltaicos. Mas, neste trecho

em específico, será descrito

o prejuízo causado ao cliente

final ao excluir a utilização

das proteções.

1. Termo de garantia dos

inversores fotovoltaicos:

Neste documento, estão

descritos todos os fatores os

quais asseguram ou vetam uma

situação de enquadramento em

garantia dos inversores.

Um dos itens que compõem

esses documentos chama-se

“Exclusões de garantia”, responsável

por vetar situações as

quais a fabricante terá de arcar

com a manutenção do equipamento,

sem gerar custos ao

cliente. Realizando um breve

levantamento com as maiores

marcas de inversores a nível nacional”,

observa-se que em todos

os termos de garantia (sem

exceção) consta alguma cláusula

excluindo da garantia problemas

provenientes de descargas

atmosféricas, surtos de tensão

ou demais fontes de problemas

externos, de força maior. Com

isso, se a proteção interna do

inversor atuar, o cliente final

terá de custear todo o processo

que envolve o conserto do item,

sendo:

• Visita do integrador ao

local, para avaliação do

problema e posterior retirada

do equipamento;

• Embalagem

do item, e frete

de ida para a fabricante;

• Manutenção

do inversor em

bancada (englobando

peças e

custo de mão

de obra), feito

na fabricante ou

assistência autorizada;

• Frete de retorno do inversor

até o local de instalação;

• Nova visita do integrador,

para reinstalação e

comissionamento do inversor;

Além dos fatores acima, temos

a principal oneração que é

a insatisfação do cliente com o

prejuízo financeiro por deixar

de gerar energia no período de

conserto, que varia de 1 a 2 meses

em média (contando com

todas as etapas acima transcritas).

2. Simulação de prejuízo gerado

por atuação de proteções

internas de um inversor:

Para fins de esclarecimento

e elucidação do conteúdo abordado,

considerar as informações

abaixo para um exercício

prático:

• Um inversor de 75kWp

de potência;

• 30 dias como período de

um mês completo;

• HSP médio de 5;

• Perda estimada de projeto

de 23%;

• Custo médio do kWh em

R$0,85.

Conforme organograma

acima, constata-se que a oneração

causada pela atuação das

proteções internas do inversor

pode chegar a 50% do valor do

próprio componente (considerando

apenas o prejuízo financeiro

por perda de geração). Se

considerarmos todas as etapas

de acionamento de conserto

anteriormente descritas, o prejuízo

pode ultrapassar até 60%

do valor do inversor. Além disso,

o custo estimado da utilização

de string box CC externa ao

inversor representa um acréscimo

de apenas 2% em relação

ao custo total de aquisição do

sistema. Logo, além do enorme

prejuízo causado ao cliente

final, este receberá um equipamento

consertado em bancada,

tornando-se seminovo.

Com isso, tem-se as maiores de

todas as perdas, que são a frustração

e insatisfação do cliente

final.

Considerando todos os argumentos

esclarecidos neste

artigo, evidencia-se a necessidade/obrigatoriedade

normativa

e financeira do uso de proteções

do inversor (com string box

CC e CA externas) para assegurar

o retorno do investimento

do cliente final e do integrador.

Assim problemas inesperados

como assunção do prejuízo por

um acionamento de conserto

do inversor, além de perda de

novas indicações de negócios

dos clientes devido a insatisfação

causada pelo problema com

o equipamento.

18

RBS Magazine


AS MELHORES MARCAS DO

MERCADO VOCÊ ENCONTRA AQUI!

R

SAIBA MAIS

RBS Magazine 19


Brasil chegará a 26GW

em geração de energia

distribuída em 2023

Preocupação com produção a partir de matrizes limpas, em razão das mudanças climáticas,

além da autoprodução para diminuir custos de empresas e de residências, fez a modalidade

chegar a 21,68GW em junho. País deverá investir R$ 38 bilhões ao longo deste ano

Até o final de 2023, o Brasil atingirá

entre 25 e 26GW de capacidade

instalada em Geração

de Energia Distribuída, modalidade

na qual o consumidor produz

sua própria energia consumida, considerando

seus diversos tipos: solar, eólica,

biomassa e biogás, CGHs e outras.

Em maio, o país já atingiu a marca de

21 gigawatts de produção a partir da

Energia Distribuída, quantidade suficiente

para abastecer 10,5 milhões de

residências ou cerca de 42 milhões de

pessoas, o equivalente a cerca de 20%

de toda a população brasileira. Neste

começo de junho, a Geração Distribuída

já chegou a 21,68GW.

Se este ritmo de crescimento se

mantiver, os investimentos ao longo

do ano devem somar mais de R$ 38

bilhões no país nesta modalidade de

energia. A preocupação com as mudanças

climáticas e o interesse em diminuir

os custos com energia elétrica

são duas pautas importantes para a sociedade

brasileira hoje. Estes números

só comprovam esta tendência de buscar

fontes de energia eficientes e dos

consumidores brasileiros se tornarem,

ao mesmo tempo, produtores autossuficientes

de energia renovável.

São Paulo, um dos estados mais

populosos e economicamente desenvolvidos

do Brasil, alcançou recentemente

um marco importante no setor

de energia: atingiu a impressionante

marca de 3 gigawatts (GW) de capacidade

de geração distribuída. Esse feito

reflete o compromisso do estado em

promover a transição para fontes de

energia mais limpas e sustentáveis.

Em 2022, o estado de São Paulo

foi que mais agregou potência ao sistema

elétrico nacional com 1,1 GW –

à frente de Minas Gerais (844 MW) e

Rio Grande do Sul (830 MW), segundo

e terceiro colocados, respectivamente.

Em março de 2023, outra conquista

importante para os paulistas, o estado

ultrapassou Minas Gerais e tornou-se o

líder em GD no Brasil.

A geração distribuída refere-se à

produção de eletricidade a partir de

fontes renováveis em pequena escala,

instaladas em residências, comércios,

indústrias e propriedades rurais.

Essa forma de geração de energia tem

se tornado cada vez mais popular em

todo o mundo, devido aos benefícios

ambientais, econômicos e sociais que

proporciona.

Em São Paulo, a geração distribuída

tem se expandido rapidamente nos

últimos anos, impulsionada por incentivos

governamentais, como a isenção

de impostos e tarifas especiais para os

geradores. Além disso, a conscientização

sobre a importância da sustentabilidade

e a busca por redução nos

custos de energia têm motivado os

moradores e empresários a adotarem

sistemas de geração distribuída.

Outro estado importante economicamente

no Brasil, o Rio de Janeiro,

tornou-se um dos nove no país a ultrapassar

a marca de 100 mil unidades

consumidoras (ou UCs, que podem

ser residências familiares, como casas,

apartamentos, comércios, entre outras),

que se valem da geração própria

de energia, também conhecida por geração

distribuída (GD), juntando-se a

São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Mato

Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco,

Paraná e Rio Grande do Sul.

A classe consumidora predominante

no estado é a residencial, representando

aproximadamente 90%

dessas UCs, o que mostra uma disposição

muito grande da população carioca

a investir seus próprios recursos

em energia renovável. Logo atrás vem

as conexões comerciais, que representam

7% das UCs, seguida pelas conexões

rurais que representam 2%.

O crescimento acelerado da GD no

país conta com a conscientização da

população sobre o assunto. A previsão

é de que o Brasil coloque cerca de 8

GW em potência de GD nesse ano. O

Rio de Janeiro desempenha papel importante

nesse crescimento, e o resultado

mostra que os cariocas estão preocupados

com o meio ambiente e com

a diminuição dos custos com energia.

Assim como em grande parte dos

estados, a energia solar é a mais utilizada

pelos “prossumidores” (contração

de produtores e consumidores de

energia). A evolução da geração própria

de energia passa principalmente

pelos benefícios oferecidos por essa

modalidade, em diferentes aspectos.

Para os consumidores, a GD se tornou

uma alternativa para garantir previsibilidade

e baixar custos, além de contribuir

para a transição energética. A

Lei 14.300 que institui o marco legal

da micro e minigeração distribuídas foi

um importante passo para o desenvolvimento

destas modalidades de produção

energética no país.

Em relação ao sistema elétrico nacional,

a geração própria de energia

reduz custos de transmissão e distribuição

e contribui para a segurança

do sistema, bem como utilizar fontes

renováveis, o que beneficia o sistema

como um todo. A população ganha

com novas modalidades energéticas,

usufrui um sistema cada vez mais limpo

e, assim, assegura a transição com

menos impacto das mudanças climáticas

para as gerações futuras.

Ao segmento e à sociedade resta

ainda superar algumas dificuldades

impostas pelas grandes distribuidoras,

que ainda criam, em muitos momentos,

obstáculos aos prossumidores.

Essas tribulações são definidas, enquanto

tais concessionárias dominam,

por outro lado, a geração distribuída,

aproveitando-se da concessão que

possuem em sua área de atuação.

20

RBS Magazine


RBS Magazine 21


Entrevista do Editor

Entrevista do Editor com

Zilda Costa, da UNICOBA

Nessa edição do Entrevista do Editor da RBS Magazine, Tiago Cassol Severo conversa

com a sempre motivada e inteligente Zilda Costa, Diretora de Desenvolvimento

de Negócios de Armazenamento da UNICOBA, empresa com foco em

energia eficiente, limpa e responsável para a transição energética. Zilda ainda é

responsável pela Secretaria de Armazenamento de Energia do INEL, é Membro

do Conselho da ABGD – Associação Brasileira de Geração Distribuída, Membro

do Hub Verde de Tecnologia e Inovação e Membro da Rede Open Mind Brazil.

Nessa entrevista, vamos usufruir de mais de 20 anos de experiência em implantação

de múltiplos projetos de energia renovável distribuída e Eficiência

Energética que viabilizaram a eficiência operacional através da SUSTENTABI-

LIDADE e visão de futuro de negócios, além de um foco nas tendências do mercado

solar e a entrada cada vez maior de sistemas de armazenamento, as baterias.

Segue nossa conversa...

CASSOL - Zilda, primeiro é um prazer

ter a minha colega da ABGD na Entrevista

do Editor desta edição! Então,

vamos aproveitar esse momento e ir

direto ao ponto... Quais são suas expectativas

para o mercado de energia

solar com a entrada da Lei 14.300 -

Marco Legal da Micro e Minigeração

Distribuída?

ZILDA - Microusinas geradoras de

energia instaladas em cada residência

é o futuro. Não podemos fugir dele

pois é uma demanda mundial, seja

por autonomia, segurança energética

ou seja por redução de custos. Líderes

mundiais e políticas governamentais

vem, mais fortemente, tentado disseminar

a inovação sustentável há mais

de 10 anos. E essa disseminação passa

necessariamente pelo uso da energia

renovável e distribuída. As expectativas

para o mercado de energia solar,

a meu ver, após publicação da Lei

14.300/2022, e sua consequente regulamentação

pela ANEEL em 2023,

é de queda para os primeiros meses

do ano, como temos visto, por insegurança

jurídica, cláusulas da lei mal

interpretadas e paralização das distribuidoras

no processo de aprovação

do acesso (pareceres). Esta conjuntura

fez com que a maior parte dos investidores

retraísse seus cronogramas de

aquisição e negociações. A meu ver,

o mercado que tende a crescer, mais

rentável hoje para investidor, é o mercado

de geração distribuída onde o

nível de simultaneidade é grande para

o consumidor. Neste modelo, o excedente

carrega a bateria e quase toda a

energia produzida "trafega" behind-

-the-meter (uma energia de sua propriedade,

utilizada antes do medidor,

sem pagamento do fio B).

CASSOL - Uma boa notícia é que agora

você é a Diretora de Soluções de

Armazenamento de Energia e Sustentabilidade

da UNICOBA. Parabéns!

Então, como seu novo posto informa,

um dos braços principais da empresa é

o armazenamento de energia. Falando

para nossos leitores, como o integrador

solar poderá ver o armazenamento

como uma oportunidade de diversificação

de seus atuais negócios?

Chegou a hora de mudarmos para

uma economia de baixo carbono,

como disse, seremos capazes de construir

em cada residência, a sua própria

minigeradora de energia com uso da

energia solar, que produzirá energia

limpa e acessível, sendo o excedente

disponível para ser armazenado,

para suas próprias necessidades fora

do horário de geração. Para o integrador,

é maravilhoso porque rompe

com a ideia de grandes usinas e esta é

a verdadeira oportunidade de diversificação,

porém demanda que eles se

capacitem ainda mais, de forma adequada,

voltada para os projetos com

armazenamento de energia. Além

disto, as grandes integradoras, que

atendem a minigeração distribuída,

poderão construir suas novas usinas

com armazenamento de energia para

estabilizar a tensão, a frequência e a

suavização da geração. As usinas já

construídas, que passarão futuramente

pelo retrofit, poderão optar pelo uso

de inversores híbridos e oportunidade

de armazenamento com baterias.

CASSOL - Tens uma ideia para informar

aos nossos leitores de como estão

os custos de um sistema de armazenamento

voltado ao mercado solar GD e

se há uma tendência de redução nesse

investimento a curto ou médio prazo

quando estiverem sendo usados em

maior escala?

O Mercado de GD é muito amplo,

existem quatro ou mais tipos de investimentos

em armazenamento com

baterias, que se subdividem em outros.

Exemplos de GD: (1) Residencial

2,5kW - 5kW, 7,5kW e 10kW (padrão)

e podem ser requisitadas outras

demandas específicas para atender a

cada família; (2) PME Investimentos

em armazenamento de pequenos comércios

(PME = pequenas e médias

empresas) com BESS de 230kWh e

200kW de potência; (3) Grandes Empresas

que tenham suas usinas de geração

de energia junto à carga e por

também (4) Usinas GD Remota que

queiram investir em armazenamento

com potências de 250kwh a 1MWh,

por exemplo. Resumindo, estamos

22

RBS Magazine


Entrevista do Editor

falando de várias composições, com

vários preços diferentes, o que demanda

um estudo do que é necessário

para atender ao cliente. A UNICOBA

produz baterias de lítio desde 2018

e a produção é nacional, sendo que

somente o lítio é importado (não há

produção de lítio no Brasil) e os preços

estão caindo após a viabilidade da

produção em escala.

CASSOL - Sabemos que estes sistemas

de armazenamento, mesmo que

inicialmente aumentem os custos do

investimento em um sistema solar

híbrido, a médio e longo prazo será

muito representativa a economia em

energia pela minimização dos impactos

da TUSD - Fio B que tem um valor

percentual de cobrança crescente até

2029. Tens uma ideia de quais tipos de

unidades consumidoras serão as mais

beneficiadas por isso e quando?

Como mencionei, acredito que as unidades

consumidoras mais beneficiadas

com o armazenamento no início

serão as que tem geração junto à carga,

pois podem armazenar o excedente

em baterias e utilizar posteriormente,

quando necessário. Todo o processo

behind-the-meter como falamos não

incide a TUSD - Fio B. O investimento

tem vários pontos importantes,

como a segurança energética, a autonomia

energética, a economia de baixo

carbono ou mesmo com a intenção

de despachabilidade para ter o retorno

financeiro do despacho de energia

em horário de ponta ou PLD horário

no futuro. É um futuro de curto prazo

formando as bases para o médio

e o longo prazo. O futuro é esta flexibilidade.

Como as redes podem ser

ESTAMOS NA

3ª REVOLUÇÃO

INDUSTRIAL COM

USO DAS NOVAS

ENERGIAS RENOVÁVEIS

E DISTRIBUÍDA

E O BRASIL ESTÁ

LIDERANDO ESTA

REVOLUÇÃO NAS

AMÉRICAS...

inteligentes se não podemos guardar

energia quando sobra e colocar no sistema

quando falta?

CASSOL - Zilda, para mim sistemas

solares e sistemas de armazenamento

nasceram para andar juntos em sua

caminhada. Comecei projetando sistemas

isolados em um tempo em que

a geração distribuída nem era imaginada

ainda no Brasil. Isso faz mais de

20 anos. Quais são as tendências nesse

setor para o futuro? Além da redução

dos custos das baterias, poderemos ver

outras tecnologias voltadas a armazenamento

vindo para nosso país?

Estamos na 3ª Revolução industrial

com uso das novas energias renováveis

e distribuída e o Brasil está liderando

esta revolução nas Américas.

Esta revolução representa a crescente

instalação de microusinas de geração

de energia distribuída, digitalizada

e diversificada, em cada residência!

É o futuro. Com o armazenamento

acrescenta-se autonomia e segurança

energética. No futuro também haverá

o desenvolvimento dos Modelos

de Mercado para a remuneração por

este excedente armazenado, o que poderá

ser renda extra para as famílias.

Precisamos levar estas agendas para o

governo e desenvolver parcerias para

que aconteça breve.

CASSOL - Um prazer ter você aqui

nessa entrevista, mais uma vez agradeço

as suas respostas e deixo esse final

para mandarem uma mensagem para

nossos leitores. Como eles devem se

preparar para essa nova oportunidade

de serviço que eles poderão oferecer aos

seus clientes?

Já fizemos muito em 10 anos quando

falamos de geração de energia distribuída

(2012 a 2022) e nesta próxima

década 2023-2033, tenho convicção

que centenas de milhões de pessoas

produzirão a própria energia verde

em suas casas, escritórios, lojas, academias,

fábricas, e além disto, haverá

o compartilhamento desta energia,

o que chamamos de "D" de energia

democratizada da Transição Energética.

Este é um cenário muito promissor

para todos os integradores e

precisamos apenas reformular nossa

estratégia de mercado. VAMOS

EM FRENTE! Contem comigo. Tenho

me dedicado a apoiar o setor e

estou muito feliz com o que temos

pela frente!

RBS Magazine 23


Artigo

A certificação dos DPS

Borel Jr., Paulo R.; Gomes, Thiago F.; Teixeira, Renato J.

RESUMO

A energia elétrica trouxe benefícios para a civilização, ajudando no desenvolvimento e no avanço tecnológico. Entretanto, a exposição à rede

elétrica deixa o sistema vulnerável às anomalias ocasionadas na rede, aumentando os riscos de danos por surtos elétricos aos componentes

eletroeletrônicos conectados na rede elétrica. No mercado, há diversos fabricantes que disponibilizam dispositivos de proteção, mas infelizmente

nem todos são eficazes, quer seja pela ausência de know-how ou pelo intuito inescrupuloso de tornar seus dispositivos mais baratos. Por isso, a

utilização de componentes de proteção certificados contribui para a garantia de segurança e eficiência da proteção dos eletroeletrônicos.

Importância da proteção elétrica

A eletricidade pode ser encontrada

em todos os lugares ao nosso

redor. Praticamente tudo o que fazemos

envolve energia elétrica. Aquecedores,

aparelhos de ar-condicionado,

lâmpadas, chuveiros, geladeiras,

micro-ondas, computadores, celulares

e ferros elétricos são alguns dos

exemplos de aparelhos do dia a dia

que precisam de eletricidade para

funcionar.

A eletricidade utilizada para alimentar

os aparelhos eletroeletrônicos

é gerada pela corrente elétrica,

que é produzida através do deslocamento

de cargas elétricas em um

condutor, quando existe uma diferença

de potencial em suas extremidades.

Dessa forma, a quantidade de

carga elétrica que flui pelo condutor

durante um intervalo de tempo

será definida como a intensidade da

corrente elétrica que é transferida

para o equipamento alimentado pela

energia elétrica. Dependendo da intensidade

de corrente elétrica que

percorre um condutor, procedimentos

de segurança adicionais deverão

ser tomados.

são um dos efeitos que a corrente

elétrica pode ocasionar se não houver

os cuidados necessários de segurança

durante sua instalação e utilização.

Quando uma corrente elétrica

passa pelo corpo humano, pode-se

sentir os seguintes efeitos: pequeno

formigamento, dores, espasmos

musculares, contrações musculares,

alteração nos batimentos cardíacos,

parada respiratória, queimaduras e

morte.

A importância de um sistema seguro,

que reduza os riscos durante a

utilização da energia elétrica, faz com

que o Instituto Nacional de Metrologia,

Qualidade e Tecnologia (INME-

TRO) seja responsável por garantir a

qualidade dos produtos para a proteção

elétrica.

Tanto em uma instalação elétrica

de baixa tensão em corrente alternada

quanto em um sistema de geração

de energia fotovoltaico – em corrente

contínua – é exigido por norma

que os componentes utilizados sejam

compatíveis com a aplicação e a

instalação dos dispositivos de proteção,

devendo - componentes e dispositivos

- serem testados e aprovados

pelo INMETRO. Por exemplo, os

condutores, disjuntores, fusíveis, inversores,

módulos e demais equipamentos

para aplicações fotovoltaicas

são regulamentados pela portaria n°

004/2011 [4] e, por isso, devem possuir

certificação atestando a sua qualidade

e segurança para a aplicação.

Como pode ser observado na Figura

1, que mostra um esquema de

geração de energia solar, todos os

componentes utilizados para representar

o sistema fotovoltaico possuem

certificação INMETRO amparados

pela portaria n° 004/2011 [4].

Perigos da ocorrência de surtos

elétricos

O surto elétrico é outra fonte de

danos, recorrente em qualquer sis-

Ainda que presente na vida cotidiana,

deve-se ter atenção no uso da

energia elétrica, pois o fluxo de corrente

pode ocasionar sérios riscos de

danos. Choques elétricos, queima de

equipamentos, incêndios, explosão

de condutores, degradação precoce

Figura 1 – Representação de um sistema fotovoltaico. (Fonte: Adaptada de Energês [9]).

24

RBS Magazine


RBS Magazine 25


Artigo

tema elétrico, e que pode danificar

os componentes eletroeletrônicos.

Todo sistema está exposto a esta

anomalia na rede.

O surto elétrico é um evento

transitório que ocorre na rede,

como uma perturbação aguda de

tensão que aumenta a taxa de variação

de energia durante algumas

frações de segundo, como exemplificado

pela Figura 1. Essa perturbação

eleva a tensão a valores que

ultrapassam os limites suportáveis

dos equipamentos. Sua causa está

associada ao acionamento de motores

elétricos, chaveamento de manobras

realizadas pela concessionária

de energia elétrica e as descargas

atmosféricas.

Figura 2 – Representação do surto elétrico no tempo.

(Fonte: CLAMPER [8]).

Sendo o tipo de surto elétrico

mais comum, pois está presente na

mesma rede onde ocorre - como

um acionamento de máquinas de

lavar roupas que pode ser encontrada

em praticamente toda residência

-, o acionamento de motores

elétricos representa 80% dos

surtos produzidos na rede, ficando

5% para o chaveamento de manobras

e 15% para os originados por

raios. Embora seja menos frequente,

as descargas atmosféricas são as

de maior intensidade e, por isso, as

que provocam os maiores danos no

sistema elétrico.

Uma descarga atmosférica tem

um a intensidade de corrente tão

poderosa que mesmo nos casos em

que ela não atinge diretamente a

rede de energia ou o próprio equipamento

– o que ocasiona em danos

irreparáveis -, seu campo magnético

é capaz de gerar surtos induzidos,

na rede ou no equipamento, mesmo

que um raio caia próximo do ponto

de impacto.

O risco da ocorrência de surtos

elétricos e os danos que podem ser

gerados por eles na rede pode ser

mensurado com base na análise de

risco aplicada pela norma ABNT NBR

5419-2 [10], por isso as normas vigentes

de proteção elétrica exigem

a utilização de dispositivos de proteção

contra surtos elétricos (DPS) nas

instalações para garantir a eficácia

da proteção contra essa anomalia,

uma vez que os DPS são os componentes

de proteção desenvolvidos

especificamente para eliminar este

tipo de distúrbio que pode ocorrer na

rede elétrica, seja por causa natural –

descargas atmosféricas – ou manual

– chaveamento e acionamento

de motores

elétricos.

Qualidade da proteção

A segurança é fundamental

para evitar

os riscos de danos que

podem ser ocasionados

com a utilização

da energia elétrica. Por

isso, normas regulamentadoras,

como a NR

10 [5] - que estabelece

os requisitos e condições mínimas

para a segurança em instalações e

serviços em eletricidade –, e normas

técnicas, como a ABNT NBR 5419-4

[1], ABNT NBR 5410 [2], ABNT NBR

16690 [3] entre outras normas, são

criadas para garantir a proteção dos

equipamentos, dos usuários e do sistema

elétrico.

Neste conceito, os componentes

de proteção utilizados nas instalações

e projetos elétricos, seja para geração

própria ou utilização de energia

elétrica, necessitam de comprovação

da sua eficácia por um órgão competente,

para garantir a segurança da

utilização destes produtos na proteção

elétrica.

No Brasil, o Instituto Nacional de

Metrologia, Qualidade e Tecnologia

(INMETRO) é o principal órgão regulador

de produtos e serviços com

foco na segurança; proteção da vida

e da saúde humana, animal e vegetal;

proteção do meio ambiente; e prevenção

de práticas enganosas de comércio;

e que é responsável por atestar

os produtos de proteção elétrica.

Como visto na seção anteriormente,

muitos dos componentes

utilizados nas instalações fotovoltaicas

e nos quadros elétricos, como

inversores, condutores, disjuntores,

baterias, módulos, fusíveis etc., são

certificados pelo INMETRO devido a

existência de portarias para regulamentação

e certificação destes componentes.

No caso da proteção contra surtos

elétricos não existe uma portaria

do INMETRO que exija a sua certificação.

Por isso, existem muitos DPS

no mercado que não passam por um

mecanismo de certificação de conformidade

com as normas que regulamentam

os ensaios de segurança

e desempenho desses dispositivos.

Nesse caso, a alternativa é a obtenção

de certificado, com a permissão

do INMETRO, através de empresas

certificadoras.

A emissão de certificados de

conformidade é uma responsabilidade

atribuída apenas a empresas

acreditadas como Organismo de

Certificação de Produtos (OCP) pela

Coordenação Geral de Acreditação

(CGCRE) do INMETRO. A CGCRE é o

único organismo de acreditação reconhecido

no Brasil. Embora a acreditação

realizada pelo CGCRE seja de

caráter voluntário, ela representa o

reconhecimento formal da competência

de um OCP para desenvolver

suas atividades de acordo com requisitos

preestabelecidos. Dessa forma,

empresas certificadoras como a UL

de Brasil Certificações ou TÜV Rheinland,

no Brasil, recebem a permissão

do INMETRO para realização desta

atividade.

Processo de certificação do DPS

Durante o processo de certificação,

é feita uma rigorosa análise técnica

dos insumos e documentos utilizados

para a fabricação do produto.

Além disso, são realizadas auditorias

periódicas na fábrica, atestando que

todos os procedimentos são realizados

em conformidade com o projeto,

garantindo que o fabricante do DPS

26

RBS Magazine


está comprometido em fornecer um

protetor eficiente e de alta qualidade.

Como critério para certificação,

é necessário que o produto seja

aprovado nos ensaios descritos nas

normas técnicas aplicáveis. Estes

ensaios precisam ser realizados em

laboratórios acreditados, com reconhecimento

internacional, seguindo

procedimentos padronizados, o que

aumenta ainda mais o nível de confiabilidade

dos resultados.

O Certificado de Conformidade

do DPS somente é emitido pelo

OCP após a aprovação em todas

as etapas de avaliação, garantindo

os elevados padrões de projeto,

produção e performance do

protetor.

Dos testes e exigências

Para receber o certificado de

conformidade perante a aplicação

da norma ABNT NBR IEC 61643-31

[6] – esta norma descreve os requisitos

e métodos de ensaio para o

DPS aplicado em instalações fotovoltaicas

-, o DPS deve passar rigorosamente

em cada teste especificado,

tendo que atender aos padrões

que foi exigido, a fim de aferir a sua

efetividade em condições similares

às que enfrentará durante a sua

operação.

A norma ABNT NBR IEC 61643-31

[6] terá requisitos para regulamentar

as marcações que devem constar no

corpo do DPS de forma permanente,

regulamentar as informações que

devem estar na ficha técnica, as indicações

de estado de operação etc.,

assim como testes de aferição das

características técnicas como ciclo

de operação, corrente residual, proteção

contra contatos diretos, proteção

térmica, modo de falha, resistência

de isolamento, rigidez dielétrica,

dentre outras.

Na parte de ensaios do DPS, o

objetivo é tentar reproduzir as condições

operacionais, simulando as

condições encontradas em campo.

Dessa forma, os DPS instalados em

redes localizadas em áreas expostas

podem ser submetidos a correntes

com valores, formas de onda e

conteúdo energético típicos de uma

descarga atmosférica direta, já no

caso de DPS instalados em redes localizadas

em áreas protegidas são

submetidos a surtos de menor intensidade

de energia. Além dos surtos

de origem atmosférica, há os originados

em manobras da concessionária

e por falhas na rede elétrica,

geralmente causadas por interrupções

no fornecimento. Os diversos

ensaios propostos pela norma visam

reproduzir essas condições, utilizando

formas de onda e valores típicos

desses eventos.

Para isso, a norma ABNT NBR

IEC 61643-11 [7] traz as características

gerais para os ensaios de

correntes impulsos e outros tipos

de ensaios que servem de referência

para a ABNT NBR IEC 61643-

31 [6] - que vai tratar da parte de

corrente contínua.

Nesse caso, até mesmo o padrão

da forma de onda, seja da tensão ou

da corrente, gerada é normatizada

para que o DPS testado atenda aos

parâmetros mínimos esperados para

sua aplicação.

Todos os testes e ensaios do DPS

seguem os requisitos normativos

para a acreditação do certificado de

conformidade. Por isso, um supressor

de surto - DPS - certificado está

apto para garantir a qualidade da

proteção contra surtos elétricos, diferente

de um DPS não certificado

por um órgão qualificado.

Importância de um DPS de qualidade

Notoriamente, praticamente todos

os componentes da instalação

são certificados, seja para um quadro

de distribuição elétrico ou para

um sistema fotovoltaico. Isso mostra

a importância de utilizar produtos

de qualidade e com garantia de

eficácia e segurança nas instalações

elétricas.

Por isso, a certificação de dispositivos

contra surto elétricos, ainda

que não seja compulsória no Brasil,

é um diferencial importante para garantir

a qualidade da proteção contra

uma das anomalias mais frequente

no sistema elétrico.

Referências bibliográficas

Artigo

[1] ABNT NBR 5419-4. Proteção Contra

Descargas Atmosféricas – Sistemas elétricos

e eletrônicos internos na estrutura,

de 22 de maio de 2015. ISBN 978-85-

07-05504-4.

[2] ABNT NBR 5410. Instalações Elétricas

de Arranjos Fotovoltaicos – Requisitos

de projeto, de 30 de setembro de 2004.

[3] ABNT NBR 16690. Instalações Elétricas

de Arranjos Fotovoltaicos – Requisitos

de projeto, de 03 de outubro de

2022. ISBN 978-85-07-08282-8.

[4] Portaria n° 004 de janeiro de 2011.

Acesso em: 15 de maio de 2023. Disponível

em: http://www.inmetro.gov.br/

legislacao/rtac/pdf/rtac001652.pdf

[5] NR10 – Segurança em instalações e

serviços em eletricidade. Acesso em: 18

de maio de 2023. Disponível em: https://

www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-

-br/acesso-a-informacao/participacao-

-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/

ctpp/arquivos/normas-regulamentadoras/nr-10.pdf.

[6] ABNT NBR IEC 61643-31. Dispositivos

de proteção contra surtos de baixa tensão

Parte 31: DPS para utilização específica

em corrente contínua - Requisitos e

métodos de ensaio para os dispositivos

de proteção contra surtos para instalações

fotovoltaicas, de 17 de janeiro de

2022. ISBN 978-85-07-08897-4.

[7] ABNT NBR IEC 61643-11. Dispositivos

de proteção contra surtos de baixa tensão

Parte 11: Dispositivos de proteção

contra surtos conectados aos sistemas

de baixa tensão - Requisitos e métodos

de ensaio, de 12 de março de 2021. ISBN

978-65-5659-847-5.

[8] O que é DPS? Conheça os Dispositivos

de Proteção contra Surtos e como eles

protegem seus equipamentos contra

queimaduras causadas por raios. Acesso

em: 18 de maio de 2023. Disponível em:

https://clamper.com.br/dicasdpsnoticias/o-que-e-dps-dispositivos-de-protecao-contra-surtos-eletricos/

[9] Do início ao fim sistema solar fotovoltaico

off-grid. Acesso em: 18 de maios

de 2023. Disponível em: https://energes.

com.br/do-inicio-ao-fim-sistema-solar-

-fotovoltaico-off-grid/

[10] ABNT NBR 5419-2. Proteção Contra

Descargas Atmosféricas – Gerenciamento

de risco, de 22 de junho de 2015. ISBN

978-85-07-05502-0.

RBS Magazine 27


Entrevista

Entrevista exclusiva com

Emanuelle Graciosa,

doutora em engenharia

agrícola, especializada em

bioenergia

"A perspectiva de estabelecer uma nova cadeia industrial no Brasil, centrada

no agave como fonte de bioenergia, tem despertado o interesse de renomados

pesquisadores e multinacionais"

RBS Magazine - O setor de energias

renováveis vem crescendo no Brasil,

e fontes como o biogás estão presentes

nesta transição energética. De acordo

com a Associação Brasileira do Biogás

(ABiogás), o país tem um potencial

de realizar uma produção diária

de 120 milhões de metros cúbicos (m³)

de biogás, sendo equivalente a 35% da

demanda elétrica atual. Diante disso,

qual a sua visão para o futuro desse

setor? E qual a importância da bioenergia

nesse cenário?

EMANUELLE GRACIOSA - O setor

de energias renováveis está em constante

crescimento devido à crescente

demanda por fontes de energia que

atendam aos requisitos de preservação

ambiental. No entanto, é importante

salientar que esse setor está

sujeito a limitações impostas pela

inovação tecnológica e pela competitividade

de cada fonte. O avanço contínuo

da tecnologia e a busca por soluções

mais eficientes e acessíveis são

fatores cruciais que determinarão o

curso desse setor promissor. À medida

que novas tecnologias emergem e

se aprimoram, as energias renováveis

têm o potencial de se tornarem uma

parte ainda maior e mais integral da

matriz energética global, impulsionando

o desenvolvimento sustentável

e contribuindo para a preservação do

meio ambiente.

A bioenergia, incluindo o biogás, desempenha

um papel significativo na

diversificação da matriz energética,

redução da dependência de fontes

fósseis e promoção do uso sustentável

de recursos naturais. Além disso,

a produção de biogás, por exemplo,

a partir de resíduos orgânicos auxilia

na resolução de problemas relacionados

à gestão de resíduos, reduzindo a

poluição ambiental e agregando valor

a materiais que seriam descartados.

RBS Magazine - Grandes empresas

brasileiras estão investindo em bioenergia

no agave do setor brasileiro.

Conte para nós como funcionam as soluções

de plantio e colheita do agave?

Além disso, qual a principal tecnologia

de processamento? E a expectativa de

novas indústrias investirem nesse mercado?

A perspectiva de estabelecer uma

nova cadeia industrial no Brasil, centrada

no agave como fonte de bioenergia,

tem despertado o interesse de

renomados pesquisadores e multinacionais,

resultando em investimentos

substanciais para o desenvolvimento

de tecnologias voltadas à exploração

sustentável dessa fonte energética. O

Sertão Brasileiro é uma região com

potencial para se tornar um importante

polo produtor de biocombustíveis,

apresentando uma oportunidade

de desenvolvimento de uma área que

enfrenta altos índices de vulnerabilidade

socioeconômica no país. Dada

a relevância desse tema, que impacta

diretamente a sociedade, especialmente

ao aproveitar uma planta nativa

de uma região de baixa renda, há

uma expectativa elevada de investimentos

nesse mercado.

Atualmente, o cultivo de agave é realizado

inteiramente de forma manual.

Para viabilizar a implementação dessa

nova cadeia produtiva baseada no

agave para a bioenergia, é necessária

a criação de equipamentos específicos

para o plantio, colheita e processamento

industrial dessa cultura.

RBS Magazine - Em sua última palestra,

no Fórum GD Sul, explicou

aos participantes que a biomassa florestal

funciona como painéis solares

naturais, onde as folhas da biomassa

convertem a energia do sol através da

fotossíntese em energia química e tem

o potencial armazenado nas moléculas

como celulose, moléculas de lignina

entre outros. Como funciona todo

esse processo? E que dispositivos são

necessários para fazer essa conversão

de energia?

A fotossíntese é um processo realizado

por plantas, algas e algumas bactérias,

no qual a energia luminosa do

sol é convertida em energia química.

Durante a fotossíntese, a clorofila presente

nas células desses organismos

captura a energia luminosa e a utiliza

para sintetizar moléculas de açúcar,

como a glicose, a partir de dióxido de

carbono e água. A biomassa é constituída

principalmente por compostos

orgânicos, como celulose, lignina,

amido e açúcares, que podem ser

convertidos em energia por meio de

28

RBS Magazine


reações químicas, como a combustão.

Durante a combustão, a energia química

armazenada nessas moléculas é

liberada na forma de calor e luz. Normalmente,

a combustão é realizada

em fornalhas e caldeiras. A energia

térmica liberada pode ser utilizada

diretamente a partir desses equipamentos.

No entanto, para a obtenção

de energia elétrica, é necessário acoplar

um ciclo termodinâmico.

RBS Magazine - Além disso, reforçou

que ao se investir em biomassa florestal

para produção de energia, também

será possível melhorar as ações de reflorestamento

das florestas pelos próximos

7 anos. Diante dessa observação,

qual sua visualização do momento

atual em relação a isso? Estamos realmente

trilhando no caminho para a

conservação das florestas ambientais?

De acordo com o relatório anual de

2022 do Instituto Brasileiro de Árvores

(IBÁ), em 2021, a área total de

plantações florestais atingiu 9,93 milhões

de hectares, representando um

aumento de 1,9% em relação aos dados

revisados de 2020 (9,75 milhões

de hectares).

O setor de plantações florestais direciona

investimentos em florestas, pesquisa

e desenvolvimento, operações,

modernização de fábricas e estabelecimento

de novas unidades. Esses

investimentos visam aumentar a eficiência,

promover avanços tecnológicos

e garantir práticas sustentáveis.

O setor demonstra de forma concreta

que é possível produzir e conservar

simultaneamente. Os 9,93

milhões de hectares de plantios florestais

são frequentemente realizados

em terras previamente degradadas,

contribuindo para a recuperação

dessas áreas.

RBS Magazine - Apesar do Brasil

possuir um grande potencial energético

derivado dos resíduos agrícolas,

agroindustriais e pecuários, observa-

-se que a contribuição da biomassa na

matriz elétrica brasileira é pequena.

Por que esse potencial está sendo subutilizado?

Entrevista

De modo geral, constata-se a falta de

políticas adequadas para impulsionar

o setor. O desafio reside no fato de

que é o setor privado que deve realizar

os investimentos necessários para

promover as mudanças. Existem recursos

potenciais a serem explorados,

como o aproveitamento energético

de resíduos e do lixo. No entanto, os

empresários enfrentam poucos incentivos

para investir devido às taxas

de juros pouco atrativas. A resolução

desse problema está amplamente dependente

das políticas governamentais.

Além disso, quando se trata da utilização

de resíduos, a questão logística

se apresenta como um desafio.

São necessários investimentos em

transporte adequado. O setor sucroalcooleiro,

por exemplo, possui um

grande potencial nesse aspecto, uma

vez que o resíduo necessário para a

queima nas caldeiras está disponível

localmente. Da mesma forma, o setor

de celulose e papel pode se beneficiar

dessas oportunidades.

ANOS

RBS Magazine 29


Artigo

MÓDULOS FALSOS:

um risco de segurança

e qualidade para

usinas fotovoltaicas

Por: Rodrigo Matias

É preciso ter atenção a normas regulatórias internacionais e

nacionais que atestam a qualidade e segurança dos produtos

"No que diz

respeito à

qualidade, os

módulos passam

por 21 testes para

que atendam à

normatização.

Em termos de

segurança, o crivo

é ainda maior..."

Oamadurecimento do mercado

de energia solar fotovoltaica

no Brasil tem

aumentado o grau de exigência

com a qualidade e

a competitividade dos produtos e dos

profissionais. Esse cenário favorece

muito o nosso segmento, que aos

poucos se torna mais robusto. Mas

um tema vem chamando a atenção

nos últimos meses: estamos nos deparando

com um aumento de módulos

de potência falsa.

Antes de começar qualquer discussão

sobre isso é preciso entender

o que são esses módulos fotovoltaicos

falsos. São aqueles que apresentam

uma potência estabelecida na

etiqueta, mas que na prática do dia

a dia não atingem aquele patamar.

Ou seja, a usina que tem esses módulos

nunca vai alcançar a performance

projetada.

Para explicar melhor o que acontece

com os módulos fotovoltaicos

falsos é importante olharmos para

questões regulatórias. Temos basicamente

duas normas da Comissão

Eletrotécnica Internacional (IEC) que

trazem um olhar regulatório para os

módulos. A IEC 61.215 diz respeito

à qualidade e a IEC 61.230 trata

da segurança. Em geral, os módulos

vendidos no Brasil são fabricados no

exterior e precisam atender às normatizações

internacionais. Existe um

critério muito grande para que seja

estabelecido um perfil de qualidade e

um perfil de segurança dos módulos.

No que diz respeito à qualidade,

os módulos passam por 21 testes

para que atendam à normatização.

Em termos de segurança, o crivo é

ainda maior. Estamos falando de 32

testes realizados para garantir e atestar

a segurança dos módulos. Invariavelmente,

aqueles que não estejam

em conformidade com as normas e,

consequentemente com os seus testes,

não têm condições de vendas

a nível nacional nem a nível global,

como é o caso do nosso país, que

consome produtos importados na

sua grande maioria.

É importante frisar que temos

normas internacionais que trazem

um olhar de qualidade e de segurança

e todos os módulos fotovoltaicos

30

RBS Magazine


Artigo

comercializados no Brasil devem respeitar

as normas para que estejam

em conformidade com os pré-requisitos

básicos para a operação no mercado

brasileiro. Mesmo que na prática

isso não ocorra pois, infelizmente,

os testes realizados pelo INMETRO

– que deveriam funcionar como um

double check dos testes internacionais

para permitir a comercialização

dos módulos no Brasil –, ainda são

superficiais e incompletos, o que

permite que esses produtos sejam

comercializados em nosso mercado

atendendo aos requisitos internos de

certificação.

Porém, quando olhamos mais a

fundo os requisitos regulatórios brasileiros,

temos a Norma Regulamentadora

10 (NR-10) que trata da segurança

em instalações e serviços em

eletricidade. A NR-10 determina que

é preciso observar as normas técnicas

oficiais estabelecidas por órgãos

competentes. Na ausência ou omissão

dessas normas, ou ainda no caso

de não haver nenhuma norma nacional,

as normas internacionais devem

ser respeitadas. Por isso, no que diz

respeito à segurança de instalações

elétricas, nós também temos como

referência as normas internacionais

de padrões de qualidade e segurança.

Da mesma forma, a Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

trata essa questão e correlaciona as

padronizações de qualidade e segurança

de módulos fotovoltaicos às

normas internacionais da IEC.

Caso haja alguma dúvida sobre

os módulos oferecidos aos clientes –

se você não tem certeza se é adequado

ou não –, é importante entender

todas essas premissas que conferem

qualidade e segurança para o fabricante

e, consequentemente, para

os produtos. Feito isso, será possível

perceber os diferenciais e a entrega

de valor agregado aos clientes.

É importante ressaltar que o

preço é um fator a considerar, pois

os critérios competitivos não permitem

a equiparação dos produtos.

É relativamente fácil vender mais

barato um produto que não é exatamente

o que digo que é, porque

não atendi a todos os requisitos e,

obviamente, o meu custo de produção

é menor para entregar um produto

de qualidade inferior. Quando

penso em valor agregado, estou falando,

antes de qualquer coisa, em

qualidade e segurança de maneira

atestada, comprovada e chancelada

internacionalmente correlacionada

com todos os testes de qualidade

do mercado brasileiro. Qualidade

tem preço.

Outro fator que deve gerar

questionamento é a potência dos

módulos de fabricantes “menos conhecidos”

ou que não tenham sua

capacidade de produção e sua bancabilidade

comprovadas. Como é

possível essas indústrias, que em sua

maioria não detêm controle sobre

a cadeia vertical de produção e não

fabricam as células fotovoltaicas, obtenham

essas células em potência

superior à que o próprio fabricante

disponibiliza para o mercado? Em outras

palavras, como é possível que os

módulos dos fabricantes “menos conhecidos”

sejam mais potentes que

os módulos dos fabricantes líderes

de mercado?

Na Ecori Energia Solar, a segurança

é uma premissa básica e um valor

inegociável. Se eu tiver que destacar

um único ponto para o mercado fotovoltaico

se balizar é exatamente a segurança.

O mercado será construído

sobre bases sólidas com longevidade

estabelecida e segura.

RODRIGO MATIAS

Diretor Comercial na Ecori Energia Solar. Especialista em vendas de soluções MLPE,

iniciou em 2015 sua trajetória no mercado GD como integrador e instalador. Formado

em Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações pelo Centro Universitário

Salesiano - UNISAL e Técnico em Eletrotécnica pelo Centro Paula Souza, acumula

experiências internacionais nos mercados europeus (Itália) e asiático (China), além de

uma passagem pela maior distribuidora de energia elétrica do país como gestor de pósvendas

e sucesso do cliente.

RBS Magazine 31


FOTUS INAUGURA NOVO CENTRO

DE DISTRIBUIÇÃO NO NORDESTE

Visando ampliar o alcance nacional, a

Fotus Distribuidora Solar iniciou em

2022 o processo de expansão da empresa.

Foram inauguradas filiais em

Campinas-SP e Toledo-PR, além de

um novo Centro de Distribuição na

região de Vila Velha, no Espírito

Santo, próximo à matriz da empresa.

Em 2023 o crescimento continua,

agora com um novo Centro de Distribuição

no Nordeste do país.

A Fotus possui o objetivo de tornar a

energia solar mais acessível e colaborar

com o futuro do meio ambiente e

das novas gerações.

Por esse motivo a empresa carrega

o propósito da marca e o propaga

em todas as filiais, o que garante

que em cada unidade o cliente

sempre encontre um atendimento

de excelência, logística eficiente,

comprometimento com a entrega

de equipamentos de qualidade e o

melhor preço do Brasil.

A empresa tem investido bastante

em sua infraestrutura, e o novo

galpão em Pernambuco, próximo ao

Porto de Suape, surge em um momento

estratégico para a distribuidora

que tem como objetivo

ficar mais próxima dos integradores

nordestinos.

32

RBS Magazine


Além disso, o novo investimento colabora para a redução no tempo de entrega

dos pedidos e nos custos logísticos, e uma ampliação da capacidade de

armazenamento na quantidade de postos de trabalho gerados.

De acordo com o Thiago Candeia, Gerente de Logística da Fotus, o maior objetivo

da empresa hoje é que o pedido fique apenas o tempo necessário

dentro do centro de distribuição e que a partir do momento em que o pedido

sair do galpão o processo flua com a máxima velocidade possível. Para que

isso aconteça, a distribuidora tem buscado soluções junto aos seus parceiros

com rotas itinerantes e, ao mesmo tempo, tem criado um cenário de maior

desenvolvimento do setor fotovoltaico no Brasil através da ampliação da

presença da Fotus no território nacional.

O novo galpão fica localizado na Av.

Governador Miguel Arraes, em Cabo

de Santo Agostinho - PE, a 15 minutos

do Porto de Suape. Além disso, o

espaço possui mais de 5.000 m2 e um

total de 20 docas. Dessa forma, a

Fotus se firma em mais uma região

brasileira, buscando aumentar o

market share e fidelizando ainda mais

os clientes nordestinos, uma vez que

a presença da distribuidora na região

permite um melhor relacionamento e

maior vivência dos desafios enfrentados

pelos integradores locais. Com

um trabalho realizado de pessoas

para pessoas, a empresa chega para

colaborar com o fortalecimento e

crescimento da energia fotovoltaica

no Nordeste.

RBS Magazine 33


A FOTUS DISTRIBUIDORA SOLAR

A Fotus está no Top 10 das importadoras

e distribuidoras de equipamentos fotovoltaicos

do Brasil, segundo o “Estudo

Estratégico de Geração Distribuída” publicado

pela Greener em 2023. Para atender

projetos de pequeno a grande porte em

todo território nacional, os centros de distribuição

da empresa estão localizados

estrategicamente nas regiões costeiras

dos estados do Espírito Santo e Pernambuco,

próximos aos principais portos e

rotas de escoamento de mercadorias do

país.

Além dos escritórios de vendas em Vila

Velha - ES (matriz), Toledo - PR e Campinas

- SP.

Com uma infraestrutura de mais de

50.000m2 e uma estratégia de precificação

arrojada, a Fotus possui um

modelo de negócio que permite tornar a

energia fotovoltaica mais acessível no

Brasil e, consequentemente, colabora

com um mundo mais sustentável.

34

RBS Magazine


RBS Magazine 35


Entrevista

Entrevista exclusiva com

Rodrigo Mello, diretor do

SENAI-RN e do Instituto

SENAI de inovação em

energias renováveis (ISI-ER)

"A pesquisa tem muito a contribuir para melhoria de eficiência e

condições ótimas de produção de energia solar"

Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento

& Inovação (PD&I) têm muito a

contribuir para melhoria de eficiência e

condições ótimas de produção de energia

solar no Brasil, frisa o diretor regional do

SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação

em Energias Renováveis (ISI-ER),

Rodrigo Mello.

Nesta entrevista, o executivo explica a

quantas anda a demanda por soluções

voltadas ao setor dentro e fora do Rio

Grande do Norte - estado que é não só

sede do Instituto, mas líder nacional na

produção de energia eólica em terra, detentor

de uma expansão superior a 80%

na potência instalada de energia solar,

no último ano, em geração distribuída,

e epicentro de discussões e projetos que

envolvem novas fronteiras, como a indústria

do hidrogênio verde.

O movimento de empresas, governos e

outras instituições em busca de inovações,

pesquisa aplicada e projetos de desenvolvimento

na área tem se mostrado

cada vez mais intenso, segundo o executivo.

Ele também faz um balanço das respostas

que a atividade têm demandado para

educação profissional. “Enxergamos este

como um setor industrial importante e

temos feito um esforço especial para encarar

o desafio da formação de pessoas”.

Veja a entrevista:

RBS Magazine - O SENAI-RN é uma instituição

que investe na relevância da experiência

para o desenvolvimento da indústria

e da área de pesquisa, desenvolvimento e

inovação, tendo como referência, para o

Brasil, o Instituto SENAI de Inovação em

Energias Renováveis (ISI-ER). Como iniciou

o Instituto? E Quais projetos no setor

serão desenvolvidos este ano?

RODRIGO MELLO - O Instituto SENAI

de Inovação em Energias Renováveis

nasceu a partir de uma provocação feita

pelo setor industrial do Brasil, que, a partir

da bolha econômica internacional de

2008, perdeu competitividade. A indústria

brasileira, através da Confederação

Nacional da Indústria (CNI), provocou

o SENAI para que criasse programas capazes

de ampliar a competitividade do

setor a partir, em especial, de pesquisa,

desenvolvimento e inovação. Daí criou-

-se um programa chamado Institutos

SENAI de Inovação, com centros de pesquisa

distribuídos em todas as regiões do

país, de acordo com suas áreas de vocação.

No Rio Grande do Norte, por conta

das características naturais e por ser o

local onde se iniciaram as atividades industriais

voltadas à indústria renovável,

criou-se o Instituto SENAI de Inovação

em Energias Renováveis, que tem desenvolvido

relevantes serviços para o setor

de energias renováveis como um todo,

não só o de energia solar. No tocante à

energia solar, nós estamos trabalhando

no dimensionamento do recurso solar de

várias regiões do país, em especial do Rio

Grande do Norte. Também publicamos

recentemente o Atlas Eólico e Solar do

estado, com dados inéditos informando

as características de radiação, onde

é melhor para produzir e onde existem

limitações para a instalação de parques.

Dados para produção de energia a partir

da geração distribuída em todo o estado

estão disponíveis neste Atlas. Através

do ISI, estamos desenvolvendo alguns

projetos de análise de qualidade de desempenho

de módulos fotovoltaicos para

o Brasil como um todo. Em outra frente,

avaliamos as perspectivas de utilização

de módulos bifaciais, de que forma a

gente consegue otimizar o desempenho

desses equipamentos. O projeto não

está concluído, mas os primeiros dados

levantados sugerem uma ampliação de

desempenho do equipamento em mais

de 20% para os módulos bifaciais. Temos

instalado, Brasil afora, um volume importante,

que supera 20 unidades, de estações

meteorológicas tratando da radiação

de cada um desses locais. Começaremos

agora a tratar o assunto sobreirradiância,

que é um assunto importante para o setor

e para o desempenho desses equipamentos.

Enfim, o setor de pesquisa, desenvolvimento

e inovação na área de energia

solar é aquecido no mundo todo e através

do Rio Grande do Norte o SENAI do Brasil

tem capitaneado um volume importante

de pesquisas para este setor.

RBS Magazine - O Rio Grande do Norte

está na rota da expansão das energias renováveis,

visto esse crescimento, para o SE-

NAI-RN, qual a importância de se debater

sobre o setor? Além disso, qual a expectativa

da participação de vocês no Fórum GD

Nordeste como Co-organizadores?

O Rio Grande do Norte teve uma participação

de mais de 2% na geração desta

fonte de energia solar, quando comparado

com o Brasil todo, o que parece pouco,

mas é um número muito representativo

36

RBS Magazine


quando você observa o tamanho

físico de um estado

dos menores da nação. Esse

crescimento se dá com quase

50 mil unidades de geração

instaladas em todo o estado.

Cobrimos todo o estado do

Rio Grande do Norte. Esses

números, por si só, dão

a importância, a magnitude

desse setor para o estado. É

necessário que se registre

que esse setor tem, como

perfil, uma participação preponderante

de empresas de

micro e pequeno porte, genuinamente

potiguares, que

geram emprego em cada um dos municípios

onde estão em funcionamento. Tem

um lado econômico importante, um lado

social importante, com distribuição de

renda e riqueza em nosso estado e estava

na hora de esse evento ser realizado aqui.

É impossível você olhar para o Rio Grande

do Norte e não pensar em um lugar cheio

de sol, cheio de qualidade de vida, refletido

em todas as fotos que saem do estado

mundo afora. Com a GD, como atividade

que trabalha diretamente na qualidade de

vida das pessoas, seja mitigando emissões

de gases de efeito estufa, seja auxiliando

na redução de custo da unidade familiar,

e esse crescimento que o RN tem registrado

nesta fonte, nos parece oportuno ter o

estado como sede do evento. Esperamos

poder, junto com as melhores cabeças do

setor do nosso país, discutir e enriquecer

ainda mais os conhecimentos e atividades

voltadas a essa indústria.

RBS Magazine - O SENAI atua em parceria

com grandes empresas para criar soluções

inovadoras para a cadeia de energias

renováveis, objetivando o aumento da eficiência

dos equipamentos e a ampliação

do uso de energias renováveis na matriz

elétrica brasileira. Quais são as principais

empresas parceiras atualmente em busca

dessa inovação?

O SENAI tem desenvolvido projetos com

diferentes grandes empresas do setor

energético no Brasil. Iniciamos a discussão

para construção de projetos com algumas

petroleiras, que são firmes investidoras

na área de transição energética. Com

instituições públicas, como os governos

dos estados do Rio Grande do Norte,

do Espírito Santo e de Alagoas, construímos

projetos especialmente na área de

energia solar, com o governo federal, temos

projeto em execução com o Ministério

da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Estamos atuando em conjunto também

com instituições internacionais, como

a agência pública de cooperação alemã

GIZ. Os grandes atores envolvidos no

setor energético e em transição energética,

presentes no Brasil, têm participado

do desenvolvimento de soluções

conosco. De maneira geral, os projetos

de PD&I desenvolvidos no Brasil buscam,

primeiro, adequar, tropicalizar a

tecnologia existente em outros países

para que se conheça o desempenho em

solo brasileiro, em condições brasileiras

de operação, e, segundo, tratar algumas

inovações que possam melhorar o desempenho

dessas tecnologias no Brasil ou desenvolver

tecnologias acessórias às que já

existem. Precisamos enxergar qual a melhor

tecnologia a ser usada,seja na maior

floresta tropical do mundo, em condições

de praia, em condições de cerrado, em

condições de temperatura mais fria, no

ambiente subtropical, ou em condições

tropicais, mais ao norte do país. A pesquisa

tem muito o que responder, muito

a contribuir com informações voltadas à

melhoria de eficiência e condições ótimas

de produção de energia elétrica a partir

da fonte solar.

RBS Magazine - E do ponto de vista da

educação, que respostas o SENAI tem dado

ao setor e o que vê como os principais desafios

para a formação profissional hoje?

O setor de geração distribuída possui características

específicas, especialmente,

no perfil das empresas envolvidas e na

distribuição espacial das empresas envolvidas.

Pensando nisso, além da Pesquisa,

Desenvolvimento & Inovação, o SENAI

tem encarado o desafio de formação de

pessoas com foco especial nas características

do setor. Nós qualificamos pessoas

Entrevista

aonde elas estão, buscando

dar a maior capilaridade

possível no assunto educação

profissional, levando

soluções de formação profissional

para o interior em

unidades móveis, que são

salas de aulas sobre rodas,

realizando cursos presenciais

na sede, em Natal, ou

na modalidade de educação

à distância, beneficiando

pessoas de todas as regiões

do estado e buscando deixar

um legado de pessoas qualificadas

em todas as regiões

onde acontece a atividade de

instalação de módulos fotovoltaicos. Só

no nosso Centro de Tecnologias do Gás

e Energias Renováveis (CTGAS-ER), do

SENAI-RN, mais de 1.500 profissionais

foram qualificados/as nos últimos sete

anos em cursos ligados à energia solar.

Temos desde formações básicas para a

atividade até a primeira especialização

técnica do Rio Grande do Norte em sistemas

fotovoltaicos e uma certificação profissional

inédita no país, criada em parceria

com a Alemanha, para profissionais

que estão em campo. Outra coisa importante

é dar oportunidade a todas as pessoas

que compõem a sociedade para que

haja uma real distribuição de renda a partir

do trabalho, impulsionado pela educação

e com inclusão também das mulheres.

Temos feito programas específicos

para minorias, para que elas participem

do processo produtivo com cada vez mais

igualdade. É preciso, ainda, que a gente

enxergue que precisamos manter esse sistema

aquecido e que diversas ocupações

que estão no mercado não possuem uma

qualificação própria voltada à instalação

de módulos fotovoltaicos, não possuem

um documento que comprove essa competência.

Como forma de contribuir ainda

mais com o setor, em parceria com o

governo da Alemanha, o SENAI-RN desenvolveu

uma certificação própria para

profissionais que atuam na instalação de

sistemas fotovoltaicos, na metodologia de

certificação alemã. Este é um setor que

todo dia se renova, que recebe novos desafios,

que não para. No Rio Grande do

Norte, chegamos a números excepcionais,

que superam 80% de crescimento

da potência instalada no último ano, em

relação ao período anterior. Enxergamos

este como um setor industrial importante

e temos feito um esforço especial

para encarar esse desafio de formação

de pessoas.

RBS Magazine 37


Artigo

O papel das baterias

de armazenamento

na geração distribuída:

TENDÊNCIAS DE MERCADO

Por: engenheiro Gilmar Rodrigo

AS BATERIAS DE ARMAZENAMENTO

DESEMPENHAM UM PAPEL CRUCIAL NA

TRANSIÇÃO PARA UM MODELO

ENERGÉTICO MAIS SUSTENTÁVEL

E EFICIENTE...

As baterias de armazenamento

são essenciais na geração

distribuída (GD) para lidar

com a variabilidade da geração

e o gerenciamento da demanda.

Elas garantem a estabilidade da

rede elétrica ao armazenar o excesso

de eletricidade gerada durante

períodos de alta produção e fornecê-la

quando a geração é insuficiente.

Além disso, as baterias ajudam a

gerenciar a demanda, fornecendo

energia durante picos de consumo

e equilibrando a oferta e a demanda.

Elas aumentam a autonomia dos

sistemas GD, sendo cruciais em locais

remotos. As baterias de armazenamento

desempenham um papel

crucial na transição para um modelo

energético mais sustentável e

eficiente.

Tecnologias de Baterias de Armazenamento

Existem várias tecnologias de baterias

de armazenamento utilizadas

na geração distribuída (GD). Aqui estão

três exemplos com suas características

e aplicações:

1. Baterias de íon-lítio: As baterias

de íon-lítio são amplamente utilizadas

devido à sua alta densidade

de energia, eficiência de carga e descarga,

vida útil longa e baixa taxa de

autodescarga. Elas são comumente

encontradas em dispositivos eletrônicos

portáteis, veículos elétricos e

sistemas de armazenamento residencial.

Na GD, as baterias de íon-

-lítio são ideais para aplicações em

residências, empresas e projetos de

pequena escala, onde é necessário

um armazenamento de energia modular

e flexível.

2. Baterias de chumbo-ácido: As

baterias de chumbo-ácido são uma

tecnologia madura e amplamente

utilizada. Elas são conhecidas por sua

confiabilidade, baixo custo e capacidade

de lidar com altas correntes de

descarga. No entanto, possuem menor

densidade de energia e vida útil

mais curta em comparação com outras

tecnologias. Essas baterias são

comumente usadas em sistemas de

energia de reserva, como UPS (Uninterruptible

Power Supply), sistemas

de backup e aplicações industriais.

Na GD, as baterias de chumbo-ácido

são frequentemente utilizadas em

projetos de médio porte, como instalações

comerciais e sistemas de energia

híbrida.

3. Baterias de fluxo redox: As

baterias de fluxo redox são um tipo

de bateria recarregável que armazena

energia em soluções de eletrólitos.

Embora sejam uma tecnologia

promissora, ainda não

são amplamente utilizadas por

algumas razões:

Custo: As baterias de fluxo redox

são geralmente mais caras de

fabricar do que as baterias convencionais,

como as de íons de lítio.

Os materiais e o design necessários

para construir sistemas de fluxo

redox podem ser mais complexos

e exigir processos de produção

mais caros, o que afeta o custo final

dessas baterias.

Baixa densidade de energia: As

baterias de fluxo redox tendem a ter

uma densidade de energia relativamente

baixa em comparação com

outras tecnologias de bateria, como

38

RBS Magazine


LANÇAMENTO DO eSAJ Home 2.0

SOLUÇÕES SOLARES SAJ CAPACITE SEU FUTURO MAIS VERDE

Multifuncional · Gerenciamento visível

Aleea inteligente · Posicionamento de problema com uma tecla

Controle de IA · Economia de 20% nos custos de energia*

Adaptação entre plataformas · iOS/Android/PC

Plataforma abeea · Fácil acesso à API

Android

Apple

Guangzhou Sanjing Electric Co., Ltd.

brasil@saj-electric.com +55 0800 729 2325

www.saj-electric.com

Escaneie o código QR ou visite a App Store/

Google Play para fazer o download

*Esses dados são dados experimentais, medidos e comparados nos laboratórios da SAJ. O cálculo pode ser diferente e afetado pelo ambiente de trabalho da sua máquina e políticas regionais.

RBS Magazine 39


Artigo

O MERCADO DE BATERIAS DE ARMAZENAMENTO ESTÁ

PASSANDO POR UM CRESCIMENTO SIGNIFICATIVO E APRESENTA

VÁRIAS TENDÊNCIAS ATUAIS E FUTURAS PROMISSORAS...

as de íons de lítio. Isso significa que

elas têm uma capacidade de armazenamento

de energia mais baixa em

relação ao seu tamanho e peso. Isso

pode ser uma desvantagem em aplicações

que requerem baterias compactas

e leves.

Eficiência energética: As baterias

de fluxo redox também podem ter

uma eficiência energética menor em

comparação com outras tecnologias

de bateria. Isso significa que uma

quantidade significativa de energia

pode ser perdida durante o processo

de carga e descarga. Embora melhorias

tenham sido feitas na eficiência

das baterias de fluxo redox, ainda há

espaço para avanços nessa área.

Desenvolvimento e adoção limitados:

Embora as baterias de fluxo

redox tenham sido objeto de pesquisa

e desenvolvimento, sua adoção

comercial em larga escala ainda é

limitada. Muitos dos avanços recentes

em tecnologia de baterias têm se

concentrado nas baterias de íons de

lítio, que se tornaram a opção dominante

em várias aplicações. Isso pode

limitar os recursos e o investimento

disponíveis para o desenvolvimento

e a comercialização de baterias de

fluxo redox.

Apesar dessas limitações, as baterias

de fluxo redox ainda têm seu

lugar e são especialmente adequadas

para aplicações que requerem longa

vida útil, armazenamento de energia

em larga escala e gerenciamento

avançado de energia. À medida

que a pesquisa e o desenvolvimento

continuam, é possível que essas

limitações sejam superadas e as baterias

de fluxo redox se tornem uma

opção mais amplamente adotada

no futuro.

Em resumo, as baterias de íon-lítio

são versáteis, eficientes e modulares,

sendo amplamente utilizadas

em projetos de geração distribuída

de pequena escala. As baterias de

chumbo-ácido são confiáveis e econômicas,

adequadas para projetos

de médio porte. As baterias de fluxo

redox oferecem alta escalabilidade e

longa vida útil, sendo ideais para sistemas

de armazenamento em larga

escala. A escolha da tecnologia de

bateria depende das necessidades

específicas do projeto, considerando

fatores como capacidade, densidade

de energia, duração, custo e infraestrutura

disponível.

Tendências de Mercado para Baterias

de Armazenamento

O mercado de baterias de armazenamento

está passando por um

crescimento significativo e apresenta

várias tendências atuais e futuras

promissoras. Algumas das principais

tendências incluem:

Avanços tecnológicos: A indústria

de baterias está constantemente

em busca de avanços tecnológicos

para melhorar a eficiência, a vida útil,

a densidade de energia e a segurança

das baterias de armazenamento.

Pesquisas estão sendo realizadas em

novos materiais, como grafeno e lítio-ar,

além de melhorias contínuas

nas tecnologias existentes, como baterias

de íon-lítio. Esses avanços têm

o potencial de aumentar o desempenho

das baterias, tornando-as mais

eficientes e duradouras.

Redução de custos: Um dos principais

impulsionadores do mercado

de baterias de armazenamento é a

redução contínua dos custos. A demanda

crescente, a escala de produção

e os avanços tecnológicos têm

contribuído para a diminuição dos

preços das baterias. Além disso, a

concorrência entre os fabricantes e

os esforços para otimizar a cadeia de

suprimentos também estão impulsionando

a redução de custos. Essa

tendência torna as baterias de armazenamento

mais acessíveis e viáveis

para uma variedade de aplicações,

incluindo a geração distribuída.

Crescimento exponencial da capacidade

instalada: O mercado de

baterias de armazenamento tem

experimentado um crescimento

exponencial na capacidade instalada

nos últimos anos. Isso se deve à

crescente adoção de energias renováveis,

como a solar e eólica, que requerem

soluções de armazenamento

para lidar com a intermitência dessas

fontes. Além disso, os avanços nas

políticas governamentais, incentivos

financeiros e regulamentações

favoráveis estão impulsionando a

implantação de sistemas de armazenamento

em larga escala. Como

resultado, é esperado que o mercado

de baterias de armazenamento

continue crescendo nos próximos

anos.

Aplicações em larga escala e redes

elétricas inteligentes: As baterias

de armazenamento estão se tornando

cada vez mais importantes nas

redes elétricas inteligentes e em projetos

de armazenamento em larga

escala. Elas desempenham um papel

fundamental no equilíbrio da oferta

e demanda, na estabilização da rede

elétrica e no suporte a serviços auxiliares,

como resposta rápida e regulação

de frequência. Além disso, as

baterias estão sendo usadas em projetos

de microgrids, onde fornecem

energia confiável e independência

energética.

No geral, o mercado de baterias

de armazenamento está em constante

evolução e apresenta um futuro

promissor. Avanços tecnológicos,

redução de custos, crescimento da

capacidade instalada e aplicações

em larga escala estão impulsionando

a indústria e contribuindo para

a transição para um sistema energético

mais limpo e sustentável. Espera-se

que o mercado continue

crescendo à medida que a demanda

por armazenamento de energia

aumenta e novas oportunidades

surgem em áreas como mobilidade

elétrica

40

RBS Magazine


PHB SOLAR:

ENGENHARIA, ASSISTÊNCIA

E SUPORTE TÉCNICO PRÓPRIO

Engenharia PHB Solar

Trabalha ativamente para

implementar melhorias nos

produtos, utilizando instrumentos

voltados ao desenvolvimento e

testes de inversores, analisando

todas as atualizações de firmware

e hardware dos equipamentos.

Assistência técnica

Possui equipe local especializada

no teste e reparo de inversores

PHB Solar.

Suporte técnico

Atendimento localizado no Brasil

que oferece respostas rápidas aos

integradores.

SEJA NOSSO PARCEIRO, REALIZE O CADASTRO EM NOSSA PLATAFORMA

www.plataformaphbsolar.com.br

@PHBSOLAR

YOUTUBE.COM/PHBSOLARBR

RBS Magazine 41


A CorSolar estará presente como

Patrocinador Master no Fórum GD

Nordeste, que acontecerá nos dias

28 e 29 de Junho de 2023 no Centro

de Convenções Natal, na Via Costeira

Sen. Dinarte Medeiros Mariz,

Ponta Negra em Natal no Rio Grande

do Norte.

Esta é uma excelente oportunidade

de conhecer e se inteirar das maiores

tendências do setor de energia fotovol-

taica com os melhores e mais importantes

players do mercado.

A CorSolar acabou de chegar de

uma grande viagem pela China onde

firmou grandes e importantes parcerias

com os melhores fornecedores internacionais,

além de participar da SENEC

2023, a Conferência e Exposição Internacional

de Geração de Energia Fotovoltaica

e Energia Inteligente, o maior evento

do mundo sobre Energia Solar.

Estamos de malas cheias de novidades

e tendências prontas para serem

abertas para todo o Brasil e em especial

no Fórum GD Nordeste, que será o primeiro

evento que iremos participar após

termos desembarcado aqui no Brasil.

Queremos estabelecer novas parcerias,

fortalecer ainda mais as que já

possuímos e fomentar este mercado solar

que está cada vez mais aquecido em

nosso país.

Todos sabemos que o Brasil tem um

grande potencial para a geração de energia

solar. Falando em regiões do país, o

Nordeste tem crescido significativamente

devido aos investimentos em projetos

de energia limpa e renovável.

Além dos benefícios ambientais,

como a redução na emissão de gases de

efeito estufa, o aumento da produção

de energia solar tem gerado empregos

e trazido impactos econômicos positivos

em toda a região.

O Nordeste é um território fundamental

para o desenvolvimento da energia

solar no Brasil, sobretudo por causa

de seus longos períodos de sol.

Atualmente, é a região com a maior

capacidade operacional do país, com

6,98 GW, somando os segmentos de GD

(geração distribuída) e GC (geração centralizada),

segundo dados atualizados

da ANEEL (Agência Nacional de Energia

Elétrica).

Capacidade operacional por região

brasileira, segundo a ANEEL:

• Nordeste: 7,19 GW

• Sudeste: 6,88 GW

• Sul: 2,94 GW

• Centro-Oeste: 2,14 GW

• Norte: 0,93 GW

Entre as grandes usinas, o Nordeste

é responsável por dois terços da potência

operacional gerada no Brasil: 4,33

GW dos 6,52 GW existentes. Ao todo,

são 177 grandes empreendimentos fotovoltaicos

em operação. Os estados nordestinos

que hoje contam com mais potência

instalada em GD são: Bahia, Ceará

e Pernambuco, com 0,57 GW; 0,46 GW e

0,43 GW, respectivamente.

A CorSolar estará presente no Fórum

GD Nordeste, prestigiando a região

e fortalecendo contatos com parceiros

do Nordeste para destacar ainda mais a

região no cenário nacional.

NORDESTE: conte sempre com a

CorSolar.

Para conhecer mais sobre a Cor-

Solar, acesse www.corsolar.com.br e

acompanhe as nossas redes sociais.

42

RBS Magazine


A PRINCIPAL IMERSÃO TÉCNICA DO MERCADO SOLAR!

O Solar Experience foi criado

especialmente para você, integrador do

mercado solar, que quer impulsionar o

seu negócio. Você terá acesso exclusivo

a 16 horas de conteúdos técnicos e

práticos que vão transformar a sua rotina!

CONFIRA NOSSAS PRÓXIMAS EDIÇÕES:

14|15

JULHO

2023

CAXIAS DO SUL - RS - BRASIL

27|28

SETEMBRO

2023

CHAPECÓ - SC - BRASIL

06|07

DEZEMBRO

2023

FORTALEZA- CE - BRASIL

EDIÇÃO ESPECIAL CAXIAS DO SUL

SAIBA MAIS SOBRE

WWW.SOLAREXPERIENCE.ECO.BR

APOIO

CO-ORGANIZAÇÃO

ORGANIZAÇÃO

RBS Magazine 43


44

RBS Magazine


RBS Magazine 45


Processo de galvanização a quente

Marcelo Pereira - Engenheiro Mecânico e

Jeser Siemiatkouski - Engenheiro Civil

A

galvanização a

Fogo é um dos

processos mais

antigos na proteção

do aço e do ferro

contra o processo

natural de corrosão,

basicamente consiste

na imersão do material

em um banho de zinco

ou em liga Zn-Al (Bezinal),

que está fundido a

uma temperatura entre

430 à 460ºC. Esse é um

procedimento que tem

o objetivo de proteger

o aço contra a corrosão,

o zinco é um metal

denominado “de sacrifício”,

pois é ele que irá

sofrer corrosão no lugar do ferro, originando

a proteção catódica, ou seja,

o zinco se sacrifica perdendo elétrons

para proteger o ferro mesmo se a superfície

estiver exposta ao ar, o que

faz aumentar consideravelmente

vida útil do aço.

O processo de galvanização a

quente em si é um processo simples

e possui varias vantagens sobre outros

métodos de proteção contra a

corrosão.

Beleza: Além do revestimento de

zinco, o aço recebe uma câmara de

cromo que faz o material “brilhar”

Custo-Benefício: O principal fator

que contribui para o processo de

galvanização e o baixo custo. Embora

envolva bastante espaço, o processo

de galvanização tem sido padronizado,

além disso é 100% garantido de

funcionar.

Durabilidade: O processo de galvanização

multiplica a vida útil do

aço. Essa durabilidade faz com que

a estrutura dure por mais tempo, ou

seja, não sendo necessário manutenções

em curto período de tempo.

Segurança: A economia e durabilidade

contribuem para o cenário

ideal para as grandes construções, visando

agilidade no processo de construção.

Além disso a espessura do

revestimento formado é uniforme,

previamente especificado conforme

norma ABNT NBR6323.

O processo de galvanização passa

por algumas etapas, que proporciona

segurança e confiabilidade do

processo. As vigas a serem revestida

são transportadas por pontes rolantes,

para cada banho de tratamento.

A Primeira etapa começa com a

limpeza por meio de soluções desengraxantes.

Segunda etapa passa pela decapagem

onde remove carepas e óxidos

formado pela ação do tempo.

Terceira etapa passa pelo Enxague,

retira o excesso da etapa anterior.

Quarta etapa passa

pelo processo de

Fluxagem, onde promove

a aderência uniforme

do zinco.

Quinta etapa banho

de zinco liquido,

onde fica o metal fundido

com controle de

composição e elementos

de liga.

Sexta etapa processo

de passivação,

ou seja, banho protetor

para maior brilho e

proteção contra corrosão.

A efetiva proteção gerada pelo

processo de galvanização a fogo,

inicia-se pela corrosão superficial

do Zinco, onde forma-se, óxido e hidróxido

de zinco (corrosão branca),

ou seja, a cobertura de Zinco aplicada

na Galvanização a fogo, não é o

que definitivamente confere a durabilidade

do revestimento, mas sim,

as fases de Oxidação do Zinco que

as sucedem.

Muitas pessoas acham que essas

manchas já são um processo de

corrosão do aço, mas na verdade

esse processo se chama Passivação.

Isso ocorre quando há deposição de

cromo sob a superfície galvanizada

criando uma camada branca, na qual

não afeta o material base (aço) e sim

apenas a primeira camada protetora

de formado por cromato de zinco sobre

a superfície do zinco.

O processo de galvanização é essencial

para garantir maior durabilidade

e resistência as estruturas, por

isso, você deve contar com fornecedores

que garantem a qualidade do

processo.

46

RBS Magazine


RBS Magazine 47


N E X E N

no Nordeste

Novo centro de distribuição da Nexen no Nordeste.

Foto: Divulgação.

"A INTENÇÃO DO

NOVO CENTRO DE

DISTRIBUIÇÃO

É OTIMIZAR OS

PRAZOS DE FORMA

ESTRATÉGICA NA

REGIÃO, DANDO

MAIS SEGURANÇA

E PRECISÃO À

ENTREGA...

ANexen buscando melhor

atender o seu integrador,

inaugurou no mês de abril

um novo centro de distribuição

em Ipojuca (PE). A

unidade conta com um investimento

de 30 milhões e tem um papel estratégico

para as pretensões da empresa

que planeja expandir em mais de

50% o seu faturamento na região.

A escolha por uma sede no Nordeste

tem relação direta com o volume

de vendas que a empresa vem

registrando no Brasil ao longo dos

últimos anos, levando também em

consideração que a região nordeste

tem uma participação importante no

faturamento da empresa, em torno

de 25% do total.

A intenção do novo centro de distribuição

é otimizar os prazos de forma

estratégica na região, dando mais

segurança e precisão à entrega.

“Nossa previsão com essa fábrica

é crescer o nosso faturamento em

cerca de 50% e reduzir o prazo de

entrega de 20 dias para 4 dias. Com

isso, vamos atender com melhor qualidade

e fazer com que nossos parceiros

integradores vendam mais e

assim cresçam também”, destacou

Ítalo De Pra Neto, CEO da Nexen.

Com uma equipe especializada

de suporte técnico, a Nexen busca

dar todo o apoio ao integrador, como

em casos de garantia, onde todos os

processos são realizados de forma

simples, rápida e objetiva, possibilitando

situações imediatas de troca

dos equipamentos Nexen.

O propósito da empresa é auxiliar

cada vez mais os seus parceiros,

por isso, tem uma plataforma de fácil

acesso, onde o integrador pode realizar

suas compras a qualquer momento,

além de frete grátis para todo o

Brasil e negociações personalizadas

com atendimento humanizado

e ágil.

Para se tornar um integrador

Nexen, basta solicitar seu

cadastro através do site www.

nexen.com.br, clicando na

aba Integrador - Quero ser

integrador, e em até 24h você

terá o retorno da aprovação de

seu cadastro e o acesso para a

plataforma exclusiva da Nexen.

48

RBS Magazine


DAH Solar bate recorde na

produção de células TOPCon

Segundo a companhia, a fabricação

dos módulos fotovoltaicos

ToPCon teve início

em maio deste ano. A base

de fabricação de células solares

TOPCon usou apenas 23 dias para

atingir uma eficiência de conversão

de mais de 25,4%, e a taxa de rendimento

da célula solar ultrapassou

97%. Este resultado quebrou recordes,

tornando a fabricante uma das

maiores potências na indústria.

Até o fim deste ano, a fabricante

Dah Solar estima produzir 5,5 GW de

células solares e 2,5 GW de módulos

fotovoltaicos, ambos com tecnologia

TOPCon na base de fabricação TOP-

Con da empresa, localizada na cidade

de Chaohu, Anhui, China. De acordo

com Felipe Santos, diretor de Vendas

para o mercado Latino-americano

da DAH Solar, entre as razões pelas

quais a empresa decidiu estabelecer

a base de fabricação TOPCon estão a

boa aceitação dos seus módulos pelo

mercado internacional e, consequentemente,

a alta na demanda dos seus

painéis.

“Como nossa marca é bem aceita

em todo o mundo, a demanda por

nosso produto solar de alta eficiência

continua aumentando. No ano passado,

em comparação com 2020, a

taxa de crescimento das vendas foi

de 60%”, disse. Além disso, “Este ano,

esperamos um aumento de vendas

de cerca de 90%. A produção de produtos

TOPCon nos ajudará a alcançar

capacidades de produção e entregar

nossas soluções solares de alto valor

para consumidores globais”, afirma

Felipe Santos.

A fabricante também planeja expandir

a produção construindo outra

base de fabricação de células solares

de wafer de silício TOPCon 7GW em

Shanxi. O projeto planeja construir 7

GW de wafers de silício tipo N de alta

eficiência e 7 GW de capacidade de

produção de células solares tipo N de

alta eficiência, com um investimento

total de cerca de 2 bilhões de Yuan

RMB.

RBS Magazine 49


Trina avalia que o mercado

emandará equipamentos

mais modernos

Otimista com o aumento crescente da capacidade instalada de energia

fotovoltaica no Brasil, empresa acredita que consumidores tendem a

buscar painéis que oferecem maior eficiência e vida útil mais longa

A

Trina Solar, indústria chinesa

fundada em 1997 e

especializada no desenvolvimento

e fornecimento

de soluções em energia

fotovoltaica, é um dos maiores fabricantes

mundiais de painéis solares.

Atuando no Brasil desde 2017,

a companhia contribuiu e continua

contribuindo de forma ativa para o

aumento da capacidade instalada

de energia solar fotovoltaica no país,

que tem apresentado forte expansão.

De acordo com dados da Associação

Brasileira de Energia Solar

Fotovoltaica (Absolar), apenas nos 5

primeiros meses de 2023, foi registrada

uma alta de 6,5 gigawatts (GW)

na capacidade total instalada no território

nacional. Ela saltou de 23,9

GW, em dezembro de 2022; para

30,4 GW, em maio deste ano.

Otimista com a perspectiva de

manutenção da curva de crescimento

da capacidade instalada de energia

fotovoltaica no Brasil, a Trina Solar

acredita que, naturalmente, em

breve o mercado deverá demandar

equipamentos cada vez mais modernos,

que asseguram índices superiores

de eficiência energética e vida útil

mais longa.

Atenta a esse movimento, em

dezembro do ano passado a companhia

desenvolveu a linha Vertex N

de painéis solares. Equipados com

células i-TOPCon Tipo N de 210mm

e com vidro duplo para ampliar a bifacialidade

(o painel absorve irradiação

solar tanto na face frontal quanto

traseira), os novos equipamentos

garantem maior eficiência, menor

degradação e melhor rendimento de

energia.

De acordo com o Dr. Chen Yifeng,

vice-presidente associado da Trina

Solar, a tecnologia i-TOPCon Advanced,

de nova geração, aumenta a

eficiência de produção potencial em

26%. Em maio, durante a Conferência

e Exposição Internacional de Geração

de Energia Solar Fotovoltaica e Energia

Inteligente, realizada em Xangai,

a Trina Solar adiantou que, a partir de

2024, a linha Vertex N será atualizada,

com um módulo ainda potente,

para geração de 700 MW. O anúncio

da empresa é uma prova de sua preocupação

permanente em liderar as

inovações tecnológicas no mercado

de energia fotovoltaica, oferecendo

equipamentos e soluções cada vez

mais avançados.

Desde que chegou ao Brasil, o

carro-chefe da Trina Solar é a linha

Vertex, que contempla uma gama

de módulos para atender aos mais

diversos consumidores, sempre com

reconhecida qualidade.

Com o objetivo de manter o

mercado brasileiro atualizado a respeito

de todas as novidades em suas

linhas de equipamentos, a Trina Solar

procura participar dos principais

eventos na área de energia fotovoltaica.

Agora em junho, por exemplo,

a companhia marcará presença na

19ª edição do Fórum GD Nordeste,

o Fórum Regional de Geração Distribuída

com Fontes Renováveis,

que será realizado nos dias 28 e 29,

em Natal, capital do Rio Grande do

Norte. Durante o evento, Nadine

Figueiredo, profissional que atua

na área de Produtos e Soluções

da Trina Solar no Brasil, será uma

das palestrantes.

Embora a Trina Solar negocie

seus painéis diretamente com

distribuidores, durante o evento

profissionais da empresa estarão

disponíveis para esclarecer as principais

dúvidas a respeito de toda a

linha de produtos, inclusive indicando

o equipamento mais adequado

de acordo com a necessidade de

cada consumidor.

50

RBS Magazine


A energia solar é o futuro que estamos construindo agora. Para colaborar com

o avanço desta matriz energética limpa, renovável e sustentável, a Amphenol

acaba de lançar a linha Amphe-PV H4 Plus.

Indicados para aplicações em painéis fotovoltaicos, os novos conectores

oferecem desempenho robusto acima dos requisitos atuais da geração

distribuída.

✔ Três vezes mais resistência a choque térmico e ciclo térmico de umidade e

congelamento

✔ Duas vezes mais proteção contra calor seco e úmido

✔ Atua em temperatura ambiente de - 40 ˚C e temperatura limite superior de

120 ˚C

✔ É resistente a produtos químicos e tem baixa absorção de umidade

Fale com a gente e saiba como levar esta solução para o seu projeto. Contato:

#Amphenol #AmphenolBrasil #ConectarPessoas #ConexãoeInovação #Conector

es #EnergiaSolarFotovoltaica #EnergiaSolar #SolarEnergy #Solar


INFORMATIVO DE MERCADO

Em todas as edições da RBS Magazine, os dados da energia solar fotovoltaica no

Brasil e na região onde ocorre o Fórum GD serão apresentados aos leitores a ponto

que possam acompanhar o comportamento do mercado solar. Esta é uma

parceria entre a Revista Brasileira de Energia Solar e a CGP Engenharia &

Consultoria.

Como está o mercado de

energia solar em números?

ANÁLISE DO BRASIL

GERAÇÃO

DISTRIBUÍDA

69%

21,56 GW

GRUPO A

17%

3,74 GW

GERAÇÃO

CENTRALIZADA

31%

9,64 GW

GRUPO B

83%

17,82 GW

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Usinas de grande porte que produzem energia elétrica para

muitas unidades consumidoras.

GERAÇÃO CENTRALIZADA

Usinas solares elétricas junto ou próxima das unidades

consumidoras e os participantes podem fazer uso do Sistema

de Compensação de Energia Elétrica.

Em relação aos grupos tarifários, observa-se que o Grupo B referente a

baixa tensão é majoritário no Brasil. As informações em relação a

potência instalada apresentam uma proporção quase 5x maior no

Grupo B que no Grupo A.

Já em relação aos números de unidades consumidoras solares e os

grupos tarifários, o Grupo B tem uma distância ainda maior sendo

quase 72 vezes maior que o Grupo A. Assim, como esperado, a

Geração Distribuída Brasileira se caracteriza por usinas solares de

pequena potência e amplamente pulverizada.

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL - POTÊNCIA

PRINCIPAIS ESTADOS

172.350

unidades

2,12 GW

247.377

unidades

2,80 GW

323.917

unidades

2,96 GW

253.485

unidades

2,25 GW

79.438

unidades

1,35 GW

4 2 1 3

5

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL

PRINCIPAIS CIDADES

18.260

unidades

199 MW

Cuiabá

MT

4

16.145

unidades

280 MW

Brasília

DF

2

36.246

unidades

810 MW

Florianópolis

SC

1

22.683

unidades

207 MW

Campo Grande

MS

3

18.071

unidades

181 MW

Teresina

PI

5

REGIÃO

BRASIL E SUAS REGIÕES

INSTALAÇÕES

SOLARES

POTÊNCIA (GW)

SUDESTE 699.145 7,01

SUL 505.273 5,72

NORDESTE 400.055 4,19

CENTRO OESTE 257.248 3,24

NORTE 118.233 1,40

52

RBS Magazine

Acompanhe a CGP nas redes sociais

Fique por dentro das novidades e conteúdos do mercado de

Energia Solar no Brasil

@cgp_consultoria

Escaneie QR-CODE


Como está o mercado de

energia solar em números?

ANÁLISE DA REGIÃO NORDESTE

ESTADOS DO NORDESTE - GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

BAHIA 22%

917 MW

CEARÁ 17%

693 MW

PERNAMBUCO 15%

1613 MW

MARANHÃO 11%

471 MW

11%

RIO GRANDE DO

11%

NORTE 453 MW

9%

PIAUÍ 9%

377 MW

PARAÍBA 7%

313 MW

ALAGOAS 5%

215 MW

3%

SERGIPE 3%

134 MW

PRINCIPAIS CIDADES NORDESTE

TOP + 50MW

400.000

UCS SOLARES POR UNIDADE DE

CONSUMO

MUNICÍPIO

UNIDADES

GERADORAS

POTÊNCIA

INSTALADA (MW)

300.000

Teresina - PI 18.071 181,56

200.000

Fortaleza - CE 17.551 174,21

100.000

Natal - RN 9.903 94,40

São Luís - MA 7.399 89,25

Petrolina - PE 10.149 85,86

Maceió - AL 7.628 76,89

0

Residencial

Comercial

Rural

Industrial

Poder público

Salvador - BA 7.907 76.86

Imperatriz - MA 6.811 71.91

Mossoró - RN 7.653 70,02

Aracajú - SE 5.484 65.61

Recife - PE 5.915 55,98

33 %

Remoto

POTENCIA SOLAR EM RELAÇÃO A

MODALIDADE

João Pessoa - PB 4.865 55.62

Na tabela é apresentada as 12 cidades da região Nordeste

que possuem potência solar instalada superior a 50 MWp.

Nove dessas cidades são capitais de seus respectivos

estados, isso motivado pelo maior adensamento

populacional que elas possuem

67 %

Junto a carga

REFERÊNCIA: BASE DE DADOS DA ANEEL, VISITADO NO DIA 18/06/2023

Acompanhe a CGP nas redes sociais

Fique por dentro das novidades e conteúdos do mercado de

Energia Solar no Brasil

@cgp_consultoria

Escaneie QR-CODE

RBS Magazine 53


Conheça a HOPEWIND:

a opção certa para aqueles que

buscam um futuro mais verde!

Fundada em 2007, a Hopewind

entrou no mercado chinês

com uma missão clara: inovar

no setor de energia renovável!

Com nossos inversores solares

de última geração, oferecemos a

solução ideal para impulsionar a eficiência

energética. Como uma empresa

líder no mercado de energia

renovável, fornecemos inversores

solares altamente eficientes e confiáveis,

projetados para transformar

a luz solar em eletricidade limpa

e sustentável.

Nosso catálogo abrange uma variedade

de produtos, tais como:

• Inversores Solares

• Sistemas de Armazenamento

de Energia

• Dispositivos Eólicos

• Simuladores de Rede

• VFD (Variação de Frequência)

• SVG (Geração de Voltagem

Estática)

• Sistema Remoto de Operação

e Manutenção Inteligente

E muito mais!

Ao longo dos últimos 16 anos, a

Hopewind conquistou diversos marcos,

incluindo:

Líder em fornecimento de conversores

eólicos

Um dos dez principais fabricantes

de inversores fotovoltaicos na China

Entre as vinte principais marcas globais

de inversores fotovoltaicos Entre

as cem principais marcas de energia

fotovoltaica do mundo

A marca de crescimento mais rápido

no mercado

Essas conquistas estabeleceram

a Hopewind como uma referência

tanto na China quanto no mundo

quando se trata de energia renovável.

Além disso, um dos nossos principais

diferenciais de mercado são

os centros de serviços locais, suporte

pós-venda e canais diretos de comunicação

com o nosso público. Ao

oferecer um suporte rápido e atendimento

de qualidade aos clientes, ajudamos

a maximizar o desempenho

dos nossos produtos, garantindo os

melhores resultados para todos!

Para ficarmos ainda mais próximos

do nosso público, recentemente

inauguramos um escritório em Sorocaba,

São Paulo. Estamos prontos

para atender rapidamente às necessidades

dos nossos clientes em todo

o país.

Agora, com a chegada da Hopewind

ao Brasil, um dos maiores

e mais importantes países da

América Latina e do mundo, estamos

preparados e cheios de

energia para contribuir com a

sustentabilidade do país!

A Hopewind é uma empresa pioneira

e inovadora no setor de energia

renovável. Nossos produtos de alta

qualidade e soluções avançadas são

projetados para impulsionar a transição

rumo a um futuro mais sustentável.

Junte-se a nós nessa jornada em

direção a um mundo mais verde e

com energia limpa!

54

RBS Magazine


Conheça nossas tecnologias.

DS3D

QT2D

2.000W MONOFÁSICO

3.600W TRIFÁSICO

4 MÓDULOS

8 MÓDULOS

Compatível com módulos de

alta potência 670 Wp+

Compatível com módulos de

alta potência 670 Wp+

(5,36kWp de entrada)

ECU-C

Unidade de

comunicação de energia

Zigbee

Grid Zero

Medição de Consumo

Monitoramento de até

100 microinversores

SUPORTE OFICIAL APSYSTEMS

Acesse nossa plataforma

e faça seu pedido.

RBS Magazine 55


56

RBS Magazine

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!