RBS Magazine ED 52
• Rio Grande do Norte registra crescimento em energia solar, mas vê desafios na geração distribuída • Como fica a geração remota para clientes residenciais após a lei 14.300 • Brasil chegará a 26GW em Geração de Energia Distribuída em 2023 • A certificação dos DPS • Módulos falsos: um risco de segurança e qualidade para usinas fotovoltaicas • O papel das baterias de armazenamento na geração distribuída: Tendências de mercado
• Rio Grande do Norte registra crescimento em energia solar, mas vê desafios na geração distribuída • Como fica a geração remota para clientes residenciais após a lei 14.300 • Brasil chegará a 26GW em Geração de Energia Distribuída em 2023 • A certificação dos DPS • Módulos falsos: um risco de segurança e qualidade para usinas fotovoltaicas • O papel das baterias de armazenamento na geração distribuída: Tendências de mercado
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quando você observa o tamanho
físico de um estado
dos menores da nação. Esse
crescimento se dá com quase
50 mil unidades de geração
instaladas em todo o estado.
Cobrimos todo o estado do
Rio Grande do Norte. Esses
números, por si só, dão
a importância, a magnitude
desse setor para o estado. É
necessário que se registre
que esse setor tem, como
perfil, uma participação preponderante
de empresas de
micro e pequeno porte, genuinamente
potiguares, que
geram emprego em cada um dos municípios
onde estão em funcionamento. Tem
um lado econômico importante, um lado
social importante, com distribuição de
renda e riqueza em nosso estado e estava
na hora de esse evento ser realizado aqui.
É impossível você olhar para o Rio Grande
do Norte e não pensar em um lugar cheio
de sol, cheio de qualidade de vida, refletido
em todas as fotos que saem do estado
mundo afora. Com a GD, como atividade
que trabalha diretamente na qualidade de
vida das pessoas, seja mitigando emissões
de gases de efeito estufa, seja auxiliando
na redução de custo da unidade familiar,
e esse crescimento que o RN tem registrado
nesta fonte, nos parece oportuno ter o
estado como sede do evento. Esperamos
poder, junto com as melhores cabeças do
setor do nosso país, discutir e enriquecer
ainda mais os conhecimentos e atividades
voltadas a essa indústria.
RBS Magazine - O SENAI atua em parceria
com grandes empresas para criar soluções
inovadoras para a cadeia de energias
renováveis, objetivando o aumento da eficiência
dos equipamentos e a ampliação
do uso de energias renováveis na matriz
elétrica brasileira. Quais são as principais
empresas parceiras atualmente em busca
dessa inovação?
O SENAI tem desenvolvido projetos com
diferentes grandes empresas do setor
energético no Brasil. Iniciamos a discussão
para construção de projetos com algumas
petroleiras, que são firmes investidoras
na área de transição energética. Com
instituições públicas, como os governos
dos estados do Rio Grande do Norte,
do Espírito Santo e de Alagoas, construímos
projetos especialmente na área de
energia solar, com o governo federal, temos
projeto em execução com o Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Estamos atuando em conjunto também
com instituições internacionais, como
a agência pública de cooperação alemã
GIZ. Os grandes atores envolvidos no
setor energético e em transição energética,
presentes no Brasil, têm participado
do desenvolvimento de soluções
conosco. De maneira geral, os projetos
de PD&I desenvolvidos no Brasil buscam,
primeiro, adequar, tropicalizar a
tecnologia existente em outros países
para que se conheça o desempenho em
solo brasileiro, em condições brasileiras
de operação, e, segundo, tratar algumas
inovações que possam melhorar o desempenho
dessas tecnologias no Brasil ou desenvolver
tecnologias acessórias às que já
existem. Precisamos enxergar qual a melhor
tecnologia a ser usada,seja na maior
floresta tropical do mundo, em condições
de praia, em condições de cerrado, em
condições de temperatura mais fria, no
ambiente subtropical, ou em condições
tropicais, mais ao norte do país. A pesquisa
tem muito o que responder, muito
a contribuir com informações voltadas à
melhoria de eficiência e condições ótimas
de produção de energia elétrica a partir
da fonte solar.
RBS Magazine - E do ponto de vista da
educação, que respostas o SENAI tem dado
ao setor e o que vê como os principais desafios
para a formação profissional hoje?
O setor de geração distribuída possui características
específicas, especialmente,
no perfil das empresas envolvidas e na
distribuição espacial das empresas envolvidas.
Pensando nisso, além da Pesquisa,
Desenvolvimento & Inovação, o SENAI
tem encarado o desafio de formação de
pessoas com foco especial nas características
do setor. Nós qualificamos pessoas
Entrevista
aonde elas estão, buscando
dar a maior capilaridade
possível no assunto educação
profissional, levando
soluções de formação profissional
para o interior em
unidades móveis, que são
salas de aulas sobre rodas,
realizando cursos presenciais
na sede, em Natal, ou
na modalidade de educação
à distância, beneficiando
pessoas de todas as regiões
do estado e buscando deixar
um legado de pessoas qualificadas
em todas as regiões
onde acontece a atividade de
instalação de módulos fotovoltaicos. Só
no nosso Centro de Tecnologias do Gás
e Energias Renováveis (CTGAS-ER), do
SENAI-RN, mais de 1.500 profissionais
foram qualificados/as nos últimos sete
anos em cursos ligados à energia solar.
Temos desde formações básicas para a
atividade até a primeira especialização
técnica do Rio Grande do Norte em sistemas
fotovoltaicos e uma certificação profissional
inédita no país, criada em parceria
com a Alemanha, para profissionais
que estão em campo. Outra coisa importante
é dar oportunidade a todas as pessoas
que compõem a sociedade para que
haja uma real distribuição de renda a partir
do trabalho, impulsionado pela educação
e com inclusão também das mulheres.
Temos feito programas específicos
para minorias, para que elas participem
do processo produtivo com cada vez mais
igualdade. É preciso, ainda, que a gente
enxergue que precisamos manter esse sistema
aquecido e que diversas ocupações
que estão no mercado não possuem uma
qualificação própria voltada à instalação
de módulos fotovoltaicos, não possuem
um documento que comprove essa competência.
Como forma de contribuir ainda
mais com o setor, em parceria com o
governo da Alemanha, o SENAI-RN desenvolveu
uma certificação própria para
profissionais que atuam na instalação de
sistemas fotovoltaicos, na metodologia de
certificação alemã. Este é um setor que
todo dia se renova, que recebe novos desafios,
que não para. No Rio Grande do
Norte, chegamos a números excepcionais,
que superam 80% de crescimento
da potência instalada no último ano, em
relação ao período anterior. Enxergamos
este como um setor industrial importante
e temos feito um esforço especial
para encarar esse desafio de formação
de pessoas.
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