Jornal Cocamar Agosto 2023
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PESQUISA NPS<br />
Cooperado mostra sua<br />
satisfação com a <strong>Cocamar</strong><br />
O desafio deste ciclo era o atingimento de 78%, no entanto,<br />
a pesquisa apontou um índice geral de satisfação de 80,1%<br />
No último mês de<br />
julho mais uma<br />
pesquisa de NPS<br />
(Net Promoter<br />
Score) foi aplicada, para entender<br />
como está o nível de satisfação<br />
dos cooperados com a<br />
cooperativa. A pesquisa contou<br />
com 2.463 respondentes e<br />
mais uma vez os resultados<br />
foram superiores às metas estabelecidas<br />
pela <strong>Cocamar</strong>, segundo<br />
o Departamento de<br />
Experiência do Cooperado.<br />
plementadas 469 ações de<br />
melhorias, provenientes das<br />
pesquisas, tanto de NPS<br />
quanto as de Satisfação (Safra,<br />
Campanha e Assistência Técnica),<br />
destas, 39 ações foram<br />
propostas por produtores em<br />
reuniões e pré-assembleias<br />
com a diretoria.<br />
AGRADECIMENTO - E o trabalho<br />
não para por aqui. Agora,<br />
a <strong>Cocamar</strong> irá analisar todos os<br />
comentários deixados pelos<br />
cooperados e montar ações<br />
para melhorar ainda mais a experiência<br />
e a satisfação destes<br />
com a cooperativa. Daí a importância<br />
dos comentários. Quanto<br />
mais completos são os comentários<br />
deixados na pesquisa,<br />
maior é entendimento da<br />
equipe sobre onde deve atuar.<br />
Aos cooperados, que mais uma<br />
vez participaram, o Departamento<br />
de Experiência do Cooperado<br />
agradece pela contribuição<br />
que faz da <strong>Cocamar</strong> uma<br />
cooperativa cada vez melhor.<br />
Acesse o QRCode e<br />
confira o recado do<br />
superintendente<br />
RESULTADOS - O desafio<br />
deste ciclo era de ter atingindo<br />
78%, no entanto, o índice <strong>Cocamar</strong><br />
teve como resultado<br />
80,1% de satisfação no índice<br />
geral da cooperativa. Considerando<br />
cada região, os números<br />
também foram bastante positivos.<br />
Na Regional I teve atingimento<br />
de 82,8%; Regional II o<br />
índice foi 80,9%; Regional III o<br />
atingido foi de 77,2%; na Regional<br />
IV chegou-se a 81,2%; na<br />
Regional V, atingiu-se 74,8%; e<br />
na Regional VI, o índice chegou<br />
a 82,8%.<br />
IMPLEMETADO - Desde novembro<br />
de 2021, já foram im-<br />
2 | J o r n a l C o c a m a r
PALAVRA DO PRESIDENTE<br />
Correr riscos<br />
desnecessários pode<br />
comprometer os resultados<br />
Com a proximidade da semeadura da safra<br />
de verão <strong>2023</strong>/24, há produtores que, avaliando<br />
as circunstâncias de mercado, alteraram seu<br />
planejamento e ainda não finalizaram a<br />
aquisição dos insumos<br />
Com a confiabilidade conquistada<br />
ao longo de seus<br />
60 anos de história, e que<br />
ajuda a fazer dela a melhor<br />
cooperativa do Brasil, a <strong>Cocamar</strong><br />
tem como objetivo assegurar<br />
sempre os melhores negócios aos<br />
seus cooperados, no sentido de que<br />
tenham a maior rentabilidade possível<br />
e um crescimento sustentável.<br />
No entanto, a propósito da proximidade<br />
da semeadura da safra de<br />
verão <strong>2023</strong>/24, já no próximo mês,<br />
há alguns produtores que, avaliando<br />
as circunstâncias de mercado,<br />
acabaram alterando o seu<br />
planejamento e ainda não finalizaram<br />
a aquisição dos insumos, deixando<br />
a tomada de decisões importantes<br />
para o último momento.<br />
Tal estratégia, importante considerar,<br />
impõe riscos que podem acabar<br />
comprometendo os resultados de<br />
uma safra que exige, acima de<br />
tudo, cautela, orientação profissional<br />
e assertividade.<br />
Em paralelo a isso, a contagem regressiva<br />
para a semeadura, somada<br />
a todas as providências e<br />
atribulações que a antecedem, sem<br />
falar da operação de colheita da<br />
cultura de inverno em curso, que<br />
ocorre com atraso, faz com que o<br />
ritmo no campo seja intenso. E, em<br />
meio a tudo isso, o produtor não<br />
encontra tanto tempo assim para<br />
concentrar-se na tomada de decisão.<br />
Por isso, a gestão da propriedade<br />
precisa levar em conta estratégias<br />
menos arriscadas para a condução<br />
do negócio e, nesse sentido, a <strong>Cocamar</strong><br />
está sempre preparada para<br />
prestar todo o atendimento no sentido<br />
de que o produtor faça os melhores<br />
negócios e tenha o maior<br />
retorno possível. Converse sobre<br />
isso com o gerente ou o técnico de<br />
sua unidade.<br />
Aproveitando, com os inúmeros<br />
afazeres no campo, a preocupação<br />
com a segurança e a integridade de<br />
todas as pessoas envolvidas nas<br />
atividades deve estar sempre em<br />
primeiro lugar. As modernas tecnologias<br />
que proporcionam mais praticidade<br />
não dispensam um olhar<br />
atento a detalhes que, afinal, possam<br />
contribuir para a maior qualidade<br />
e segurança do trabalho no<br />
dia a dia.<br />
Divanir Higino, presidente da <strong>Cocamar</strong><br />
A gestão da propriedade<br />
precisa levar em conta<br />
estratégias menos arriscadas<br />
para a condução do negócio<br />
e, nesse sentido, a <strong>Cocamar</strong><br />
está sempre preparada para<br />
prestar todo o atendimento.<br />
Jo r n a l C o ca m a r | 3
PRÊMIO<br />
Os campeões do Super<br />
Produtividade de Soja<br />
Cleber Veronese, de Maringá, colheu 252,34 sacas/alqueire, Waldir Waldrich,<br />
de Arapongas, 218,20 sacas e César Vellini, de Jardim Olinda, 228 sacas<br />
Os vencedores do<br />
12º Prêmio Super<br />
Produtividade de<br />
Soja Safra 2022/<br />
23, promovido pela <strong>Cocamar</strong><br />
Cooperativa Agroindustrial, e<br />
da 4ª edição do Colher Mais<br />
TIMAC Agro e <strong>Cocamar</strong>, realizado<br />
em parceria com a empresa<br />
fornecedora TIMAC<br />
Agro, foram conhecidos dia<br />
25/7, durante evento na Associação<br />
<strong>Cocamar</strong> em Maringá,<br />
com cerca de 170 convidados.<br />
CATEGORIAS - Os produtores<br />
concorrentes do 12º Prêmio<br />
Super Produtividade participaram<br />
em três categorias: 1ª) altitude<br />
acima de 550m, 2ª)<br />
abaixo de 550m e 3ª) arenito<br />
(com menos de 20% de teor de<br />
argila).<br />
RECORDISTA - Na primeira, o<br />
ganhador e recordista foi Cleber<br />
Veronese, de Maringá, assistido<br />
pelo engenheiro agrônomo<br />
Walmir Schneider, da<br />
<strong>Cocamar</strong>/Maringá, com a média<br />
de 252,34 sacas por alqueire<br />
na área do concurso, ou<br />
6.256 quilos por hectare<br />
(kg/ha). Na segunda, a primeira<br />
colocação ficou com Waldir<br />
Eudes Waldrich, de Arapongas,<br />
com a média de 218,20 sacas/alqueire<br />
(5.410 kg/ha),<br />
orientado pelo engenheiro<br />
agrônomo Roverson Islan<br />
Flach, da unidade local da cooperativa.<br />
ILPF - E, na terceira, o produtor<br />
César Luis Vellini, de Jardim<br />
Olinda, com o programa de integração<br />
lavoura-pecuáriafloresta<br />
(ILPF), onde obteve a<br />
média de 228 sacas de soja<br />
por alqueire (5.650kg/ha), com<br />
assistência técnica prestada<br />
pelo engenheiro agrônomo<br />
Douglas Chagas do Nascimento,<br />
da <strong>Cocamar</strong>/Paranacity.<br />
Como prêmio, além de<br />
troféus, produtores e profissionais<br />
foram agraciados com<br />
uma viagem aos Estados Unidos<br />
e Canadá.<br />
NÚMEROS - Conforme explanou<br />
o gerente técnico Rodrigo<br />
Sakurada, o concurso reuniu<br />
276 participantes (dos quais<br />
41 com média acima de 190<br />
sacas por alqueire), sendo que<br />
63 áreas foram auditadas (24<br />
Representantes do produtor Cleber Veroneze, de Maringá<br />
atingiram média superior a<br />
200 sacas/alqueire) com a<br />
média geral chegou a 196 sacas/alqueire.<br />
OBJETIVOS - Como comparação,<br />
a média Brasil foi de 141<br />
sacas/alqueire. “Em resumo,<br />
os objetivos do concurso são<br />
aplicar as tecnologias disponíveis,<br />
replicar resultados e incentivar<br />
produtores e técnicos<br />
para uma evolução permanente”,<br />
disse.<br />
4 | J o r n a l C o c a m a r
COLHER MAIS - Já em relação<br />
à 4º edição do Programa Colher<br />
Mais TIMAC Agro e <strong>Cocamar</strong>,<br />
os ganhadores da categoria<br />
Fertilizantes Sólidos foram<br />
os duplamente premiados<br />
César Vellini e seu filho<br />
Vítor, de Jardim Olinda, com<br />
228 sacas de soja por alqueire,<br />
assistidos pelo engenheiro<br />
agrônomo Douglas<br />
Nascimento.<br />
ROI - E, na categoria Maior<br />
ROI (Retorno sobre o Investimento)<br />
com Fertilizantes Sólidos,<br />
o vencedor foi o produtor<br />
Leandro Camillo, de São Jorge<br />
do Ivaí, que obteve um ROI de<br />
13,7 sacas de soja para cada<br />
saca investida; ele é orientado<br />
pelo engenheiro agrônomo Juliano<br />
Fadoni Filho, da unidade<br />
local da <strong>Cocamar</strong>.<br />
MÉDIA SUPERIOR - O coordenador<br />
de desenvolvimento de<br />
mercado da TIMAC Agro, Rafael<br />
Távore, destacou que a<br />
empresa acompanhou 6.992<br />
áreas de produtores em todo<br />
o Brasil ao longo das últimas 8<br />
safras de soja, e aqueles que<br />
utilizaram fertilizantes TIMAC<br />
Agro alcançaram a média de<br />
179,6 sacas por alqueire, contra<br />
as 168,4 sacas do manejo<br />
padrão produtor, ou seja, um<br />
incremento produtivo de 11,2<br />
sacas/alqueire.<br />
LUCRO - Considerando o investimento<br />
feito para se alcançar<br />
essas 11,2 sacas/alqueire,<br />
o lucro líquido que os<br />
produtores tiveram de retorno<br />
foi de 6,1 sacas/alqueire “Esses<br />
dados comprovam que<br />
quem investe nos fertilizantes<br />
da TIMAC Agro colhe mais<br />
produtividade com rentabilidade”,<br />
ressaltou.<br />
MÉDIAS - O Colher Mais <strong>Cocamar</strong><br />
teve 147 inscrições, das<br />
quais 39 foram colhidas e auditadas<br />
pela Unicampo e, dessas,<br />
33 foram validadas. A<br />
média <strong>Cocamar</strong> fechou em<br />
146,7 sacas por alqueire, ao<br />
passo que a média das fazendas<br />
registrou 164,8 sacas, e a<br />
média TIMAC Agro alcançou<br />
quase 17 sacas a mais, ou<br />
seja, 181,7 sacas por alqueire.<br />
“Para um investimento de 3,8<br />
sacas por alqueire, o produtor<br />
teve um lucro líquido de 13,1<br />
sacas”, ilustrou. Como prêmio,<br />
além de troféus, produtores e<br />
técnicos participarão de uma<br />
viagem ao Centro Mundial de<br />
Inovação - CMI da TIMAC Agro,<br />
na França.<br />
CONQUISTAS - Para a gerente<br />
comercial da TIMAC Agro,<br />
Paula Sasso, “<strong>Cocamar</strong> e<br />
TIMAC têm histórias que se<br />
fundem” e o mais importante,<br />
segundo ela, é que, a cada ano,<br />
mais produtores vão se agregando<br />
ao concurso e se desafiando<br />
para avançar em<br />
conquistas por meio da inovação”.<br />
PRODUZIR MAIS - Já o vicepresidente<br />
da <strong>Cocamar</strong>, José<br />
Cícero Aderaldo, lembrou que<br />
quando o Prêmio de Super<br />
Produtividade foi lançado em<br />
2011, alguns produtores duvidaram<br />
da possibilidade quando<br />
foi colocado o desafio de<br />
chegar a 100 sacas por hectare<br />
(242/alqueire). “Já no segundo<br />
ano foi registrada a<br />
Família Vellini foi duplamente<br />
contemplada<br />
Produtor Waldir Waldrich, de Arapongas, com o agrônomo Roverson Flach<br />
Família Vellini, de Jardim Olinda: ótimos resultados com ILPF<br />
média de 200 sacas por alqueire<br />
e a gente vê que sempre<br />
é possível fazer melhor,<br />
produzir mais na mesma unidade<br />
de área”.<br />
PALESTRA - O evento contou<br />
também com uma palestra<br />
técnica do professor Dr. Marcelo<br />
Batista, da Universidade<br />
Estadual de Maringá (UEM),<br />
que abordou o tema conceitos<br />
de fertilidade do solo para aumentar<br />
a produtividade da<br />
soja. “O ganho está no detalhe”,<br />
sintetizou.<br />
Produtor Leandro Camillo, de São Jorge do Ivaí,<br />
com o agrônomo Juliano Fadoni Filho<br />
Jo r n a l C o ca m a r | 5
MEIO AMBIENTE<br />
Plano vai agilizar<br />
regularização do CAR<br />
Proposta do IAT é fechar o ano com 200 mil cadastros analisados,<br />
de um universo de pouco mais de 500 mil CARs ativos no estado<br />
OInstituto Água e<br />
Terra (IAT) desenvolveu<br />
um plano de<br />
ação para dar mais<br />
celeridade às análises do Cadastro<br />
Ambiental Rural (CAR)<br />
no estado. A estratégia é focada<br />
em comunicação, tecnologia,<br />
capacitação e gestão, e<br />
foi pensada em conjunto com<br />
as secretarias estaduais do<br />
Desenvolvimento Sustentável<br />
(Sedest), Agricultura e Abastecimento<br />
(Seab) e o Instituto de<br />
Desenvolvimento Rural do Paraná<br />
(IDR-Paraná).<br />
META - A meta do IAT é fechar<br />
o ano com pelo menos 200 mil<br />
cadastros analisados, de um<br />
universo de pouco mais de<br />
500 mil CARs ativos no estado.<br />
A regularização do documento<br />
é essencial para que os produtores<br />
rurais tenham acesso a<br />
linhas de crédito com juros<br />
mais baixos, dentro do Plano<br />
Safra <strong>2023</strong>-2024 elaborado<br />
pelo governo federal.<br />
ADESÃO - Mas, para que isso<br />
seja viável, destacou o diretor<br />
de Licenciamento e Outorga do<br />
IAT, José Volnei Bisognin, é necessário<br />
que o agronegócio<br />
compre a ideia, aderindo em<br />
massa ao sistema. “Queremos<br />
fazer da comunicação nossa<br />
aliada para que os produtores<br />
acessem a Central do Proprietário<br />
e preencham corretamente<br />
os dados necessários.<br />
Viabilizamos neste momento a<br />
análise dinamizada e, em alguns<br />
casos, o CAR estará regularizado<br />
em um ou dois cliques”,<br />
afirmou.<br />
DADOS CORRETOS - Ele reforçou,<br />
contudo, que o plano de<br />
ação só será bem-sucedido<br />
quando o agricultor ou pecuarista<br />
se responsabilizar por<br />
fornecer os dados corretos da<br />
propriedade, com a possível<br />
existência de Áreas de Proteção<br />
Ambiental (APA). “Dos<br />
mais de 500 mil CARs do Paraná,<br />
cerca de 150 mil nunca<br />
aderiram à plataforma, nem o<br />
primeiro acesso para conhecer<br />
a central e corrigir eventuais<br />
distorções. Por isso a necessidade<br />
desta parceria”, disse Bisognin.<br />
REGULARIZAR - De acordo<br />
com ele, perto de 45 mil CARs<br />
já foram analisados por técnicos<br />
do órgão ambiental. Um<br />
projeto-piloto desenvolvido na<br />
regional de Paranavaí, que<br />
abrange 29 municípios do Noroeste<br />
do Paraná, com base na<br />
análise dinamizada, revelou<br />
que 77% das propriedades<br />
podem ser regularizadas nas<br />
três primeiras fases do plano,<br />
apenas acessando a Central do<br />
Proprietário ou realizando<br />
algum tipo de retificação simples.<br />
PLANO DE ATUAÇÃO - “O pedido<br />
era para que o IAT agilizasse<br />
o processo, por isso<br />
criamos esse plano de atuação<br />
com base nesta ferramenta da<br />
análise dinamizada que nos foi<br />
entregue pelo governo federal<br />
agora. Precisamos de todos<br />
neste momento para que o<br />
CAR seja realmente um componente<br />
efetivo da produção<br />
rural e recuperação ambiental<br />
do Paraná”, afirmou.<br />
Jo r n a l Co c a m a r | 7
DIA DE CAMPO DE INVERNO<br />
Em busca de tecnologias<br />
A riqueza do conteúdo técnico foi o<br />
destaque da programação, que<br />
apresentou cinco estações, além de outras<br />
atrações à mais de 2 mil cooperados<br />
Com a presença de mais<br />
de 2 mil produtores<br />
cooperados de várias<br />
regiões do Paraná e<br />
estados vizinhos, a <strong>Cocamar</strong> promoveu<br />
dia 12/7, a edição <strong>2023</strong><br />
do Dia de Campo de Inverno em<br />
sua Unidade de Difusão de Tecnologias<br />
(UDT) no município de<br />
Floresta, região de Maringá.<br />
PROGRAMAÇÃO - A riqueza do<br />
conteúdo técnico foi o destaque<br />
da programação, que apresentou<br />
cinco estações sobre correção<br />
adequada do solo, manejo de doenças<br />
nas culturas do milho e<br />
sorgo, manejo de solos e água,<br />
controle do nematoide e uso de<br />
herbicidas pré-emergentes na<br />
cultura do milho, além de mais de<br />
duas dezenas de estandes de<br />
empresas fornecedoras parceiras<br />
e exposição de máquinas<br />
agrícolas da concessionária <strong>Cocamar</strong><br />
Máquinas/John Deere, entre<br />
outras atrações.<br />
INTERAÇÃO - “Esse é um trabalho<br />
conduzido pela equipe técnica<br />
sempre com muita dedicação<br />
e entusiasmo, e importante<br />
para ajudar o cooperado a tomar<br />
decisões”, enfatizou o presidente<br />
executivo Divanir Higino, em sua<br />
saudação. Segundo ele, além de<br />
apresentar inovações, o Dia de<br />
Campo é mais uma oportunidade<br />
para que os produtores promovam<br />
uma interação, ressaltando<br />
que o aumento da produtividade<br />
é o propósito.<br />
PRODUTIVIDADE - “A forte queda<br />
dos preços nos últimos meses<br />
torna ainda mais importante e<br />
necessário o ganho de produtividade”,<br />
citou Higino, lembrando<br />
que com suas realizações técnicas,<br />
a <strong>Cocamar</strong> compartilha conhecimentos<br />
e tecnologias que<br />
precisam ser multiplicados. Ele<br />
comentou também sobre o desempenho<br />
dos foliares e adjuvantes<br />
Viridian, produzidos pela<br />
cooperativa, assim como das sementes<br />
<strong>Cocamar</strong>, expondo que<br />
outros negócios oferecidos aos<br />
cooperados, como a irrigação e<br />
os sistemas de energia solar,<br />
também podiam ser acessados<br />
no evento.<br />
ATENDIMENTO - Higino agradeceu<br />
as instituições de pesquisa<br />
e as empresas pela parceria<br />
e, ao final, citou que a Jornada<br />
do Cooperado - cujo objetivo<br />
é avançar na excelência do<br />
atendimento ao produtor - se<br />
consolida a cada dia.<br />
Dia de Campo é mais uma oportunidade para<br />
que os produtores promovam interação<br />
INTENSO TRABALHO - Em seu<br />
pronunciamento, o gerente<br />
executivo técnico Renato Watanabe<br />
lembrou que o Dia de<br />
Campo de Inverno “é uma conquista<br />
de um ano de intenso trabalho”,<br />
mencionou que o programa<br />
de carbono neutro<br />
Jo r n a l C o ca m a r | 9
DIA DE CAMPO DE INVERNO<br />
vem avançando a partir<br />
da adoção de boas práticas agrícolas<br />
e em breve vai ser possível<br />
mensurar o nível de carbono no<br />
solo e transformar isso em crédito.<br />
CALCÁRIO - Watanabe disse<br />
ainda que diagnósticos recentes<br />
apontaram que 83% das propriedades<br />
dos produtores cooperados<br />
carecem de calcário e, por<br />
isso, a <strong>Cocamar</strong> deu início a um<br />
programa duradouro para o fornecimento<br />
e também a aplicação<br />
desse corretivo que “é barato e<br />
apresenta um potencial muito<br />
grande para que o cooperado<br />
eleve seus níveis de produtividade”.<br />
ATRAÇÃO - Como atração à<br />
parte, o Dia de Campo de Inverno<br />
recebeu a visita de uma dupla de<br />
influenciadores digitais, os Primos<br />
Agro, que, com muito humor,<br />
vem fazendo sucesso nas<br />
redes sociais. João e Eduardo<br />
contaram que o objetivo deles é<br />
contribuir para que a sociedade<br />
conheça melhor o agro, de uma<br />
forma leve e descontraída. A receita,<br />
ao que parece, deu certo,<br />
pois em menos de um ano ambos<br />
não param de receber convites<br />
para se apresentar em<br />
eventos pelo Brasil.<br />
MELHOR CONHECIDO - Por onde<br />
passam, os Primos Agro são<br />
reconhecidos e no Dia de Campo<br />
da <strong>Cocamar</strong> eles não se cansaram<br />
de posar para fotografias ao<br />
lado de fãs. O cooperado e conselheiro<br />
Cleber Veroneze, de Maringá,<br />
levou a esposa e os filhos<br />
pequenos para um registro com<br />
a dupla. Para o produtor, “o agro<br />
precisa ser melhor conhecido e<br />
as redes sociais são um caminho<br />
para atingir, principalmente, o público<br />
mais jovem”.<br />
VISITA - De Altônia, município da<br />
região de Umuarama, o cooperado<br />
Luiz Carlos Faria e o filho Felipe,<br />
contaram que nunca deixam<br />
de visitar as realizações técnicas<br />
da <strong>Cocamar</strong>, principalmente o<br />
Safratec em janeiro e o Dia de<br />
Campo de Inverno. “A gente não<br />
pode descuidar das novidades,<br />
senão vai ficando para trás”, citou<br />
Luiz. Acompanhado da esposa<br />
Leonice, o cooperado Paulo Roberto<br />
da Silva, de Rolândia, chegou<br />
bem cedo e ficou até o final<br />
do evento. “A gente gosta de<br />
aproveitar bem, ver tudo, cada<br />
detalhe é importante”.<br />
Encontro de Multiplicadores de Sementes<br />
Por meio de sua Unidade de Beneficiamento<br />
de Sementes (UBS),<br />
a <strong>Cocamar</strong> Cooperativa Agroindustrial<br />
promoveu dia 28/7, em<br />
São Sebastião da Amoreira, município<br />
da região de Londrina (PR),<br />
a 2ª edição do Encontro de Multiplicadores<br />
de Sementes <strong>Cocamar</strong>,<br />
reunindo cerca de 200 participantes,<br />
dos quais 150 produtores<br />
multiplicadores de sementes<br />
de trigo e soja.<br />
PROGRAMAÇÃO - O pesquisador<br />
José Barros França Neto, da<br />
Embrapa, falou sobre qualidade<br />
de sementes, representantes das<br />
empresas Basf, Corteva e Syngenta,<br />
se pronunciam a respeito<br />
da parceria, além do gerente de<br />
sementes Diogo Amaral e do gerente<br />
comercial de Insumos Paulo<br />
André Câmara, que falaram na<br />
abertura. Apresentações da linha<br />
de fertilizantes foliares e adjuvantes<br />
Viridian e da <strong>Cocamar</strong> Máquinas/Concessionária<br />
John Deere,<br />
também fizeram parte da programação.<br />
Por fim, foram divulgados<br />
os resultados de quase<br />
cinco anos de atuação da cooperativa<br />
no segmento de sementes.<br />
MATERIAIS - A UBS faz o beneficiamento<br />
de sementes de soja e<br />
trigo e, em relação a essa última,<br />
o portfólio contempla três cultivares<br />
branqueadoras: FPS Luminus,<br />
da Fundação Pró-Sementes;<br />
ORS Madrepérola da OR Sementes<br />
e TBIO Blanc da Biotrigo Genética.<br />
J o r na l C o ca m a r | 1 1
EVENTO<br />
Um evento bastante prestigiado<br />
Cerca de 800 pessoas participaram entre autoridades, empresários,<br />
representantes de instituições de pesquisa e empresas parceiras<br />
Com cerca de 800 convidados,<br />
entre os<br />
quais muitas autoridades,<br />
com destaque<br />
para o governador em exercício<br />
Darci Piana, vários secretários<br />
de estado, deputados, empresários,<br />
representantes de instituições<br />
de pesquisa e empresas<br />
parceiras, a <strong>Cocamar</strong> comemorou<br />
na noite de14/7, no centro<br />
de even-tos Paraná Expo, em<br />
Maringá, seus 60 anos de história.<br />
ABERTURA - Recepcionados<br />
pelos integrantes do Conselho<br />
de Administração, Diretoria<br />
Executiva, superintendentes e<br />
gestores de diferentes áreas,<br />
eles acompanharam a programação<br />
que iniciou com a saudação<br />
do bispo de Ourinhos, Dom<br />
Eduardo Vieira dos Santos (exfuncionário<br />
da <strong>Cocamar</strong>) e a<br />
apresentação da Orquestra Maringaense<br />
de Viola Caipira.<br />
PRONUNCIAMENTOS - Na sequência,<br />
pronunciaram-se o<br />
presidente do Conselho de Administração,<br />
Luiz Lourenço, sobre<br />
a história inicial da cooperativa<br />
e seus primeiros desafios;<br />
o presidente executivo Divanir<br />
Higino, a respeito do<br />
momento atual da organização;<br />
e o vice-presidente executivo<br />
José Cícero Aderaldo, que se referiu<br />
ao que prevê o planejamento<br />
dos próximos anos da<br />
<strong>Cocamar</strong>, bem como às perspectivas<br />
do agro brasileiro.<br />
HISTÓRIA - “Quando a <strong>Cocamar</strong><br />
foi fundada em 1963, por um pequeno<br />
grupo de 46 produtores<br />
de café, o melhor momento da<br />
cafeicultura já havia ficado para<br />
trás”, disse Lourenço, enfatizando<br />
que a cooperativa soube adaptar-se<br />
aos novos tempos e crescer.<br />
Ele fez especial menção a<br />
dois ministros da Agricultura que<br />
foram determinantes para o sucesso<br />
da <strong>Cocamar</strong>. O primeiro,<br />
Luiz Fernando Cirne<br />
J o r n a l C o c a m a r | 1 3
EVENTO<br />
Lima, no final da década<br />
de 1960, que orientou os dirigentes<br />
a se prepararem para a chegada<br />
das culturas mecanizadas<br />
de grãos. O segundo, Alysson<br />
Paolinelli - falecido recentemente<br />
- que, no começo dos anos 1970,<br />
alertou para a necessidade de industrializar<br />
os grãos.<br />
MELHOR MOMENTO - “A <strong>Cocamar</strong><br />
vive o seu melhor momento”,<br />
destacou Divanir Higino,<br />
lembrando os números obtidos<br />
em todas as áreas, com um<br />
crescimento acelerado, bem como<br />
os reconhecimentos prestados<br />
por respeitadas instituições<br />
nacionais e internacionais que<br />
ressaltam a qualidade da gestão<br />
da <strong>Cocamar</strong>, e também o fato de<br />
a mesma ter sido eleita, pelo segundo<br />
ano consecutivo, a melhor<br />
cooperativa agropecuária do<br />
país. “É a confirmação de que estamos<br />
no caminho certo”, frisou<br />
o presidente-executivo, aproveitando<br />
para agradecer a todos<br />
pela confiança e a parceria.<br />
EXPANSÃO - Por sua vez, José<br />
Cícero Aderaldo ressaltou a expansão<br />
da <strong>Cocamar</strong> para outras<br />
regiões do país, tendo inaugurado<br />
recentemente instalações<br />
em Mato Grosso e Goiás. E<br />
mencionou que o agro brasileiro<br />
se expandiu fortemente a partir<br />
do início das exportações para a<br />
China, ainda no final da década<br />
de 1990, sendo que para os próximos<br />
anos e décadas “outras<br />
Chinas vão surgir, demandando<br />
um volume de alimentos para<br />
atender uma população que<br />
melhora sua qualidade de vida e<br />
que somente o Brasil e alguns<br />
poucos países terão condições<br />
de suprir”.<br />
REFERÊNCIA - Para o governador<br />
em exercício, Darci Piana, “a<br />
<strong>Cocamar</strong> é uma referência do<br />
agro brasileiro e um orgulho dos<br />
paranaenses”, enquanto o secretário<br />
de Agricultura e do Abastecimento,<br />
Norberto Ortigara, destacou<br />
a parceria com a cooperativa<br />
e o seu pioneirismo em programas<br />
como a integração lavoura-pecuária-floresta<br />
(ILPF). Já<br />
o secretário de Indústria e Comércio,<br />
Ricardo Barros, citou o<br />
dinamismo da atuação da <strong>Cocamar</strong><br />
e a sua diversificação de negócios,<br />
lembrando que seu avô<br />
Odwaldo Bueno Netto foi um<br />
dos fundadores e o cooperado<br />
número 1.<br />
DEPOIMENTOS - Várias outras<br />
autoridades foram convidadas a<br />
se pronunciar, entre elas o diretor<br />
de Política Agrícola do Ministério<br />
da Agricultura e Pecuária, Wilson<br />
Vaz de Araújo, o prefeito Ulisses<br />
Maia e a ex-governadora Cida<br />
Borghetti. Houve, também, a<br />
projeção de alguns depoimentos<br />
em vídeo.<br />
NÚMEROS - Reunindo 19 mil<br />
famílias de produtores cooperados<br />
nos estados do Paraná, São<br />
Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato<br />
Grosso e Goiás, a <strong>Cocamar</strong> recebeu<br />
na safra de verão 2022/23<br />
um volume recorde de 2,311<br />
milhões de toneladas de soja,<br />
para um montante orçado de<br />
2,085 milhões. A expectativa<br />
para o milho de inverno, cuja colheita<br />
está em curso, é de 1,550<br />
milhão de toneladas, além de<br />
100 mil toneladas de trigo, 2,800<br />
milhões de caixas de laranja e 23<br />
mil sacas de café beneficiado. A<br />
previsão de faturamento para<br />
este ano é de R$ 13,7 bilhões,<br />
contra R$ 11,1 bilhões registrados<br />
no exercício 2022.<br />
J o r n a l C o c a m a r | 1 5
ILPF<br />
<strong>Cocamar</strong> avança no mercado de carnes especiais<br />
Atuação no segmento atende a demanda de cooperados que investem em tecnologias<br />
para a produção de carne de qualidade e não vinham obtendo remuneração adequada<br />
A<strong>Cocamar</strong> começa a<br />
operar, no modelo de<br />
terceirização, uma<br />
parceria com o frigorífico<br />
Frigomendes, de Nova<br />
Londrina, região noroeste do<br />
Paraná, para onde passa a destinar<br />
os animais produzidos<br />
pelos cooperados participantes<br />
do seu programa de carne precoce.<br />
Inicialmente, a unidade<br />
deve fazer o abate de 160 cabeças<br />
por semana. Com isso,<br />
nos próximos meses, o próximo<br />
passo é ingressar no mercado<br />
consumidor com cortes especiais<br />
em embalagens com a<br />
marca <strong>Cocamar</strong>.<br />
DEMANDA - A atuação da cooperativa<br />
no segmento de carne<br />
atende a uma demanda de pecuaristas<br />
cooperados que investem<br />
em modernas tecnologias<br />
para a produção de carne<br />
de qualidade e não vinham obtendo<br />
uma remuneração adequada<br />
por esse diferencial. Vários<br />
deles implementam, em<br />
suas propriedades, o sistema de<br />
Integração Lavoura-Pecuária-<br />
Floresta (ILPF) ou a Integração<br />
Lavoura-Pecuária (ILP), com o<br />
incentivo e o apoio técnico da<br />
<strong>Cocamar</strong>.<br />
PROGRAMA - Conforme explica<br />
o gerente de Proteína Animal,<br />
Everson Souza, “a tendência é<br />
de um crescimento gradativo do<br />
número de animais abatidos, à<br />
medida que o programa for se<br />
desenvolvendo”, menciona. O<br />
programa inclui animais derivados<br />
de cruzamento de angus<br />
com nelore e o nelore precoce.<br />
Produtores que atenderem aos<br />
requisitos, como acabamento<br />
uniforme de gordura, idade,<br />
faixa de peso e outros critérios,<br />
tem direito a um valor adicional<br />
pela arroba.<br />
Capacitação em ILPF tem etapa em Dourados (MS)<br />
Profissionais de assistência técnica<br />
da <strong>Cocamar</strong> participaram<br />
dias 26 e 27/7, em Dourados<br />
(MS), de mais uma etapa do programa<br />
de capacitação sobre Integração<br />
Lavoura-Pecuária-<br />
Floresta (ILPF), promovido pela<br />
cooperativa em parceria com o<br />
Sistema Faep/Senar, com apoio<br />
da Rede ILPF, Embrapa e Instituto<br />
de Desenvolvimento Rural<br />
do Paraná (IDR/PR).<br />
PALESTRAS - Liderado pelo gerente<br />
de ILPF da <strong>Cocamar</strong>,<br />
Emerson Nunes, o grupo foi recepcionado<br />
na Embrapa Agropecuária<br />
Oeste onde, no primeiro<br />
dia, assistiu palestras sobre<br />
vários temas. Em pauta, a<br />
importância da qualidade de sementes<br />
forrageiras (com Marina<br />
Lima, da Sementes Soesp); espécies,<br />
semeaduras e cuidados<br />
iniciais e forrageiras em consórcio<br />
com soja, e forrageiras para<br />
sucessão/rotação com culturas<br />
(com Luis Zago Machado, da<br />
Embrapa Agropecuária Oeste);<br />
forrageiras em consórcio com<br />
milho (Gessi Ceccon, Embrapa<br />
Agropecuária Oeste); conservação<br />
de forragem (Marciana Retore,<br />
Embrapa Agropecuária<br />
Oeste); nutrição de plantas<br />
(Douglas de Castilho Gitti, Fundação<br />
MS) e Consórcios (Rodrigo<br />
Arroyo Garcia, Embrapa Agropecuária<br />
Oeste).<br />
VISITA - No segundo dia, os assuntos<br />
foram pastagens em<br />
áreas sombreadas (com Roberto<br />
Giollo de Almeida, da Embrapa<br />
Gado de Corte) e manejo<br />
de pastagens (Rodrigo Amorim,<br />
Embrapa Gado de Corte), finalizando<br />
a programação com uma<br />
visita à Fazenda Guassu, em Itaquiraí<br />
(MS).<br />
PROGRAMA - Lançado em 30<br />
de março deste ano, o programa<br />
vai ocorrer ao longo de<br />
13 meses, até abril de 2024,<br />
totalizando 139 horas de formação<br />
com dias de campo, visitas<br />
técnicas e consultorias. De<br />
forma paralela, os técnicos da<br />
<strong>Cocamar</strong> e do IDR-Paraná e<br />
instrutores do SENAR-PR vão<br />
desenvolver projetos em propriedades<br />
rurais de cooperados<br />
da <strong>Cocamar</strong> para implementação<br />
das técnicas de ILPF ao<br />
longo do programa.<br />
J o r n a l C o c a m a r | 1 7
ATENÇÃO<br />
Sementes contaminantes<br />
podem reprovar a carga de milho<br />
Aumento das exportações evidencia<br />
problemas que resultam em prejuízos<br />
para o produtor e a cooperativa<br />
Por Valquiria Demarchi Arns*<br />
e Ednei Almeida Silva**<br />
Com o aumento da<br />
produção agrícola brasileira<br />
nas últimas safras<br />
e, ao mesmo<br />
tempo, um crescimento da demanda<br />
externa por grãos,<br />
grande parte tem sido, naturalmente,<br />
destinada à exportação.<br />
RIGOR - O aumento no rigor na<br />
fiscalização nos portos foi intensificado,<br />
e os contratos para exportação<br />
se tornaram mais<br />
rigorosos, principalmente quanto<br />
a incidência de sementes<br />
contaminantes na cultura de<br />
milho, cuja tolerância é zero.<br />
Dessa forma, qualquer incidência<br />
de sementes contaminantes<br />
resulta na reprova de cargas<br />
Coleta de amostras de carregamento de milho<br />
1 8 | Jo r n a l C o c a m a r
durante o embarque, ocasionando<br />
prejuízos para os produtores<br />
e a cooperativa.<br />
TRANSTORNOS - Em resumo, tal<br />
situação gera transtornos para as<br />
unidades que recebem milho,<br />
além de comprometer a liberação<br />
de espaço de armazenagem para<br />
o recebimento da safra e aumentar<br />
os custos operacionais.<br />
GUIA DE CONTROLE - Para a<br />
safra de soja, a <strong>Cocamar</strong> desenvolveu<br />
e divulgou um Guia de<br />
Controle de Sementes Contaminantes,<br />
com base em práticas<br />
adotadas nessa cultura, replicando<br />
esses cuidados também<br />
para o cultivo, tratos culturais e<br />
colheita de grãos de milho. A<br />
orientação visa capacitar os produtores<br />
a cuidarem de todo o<br />
processo da lavoura para garantir<br />
um produto de qualidade e<br />
evitar a presença de sementes<br />
contaminantes. Caso seja identificado<br />
a presença de sementes<br />
contaminantes na carga o recebimento<br />
poderá não ser realizado<br />
na Unidade de costume.<br />
NORMAS E DIRETRIZES - A<br />
Instrução Normativa nº 60/<br />
2011 estabelece diretrizes para<br />
a classificação do milho em três<br />
tipos, com base no índice de<br />
grãos avariados e outras características<br />
indesejadas. Além<br />
disso, a Embrapa tem trabalhado<br />
para tratar assuntos relacionados<br />
a pragas quarentenárias,<br />
enquanto entidades representativas<br />
do setor, entre as<br />
quais Abiove, Anec, Acebra e<br />
OCB, procuram levar essa informação<br />
aos produtores.<br />
MAPA - Por sua vez, o Departamento<br />
de Sanidade Vegetal/<br />
DSV/SDA-MAPA, disponibilizou<br />
no site do Ministério da Agricultura<br />
e Pecuária, materiais elaborados<br />
pelo Grupo Técnico de<br />
Pragas Quarentenárias, incluindo<br />
alertas para a cadeia produtiva,<br />
guias práticos para identificação<br />
de sementes de plantas<br />
daninhas quarentenárias, entre<br />
outros.<br />
*Valquiria Demarchi Arns -<br />
Gerente Executiva de Operação<br />
com Produto e Obras<br />
Na classificação, amostras são analisadas<br />
visualmente e com equipamentos<br />
**Ednei Almeida Silva -<br />
Gerente Executivo Comercial<br />
Grãos<br />
Ações preventivas para o produtor<br />
Um trabalho preventivo durante<br />
o cultivo da lavoura e a colheita é<br />
essencial para que o produtor alcance<br />
a qualidade desejada do<br />
grão a ser colhido. Isso evita que<br />
o produtor seja penalizado<br />
quando da entrega dos grãos e<br />
permite que ele se beneficie do<br />
resultado da cooperativa com<br />
um valor agregado na comercialização<br />
de todo o produto ao<br />
mercado, sem deságios e restrições<br />
de envio para determinados<br />
países, além de facilitar o<br />
escoamento e abrir espaço para<br />
armazenagem de seus grãos.<br />
PREVENÇÃO - Como foi dito, a<br />
ocorrência de sementes contaminantes<br />
na lavoura de milho<br />
tem causado prejuízos para os<br />
produtores e a cooperativa durante<br />
o processo de embarque e<br />
venda. É fundamental, portanto,<br />
que sejam adotadas práticas<br />
preventivas, com base em orientações<br />
e medidas de controle<br />
para garantir a qualidade do grão<br />
colhido e evitar a reprovação de<br />
cargas durante o embarque, assegurando<br />
assim a competitividade<br />
da nossa produção no<br />
mercado internacional.<br />
AGREGAR VALOR - O trabalho<br />
preventivo é fundamental para<br />
assegurar que nossos produtos<br />
estejam em conformidade com<br />
as normas e exigências dos contratos<br />
comerciais, possibilitando<br />
um embarque mais tranquilo e<br />
bem-sucedido. Além disso, ao<br />
oferecer milho de qualidade, sem<br />
a presença de contaminantes, é<br />
possível agregar valor à produção<br />
e alcançar melhores resultados<br />
na comercialização. Essencial,<br />
portanto, que nos apoiemos<br />
Nessa carga foram detectadas impurezas<br />
como picão, carrapicho e outras<br />
em práticas preventivas. Para<br />
isso, o produtor deve utilizar o<br />
atendimento da equipe técnica<br />
da <strong>Cocamar</strong> para garantir o melhor<br />
plantio e um trato cultural<br />
adequado das lavouras, bem<br />
como tornar nossas negociações<br />
eficientes e vantajosas<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 1 9
LARANJA<br />
Simpósio Citricultura movimenta Paranavaí<br />
Os pomares paranaenses rendem R$ 315<br />
milhões em Valor Bruto da Produção<br />
Com o objetivo de discutir<br />
a produção paranaense<br />
de citros, em especial, o<br />
controle do greening,<br />
considerada a principal doença da<br />
citricultura mundial, foi realizado<br />
entre os dias 1 e 3 de agosto, no<br />
auditório principal da Universidade<br />
Estadual do Paraná (Unespar) –<br />
Campus de Paranavaí (PR), o<br />
“Simpósio Citricultura”.<br />
PALESTRAS - O evento contou<br />
com a presença de renomados<br />
pesquisadores, que discutiram temas<br />
atuais como: mercado, desafios<br />
e oportunidades, produção<br />
sustentável, agricultura familiar,<br />
manejo de solo, irrigação, controle<br />
biológico, reciclagem de embalagens<br />
de defensivos e controle do<br />
greening. As gravações das palestras<br />
foram disponibilizadas online<br />
na página do IDR-PR no Youtube.<br />
DESAFIO - Segundo o coordenador<br />
estadual de fruticultura, Eduardo<br />
Augustinho dos Santos, que foi<br />
um dos palestrantes, o desafio da<br />
citricultura hoje está no enfretamento<br />
do greening ou Huanglongbing<br />
(HLB), e o Brasil, como<br />
maior produtor mundial de laranja,<br />
tem papel fundamental. “A produção<br />
do estado norte-americano<br />
da Flórida passou de 250 para 17<br />
milhões de caixas por conta das<br />
doenças”, alertou, ressaltando que<br />
é preciso investir em tecnologia<br />
para que o setor tenha sustentabilidade,<br />
e esse é o objetivo do<br />
Simpósio ao atualizar profissionais<br />
e produtores, fazendo a integração<br />
com setores privados e mostrando<br />
experiências de sucesso.<br />
FORÇA - Os pomares paranaenses<br />
de laranja movimentam R$ 315<br />
milhões em Valor Bruto da Produção<br />
(VBP), o que representa 6% do<br />
total nacional. O Noroeste é a principal<br />
região produtora do Estado,<br />
com 70% dos pomares. Nesta região<br />
também estão presentes as<br />
principais agroindústrias, além de<br />
atender o mercado de mesa. A preocupação<br />
é com o crescente aumento<br />
das infestações de psilideos<br />
nos pomares e onde, “segundo os<br />
últimos levantamentos feitos na<br />
região, 70% dos insetos vetores estavam<br />
infectados com a bactéria”,<br />
alertou Santos.<br />
REALIZAÇÃO- O “Simpósio Citricultura”<br />
é uma realização da Associação<br />
Maringaense dos Engenheiros<br />
Agrônomos, Conselho Regional<br />
de Engenharia Agronômica<br />
(Crea-PR), Centro Universitário<br />
Uningá, Sindicado dos Engenheiros<br />
do Paraná (Senge-PR), IDR-PR,<br />
Federação da Agricultura do Estado<br />
do Paraná (Faep), Governo do<br />
Paraná, Sindicato Rural de Maringá,<br />
Agência de Defesa Agropecuária<br />
do Paraná (Adapar), Sindicato Rural<br />
de Paranavaí, Invaio, Solidariedad,<br />
Fundecitrus, Mutua, Corteva, Universidade<br />
Estadual do Paraná, Associação<br />
dos Engenheiros Agrônomos<br />
de Paranavaí e Região<br />
(AEA), AgroPratinha, <strong>Cocamar</strong>, iPonia,<br />
Adita e Canal do Agro.<br />
2 0 | Jo r n a l C o c a m a r
AÇÃO SOCIAL<br />
Mais entidades recebem o Sistema Fotovoltaico<br />
Os recursos para aquisição dos<br />
equipamentos são oriundos do<br />
Fundo de Assistência Técnica,<br />
Educacional e Social<br />
Com uma solenidade na<br />
Associação das Senhoras<br />
de Rotarianos, de<br />
Paranavaí, dia 17/7,<br />
que contou com a presença de<br />
autoridades e dezenas de participantes,<br />
a <strong>Cocamar</strong> oficializou a<br />
doação de um sistema de geração<br />
de energia fotovoltaica para<br />
atender à demanda daquela entidade,<br />
fundada em 1970. No último<br />
dia 2/8 foi a vez da Associação<br />
dos Pais e Amigos dos<br />
Excepcionais (Apae) de Centenário<br />
do Sul (PR) receber um sistema<br />
de energia solar como<br />
presente de aniversário pelos 35<br />
anos de fundação da entidade.<br />
COOPERATIVISMO - “Um dos<br />
princípios do cooperativismo é o<br />
apoio ao desenvolvimento sustentável<br />
da comunidade”, comentou<br />
o superintendente de operações<br />
da <strong>Cocamar</strong>, Osmar Liberato,<br />
assinalando que a doação<br />
em Paranavaí tem o aval dos 260<br />
cooperados da unidade e que até<br />
o final do ano a <strong>Cocamar</strong> terá<br />
doado um total de 16 equipamentos<br />
para entidades de várias<br />
regiões, contribuindo para que reduzam<br />
substancialmente seus<br />
gastos com energia elétrica. Os<br />
recursos para aquisição dos sistemas<br />
fotovoltaicos são oriundos<br />
do Fundo de Assistência Técnica,<br />
Educacional e Social.<br />
SUSTENTABILIDADE - Liberato<br />
enfatizou que a sustentabilidade<br />
é uma prioridade na <strong>Cocamar</strong> e<br />
exemplificou a cogeração em seu<br />
parque industrial. A partir do consumo<br />
de biomassa, a mesma<br />
tem capacidade para atender a<br />
demanda de um município de 10<br />
mil habitantes e 15% da rede de<br />
unidades da cooperativa, nos estados<br />
do Paraná, São Paulo, Mato<br />
Grosso do Sul, Mato Grosso e<br />
Goiás, contam com sistemas de<br />
geração de energia solar.<br />
APOIO - O superintendente fez<br />
referência aos trabalhos de apoio<br />
às entidades assistenciais realizados<br />
pela <strong>Cocamar</strong>, entre os quais<br />
a Campanha Solidária anual, em<br />
parceria com o Sicredi. Agradecendo<br />
a doação da <strong>Cocamar</strong>, a<br />
presidente da Associação, Maria<br />
Aparecida Miotto Reis, informou<br />
que além do projeto de corte e<br />
costura, para famílias de baixa<br />
renda, que existe desde 2002, a<br />
entidade passa a sediar, até o final<br />
do ano, o Centro de Educação Infantil<br />
Anibal Ajita, que atende 80<br />
crianças de funcionárias da Santa<br />
Casa e da comunidade. O sistema<br />
de energia solar suprirá, ainda, as<br />
reuniões da Casa da Amizade, que<br />
sedia as reuniões do Rotary Club.<br />
AGRADECIMENTOS - A gerente<br />
regional da cooperativa, Márcia<br />
Dias, explicou que o sistema<br />
doado é de alta qualidade, tem<br />
longa duração e conta com seguro<br />
por dez anos. “A <strong>Cocamar</strong><br />
não chegou agora a Paranavaí,<br />
ela está há décadas apoiando a<br />
comunidade”, disse Eugênia Ceres<br />
Monteiro, integrante do conselho<br />
da Sicredi Dexis, assinalando que<br />
as cooperativas “tem feito a diferença<br />
no social em Paranavaí”. Por<br />
fim, o vice-prefeito Pedro Baraldi<br />
agradeceu a <strong>Cocamar</strong> e citou o<br />
bom relacionamento mantido<br />
com a cooperativa e que têm resultado<br />
na implementação de várias<br />
iniciativas no município.<br />
CENTENÁRIO - Em Centenário<br />
Solenidade na Associação das Senhoras de Rotarianos, dia 17/7,<br />
contou com a presença de autoridades e dezenas de participantes<br />
Pessoal da <strong>Cocamar</strong> com representantes da Apae de Centenário do Sul<br />
do Sul, o sistema vai permitir que<br />
a Apae reduza significativamente<br />
a tarifa de consumo de energia<br />
elétrica. O presidente Rogério<br />
Alves, disse que a geração já entrou<br />
em funcionamento no último<br />
mês e proporcionou que a despesa<br />
caísse da faixa de R$ 1.300<br />
a R$ 1.400 mensais, para apenas<br />
R$ 140 – a taxa mínima para instalações<br />
trifásicas – em julho. “O<br />
desembolso, sem o sistema de<br />
energia solar, seria muito maior a<br />
partir de agora, pois vamos instalar<br />
doze aparelhos de ar condicionado”,<br />
comentou.<br />
PARTICIPAÇÃO - A <strong>Cocamar</strong> foi<br />
representada na entrega pela gerente<br />
de Responsabilidade Socioambiental,<br />
Natália Cavalini Paganini,<br />
a gerente da unidade local<br />
da cooperativa, Camila Menossi<br />
de Andrade, e colaboradores. Participaram<br />
ainda o prefeito Melquíadas<br />
Taviani Júnior , outras<br />
autoridades, o vereador e cooperado<br />
Celso Delani, o cooperado<br />
José Carlos Bazalha e convidados.<br />
APAE - A Apae de Centenário<br />
do Sul mantém convênios<br />
com o Estado – que ajuda a<br />
custear parte da estrutura pedagógica<br />
– e com o SUS (Sistema<br />
Único de Saúde), além de<br />
contribuições do Nota Paraná,<br />
mas sua sobrevivência depende<br />
principalmente da realização<br />
de promoções para<br />
arrecadar recursos e de doações<br />
da comunidade. A instituição<br />
atende a 120 alunos, entre<br />
zero a 60 anos e conta com 43<br />
funcionários.<br />
PRIMEIROS- A Apae de Floresta,<br />
região de Maringá, recebeu<br />
recentemente uma estrutura<br />
para geração de energia<br />
fotovoltaica, doada pela <strong>Cocamar</strong>.<br />
As doações começaram<br />
por Maringá, onde três instituições<br />
foram contempladas: o<br />
Recanto Espírita Somos Todos<br />
Irmãos, o Encontro Fraterno<br />
Lins de Vasconcelos e a Associação<br />
Norte Paranaense de<br />
Reabilitação (ANPR).<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 2 1
EVENTOS<br />
Devolução de resultado sobre grãos avariados<br />
A <strong>Cocamar</strong> está devolvendo R$<br />
1,2 milhão de resultados aos<br />
cooperados por conta do recebimento<br />
de grãos de soja avariados<br />
na safra 2021/22.<br />
Durante as entregas foi efetuado<br />
o desconto de acordo<br />
com o percentual de grãos avariados<br />
em cada carga, obedecendo<br />
ao procedimento padrão.<br />
Após, esses grãos foram segregados<br />
e processados, sendo<br />
possível recuperar uma parte<br />
deles. Depois de apuradas as<br />
despesas decorrentes desse<br />
processo, a cooperativa realiza<br />
agora a devolução do resultado<br />
obtido aos cooperados.<br />
“O processo de classificação<br />
de grãos na <strong>Cocamar</strong> é um<br />
valor. É feita de maneira correta,<br />
transparente e imparcial,<br />
valorizando a qualidade dos<br />
produtos entregues por seus<br />
cooperados, dentro das regras<br />
estabelecidas pelos órgãos oficiais,<br />
não fazendo distinção do<br />
tamanho da entrega de cada<br />
um. Por meio dela, aplicamos<br />
uma tabela de desconto justa<br />
que reflete a qualidade do produto<br />
entregue pelo cooperado”,<br />
comenta o gerente executivo<br />
comercial, Ednei de Almeida<br />
Silva.<br />
Dias de Negócios<br />
A <strong>Cocamar</strong> tem realizado uma série de eventos denominados<br />
Dia de Negócios, em suas unidades de atendimento,<br />
no Paraná. Já tradicional entre os cooperados, o Dia de Negócios,<br />
que conta com a participação de diversas empresas<br />
fornecedoras parceiras, é mais uma oportunidade para que<br />
os produtores façam a aquisições de produtos diversos,<br />
como peças, equipamentos, pneus, lubrificantes e vários<br />
outros itens. Trata-se de uma pequena feira que, quase<br />
sempre, tem como local o pátio da unidade.<br />
Treinamento em fertilização e correção do solo<br />
Ao longo dos últimos meses, a<br />
<strong>Cocamar</strong> promoveu uma série<br />
de treinamentos com toda a sua<br />
equipe técnica, distribuída por<br />
todas as regiões de atuação da<br />
cooperativa, nos estados do Paraná,<br />
São Paulo, Mato Grosso do<br />
Sul, Mato Grosso e Goiás, sobre<br />
fertilização e correção do solo.<br />
Conforme explica o gerente técnico<br />
Rodrigo Sakurada, com essa<br />
bateria de treinamentos, que<br />
foram ministrados pelo Prof.<br />
Dr. Marcelo Batista, especialista<br />
em Fertilizantes, Fertilidade e<br />
Química do solo, do Departamento<br />
de Agronomia da Universidade<br />
Estadual de Maringá<br />
(UEM), os profissionais de assistência<br />
técnica se tornam ainda<br />
mais assertivos em suas recomendações<br />
aos produtores. A<br />
correção do solo é um tema<br />
prioritário para a <strong>Cocamar</strong> e recorrente<br />
em seus eventos técnicos<br />
e a cooperativa implementa<br />
uma campanha permanente<br />
para conscientizar os produtores<br />
a respeito da necessidade de<br />
manterem o solo corrigido, de<br />
maneira a explorarem todo o potencial<br />
produtivo das lavouras.<br />
Nova Fátima recicla banners<br />
Em Nova Fátima, região de<br />
Londrina, banners de propaganda,<br />
que já não tinham utilidade,<br />
foram reciclados, dando<br />
origem a sacolas resistentes e<br />
charmosas. Segundo o gerente<br />
Claudinei Donizete Marcondes,<br />
foram reunidas participantes<br />
do núcleo feminino<br />
da cooperativa e do comitê feminino<br />
da agência Sicredi (que<br />
já fazem esse trabalho de reciclagem<br />
e se prontificaram a<br />
ensinar), além do pessoal das<br />
áreas administrativa e operacional<br />
para participarem de<br />
uma oficina de sacolas a partir<br />
do reaproveitamento desse<br />
material que seria descartado.<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 2 3
Informação e conhecimento para crescer<br />
Estes são para Antonio Fernandes André,<br />
de Floresta, o grande diferencial em sua<br />
vida e o que o faz continuar superando<br />
limites mesmo aos 90 anos<br />
Ocooperado Antonio<br />
Fernandes André,<br />
de Floresta, é um<br />
produtor rural que já<br />
fez de tudo na vida e nunca teve<br />
medo do trabalho. Já plantou e<br />
colheu café, algodão, soja, milho,<br />
feijão, criou galinha, porco,<br />
gado, comprou e vendeu e<br />
prestou serviços a outros produtores,<br />
tendo todos seus filhos<br />
e esposa como parceiros nos<br />
desafios diários, trabalhando de<br />
sol a sol, como a maioria dos<br />
produtores rurais fazem. Para<br />
ele, o grande diferencial em sua<br />
vida foi manter-se sempre bem<br />
informado e conhecer um pouco<br />
de tudo.<br />
EMPREENDEDOR - “Sem informação<br />
e conhecimento não se<br />
ganha dinheiro”, afirma. Antonio<br />
estudou pouco, só até o terceiro<br />
ano do ensino fundamental, mas<br />
sempre foi bom em matemática<br />
e, curioso por natureza, muito inteligente<br />
e um empreendedor<br />
nato, soube desde cedo a importância<br />
de se manter muito bem<br />
informado. “Sempre ouvia a voz<br />
do Brasil e da América para<br />
saber o que acontecia no Brasil e<br />
no mundo”, conta.<br />
APRENDIZADO - Antonio se<br />
lembra bem de quando Floresta<br />
passou a contar com um engenheiro<br />
agrônomo do Estado, que<br />
dava assistência técnica aos<br />
produtores. Sempre que sabia<br />
que havia um problema diferente<br />
acontecendo nas lavouras, Antonio<br />
buscava o agrônomo e o<br />
levava na propriedade onde havia<br />
o problema, aprendendo<br />
muito com isso, além de ensinar<br />
com toda sua experiência prática.<br />
“O agrônomo era muito jovem.<br />
Conhecia a teoria e eu a<br />
prática, e assim aprendíamos um<br />
com o outro”, diz.<br />
SUCESSÃO - Além de sete netos<br />
e oito bisnetos, Antonio e a esposa<br />
Neide, que faleceu ano<br />
passado, têm um filho, Jurandi,<br />
que se tornou militar, advogado,<br />
e que foi funcionário da <strong>Cocamar</strong><br />
na juventude, e três filhas: Marlene.<br />
Neusa e Marcia, todas ligadas<br />
à agricultura - inclusive Márcia<br />
possui terras na Bahia onde<br />
toca com o marido. Antonio foi<br />
quem sempre cuidou de tudo na<br />
propriedade e mesmo aos 90<br />
anos ainda comanda seus negócios.<br />
Além da equipe de funcionários<br />
que possui e que cuida de<br />
quase tudo na propriedade, conta<br />
com a ajuda da filha Neusa,<br />
que o acompanha nas idas a fazenda<br />
e nos afazeres diários.<br />
Mas Antonio está tranquilo<br />
quanto à sucessão: os filhos e<br />
netos estão envolvidos com o<br />
agronegócio e ele tem dois netos,<br />
Giovana e Antonio, que são<br />
agrônomos.<br />
Antonio e Neide com os filhos<br />
INÍCIO - A família de Antonio era<br />
de Bernardino de Campos, São<br />
Paulo. Os pais eram agricultores<br />
e venderam tudo para ir para a<br />
cidade. Na época, Antonio trabalhava<br />
na Companhia de Asfalto<br />
que estava construindo a Rodovia<br />
Raposo Tavares, ligando Ourinhos<br />
a São Paulo. Ouvindo falar<br />
das terras paranaenses, o pai<br />
veio, em 1953, ver uma em Jataizinho,<br />
para comprar, mas, não<br />
gostou. Entretanto, Antonio gostou<br />
muito, e após negociações<br />
com o proprietário, aceitou reformar<br />
o cafezal geado por dois<br />
anos, 30 dias após o casamento,<br />
e acabou trabalhando como meeiro<br />
por nove anos ao todo.<br />
PRIMEIRA TERRA - Com o dinheiro<br />
que economizou, conseguiu<br />
comprar cinco alqueires em<br />
Mandijuba, distrito de Engenheiro<br />
Beltrão, em 1962. Na<br />
época ainda tinha muito mato na<br />
região, mas também muito café<br />
geado e Antonio aproveitou o<br />
programa de erradicação de café<br />
do Governo Federal, que foi de<br />
1962 a 1964, para ajuntar dinheiro<br />
e pagar metade do valor<br />
da terra com o que conseguiu<br />
juntar arrancando café.<br />
EM CHAMAS - O cooperado<br />
lembra que em 1963 houve<br />
outra geada braba e em 1964,<br />
após uma longa estiagem, as<br />
queimadas devastaram as lavouras<br />
no Paraná, que<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 2 5
virou manchete no Brasil<br />
– “Paraná arde em chamas”.<br />
“Foi um período de muita pobreza<br />
e todos tivemos que buscar<br />
alternativas”, comenta. O sítio<br />
da família não chegou a pegar<br />
fogo na época, mas o produtor<br />
ficou bastante preocupado<br />
quando a área do vizinho pegou<br />
fogo. “Como tinha uma estrada<br />
na divisa, o fogo não pulou para<br />
a nossa lavoura”. Na parte mais<br />
baixa do sítio tinha a palhada,<br />
onde Antonio plantava alguns<br />
grãos e algodão, um pedaço de<br />
hortelã e, em cima, o café.<br />
SOJA - Em 1965, ainda em Mandijuba,<br />
Antonio foi um dos primeiros<br />
a plantar soja, da variedade<br />
Pelincan, na matraca. “Parecia<br />
um cipó se enroscando nos<br />
pés de café seco”, cita. A colheita<br />
foi feita no facão e os feixes empilhados<br />
no carreador, e como<br />
tinha pouca comercialização,<br />
parte da produção era usada<br />
para alimentar os porcos.<br />
FLORESTA - Quando se mudou<br />
para Floresta, em 1966, já não<br />
havia muita mata na região. O<br />
produtor vendeu seus 5 alqueires<br />
em Mandijuba e comprou 15<br />
alqueires de café geado em Floresta,<br />
arrancando tudo e plantando<br />
algodão de 1966 a 1979.<br />
A soja começou a entrar em<br />
1973, quando Antonio descobriu<br />
o calcário para corrigir o solo. “A<br />
acidez do solo na região onde<br />
tinha a propriedade não viabilizava<br />
o plantio de soja. A gleba do<br />
Ribeirão Pinguim era fraca de<br />
produção. Com a correção do solo<br />
com calcário e adubação, o<br />
plantio de soja decolou”, afirma.<br />
SERVIÇOS - Além de cuidar de<br />
sua propriedade, Antonio passou<br />
a prestar serviços a outros produtores.<br />
Alugou a trilhadeira do<br />
padre Osvaldo, da Igreja São<br />
José, e com um sócio que tinha<br />
um caminhão, carregava a trilhadeira<br />
por toda região prestando<br />
serviço na debulha, fazia frete<br />
puxando a produção de outros<br />
produtores ou comprava a produção<br />
de soja, milho, café e algodão<br />
e entregava na <strong>Cocamar</strong>, o<br />
que ela recebia, ou em outras<br />
empresas de 1962 a 1982.<br />
COMPRA E VENDA - Chegou a<br />
percorrer muito trecho a pé, depois<br />
a cavalo e por fim, passou a<br />
ir de caminhão, buscando negociar<br />
produtos. Ficou tão conhecido<br />
que muitos produtores vinham a<br />
sua casa vender a produção. Vendia<br />
de tudo intermediando até a<br />
venda de sítios. Como já era cooperado<br />
nesta época, e muito<br />
amigo do presidente do Conselho<br />
de Administração da <strong>Cocamar</strong>,<br />
Luiz Lourenço, desde antes mesmo<br />
dele trabalhar na cooperativa,<br />
ajudou a <strong>Cocamar</strong> na compra do<br />
terreno onde foi construída a unidade<br />
de Floresta.<br />
ACIDENTE - Nestas andanças,<br />
em 1968, sofreu um acidente<br />
com o caminhão carregado de<br />
algodão. A ponte sobre o rio Pinguim<br />
cedeu, o caminhão tombou<br />
e a carga foi parar dentro do rio.<br />
Recuperou todos os fardos encharcados.<br />
Antonio estava dentro<br />
do caminhão quando este<br />
tombou e teve que sair pela janela.<br />
Para desvirar o caminhão<br />
utilizaram um cabo de aço e a<br />
motoniveladora da prefeitura.<br />
ATOLEIRO - Transitar pelas estradas<br />
da região em tempos de<br />
chuva também era bem complicado.<br />
A subida do mamão, indo<br />
para Maringá, era a pior. O pessoal<br />
da região já a conhecia bem,<br />
mas sempre tinha um desavisado<br />
que acabava encalhado no<br />
trecho, travando todos os demais<br />
caminhoneiros que trafegavam<br />
pela região. Muitos ganhavam<br />
com a venda de marmitas porque<br />
quando um caminhão carregado<br />
atolava, às vezes nem o trator<br />
conseguia puxar, aí tinha que esperar<br />
secar para seguir viagem.<br />
POLÍTICA - Na política, uma das<br />
paixões de Antonio, este sempre<br />
apoiava os amigos, mas nunca<br />
pensou em se candidatar. Como<br />
era comprador de grãos e algodão<br />
e prestava serviço para<br />
muita gente, tinha muitos conhecidos<br />
e amigos e uma rede<br />
grande de influência. Assim, naturalmente,<br />
quando faltou candidato<br />
pelo partido, acabaram<br />
indicando-o e acabou sendo<br />
eleito três vezes vereador, se<br />
tornando também presidente da<br />
Câmara Municipal de Floresta e<br />
de 1994 a 1997, prefeito.<br />
AÇÕES - Uma de suas principais<br />
ações em seu mandato como<br />
prefeito foi a reforma das estradas<br />
rurais do município, além de<br />
investir em saúde e educação<br />
ampliando escolas e municipalizou<br />
um hospital que estava<br />
abandonado. Floresta também<br />
não tinha nenhuma rua asfaltada<br />
e isso sempre incomodou a<br />
comunidade. Por isso quando se<br />
elegeu vereador, juntamente<br />
com o então prefeito eleito, Antonio<br />
Fuentes Martins, deram<br />
um cheque pessoal e bancaram<br />
a compra de todo o equipamento<br />
para fazer o asfalto tão sonhado<br />
por todos. Eram agricultores<br />
e não entendiam muito de<br />
gestão pública. Só queriam fazer<br />
as coisas acontecerem. Ficaram<br />
mais de um ano para receber o<br />
dinheiro de volta e desatar todos<br />
os nós.<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 2 7
GRUPO REGIONAL<br />
<strong>Cocamar</strong> Máquinas<br />
sorteia mais um trator<br />
Alyson Kumassaka, de São Jorge do Ivaí, foi o ganhador de um John Deere<br />
modelo 5060E. Mais um deve ser sorteado ainda em <strong>2023</strong><br />
Oprodutor Alyson<br />
Kumassaka, de São<br />
Jorge do Ivaí (PR),<br />
foi o ganhador de<br />
um trator John Deere modelo<br />
5060E sorteado na noite de<br />
6/7 durante evento em Londrina<br />
com participantes do<br />
Grupo Regional de Consórcio<br />
1952, da <strong>Cocamar</strong> Máquinas/<br />
Concessionária John Deere. Ele<br />
é atendido pela loja de Maringá.<br />
“Vocês estão brincando!”, reagiu<br />
Alyson, surpreso e emocionado,<br />
ao ser comunicado por<br />
telefone, ainda no palco, pela<br />
supervisora de Consórcio da<br />
<strong>Cocamar</strong> Máquinas, Kellin<br />
Obana.<br />
PRESENTE - Foi o segundo<br />
trator sorteado neste ano aos<br />
integrantes do grupo e, a<br />
exemplo do primeiro, em janeiro,<br />
que saiu para o produtor<br />
Edson Conrado, a John Deere<br />
ofereceu um brinde especial. Se<br />
naquele o ganhador levou também<br />
um equipamento de presente<br />
– uma concha frontal<br />
para ser acoplada à máquina –<br />
desta vez o sortudo Alyson recebeu<br />
a informação que seu<br />
trator vai ser entregue cabinado.<br />
SORTEIOS - O produtor de São<br />
Jorge do Ivaí é o quarto cliente<br />
a ser agraciado com um trator<br />
pelo Grupo Regional. Os dois<br />
primeiros foram Alex Antônio<br />
Perucci, em 2021, e Mohamed<br />
Abdou, em 2022. Uma novidade<br />
anunciada na quinta-feira<br />
é que mais um trator – desta<br />
vez um 5080E - deverá ser<br />
sorteado ainda em <strong>2023</strong>.<br />
PARTICIPANTES - O evento<br />
reuniu clientes de várias regiões<br />
e, além da equipe da <strong>Cocamar</strong><br />
Máquinas, participaram<br />
o gerente divisional Gustavo<br />
Barden e o especialista de<br />
marketing Sérgio Moreira, ambos<br />
da John Deere; o gerente<br />
comercial Cláudio Alberto<br />
Bressani e o consultor comercial<br />
Estevão Carinhato, do Consórcio<br />
Nacional Randon.<br />
AMPLIAÇÃO - Em sua explanação,<br />
o superintendente de<br />
concessionária da <strong>Cocamar</strong><br />
Máquinas, Arquimedes Alexandrino,<br />
informou que com suas<br />
10 lojas a <strong>Cocamar</strong> Máquinas<br />
está presente em 136 municípios<br />
das regiões noroeste e<br />
norte do Paraná e a expectativa<br />
é, em breve, ampliar em<br />
mais três unidades. São 280<br />
colaboradores bem treinados e<br />
a concessionária oferece toda a<br />
linha de tecnologias do ecossistema<br />
John Deere, inclusive<br />
para clientes que possuem<br />
maquinários de outras marcas.<br />
“Estamos treinando mais 15<br />
técnicos para atender ao crescimento<br />
da demanda”.<br />
CSC - Já são 1.500 máquinas<br />
monitoradas pelo Centro de<br />
Soluções Conectadas (CSC) da<br />
<strong>Cocamar</strong> Máquinas, estrutura<br />
que possibilita solucionar 93%<br />
dos problemas de forma remota.<br />
“O CSC acompanha a<br />
performance das máquinas e<br />
também questões agronômicas,<br />
como análise de solo, mapa<br />
de colheita, mapeamento de<br />
linha, aplicação localizada e outros<br />
serviços”, mencionou Arquimedes,<br />
destacando: “além<br />
de vender máquinas, nosso<br />
objetivo é deixar o cliente satisfeito<br />
e com mais produtividade”.<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 2 9
PLANO SAFRA<br />
Sicredi Dexis projeta<br />
liberação de R$ 3,2 bi<br />
Todas as agências contam com especialistas em agronegócio<br />
e ajudam os produtores a ter acesso aos recursos do Plano Safra<br />
Entre operações de<br />
custeio e investimento,<br />
a Sicredi Dexis<br />
deve liberar volume<br />
recorde no Plano Safra <strong>2023</strong>/<br />
2024: R$ 3,2 bilhões. O futuro do<br />
agro e as novidades do plano<br />
anunciado pelo governo federal<br />
foram discutidos num evento<br />
em 5 de julho, reunindo 300 produtores<br />
e lideranças. Com transmissão<br />
online, foi acompanhado<br />
nas 111 agências da cooperativa<br />
no norte e noroeste do Paraná,<br />
centro e centro-leste de São<br />
Paulo.<br />
AUMENTO - O presidente da Sicredi<br />
Dexis, Wellington Ferreira,<br />
destacou que a cooperativa vai<br />
aumentar o crédito rural em 28%<br />
em relação ao plano anterior e<br />
que o sistema é o segundo<br />
maior repassador de crédito rural<br />
do Brasil. Entre as mudanças do<br />
Plano Safra, o superintendente<br />
de Agronegócio do Sistema Sicredi,<br />
Luís Veit, destacou o desconto<br />
de 0,5% na taxa de financiamento<br />
para produtores<br />
com o Cadastro Ambiental Rural<br />
(CAR) atualizado.<br />
MUDANÇAS - “É uma certa<br />
pressão para os governos estaduais<br />
acelerarem a aprovação do<br />
CAR, que depende da validação<br />
dos órgãos ambientais. Esperamos<br />
que possamos conceder<br />
esse tipo de desconto para mais<br />
produtores”. Outra mudança foi o<br />
aumento da renda para o Pronamp<br />
de R$ 2,4 bi para quase<br />
R$ 3 bi. “O enquadramento vai<br />
atender a um critério de 80% da<br />
Paulo Hermann (ex-presidente da John Deere Brasil), Luís Veit (Sistema Sicredi), Rogério Machado<br />
(diretor executivo da Sicredi Dexis) e Wellington Ferreira (presidente da Sicredi Dexis)<br />
renda derivada da agropecuária<br />
e já é válido para a safra atual”.<br />
TECNOLOGIA - Já o ex-presidente<br />
da John Deere Brasil,<br />
Paulo Hermann, destacou a necessidade<br />
dos investimentos em<br />
tecnologia no campo. “Financiar<br />
uma máquina em oito a dez<br />
anos não é bom, porque a cada<br />
quatro anos muda-se a plataforma<br />
tecnológica. Temos que<br />
fazer jogo rápido e baixar a taxa<br />
de juros”.<br />
NEGÓCIO DO BRASIL - Ele também<br />
falou sobre a competitividade<br />
do agronegócio brasileiro.<br />
“A China é a maior produtora<br />
agrícola do mundo, mas não<br />
produz o suficiente e precisa importar.<br />
O negócio do país é a indústria,<br />
até porque não tem mais<br />
terra nem água para o agro.<br />
Então, a China sempre vai ser<br />
uma grande compradora, mas<br />
não pode representar 40% do<br />
nosso negócio, porque aí temos<br />
um problema. Outro grande país<br />
consumidor é a Índia, cujo negócio<br />
é a prestação de serviços. É<br />
um povo preparado para fazer<br />
coisas baratas, contabilidade,<br />
folha de pagamento, porque<br />
com o valor um brasileiro, se<br />
contratam cinco indianos. O negócio<br />
do Brasil é comida. No ano<br />
passado colhemos 270 milhões<br />
de sacas em 70 milhões de hectares.<br />
Em 50 anos passamos de<br />
uma tonelada por hectare para<br />
quatro. Qual país tem uma história<br />
desta?”, questionou.<br />
CUSTO - Mas Hermann também<br />
frisou a importância da redução<br />
de custos de produção. “Este é o<br />
nosso grande desafio. Quem coloca<br />
preço é quem compra,<br />
então, para sobreviver, temos<br />
que ter custo bom. As tecnologias<br />
servem para isso”. Ele destacou<br />
a necessidade de novos<br />
barracões para armazenamento<br />
e de estação meteorológica<br />
avançada para ajudar na decisão<br />
dos produtores.<br />
ESPECIALISTAS - Todas as<br />
agências da Sicredi Dexis contam<br />
com especialistas em agronegócio<br />
e ajudam os produtores a ter<br />
acesso aos recursos do Plano<br />
Safra. O governo federal liberou<br />
volume recorde para o setor: R$<br />
441 bi entre custeio e comercialização,<br />
sendo R$ 364 bi para a<br />
agricultura empresarial e R$ 77<br />
bi para a agricultura familiar.<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 3 1
PARCERIA -<br />
PARCERIA - Fernando<br />
Serrano, de Maringá, anunciou<br />
no classificado do <strong>Jornal</strong> da<br />
<strong>Cocamar</strong> uma fazenda em<br />
Paranacity. O produtor Luiz<br />
Carlos, de Rancho Alegre,<br />
viu o anúncio quando foi<br />
até a unidade local da<br />
<strong>Cocamar</strong> e acabaram<br />
fechando uma parceria de<br />
arrendamento da fazenda.<br />
PISCICULTURA - Marilaine Del Pintor Sanches, sócia-proprietária<br />
da Piracema Piscicultura e autora do livro “O nosso peixe de cada<br />
dia” foi uma das finalistas do Prêmio Personalidades Brasileiras<br />
da Aquicultura, promovido pelo Aquishow Brasil, ocorrido dias<br />
23 a 25 de maio, em São José do Rio Preto, São Paulo.<br />
3 2 | Jo r n a l C o c a m a r
MEMÓRIA<br />
O que fazemos em vida,<br />
ecoa pela eternidade<br />
Em memória daqueles que deixaram seu legado na história da <strong>Cocamar</strong>,<br />
falecidos entre 20/06/<strong>2023</strong> e 20/07/<strong>2023</strong><br />
Jo r n a l C o c a m a r | 3 3
3 4 | Jo r n a l C o c a m a r
J o r na l C o ca m a r | 3 5