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Florestal_261Web

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ENTREVISTA<br />

Daniel Chies apresenta seus planos para as florestas plantadas no Rio Grande do Sul<br />

NO CAMINHO CERTO<br />

SERVIÇO FLORESTAL E DE LOGÍSTICA<br />

CELEBRA 25 ANOS DE HISTÓRIA, CONQUISTAS<br />

E VALORIZAÇÃO DE COLABORADORES,<br />

DESDE O PLANTIO, ATÉ A COLHEITA<br />

ON THE RIGHT TRACK<br />

FOREST SERVICES AND LOGISTICS<br />

COMPANY CELEBRATES 25 YEARS OF<br />

HISTORY, ACHIEVEMENTS, AND<br />

EMPLOYEE APPRECIATION FROM<br />

PLANTING TO HARVESTING


Rua Edgar Cubas, 173 - Campo Alegre/SC - Brasil<br />

contato@himev.com.br | www.himev.com.br<br />

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Sempre estudando e<br />

desenvolvendo<br />

soluções de trituração para<br />

as necessidades específicas<br />

do mercado brasileiro.


SUMÁRIO<br />

42<br />

CRESCENDO<br />

JUNTOS<br />

ABRIL 2024<br />

08 Editorial<br />

10 Cartas<br />

12 Bastidores<br />

14 Notas<br />

28 Coluna CIPEM<br />

30 Frases<br />

32 Entrevista<br />

40 Coluna<br />

42 Principal<br />

48 Evento<br />

54 Feira<br />

64 Setor<br />

68 Compostagem<br />

72 Associação<br />

76 Código <strong>Florestal</strong><br />

82 Pesquisa<br />

86 Agenda<br />

88 Espaço Aberto<br />

54<br />

68<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

21 Agroceres<br />

59 Algar Farming<br />

11 BKT<br />

09 Bruno<br />

17 Carrocerias Bachiega<br />

77 D’Antonio Equipamentos<br />

41 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

39 DRV Ferramentas<br />

31 Engeforest<br />

92 Envimat<br />

19 Envimat / CBI<br />

71 Envimat / Compostagem<br />

07 Envu<br />

81 Feldermann<br />

83 Felipe Diesel<br />

25 Fex<br />

61 Francio Soluções Florestais<br />

35 Hennings<br />

04 Himev<br />

15 Ihara<br />

75 J de Souza<br />

27 Lion Equipamentos<br />

67 Mill Indústrias<br />

85 NN Pandini<br />

63 Planflora<br />

89 Prêmio REFERÊNCIA<br />

73 Remsoft<br />

51 Rocha Facas<br />

79 Rodotrem<br />

13 Rotary-Ax<br />

33 Rotor Equipamentos<br />

49 Sergomel<br />

90 Sparta Brasil<br />

57 Tabaco Máquinas<br />

23 Tecmater<br />

37 Unibrás<br />

29 Vantec<br />

53 WDS Pneumática<br />

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Floresta<br />

Juntos,<br />

construímos um legado.<br />

Agora,<br />

vamos construir o futuro.<br />

Somos Envu, uma nova empresa<br />

com 50 anos de experiência<br />

Envu é uma nova visão para uma empresa com meio século de história no segmento<br />

de saúde ambiental, que detém um sólido portfólio de produtos comprovados e<br />

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futuro.<br />

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EDITORIAL<br />

Feito de gente<br />

Quando se fala na indústria de base florestal os primeiros<br />

tópicos pesquisados quase sempre são tecnologias, maquinários,<br />

eficiência, produtividade e tantos outros. Entretanto, o que poucos<br />

procuram é tão importante quanto os demais temas pesquisados:<br />

as pessoas. Está nelas a criatividade, o empenho, a dedicação<br />

e a força que fazem do segmento florestal tão pujante. É para<br />

cada um dos pesquisadores, operadores, engenheiros, técnicos, líderes<br />

de times é que o setor deve olhar e valorizar. Na capa dessa<br />

edição, a Vale do Tibagi, que está comemorando 25 anos de história<br />

nos serviços florestais prestados com extremamente relevância<br />

e de sucesso dentro do setor. Trazemos, ainda, as novidades sobre<br />

código florestal, a cobertura dos principais eventos do mês, a nova<br />

liderança na APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base<br />

<strong>Florestal</strong>) e uma entrevista exclusiva com Daniel Chies, novo presidente<br />

da AGEFLOR (Associação Gaúcha de Empresas Florestais),<br />

que relata os planos de sua gestão. Tudo isso e muito mais!<br />

2<br />

1<br />

Na capa dessa edição a Vale<br />

do Tibagi, que celebra 25 anos<br />

de soluções florestais<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXVI • Nº261 • Abril 2024<br />

ENTREVISTA<br />

Daniel Chies apresenta seus planos para as florestas plantadas no Rio Grande do Sul<br />

NO CAMINHO CERTO<br />

SERVIÇO FLORESTAL E DE LOGÍSTICA<br />

CELEBRA 25 ANOS DE HISTÓRIA, CONQUISTAS<br />

E VALORIZAÇÃO DE COLABORADORES,<br />

DESDE O PLANTIO, ATÉ A COLHEITA<br />

ON THE RIGHT TRACK<br />

FOREST SERVICES AND LOGISTICS<br />

COMPANY CELEBRATES 25 YEARS OF<br />

HISTORY, ACHIEVEMENTS, AND<br />

EMPLOYEE APPRECIATION FROM<br />

PLANTING TO HARVESTING<br />

MADE OF PEOPLE<br />

When people talk about the forest industry, the first things<br />

they look at are almost always technology, machinery, efficiency,<br />

productivity, and so much more. However, what few people look<br />

for is just as important as the other topics explored: people. They<br />

are the creativity, commitment, dedication, and strength that<br />

make the forest industry thrive. It is each and every one of the<br />

research scientists, operators, engineers, technicians, and team<br />

leaders that the Sector should look up to and appreciate. On the<br />

cover of this issue is Vale do Tibagi, which is celebrating 25 years<br />

of forestry services that have been extremely relevant and successful<br />

within the Sector. We also have news about the Forestry Code,<br />

coverage of the main events of the month, the new leadership of<br />

the Paraná Association of Forest Companies (Apre), and an exclusive<br />

interview with Daniel Chies, the new president of the State of<br />

Rio Grande do Sul Association of Forest Companies (Ageflor), who<br />

talks about his management plans. All this and much more!<br />

Daniel Chies,<br />

novo presidente<br />

da AGEFLOR<br />

Informações sobre o Código<br />

<strong>Florestal</strong> Brasileiro<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXVI - EDIÇÃO 260 - MARÇO 2024<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Karla Shimene<br />

Julia Harumi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

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CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA Pablo Ruival, presidente da AFOA, fala do desenvolvimento da silvicultura na Argentina<br />

CONEXÃO FORTE<br />

ATENDIMENTO E PRODUTOS DE QUALIDADE<br />

IMPULSIONAM INDÚSTRIA DE MANGUEIRAS<br />

Capa da Edição 260 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de março de 2024<br />

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Ano XXVI • Nº260• Março 2024<br />

PRINCIPAL<br />

Por Christian Matos, coordenador de marketing da Hennings<br />

As imagens e diagramação ficaram ótimas, minha direção elogiou.<br />

Parabéns pelo trabalho<br />

ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Por Rodrigo Almeida, Bauru (SP)<br />

Desejo todo sucesso ao nosso presidente da associação argentina. É um<br />

grande desafio liderar o segmento em todo um país.<br />

COMPOSTAGEM<br />

Por César Marques, Três Lagoas (MS)<br />

Esse tipo de inovação, que é ecologicamente e financeiramente viável é uma das<br />

portas para uma produção florestal ainda melhor para todos.<br />

Foto: divulgacão<br />

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10 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

@revistareferencia9702<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

CAPA<br />

A reportagem da Edição de Março de<br />

2024 foi no campo sobre mangueiras<br />

hidráulicas. Na foto estão Luis Henrique<br />

Cardoso (marketing da Hennings), Carlos<br />

Altini (vendedor externo da Hennings),<br />

e o jornalista da Revista REFERÊNCIA,<br />

Vinícius Santos.<br />

PARCERIA<br />

A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, através<br />

do comercial Gerson Penkal, esteve em Lages<br />

(SC) para renovação da parceria com a empresa<br />

Potenza Indústria, dos diretores Guilherme<br />

Brignoni e Giovani Brignoni.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ALTA<br />

ABRIL 2024<br />

ALÍVIO PARA A INDÚSTRIA<br />

AMAZÔNIA EM CHAMAS<br />

O Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu<br />

a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5<br />

ponto percentual, atingindo o valor de 10,75%<br />

ao ano. A taxa está no menor nível desde março<br />

de 2022, quando também estava em 10,75%<br />

ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o<br />

Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas,<br />

em um ciclo de aperto monetário que começou<br />

em meio à alta dos preços de alimentos, de<br />

energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto<br />

de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida<br />

em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.<br />

Segundo dados da ferramenta Monitor do Fogo,<br />

iniciativa da rede MapBiomas Fogo, coordenada pelo<br />

IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia),<br />

a área queimada no Brasil saltou 410% em fevereiro<br />

deste ano em comparação com o mesmo mês de<br />

2023, atingindo 950,3 mil ha (hectares). O bioma mais<br />

afetado foi o amazônico, com 898,6 mil ha queimados<br />

em fevereiro. A área devastada somou 1,8 milhão de<br />

ha, uma alta de 433% se comparado com o mesmo<br />

período de 2023. Segundo dados da mesma ferramenta,<br />

do total das queimadas, 79% atingiram áreas<br />

de vegetação nativa, como a Amazônia e o Cerrado,<br />

somando 750 mil ha.<br />

BAIXA<br />

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DO BRASIL<br />

desde 1999<br />

25 anos<br />

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NOTAS<br />

Investimento aprovado<br />

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou financiamento de R$ 2,6 bilhões para o<br />

programa florestal bienal da Suzano. A iniciativa, que envolve um investimento total de R$ 3,6 bilhões, prevê o plantio de<br />

até 435 mil ha (hectares) de fazendas de eucalipto nas proximidades das unidades industriais da companhia, nos Estados do<br />

Espírito Santo, da Bahia, do Mato Grosso do Sul, do Maranhão, do Pará e de São Paulo.<br />

O Banco também aprovou, por meio de operação da linha BNDES Mais Inovação, financiamento de R$ 31 milhões para<br />

que a companhia desenvolva uma nova central de produção de árvores de eucalipto superiores (hibridação florestal) e para<br />

investimentos em uma chamada de inovação aberta, com estimativa de que sejam apoiados até 14 projetos inovadores<br />

relacionados a agroflorestas, remoção de carbono, biomassa de eucalipto e embalagens sustentáveis.<br />

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, os financiamentos reforçam a produtividade e a competitividade da<br />

indústria brasileira, com apoio a uma companhia que já tem presença relevante no mercado internacional e é reconhecida<br />

por práticas ambientais sustentáveis. “A neoindustrialização nacional, mais verde e mais inovadora, é uma prioridade. O<br />

apoio do banco ao programa florestal e ao projeto de inovação da Suzano está alinhado à nova política industrial brasileira,<br />

estimulando a bioeconomia a partir do manejo florestal sustentável”, avalia Aloizio.<br />

O programa florestal da Suzano contribui para a captura de carbono da atmosfera e contempla atividades de plantio<br />

de mudas de eucalipto até o fim de 2024, além do manejo sustentável das áreas pelos 2 anos seguintes. Os investimentos<br />

envolvem preparo de solo e de mudas, adubação, controle de pragas, coveamento e aquisição de mudas.<br />

Foto: divulgação Suzano<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Ensinando na prática<br />

Foi realizado no final de março mais uma edição do Workshop Mecanização da Silvicultura, organizado pela ACR<br />

(Associação Catarinense de Empresas Florestais). Nessa edição o evento aconteceu nas dependências da Juliana<br />

<strong>Florestal</strong>, do Grupo Frameport, em Caçador (SC). Cerca de 70 profissionais acompanharam as apresentações que<br />

focaram na aplicação aérea com drone e comportamento de moléculas. Seguindo o formato da edição anterior, o<br />

encontro foi dividido em duas partes. Pela manhã aconteceram as seguintes apresentações teóricas: Josué Andreas<br />

Vieira, agente de desenvolvimento regional do Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola), com a<br />

apresentação: Conformidade legal nas operações com aeronaves tripuladas e remotamente pilotadas; Eduardo Araki<br />

(John Deere), falando sobre: O Futuro da Silvicultura; e do professor Robinson Osipe, com: Comportamento dos<br />

herbicidas no controle de plantas daninhas.<br />

No período da tarde aconteceram as demonstrações práticas, com duas apresentações: Qualidade da água e uso<br />

de adjuvantes no preparo e eficiência da calda para pulverização, com José Augusto Almeida (Lavoro/Spraytec); e:<br />

Prática e discussão sobre aplicação com drones em florestas, com Diogo Luiz Fruet, engenheiro agrônomo e mestre<br />

em produção vegetal da Protege Soluções Agrícolas.<br />

O diretor da Juliana <strong>Florestal</strong>, Fabio Parisotto, parabenizou os palestrantes e comentou sobre o evento: “Para<br />

nós, é uma honra recebê-los em nossa empresa. Um evento como este é de grande relevância, não só para nós, mas<br />

para todo o setor. Ficamos felizes em contribuir”, comemora Fabio.<br />

O diretor-executivo da ACR agradeceu a Juliana <strong>Florestal</strong> e o Grupo Frameport por colocar em prática o associativismo.<br />

“Uma grande demonstração do espírito associativo. Nossa gratidão também aos apoiadores: John Deere,<br />

Lavoro <strong>Florestal</strong>, Spraytec e Protege Soluções Agrícolas”, concluiu Mauro Murara Jr., diretor-executivo da ACR.<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Mulheres em destaque<br />

Dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) do Ministério do Trabalho e Emprego, dão conta de que em 2020, o<br />

público feminino nos postos de trabalho do setor de base florestal e da indústria de processos com madeira era de 29.694. No ano<br />

seguinte, este número cresceu para 31.734, um aumento de quase 7%.<br />

Os dados da RAIS 2021 para o Estado de São Paulo identificaram crescimento do número de empregos femininos em todas as<br />

faixas etárias, acima de 18 anos. Em 2021, 21% dos empregos do setor florestal e da indústria de processos com madeira foram<br />

ocupados por mulheres. A faixa etária com o maior número de empregos está entre 30 e 39 anos. Em 2021 foram 10.683 postos de<br />

trabalho. A segunda faixa etária que mais gerou postos de trabalho em 2021 foi a de 40 a 49 anos, foram 7.756 vagas.<br />

O levantamento demonstra, ainda, que em São Paulo as mulheres atuam em toda a cadeia produtiva, desde a silvicultura, com<br />

maior presença no segmento de papel e móveis de madeira. Um ponto que chama a atenção para a diretora-executiva da Associação<br />

Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas, Fernanda Abilio, é a porcentagem de mulheres<br />

em cargos de liderança no setor em São Paulo. “De acordo com o Relatório Panorama de Gênero, da Rede Mulher <strong>Florestal</strong>, a<br />

porcentagem de mulheres no cargo de direção em empresas com base florestal no Brasil foi de 7% em 2023. Se considerarmos a<br />

RAIS 2021, a porcentagem de mulheres na faixa salarial correspondente a cargos de alta gestão em São Paulo já era de 23%, isso há<br />

3 anos. Então, imaginamos que São Paulo esteja entre os principais Estados do Brasil com maior inclusão feminina no mercado de<br />

trabalho do setor de base florestal e da indústria da madeira”, acredita Fernanda.<br />

Foto: divulgação<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

De olho na regeneração<br />

Foto: divulgação<br />

O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) criou a RECOOPERAR (Plataforma<br />

de Acompanhamento da Recuperação Ambiental), que reunirá dados de áreas degradadas ou alteradas para desenvolvimento<br />

de projetos ambientais. A norma que institui a ferramenta foi publicada no Diário Oficial da União e começa a vigorar<br />

no dia 15 de abril. Além das ações de recuperação ambiental promovidas pelo IBAMA, a RECOOPERAR reunirá processos<br />

administrativos, inclusive municipais e estaduais, sobre áreas degradadas e dados geográficos como bioma e informações hidrográficas,<br />

além de definições como a destinação dada, se pertence a uma unidade de conservação, territórios quilombolas,<br />

terras indígenas, ou se possui CAR (Cadastro Ambiental Rural). De acordo com a instituição, foram incorporadas informações<br />

sobre áreas embargadas, sobre PRADS (Planos de Recuperação de Áreas Degradadas) para reparação de danos ambientais,<br />

projetos de plantio compensatório e reposição florestal.<br />

Atualmente, o acompanhamento de processos do IBAMA é feito por meio da PAMGIA (Plataforma de Análise e Monitoramento<br />

Geoespacial da Informação Ambiental), onde estão disponíveis apenas consultas de processos por Estado, município,<br />

data de cadastro, origem ou número do processo administrativo. Para a nova plataforma serão migrados os dados de outras<br />

plataformas do órgão, como o CASV (Cadastro Simplificado de Vetores) do IBAMA.<br />

Segundo as normas, o IBAMA disponibilizará também instruções aos usuários para acesso à nova plataforma, cadastro de<br />

perfil e consulta às funcionalidades. A iniciativa é uma estratégia de implementação da Política Nacional de Recuperação da<br />

Vegetação Nativa, também alinhada aos acordos internacionais assumidos pelo Brasil, como o Desafio de Bonn e a Iniciativa<br />

20x20, que têm como meta restaurar 12 milhões de ha (hectares) de áreas degradadas até 2030.<br />

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certificado pela ISO 9001: 2015,<br />

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campo e por ensaios técnicos de universidades.<br />

Precisão


NOTAS<br />

Mato Grosso luta contra o fogo<br />

Mato Grosso, um dos Estados brasileiros mais afetados por incêndios florestais, enfrentou um mês de março devastador,<br />

com o maior número de focos de incêndio já registrado. Segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas<br />

Espaciais), foram registrados 1.624 focos de incêndio no Estado durante o mês de março de 2024, um recorde desde o<br />

início do monitoramento em 1999.<br />

O aumento alarmante dos incêndios em Mato Grosso é atribuído a vários fatores. Especialistas apontam que a maioria<br />

das áreas afetadas não possui autorização para queima controlada, o que contribui significativamente para a propagação<br />

descontrolada do fogo. Além disso, a região enfrenta uma redução no regime de chuvas, resultando em condições mais<br />

secas e propícias para o surgimento e propagação de incêndios.<br />

As altas temperaturas, exacerbadas pelo fenômeno climático El Niño desde o ano passado, também desempenham um<br />

papel crucial no aumento dos incêndios. As condições climáticas extremas tornam o ambiente mais propenso a incêndios<br />

florestais, exacerbando ainda mais a situação em Mato Grosso.<br />

Os dados do Inpe revelam que o número de focos de incêndio em março de 2024 em Mato Grosso foi 12% maior do<br />

que o registrado no mesmo período em 2020, quando a região enfrentou uma das piores temporadas de incêndios da história,<br />

com 4,5 milhões de ha (hectares) queimados em 21 municípios dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Manejo liberado<br />

Terminou no dia primeiro de abril<br />

o período de proibição para exploração<br />

do manejo florestal sustentável em<br />

Mato Grosso. A restrição ocorre todos<br />

os anos e se aplica ao corte, derrubada,<br />

arraste e transporte de toras com o<br />

objetivo de proteger o solo do impacto<br />

da retirada de madeira, principalmente<br />

no período das chuvas.<br />

Alguns municípios da região noroeste,<br />

localizados na região amazônica,<br />

muito chuvosa, seguem com a proibição<br />

até o dia 14 de maio. São eles:<br />

Aripuanã, Castanheira, Colniza, Cotriguaçu,<br />

Juína, Juruena e Rondolândia.<br />

Para esses municípios, só será possível<br />

emitir a guia florestal e transportar o<br />

volume e espécie das madeiras que<br />

foram estocadas na esplanada principal<br />

e cadastradas no sistema SISFLORA (Sistema<br />

de Comercialização e Transporte<br />

de Produtos Florestais), antes do início<br />

do período proibitivo.<br />

Em vigor desde o dia 1º de fevereiro,<br />

a proibição está prevista em resolução<br />

do CONAMA (Conselho Nacional<br />

de Meio Ambiente) e é regulamentada<br />

pela Câmara Técnica <strong>Florestal</strong> de<br />

Mato Grosso, por meio da resolução<br />

N°10/2017, que dispõe sobre o período<br />

proibitivo de exploração florestal sob o<br />

regime de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável<br />

de Baixo Impacto.<br />

Em Mato Grosso, cerca de 6% do<br />

território é atingido pela restrição,<br />

totalizando 52 mil km2 (quilômetros<br />

quadrados) de áreas que possuem<br />

Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável<br />

autorizados pela Sema-MT (Secretaria<br />

de Estado de Meio Ambiente). Segundo<br />

a superintendente de Gestão <strong>Florestal</strong><br />

da Sema (MT), Tatiana Paula Marques<br />

de Arruda, respeitar essa fase de reserva<br />

da madeira é essencial para manter<br />

o equilíbrio entre o desenvolvimento<br />

ambiental, o econômico e o social.<br />

Foto: divulgação<br />

24 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

De Santa Catarina para o mundo<br />

Foto: divulgação<br />

Com incremento de vendas ao exterior superior a 30% em janeiro de 2024, em relação a igual período do ano passado, os<br />

setores de motores elétricos e madeireiro – que inclui móveis, obras de carpintaria e madeira serrada – foram os principais destaques<br />

positivos da balança comercial catarinense no primeiro mês do ano. As exportações de móveis somaram US$ 19,2 milhões,<br />

as de madeira serrada US$ 25,8 milhões, e as de obras de carpintaria, US$ 24 milhões.<br />

De acordo com a economista do Observatório Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), Mariana Guedes,<br />

o desempenho é decorrente do aumento nas compras desses produtos pelos EUA e reflete o aumento da demanda de curto<br />

prazo, com origem nas casas unifamiliares e também o impacto dos incentivos do governo norte-americano a obras. “Também observamos<br />

o aumento das vendas de motores para outros países, além dos EUA. Argentina, Itália e Austrália estão entre os destinos<br />

que incrementaram as compras de Santa Catarina”, esclareceu Mariana.<br />

Os EUA seguem como o principal destino das exportações catarinenses em janeiro de 2024, com compras 17,3% maiores em<br />

relação ao primeiro mês de 2023. As vendas para os EUA (Estados Unidos da América) somaram US$ 131,7 milhões, contra US$<br />

112,3 milhões de janeiro de 2023.<br />

O mercado norte-americano é o principal comprador dos dois segmentos que mais cresceram – motores elétricos e produtos<br />

de madeira – e corresponde a 15,5% do total exportado por Santa Catarina no primeiro mês do ano. A China segue como segundo<br />

maior comprador de produtos catarinenses, mas apresentou queda de 34,8% em janeiro de 2024 contra igual período de 2023.<br />

No primeiro mês deste ano, as compras chinesas representaram 10,1% do total exportado por Santa Catarina, somando US$ 86,3<br />

milhões.<br />

26 www.referenciaflorestal.com.br


Informe<br />

Amizade e parceria Lion<br />

[ CASE DE SUCESSO]<br />

Confiança, é a palavra chave<br />

para negócios duradouros. Esse é mais<br />

um caso de sucesso que a Lion se<br />

orgulha de fazer parte. Os irmãos,<br />

Renato e Valteli Klein, da cidade de<br />

Tapes no Rio Grande do Sul, sempre<br />

trabalharam na indústria madeireira,<br />

utilizando motosserras em seus<br />

processos.<br />

Em um primeiro contato, contaram à<br />

equipe Lion sobre uma experiência<br />

frustrante com um cabeçote de outra<br />

marca. A frustração era tamanha que os<br />

irmãos estavam querendo investir logo<br />

em um novo equipamento. A Lion,<br />

atenta as necessidades, prontamente<br />

ofereceu uma solução: trocar o<br />

cabeçote que não funcionava por um<br />

modelo da marca SP Maskiner,<br />

reconhecida por sua qualidade e<br />

desempenho mundialmente.<br />

Foto: Lucas Guibes, Marketing Lion Equipamentos.<br />

Inicialmente, os irmãos Klein ficaram<br />

receosos, pois ainda não conheciam a<br />

SP Maskiner. Mas, após assistirem a<br />

vídeos demonstrando a eficiência do<br />

cabeçote em ação, decidiram dar uma<br />

chance ao novo equipamento.<br />

A Lion não apenas forneceu um<br />

equipamento superior, como também<br />

deu suporte e acompanhamento,<br />

garantindo que os irmãos Klein<br />

dominassem o cabeçote SP Maskiner.<br />

Mais do que um fornecedor, a Lion se<br />

tornou uma parceira de confiança,<br />

construindo um futuro promissor para<br />

ambas as partes.<br />

A história da Klein demonstra como a<br />

Lion constrói relacionamentos<br />

duradouros, oferecendo soluções<br />

inovadoras e personalizadas para seus<br />

clientes.<br />

Os irmãos estão muito satisfeitos com seu<br />

novo equipamento, menciona Valteli: “Nesse<br />

tempo que a gente tá trabalhando com ele, é<br />

muito gratificante, tá surpreendendo sim, na<br />

agilidade e no processo de desgalhamento.”<br />

O cabeçote que eles estão operando hoje é o<br />

SP 761 LF, da marca sueca pioneira no<br />

segmento de mecanização florestal, SP<br />

Maskiner.<br />

E aqui na Lion você pode encontrar os<br />

cabeçotes, e qualquer acessório ou material<br />

de corte para seu maquinário florestal render<br />

muito mais.<br />

Cabeçote SP 761LF<br />

- Peso: 1750 Kg;<br />

- Diâmetro de corte: 75 centímetros;<br />

- Diâmetro de tronco ideal: 20 - 56 cm;<br />

- Pressão de trabalho: 260 - 300 Bar.<br />

“<br />

A gente recomenda<br />

muito para outros.<br />

Eu colocaria a mão<br />

no fogo pelo<br />

atendimento que<br />

a gente teve.<br />

Renato Klein.<br />

”<br />

Quer conhecer mais dessa história?<br />

Acesse o QR-CODE e veja<br />

o vídeo completo.<br />

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florestais. Você encontra na Lion<br />

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[ ]


COLUNA<br />

Mulheres<br />

na Indústria<br />

florestal: Rumo<br />

à Equidade de<br />

Gênero<br />

Por Ednei Blasius, presidente do CIPEM (Centro das<br />

Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira<br />

do Estado de Mato Grosso)<br />

Setor de base<br />

florestal de Mato<br />

Grosso está de<br />

braços abertos<br />

para recebê-las e<br />

valorizar seu talento<br />

e dedicação<br />

Fotos: divulgação<br />

https://cipem.org.br<br />

Ações práticas das empresas<br />

de Mato Grosso dirigem o setor<br />

rumo à equidade de gênero<br />

D<br />

e acordo com dados do Observatório da Indústria da FIEMT (Federação das<br />

Indústrias de Mato Grosso), mulheres representam quase 20% da mão de<br />

obra empregada no setor florestal, quase duas mil mulheres dedicam-se à<br />

atividade em Mato Grosso. Essas mulheres representam 16,3% do total de<br />

pessoas ocupadas no segmento econômico e 8% dos trabalhadores de todos<br />

os segmentos industriais. A maioria delas possui formação no ensino médio e está na faixa<br />

etária de 30 a 39 anos, conforme indicadores do Novo CAGED (Cadastro Geral de Empregados<br />

e Desempregados).<br />

No mês dedicado às mulheres, o CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadores<br />

de Madeira do Estado de Mato Grosso) realizou uma série de reportagens com as<br />

colaboradoras e empresárias do segmento madeireiro e compartilharam seu entusiasmo<br />

pela indústria, como o depoimento da associada Karyna Fernanda Cristofolini, de Lucas<br />

do Rio Verde: “Sou apaixonada pela natureza e ingressei no setor de base florestal vendo<br />

a oportunidade de aprender, crescer e fazer a diferença, sempre priorizando a sustentabilidade”,<br />

relata Karyna. Seu testemunho reflete o orgulho crescente que as mulheres encontram<br />

ao ingressar nesse setor e a importância de sua presença para o desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

A colaboradora Vera Lúcia destaca não apenas a realização pessoal que o trabalho<br />

proporciona, mas também a responsabilidade de sustentar uma família: “É um sonho<br />

realizado poder trabalhar e garantir o pão de cada dia. Toda mulher sabe que não é fácil<br />

sustentar uma casa”, relata Vera. Seu comprometimento exemplar, refletido em longas<br />

jornadas diárias na fabricante, em Juara, a 709 km (quilômetros) ao norte de Cuiabá (MT),<br />

é uma prova do valor e da dedicação das mulheres na indústria.<br />

Para promover a inclusão e a equidade de gênero no mercado de trabalho, o CIPEM<br />

mantém uma parceria vital com a Rede Mulher <strong>Florestal</strong>. Fundada em 2018, essa organização<br />

independente e apartidária concentra-se nas necessidades específicas das mulheres<br />

no setor. A presidente do Conselho Diretor da Rede Mulher <strong>Florestal</strong>, Bárbara Bomfim,<br />

destaca a importância dessa parceria para ampliar a atuação da organização em prol das<br />

mulheres.<br />

Diante desse panorama,<br />

é fundamental reconhecer<br />

e valorizar o papel<br />

das mulheres na indústria<br />

madeireira. Elas não apenas<br />

contribuem para o<br />

crescimento econômico,<br />

mas também promovem a<br />

sustentabilidade e a inclusão<br />

social. Às mulheres que<br />

aspiram seguir esse caminho,<br />

eu digo: vocês podem!<br />

Não deixem que estereótipos<br />

ou preconceitos limitem<br />

seus sonhos. O setor<br />

florestal de Mato Grosso<br />

está de braços abertos para<br />

recebê-las e valorizar seu<br />

talento e dedicação.<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

A silvicultura em Santa<br />

Catarina tem uma participação<br />

muito relevante na nossa<br />

economia. Depois de proteína<br />

animal, o que nosso Estado<br />

mais exporta é madeira<br />

José Milton Scheffer (PP), coordenador<br />

da frente parlamentar de silvicultura da<br />

Assembleia Legislativa de Santa Catarina<br />

“Ela é punitiva em relação<br />

aos países que protegeram<br />

suas próprias florestas. Ela<br />

define arbitrariamente uma<br />

data de corte e os países que<br />

desmataram suas florestas<br />

antes daquela data têm um<br />

passe livre para exportar para<br />

a União Europeia”<br />

Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior<br />

do MDIC (Ministério do Desenvolvimento,<br />

Indústria, Comércio e Serviços) em entrevista à<br />

BBC sobre a nova legislação antidesmatamento da<br />

União Europeia<br />

“Mantivemos nossa floresta<br />

viva. Ela armazena 19,5<br />

gigatoneladas de carbono<br />

para que todo o mundo<br />

possa tirar proveito, sem<br />

pagar nada por isso. Por<br />

que vocês não valorizam o<br />

fato de o povo da Guiana ter<br />

mantido a floresta viva?”<br />

Irfaan Ali, presidente da Guiana em entrevista<br />

à BBC UK ao ser questionado sobre os possíveis<br />

danos ambientais gerados em ações de<br />

desenvolvimento nacional<br />

30 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

O futuro das<br />

florestas<br />

GAÚCHAS<br />

The future of forests in the<br />

State of Rio Grande do Sul<br />

O<br />

sul do Brasil tem uma presença massiva de<br />

plantios florestais. O Rio Grande do Sul se destaca<br />

por ser um grande produtor de celulose,<br />

pinus e acácia, elevando sua produtividade<br />

continuamente. Daniel Chies, novo presidente da AGEFLOR<br />

(Associação Gaúcha de Empresas Florestais), conta com exclusividade<br />

para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL sua experiência<br />

no setor, sua avaliação da silvicultura gaúcha e seus planos<br />

à frente da associação.<br />

S<br />

outhern Brazil has a massive presence of forest<br />

plantations. The State of Rio Grande do Sul<br />

stands out as a major producer of pulp, pine, and<br />

acacia and is continually increasing its productivity.<br />

Daniel Chies, the new president of the State of Rio Grande<br />

do Sul Association of Forest Companies (Ageflor), spoke exclusively<br />

to REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> about his experience in the Sector,<br />

his assessment of forestry in Rio Grande do Sul and his plans at<br />

the helm of the Association.<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

Daniel Chies<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Daniel Chies, 45 anos, é Gestor <strong>Florestal</strong> na Madem Reels<br />

Group, um dos quinze maiores grupos florestais do Brasil e líder<br />

mundial na fabricação de bobinas de madeira para indústrias<br />

de cabos elétricos. Graduado e também mestre em Engenharia<br />

<strong>Florestal</strong> pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), Chies foi<br />

eleito para presidir a AGEFLOR no biênio de 2024 e 2025. Anteriormente,<br />

já havia sido vice-presidente adjunto da entidade<br />

por dois mandatos, de 2020 a 2023, e vice-presidente da Cadeia<br />

Produtiva de Pinus nos anos de 2018 e 2019.<br />

Daniel Chies, 45, is the Forestry Manager of the Madem Reels<br />

Group, one of the fifteen largest forestry groups in Brazil and a<br />

world leader in the manufacture of wooden reels for the electrical<br />

cable industry. With a Bachelor’s and Master’s Degree in Forestry<br />

Engineering from the Federal University of Paraná (Ufpr),<br />

Chies was elected president of Ageflor for the 2024 and 2025<br />

biennium. Previously, he served as the Association’s Assistant to<br />

the Vice President for two terms, from 2020 to 2023, and as Vice<br />

President of the Pine Production Chain in 2018 and 2019.<br />

32 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

>> Como começou seu interesse pelo segmento florestal?<br />

Vem desde minha adolescência. Meu pai trabalhava<br />

como piloto agrícola e me incentivou a buscar uma<br />

profissão que tivesse ligação direta ou indireta com o<br />

agronegócio. Na época, quando conheci a atividade<br />

e a profissão de engenheiro florestal me encantei.<br />

Foi amor à primeira vista. Então desde 1998 trabalho<br />

dentro desse segmento que é tão importante para a<br />

economia do meu Estado e tem crescido em níveis<br />

nacionais.<br />

>> E a caminhada até a presidência da AGEFLOR?<br />

É um processo natural de sucessão que as associações<br />

promovem. Atuo com representação institucional da<br />

MADEM junto à AGEFLOR desde o ano de 2007 e já<br />

faziam quatro gestões que estava trabalhando junto<br />

à diretoria da associação, primeiro nas gestões Diogo<br />

Leucke, depois da gestão do Paulo César Azevedo,<br />

onde fui vice-presidente adjunto, cargo que ocupei<br />

também na gestão anterior, do Luiz Augusto Alves.<br />

Me parece que basicamente é um processo de sucessão<br />

natural que vem acontecendo pela participação<br />

nas atividades, pelo tempo de participação e pela<br />

contribuição que pude oferecer nos últimos anos nas<br />

gestões anteriores. É natural a sucessão, por já estar<br />

inserido no meio, por estar vivendo tão intensamente<br />

as questões institucionais do setor e por estar comprometido,<br />

principalmente, com as pautas que fazem<br />

a silvicultura gaúcha crescer.<br />

>> Durante sua gestão, quais são as principais prioridades?<br />

Como setor, possuímos muitos desafios e barreiras<br />

a serem vencidas, e todas as demandas são importantes,<br />

contudo, não existe uma solução fácil rápida<br />

para as nossas angústias. Grande parte dos entraves<br />

que engessam o setor florestal gaúcho, estão relacionados<br />

com as regras e restrições legais, que ao longo<br />

dos anos foram sendo estabelecidas, gerando uma<br />

How did you become interested in forestry?<br />

It started when I was a teenager. My father worked<br />

as an agricultural pilot and encouraged me to look<br />

for a profession that was directly or indirectly related<br />

to agriculture. When I learned about the profession<br />

of Forest Engineer and the activity, I fell in love. It<br />

was love at first sight. So, since 1998, I have been<br />

working in this segment, which is so important to the<br />

economy of my State and has grown to a national<br />

level.<br />

How did you become president of Ageflor?<br />

It was a natural process of succession that associations<br />

encouraged. I have represented Madem<br />

institutionally at Ageflor since2007, and I have<br />

worked with the Association’s Board of Directors for<br />

four administrations, first under Diogo Leucke, then<br />

under Paulo César Azevedo, where I was Assistant<br />

to the Vice President, a position I also held under<br />

Luiz Augusto Alves. It seems that it was basically a<br />

natural succession process that took place because<br />

I participated in the activities, the length of time I<br />

have been involved, and the contribution I have been<br />

able to make in recent years in previous administrations.<br />

The succession is natural because I am already<br />

part of the environment, I live the institutional issues<br />

of the Sector intensely, and above all, I am committed<br />

to the agendas that help forestry grow in Rio<br />

Grande do Sul.<br />

What are the main priorities for your term of<br />

office?<br />

As a Sector, we have many challenges and obstacles<br />

to overcome, and all the demands are important, but<br />

there is no quick and easy solution to our problems.<br />

A large part of the obstacles that hold back the<br />

Forest Sector in Rio Grande do Sul are related to the<br />

legal regulations and restrictions that have been<br />

established over the years, generating excessive bureaucracy<br />

without a corresponding synergy with the<br />

Será através de regras mais adequadas, menor burocracia,<br />

e um bom ambiente para investimentos em ativos florestais,<br />

que iremos promover e estimular o crescimento de todas as<br />

cadeias produtivas, acácia, eucalipto e pinus<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br


MANGUEIRAS<br />

AS<br />

MANGUEIRA<br />

A<br />

INFINITY<br />

Infinitas possibilidades no setor<br />

florestal com a nova geração de<br />

mangueiras da Manuli Hydraulics.<br />

Desempenho superior, durabilidade e<br />

resistência em ambientes exigentes.<br />

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ENTREVISTA<br />

How important is the creation of the Forestry Parliamentary<br />

Front for the promotion of the activity<br />

in the State?<br />

I believe that political support, or the lack of it, is one<br />

of the most important components and has a strong<br />

and direct relationship with the creation of the<br />

business environment as a whole. In this sense, the<br />

Parliamentary Front plays a fundamental role in society’s<br />

interaction with elected representatives, allowburocracia<br />

excessiva sem uma sinergia equivalente<br />

com os pilares fundamentais da sustentabilidade.<br />

Neste sentido, temos a compreensão de que todas as<br />

mudanças e avanços necessários serão construídos<br />

em cooperação e em sinergia com outros importantes<br />

atores representativos da sociedade e do setor<br />

produtivo. Portanto, vamos trabalhar em 3 pilares:<br />

a) atuando forte na representação e relacionamento<br />

institucional, potencializando a sinergia com as demais<br />

entidades representativas; b) na reformulação da<br />

comunicação da associação com um olhar mais atual<br />

sobre a maneira como nos comunicamos; c) Fomentar<br />

a participação dos associados, proporcionando interação<br />

técnica e troca de experiências, e acima de tudo<br />

entregar resultados.<br />

>> Como avalia o momento do segmento florestal<br />

gaúcho?<br />

Depois de um longo período em dormência, em<br />

virtude das amarras, o setor florestal do Rio Grande<br />

do Sul passa por um momento de transição, onde os<br />

frutos de um longo e árduo trabalho de construção<br />

realizado em cooperação com as demais entidades<br />

representativas do setor produtivo começam a surgir<br />

no horizonte.<br />

>> Como a experiência no mercado empresarial pode<br />

colaborar na sua gestão dentro da AGEFLOR?<br />

Penso que a maior contribuição é uma visão mais prática,<br />

a busca por caminhos simples, boa comunicação<br />

e gestão transparente, sempre com foco na entrega<br />

de resultado.<br />

>> Qual a importância da criação da frente parlamentar<br />

da silvicultura para o fomento da atividade<br />

no Estado?<br />

Compreendo que o apoio político, ou a falta dele,<br />

seja um dos mais importantes componentes e possui<br />

forte e direta relação com a construção do ambiente<br />

fundamental pillars of sustainability. In this sense,<br />

we understand that all the necessary changes and<br />

advances will be built in collaboration and synergy<br />

with other important actors representing society<br />

and the productive sector. Therefore, we will work<br />

on three pillars: a) acting strongly in representation<br />

and institutional relations, strengthening the synergy<br />

with other representative bodies; b) reformulating<br />

the Association’s communication, taking a more<br />

up-to-date look at the way we communicate; c) encouraging<br />

member participation, providing technical<br />

interaction and exchange of knowledge, and above<br />

all, delivering results.<br />

What is your assessment of the Forest Sector in Rio<br />

Grande do Sul?<br />

After a long period of dormancy, the Forest Sector<br />

in Rio Grande do Sul is going through a period of<br />

transition. The fruits of a long and arduous construction<br />

project, carried out in collaboration with other<br />

organizations representing the productive sector, are<br />

beginning to appear on the horizon.<br />

How can your experience in the business market<br />

contribute to your management of Ageflor?<br />

I think the greatest contribution is a more practical<br />

vision, the search for simple ways, good communication,<br />

transparent management, and always focusing<br />

on achieving results.<br />

É um processo natural de sucessão, por já estar inserido<br />

no meio, por estar vivendo tão intensamente as questões<br />

institucionais do setor e por estar comprometido,<br />

principalmente, com as pautas que fazem a<br />

silvicultura gaúcha crescer<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br


O CONTROLE ESTÁ EM SUAS MÃOS!<br />

0800 180 3000<br />

@attamexs


ENTREVISTA<br />

de negócio como um todo. Neste sentido, a frente<br />

parlamentar exerce um papel fundamental de interação<br />

da sociedade para com os representantes eleitos,<br />

possibilitando que o setor apresente e discuta as suas<br />

demandas. Tenho a convicção de que as frentes parlamentares<br />

podem contribuir de maneira muito efetiva<br />

com as demandas do setor e com o desenvolvimento<br />

sustentável do Estado.<br />

>> O segmento de celulose tem crescido rapidamente<br />

no Estado. Como a AGEFLOR pode auxiliar nesse<br />

crescimento sem deixar o pinus e a acácia de lado?<br />

Considero que a resposta é simples, como associação<br />

devemos ter como meta a busca pela construção de<br />

um melhor ambiente de negócios para os investimentos<br />

florestais e industriais correlatos. Portanto, será<br />

através de regras mais adequadas, menor burocracia<br />

e um bom ambiente para investimentos em ativos florestais,<br />

que iremos promover e estimular o crescimento<br />

de todas as cadeias produtivas, acácia, eucalipto e<br />

pinus.<br />

>> As práticas agrossilvipastoris, chamadas também<br />

de ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) tem<br />

recebido cada vez mais investimentos. Essa forma<br />

de cultura é uma oportunidade para gerar renda de<br />

forma contínua para os produtores?<br />

Sim, os sistemas de produção integrada ILPF possuem<br />

uma forte valorização, pois estão associados com a<br />

agricultura de baixo carbono com importante contribuição<br />

sobre a conservação do solo, redução de uso<br />

de fertilizantes e armazenamento (sequestro) de carbono,<br />

agregando de forma positiva para o desenvolvimento<br />

sustentável. Neste sentido, uma das nossas<br />

bandeiras é que no Rio Grande do Sul os sistemas de<br />

produção integrada ILPF sejam contemplados com a<br />

isenção do licenciamento ambiental para a implementação<br />

e desenvolvimento da atividade. A técnica de<br />

produção integrada tem por característica aumentar<br />

e qualificar a produção de carne, leite e produtos<br />

madeireiros, contribuindo para o aumento da renda e<br />

retorno dos produtores.<br />

ing the Sector to present and discuss its demands. I<br />

am convinced that the creation of a parliamentary<br />

front can contribute very effectively to the demands<br />

of the Sector and the sustainable development of the<br />

State.<br />

The pulp segment is growing rapidly in the State.<br />

How can Ageflor contribute to this growth without<br />

neglecting pine and acacia?<br />

I think the answer is simple: as an association, our<br />

goal should be to create a better business environment<br />

for forestry and related industrial investments.<br />

Therefore, through better regulations, less bureaucracy,<br />

and a good environment for investments in<br />

forestry assets, we will promote and stimulate the<br />

growth of all production chains, acacia, eucalyptus,<br />

and pine.<br />

Agroforestry practices, also known as the Integration<br />

of Crops, Livestock, and Forests (Ilpf), are<br />

receiving increasing investment. Is this form of<br />

agriculture a way for producers to generate income<br />

on a sustainable basis?<br />

Yes, Ilpf integrated production systems are highly<br />

valued because they are associated with low-carbon<br />

agriculture, which makes an important contribution<br />

to soil conservation, reduces the use of fertilizers,<br />

and stores (sequesters) carbon, contributing positively<br />

to sustainable development. In this sense, one of<br />

our flags is that in Rio Grande do Sul, Ilpf integrated<br />

production systems should be exempt from environmental<br />

licensing for the implementation and development<br />

of the activity. The integrated production<br />

technique has the characteristic of increasing and<br />

improving the production of meat, milk, and forest<br />

products, contributing to an increase in income and<br />

returns for producers.<br />

Compreendo que o apoio político seja um dos mais<br />

importantes componentes e possui forte e direta relação<br />

com a construção do ambiente de negócio<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


A FACA<br />

GIGANTE<br />

DO AGRO<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


COLUNA<br />

A causa raiz dos<br />

acidentes no<br />

manejo florestal<br />

semimecanizado<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />

Mestre em Manejo <strong>Florestal</strong><br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Falta de conhecimento, desatenção, cansaço e pressa são<br />

determinantes para a ocorrência de acidentes no manejo com motosserra<br />

O<br />

manejo florestal semimecanizado é uma<br />

prática que combina o uso de máquinas<br />

com o trabalho manual na gestão do<br />

manejo da vegetação. Apesar de seus<br />

benefícios em termos de eficiência e<br />

produtividade, esta atividade está sujeita a uma série de<br />

riscos e desafios, sendo os acidentes de trabalho um dos<br />

problemas mais graves e frequentes. Neste contexto, é<br />

fundamental reconhecer que a causa raiz desses acidentes<br />

reside, em 99% dos casos, no comportamento inseguro<br />

dos trabalhadores envolvidos.<br />

O comportamento inseguro no manejo florestal<br />

semimecanizado pode se manifestar de várias maneiras,<br />

desde o desrespeito às normas de segurança, até a<br />

negligência em relação ao uso adequado de EPIs (equipamentos<br />

de proteção individual). Entre os comportamentos<br />

mais comuns que contribuem para os acidentes,<br />

destacam-se:<br />

Falta de conhecimento: A falta de capacitação é o<br />

principal fator causador do comportamento inseguro das<br />

equipes de manejo florestal. A falta de conhecimento<br />

aumenta as situações de risco, já que decisões erradas<br />

podem ser tomadas quanto a operação segura das máquinas<br />

e técnicas de manejo, por exemplo.<br />

Desatenção: A falta de foco durante a realização de<br />

tarefas críticas no manejo florestal, como a supressão de<br />

árvores, pode levar a erros graves, colocando a equipe<br />

de trabalho em risco iminente de sofrer acidentes. É importante<br />

que o operador da máquina esteja em perfeitas<br />

condições de saúde física, mental e emocional para que<br />

mantenha o foco total nas ações que precisa executar.<br />

Cansaço: O esforço físico excessivo por falta de<br />

planejamento da atividade, ou até mesmo pelo uso<br />

de uma máquina com potência inadequada, contribui<br />

significativamente para a ocorrência de acidentes. Uma<br />

estrutura adequada de máquinas e ferramental, bem<br />

como a gestão eficiente do processo de trabalho são fundamentais<br />

para manter a equipe em boas condições para<br />

a atividade.<br />

Pressa: Em muitos casos, os trabalhadores sentem-se<br />

pressionados a cumprir prazos apertados e metas de<br />

produção, o que pode levá-los a realizar suas tarefas de<br />

maneira apressada e descuidada. Isso aumenta significativamente<br />

o risco de acidentes, especialmente ao lidar<br />

com máquinas como a motosserra, por exemplo.<br />

Para reduzir o número de acidentes no manejo florestal<br />

semimecanizado, é essencial um esforço conjunto<br />

para promover uma cultura de segurança no local de trabalho<br />

e implementar medidas eficazes de prevenção de<br />

acidentes, como por exemplo:<br />

• Fornecimento de treinamento adequado e com<br />

foco no ser humano, incluindo o uso correto de máquinas<br />

e equipamentos, a identificação de riscos e a adoção<br />

de práticas seguras.<br />

• Implementação de procedimentos operacionais<br />

claros e objetivos<br />

• Fortalecimento da cultura de segurança da empresa<br />

Quando focamos em desenvolver a consciência de<br />

segurança nas pessoas, conseguimos combater a causa<br />

raiz dos acidentes no manejo de árvores: COMPORTA-<br />

MENTO. Pessoas conscientes da importância da segurança<br />

contribuem para um ambiente de trabalho mais<br />

seguro para todos.<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


PRINCIPAL<br />

Crescendo<br />

JUNTOS<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


Empresa de serviços florestais<br />

e logística celebra 25 anos<br />

valorizando seu principal capital:<br />

as pessoas que ajudaram na<br />

construção de sua história<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

Abril 2024<br />

43


PRINCIPAL<br />

N<br />

o coração dos campos gerais, região de importante<br />

tradição da produção florestal no<br />

Paraná, nas proximidades do rio Tibagi, um dos<br />

principais afluentes do rio Paranapanema, está<br />

sediada a Vale do Tibagi, empresa de serviços<br />

e soluções que completa 25 anos em 2024. Neste ano tão<br />

marcante, a companhia olhou para dentro e dedicou essa<br />

celebração para quem diariamente ajuda a construir uma<br />

história de muito trabalho e realizações.<br />

Fundada em 1999, no dia primeiro de novembro, as<br />

primeiras atividades da empresa foram o processamento,<br />

transporte e comercialização de biomassa. Em 2009 foram<br />

inauguradas a sede florestal e de transportes e logística, incluindo<br />

pátio de contêineres. No ano seguinte, foi conquistada<br />

pela empresa, a primeira certificação, a SASSMAQ, que avalia<br />

saúde, segurança, cuidado com o meio ambiente e qualidade<br />

na cadeia de logística.<br />

Na década de 2010 foi quando a empresa alcançou alguns<br />

de seus principais marcos, como a entrada no setor industrial,<br />

com o desenvolvimento e fabricação de pellets, que chegaram<br />

ao mercado europeu em 2018. No ano seguinte, uma nova<br />

filial foi inaugurada em São José dos Pinhais (PR), região metropolitana<br />

de Curitiba (PR), a fim de atender os caminhões<br />

da Vale do Tibagi, e também houve a conquista da certificação<br />

FSC (Forestry Stewardship Council), uma das mais importantes<br />

do mundo para o segmento florestal e madeireiro.<br />

Os anos 2020, são marcados pela entrada da empresa<br />

no mercado de venda de madeira, oferecendo o serviço<br />

completo, até a entrega da mercadoria. Em 2021, a nova<br />

filial logística foi inaugurada em Ponta Grossa (PR), cidade<br />

reconhecida nacionalmente como um polo de transportes.<br />

Em 2022 houve a integração dos sistemas de logística e<br />

Growing together<br />

A forestry and logistics services company<br />

celebrates 25 years of valuing its greatest asset:<br />

the people who have helped build its history<br />

V<br />

ale do Tibagi, a service and solutions company<br />

celebrating its 25th anniversary in 2024, is located<br />

in the heart of Campos Gerais, a Region with an<br />

important tradition in forest production in Paraná.<br />

It is close to the Tibagi River, one of the main<br />

tributaries of the Paranapanema River. In this milestone year,<br />

the Company has looked inward and dedicated this celebration<br />

to those who contribute daily to building a history of hard work<br />

and achievement.<br />

Founded on November 1, 1999, the Company’s first activities<br />

were the processing, transportation, and sale of biomass. In<br />

2009, the Company inaugurated its forestry, transportation, and<br />

logistics center, including a container yard. The following year,<br />

Vale do Tibagi obtained its first Sassmaq certification, which<br />

evaluates health, safety, environmental protection, and quality<br />

in the logistics chain.<br />

In the 2010s, the Company achieved some of its most important<br />

milestones, such as entry into the Industrial Sector with<br />

the development and production of pellets, which began to be<br />

shipped to the European market in 2018. The year 2019 sees<br />

the opening of a new branch in São José dos Pinhais (PR), in the<br />

metropolitan region of Curitiba (PR), to service Vale do Tibagi’s<br />

trucks and the receiving of the Forestry Stewardship Council<br />

(FSC) certification, one of the most important in the world for<br />

the segment.<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


ampliação da filial florestal de Três Barras (SC). A conquista<br />

mais recente veio em 2023, com o selo GPTW (Great Place<br />

to Work), um reconhecimento que vem da avaliação interna<br />

dos colaboradores por um instituto internacional.<br />

Todas essas atividades vêm de encontro com os valores da<br />

empresa, que acredita em sua missão, no crescimento através<br />

do trabalho, no comprometimento de todos os presentes<br />

nos processos internos, na melhoria constante de pessoas e<br />

serviços, no senso de dono que cada colaborador apresenta<br />

e no cuidado e valorização pessoal, fazendo com que cada<br />

colaborador se sinta valorizado e cada vez mais motivado<br />

para entregar seu melhor.<br />

Hoje a Vale do Tibagi atua com a produção e transporte<br />

de bioenergia (cavaco), produção de pellets, comércio de<br />

madeira e logística (armazenamento, transporte florestal e<br />

rodoviário) e soluções florestais no Paraná, Mato Grosso do<br />

Sul e Santa Catarina.<br />

In 2020, the Company entered the forest product sales market,<br />

offering a complete service up to the delivery of the goods. In<br />

2021, the new logistics branch was opened in Ponta Grossa (PR),<br />

a city recognized nationally as a transportation hub. In 2022,<br />

the logistics systems were integrated, and the forestry branch<br />

in Três Barras (SC) was expanded. The latest achievement came<br />

in 2023 with the awarding of the Great Place to Work (GPTW)<br />

seal, a recognition that comes from the internal evaluation of<br />

employees by an international institute.<br />

All of these activities are in line with the values of the Company,<br />

which believes in its mission, in growth through work, in<br />

the commitment of everyone involved in internal processes,<br />

in the continuous improvement of people and services, in the<br />

sense of ownership that each employee has, and in personal<br />

care and appreciation, so that each employee feels valued and<br />

increasingly motivated to give their best.<br />

Today, Vale do Tibagi is active in the production and transportation<br />

of bioenergy (wood chips), pellet production, timber sales,<br />

logistics (storage, forest management, and road transportation),<br />

and forest solutions in the States of Paraná, Mato Grosso do Sul,<br />

and Santa Catarina.<br />

MADE BY PEOPLE FOR PEOPLE<br />

It is impossible to talk about everything that Vale do Tibagi<br />

does without talking about who does it and its real driving force:<br />

its people. Because it is a company with such a long history,<br />

the lives of some of these employees are directly linked to the<br />

Company. This is the case of Cícero Mendes de Camargo, Forestry<br />

Operations Supervisor, who joined the Company as a cook and<br />

learned everything he knows about forestry on the job. “This<br />

opportunity to take over the harvesting came about when we<br />

took over a harvesting operation in one of the largest forestry<br />

companies in the Region, and I was invited to this new mission,<br />

which, I must admit, scared me but opened many doors for me,”<br />

says Camargo.<br />

Abril 2024<br />

45


PRINCIPAL<br />

FEITA DE PESSOAS PARA PESSOAS<br />

Falar sobre tudo que a Vale do Tibagi faz é impossível sem<br />

falar sobre quem faz, o seu verdadeiro motor, que são seus<br />

colaboradores. E por se tratar de uma empresa com tanto<br />

tempo de história, a vida de alguns desses colaboradores está<br />

diretamente ligada à companhia. É o caso de Cícero Mendes<br />

de Camargo, supervisor de operações florestais, que entrou<br />

na empresa como cozinheiro e aprendeu tudo que sabe de<br />

floresta dentro das operações. “Essa oportunidade de assumir<br />

a colheita surgiu quando assumimos uma operação de<br />

colheita dentro de uma das principais empresas florestais da<br />

região e fui convidado para essa nova missão, que, confesso,<br />

me assustou, mas me abriu muitas portas”, celebra Cícero. Ele<br />

conta que além da profissão, a empresa deu a ele a chance e<br />

o incentivo para estudar, concluir o ensino médio e se aperfeiçoar<br />

continuamente dentro da profissão. “A Vale do Tibagi<br />

tem a minha total gratidão, mudou minha vida, me apresentou<br />

grandes pessoas, me deu grandes oportunidades e enquanto<br />

puder e sentir que posso, vou continuar trabalhando e dando<br />

o meu melhor”, elogia Cícero.<br />

Joel Batista Alves, supervisor de operações florestais,<br />

trabalha há 24 anos na empresa e avalia que o cuidado que<br />

a Vale tem com seus funcionários é um dos principais fatores<br />

Camargo says that in addition to his job, the Company has<br />

given him the opportunity and incentive to study, graduate from<br />

high school, and continue to improve in his profession. “Vale do<br />

Tibagi has my full gratitude. It has changed my life, introduced<br />

me to great people, given me great opportunities, and as long<br />

as I can and feel I can, I will continue to work and give my best,”<br />

Camargo says.<br />

Joel Batista Alves, a Forestry Operations Supervisor, has<br />

worked there for 24 years and believes that Vale’s care for its<br />

employees is one of the main reasons he has built a history with<br />

the Company. “The professionalism of Vale do Tibagi is incredible,<br />

it has punctuality, attention to the needs of the employees,<br />

and everything you’d expect from a big company like Vale, but<br />

without losing the almost family-like care for us,” says Alves. He<br />

says that in these 24 years, he has been able to build his history,<br />

guarantee his children’s studies, and structure his family. Alves<br />

points out that Vale do Tibagi is a reference point for everyone<br />

in Telêmaco Borba (PR), providing opportunities for those in<br />

need and opening doors for those who want to grow up and<br />

have a profession. “I am grateful to God for the existence of this<br />

company, which has given me and so many fathers and mothers<br />

of families the chance to grow professionally and establish<br />

themselves,” celebrates Alves.<br />

Julia Gomes Neuman, a Service Assistant, gives an emotional<br />

account of her history with Vale do Tibagi. Neuman says that<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


para que ele tenha construído uma história dentro da companhia.<br />

“O profissionalismo da Vale do Tibagi é incrível, tem<br />

pontualidade, atenção às demandas dos funcionários, e tudo<br />

que se espera de uma grande companhia como a Vale, mas<br />

sem perder o cuidado quase familiar conosco”, relata Joel. Ele<br />

conta que nesses 24 anos pôde construir sua história, garantir<br />

os estudos de seus filhos e estruturar sua família. Joel aponta<br />

que a Vale do Tibagi é uma referência para todos em Telêmaco<br />

Borba (PR), dando oportunidades para quem precisa e abrindo<br />

portas para quem quer crescer e ter uma profissão. “Sou grato<br />

a Deus pela existência dessa empresa, que me proporcionou<br />

e proporciona para tantos pais e mães de família uma chance<br />

de crescer profissionalmente e se estabelecer”, celebra Joel.<br />

Julia Gomes Neuman, auxiliar de serviços, traz um relato<br />

emocionado sobre sua história com a Vale do Tibagi.<br />

Julia conta que quando entrou na empresa seus filhos ainda<br />

eram pequenos e ela precisava de um trabalho para poder<br />

se estabilizar. “Na época as coisas estavam mais difíceis, mas<br />

com as portas que se abriram para mim pude ver meus filhos<br />

crescerem, me darem netos, aliás um dos filhos e minha neta<br />

também trabalham na empresa, e continuo aqui, pois sei da<br />

competência e responsabilidade deles comigo e com minha<br />

família”, agradece Julia. Emocionada, não mede palavras para<br />

exaltar o que a Vale do Tibagi fez por ela e se diz orgulhosa de<br />

poder fazer parte dessa história. “Só posso agradecer, por tudo<br />

em todos esses anos. Não me sinto funcionária, me sinto uma<br />

amiga de cada uma das pessoas que trabalham aqui. Parabéns<br />

Vale do Tibagi, que venham mais 25 anos”, deseja Julia.<br />

O profissionalismo da Vale<br />

do Tibagi é incrível, tem<br />

pontualidade, atenção às<br />

demandas dos funcionários,<br />

e tudo que se espera de uma<br />

grande companhia como a Vale,<br />

mas sem perder o cuidado<br />

quase familiar conosco<br />

Joel Batista Alves, supervisor<br />

de operações florestais<br />

when she joined the Company, her children were still young,<br />

and she needed a job to stabilize herself. “At the time, things<br />

were more difficult, but with the door they opened for me, I was<br />

able to see my children grow up and give me grandchildren. In<br />

fact, one of my sons and my granddaughter also work for the<br />

Company. I’m still here because I know their competence and<br />

responsibility towards me and my family,” celebrates Neuman.<br />

Neuman, overcome with emotion, doesn’t mince words in<br />

praising what Vale do Tibagi has done for her and says she is<br />

proud to be part of this story. “I can only thank them for everything<br />

over the years. I don’t feel like an employee; I feel like a<br />

friend to each of the people who work here. Congratulations,<br />

Vale do Tibagi. Here’s to another 25 years,” says Neuman,<br />

happily.<br />

Abril 2024<br />

47


EVENTO<br />

Madeira<br />

SUSTENTÁVEL<br />

A utilização de<br />

madeira de manejo<br />

sustentável na<br />

construção civil<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

N<br />

o dia 15 de março foi realizado o evento Madeira<br />

sustentável: o futuro do mercado, no hotel Grand<br />

Hyatt, na capital do Rio de Janeiro (RJ). O evento<br />

foi organizado e realizado pelo FNBF (Fórum Nacional<br />

das Atividades de Base <strong>Florestal</strong>) e CIPEM<br />

(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso). Através da realização de sete palestras<br />

com representantes do setor, foram apresentadas todas as vantagens<br />

da madeira nacional para a construção.<br />

Esta edição do evento só aconteceu no Rio de Janeiro graças<br />

aos esforços da ACIMDERJ (Associação do Comércio e Indústria<br />

de Madeiras e Derivados do Estado do Rio de Janeiro), que viu a<br />

possibilidade de apresentar para arquitetos e designers locais a<br />

versatilidade do uso da madeira nativa, como destacou Marcelo<br />

de Oliveira, primeiro secretário da associação. “É um evento de<br />

grande importância para nosso Estado, que dá a oportunidade<br />

de esclarecimento para quem usa a madeira de manejo sustentável<br />

e quem ainda não usa sobre os processos de controle que<br />

que a madeira passa entre o corte, processamento e comercia-<br />

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EVENTO<br />

lização e como essa atividade auxilia na preservação de nossas<br />

florestas”, apontou Marcelo.<br />

A abertura do evento ficou por conta de Frank Almeida, presidente<br />

do FNBF, que destacou a importância da luta contra a desinformação<br />

que envolve todo o ciclo da madeira nativa nacional,<br />

uma vez que foi criada, segundo Frank, uma imagem distorcida<br />

sobre a atuação dos madeireiros. “Esse evento é parte de um esforço<br />

para mostrar para a população a verdade e a transparência<br />

do que fazemos e esclarecer como a atividade realizada da maneira<br />

correta traz apenas benefícios para todos”, destacou Frank.<br />

Ainda na abertura, Edinei Blasius, presidente do CIPEM, valorizou<br />

a importância da entidade e do trabalho feito no Mato Grosso.<br />

“São mais de 500 empresas sob o guarda-chuva do CIPEM e cada<br />

uma delas aqui representada por mim se esforça para levar um<br />

produto sustentável, renovável, que capta carbono e protege o<br />

meio ambiente”, exaltou Edinei. Também participou da abertura<br />

Silvio Rangel, presidente da FIEMT (Federação das Indústrias do<br />

Estado de Mato Grosso), que apontou o trabalho unificado do<br />

poder público e da iniciativa privada para fazer a economia local<br />

crescer. “Há uma cadeia produtiva sendo valorizada de ponta a<br />

ponta, o que nos ajuda a mostrar externamente a qualidade e a<br />

responsabilidade do nosso trabalho”, concluiu Silvio.<br />

Frank Almeida nem desceu do palco após a abertura, pois foi<br />

o responsável pela primeira palestra da tarde. Em sua apresentação,<br />

o presidente do FNBF deu uma visão geral sobre o manejo<br />

florestal sustentável e a realidade de Mato Grosso dentro dessa<br />

atividade. “O manejo reproduz o ciclo natural da floresta, mas de<br />

maneira ordenada e economicamente viável, trazendo desenvolvimento<br />

social para a região. Hoje temos apenas 3% do mercado<br />

mundial de madeira nativa, mesmo tendo 39% do total de florestas<br />

do mundo. Precisamos mudar isso”, apontou Frank.<br />

Na sequência Edinei Blasius falou sobre a descarbonização da<br />

construção civil. Logo no início de sua participação, o presidente<br />

do CIPEM deu ênfase ao plano de expansão do manejo no Mato<br />

Grosso, que hoje tem 4,7 milhões de ha (hectares) e deve chegar<br />

em 6 milhões de ha até o ano de 2030, e como essa expansão<br />

abre portas para mudanças na maneira de se construir casas no<br />

país. “A madeira, além de fomentar nossa economia, é sustentável,<br />

traz conforto térmico e apresenta versatilidade e resistência<br />

naturais”, exaltou Edinei.<br />

Mauren Lazzaretti, secretária de meio ambiente do Estado<br />

de Mato Grosso e presidente da ABEMA (Associação Brasileira de<br />

Entidades Estaduais de Meio Ambiente) tratou sobre a rastreabilidade<br />

da madeira mato grossense, que hoje tem 100% de sua<br />

origem garantida através dos mais específicos e tecnológicos processos<br />

de controle. “Saímos de um lugar onde perdíamos oportunidades<br />

de mercado, por falta de rastreabilidade, para uma<br />

referência mundial de controle de origem, pois cada passo que<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br<br />

EDINEI BLASIUS, PRESIDENTE DO CIPEM COM FÁBIO MACHADO,<br />

DIRETOR COMERCIAL DA REVISTA REFERÊNCIA


EVENTO<br />

a madeira faz da floresta até a sua comercialização é controlada<br />

por órgãos estaduais e federais”, ratificou Mauren.<br />

Cesar Miranda, secretário de desenvolvimento de Mato<br />

Grosso, palestrou sobre as contínuas práticas sustentáveis que<br />

são aplicadas no Mato Grosso. Em sua apresentação, Cesar<br />

apontou que o Estado está em uma posição privilegiada dentro<br />

do continente, tem biomas ideais para várias culturas e tem se<br />

mostrado um exemplo de preservação e boas práticas. “Somos o<br />

Brasil que está dando certo e vamos mostrar isso como uma bandeira<br />

por onde formos”, celebrou Cesar.<br />

Renato Rosenberg, diretor de concessões florestais e monitoramento<br />

do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), falou sobre o<br />

panorama de concessões no país, como a tecnologia propiciou<br />

ferramentas para que o controle das concessões e das atividades<br />

fossem viabilizadas. “Hoje medimos com facilidade o impacto<br />

das concessões, temos sistema de cadeia de custódia estabelecido<br />

e mesmo com uma série de detalhes, as metas estabelecidas<br />

para concessões são totalmente viáveis”, afirmou Renato.<br />

Com a penúltima fala da tarde, Roberto Lecomte, arquiteto,<br />

falou sobre a madeira na construção no século 21. Roberto destacou<br />

como a madeira serve como um excelente estoque de carbono,<br />

mesmo depois de industrializada e como isso faz diferença<br />

dentro de um mercado que é responsável por 21% das emissões<br />

de carbono no mundo todo. “A madeira não é produzida, como<br />

outras matérias-primas, ela cresce, é versátil, tem controles rigorosos<br />

em seus processos, gera segurança e empregos verdes em<br />

sua cadeia de utilização”, salientou Roberto.<br />

Esse evento é parte de um esforço<br />

para mostrar para a população<br />

a verdade e a transparência do<br />

que fazemos e esclarecer como<br />

a atividade realizada da maneira<br />

correta traz apenas benefícios<br />

para todos<br />

Frank Almeida, presidente do FNBF<br />

FÁBIO MACHADO, DIRETOR COMERCIAL DA REVISTA REFERÊNCIA,<br />

COM MARCELO JOSÉ FERREIRA DE OLIVEIRA, PRIMEIRO SECRETÁRIO<br />

DA ACIMDERJ<br />

Quem fechou com excelência a tarde de apresentações foi<br />

Deryck Martins, presidente da AIMEX (Associação das Indústrias<br />

Exportadores de Madeira do Estado do Pará) falou especificamente<br />

sobre exportações, como esse mercado foi o que mais<br />

cresceu nos últimos anos dentro da indústria de base florestal<br />

e como a qualidade dos produtos e processos brasileiros têm<br />

sido valorizado no mundo todo. “Temos uma média de US$ 280<br />

milhões em exportações anualmente apenas no Pará, e temos<br />

agora o desafio de colocar novas espécies no grupo das commodities,<br />

o que pode alavancar ainda mais o mercado”, concluiu<br />

Deryck.


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FEIRA<br />

Na pesquisa<br />

E NO CAMPO<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

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Evento combina<br />

feira comercial e<br />

congresso para<br />

discutir e fomentar<br />

a produção de pinus<br />

em Santa Catarina e<br />

Rio Grande do Sul<br />

Foi realizada entre os dias 20 e 22 de março,<br />

a feira Tech Forestry e o Congresso do Pinus<br />

Sul Brasil, na cidade de Lages (SC). No espaço<br />

Centroserra Convention Center, a feira reuniu<br />

mais de 50 expositores dos mais diferentes<br />

ramos, que vão da construção à operação florestal,<br />

enquanto o congresso teve, entre painéis de discussão<br />

e palestras, mais de 21 temas diversos sendo apresentados<br />

por especialistas do Brasil e América Latina, além<br />

dos principais representantes de associações e do poder<br />

público da região.<br />

A cidade de Lages é tradicionalmente um dos principais<br />

polos de base florestal do sul do país, reunindo<br />

uma série de empresas que estão sediadas no próprio<br />

município ou em distâncias próximas, o que proporciona<br />

ao lugar ser um hub de encontros de negócios. Os três<br />

dias de evento foram ideais para gerar leads, renovar<br />

contatos e fortalecer parcerias já estabelecidas.<br />

Abril 2024<br />

55


FEIRA<br />

Um dos principais momentos do evento foi o jantar<br />

servido na noite do dia 21, quando foi realizada, ainda,<br />

uma palestra magna com Caio Megale, economista<br />

chefe da XP Investimentos, que tratou sobre o cenário<br />

macroeconômico 2024: qual o futuro do Brasil? Na<br />

mesma noite, um momento de grande emoção tomou<br />

conta do salão, quando o fundador da Mill Indústrias,<br />

Armando de Zorzi, foi homenageado pelo SIMMEL-Lages<br />

(Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Metal Mecânica<br />

e do Material Elétrico de Lages), com o prêmio Mérito<br />

Industrial Regional, por sua contribuição no desenvolvimento<br />

na região.<br />

Os três dias de evento<br />

foram ideais para gerar<br />

leads, renovar contatos<br />

e fortalecer parcerias já<br />

estabelecidas<br />

DRV<br />

A DRV Industrial marcou presença na Tech Forestry,<br />

levando o que tem de melhor em seu portifólio para<br />

a operação florestal e indústria de processamento de<br />

madeira. Fabiano Mendes, gerente de marketing da<br />

DRV, destacou a força do mercado na região e as possibilidades<br />

de mercado que a feira oferece. “Trouxemos<br />

para nosso stand uma linha de produtos ideal para as<br />

operações madeireiras da região e nosso trailer, que<br />

desde o lançamento tem sido um sucesso de mercado<br />

e de reconhecimento do público”, exaltou Fabiano.<br />

DUFFATTO<br />

Especialista na produção de mudas para reflorestamento<br />

de florestas plantadas e recuperação de áreas<br />

com mudas nativas, a Duffatto apresentou uma pequena<br />

parte de seu portifólio com mais de 120 espécies durante<br />

a feira. Maicon Dufecky, diretor da Duffatto, valorizou<br />

a oportunidade que a feira oferece para os expositores,<br />

principalmente em um ano tão importante para<br />

a empresa. “Estamos completando 20 anos em 2024,<br />

um marco para a Duffatto, e aproveitamos aqui para<br />

mostrar o que temos de melhor, como Pinus taeda de<br />

segunda geração e araucária enxertada para produção<br />

de pinhão, que são símbolos da qualidade do nosso trabalho”,<br />

valorizou Maicon.<br />

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Manutenção e abertura de estradas e aceiros, enleiramento, limpa-trilho, movimentação de<br />

biomassa, carga e descarga de lenha/toras, silvicultura, aplicação de herbicidas, distribuição<br />

de corretivos, roçada mecanizada, subsolagem e locação de equipamentos.<br />

SERVIÇOS E MÁQUINAS


FEIRA<br />

FRANCIO SOLUÇÕES FLORESTAIS<br />

Pedro Francio Filho foi para Lages para palestrar sobre<br />

sua especialidade: produtividade florestal. Com quase<br />

duas décadas de resultados expressivos, Pedro compartilhou<br />

em sua palestra passos práticos para que o produtor<br />

possa entender e valorizar os resultados, estudos e pesquisas<br />

feitos no campo. “Nosso trabalho é mostrar para o<br />

produtor que investir em produtividade não é um custo,<br />

mas sim uma forma de atingir a máxima produção florestal<br />

ao final do ciclo de plantio, com o que precisa ser feito<br />

tecnicamente na silvicultura”, explicou Francio.<br />

GELL<br />

O mercado de biomassa é um dos que mais cresce<br />

no Brasil e um dos motores desse segmento é a Gell<br />

Techno Solutions, empresa especializada na fabricação<br />

de máquinas e usinas para fabricação de pellets. Wesley<br />

Baticini, gerente de engenharia da Gell, foi o responsável<br />

por um dos modelos de equipamento da Gell para quem<br />

visitava o stand. “Nessa maquete demonstramos como<br />

funcionam os processos da Gell, desde a entrada da<br />

matéria-prima, até a saída dos pellets prontos para uso,<br />

que é um sistema desenvolvido e produzido exclusivamente<br />

pela Gell”, apontou Wesley.<br />

J DE SOUZA<br />

A madeira é o centro da atividade da J de Souza, mas<br />

nem só de madeira vivem os investimentos da empresa,<br />

o fomento ao esporte da região faz parte dos princípios<br />

da indústria. Anderson de Souza, diretor da J de Souza,<br />

relata o investimento no Inter de Lages, time de futebol<br />

de campo da cidade, que disputou a primeira divisão do<br />

campeonato estadual. “Em diversos momentos apoiamos<br />

o time, nesse ano com o patrocínio na camisa, pois<br />

acreditamos que fortalecer o nome da cidade para todo<br />

o Estado é uma forma de valorizarmos também esse<br />

polo econômico em outras regiões”, destacou Anderson.<br />

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MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL:<br />

O CUIDADO COM O PRESENTE<br />

PARA UM FUTURO POSSÍVEL!<br />

Servindo ao Planeta.<br />

A Algar Farming, orgulhosamente, possui, desde 2017, um dos principais projetos de<br />

manejo florestal sustentável do país, atuando em uma área de mais de 140 mil hectares<br />

de floresta nativa na Amazônia paraense.<br />

Muito mais que um dos nossos negócios, é sobre desenvolvimento sustentável que<br />

prioriza a permanência da “floresta em pé”. Assim, tornamos um futuro possível, com a<br />

preservação da biodiversidade, bem como o desenvolvimento das comunidades locais.<br />

CONHEÇA MAIS SOBRE NOSSA ATUAÇÃO:<br />

@algarfarmingoficial<br />

@algarfarming<br />

@algarfarmingoficial<br />

Algar Farming<br />

algarfarming.com.br


FEIRA<br />

MILL<br />

A Mill Indústrias estava se sentindo em casa durante<br />

o evento. A empresa lageana levou alguns de<br />

seus equipamentos e produtos para um stand que<br />

ficou movimentado durante os três dias, como apontou<br />

Marcelo Gobbi, gerente de negócios da Mill. “É<br />

uma satisfação para a Mill estar presente em um<br />

evento em nossa casa, não podíamos ficar de fora,<br />

e ver nosso espaço repleto de clientes e parceiros<br />

foi nossa maior alegria nesses três dias”, celebrou<br />

Marcelo.<br />

POTENZA<br />

“Nosso caminhão não é apenas para chamar<br />

atenção, é um símbolo da sustentabilidade que nós<br />

acreditamos para o setor que atuamos”, explica<br />

Giovani Brignoni, diretor da Potenza, empresa que<br />

se destaca na fabricação de implementos florestais.<br />

O diretor explica que com esse caminhão, a Potenza<br />

está sempre pronta para gerar uma experiência para<br />

seus clientes e conforto para seus funcionários nos<br />

eventos. “É uma estrutura de fácil transporte, que<br />

nos ajuda a levar nossos produtos para todos os cantos<br />

do Brasil e facilita nossas atividades nos eventos”,<br />

ressalta Giovani.<br />

SPARTA BRASIL<br />

A Sparta Brasil levou para a feira o seu portfólio único<br />

de equipamentos e máquinas dedicadas à limpeza de<br />

área mecanizada e controle de vegetação. Celso Kossaka,<br />

diretor da SPARTA Brasil, ressaltou que a empresa chega<br />

ao país para trazer o melhor em trituração florestal para<br />

mudar o patamar do que é feito no Brasil em trituração florestal.<br />

“Temos equipamentos das melhores marcas, como<br />

Shearex, Prinoth, Dipperfox e Lamtrac, que já são reconhecidas<br />

internacionalmente e temos o orgulho de trazer para<br />

os nossos clientes no Brasil, focados na melhoria da produtividade<br />

e no crescimento do mercado”, enfatizou Celso.<br />

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FEIRA<br />

Confira os melhores momentos da feira<br />

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SETOR<br />

Tempo de<br />

CELEBRAÇÃO<br />

Associação<br />

baiana comemora<br />

duas décadas<br />

de dedicação ao<br />

desenvolvimento<br />

do segmento<br />

florestal no Estado<br />

Fotos: divulgação<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


N<br />

o dia 9 de março, a ABAF (Associação Baiana de<br />

Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) celebrou 20 anos de<br />

atividades, e junto a um vídeo da atual presidente<br />

do conselho, Mariana Lisbôa, lançou um comunicado<br />

sobre a data tão importante. A nota tem<br />

início valorizando e agradecendo os desafios e parceiros que a<br />

associação conquistou em sua trajetória. Foram destacados: o<br />

Conselho Diretor da ABAF, dos Grupos de Trabalho permanentes<br />

e formados sob medida, e à colaboração incansável das empresas<br />

associadas e demais parceiros governamentais (federal, estadual<br />

e municipal), do legislativo, do setor empresarial, das instituições<br />

ligadas à área florestal e agrícola, das comunidades, dos fornecedores<br />

de serviços, produtos e equipamentos, dos produtores rurais,<br />

das ONGs (Organizações Não Governamentais), da academia,<br />

da imprensa, entre outros.<br />

A cada ano, a influência da ABAF se expande, com representações<br />

em mais de 40 conselhos e nos principais fóruns ambientais,<br />

econômicos e sociais, em âmbito regional, estadual e nacional.<br />

Buscando contribuir e se consolidar como uma referência no<br />

setor florestal brasileiro, a ABAF colabora ativamente com outras<br />

associações estaduais florestais e com nossa entidade nacional, a<br />

IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores).<br />

Um fator celebrado pela associação foi a oportunidade de<br />

participar e/ou apoiar a realização de eventos importantes para o<br />

setor e de manter nossos canais de comunicação abertos para a<br />

imprensa, garantindo visibilidade em reportagens, artigos e entrevistas<br />

em veículos de comunicação relevantes por meio dos parceiros.<br />

Todas essas iniciativas capacitam a ABAF para defender os<br />

interesses da silvicultura e dos associados, bem como para atuar<br />

de maneira consistente e alinhada, buscando promover o setor,<br />

destacando suas potencialidades e contribuições para o desenvolvimento<br />

sustentável do país.<br />

A missão da ABAF é promover o desenvolvimento do setor<br />

florestal com base em premissas sustentáveis, tanto do ponto de<br />

vista econômico, como ambiental e social. A associação trabalha<br />

para estimular o crescimento de mais florestas, empresas, fornecedores,<br />

serviços e produtos de forma a atender a demandas<br />

dos diversos segmentos que utilizam madeira em seus processos<br />

produtivos. A associação está sempre aberta à reflexão, ao planejamento<br />

e à implementação de novas estratégias. Por isso, reitera<br />

o interesse e compromisso em manter um diálogo constante com<br />

todos os parceiros.<br />

Mariana Lisbôa, em seu depoimento, destacou a importância<br />

da ABAF e o trabalho da associação nessas duas décadas. “É com<br />

muita alegria que podemos celebrar a ABAF, que contribui de<br />

forma tão relevante para o desenvolvimento de uma indústria<br />

sustentável e inovadora da Bahia e aproveito para convidar a todos<br />

os nossos associados a continuar trabalhando juntos para o<br />

crescimento do nosso Estado e do nosso país”, valorizou Mariana.<br />

DA FESTA AO TRABALHO<br />

Se no começo do mês era tempo de festa, poucos dias depois,<br />

no 21 de março, onde se celebra o Dia Internacional das Florestas,<br />

a ABAF esteve presente no evento de lançamento de três importantes<br />

ações do Plano Floresta+Sustentável, que vai contribuir no<br />

desenvolvimento da cadeia produtiva de florestas plantadas e na<br />

consolidação da política agrícola florestal brasileira.<br />

Abril 2024<br />

65


SETOR<br />

Sob o comando do ministro Carlos Fávaro, do MAPA (Ministério<br />

da Agricultura e Pecuária), as entregas visam a expansão da<br />

silvicultura de forma estratégica e responsável atendendo os ONF<br />

(Objetivos Nacionais Florestais), as metas do Plano de Adaptação<br />

e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC+) e os ODS<br />

(Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização<br />

das Nações Unidas). “Se trata de um plano nacional de florestas<br />

plantadas em áreas antropizadas, com um viés econômico, social<br />

e ambiental. Tudo isso com base na transversalidade, para que<br />

possamos fazer juntos do Brasil um país com produções gigantescas,<br />

mas também com preservações gigantescas, como deve ser”,<br />

explicou Carlos. “Vamos mostrar para o mundo que é possível<br />

produzir e preservar. Faremos esse trabalho de forma integrada<br />

com outras pastas do governo e com a sociedade, sempre de forma<br />

inovadora e transparente”, completou o ministro.<br />

A primeira atividade do evento foi o lançamento do PNDF<br />

(Plano de Desenvolvimento de Florestas Plantadas 2024), que<br />

traz a atualização da Política Agrícola de Florestas Plantadas para<br />

contribuir com o aumento da produtividade e a utilização do potencial<br />

produtivo de bens e serviços da economia de base florestal.<br />

As iniciativas vão auxiliar na diminuição da pressão sobre as<br />

florestas nativas, na melhoria da renda, na qualidade de vida do<br />

meio rural e na integração entre produtores rurais e agroindústrias,<br />

que utilizam madeira como matéria-prima.<br />

Em um segundo momento, a secretária de Inovação, Desenvolvimento<br />

Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda,<br />

apresentou o Painel Floresta+. A ferramenta de acesso público<br />

contém dados atualizados, verificáveis e universais do setor<br />

de árvores cultivadas em todos os biomas do Brasil, mapeando a<br />

extensão, produção e economia florestal brasileira.<br />

Além de promover a transparência, o Painel Floresta+ vai<br />

fortalecer a colaboração entre os diversos atores envolvidos no<br />

setor por meio da Rede Floresta+, com projetos que permitam<br />

investimentos na silvicultura sustentável a partir da integração<br />

entre empreendedores, apoiadores institucionais, empresas e investidores,<br />

impulsionando seu crescimento de forma responsável<br />

e integrada. A secretária Renata Miranda destacou a importância<br />

das entregas, feitas pelo MAPA. “O que trazemos aqui representa<br />

uma fatia muito significativa do crescimento econômico do país,<br />

que trabalha não somente para gerar riqueza, mas com a redução<br />

das desigualdades, trazendo ao pequeno agricultor mais opções<br />

de renda e emprego”, apontou Renata.<br />

A presidente da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do<br />

Mapa e da Associação Mineira da Indústria <strong>Florestal</strong>, Adriana<br />

Maugeri, viu com muita satisfação as entregas para o setor florestal.<br />

“As perceptivas são as melhores possíveis, porque pela<br />

primeira vez, historicamente, nós teremos uma publicação e<br />

diversas ações do governo brasileiro que destacam a importância<br />

e a relevância do setor de florestas plantadas para o Brasil, valorizando<br />

uma cultura agrícola que possui alta escala e capacidade de<br />

produção, além da conservação ambiental”, destacou Adriana.<br />

É com muita alegria que<br />

podemos celebrar a ABAF, que<br />

contribui de forma tão relevante<br />

para o desenvolvimento de<br />

uma indústria sustentável e<br />

inovadora da Bahia<br />

Mariana Lisbôa,<br />

presidente da ABAF<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


COMPOSTAGEM<br />

A importância da compostagem<br />

PARA A SILVICULTURA<br />

Por José Luiz Tomita, consultor ambiental<br />

Utilização de adubo natural é<br />

ecologicamente correta, financeiramente<br />

vantajosa e benéfica para o solo<br />

Fotos: divulgação<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


Asilvicultura faz parte das atividades da<br />

agricultura, que englobam as práticas de<br />

cultivo do solo para produção de alimentos<br />

e matérias-primas. Podemos classificar<br />

os sistemas agrícolas em extensivos e<br />

intensivos, com usos de técnicas e práticas em graus de<br />

diversas formas de produção e mão de obra. A agricultura<br />

é ainda a base econômica de diversos países. Mas<br />

para mantermos essa atividade adequada e com práticas<br />

sustentáveis, é importante o cuidado com o solo,<br />

minimizando os impactos ao meio ambiente, preservando<br />

e respeitando a qualidade das águas e mantendo<br />

o solo produtivo.<br />

Podemos afirmar que o solo é composto por minerais<br />

e matéria orgânica, originado de um lento processo<br />

de degradação de rochas e da degradação de diversos<br />

animais e plantas. A matéria orgânica tem um papel<br />

muito importante na manutenção das funções do solo.<br />

Podemos citar a influência direta na estrutura e estabilidade<br />

do solo, retenção de água, diversidade biológica e<br />

formação mineral para os vegetais.<br />

Se observarmos uma floresta ou bosque natural,<br />

veremos que não há adubações com fertilizante minerais<br />

e não são aplicadas técnicas modernas utilizadas<br />

na agricultura de precisão. Mesmo assim, as plantas se<br />

desenvolvem de forma produtiva e exuberante. Nessa<br />

matéria orgânica existem nutrientes disponíveis para<br />

o crescimento das plantas e no solo há a disponibilização<br />

de nutrientes. Após a absorção pelas plantas, os<br />

nutrientes são devolvidos novamente ao solo na forma<br />

de matéria orgânica com a decomposição dos restos vegetais.<br />

Este ciclo natural é responsável pela fertilidade,<br />

principalmente nas florestas e bosques tropicais.<br />

A compostagem é a transformação da matéria orgânica<br />

e o tratamento de resíduos orgânicos, copiada<br />

da natureza de forma acelerada para aplicar estes benefícios<br />

no solo e obtenção de altas produtividades em<br />

sistemas de produção agrícola em larga escala.<br />

O composto orgânico pode ser aplicado ao solo<br />

como fonte de matéria orgânica. Este material pode<br />

ser aplicado como material (contendo principalmente<br />

carbono) vivo ou morto, sempre na superfície ou levemente<br />

incorporado ao solo em condições corretas de<br />

decomposição.<br />

A prática da compostagem é fundamental para que<br />

ocorra a mineralização dos nutrientes dos resíduos<br />

orgânicos (matéria orgânica), para que os minerais<br />

estejam assimiláveis para as plantas. A mineralização<br />

compreende a transformação dos nutrientes que estão<br />

na matéria orgânica (na forma de proteínas, lipídios,<br />

etc.) para formas minerais assimiláveis pelas plantas. A<br />

decomposição durante o processo da compostagem irá<br />

transformar os nutrientes da forma orgânica para a forma<br />

mineral, solubilizando os nutrientes para as plantas.<br />

A compostagem destes resíduos pode ser processada<br />

com a ativação biológica do próprio sistema,<br />

Abril 2024<br />

69


COMPOSTAGEM<br />

respeitando os ciclos naturais com manejo de controle de<br />

umidade e oxigenação, sem a aplicação de insumos externos.<br />

Esse manejo consiste de revolvimentos mecânicos<br />

periódicos, promovendo a formação de temperatura e<br />

controlando a umidade do material tratado. Conforme a<br />

necessidade agronômica, acrescenta-se insumos para enriquecimento<br />

mineral para atendimento a deficiências nutricionais,<br />

encontradas em diagnósticos de fertilidade do<br />

solo. Atualmente, conforme a fonte mineral adicionada ao<br />

composto orgânico, é feita a inoculação de microrganismos<br />

em forma de insumo para acelerar a disponibilização destes<br />

minerais para as plantas. Esta prática de uso de microrganismos<br />

pode ser adquirida por terceiros ou produzida<br />

pela própria pessoa para minimizar os custos de produção.<br />

A compostagem feita desta forma acelerada oferecerá um<br />

adubo orgânico mineralizado completo, conforme a necessidade<br />

do solo e da planta, permitindo um aproveitamento<br />

na aplicação de dois insumos de qualidade.<br />

OS BENEFÍCIOS DO AUMENTO DA MATÉRIA<br />

ORGÂNICA DO SOLO<br />

O composto orgânico em forma de matéria orgânica<br />

fornecerá, macros e micros nutrientes necessários para as<br />

plantas, aumento da CTC (capacidade de troca catiônica),<br />

reduzirá a perda de nutrientes por lixiviação ou precipitação<br />

dos nutrientes, o solo terá melhora na retenção de<br />

água, haverá melhora na qualidade física do solo, haverá<br />

aumento de formação dos ácidos orgânicos, proporcionará<br />

aumento de atividade biológica do solo, consequentemente<br />

as plantas aumentarão o enraizamento e resultará em<br />

plantas mais saudáveis resistentes a doenças.<br />

A pratica da compostagem ajudará na compreensão<br />

dos diversos benefícios do uso do composto orgânico na<br />

forma de adubo e na forma de condicionador físico e biológico<br />

para o solo. Utilizar os resíduos orgânicos (matéria<br />

orgânica) sem compostar é limitar as diversas vantagens<br />

existentes ao processar biologicamente estes materiais.<br />

Pergunte ao Tomita<br />

A compostagem florestal é um assunto que<br />

está em uma crescente contínua, mas ainda<br />

gera muitas dúvidas sobre sua aplicabilidade<br />

e resultados. Por isso, se o Leitor tem dúvidas<br />

sobre o assunto, o nosso especialista em<br />

compostagem, José Tomita, está pronto para<br />

responder. Então envie sua pergunta para<br />

jornalismo@revistareferência.com.br e saiba<br />

tudo sobre compostagem florestal.<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


ASSOCIAÇÃO<br />

Nova<br />

DIREÇÃO<br />

APRE tem novo<br />

presidente para o<br />

biênio 2024-26<br />

Fotos: divulgação<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


E<br />

m 2024, a APRE (Associação Paranaense<br />

de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) conta<br />

com um novo presidente: Fábio Brun,<br />

diretor executivo da RMS para a América<br />

do Sul. Engenheiro florestal formado<br />

pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e mestre<br />

em Recursos Florestais pela USP (Universidade de<br />

São Paulo), o profissional traz na bagagem 30 anos<br />

de experiência, tendo ajudado a desenvolver o setor<br />

florestal no Brasil, e promete somar esforços para<br />

buscar ainda mais avanços para o segmento, para as<br />

empresas e à sociedade. Para ele, a APRE é uma entidade<br />

representativa forte e reconhecida por todos os<br />

diferentes atores que se relacionam com o setor florestal.<br />

Por isso, assumir a presidência da associação é<br />

um desafio, ainda mais em um Estado como o Paraná,<br />

que é uma potência em termos de florestas plantadas.<br />

“A APRE representa não apenas o setor no Estado,<br />

mas também é a voz do setor florestal paranaense<br />

em todo o Brasil. Considerando o valor total gerado<br />

pela produção florestal, o Paraná se destaca como<br />

um dos principais protagonistas nacionalmente. Até o<br />

momento, o trabalho realizado tem sido excelente, e<br />

pretendo dar continuidade a esse sucesso. Manterei<br />

uma comunicação próxima com os diversos agentes<br />

envolvidos para fortalecer ainda mais a entidade e<br />

garantir que as melhores decisões para o setor sejam<br />

tomadas, seja no âmbito político, legal, judicial, legislativo,<br />

entre outros”, destaca Fábio.<br />

O engenheiro florestal reconhece que cada empresa<br />

associada tem seu próprio modelo de negócios<br />

objetivos e metas específicas. No entanto, também<br />

acredita na existência de interesses comuns entre<br />

elas. Por essa razão, é fundamental para o crescimento<br />

e prosperidade das empresas fazer parte de uma<br />

associação ou grupo que tenham uma capacidade<br />

ampliada de representar os interesses coletivos.<br />

Portanto, um dos objetivos dele é garantir o reconhecimento<br />

da influência da APRE em diversas esferas,<br />

visando atrair mais marcas para se associarem à causa<br />

e, consequentemente, contribuírem para a união de<br />

esforços nas ações.<br />

Fábio acredita, que em síntese, o associativismo<br />

é essencial para sustentar o trabalho coletivo e possibilitar<br />

a contínua busca por melhores condições, e ao<br />

mesmo tempo, representa uma oportunidade valiosa<br />

TOP OF MIND EM<br />

PLANEJAMENTO<br />

FLORESTAL<br />

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Abril 2024<br />

73


ASSOCIAÇÃO<br />

Todo esse processo contribui<br />

significativamente para o<br />

fortalecimento do setor e<br />

o atendimento de nossas<br />

demandas. Além disso,<br />

vai além ao projetar uma<br />

imagem positiva da nossa<br />

comunidade na sociedade,<br />

demonstrando organização,<br />

proatividade e valor agregado<br />

para as pessoas<br />

Fábio Brun,<br />

presidente da APRE<br />

para compartilhar conhecimento, experiências e encontrar<br />

soluções eficazes para os diversos problemas<br />

compartilhados. “Todo esse processo contribui significativamente<br />

para o fortalecimento do setor e o atendimento<br />

de nossas demandas. Além disso, vai além ao<br />

projetar uma imagem positiva da nossa comunidade<br />

na sociedade, demonstrando organização, proatividade<br />

e valor agregado para as pessoas”, defende Fábio.<br />

Adicionalmente, o novo presidente destaca, que<br />

além do esforço para assegurar melhores condições<br />

para a atividade, a associação deve ser capaz de realizar<br />

tudo isso em conformidade com as expectativas da<br />

sociedade. Afinal, ela coexiste com o setor e consome<br />

os produtos dele. Portanto, é também responsabilidade<br />

da entidade fornecer informações de qualidade.<br />

“É um serviço que oferecemos à população, demonstrando<br />

que as operações de nossas empresas são<br />

guiadas pelo compromisso com o meio ambiente e<br />

com as pessoas. A campanha de prevenção e combate<br />

a incêndios, liderada pela APRE e que envolve diversas<br />

instituições, é um excelente exemplo disso. Precisamos<br />

continuar nessa trajetória e promover cada vez<br />

mais iniciativas como essa”, elogia Fábio.<br />

FUTURO DO MERCADO<br />

Além de liderar a APRE, Fábio Brun também ocupa<br />

o cargo de diretor em uma renomada e tradicional<br />

empresa na América do Sul, classificada entre as quatro<br />

maiores TIMOs (Organizações de Gestão de Investimentos<br />

Florestais) do mundo atualmente. Por isso,<br />

está constantemente atento ao cenário, planejando as<br />

próximas estratégias. Em sua análise, o setor florestal<br />

está emergindo de um período completamente atípico,<br />

devido aos impactos extraordinários da pandemia<br />

e do período pós-pandemia na economia. Sob a perspectiva<br />

de mercado, o engenheiro florestal vislumbra<br />

um futuro ainda mais desafiador. “Um exemplo disso<br />

é a inflação. Apesar das medidas adotadas pelo Brasil<br />

para contê-la, os impactos posteriores à pandemia<br />

continuam sendo sentidos globalmente e, quando há<br />

inflação, é necessário reduzir a atividade econômica<br />

para controlá-la”, alerta Fábio. Segundo ele, em 2024,<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


Unhas em verde GJ1450e;<br />

Raio das unhas mais côncavo para<br />

proporcionar um melhor ataque às toras;<br />

Unhas em laranja GJ1500srt.<br />

espera-se que o crescimento econômico brasileiro<br />

se mantenha moderado e próximo de uma média<br />

mundial modesta, portanto, é razoável esperar que<br />

tenhamos um crescimento também moderado no<br />

setor florestal, especialmente em comparação com os<br />

anos imediatamente anteriores. No entanto, explica<br />

o presidente, supondo que a inflação se mantenha<br />

sob certo controle, há também expectativas de uma<br />

redução nas taxas de juros de curto prazo, o que nos<br />

levaria a vislumbrar a possibilidade de uma melhora<br />

no mercado de crédito a partir do segundo semestre<br />

de 2024. Além disso, existem as tradicionais incertezas<br />

sobre como o câmbio irá se comportar, o que é<br />

um fator crucial para um mercado exportador como<br />

o paranaense. “Por esses motivos, consideramos que<br />

o cenário será mais desafiador. É possível melhorar?<br />

Sim, é possível! Mas, atualmente, estamos observando<br />

o mercado com cautela”, enfatiza Fábio.<br />

Apesar dessa observação mais atenta, o presidente<br />

ressalta que, neste ano, os norte-americanos irão<br />

às urnas para eleger um novo presidente, e teremos<br />

eleições municipais no Brasil. Historicamente, esses<br />

períodos tendem a trazer reflexos adicionais para a<br />

economia, o que aumenta a ansiedade do mercado<br />

como um todo. Fala-se em cenário econômico, mas,<br />

como o próprio nome sugere, é apenas um cenário<br />

e é importante ressaltar que a APRE estará, como<br />

sempre esteve, vigilante e atenta, pronta para agir<br />

rapidamente e atender às demandas do setor e da<br />

sociedade. “Esta é a minha primeira experiência como<br />

presidente de uma associação. Anteriormente, fiz<br />

parte da diretoria da ACR (Associação Catarinense de<br />

Empresas Florestais), também já participei da diretoria<br />

da APRE e sou membro do Comitê Diretor <strong>Florestal</strong><br />

da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) desde 2010.<br />

É uma experiência nova e desafiadora, e estou motivado<br />

para contribuir para o avanço desse importante<br />

setor”, relata Fábio.<br />

R<br />

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Abril 2024<br />

75


CÓDIGO FLORESTAL<br />

Gestão<br />

DIGITAL<br />

Fotos: divulgação<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


Com foco em<br />

tecnologia e<br />

transparência,<br />

novo aparato<br />

facilita acesso a<br />

informações sobre<br />

o Código <strong>Florestal</strong><br />

Brasileiro<br />

AAmazônia contabiliza 57% de todo o<br />

passivo de RL (Reserva Legal) do país,<br />

categoria que representa o mínimo<br />

de vegetação obrigatória por lei em<br />

imóveis rurais privados. Isso é o que<br />

mostram os dados atualizados disponíveis no TCF<br />

(Termômetro do Código <strong>Florestal</strong>), ferramenta do<br />

OCF (Observatório do Código <strong>Florestal</strong>), que visa<br />

monitorar a implementação da legislação aprovada<br />

em 2012 no país. Os dados referem-se ao período<br />

de 2022.<br />

A ferramenta, que é uma iniciativa do OCF,<br />

desenvolvida pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental<br />

da Amazônia) e parceiros, é um instrumento<br />

prático de acesso à informação de maneira livre e<br />

simplificada e que dá transparência sobre os dados<br />

da implementação do Código <strong>Florestal</strong> e foi lançada<br />

final de fevereiro.<br />

De acordo com o Código <strong>Florestal</strong>, os imóveis rurais<br />

na Amazônia precisam ter 80% de RL, ou seja, de<br />

vegetação protegida, em cada propriedade. Somados<br />

os imóveis, a ferramenta mostra que a Amazônia<br />

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CÓDIGO FLORESTAL<br />

atualmente contabiliza um déficit de 9,4 milhões de<br />

ha (hectares). O bioma é seguido pelo Cerrado, com<br />

3,9 milhões de ha de déficit, e da Mata Atlântica,<br />

com 2,5 milhões de ha. Esse último bioma é o responsável,<br />

entretanto, por boa parte do passivo de<br />

APP (Áreas de Preservação Permanente) com 33%<br />

do total, número que ainda pode ser subestimado.<br />

Segundo da lista, o Cerrado tem a maior área<br />

desmatada dentre os biomas: soma 53% do desmatamento<br />

ocorrido após 22 de julho de 2008, marco<br />

legal da proteção florestal no país. É também o<br />

bioma que possui, com 39%, grande parte de ativos<br />

de RL, ou seja, excedentes de vegetação protegida<br />

dentro dos imóveis rurais. Roberta del Giudice, secretária-executiva<br />

do OCF, explica que a ferramenta<br />

nova apresenta dados mais precisos sobre a implementação<br />

do Código <strong>Florestal</strong> no país. “Mostramos<br />

onde se concentra os déficits, os excedentes e assim<br />

conseguimos conhecer como é a implementação da<br />

lei em campo”, enaltece Roberta.<br />

Mostramos onde se<br />

concentra os déficits,<br />

os excedentes e assim<br />

conseguimos conhecer<br />

como é a implementação<br />

da lei em campo<br />

Roberta del Giudice,<br />

secretária-executiva do OCF<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


TUDO CONECTADO<br />

A nova versão da plataforma apresenta as informações<br />

com mapas e gráficos atualizados e as<br />

camadas de filtros disponíveis foram reconfiguradas<br />

para melhor visualização e pesquisa, além de maior<br />

quantidade de informações. A plataforma traz, como<br />

antes, a visualização de informações por Estados e<br />

municípios, mas também o agregado para todo o<br />

país e para os seis biomas brasileiros. Também foi<br />

feita uma reformulação dos gráficos, incluindo novos<br />

dados e filtros que podem ser personalizados de<br />

acordo com o interesse do usuário. As informações<br />

estão disponíveis para assentamentos, imóveis rurais<br />

e territórios tradicionais.<br />

Na parte de dados, a novidade é que a plataforma<br />

agora disponibiliza dados de áreas embargadas,<br />

ou seja, com algum impeditivo de uso por infração<br />

da lei e também de áreas com ASVS (Autorizações<br />

de Supressão Vegetal). Além disso, novos mapas<br />

que permitem entender a condição de APPs, FVN<br />

(Remanescente de Vegetação Nativa) e RL em níveis<br />

municipais, estaduais e federal.<br />

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CÓDIGO FLORESTAL<br />

Painelista no evento de lançamento do termômetro,<br />

Cristiane Prizibiski, jornalista do O Eco,<br />

comentou sobre a importância dos dados para a<br />

função da imprensa, uma vez que as redações estão<br />

cada vez mais enxutas e as informações precisam<br />

estar cada vez mais mastigadas, pelo pouco tempo<br />

hábil que os jornalistas dispõem para produção de<br />

notícias e reportagens. “Hoje em dia a visualização<br />

de dados está cada vez mais presente, e com a ferramenta<br />

disponibilizando dados e relatórios, é uma<br />

Disneylândia para a gente”, comemorou Cristiane.<br />

Para o juiz do Tribunal de Justiça do Pará, Emerson<br />

Carvalho, painelista no evento, as informações<br />

da plataforma concedem maior segurança quando<br />

decisões judiciais são tomadas. “Com o termômetro,<br />

temos acesso à área das imagens para saber como<br />

está essa região, esclarecendo ao juiz as informações<br />

que o permitem fazer uma análise com mais segurança”,<br />

destacou Emerson.<br />

FOCO EM TRANSPARÊNCIA<br />

Um dos dados trazidos pela nova edição do TCF<br />

se refere à transparência de informações ambientais<br />

pelos órgãos estaduais de meio ambiente, como as<br />

Hoje em dia a visualização<br />

de dados está cada<br />

vez mais presente,<br />

e com a ferramenta<br />

disponibilizando dados<br />

e relatórios, é uma<br />

Disneylândia para a gente<br />

Cristiane Prizibiski,<br />

jornalista<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


secretarias de Estado. A disponibilização de dados<br />

sobre regularização ambiental pelos órgãos contabiliza<br />

a média de 21%, índice considerado baixo.<br />

Transparência, mostram os especialistas, é<br />

essencial para a compreensão das dinâmicas de<br />

usos da terra e para avanços em soluções para uma<br />

transformação econômica justa e sustentável. É o<br />

que aponta a nova publicação: Transparência Pública<br />

e Código <strong>Florestal</strong> - como o uso de dados públicos<br />

apoia a gestão socioambiental no Brasil; de coautoria<br />

do OCF, Imaflora e Instituto Centro de Vida.<br />

O levantamento, lançado na mesa do mesmo<br />

evento, mostra a urgência da ampliação da transparência,<br />

após mais de 10 anos da publicação da lei e<br />

apresenta iniciativas que demonstram como o uso<br />

das informações geradas pelo Código <strong>Florestal</strong> podem<br />

contribuir para o avanço das pautas socioambientais<br />

no país. Dentre algumas ações propostas<br />

como soluções, está a maior abertura de bases de<br />

dados relevantes para a agenda socioambiental,<br />

maior unificação e integração entre bases de dados<br />

governamentais e ações que incentivem e viabilizem<br />

a utilização, pela sociedade, dos dados gerados pelo<br />

poder público.<br />

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Abril 2024<br />

81


PESQUISA<br />

Parâmetros genéticos de<br />

resistência ao cancro em<br />

EUCALYPTUS GRANDIS<br />

Fotos: divulgação<br />

RENAN FURQUIM DA SILVA<br />

UNESP (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA)<br />

Foto: divulgação<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


O<br />

RESUMO<br />

eucalipto vem em um crescente avanço no<br />

Brasil, tanto em área quanto em produtividade,<br />

resultado de pesquisas em todas as áreas<br />

relacionadas a silvicultura, como melhoramento<br />

genético, solos e nutrição, fitopatologia,<br />

entre outros, aumentando a relevância da cultura sócio e<br />

economicamente. E as associações entre áreas de pesquisa<br />

é fundamental para continuidade deste avanço, sendo a fitopatologia<br />

com melhoramento genético fundamental para<br />

possuir florestas cada vez mais produtivas e saudáveis. Sendo<br />

assim, este trabalho objetivou estimar parâmetros genéticos<br />

de resistência ao cancro causado pelo fungo Chrysoporthe<br />

cubensis em Eucalyptus Grandis. O experimento foi realizado<br />

no município de Selvíria (MS), com 147 progênies e três clones<br />

comerciais. O delineamento usado foi bloco casualizados,<br />

com 26 repetições e uma planta por parcela. Foram usados<br />

dois métodos de fenotipagem: o visual, onde foi dado notas<br />

de zero a três para as árvores, onde zero uma árvore saudável<br />

e três uma altamente atacada pelo cancro, e o segundo método<br />

foi de imagem digital que foi processada no aplicativo Assess<br />

2.0. Posteriormente, procedeu-se a análise de deviance e<br />

estimou-se os componentes de variância e parâmetros genéticos<br />

por meio de análises individuais no software Selegen pela<br />

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anos<br />

Abril 2024<br />

83


PESQUISA<br />

metodologia REML/BLUP. Existe variabilidade genética entre<br />

as progênies de Eucalyptus Grandis para Chrysoporthe cubensis,<br />

possibilitando ganho com a seleção. Existem correlações<br />

fortes entre análise visual e por imagem, porém a forma de<br />

imagem apresenta-se mais confiável que a visual. Na classificação<br />

tivemos um destaque para as famílias 20, 42, 139, 43,<br />

122, 144, 35, 40 e 105 sendo elas selecionadas por ambos os<br />

métodos.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O Eucalyptus é um gênero de plantas, que pertence à<br />

família botânica Myrtaceae, tendo, a maioria de suas espécies,<br />

origem na Austrália. Espécies importantes ocorrem<br />

naturalmente fora da Austrália como o Eucalyptus urophylla<br />

e Eucalyptos deglupta. No Brasil, o eucalipto foi introduzido<br />

no século 19 com o aumento do uso dos trens no transporte.<br />

Assim, com a necessidade da expansão das ferrovias, as espécies<br />

ganharam destaque, já que elas apresentaram boa adaptação<br />

ao clima, rápido crescimento, versatilidade de uso e<br />

facilidade de manejo. Atualmente, as maiores regiões produtoras<br />

no Brasil são Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná<br />

e São Paulo, segundo levantamento feito pelo IBÁ (2023).<br />

No Brasil, o eucalipto, com suas várias espécies cultivadas,<br />

tem muitas finalidades, como a produção de celulose, móveis,<br />

carvão, óleos entre muitos outros (Queiroz et al., 2012).<br />

Com a expansão e a necessidade de aumento de produção, é<br />

preciso aumentar a área plantada. Com isso, novas áreas de<br />

plantio estão sendo utilizadas com a expansão das fronteiras<br />

florestais. Neste sentido, a busca por cultivares que estejam<br />

adaptadas ao clima e doenças de novas regiões demanda a<br />

realização de pesquisas e estudos na área de melhoramento<br />

genético do eucalipto, a fim de conseguir cultivares resistentes.<br />

No Brasil, desde a década de 1970, os programas de melhoramento<br />

genético de eucalipto utilizaram metodologias de<br />

hibridação e de clonagem como principais ferramentas para a<br />

obtenção de ganhos genéticos, fundamentados na expressiva<br />

divergência genética entre e dentro de espécies e procedências,<br />

associada à expressiva manifestação heterótica dos<br />

híbridos (Resende; Higa, 1990). Geralmente, observa-se superioridade<br />

dos híbridos interespecíficos de Eucalyptus spp.,<br />

principalmente em relação às progênies parentais, quanto ao<br />

crescimento, à adaptação e à tolerância a doenças (Rocha et<br />

al., 2007).<br />

O Eucalyptus Grandis é a espécie mais plantada no Brasil<br />

devido a fatores como rápido crescimento, características<br />

silviculturais e as propriedades da sua madeira, além da variabilidade<br />

genética (Miranda, 2012), com o amplo uso na<br />

produção de celulose e papel. O Eucalyptus Grandis pode ser<br />

cruzado com outras espécies gerando híbridos, tendo uma<br />

boa capacidade de combinação com o Eucalyptus urophylla<br />

(Rezende; Resende, 2000). Assim, a espécie é muito utilizada<br />

pelas empresas florestais por apresentar grande produtividade<br />

e menor suscetibilidade a doenças.<br />

84 www.referenciaflorestal.com.br


O cancro do eucalipto é uma doença que ocorre em todas<br />

as regiões tropicais e subtropicais do mundo e chegou a afetar<br />

gravemente a produção de eucalipto no Brasil na década<br />

de 70. Quando às árvores são afetadas pela doença, passam<br />

a apresentar injúrias ou lesões nos troncos, formando um<br />

tecido caloso em torno delas. Com isso, nas plantas afetadas,<br />

observa-se maior facilidade de tombamento pela ação do<br />

vento ou ainda morte por estrangulamento do colo. Essas<br />

injúrias prejudicam o rendimento em celulose, volumétrico e<br />

depreciam o uso da madeira para serraria, podendo também<br />

prejudicar a segunda rotação da cultura. Desta forma, a seleção<br />

de progênies resistentes ou tolerantes ao cancro pode<br />

aumentar a possibilidade de seleção e clones híbridos ainda<br />

mais resistentes, resultando em indivíduos altamente resistentes,<br />

com um conjunto gênico que possibilite manutenção<br />

da resistência por longos períodos.<br />

No entanto, as metodologias empregadas para avaliação<br />

de doenças em campo são baseadas na análise visual por<br />

meio de escala de notas subjetivas, o que pode levar a seleção<br />

de matrizes não resistentes. Alternativamente, pode-se<br />

utilizar a metodologia usada para a avaliação do ataque da<br />

doença via análise de imagem (Sadras; Rebetzke; Edmeade,<br />

2013). Tal metodologia permite uma avaliação mais acurada<br />

da quantidade de lenho atacada, resultando em seleções mais<br />

precisas. Com aumento dos estudos, é possível desenvolver<br />

uma nova escala de avaliação.<br />

Assim, a espécie é muito<br />

utilizada pelas empresas<br />

florestais por apresentar<br />

grande produtividade e<br />

menor suscetibilidade a<br />

doenças<br />

Essa é uma versão parcial<br />

deste artigo, o material<br />

completo pode ser acessado<br />

através do QR Code:<br />

Abril 2024<br />

85


AGENDA<br />

AGENDA 2024<br />

Expoforest<br />

Data: 10 a 14<br />

Local: Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)<br />

Informações:<br />

https://fexpocruz.com.bo/expoforest/<br />

ABRIL<br />

2024<br />

ABRIL<br />

2024<br />

JUN<br />

2024<br />

USO DE DRONES NA<br />

SILVICULTURA - II EDIÇÃO<br />

O workshop: Uso de Drones na Silvicultura; tem como<br />

público-alvo produtores rurais, engenheiros florestais e<br />

agrônomos, técnicos florestais e agrícolas, estudantes e<br />

profissionais das empresas filiadas ao PCMAF (Programa<br />

Cooperativo sobre Mecanização e Automação <strong>Florestal</strong>),<br />

PROTEF (Programa Cooperativo sobre Proteção <strong>Florestal</strong>) ou<br />

PTSM (Programa Cooperativo sobre Silvicultura e Manejo)<br />

do IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais). O objetivo<br />

do curso é apresentar e discutir inovações tecnológicas<br />

sobre o uso de drones na silvicultura, com destaque a eficiência<br />

e qualidade operacional, monitoramento e controle<br />

da sanidade dos plantios e mensuração florestal.<br />

Imagem: reprodução<br />

Forst Live<br />

Data: 12 a 14<br />

Local: Offenburg (Alemanha)<br />

Informações:<br />

https://www.forst-live.de/en<br />

Imagem: reprodução<br />

Florestas Tchê<br />

Data: 23 e 24<br />

Local: Porto Alegre (RS)<br />

Informações:<br />

https://www.florestastche.com.br/<br />

MAIO<br />

2024<br />

SET<br />

2024<br />

LIGNUM<br />

A Lignum Latin America é uma feira focada na transformação,<br />

beneficiamento, preservação, energia, biomassa,<br />

uso da madeira e manejo florestal. A cada edição<br />

apresenta soluções, lançamentos e tendências para o<br />

setor industrial madeireiro e florestal de forma estática<br />

e dinâmica. Na quarta edição, realizada em 2022, a<br />

Lignum Latin America reuniu 120 expositores e 8.298<br />

visitantes altamente qualificados, gerando vendas e<br />

prospecções.<br />

86 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA 2024<br />

JUNHO<br />

2024<br />

Uso de Drones na Silvicultura - II Edição<br />

Data: 5 e 6<br />

Local: Botucatu (SP)<br />

Informações: https://www.ipef.br/eventos/<br />

evento.aspx?id=552<br />

JULHO<br />

2024<br />

ASSINE AS PRINCIPAIS<br />

REVISTAS DO SETOR<br />

E FIQUE POR DENTRO<br />

DAS NOVIDADES!<br />

Demo Forest<br />

Data: 30 e 31<br />

Local: Bertrix (Bélgica)<br />

Informações:<br />

https://www.demoforest.be/en/<br />

INFORMAÇÃO<br />

A ALMA DO NEGÓCIO!<br />

FLORESTAL<br />

INDUSTRIAL<br />

PRODUTOS<br />

BIOMAIS<br />

SETEMBRO<br />

2024<br />

CELULOSE<br />

Lignum<br />

Data: 17 a 19<br />

Local: Curitiba (PR)<br />

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87


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

Tecnologia<br />

NA LOGÍSTICA<br />

Por Thebaldi Schwan,<br />

Formado em processamento de<br />

dados pelo Instituto Mackenzie,<br />

administração pela Faculdade<br />

Candido Mendes e tem MBA pela<br />

PUC-PR (Pontifícia Universidade<br />

Católica do Paraná). Tem mais<br />

de 20 anos de experiência no<br />

mercado de logística e atualmente<br />

é coordenador de logística na<br />

Costanox<br />

As inovações que estão<br />

mudando a forma de lidar<br />

com as operações de<br />

transporte e a indústria<br />

88 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Atecnologia está transformando a logística em uma velocidade sem<br />

precedentes. As tendências e inovações tecnológicas estão impactando<br />

a indústria de logística de várias maneiras, e estão mudando a<br />

forma como os negócios operam. Neste artigo, vamos dar uma visão<br />

geral das tendências e inovações tecnológicas que estão transformando a logística.<br />

Automação - está transformando a logística. Ela está tornando o processo de<br />

armazenagem, gerenciamento de estoque e transporte mais eficiente e preciso.<br />

Robôs estão sendo utilizados para a movimentação de mercadorias nos armazéns,<br />

enquanto drones estão sendo testados para a entrega de pacotes. A automação<br />

está ajudando a reduzir os custos de mão de obra e aumentando a velocidade<br />

das operações. Robôs autônomos estão sendo usados em armazéns para separar<br />

e movimentar cargas de forma mais rápida e precisa. Sistemas automatizados de<br />

embalagem e etiquetagem de produtos, reduzindo o tempo de preparação das<br />

mercadorias para o transporte. Veículos autônomos, como drones e caminhões,<br />

estão sendo usados para entregas de pacotes e mercadorias.<br />

IOT (internet das coisas) e Big Data - estão permitindo a coleta e análise de<br />

dados em tempo real, tornando a logística mais eficiente. Os sensores IOT estão<br />

sendo usados para monitorar a localização, condições de temperatura e umidade<br />

de mercadorias durante o transporte. Os dados coletados são analisados em<br />

tempo real, permitindo uma tomada de decisão mais precisa e rápida. O Big Data<br />

também está sendo usado para analisar os dados históricos, prever a demanda e<br />

planejar as operações de logística. Sensores IOT estão sendo usados para monitorar<br />

a localização e condições das mercadorias durante o transporte, permitindo<br />

ações imediatas em caso de desvios ou problemas. Sistemas de gestão de estoque<br />

e distribuição estão usando Big Data para analisar dados históricos, prever a demanda<br />

e otimizar as rotas de transporte.<br />

IA (inteligência artificial) e machine learning - estão sendo usados na logística<br />

para tornar as operações mais eficientes e eficazes. A IA está sendo usada para<br />

prever a demanda e otimizar as rotas de transporte. O machine learning está sendo<br />

usado para melhorar a previsão da demanda, reduzir os tempos de entrega e<br />

melhorar a gestão de estoque. Sistemas de previsão de demanda, utilizando algoritmos<br />

de machine learning, para prever e planejar os níveis de estoque e as rotas<br />

de transporte mais eficientes.<br />

RA (realidade aumentada) - está sendo usada na logística para melhorar a<br />

precisão e eficiência das operações. Ela está sendo usada para a visualização de<br />

estoque e para o treinamento de funcionários. A RA também está sendo usada<br />

para ajudar os motoristas a navegar em rotas de transporte complexas e para<br />

visualizar as condições do tráfego em tempo real. Óculos de realidade aumentada<br />

estão sendo usados para treinamento de funcionários em procedimentos de<br />

armazenagem, carga e descarga de produtos. Tecnologia de realidade aumentada<br />

está sendo utilizada para visualização de dados e monitoramento em tempo real<br />

das operações logísticas.<br />

BLOCKCHAIN<br />

A tecnologia blockchain está sendo usada para melhorar a segurança e transparência<br />

das operações logísticas. Ela está sendo usada para rastrear a localização<br />

e histórico de cada produto, garantindo a autenticidade e reduzindo o risco de<br />

fraude. O blockchain também está sendo usado para simplificar os processos de<br />

pagamento e reduzir os custos de transação. Uso da tecnologia blockchain para<br />

rastreamento e verificação da autenticidade das mercadorias durante o transporte,<br />

garantindo transações mais seguras e transparentes. Utilização do blockchain<br />

para realizar pagamentos mais rápidos e seguros, sem a necessidade de intermediários,<br />

reduzindo custos de transação e aumentando a eficiência dos processos<br />

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