caracterização ambiental e hidrológa da bacia do córrego ... - Index of
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RESUMO<br />
VENTURA, R. M. G. Caracterização <strong>ambiental</strong> e hidrológica <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>córrego</strong> Barba<strong>do</strong> em Cuiabá-MT. Cuiabá - MT 2011. 112f. Dissertação<br />
(Mestra<strong>do</strong>) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Edificações e<br />
Ambiental, Universi<strong>da</strong>de Federal de Mato Grosso.<br />
A crescente urbanização sem o devi<strong>do</strong> planejamento <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des propicia<br />
um processo de ocupação desordena<strong>da</strong> que resulta, em geral, em invasões de áreas<br />
de proteção <strong>ambiental</strong> e de risco, com: soterramento de nascentes,<br />
impermeabilização de áreas verdes, degra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s margens e <strong>do</strong>s corpos d’água<br />
através <strong>do</strong> lançamento de efluentes líqui<strong>do</strong>s e resíduos sóli<strong>do</strong>s. Cujas<br />
consequências provocam alterações no regime hídrico natural <strong>da</strong>s <strong>bacia</strong>s e<br />
deterioração <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s águas. Esses aspectos tem se torna<strong>do</strong> relevante nos<br />
estu<strong>do</strong>s de <strong>bacia</strong>s urbanas, como é o caso, <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> <strong>do</strong> <strong>córrego</strong> Barba<strong>do</strong> que está<br />
inseri<strong>da</strong> no perímetro urbano de Cuiabá, MT. As medi<strong>da</strong>s estruturais executa<strong>da</strong>s<br />
na <strong>bacia</strong> apenas transferiram o problema de escoamento para a foz, crian<strong>do</strong><br />
trechos de pontos críticos que transbor<strong>da</strong>m em chuvas intensas. Com o objetivo de<br />
caracterizar <strong>ambiental</strong>mente e analisar os elementos hidrológicos <strong>da</strong> <strong>bacia</strong>, foram<br />
considera<strong>da</strong>s hipóteses como: se a fisiografia é propensa a enchente; se a dinâmica<br />
de ocupação é adequa<strong>da</strong>; se o perfil <strong>do</strong>s ocupantes contribui para a degra<strong>da</strong>ção <strong>do</strong><br />
corpo hídrico; se existe viabili<strong>da</strong>de técnica para aplicação de medi<strong>da</strong>s de controle<br />
na <strong>bacia</strong>; se é possível trabalhar com monitoramento de cota e estimação de vazão<br />
para a cota verifica<strong>da</strong>; e se há como relacionar a intensi<strong>da</strong>de de chuva com a<br />
vazão. Para testar essas hipóteses, uma seção <strong>do</strong> curso d’água foi monitora<strong>da</strong>,<br />
imagens digitais trata<strong>da</strong>s e registros de <strong>da</strong><strong>do</strong>s sócio-econômico e <strong>ambiental</strong> foram<br />
analisa<strong>do</strong>s. O estu<strong>do</strong> resultou na: definição de uma curva chave <strong>da</strong> seção,<br />
elaboração de hidrogramas e hietogramas, e ain<strong>da</strong> na análise de alguns aspectos<br />
fisiográficos <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> elaboração <strong>do</strong> mapa de uso e ocupação <strong>do</strong> solo, estimativa<br />
<strong>da</strong> cobertura de saneamento e perfil <strong>do</strong>s ocupantes. A curva chave permitiu<br />
relacionar as cotas registra<strong>da</strong>s em linígrafo com a vazão calcula<strong>da</strong>, produzin<strong>do</strong><br />
hidrogramas que ilustram respostas hidrológicas na seção de estu<strong>do</strong> para um<br />
evento de chuva. A fisiografia não apresenta características de <strong>bacia</strong>s propensas a<br />
enchente, no entanto, o formato estreito e alonga<strong>do</strong> proporciona um escoamento<br />
rápi<strong>do</strong> que alia<strong>do</strong> a uma área impermeável de 57,4% potencializa picos de cheia.<br />
Na classificação <strong>da</strong> imagem de satélite <strong>do</strong> ano de 2009, estimou-se que 16,64% <strong>da</strong><br />
área <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> é composta por alvenaria, 14,6% concreto e 26,16% pavimento,<br />
sen<strong>do</strong> áreas que contribuem para o escoamento superficial. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
socioeconômicos e ambientais <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> apresentam a desigual<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ocupação e<br />
deficiência significativa na cobertura <strong>do</strong> saneamento. Este estu<strong>do</strong> mostra que os<br />
impactos <strong>do</strong> quadro atual podem ser minimiza<strong>do</strong>s, e alguns reversíveis, através <strong>da</strong><br />
recuperação <strong>da</strong>s áreas verdes, melhorias na cobertura de saneamento, intervenções<br />
estruturais e trabalho de educação <strong>ambiental</strong> com os mora<strong>do</strong>res. Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
levantamento hidrológico podem auxiliar em projetos de obras locais que possam<br />
amenizar o impacto <strong>da</strong>s cheias e estimar a interferência de medi<strong>da</strong>s mitiga<strong>do</strong>ras<br />
no corpo hídrico.<br />
Palavras-chave: Hidrologia urbana, determinação de vazão, <strong>córrego</strong> Barba<strong>do</strong>.<br />
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