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Usinas focam<br />
em segurança<br />
Página 4
OPINIÃO<br />
Os nossos últimos 10 anos<br />
A busca por operações mais eficientes e enxutas trouxe a<br />
agenda da disciplina e do foco. “Fazer mais com menos”<br />
GUILHERME NASTARI (*)<br />
Os últimos 10 anos do<br />
setor sucroenergético<br />
e do Brasil foram<br />
realmente turbulentos.<br />
Inúmeras usinas e empresas<br />
tradicionais foram impactadas<br />
pela falta de políticas públicas<br />
e regras claras para os<br />
setores de energia e combustíveis.<br />
Mesmo assim, o setor,<br />
mais uma vez, mostrou a sua<br />
resiliência e criatividade. Novos<br />
produtos e novos mercados<br />
foram criados. A diversificação<br />
da indústria sucroenergética<br />
brasileira certamente<br />
é o grande diferencial em relação<br />
a outros países produtores.<br />
A parte energética do setor se<br />
tornou uma grande fonte de<br />
renda e de diversificação. Com<br />
a consolidação do etanol, da<br />
energia elétrica e do biogás, o<br />
setor se transforma em uma<br />
indústria moderna, atual e<br />
comprometida com a agenda<br />
mundial do baixo carbono.<br />
Produzimos energia limpa e<br />
com preservação ambiental.<br />
O reconhecimento internacional<br />
de instituições, como a<br />
NASA, só nos fortalece e nos<br />
dá a segurança que estamos<br />
no caminho certo. Os clientes<br />
de hoje e os de amanhã estão<br />
preocupados com a origem<br />
dos produtos e os impactos<br />
dos seus processos produtivos,<br />
principalmente os sociais<br />
e os ambientais. Precisamos<br />
alimentar o mundo protegendo<br />
a Terra.<br />
Dezembro de 2017 entra na<br />
história recente desse setor<br />
tão tradicional e importante,<br />
marcando o início da quarta<br />
onda de expansão. O Renova-<br />
Bio traz segurança e cria o<br />
ambiente necessário para a retomada<br />
dos investimentos. A<br />
maior diferença dessa nova<br />
onda em relação às outras é o<br />
reconhecimento das iniciativas<br />
mais eficientes e competitivas.<br />
O momento é de integração<br />
das energias renováveis e a<br />
consolidação do conceito de<br />
biorrefinaria: etanol de cana e<br />
de milho, biodiesel, biogás e<br />
cogeração.<br />
As crises abrem muitas oportunidades<br />
para revisarmos os<br />
processos e focarmos nos assuntos<br />
que realmente são importantes.<br />
A palavra “gestão”<br />
tem sido utilizada de diversas<br />
maneiras e em diversas situações.<br />
A busca por operações<br />
mais eficientes e enxutas trouxe<br />
a agenda da disciplina e do<br />
foco. “Fazer mais com menos”,<br />
para muitos, virou um<br />
mantra. Mas, certamente,<br />
grande parte desse processo<br />
de revisão e de ajustes está<br />
atrelada ao controle e ao monitoramento.<br />
Sem medir, não<br />
seremos capazes de nos comparar<br />
e de tomar iniciativas eficazes.<br />
As crises abrem muitas<br />
oportunidades para revisarmos os<br />
processos e focarmos nos assuntos<br />
que realmente são importantes.<br />
Atualmente, existem ferramentas<br />
modernas e atuais de auditoria<br />
das operações, criando<br />
análises comparativas e independentes.<br />
Muitas empresas<br />
acabam perdendo oportunidades<br />
relevantes pela falta de<br />
controle das atividades do dia<br />
a dia.<br />
No agribusiness brasileiro,<br />
entre 72% a 76% é agro: plantio,<br />
trato, transporte, pessoas,<br />
etc., e o resto é business.<br />
Nunca esteve tão consolidado<br />
e claro o conceito antigo de<br />
que açúcar, etanol e energia<br />
elétrica se produzem mesmo<br />
no campo. Esta região possui<br />
mais de 400 anos de experiência<br />
em produção de cana-deaçúcar<br />
e, pelo visto, ainda<br />
existe espaço e demanda suficiente<br />
para a sua expansão.<br />
A busca recente por operações<br />
agrícolas e industriais<br />
mais eficientes impacta rapidamente<br />
a nossa competitividade<br />
internacional. Havíamos<br />
perdido muito dessa competitividade<br />
com o crescimento<br />
desordenado e intenso dos<br />
mesmos últimos 10 anos.<br />
Nesta última década, aumentamos<br />
nosso custo de produção<br />
médio em quase 10 vezes,<br />
saindo dos níveis de USD<br />
5-6 cts/lb para os atuais níveis<br />
de USD 12,5-15 cts/lb. Uma<br />
das principais causas desse<br />
aumento do custo de produção<br />
foi a falta de um programa<br />
de gestão interna operacional,<br />
comercial e financeiro.<br />
Preocupados em chegar, muitos<br />
grupos precisaram aumentar<br />
suas exposições financeiras,<br />
o que trouxe muita<br />
volatilidade nos últimos anos.<br />
Nunca estivemos tão expostos<br />
e com níveis tão altos de alavancagem.<br />
Operações estruturais passaram<br />
a fazer parte da agenda<br />
interna dos departamentos financeiros<br />
das usinas. A criatividade<br />
e a busca por novos<br />
produtos consolidaram também<br />
o mercado de capitais<br />
como uma operação real e<br />
factível.<br />
No final, os momentos mais<br />
complicados proporcionaram<br />
situações importantes de mudança<br />
e de revisões. A melhor<br />
gestão é aquela que existe e<br />
tem continuidade. Todo dia é<br />
dia. A disciplina liberta.<br />
(*) Diretor da Datagro Consultoria.<br />
Texto publicado orignalmente<br />
na Revista Opiniões.<br />
2<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
CENTRO-SUL<br />
Moagem pode voltar a crescer e<br />
cenário se mostra mais positivo<br />
Mercado trabalha com a<br />
expectativa de um maior<br />
déficit na oferta global de<br />
açúcar e perspectivas são<br />
boas para o etanol<br />
Depois de anos de quedas<br />
sucessivas, pela<br />
primeira vez desde a<br />
safra 2015/ 16, a moagem<br />
de cana-de-açúcar do<br />
Centro-Sul brasileiro, na safra<br />
<strong>2019</strong>/20, que começa oficialmente<br />
em abril, pode ser maior<br />
do que a do ano anterior. Para a<br />
Agroconsult, a expectativa é de<br />
que sejam esmagadas 575 milhões<br />
de toneladas na principal<br />
região produtora de cana-deaçúcar<br />
do país, um crescimento<br />
de 0,8% ante a temporada<br />
que está sendo finalizada, podendo<br />
estes números serem<br />
superiores, caso se confirmem<br />
as previsões de mais chuvas<br />
durante o mês de abril. Para a<br />
Copersucar ficaria entre 500 a<br />
590 milhões de toneladas.<br />
Mas, outras consultorias são<br />
mais conservadoras e apostam<br />
na repetição dos resultados<br />
deste safra, ficando entre 560 a<br />
570 milhões de toneladas. “A<br />
estiagem ocorrida em dezembro<br />
e janeiro na região atingiu as<br />
lavouras de cana em seu melhor<br />
período de crescimento vegetativo,<br />
o que deve impactar<br />
na produtividade, mesmo com<br />
as chuvas que vem ocorrendo<br />
agora”, afirma Dagoberto Delmar<br />
Pinto, da Consultoria Agro,<br />
que presta serviços para a Alcopar.<br />
“É preciso cautela nas<br />
previsões. Ainda é cedo para<br />
avaliar. As lavouras podem se<br />
recuperar, mas não tanto”,<br />
complementa.<br />
Da produção total prevista, segundo<br />
a Agroconsult, uma média<br />
de 63% da produção de cana<br />
seria destinada para a produção<br />
de etanol e os outros 37%<br />
para o açúcar. Isso significaria<br />
uma produção total de 28,7 bilhão<br />
de litros de etanol em<br />
<strong>2019</strong>/20, 6% a menos que na<br />
safra 2018/19, quando os preços<br />
do biocombustível estavam<br />
mais remuneradores do que os<br />
do açúcar. Por outro lado, a produção<br />
de açúcar volta a crescer<br />
9% em relação ao período anterior,<br />
somando 28,8 milhões<br />
de toneladas, estima a Agroconsult.<br />
Previsões semelhantes também<br />
foram apontadas por outras<br />
consultorias como a Datagro<br />
e a Safras & Mercado. Na<br />
avaliação dos especialistas,<br />
apesar de o cenário ainda ser<br />
mais vantajoso para o etanol, a<br />
paridade entre os dois produtos<br />
melhorou um pouco para o<br />
açúcar. Além dos efeitos ainda<br />
da crise financeira que se abateu<br />
sobre o setor desde 2007/<br />
08, com forte redução nos investimentos<br />
nos canaviais, elevando<br />
a idade média destes em<br />
todo o país, os problemas climáticos<br />
dos últimos anos afetou<br />
significativamente a produção<br />
de cana-de-açúcar no Brasil.<br />
No cenário global, a exemplo<br />
do que tem sido previsto por<br />
várias consultorias, a comerciante<br />
de açúcar Sucden também<br />
vem trabalhando com a<br />
expectativa de um déficit na<br />
oferta global do produto, que<br />
ela estima em cerca de 4 milhões<br />
de toneladas no anosafra<br />
<strong>2019</strong>/20, que vai de outubro<br />
a setembro. Dagoberto cita,<br />
entretanto, que acredita que<br />
esse déficit será menor, cerca<br />
de 1 milhão de toneladas.<br />
Há projeção de quedas de produção<br />
nos principais produtores<br />
da commodity. A Índia prevê<br />
produção de 26 milhões ou 27<br />
milhões de toneladas, queda<br />
ante os 31,7 milhões esperados<br />
para 2018/19, mas em<br />
equilíbrio com a demanda interna.<br />
A Tailândia deve produzir<br />
12 milhões de toneladas, queda<br />
de 10%, e a União Europeia terá<br />
redução de 5% no plantio de<br />
beterraba sacarina, que perde<br />
espaço para o trigo.<br />
“É uma reversão de cenário que<br />
gera expectativas de preços<br />
melhores para a commodity.<br />
Mas, as usinas brasileiras ainda<br />
tendem a priorizar o etanol, já<br />
que o produto ainda tem remunerado<br />
melhor do que o açúcar”,<br />
comenta Dagoberto, da<br />
Consultoria Agro.<br />
A multinacional francesa Tereos<br />
também vê um cenário positivo<br />
para o mercado de açúcar e<br />
etanol na safra <strong>2019</strong>/ 20. O diretor<br />
da empresa, Jacyr Costa<br />
Filho acredita que o ciclo será<br />
de preços mais elevados para a<br />
commodity e de suporte para o<br />
biocombustível. “Estou otimista,<br />
principalmente com o mercado<br />
de açúcar. Acredito que<br />
vamos entrar em um ciclo virtuoso<br />
de preços de açúcar”,<br />
avalia.<br />
Além da perspectiva de menor<br />
produção na Índia, Tailândia e<br />
Europa, o Brasil, que detém<br />
metade do mercado global de<br />
açúcar, deve também colher os<br />
benefícios de sua atuação na<br />
Organização Mundial do Comércio<br />
(OMC). Já foi revisto o<br />
programa de subsídios da Tailândia<br />
e os produtores brasileiros<br />
questionam ainda os subsídios<br />
indianos e a salvaguarda<br />
da China às importações. Sem<br />
falar, cita o empresário, no crescimento<br />
da demanda mundial<br />
do açúcar em cerca de 2% ao<br />
ano, com destaque para países<br />
asiáticos.<br />
Com relação ao etanol, Jacyr<br />
aposta em uma sustentação de<br />
preços no mercado já que o<br />
consumo do biocombustível<br />
aumentou de forma significativa<br />
em 2018 no Brasil e deve ser<br />
mantido em <strong>2019</strong> com a tendência<br />
de melhora da economia.<br />
Também, diz, não há perspectiva<br />
de nova baixa do preço<br />
do petróleo com o trabalho da<br />
Organização dos Países Exportadores<br />
de Petróleo (OPEP)<br />
para manter o preço internacional<br />
do barril entre US$ 60 e US$<br />
70.<br />
O setor sucroenergético brasileiro<br />
se prepara ainda para a<br />
entrada em vigor do programa<br />
de incentivo a energias renováveis,<br />
RenovaBio, previsto<br />
para 2020. A Agência Nacional<br />
do Petróleo, Gás Natural e<br />
Biocombustíveis (ANP) já credenciou<br />
certificadoras para a<br />
emissão dos papeis. Só falta<br />
o governo definir a estrutura<br />
de negociação do chamado<br />
CBIO, o certificado que bonifica<br />
a eficiência ambiental e<br />
energética das usinas, finaliza<br />
o empresário.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 3
SEGURANÇA<br />
Santa Terezinha realiza Sipat <strong>2019</strong><br />
A Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho busca<br />
conscientizar os colaboradores sobre os cuidados com a saúde<br />
ASSESSORIA DE<br />
COMUNICAÇÃO<br />
As unidades produtivas<br />
da Usina Santa<br />
Terezinha realizaram<br />
o Sipat <strong>2019</strong> (Semana<br />
Interna de Prevenção de<br />
Acidentes do Trabalho). Em<br />
Tapejara/PR, os principais<br />
temas abordados foram: direção<br />
defensiva, nutrição e prevenção<br />
de doenças, utilização<br />
e cuidados com extintores de<br />
incêndio e saúde bucal. Colaboradores<br />
dos setores administrativo,<br />
industrial e agrícola<br />
participaram ainda de blitz, e<br />
oficinas de saúde, onde receberam<br />
materiais explicativos<br />
sobre a Aids (Síndrome da<br />
Imunodeficiência Adquirida) e<br />
as Dst's (Doenças Sexualmente<br />
Transmissíveis).<br />
A Unidade Rondon/PR também<br />
contou com uma programação<br />
diversificada de atividades.<br />
Sob a temática "O momento<br />
de ter segurança é<br />
agora", os funcionários assistiram<br />
às apresentações e palestras<br />
focadas na promoção<br />
da saúde e nos riscos ocupacionais.<br />
Blitz, ginástica laboral<br />
e sorteio de brindes fizeram<br />
parte do cronograma.<br />
Em Eldorado/ MS, a Usina Rio<br />
<strong>Paraná</strong> obteve parceria da Polícia<br />
Ambiental e da Secretaria<br />
de Saúde do município na realização<br />
de palestras sobre<br />
cuidados com o meio ambiente<br />
e saúde emocional. Na<br />
lavoura, técnicos de segurança<br />
do trabalho da unidade<br />
abordaram a necessidade do<br />
uso do cinto de segurança nos<br />
transportes coletivos, Fispq<br />
(Fichas de Informações de Segurança<br />
de Produtos Químicos),<br />
vestimentas de aplicação<br />
de defensivos agrícolas e<br />
o uso correto dos EPI’s (Equipamentos<br />
de Proteção Individual).<br />
Já no Corporativo e Logística,<br />
localizados em Maringá/ PR, a<br />
frase de autoria da colaboradora<br />
Rosangela Sousa Silva,<br />
"A vida é um presente. Priorize<br />
a segurança, seja consciente",<br />
foi evidenciada durante a programação.<br />
As atividades ao<br />
longo da semana incluíram<br />
palestras voltadas à segurança<br />
do trabalhador, campanhas<br />
de saúde, blitz educativa, distribuição<br />
de mudas de árvores<br />
e sorteio de brindes.<br />
A Usina Santa Terezinha é<br />
composta pelo corporativo e o<br />
terminal logístico – em Maringá,<br />
o terminal rodoferroviário<br />
em Paranaguá, e as onzes<br />
unidades produtivas em Iguatemi,<br />
Paranacity, Tapejara,<br />
Ivaté, Terra Rica, São Tomé,<br />
Cidade Gaúcha, Rondon,<br />
Umuarama e Moreira Sales –<br />
no <strong>Paraná</strong>, e Usina Rio <strong>Paraná</strong><br />
- no Mato Grosso do Sul. A<br />
empresa conta com mais de<br />
14 mil colaboradores nos setores<br />
agrícola, industrial e administrativo.<br />
4<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
AÇÃO<br />
Dia Internacional da Mulher é comemorado<br />
Data contou com programação<br />
especial voltada a promoção<br />
da saúde emocional<br />
Mais de 1.800 colaboradoras<br />
de 10 unidades<br />
produtivas da<br />
Usina Santa Terezinha no <strong>Paraná</strong><br />
e Mato Grosso do Sul,<br />
além do Corporativo e da Logística,<br />
participaram de atividades<br />
em comemoração ao Dia<br />
Internacional da Mulher (8/3).<br />
Neste ano, o tema trabalhado<br />
foi “Saúde emocional: a chave<br />
para a qualidade de vida das<br />
mulheres”.<br />
e psicológico. O tema veio ao<br />
encontro da necessidade de<br />
debater o equilíbrio como um<br />
dos pilares da qualidade de<br />
vida. Almoços com cardápio<br />
especial e a entrega de necessaires<br />
personalizadas para todas<br />
as funcionárias marcaram<br />
o encerramento dos eventos<br />
nas unidades.<br />
A ação foi realizada nos municípios<br />
que alocam as unidades<br />
produtivas da Usina Santa Terezinha:<br />
Maringá (e distrito de<br />
Iguatemi), Paranacity, Tapejara,<br />
Ivaté, Terra Rica, Rondon, Cidade<br />
Gaúcha, Moreira Sales,<br />
Umuarama, no <strong>Paraná</strong> e Eldorado,<br />
no Mato Grosso do Sul.<br />
Palestras ministradas por enfermeiras,<br />
psicólogas e professora<br />
de yoga tiveram como foco evidenciar<br />
as práticas que proporcionam<br />
o bem-estar emocional<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 5
EVENTO<br />
BSBIOS lança Programa Integridade<br />
O objetivo é que sirva de base para todas as decisões tomadas pela empresa<br />
e colaboradores, a fim de que respeitem os mais elevados padrões de ética<br />
Visando estar cada<br />
vez mais alinhada as<br />
questões de compliance<br />
e trazer mais<br />
transparência em suas relações<br />
internas e externas, a<br />
BSBIOS lançou dia 28 de fevereiro,<br />
o Programa Integridade.<br />
Na oportunidade ocorreu<br />
um treinamento para 60<br />
multiplicadores do programa,<br />
que terão como missão disseminar<br />
as medidas adotadas<br />
pela empresa.<br />
O objetivo é que o programa<br />
sirva de base para todas as<br />
decisões a serem tomadas<br />
pela empresa e seus colaboradores,<br />
a fim de que respeitem<br />
os mais elevados padrões<br />
de ética, garantindo a<br />
condução dos negócios de<br />
forma íntegra e transparente.<br />
Desta forma, com fundamento<br />
nas melhores práticas<br />
de mercado, foram estabelecidas<br />
regras e diretrizes, materializadas<br />
no Código de<br />
Conduta e demais políticas, a<br />
fim de prevenir, detectar e<br />
responder aos riscos de condutas<br />
inadmitidas.<br />
Segundo o Presidente da<br />
BSBIOS, Erasmo Carlos Battistella,<br />
“o Programa Integridade<br />
deverá ser exercido por<br />
todos dentro da companhia, a<br />
fim de gerar um ambiente<br />
saudável, com relações saudáveis,”<br />
frisou.<br />
A Gerente Jurídica e Compliance,<br />
Carine Bastos, comentou<br />
sobre a eficiência do<br />
treinamento e o que espera<br />
dos multiplicadores. “A empresa<br />
está dando um passo<br />
muito importante em termos<br />
de compliance e, a partir de<br />
agora, o nosso grande desafio<br />
é engajar os multiplicadores<br />
a estarem repassando<br />
todas as informações que receberam<br />
no treinamento, para<br />
as suas equipes”.<br />
Código de Conduta<br />
Para o especialista em comercialização<br />
de óleos e gorduras<br />
e também multiplicador,<br />
Isaias Klein, o programa<br />
surge para esclarecer aos<br />
colaboradores como devem<br />
ser as suas condutas dentro<br />
e fora da empresa. “No meu<br />
caso, que atuo na área comercial,<br />
possuímos muitas<br />
relações externamente e, por<br />
conta disso, é extremamente<br />
importante sabermos claramente<br />
as regras e como a<br />
empresa espera que seja a<br />
nossa conduta nestas relações”.<br />
Outro multiplicador, o coordenador<br />
industrial, Matheus<br />
Braz Menezes, disse que esta<br />
ação consolida o trabalho que<br />
a BSBIOS vem fazendo desde<br />
a implantação do compliance.<br />
“O envolvimento das lideranças<br />
como multiplicadores,<br />
principalmente das áreas<br />
operacionais, é fundamental<br />
para que as informações passadas<br />
no treinamento cheguem<br />
até os colaboradores<br />
das fábricas. Agora é nossa a<br />
responsabilidade de divulgar<br />
e cobrar que todas as condutas<br />
sejam estabelecidas dentro<br />
da realidade de cada setor”,<br />
falou Menezes.<br />
Na oportunidade também foi<br />
lançado o novo código de condutas<br />
da BSBIOS, um documento<br />
com diretrizes claras e<br />
objetivas, elaborado com base<br />
nas crenças e nos princípios<br />
da empresa, bem como nas<br />
legislações nacionais e internacionais,<br />
deixando claro como<br />
a BSBIOS espera que seus<br />
profissionais se relacionem<br />
com os colegas, acionistas,<br />
parceiros, clientes, prestadores<br />
de serviço, fornecedores,<br />
concorrentes e a sociedade<br />
em geral. Em breve todos os<br />
colaboradores deverão receber<br />
o novo código.<br />
Outra novidade lançada com<br />
o Programa Integridade<br />
BSBIOS foi a implantação do<br />
canal de denúncia da companhia.<br />
O Denúncia BSBIOS<br />
é independente, executado<br />
por equipe externa que recepciona<br />
todas as manifestações<br />
e faz o devido encaminhamento<br />
das denuncias<br />
ao setor interno de compliance<br />
da empresa. Esta ferramenta<br />
está disponível 24<br />
horas por dia para que qualquer<br />
colaborador reporte<br />
qualquer situação de inconformidade<br />
que ocorra relacionada<br />
à empresa.<br />
Todas as condutas que violem<br />
as matérias tratadas no Código<br />
de Conduta, políticas e demais<br />
normas internas da BSBIOS,<br />
deverão ser imediatamente relatadas<br />
no Canal Denúncia<br />
BSBIOS, através do endereço:<br />
www.conformidade.com.br/<br />
denunciabsbios.<br />
6<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
DOIS<br />
PONTOS<br />
O Brasil pediu para a China<br />
abrir uma cota de importação<br />
de 3 milhões de toneladas de<br />
açúcar, com tarifa menor,<br />
para evitar uma demorada<br />
disputa diante da Organização<br />
Mundial do Comércio<br />
(OMC). A proposta brasileira<br />
apresentada a algumas semanas,<br />
continua sem resposta<br />
e se isso persistir, só<br />
restará ao Brasil pedir um<br />
“painel”, formalmente a OMC<br />
Açúcar<br />
contra a salvaguarda imposta<br />
pela China sob o argumento<br />
de proteger o produtor local,<br />
o que praticamente impede a<br />
entrada do produto brasileiro<br />
em seu mercado. As exportações<br />
brasileiras para a<br />
China, que giravam em tor-no<br />
de 2,5 milhões a 3 milhões<br />
de toneladas de açúcar por<br />
ano antes das barreiras criadas<br />
pela China, caíram para<br />
200 mil a 300 mil toneladas.<br />
Mais etanol<br />
Alguns modelos de previsão<br />
climática indicam chuvas acima<br />
do normal nos canaviais<br />
da região Centro-Sul nos primeiros<br />
meses da próxima<br />
temporada, o que sugere produção<br />
de mais etanol e menos<br />
açúcar. A água mais morna no<br />
Oceano Pacífico deve permitir<br />
o avanço de chuvas do sul do<br />
país para a região central no<br />
período mais seco que se inicia<br />
em maio, segundo a Somar<br />
Meteorologia. Isso beneficiaria<br />
o crescimento dos<br />
canaviais prejudicados pelo<br />
tempo seco em dezembro e<br />
janeiro, mas provavelmente<br />
reduziria os níveis de sacarose<br />
e, portanto, de produtividade<br />
da indústria na fabricação de<br />
açúcar. Mas a projeção de<br />
mais chuvas no período não é<br />
consenso.<br />
Bioeletricidade<br />
A bioeletricidade fechou 2018 como a terceira fonte mais<br />
importante na Oferta Interna de Energia Elétrica no país,<br />
quase empatando com o gás natural. A oferta total foi estimada<br />
em 632,1 TWh, um aumento de 1,3% sobre 2017.<br />
A geração hídrica permanece na liderança com 67% do<br />
total, seguida pelo gás natural com 8,5%. A fonte biomassa<br />
gerou 52,5 TWh, incluindo a geração destinada ao<br />
autoconsumo, representando 8,3% de toda a oferta interna.<br />
No ano passado, do total de bioeletricidade ofertada<br />
para a rede, 82% foram produzidos a partir da biomassa<br />
disponível no setor sucroenergético brasileiro.<br />
Estudos desenvolvidos pelo<br />
Cepea/Esalq/USP, mostram que<br />
as mulheres que atuam no<br />
agronegócio tiveram aumento<br />
real de 57% de 2004 a 2015.<br />
Mas, apesar do crescimento,<br />
elas ainda recebem remuneração<br />
37% inferior à das mulheres<br />
que atuam em outros setores<br />
da economia e 27% menor<br />
O Brasil está entre os 18 países<br />
com mais perdas econômicas<br />
decorrentes de desastres<br />
climáticos. O ranking foi<br />
apresentado pela organização<br />
alemã Germanwatch, que<br />
reúne dados climáticos e socioeconômicos<br />
de 181 países.<br />
Embora no ranking geral o país<br />
figure longe do topo dos mais<br />
vulneráveis ao clima, na 79ª<br />
Subsídio<br />
Mulheres<br />
Os governos do Brasil e da<br />
Austrália apresentaram formalmente<br />
dia 27 de fevereiro<br />
um pedido de consultas<br />
na OMC para questionar<br />
os subsídios ao setor de<br />
açúcar na Índia. Para o governo<br />
brasileiro, a recente<br />
ampliação dos subsídios indianos<br />
tem causado impactos<br />
significativos no mercado<br />
mundial de açúcar.<br />
Segundo a Unica, somente<br />
nesta última safra, a política<br />
indiana foi responsável por<br />
um prejuízo de mais de US$<br />
1,2 bilhão aos produtores<br />
brasileiros.<br />
à dos homens do agronegócio.<br />
Mesmo a mão de obra feminina<br />
apresentando atributos que justifiquem<br />
melhor rendimento, os<br />
homens recebem salário maior.<br />
A evolução positiva do ganho<br />
passa, ainda, por regiões como<br />
as do Sul e do Centro-Oeste,<br />
onde se paga mais do que no<br />
Norte e no Nordeste.<br />
Mudanças climáticas<br />
posição em 2017 e na 90ª posição<br />
na média de 1998 para<br />
cá, o Brasil alcança a 18ª posição<br />
no ranking dos que mais<br />
perdem economicamente com<br />
as mudanças climáticas. As<br />
perdas anuais passam de US$<br />
1,7 bilhão (R$ 6,4 bilhões) ao<br />
ano devido a eventos extremos<br />
como tempestades e inundações,<br />
na média dos últimos<br />
Balanço<br />
Pelo menos 25% das exportações<br />
de etanol dos<br />
americanos vieram para o<br />
mercado brasileiro, 1,4<br />
bilhão. Ao todo, as exportações<br />
dos Estados Unidos<br />
atingiram o recorde<br />
de 6,45 bilhões de litros<br />
em 2018.<br />
Combustíveis<br />
Após ficar praticamente estagnado<br />
em 2018, com expansão<br />
de 0,025%, o mercado<br />
de combustíveis deve<br />
retomar o crescimento em<br />
<strong>2019</strong> no Brasil, ficando um<br />
pouco acima do PIB projetado<br />
para o ano (2,48%),<br />
segundo a Agência Nacional<br />
do Petróleo, Gás Natural e<br />
Biocombustíveis. A expectativa<br />
é que o trabalho da ANP,<br />
em busca de maior “transparência”<br />
de preços no mercado,<br />
colabore para o aumento<br />
da demanda.<br />
vinte anos. A situação pode ser<br />
mais grave para o Brasil do<br />
que o ranking sugere porque<br />
os países africanos e o Brasil<br />
estão sub-representados, pois<br />
o ranking só calcula perdas diretas<br />
e não inclui fenômenos<br />
como a seca. Os extremos climáticos<br />
se acentuaram muito<br />
no Brasil nos últimos doze<br />
anos.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 7
EVENTO<br />
Missa abre safra na Nova Produtiva<br />
Além de agradecer e pedir bênçãos para os trabalhos iniciados,<br />
evento lembrou os 20 anos da cooperativa e o dia internacional da mulher<br />
Cerca de 400 colaboradores,<br />
cooperados,<br />
fornecedores e<br />
convidados da Cooperativa<br />
Nova Produtiva, com<br />
sede em Astorga, participaram,<br />
no início de março, da<br />
Santa Missa celebrada em<br />
ação de graças pela abertura<br />
da safra de cana-de-açúcar do<br />
ano de <strong>2019</strong>.<br />
A cerimônia foi celebrada na<br />
Indústria de Etanol pelo padre<br />
da Paróquia São Sebastião, de<br />
Astorga, agradecendo a Deus<br />
e pedindo as bênçãos e a proteção<br />
divina para a safra iniciada,<br />
pelos 20 anos de existência<br />
da Nova Produtiva e para<br />
todas as mulheres, em comemoração<br />
ao seu dia.<br />
Ao final da celebração, o presidente<br />
da Nova Produtiva, Tácito<br />
Octaviano Barduzzi Júnior,<br />
agradeceu a participação de<br />
todos e destacou a importância<br />
dos colaboradores para o alcance<br />
dos objetivos da cooperativa<br />
nesses 20 anos que se<br />
passaram. Ele enfatizou o período<br />
de mudanças que o país<br />
está vivendo, assim como a<br />
Nova Produtiva, que está se reestruturando<br />
para comemorar<br />
muitos outros anos ainda.<br />
Em 2018, a Nova Produtiva<br />
encerrou o ano com a moagem<br />
de 750.000 toneladas de<br />
cana-de-açúcar e a produção<br />
de 63.000.000 de litros de<br />
etanol. Para esta safra, a expectativa<br />
é de que sejam esmagadas<br />
800.000 toneladas<br />
de cana e produzidos<br />
67.000.000 de litros de etanol.<br />
Barduzzi é reeleito presidente<br />
Participaram cerca<br />
de 400 pessoas<br />
Também no dia 11 de fevereiro<br />
último, nas dependências<br />
da Associação dos Funcionários<br />
em Astorga, a Cooperativa<br />
Agroindustrial Nova<br />
Produtiva realizou sua Assembleia<br />
Geral Ordinária<br />
(AGO <strong>2019</strong>), com a participação<br />
de cerca de 200 pessoas<br />
entre autoridades, cooperados<br />
e lideranças.<br />
Foram apresentados o relatório<br />
de gestão da diretoria executiva,<br />
com uma síntese das<br />
ações da cooperativa em<br />
2018, o balanço financeiro,<br />
os demonstrativos contábeis<br />
e o plano de atividades para<br />
<strong>2019</strong>. Dentre as decisões tomadas<br />
estão também a eleição<br />
e posse do novo conselho<br />
de administração, para<br />
um mandato de quatro anos,<br />
e do conselho fiscal, para o<br />
mandato de um ano.<br />
Para o conselho de administração<br />
foram reeleitos Tácito<br />
Octaviano Barduzzi Júnior,<br />
como diretor-presidente e<br />
Waldenir Romani, diretor vicepresidente,<br />
além dos demais<br />
conselheiros: José Florêncio<br />
Moreli, Osvaldo Luís Nicolino,<br />
Carlos Eduardo do Prado Porto<br />
e Paulo Afonso Furchini.<br />
Já o conselho fiscal passou a<br />
ter a seguinte composição:<br />
Nilton Sérgio Mariusso, Silmar<br />
Ângelo Borazio e Daniel Antônio<br />
de Marchi, como membros<br />
efetivos; e Odair Scarafiz,<br />
Caetano Almir Castellani e<br />
José Carlos Vieira, como<br />
membros suplentes.<br />
8 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>