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MOÇAMBIQUE PELO SEU POVO

moçambique pelo seu povo - Centro de Estudos Africanos da ...

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Moçambique pelo seu PovoCartas à “Voz Africana”não tem pessamento deixão os próprios irmaos deles que tem 2 ou 3imposto sem pagar e não tem patroês aasim ê justo? Eu acho que ê pora falta de não saberem escrever e ler obrigado senhores regedores sejãobom como genteO caso que me levou a escrever é o seguinteDesde a minha idade de uso da ração recebemos muitos Administradoresno nosso Posto do Gilé mais, nunca vi um Administrador comoeste que enves de fazer o bem da Nação, traz a miséria de fome no povodo Gilé por seguinte em Setembro de 1965, até a data de hoje de 1966os homens terminar do serviço e estar ao menos 2 ou 3 meses a fazer amachamba para os seus sustentos. Obriga que homem tenque estar todoo tempo a trabalhar no guru sem terminar os seus 6 meses para fazer asua machamba do seu sustento a mulher e os filhos ficam em casa a sofrerporque não têm a quem lhes sustentar.O homem que devia fazer grande machamba de sustentos depois deser terminado obriga voltar para gurué sem tratar nada da machambanem da polhota.Estou haver que ha-de suceder como sucedeu nos anos passados porqueo homem Africano geralmente da minha terra não habituámos viverpor meio de compras mas sim da própria machamba.A lém disso temos uma mina de Morrua os homens que lá trabalham-sepor dificuldade ausentar 1 ou 2 dias serviço quando ele lá chegar são queixadose dá palmatórias e purradas e obriga trabalhar 3 semanas de graçae ele é que ganha aquele dinheiro. Manda polícias agarrar as galinhas, napovoação sem comprar e os donos ficam a chorar e o povo encheu de tristezasobre muitos outras injustiças que ele faz e está cheios das promeçase festas que haverão quando ele for transferido esse Administrador é mauassim e bom? Senhor Director 308930Esta carta descreve uma situação que foi comum em Moçambique até há bem pouco tempo: a dotrabalho forçado. Os africanos eram obrigados a seguir para as fábricas e plantações, com interferênciadirecta da autoridade administrativa. Não poderiam fazer um segundo período de trabalho após 12 mesessem um intervalo de 6 meses teoricamente destinados às culturas domésticas e assistência à família.Frequentemente, este prazo não era cumprido, sob os mais variados pretextos, mas tendo como motivoprincipal a falta de mão-de-obra e a remuneração por cabeça com que se locupletavam as autoridadeslocais, em recompensa dos fornecimentos feitos.2008 E-BOOK CEAUP

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