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MOÇAMBIQUE PELO SEU POVO

moçambique pelo seu povo - Centro de Estudos Africanos da ...

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J. B., MECÂNICO AUXILIAR DE 3.ª CLASSE, NATURAL DO ALTOLIGONHA, 22 ANOS, RESIDENTE EM NAMPULA.90O que me levou a escrever é o seguinte.Os homens, e mulheres da minha terra, em Mocôa, e grupo de PovoaçãoMuilua, teem mania. Eles não querem um rapaz estudioso, casarcom as vossas filhas, só gostam com os rapazes brutos, sem nunhumaprática, para só trabalhar Em Grué nas companhias de chá, quando é umrapaz estudioso dizem que aquele é um vadio, casando com a nossa filhaafastará a nossa filha, o que eles querem é ir no Grué trabalhar 6 mesesvoltar ficar em casa procurar apelhas no mato, aproveitar mel, nós quesomos estudiosos, somos mais descostados, porque somos civilizados,não gostamos estarmos sempre sentado, estamos trabalhar para mantera nossa família, tenho muitos amigos, que desconseguiram trabalhar aquina cidade de Nampula, mas sem vontade deles, por intermédio das vossasfamílias mulheres. A jatear bastante, que se tu não queres abandonar oserviço, para vires aqui em casa, eu casarei com os outros.E assim os meus amigos contránios, perderam Serviços assim mesmo,por isso comunico os meus queridos amigos que não usou mania da quelaterra, qualquer dia. Que vaiexprimentar casar, ir sabendo que esta terraé aquela. Que as mulheres não deixa os homens empregar numa estânciade uns 100 Km para diante.Eu que sou um gacho assim que gosto muito trabalhar longe, quandonão-me achar nada do serviço tentro da minha terra, estou sempre afastados.As gachas, e os gachos não me gostam que eu caso com as vossasfilhas digam que eu sou um vadio por que não gosto estar mais temposdesempregados. Os cabos da terra andar sempre me jatear, para ir limparestradas 31 estou ver os meus amigos de 4.ª classe sentado em casa, comenxada nas costas, afrente dos cabos da terra irem limpar estradas, eucruzando com eles eu é que sinto vergonhas. Assim é justo? Meus queridosamigos leitores?31O imposto braçal era motivo de grande descontentamento em Moçambique pois, além do mais,se prestava a abusos de variada espécie, tais como o emprego de velhos e velhas (os novos ausentes porforça do «contrato», ou seja, o trabalho obrigatório em companhias e plantações), o não fornecimentode alimentação, o prolongamento da obrigação por prazos incompatíveis (acontecia ficarem semanasquando a prestação legal já era de cinco dias), etc.E-BOOK CEAUP 2008

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