contexto socioeconômico da bahia - Secretaria do Planejamento do ...
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PLANO PLURIANUAL – PPA 2008-2011ta<strong>da</strong>s, grãos no Oeste, eucalipto no Extremo-Sul e fruticulturairriga<strong>da</strong> na região Norte <strong>da</strong> Bahia que, nocaso, é trabalho intensivo.Pode-se observar que nas extremi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Bahia,onde ocorrem as produções mais significativas deValor Bruto <strong>da</strong> Produção (VBP) agrícola, apresentam-seculturas de eleva<strong>do</strong> valor comercial e nível de competitivi<strong>da</strong>de,expressos em sua participação crescente napauta de exportação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Entretanto, <strong>do</strong> pontode vista de inclusão social e econômica, existem robustasevidências de que esse movimento não tem consegui<strong>do</strong>incorporar áreas e pessoas que ficaram àmargem <strong>do</strong> modelo tecnológico intensivo.Por outro la<strong>do</strong>, as demais regiões <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e onde seinsere o semi-ári<strong>do</strong>, que representa cerca de 69,30%<strong>do</strong> território baiano, no que pese não se apresentaremcom o dinamismo registra<strong>do</strong> nas regiões recentementeocupa<strong>da</strong>s, são responsáveis por um volume expressivona produção de alimentos e matéria-prima e onde seencontra uma população também expressiva (49,36%),constituin<strong>do</strong>-se em sua maioria de pequenos produtoresfamiliares.Dentro deste <strong>contexto</strong>, algumas variáveis que caracterizama importância <strong>da</strong> agricultura familiar no panoramabaiano merecem ser destaca<strong>da</strong>s objetivan<strong>do</strong>realçar que, muito embora os obstáculos para o seudesenvolvimento sejam mais difíceis de serem transpostos,isto não inviabiliza que políticas agrícolas bemestrutura<strong>da</strong>s, integra<strong>da</strong>s a planos de desenvolvimentosustentáveis, implanta<strong>da</strong>s progressivamente, possammelhorar a situação desses pequenos produtores.A primeira variável relaciona-se à ocupação de pessoalna ativi<strong>da</strong>de rural. Segun<strong>do</strong> o censo 95/96 <strong>do</strong> IBGE, aagricultura familiar responde por 85% <strong>do</strong> pessoal ocupa<strong>do</strong>no setor agrário, contra 15% <strong>do</strong> setor não familiar.Como na agricultura se encontra 85% <strong>da</strong> populaçãoocupa<strong>da</strong> <strong>da</strong> Bahia, a agricultura familiarresponde sozinha por 32,6% <strong>do</strong>s ocupa<strong>do</strong>s em nossoEsta<strong>do</strong>. Ain<strong>da</strong> acima <strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> e terceiro coloca<strong>do</strong>sem ocupação: serviços e comércio com, respectivamente,24,9% e 13,9% <strong>da</strong> ocupação.A segun<strong>da</strong> variável está relaciona<strong>da</strong> ao Valor Bruto <strong>da</strong>Produção, quan<strong>do</strong> se evidencia que a pequena produçãoresponde por 40% <strong>do</strong> VBP contra 60% <strong>do</strong> setorintensivo de capital, mesmo consideran<strong>do</strong> que essesetor ocupa 62% <strong>da</strong> área contra 38% <strong>da</strong> agriculturafamiliar.Vale ressaltar, finalmente que, se o crescimento <strong>do</strong>setor agrícola baiano a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 90 é umareali<strong>da</strong>de constata<strong>da</strong> por várias instituições depesquisa, inclusive pela Superintendência de Estu<strong>do</strong>sEconômicos e Sociais – SEI/SEPLAN, observa-se tambémque o processo viabilizou uma forte concentraçãoespacial e econômica. A agricultura familiar, apesar deto<strong>do</strong>s os obstáculos cita<strong>do</strong>s, cumpre ain<strong>da</strong> umaposição de destaque na produção de alimentos ematérias-primas, na ocupação de mão-de-obra e nonúmero de estabelecimentos agropecuários, o queinduz a reflexões sobre a necessi<strong>da</strong>de de uma concepçãode políticas agrícolas diferencia<strong>da</strong>s que almejemo desenvolvimento mais amplo no meio rural enão apenas o crescimento econômico. Portanto, faz-senecessário estimular o desenvolvimento <strong>da</strong> pequenaproprie<strong>da</strong>de e a agroindústria que estejam liga<strong>da</strong>s àagricultura familiar e incentivar a cooperação com produçõesartesanais, manufatureiras e industriais locais,de mo<strong>do</strong> a permitir uma integração produtiva benéficapara ambos e favorecer a interiorização <strong>do</strong>s lucros.26