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CULTURA DA CONVERGÊNCIA

Leia um trecho do livro. - Editora Aleph

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<strong>CULTURA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CONVERGÊNCIA</strong>tral de meu trabalho há quase duas décadas – um interesse que surge tanto deminha própria participação em várias comunidades de fãs quanto de meus interessesintelectuais como estudioso dos meios de comunicação. Durante essetempo, observei os fãs saírem das margens invisíveis da cultura popular e irempara o centro das reflexões atuais sobre produção e consumo midiático. Segundo,por ser diretor do Programa de Estudos de Mídia Comparada do mit , tenhoparticipado ativamente de discussões com legisladores e pessoas influentesda indústria; conferenciei com algumas das empresas discutidas neste livro;meus primeiros textos sobre comunidades de fãs e cultura participativa foramadotados por escolas de administração e começam a ter um modesto impactona forma como as empresas midiáticas estão se relacionando com seus consumidores;muitos dos artistas e executivos da mídia que entrevistei são pessoasque considero amigas. Em um momento no qual os papéis entre produtores econsumidores estão mudando, meu trabalho permite-me observar esse processode diferentes perspectivas. Espero que este livro permita aos leitores beneficiar-sede minhas aventuras em espaços onde poucos humanistas jáestiveram. Contudo, os leitores devem também ter em mente que meu comprometimentotanto com fãs quanto com produtores necessariamente influenciao que digo. Meu objetivo aqui é documentar, e não criticar, perspectivasconflitantes sobre a transformação das mídias. Penso que não podemos criticara convergência até termos dela um conhecimento mais pleno; no entanto,se o público não tiver ideia das discussões que estão ocorrendo, terá pouco ounada a dizer a respeito de decisões que mudarão drasticamente sua relaçãocom os meios de comunicação.A Falácia da Caixa PretaQuase uma década atrás, o escritor de ficção científica Bruce Sterling lançouo que ele chama de Projeto Mídia Morta . Como seu website explica (http://www.deadmedia.org), “a mídia centralizada, dinossáurica, de um-para-muitos,que rugia e esmagava tudo em que pisava durante o século xx, está muitopouco adaptada ao ambiente tecnológico pós-moderno”. 12 Antevendo que algunsdesses “dinossauros” iriam desaparecer, ele construiu um santuário paraa “mídia que morreu no arame farpado da transformação tecnológica”. Sua coleçãoé espantosa, incluindo relíquias como “o fenaquistoscópio, o telharmo-40

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