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COMÉRCIO E SERVIÇOS<br />
A ordem é reaproveitar<br />
O brechó dos dias atuais comercializa roupas<br />
limpas, bem conservadas e com preços<br />
acessíveis. Além de representar uma economia<br />
que pode chegar a 80% em relação<br />
às lojas tradicionais, estes estabelecimentos<br />
proporcionam o consumo consciente, pois<br />
um artigo que não serve mais para uma<br />
pessoa pode ser reaproveitado por outra.<br />
“Serve como um denominador comum<br />
entre consumo e moda, à medida que os<br />
consumidores podem encontrar peças de<br />
diferentes épocas, montando looks próprios<br />
e autorais”, pondera Wilsa.<br />
Um mercado em expansão para o empresário<br />
que aposta no comércio de seminovos<br />
é o de artigos de luxo. De lojas físicas a<br />
virtuais, os brechós que comercializam esse<br />
tipo de produto atendem a uma demanda<br />
de clientes que buscam roupas, óculos, sapatos<br />
e acessórios de marcas internacionais.<br />
Com preços menores do que os praticados<br />
pelas lojas de luxo que levam a marca, o<br />
brechó funciona como um intermediário<br />
entre o dono do artigo que será vendido e<br />
o comprador. De acordo com estimativas<br />
do mercado, é possível encontrar produtos<br />
de grandes grifes nacionais e internacionais<br />
em bom estado e com descontos que podem<br />
chegar a 70%.<br />
O Brechó Chic, localizado em uma região<br />
nobre de Porto Alegre, prioriza marcas nacionais<br />
e peças que a proprietária denomina<br />
de “atemporais”. “Prefiro as roupas com<br />
características mais modernas e, sobretudo,<br />
em ótimo estado de conservação”, afirma<br />
Iris do Céu Oliveira, que há quatro anos<br />
abriu a loja na capital gaúcha. A inspiração<br />
para esta atividade surgiu durante a licença-<br />
-maternidade de Iris, que já trabalhava em<br />
uma loja multimarcas. “Comecei vendendo<br />
as roupas usadas das minhas clientes e<br />
logo tive que incluir as minhas. Uma vez por<br />
mês, aos domingos, reunia um grupo no<br />
meu apartamento e também atendia com<br />
hora marcada”, relata. O sucesso foi tanto<br />
que Iris largou o emprego para se dedicar<br />
apenas ao brechó e não demorou muito<br />
para abrir a primeira loja. “Peguei toda mercadoria<br />
que tinha, fui para Garopaba (SC)<br />
aproveitar o movimento do verão e fazer<br />
um capital financeiro para abrir a minha loja<br />
em Porto Alegre”, relata.<br />
O Brechó Chic comercializa peças que<br />
variam entre R$ 10,00 e R$ 98,00, ficando<br />
para as peças em couro e pele os valores<br />
mais altos. “Não ultrapasso os três dígitos”,<br />
garante a empresária. Para as clientes, só há<br />
vantagens: elas compram roupas de marca<br />
com preços 10% a 20% mais baratos, em<br />
comparação com as lojas tradicionais, e<br />
Fotos: Giovani Vieira<br />
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