Gestão Participativa e Modelos de Atenção à Saúde
Gestão Participativa e Modelos de Atenção à Saúde - CEAD
Gestão Participativa e Modelos de Atenção à Saúde - CEAD
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AULA 1<br />
Alfabetização Digital<br />
Sumário<br />
Palavra dos professores conteudistas..........................................9<br />
Projeto Instrucional............................................................ 11<br />
Aula 1 - Conceito <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> e Gerência.................................... 13<br />
1.1 Conceito <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> e Gerência.................................... 13<br />
1.2 Os responsáveis legais pelo SUS.................................... 14<br />
Resumo.................................................................... 17<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Aprendizagem............................................ 17<br />
Aula 2 – Desafios atuais para se promover uma gestão participativa... 19<br />
2.1 Desafios atuais para se promover uma gestão participativa... 19<br />
2.2 <strong>Gestão</strong> participativa................................................. 19<br />
Resumo.................................................................... 24<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem............................................ 25<br />
Aula 3 – Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização social da socieda<strong>de</strong> para a gestão<br />
do SUS........................................................................... 27<br />
3.1 Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização da socieda<strong>de</strong> para a gestão atual<br />
do SUS..................................................................... 27<br />
3.2 Legislação específica do SUS....................................... 27<br />
Resumo.................................................................... 31<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem............................................ 31<br />
Aula 4 – Estratégia para fortalecimento da mobilização social.......... 33<br />
4.1 Estratégia para o fortalecimento da mobilização social ....... 33<br />
4.2 Direitos dos usuários do SUS....................................... 35<br />
4.3. Outras estratégias <strong>de</strong> mobilização social........................ 44<br />
Resumo.................................................................... 45<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem............................................ 45<br />
Aula 5 - Conceito <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> Social ............................................ 47<br />
5.1 Conceito <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> Social............................................ 47<br />
5.2 Brasil: caracterização............................................... 48<br />
5.3 Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.............................................. 49<br />
Resumo.................................................................... 51<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem............................................ 52<br />
Aula 6 – Os diversos níveis <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>............................ 53<br />
6.1 Os diversos níveis <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> ........................... 53<br />
6.2. O Pacto pela Saú<strong>de</strong>................................................. 54<br />
6.3. Financiamento....................................................... 57<br />
Resumo.................................................................... 59<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem............................................ 60<br />
Aula 7 – A evolução do conceito e os marcos teóricos e metodológicos<br />
da promoção da Saú<strong>de</strong>.................................................. 61<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
7<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
7.1 A evolução do Conceito e os Marcos Teóricos e Metodológicos<br />
da Promoção da Saú<strong>de</strong> ................................................. 61<br />
7.2 As metas do milênio................................................. 64<br />
7.3. Reforço da promoção da saú<strong>de</strong>................................... 65<br />
Resumo.................................................................... 65<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem............................................ 66<br />
Aula 8 – As áreas <strong>de</strong> atuação da atenção básica........................... 67<br />
8.1 As áreas <strong>de</strong> atuação da atenção básica ......................... 67<br />
8.2 Programa Saú<strong>de</strong> da Família......................................... 68<br />
Resumo.................................................................... 73<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem............................................ 73<br />
Aula 9 – A importância da resolubilida<strong>de</strong> da atenção básica no sistema<br />
Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>............................................................ 75<br />
9.1 A importância da resolubilida<strong>de</strong> da atenção básica no sistema<br />
Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>...................................................... 75<br />
9.2. Resolubilida<strong>de</strong> na área da saú<strong>de</strong>.................................. 77<br />
9.3 Programas estruturadores e associados no Estado <strong>de</strong> Minas<br />
Gerais...................................................................... 78<br />
Resumo.................................................................... 82<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem............................................ 82<br />
Aula 10 – Promoção da saú<strong>de</strong> no PSF........................................ 83<br />
10.1 Promoção da saú<strong>de</strong> no PSF........................................ 83<br />
10.2 A história do PSF / Linha do tempo.............................. 85<br />
Resumo.................................................................... 90<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem............................................ 90<br />
Referências...................................................................... 91<br />
Currículos dos professores conteudistas.................................... 93<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 8 Gerência em Saú<strong>de</strong>
AULA 1<br />
Alfabetização Digital<br />
Palavra dos professores conteudistas<br />
Caros alunos, que bom nos encontrarmos.<br />
A partir <strong>de</strong> agora vamos nos <strong>de</strong>dicar ao entendimento do que é um<br />
processo <strong>de</strong> gestão participava e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>. Você enten<strong>de</strong>rá<br />
melhor como a função gestora é fundamental para que o SUS (Sistema<br />
Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) seja implementado com a participação <strong>de</strong> todos: gestores,<br />
prestadores <strong>de</strong> serviços, trabalhadores, usuários dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntre<br />
outros.<br />
Você compreen<strong>de</strong>rá porque a promoção da saú<strong>de</strong> é o principal objetivo<br />
<strong>de</strong> levar a saú<strong>de</strong> para mais próximo da população. Ao longo <strong>de</strong>ste material<br />
você encontrará diversas ativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas e propostas<br />
<strong>de</strong> buscas para aprofundar sempre seu conhecimento e enten<strong>de</strong>r porque o<br />
estudo <strong>de</strong>ve ser constante em sua vida. Este ca<strong>de</strong>rno está divido em <strong>de</strong>z aulas<br />
e seu conteúdo será apresentado no primeiro encontro presencial <strong>de</strong>ste<br />
curso.<br />
Para ampliar seu conhecimento, algumas ativida<strong>de</strong>s serão propostas,<br />
serão apresentadas informações que explicarão a origem <strong>de</strong>stes novos<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> hoje em vigor. Vamos nos empenhar ao máximo<br />
para aproveitar o conteúdo <strong>de</strong>sta disciplina que provavelmente possibilitará<br />
uma ampliação <strong>de</strong> sua visão profissional e também sua visão pessoal.<br />
Quem não gosta <strong>de</strong> ter uma saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>?<br />
Ótimo trabalho!<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
9<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1<br />
Alfabetização Digital<br />
Projeto Instrucional<br />
Disciplina: <strong>Gestão</strong> <strong>Participativa</strong> e <strong>Mo<strong>de</strong>los</strong> <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> <strong>à</strong> Saú<strong>de</strong> (carga<br />
horária: 60h).<br />
Ementa: Conceitos <strong>de</strong> gestão e gerência. Desafios atuais da gestão<br />
com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover uma gestão participativa. Necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> mobilização da socieda<strong>de</strong> para a gestão atual do SUS. Estratégia para o<br />
fortalecimento da mobilização social. Conceito <strong>de</strong> re<strong>de</strong> social. Os diversos<br />
níveis <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>. A evolução do conceito e os marcos teóricos e metodológico<br />
da promoção da saú<strong>de</strong>. As áreas estratégicas <strong>de</strong> atenção básica.<br />
A importância da resolubilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção básica no Sistema Municipal <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong>. A promoção da saú<strong>de</strong> no PSF.<br />
AULA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM MATERIAIS<br />
CARGA<br />
HORÁRIA<br />
Aula 1.<br />
Conceito<br />
<strong>de</strong> gestão e<br />
gerência<br />
Conhecer os conceitos básicos<br />
<strong>de</strong> gestão e gerência<br />
- 6 h<br />
Aula 2. Desafios<br />
atuais da<br />
gestão com a<br />
necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> promover<br />
uma gestão<br />
participativa<br />
Conhecer os <strong>de</strong>safios atuais da<br />
gestão e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />
gestão participativa<br />
- 6 h<br />
Aula 3. Necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong><br />
mobilização<br />
da socieda<strong>de</strong><br />
para a gestão<br />
atual do SUS<br />
Conhecer as principais formas<br />
<strong>de</strong> mobilização da socieda<strong>de</strong><br />
- 6 h<br />
Aula 4. Estratégia<br />
para o<br />
fortalecimento<br />
da mobilização<br />
social<br />
Apresentar as estratégias<br />
fundamentais <strong>de</strong> mobilização<br />
social<br />
- 6 h<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
11<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Aula 5. Conceito<br />
<strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />
social<br />
Conceituar e enten<strong>de</strong>r o<br />
processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />
social<br />
- 6 h<br />
Aula 6. Os diversos<br />
níveis<br />
<strong>de</strong> atenção <strong>à</strong><br />
saú<strong>de</strong><br />
Conhecer os diversos níveis<br />
assistenciais<br />
- 6 h<br />
Aula 7. A<br />
evolução do<br />
conceito e os<br />
marcos teóricos<br />
e metodológicos<br />
da<br />
promoção da<br />
saú<strong>de</strong><br />
Conhecer a evolução da promoção<br />
<strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
- 6 h<br />
Aula 8.<br />
As áreas<br />
estratégicas<br />
<strong>de</strong> atenção<br />
básica<br />
Conhecer a atenção básica e<br />
suas principais áreas estratégicas<br />
- 6 h<br />
Aula 9. A<br />
importância<br />
da resolubilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong><br />
atenção básica<br />
no Sistema<br />
Municipal <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong><br />
I<strong>de</strong>ntificar a importância <strong>de</strong><br />
uma atenção básica consistente<br />
e resolutiva<br />
- 6 h<br />
Aula 10. A<br />
promoção da<br />
saú<strong>de</strong> no PSF<br />
Enten<strong>de</strong>r a importância do<br />
PSF como principal porta <strong>de</strong><br />
entrada da assistência<br />
- 6 h<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 12 Gerência em Saú<strong>de</strong>
AULA 1<br />
Alfabetização Digital<br />
Aula 1 - Conceito <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> e Gerência<br />
Objetivos<br />
1. Conceituar <strong>Gestão</strong> e Gerência.<br />
2. Conhecer a importância <strong>de</strong> uma organização eficiente, em especial<br />
uma organização <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
3. Reconhecer as esferas governamentais.<br />
1.1 Conceito <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> e Gerência<br />
Você sabe o que é uma organização?<br />
A escola que você frequenta é uma organização?<br />
O time <strong>de</strong> futebol para o qual você torce é uma organização?<br />
A associação <strong>de</strong> bairro que você conhece é uma organização?<br />
Todos os exemplos<br />
citados são<br />
ORGANIZAÇÕES.<br />
Consultando o dicionário, encontramos a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> organização,<br />
que são várias.<br />
Figura 1<br />
Fonte: Disponível em; . Acesso em 03 out. 2010.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
13<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Conforme os exemplos citados <strong>de</strong> uma escola, um time <strong>de</strong> futebol,<br />
uma associação <strong>de</strong> bairro, uma organização é reunião <strong>de</strong> pessoas com objetivos<br />
ou interesses comuns. Assim, uma organização é um conjunto <strong>de</strong> pessoas<br />
com os mesmos objetivos, visando administrar, planejar, articular. Todas elas<br />
mobilizam recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos. Todas<br />
elas produzem algo como: serviços, emoções, conhecimento.<br />
Todas elas existem porque são necessárias para alguma finalida<strong>de</strong>.<br />
Ou seja, justificam sua existência.<br />
O setor saú<strong>de</strong> também é uma gran<strong>de</strong> organização. É uma organização<br />
muito antiga, pela necessida<strong>de</strong> que o homem sempre teve <strong>de</strong> cuidar <strong>de</strong><br />
sua saú<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> sua doença.<br />
1.2 Os responsáveis legais pelo SUS<br />
Como já foi visto nos módulos anteriores, o setor da saú<strong>de</strong> também<br />
sofreu muitas alterações. Já vimos que alterar, modificar, planejar um sistema<br />
como o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) não é tarefa fácil, nem tarefa para<br />
uma pessoa só.<br />
Figura 2<br />
Fonte:Disponível em: < melanyverissimo.blogspot.com>. Acesso em 29 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2010.<br />
Pare um minuto e pense<br />
nas pessoas que são as<br />
responsáveis diretas<br />
pelo bom <strong>de</strong>sempenho<br />
do SUS.<br />
Quem são essas pessoas?<br />
Os responsáveis, perante a lei, pelo SUS e seu funcionamento da<br />
melhor maneira possível são os gestores do SUS.<br />
Você sabe o que é gestão? Você sabe o que é gerência?<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 14 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Vamos consultar o dicionário outra vez?<br />
Esta é uma boa maneira <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o significado profundo <strong>de</strong><br />
qualquer palavra e ampliar os nossos conhecimentos.<br />
Vamos enten<strong>de</strong>r esses dois termos na área da saú<strong>de</strong>?<br />
Gerenciar: administrar,<br />
gerir.<br />
<strong>Gestão</strong>: tempo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento do<br />
embrião<br />
no útero <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
sua concepção até o<br />
nascimento.<br />
Figura 3<br />
Fonte: Disponível em:< docedialogo.blogspot.com >. Acesso em 29 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2010.<br />
Gerência: administração <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> ou órgão <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, como<br />
ambulatório, laboratório, equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família, hospital etc., que<br />
prestam serviços diretamente ao usuário.<br />
<strong>Gestão</strong>: ativida<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comandar um sistema (<strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>), tanto municipal, como estadual como nacional.<br />
As funções gestoras são muitas e vamos citar algumas extremamente<br />
importantes:<br />
• Pensar e planejar as políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para o município, estado<br />
ou nação.<br />
• Buscar o funcionamento para as ações planejadas.<br />
• Controlar e avaliar todos os prestadores <strong>de</strong> serviços que façam<br />
parte do SUS, sejam eles prestadores públicos ou privados.<br />
• Normatizar e coor<strong>de</strong>nar os serviços realizados pelo SUS.<br />
• Prestar serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Como vimos, ser gestor do SUS é uma tarefa dificílima. Os gestores<br />
do SUS são os responsáveis diretos para que o SUS cumpra seus objetivos.<br />
Os gestores do SUS são os representantes <strong>de</strong> cada esfera <strong>de</strong> governo.<br />
Você sabe quais são as esferas <strong>de</strong> governo?<br />
As esferas do governo são três, que também po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong><br />
três níveis <strong>de</strong> governo. Cada uma <strong>de</strong>ssas esferas atua <strong>de</strong> uma maneira, conforme<br />
a legislação do SUS <strong>de</strong>termina.<br />
• Existem atribuições específicas do nível fe<strong>de</strong>ral.<br />
• Existem atribuições específicas do nível estadual.<br />
• Existem atribuições específicas do nível municipal.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 15<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Esses três níveis se apóiam constantemente, e a legislação do SUS e<br />
suas diversas normas e portarias <strong>de</strong>monstram os esforços para melhor <strong>de</strong>finir<br />
e diferenciar o papel dos gestores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas três esferas.<br />
Figura 4<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 29 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2010.<br />
Figura 5<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 29 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2010.<br />
Figura 6<br />
Fonte: Disponível em: < pantanal-professorpantanal.blogspot.com>. Acesso em 29 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong><br />
2010.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 16 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Todos os gestores, nos três níveis <strong>de</strong> governo, são indicados para<br />
cargos <strong>de</strong> confiança, ou seja:<br />
• O Presi<strong>de</strong>nte da República indica o Ministro da Saú<strong>de</strong>;<br />
• O governador <strong>de</strong> cada estado indica o secretário estadual <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong>;<br />
• O prefeito <strong>de</strong> cada município indica o secretário municipal <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>.<br />
Ser gestor do SUS é. . .<br />
G erar todas as ações com muito trabalho.<br />
E sforçando-se para cumprir as <strong>de</strong>terminações do SUS.<br />
S empre atento <strong>à</strong>s necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população.<br />
T rabalhando com todos os setores.<br />
O rganizando, assim, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção.<br />
R ealmente, não é fácil o trabalho <strong>de</strong> gestão. É necessária muita<br />
participação.<br />
As autoras.<br />
Resumo<br />
Nesta aula, você apren<strong>de</strong>u:<br />
• Conceituar <strong>Gestão</strong> e Gerência na área da saú<strong>de</strong>.<br />
• A importância <strong>de</strong> uma organização eficiente, em especial uma<br />
organização <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
• Reconhecer quais são as esferas governamentais e os seus respectivos<br />
gestores.<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Aprendizagem<br />
Vamos reforçar o conhecimento?<br />
1) Leia novamente a aula 01 respon<strong>de</strong>ndo as questões já apresentadas no<br />
texto.<br />
A) Anote, nas linhas abaixo, o que você enten<strong>de</strong> por gestão e gerência.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 17<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
B) Reflita e anote quais são as esferas governamentais.<br />
C) Cite, agora, os três gestores da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada esfera <strong>de</strong> governo.<br />
D) Para refletir:<br />
Você consi<strong>de</strong>ra que os gestores acima i<strong>de</strong>ntificados têm papel importante<br />
para a sua saú<strong>de</strong>? E <strong>de</strong> sua família? E <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong>?<br />
Anote abaixo o resultado das suas reflexões.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 18 Gerência em Saú<strong>de</strong>
AULA 1<br />
Aula Alfabetização 2 – Desafios Digital atuais para se promover<br />
uma gestão participativa<br />
Objetivos<br />
1. Conhecer os <strong>de</strong>safios atuais da gestão e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />
gestão participativa.<br />
2. Conhecer como a representativida<strong>de</strong> das instâncias municipais,<br />
estaduais e fe<strong>de</strong>ral são organizadas.<br />
2.1 Desafios atuais para se promover uma gestão<br />
participativa<br />
Vimos, na aula anterior, o que significa gestão e o que significa<br />
gerência.<br />
É certo que não é fácil gerenciar os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Primeiramente,<br />
porque são muitas as questões que estão em jogo: qualida<strong>de</strong> dos<br />
serviços, aumento do atendimento, satisfação dos usuários.<br />
Apenas uma pessoa, ou seja, o gestor, não daria conta <strong>de</strong> ouvir a<br />
população, interagir com esta mesma população, levantar as necessida<strong>de</strong>s<br />
mais urgentes, <strong>de</strong>ntre muitas outras questões.<br />
Como já estudamos anteriormente, o SUS, para funcionar, tem que<br />
obe<strong>de</strong>cer alguns princípios:<br />
• Descentralização com comando único;<br />
• Regionalização e Hierarquização;<br />
• Participação da comunida<strong>de</strong>.<br />
Veremos, agora, como a gestão do SUS é uma gestão diferente <strong>de</strong><br />
outras modalida<strong>de</strong>s para aten<strong>de</strong>r estes princípios citados.<br />
Vamos parar e pensar um pouco como <strong>de</strong>ve ser o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão<br />
para o SUS funcionar corretamente.<br />
Para que o SUS seja representativo, os gestores, em cada esfera<br />
<strong>de</strong> governo, têm que negociar, articular, interagir com todas as esferas <strong>de</strong><br />
governo e seus representantes legais. Conjuntamente, gestores da esfera fe<strong>de</strong>ral,<br />
da esfera estadual e da esfera municipal instituíram comissões responsáveis<br />
por discussões <strong>de</strong> alto nível para <strong>de</strong>senvolver estratégias para garantir<br />
a <strong>de</strong>scentralização das ações e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com qualida<strong>de</strong>.<br />
2.2 <strong>Gestão</strong> participativa<br />
Des<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1980, foram criadas instâncias <strong>de</strong> representações<br />
dos gestores estaduais e municipais. Os secretários estaduais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
criaram o Conselho Nacional dos Secretários <strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong> (CONASS).<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
19<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Os secretários municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> também consi<strong>de</strong>raram importante<br />
criar um conselho dos secretários municipais e, assim, instituíram o<br />
Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CONASEMS). Na instância<br />
municipal, foi também instituído o Conselho dos Secretários Municipais<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (COSEMS).<br />
Todos estes Conselhos se fortaleceram e alcançaram importância e<br />
credibilida<strong>de</strong> na década <strong>de</strong> 1980, como fundamentais para reivindicarem e<br />
atuarem, o melhor possível, nos 26 estados brasileiros, juntamente com os<br />
5.564 municípios que compõem o Brasil.<br />
Na década <strong>de</strong> 1990, entrou em funcionamento uma comissão fundamental<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento do SUS, a Comissão Intergestores Tripartite (CIT).<br />
Você sabe quantos membros integram a CIT?<br />
Atualmente, a CIT conta com 15 membros, sendo 05 representantes<br />
do Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS), 05 representantes dos Secretários Estaduais <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> e 01 representante <strong>de</strong> cada Macrorregião do país.<br />
Macrorregiões do Brasil<br />
Figura 7: Macrorregiões do Brasil.<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 30 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2009.<br />
Por que um representante para cada Macrorregião?<br />
Porque o Brasil, sendo um país tão gran<strong>de</strong>, apresenta muitas diferenças,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as suas estruturas físicas, geográficas, <strong>de</strong>mográficas, o que, consequentemente,<br />
vai alterar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada macrorregião brasileira.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 20 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Por exemplo: na macrorregião Su<strong>de</strong>ste, é crescente o número <strong>de</strong><br />
aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito, urgências e outros agravos agudos. Para diminuir o<br />
número <strong>de</strong> mortes motivadas por essas causas, foi implantado, em setembro<br />
<strong>de</strong> 2003, o Serviço <strong>de</strong> Atendimento Móvel <strong>de</strong> Urgência (SAMU) para aten<strong>de</strong>r<br />
gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s.<br />
Figura 8<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
Já na macrorregião Nor<strong>de</strong>ste, a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil é preocupante<br />
por ser a mais alta do país.<br />
Figura 9<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010<br />
São realida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> muito distintas.<br />
Com um representante para cada macrorregião, estas necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> são levadas para discussão e análise no nível nacional. As Comissões<br />
Intergestores Bipartites (CIB) representam a <strong>de</strong>scentralização no âmbito<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 21<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
estadual. Para cada estado brasileiro há uma CIB, que é formada por representantes<br />
estaduais indicados pelo Secretário <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e representantes<br />
dos Secretários Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada estado. Além <strong>de</strong>ssas<br />
comissões, cada esfera governamental conta com um Conselho <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,<br />
ou seja, no âmbito nacional há o Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. No âmbito<br />
estadual, o Conselho Estadual e no âmbito municipal, o Conselho Municipal<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Todos eles são criados por lei. Os conselhos são previstos na legislação<br />
do SUS, como forma <strong>de</strong> garantir que a socieda<strong>de</strong> civil organizada<br />
possa participar da gestão do SUS, como veremos <strong>de</strong>talhadamente em uma<br />
próxima aula.<br />
A seguir, quadro explicativo da dinâmica dos Colegiados apresentados.<br />
Quadro 1: Quadro explicativo da dinâmica dos colegiados<br />
Fonte: GONÇALVEZ, E.C; MELO FRANCO, E.F.P. Setembro <strong>de</strong> 2010.<br />
Para que a <strong>de</strong>scentralização das ações <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> chegue<br />
mais próximo do cidadão, os municípios, os estados e a União tiveram que<br />
ousar,para assumir as responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas respectivas populações.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 22 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Os <strong>de</strong>safios encontrados nos três níveis <strong>de</strong> governo não foram fáceis,<br />
pois acolher as solicitações, reivindicações e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mais <strong>de</strong><br />
5.000 municípios não foi tarefa simples. Cada município quer melhorar a vida<br />
<strong>de</strong> sua população. Imagine 5.564 Secretários Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> reivindicando<br />
para seus municípios.<br />
E os Secretários Estaduais? É uma arte eleger as priorida<strong>de</strong>s.<br />
Tanto a União, quanto os estados e municípios tiveram que negociar,<br />
articular , dialogar, para o avanço do SUS, trazendo inquestionáveis benefícios<br />
para a população usuária <strong>de</strong> um sistema consi<strong>de</strong>rado imprescindível<br />
para a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das pessoas.<br />
Figura 10<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 30 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2010.<br />
Não se po<strong>de</strong> esquecer que para haver melhoria é necessário investir<br />
na qualificação da força <strong>de</strong> trabalho. Constatando-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />
formação e qualificação, foram criados os Polos <strong>de</strong> Capacitação e Educação<br />
Continuada.<br />
Os Polos <strong>de</strong> Capacitação são espaços on<strong>de</strong> se unem instituições <strong>de</strong><br />
ensino e pesquisa e gestores estaduais e municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
O objetivo dos polos é promover as mudanças nas áreas <strong>de</strong> graduação<br />
em saú<strong>de</strong>, como: cursos <strong>de</strong> enfermagem, medicina, odontologia e educação<br />
permanente dos profissionais que atuam nos Programas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família.<br />
Os polos tiveram suas ativida<strong>de</strong>s ampliadas e, em 2005, foi implantado<br />
o Pró-Saú<strong>de</strong> (Programa Nacional <strong>de</strong> Reorientação da Formação Profissional<br />
em Saú<strong>de</strong>) com os Ministérios da Saú<strong>de</strong> e Educação integramente.<br />
Em 2007, com o objetivo <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> das ações dos serviços<br />
e na perspectiva <strong>de</strong> alcançar mudanças em suas práticas, o Ministério<br />
da Saú<strong>de</strong> instituiu o Programa Nacional <strong>de</strong> Telesaú<strong>de</strong>.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 23<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Os primeiros estados selecionados para receberem o Telesaú<strong>de</strong><br />
foram: Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Estes estados<br />
foram escolhidos por representarem as cinco regiões do país. Mais uma<br />
vez, confirmamos a importância da divisão por macrorregiões, por terem<br />
problemas específicos.<br />
O poeta pernambucano João Cabral <strong>de</strong> Melo Neto escreveu um poema<br />
que ilustra a importância da socieda<strong>de</strong> mobilizada e integrada para a<br />
melhoria coletiva em nossas vidas:<br />
Tecendo o amanhã<br />
“Um galo sozinho não tece uma manhã:<br />
ele sempre precisará <strong>de</strong> outros galos.<br />
De um que apanhe esse grito<br />
e o lance a outro; <strong>de</strong> um outro galo<br />
que apanhe o grito <strong>de</strong> um galo antes<br />
e o lance a outro e <strong>de</strong> outros galos<br />
que com muitos outros galos se cruzem<br />
os fios <strong>de</strong> sol <strong>de</strong> seus gritos <strong>de</strong> galo,<br />
para que amanhã, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma teia tênue,<br />
se vá tecendo entre todos os galos.<br />
E se encorpando em tela, entre todos,<br />
se erguendo tenda, on<strong>de</strong> entrem todos,<br />
se entreten<strong>de</strong>ndo para todos, no toldo<br />
(a manhã) que plana livre <strong>de</strong> armação.<br />
A manhã, todo <strong>de</strong> um tecido tão aéreo<br />
que, tecido, se eleva por si: luz balão. “<br />
(João Cabral <strong>de</strong> Melo Neto)<br />
Resumo<br />
Nesta aula, você apren<strong>de</strong>u:<br />
• Conhecer os <strong>de</strong>safios da gestão do SUS.<br />
• Perceber a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma gestão bem participativa<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 24 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />
Vamos reforçar o conhecimento?<br />
1) Faça um breve resumo do que você enten<strong>de</strong> por <strong>Gestão</strong> <strong>Participativa</strong>.<br />
A) Anote abaixo o que você enten<strong>de</strong> por gestão participativa.<br />
B) Anote aqui o seu posicionamento sobre os principais <strong>de</strong>safios para se ter<br />
uma gestão participativa.<br />
C) Dê sugestões que possam colaborar para a gestão participativa:<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 25<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1<br />
Aula Alfabetização 3 – Necessida<strong>de</strong> Digital <strong>de</strong> mobilização social<br />
da socieda<strong>de</strong> para a gestão do SUS<br />
Objetivos<br />
• Conhecer as principais formas <strong>de</strong> mobilização da socieda<strong>de</strong>.<br />
• Conhecer os fóruns <strong>de</strong> participação previstos na Lei 8.142/90:<br />
Conferências e Conselhos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
3.1 Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização da socieda<strong>de</strong><br />
para a gestão atual do SUS<br />
Em aulas anteriores você já viu sobre a importância da promoção<br />
da saú<strong>de</strong> e das ações preventivas necessárias para garantir a saú<strong>de</strong>.<br />
Promoção da saú<strong>de</strong> não é feita com uma só ativida<strong>de</strong>. É necessário<br />
um conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, recursos financeiros, recursos físicos. É necessário<br />
melhorar condições <strong>de</strong> moradia e outros bens e serviços sociais.<br />
As pessoas têm que conhecer o que é favorável para sua saú<strong>de</strong>,<br />
para que possa adotar atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cuidado e controle sobre seu modo <strong>de</strong><br />
viver e promover sua saú<strong>de</strong>.<br />
Na década <strong>de</strong> 70, em 1978, aconteceu a I Conferência Internacional<br />
sobre Cuidados Primários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, que se realizou em Alma-Ata. Esta<br />
conferência foi muito importante para a saú<strong>de</strong> pública, propondo a seguinte<br />
meta: “Saú<strong>de</strong> para todos no ano 2000”. Como alcançar essa meta tão ousada<br />
e difícil?<br />
Adotando um conjunto <strong>de</strong> elementos necessários para se ter saú<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>ntre esses a educação voltada aos principais problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e como<br />
prevenir e controlar esses problemas.<br />
3.2 Legislação específica do SUS<br />
O SUS prevê em sua legislação que para o seu bom funcionamento<br />
é fundamental haver uma mobilização da socieda<strong>de</strong>.<br />
O que significa mobilização social?<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
27<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Figura 11<br />
Fonte: Disponível: . Acesso em 04 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
Conforme o dicionário da língua portuguesa, mobilizar é, dar movimento<br />
a, pôr em movimento; convocar.<br />
Então, a mobilização da socieda<strong>de</strong> para o setor saú<strong>de</strong> tem <strong>de</strong> ser<br />
muito ampla, porque mobilizar é convocar pessoas e instituições para agirem<br />
no sentido <strong>de</strong> promover mudanças.<br />
Quando falamos da promoção da saú<strong>de</strong> e prevenção das doenças<br />
muitos setores terão <strong>de</strong> ser mobilizados, ou seja, <strong>de</strong>spertados para agirem<br />
conjuntamente no sentido <strong>de</strong> colaborar, sugerindo, criticando, i<strong>de</strong>ntificando<br />
problemas e criando meios <strong>de</strong> resolvê-los.<br />
Perceba que <strong>de</strong> todas as suas anotações, as instituições ou serviços<br />
ou agrupamentos têm um objetivo que é comum: prestar serviços que contribuam<br />
<strong>de</strong> alguma forma para o bom funcionamento do serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />
garantia da qualida<strong>de</strong> da atenção <strong>à</strong> população que precisa <strong>de</strong>stes serviços.<br />
Como já vimos, uma gestão participativa envolve o governo nas<br />
três esferas, municipal, estadual, fe<strong>de</strong>ral, e outras instituições como CONASS<br />
(Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>), CONASEMS (Conselho<br />
Nacional <strong>de</strong> Secretários Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) e COSEMS (Conselho <strong>de</strong> Secretários<br />
Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>).<br />
Além <strong>de</strong>ssas instituições, você consi<strong>de</strong>ra que há como a população<br />
participar do SUS?<br />
SIM ou NÃO?<br />
Qual foi sua opção?<br />
Se você marcou a opção SIM, parabéns! Vamos <strong>de</strong>talhar as várias<br />
maneiras <strong>de</strong> participar do SUS.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 28 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Temos duas maneiras <strong>de</strong> participar do SUS:<br />
• Formal.<br />
• Informal.<br />
Na modalida<strong>de</strong> formal, foi criada uma lei que especifica sobre como<br />
se dará a participação popular. É a conhecida lei da Participação Popular,<br />
ou seja, lei nº 8.142, votada em 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1990. Esta lei estabelece<br />
como se dá a participação formal no SUS.<br />
A Lei no 8.142/90 estabelece duas instâncias <strong>de</strong> participação:<br />
• Conferências <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• Conselhos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Sobre as conferências <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a lei diz:<br />
“A Conferência da Saú<strong>de</strong> reunir-se-á a cada quatro anos com<br />
a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a<br />
situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e propor as diretrizes para a formulação da<br />
política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nos níveis correspon<strong>de</strong>ntes, convocada pelo<br />
Po<strong>de</strong>r Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo<br />
Conselho <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.” (lei 8.142/90, artigo 1º, parágrafo 1º).<br />
As conferências são, portanto, um momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> mobilização<br />
social on<strong>de</strong> se discute integradamente para avaliação da situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
em cada esfera <strong>de</strong> governo e o que po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser feito para que a saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>slanche da melhor forma possível.<br />
Sobre os Conselhos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a lei diz:<br />
“O Conselho <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, em caráter permanente e <strong>de</strong>liberativo,<br />
órgão colegiado composto por representantes do governo,<br />
prestadores <strong>de</strong> serviço, profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e usuários, atua<br />
na formulação <strong>de</strong> estratégias e no controle da execução da<br />
política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> na instância correspon<strong>de</strong>nte, inclusive nos<br />
aspectos econômicos e financeiros, cujas <strong>de</strong>cisões serão homologadas<br />
pelo chefe do po<strong>de</strong>r legalmente constituído em cada<br />
esfera do governo.” (lei 8.142/90, artigo 1º, parágrafo 2º).<br />
Os Conselhos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> contam com representantes dos gestores,<br />
dos trabalhadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, prestadores <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e usuários. Do<br />
total dos conselheiros, a meta<strong>de</strong>, ou seja, 50% são representantes <strong>de</strong> usuários.<br />
Os outros 50% são divididos entre os gestores, os trabalhadores da área<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e prestadores <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Cada Conselho se organiza <strong>de</strong><br />
acordo com a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu estado ou <strong>de</strong> seu município.<br />
Não existe um número i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> conselheiros. Depen<strong>de</strong> do tamanho<br />
do município e <strong>de</strong> como a população está organizada em cada local. Na categoria<br />
usuários po<strong>de</strong>mos ter representantes <strong>de</strong>:<br />
• Entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aposentados e pensionistas.<br />
• Entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do meio ambiente.<br />
• Associações <strong>de</strong> moradores.<br />
• Pastorais.<br />
• Instituições religiosas.<br />
• Entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mulheres.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 29<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
• Associações dos negros.<br />
• Associações indígenas.<br />
E. ainda. muitas outras organizações que representam a socieda<strong>de</strong><br />
civil organizada.<br />
A função dos Conselheiros é controlar a execução da política da<br />
esfera <strong>de</strong> governo correspon<strong>de</strong>nte, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros,<br />
além <strong>de</strong> propor estratégias para o setor.<br />
Os Conselheiros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> trabalham muito para atuar conforme a<br />
<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> quem está representando, embora não possam ser remunerados<br />
porque sua função é <strong>de</strong> voluntariado.<br />
Estas duas instâncias <strong>de</strong> participação popular vistas até aqui são as<br />
instâncias formais ou legais.<br />
Figura 12<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 29 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2010.<br />
Estudamos como acontece a participação formal. E a participação<br />
informal, como ela acontece?<br />
Quando você come um alimento estragado e você comunica imediatamente<br />
<strong>à</strong> Vigilância Sanitária <strong>de</strong> seu município, está participando <strong>de</strong> uma<br />
forma muito importante. Se não avisa, outras pessoas po<strong>de</strong>rão comer <strong>de</strong>ste<br />
alimento e também passar mal.<br />
Se você mora próximo a um terreno vazio, cheio <strong>de</strong> entulhos, garrafas,<br />
pneus e outras quinquilharias, <strong>de</strong>ve comunicar <strong>à</strong>s autorida<strong>de</strong>s responsáveis,<br />
pelo fato <strong>de</strong> esta situação estar pondo em risco a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os<br />
moradores.<br />
No quintal do seu vizinho você nota que o cachorro está diferente,<br />
com sintoma <strong>de</strong> possível doença. As crianças da residência e vizinhança<br />
brincam sempre com aquele cachorro. É importante que você comunique ao<br />
dono do cão o que você tem notado, para que ele tome as medidas necessárias<br />
a fim <strong>de</strong> evitar contaminação dos moradores.<br />
Você soube que houve uma cobrança in<strong>de</strong>vida num atendimento<br />
prestado em um <strong>de</strong>terminado hospital. Se você fica calado, omisso, está<br />
<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser participativo para uma boa gestão <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 30 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Todos estes exemplos servem para ilustrar como a nossa participação<br />
é importante para o <strong>de</strong>senvolvimento do SUS.<br />
Assim proce<strong>de</strong>ndo, estamos colaborando e participando do SUS <strong>de</strong><br />
uma maneira informal.<br />
Esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participação é fundamental para a melhoria do<br />
setor saú<strong>de</strong>.<br />
Não po<strong>de</strong>mos nos esquecer <strong>de</strong> que o SUS é o nosso sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Quanto mais participarmos melhor será.<br />
Resumo<br />
Nesta aula, você apren<strong>de</strong>u:<br />
• Conhecer as instâncias legais <strong>de</strong> participação da comunida<strong>de</strong> na<br />
gestão dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
• Enten<strong>de</strong>r o que a lei 8.142/90 prevê sobre Conferências e Conselhos.<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />
Vamos apren<strong>de</strong>r um pouco mais?<br />
Você conhece alguém que já participou <strong>de</strong> alguma conferência <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>? Entreviste este seu conhecido ou algum membro do conselho municipal<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da sua cida<strong>de</strong>, e registre como acontece essa conferência.<br />
Para pensar:<br />
O município <strong>de</strong> Paraíso <strong>de</strong> Minas conta com um conselho <strong>de</strong> 22<br />
conselheiros.<br />
Quantos são os representantes <strong>de</strong> usuários?<br />
Você conhece a formação do Conselho do município?<br />
Quem são os representantes dos usuários?<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 31<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Quem são os representantes dos gestores?<br />
Quem são os representantes dos trabalhadores da área da saú<strong>de</strong>?<br />
Quem são os representantes dos prestadores <strong>de</strong> serviços?<br />
Figura 13:<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 01 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 32 Gerência em Saú<strong>de</strong>
AULA 1<br />
Aula Alfabetização 4 – Estratégia Digital para fortalecimento<br />
da mobilização social<br />
Objetivos<br />
• Conhecer as estratégias fundamentais <strong>de</strong> mobilização social.<br />
• Conhecer os direitos do usuário do SUS.<br />
4.1 Estratégia para o fortalecimento da mobilização<br />
social<br />
Para ter uma boa gestão é necessário conhecer bem as necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e estar atualizado. Você sabe quem são os atores sociais do SUS? São<br />
cidadãos (usuários, profissionais, gestores etc.) ou agrupamentos (instituições,<br />
órgãos, comunida<strong>de</strong>s, equipes <strong>de</strong> trabalho etc.) que participam organizadamente<br />
da gestão, planejamento e monitoramento da Saú<strong>de</strong> Pública.<br />
Figura 14<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 01 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
Se resolver o que é importante para a saú<strong>de</strong> do município é tão<br />
difícil, é necessária a colaboração <strong>de</strong> todos esses atores sociais, pois cada<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
33<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
um po<strong>de</strong>rá ajudar com i<strong>de</strong>ias e sugestões. Cada um <strong>de</strong>sses atores tem uma<br />
forma <strong>de</strong> contribuir.<br />
Os usuários sabem melhor do que ninguém quais são suas necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Está vendo como é o próprio usuário que sabe o que é melhor para si?<br />
Da mesma forma, o profissional da saú<strong>de</strong>, aquele que trabalha dia a<br />
dia, enfrentando dificulda<strong>de</strong>s, poucos recursos financeiros, falta <strong>de</strong> material<br />
etc., po<strong>de</strong>rá contribuir para que o gerenciamento aconteça <strong>de</strong> uma forma<br />
que venha resolver os problemas administrativos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, para que atenda<br />
melhor <strong>à</strong> população.<br />
Figura 15:<br />
Fonte: Disponível em . Acesso em 01 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
Quando nós pensamos em população, precisamos lembrar que é ela<br />
que utiliza os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Sendo assim, precisa saber como os serviços<br />
estão organizados para aten<strong>de</strong>r suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Volte a ler as<br />
anotações que fez sobre estas necessida<strong>de</strong>s.<br />
Estas contribuições são o que po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> estratégias para<br />
melhorar as condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e fortalecer a mobilização social. As estratégias<br />
são inúmeras. Para po<strong>de</strong>rmos interferir é necessário termos a informação.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 34 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Você sabe o que é Disque saú<strong>de</strong>?<br />
Figura 16<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 01 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
O Disque saú<strong>de</strong> é um serviço gratuito e o seu número é: 0800 61 1997.<br />
O Disque saú<strong>de</strong> fornece informações sobre as inúmeras ativida<strong>de</strong>s<br />
do SUS. Po<strong>de</strong> ser acessado todos os dias da semana, durante 24 horas. É um<br />
mecanismo constante <strong>de</strong> informações sobre o SUS<br />
Figura 17: Disque saú<strong>de</strong><br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 01 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
4.2 Direitos dos usuários do SUS<br />
Você já ouviu falar na carta dos direitos dos usuários da saú<strong>de</strong>?<br />
A carta dos direitos dos usuários da saú<strong>de</strong> orienta sobre seus direitos<br />
relacionados com saú<strong>de</strong>.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 35<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Figura 18<br />
Fonte: Disponível em . Acesso em 01 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
Esta carta foi elaborada com a participação dos governos fe<strong>de</strong>ral,<br />
estaduais e municipais e do Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Agora apresentaremos a cartilha ilustrada dos seis princípios fundamentais<br />
dos usuários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Conheça agora, alguns <strong>de</strong>sses princípios.<br />
• Primeiro princípio: todo cidadão tem direito a ser atendido com<br />
or<strong>de</strong>m e organização.<br />
Quem estiver em estado grave e/ou maior sofrimento precisa ser<br />
atendido primeiro.<br />
Figura 19: cartilha ilustrada dos direitos dos usuários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 2006.<br />
Fonte: Disponível em
É garantido a todos o fácil acesso aos postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, especialmente<br />
para portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, gestantes e idosos.<br />
Figura 20: cartilha ilustrada dos direitos dos usuários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 2006.<br />
Fonte: Disponível em
Também tem o direito a anestesia e a remédios para aliviar a dor e<br />
o sofrimento quando for preciso.<br />
Figura 22: cartilha ilustrada dos direitos dos usuários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 2006.<br />
Fonte: Disponível em
Figura 24: cartilha ilustrada dos direitos dos usuários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 2006.<br />
Fonte: Disponível em
Quem está cuidando <strong>de</strong> você <strong>de</strong>ve respeitar seu corpo, sua intimida<strong>de</strong>,<br />
sua cultura, sua religião, seus segredos, suas emoções e sua segurança.<br />
Figura 26: cartilha ilustrada dos direitos dos usuários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 2006.<br />
Fonte: Disponível em
Tem também a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> permitir ou recusar qualquer procedimento<br />
médico, assumindo a responsabilida<strong>de</strong> por isso.<br />
Figura 28: cartilha ilustrada dos direitos dos usuários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 2006.<br />
Fonte: Disponível em
• Quinto princípio: todo cidadão também tem <strong>de</strong>veres na hora <strong>de</strong><br />
buscar atendimento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Figura 30: cartilha ilustrada dos direitos dos usuários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 2006.<br />
Fonte: Disponível em
E ter disponíveis documentos e exames sempre que for pedido.<br />
Figura 32: cartilha ilustrada dos direitos dos usuários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 2006.<br />
Fonte: Disponível em
4.3. Outras estratégias <strong>de</strong> mobilização social<br />
Outra estratégia para fortalecer a mobilização social é a Política<br />
<strong>de</strong> Educação Permanente para a Saú<strong>de</strong>. Regularmente ocorrem cursos <strong>de</strong><br />
formação <strong>de</strong> conselheiros e li<strong>de</strong>ranças da socieda<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> convênios<br />
com uma das Secretarias do Ministério da Saú<strong>de</strong>, que é a Secretaria <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong><br />
Estratégica e <strong>Participativa</strong> (SEGEP). Esta Secretaria tem como objetivo<br />
estimular e apoiar a participação social em todas as esferas do SUS.<br />
Esses cursos têm o objetivo <strong>de</strong> capacitar os Conselheiros e li<strong>de</strong>ranças<br />
no sentido <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem atuar com proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma conjunta para<br />
que haja um bom <strong>de</strong>sempenho na área da saú<strong>de</strong>, que seja <strong>de</strong> acompanhamento,<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> cobrança. Este trabalho só po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong> fato<br />
efetivo se houver a participação <strong>de</strong> todos os segmentos da socieda<strong>de</strong>.<br />
Existe a frase popular brasileira que diz: “inteligência é quando<br />
apren<strong>de</strong>mos com os nossos próprios erros. Sabedoria é quando apren<strong>de</strong>mos<br />
também com os erros dos outros.” (Dito popular).<br />
Como mais uma estratégia <strong>de</strong> mobilização social, vem sendo criados<br />
espaços para enfrentar as <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> algumas populações antes excluídas<br />
do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Estes espaços são os chamados Comitês <strong>de</strong> Promoção e<br />
da Equida<strong>de</strong> em Saú<strong>de</strong>.<br />
Os grupos sociais que integram estes comitês são os grupos que<br />
eram excluídos por sua origem étnica, por sua orientação sexual e gênero.<br />
Estão formalizados, no Ministério da Saú<strong>de</strong>, o Comitê <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da População<br />
Negra, o Comitê <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da População do Campo (Grupo da Terra) e o Comitê<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da População GLTB (gays, lésbicas, transexuais e bissexuais).<br />
Estes Comitês acolhem as <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong>stes grupos populacionais para análise,<br />
tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e encaminhamento pertinentes.<br />
Outra estratégia que visa proteger e fortalecer o SUS foi a criação<br />
do Departamento Nacional <strong>de</strong> Auditoria do SUS – Denasus.<br />
O Denasus é um órgão <strong>de</strong> controle interno do próprio SUS. O Denasus<br />
acompanha as ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e análise <strong>de</strong> seus resultados. Tem como<br />
objetivo melhorar o atendimento aos usuários cidadãos em <strong>de</strong>fesa da vida.<br />
Como forma <strong>de</strong> acompanhar e controlar as ativida<strong>de</strong>s do SUS, foi também<br />
instituído o Sistema Nacional <strong>de</strong> Auditoria do SUS, o Sisaud/SUS, que é um<br />
sistema informatizado para promover este controle.<br />
Estas estratégias preten<strong>de</strong>m ser uma parte que liga a expressão da<br />
necessida<strong>de</strong> da população <strong>à</strong>s práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Você po<strong>de</strong>rá contribuir e as pensando, analisando, e discutindo com<br />
seus colegas <strong>de</strong> trabalho ou com sua família outras estratégias que tenham<br />
como objetivo a melhoria das ações e dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Anote a seguir algumas estratégias diferentes das mencionadas.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 44 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Resumo<br />
Nesta aula, você apren<strong>de</strong>u:<br />
• Estratégias fundamentais <strong>de</strong> mobilização social.<br />
• Reconhecer os direitos dos usuários do SUS.<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />
Vamos apren<strong>de</strong>r um pouco mais?<br />
A partir do conhecimento dos direitos dos usuários constantes da “Carta<br />
dos Direitos dos Usuários” mencionada, você enten<strong>de</strong> que eles estão sendo<br />
observados? Comente.<br />
Pense um momento e anote algumas <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
ou <strong>de</strong> alguém próximo a você:<br />
Pense um pouco mais sobre como as pessoas po<strong>de</strong>rão contribuir com a saú<strong>de</strong><br />
pública. Anote as suas reflexões.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 45<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1<br />
Alfabetização Digital<br />
Aula 5 - Conceito <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> Social<br />
Objetivos<br />
• Conceituar e enten<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> Social.<br />
• Enten<strong>de</strong>r como uma re<strong>de</strong> social garante os princípios do SUS :<br />
Integralida<strong>de</strong>, Universalida<strong>de</strong>, Equida<strong>de</strong>.<br />
5.1 Conceito <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> Social<br />
Vamos iniciar este tema pensando na figura <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong>.<br />
Figura 34<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 03 <strong>de</strong><br />
outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
Veja nesta ilustração como é formada. Uma re<strong>de</strong> é um conjunto<br />
entrelaçado <strong>de</strong> fios, cordas etc., formando uma malha. Uma re<strong>de</strong> é também<br />
<strong>de</strong>finida como um conjunto <strong>de</strong> estabelecimentos <strong>de</strong> uma instituição que<br />
presta serviços.<br />
Por exemplo, uma re<strong>de</strong> bancária é composta <strong>de</strong> agência central<br />
<strong>de</strong>stinada a operações <strong>de</strong> maiores vultos, normalmente localizada em municípios<br />
maiores, agências menores situadas em municípios <strong>de</strong> porte médio<br />
e os caixas eletrônicos que estão distribuídos até nos bairros, para ações<br />
bancárias mais comuns.<br />
A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> também é assim constituída. É um conjunto<br />
<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prestações <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os mais simples<br />
até os mais complexos.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
47<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
As unida<strong>de</strong>s do mesmo porte assistencial têm diferentes funções e<br />
aten<strong>de</strong>m especificida<strong>de</strong>s locais.<br />
Estas unida<strong>de</strong>s operam <strong>de</strong> forma organizada e articulada, em um<br />
território <strong>de</strong>finido, com o objetivo <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r <strong>à</strong>s necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> daquele<br />
território.<br />
Como vocês observaram, os diversos equipamentos e serviços <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> compõem uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Isto quer dizer que estes equipamentos<br />
e serviços são pontos <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>, ou lugar on<strong>de</strong> se ofertam ações<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> são constituídas pelas ações que são<br />
<strong>de</strong>senvolvidas nos diversos locais, os inúmeros locais estão organizados para<br />
prestar os serviços.<br />
Trabalhar em re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> significa aten<strong>de</strong>r o princípio do SUS <strong>de</strong><br />
aten<strong>de</strong>r INTREGRALMENTE <strong>à</strong>s <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
5.2 Brasil: caracterização<br />
O Brasil é um país muito vasto, apresentando características muito<br />
diferentes em cada região, tanto no que diz respeito <strong>à</strong> questão geográfica,<br />
econômica, populacional e social, <strong>de</strong>ntre outras.<br />
TABELA 1: Distribuição dos municípios por faixa populacional. Brasil - 2007<br />
Municípios<br />
Faixa populacional<br />
Até 5.000 1.370<br />
> 5 mil até 10 mil 1.283<br />
> 10 mil até 20 mil 1.280<br />
> 20 mil até 50 mil 1.047<br />
> 50 mil até 100 mil 309<br />
> 100 mil até 1 milhão 260<br />
> 1 milhão 15<br />
Total 5.564<br />
Fonte: IBGE (2007)<br />
Informe abaixo a população do seu município.<br />
Nome do município:<br />
População:<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 48 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Se o seu município tem menos que 5.000 habitantes, você consi<strong>de</strong>ra<br />
viável para o Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> que ele tenha um hospital com leitos <strong>de</strong> CTI<br />
(Centro <strong>de</strong> Tratamento Intensivo)?<br />
Por isso o SUS i<strong>de</strong>alizou uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Lembrando os princípios do SUS:<br />
• Universalida<strong>de</strong> = atendimento a todos;<br />
• Equida<strong>de</strong> = igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma justa;<br />
• Integralida<strong>de</strong> = garante as ações da saú<strong>de</strong> em todos os níveis.<br />
É impossível organizar um sistema com esta doutrina sem pensar no princípio<br />
<strong>de</strong> regionalização e hierarquização que dão origem <strong>à</strong>s re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção.<br />
Uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> precisa <strong>de</strong>finir os níveis <strong>de</strong> atenção (hierarquização)<br />
e distribuir as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços geograficamente (regionalização).<br />
As unida<strong>de</strong>s que possuem tecnologias e profissionais que realizam<br />
atendimentos mais frequentes como vacinas, consultas com médicos generalistas,<br />
com médicos <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s básicas, consultas com enfermeiro e com<br />
outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, são chamadas Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS).<br />
Já os hospitais, os ambulatórios e outros procedimentos necessários<br />
menos frequentes são as chamadas unida<strong>de</strong>s especializadas. Estas aten<strong>de</strong>m<br />
cirurgias, neurocirurgias etc.<br />
Vocês consi<strong>de</strong>ram que a <strong>de</strong>manda por serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para casos<br />
<strong>de</strong> gripe, diarréia, hipertensão leve, diabetes é maior ou menor do que para<br />
casos <strong>de</strong> AIDS?<br />
SIM ou NÃO?<br />
Se você optou pelo sim, <strong>de</strong>monstra que está antenado para ocorrência<br />
<strong>de</strong> doenças prevalentes no Brasil.<br />
5.3 Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
As necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população brasileira são muitos maiores<br />
para os casos <strong>de</strong> atendimento da atenção básica. É por isso que o SUS<br />
conta com tantas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção básica que <strong>de</strong>vem ser distribuídas em<br />
todos os municípios do Brasil.<br />
Em relação <strong>à</strong> atenção básica po<strong>de</strong>mos dizer que quanto mais unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> neste nível, será melhor para aten<strong>de</strong>r todas as necessida<strong>de</strong>s<br />
básicas <strong>de</strong> atenção á saú<strong>de</strong>. Quanto aos serviços especializados, é necessário<br />
manter uma vigilância sobre a sua implantação, visto que po<strong>de</strong>rão ficar<br />
ociosos, principalmente se a atenção básica estiver fortalecida e resolutiva.<br />
Além da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> propriamente dita, é preciso<br />
lembrar que o conceito atual <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é um conceito muito amplo, que envolve<br />
promoção, prevenção e recuperação da saú<strong>de</strong>.<br />
Em relação <strong>à</strong> atenção básica po<strong>de</strong>mos dizer que quanto mais unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> neste nível, será melhor para aten<strong>de</strong>r todas as necessida<strong>de</strong>s<br />
básicas <strong>de</strong> atenção á saú<strong>de</strong>. Quanto aos serviços especializados, é necessário<br />
manter uma vigilância sobre a sua implantação, visto que po<strong>de</strong>rão ficar<br />
ociosos, principalmente se a atenção básica estiver fortalecida e resolutiva.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 49<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Além da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> propriamente dita, é preciso<br />
lembrar que o conceito atual <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é um conceito muito amplo, que envolve<br />
promoção, prevenção e recuperação da saú<strong>de</strong>.<br />
É preciso pensar também uma re<strong>de</strong> social que atenda o conceito<br />
atual <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio são as chamadas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio social.<br />
O apoio social é a forma <strong>de</strong> levar as pessoas a terem entendimento<br />
e participação suficiente para conseguirem mudar o rumo das suas vidas em<br />
relação <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Figura 35<br />
Fonte: Disponível em: < diariodoposte.ning.com>. Acesso em 04 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
Em se tratando <strong>de</strong> participação, sentir-se apoiado socialmente significa<br />
contar com amiza<strong>de</strong>s, apoio, solidarieda<strong>de</strong>, companheirismo. Por fim,<br />
é sentir-se cuidado, acolhido, principalmente no seu território.<br />
Para exemplificar, um grupo <strong>de</strong> risco na área da saú<strong>de</strong> é <strong>de</strong> usuários<br />
<strong>de</strong> álcool e drogas. O Ministério da Saú<strong>de</strong>, preocupado com estas pessoas<br />
vulneráveis ao álcool e <strong>à</strong> droga, criou uma política específica para estes<br />
usuários. O mesmo acontece para os portadores <strong>de</strong> transtornos mentais. É<br />
a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental, composta pelos Centros <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> Psico-Social<br />
(CAPS), Serviços Resi<strong>de</strong>nciais Terapêuticos (SRT), Centros <strong>de</strong> Convivência e<br />
Cultura, juntamente com as ações para este grupo na atenção básica. As<br />
ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes centros contribuem para diminuir o número <strong>de</strong> problemas<br />
advindos do consumo <strong>de</strong> álcool e outras drogas.<br />
Outra ação importante que está sendo trabalhada em re<strong>de</strong> é a relacionada<br />
<strong>à</strong> promoção <strong>de</strong> práticas corporais e ativida<strong>de</strong>s físicas.<br />
Para enfrentar o gran<strong>de</strong> problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, que é o se<strong>de</strong>ntarismo,<br />
o Ministério da Saú<strong>de</strong> estruturou uma Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Projetos <strong>de</strong><br />
Práticas Corporais/Ativida<strong>de</strong>s Físicas.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 50 Gerência em Saú<strong>de</strong>
No seu município, você conhece alguma ação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> voltada para<br />
aten<strong>de</strong>r esse grupo <strong>de</strong> pessoas se<strong>de</strong>ntárias?<br />
Figura 36<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
Você consegue imaginar quantas pessoas, entre crianças, homens e<br />
mulheres adultos, estão fazendo parte <strong>de</strong>ste quadro <strong>de</strong> obesos?<br />
Estas pessoas provavelmente terão mais chance <strong>de</strong> sofrerem infarto,<br />
hipertensão, diabetes, câncer <strong>de</strong> mama, câncer <strong>de</strong> colo <strong>de</strong> útero<br />
e outras doenças que se relacionam ao se<strong>de</strong>ntarismo, excesso <strong>de</strong> peso e<br />
obesida<strong>de</strong>.<br />
No seu município há algum grupo formalizado como, por exemplo,<br />
os Vigilantes do Peso? Nesta unida<strong>de</strong>, foi conceituado o termo re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
e re<strong>de</strong>s sociais.<br />
Resumo<br />
Nesta aula, você apren<strong>de</strong>u:<br />
• Como se dá o processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> Social<br />
• Os princípios <strong>de</strong> Universalida<strong>de</strong>, Integralida<strong>de</strong> e Equida<strong>de</strong>.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 51<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />
Vamos apren<strong>de</strong>r um pouco mais?<br />
1) Porque você acha que é tão importante fortalecimento da <strong>Atenção</strong> Básica?<br />
2) Conforme visto na Lição 05, o que é Apoio Social?<br />
3) Você conhece diversos tipos <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atendimento? Liste as unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que você conhece no seu município:<br />
4) Relacione os serviços que as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atendimento prestam:<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 52 Gerência em Saú<strong>de</strong>
AULA 1<br />
Aula Alfabetização 6 – Os diversos Digitalníveis <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong><br />
saú<strong>de</strong><br />
Objetivos<br />
• Conhecer os diversos níveis assistenciais<br />
• Conhecer as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento dos níveis assistenciais.<br />
• Conhecer as ações prioritárias por nível <strong>de</strong> atenção.<br />
6.1 Os diversos níveis <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
Consi<strong>de</strong>rando a imensa extensão territorial do Brasil, bem como as<br />
<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais e econômicas, temos uma realida<strong>de</strong> também diferente<br />
<strong>de</strong> distribuição dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Em consequência <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ofertados<br />
para estas populações também são <strong>de</strong>siguais.<br />
Esta constatação da má distribuição dos serviços no território brasileiro<br />
fez com que os gestores do SUS, preocupados em cumprir os seus<br />
princípios <strong>de</strong> Universalida<strong>de</strong>, Integralida<strong>de</strong> e Equida<strong>de</strong>, procurassem uma alternativa<br />
<strong>de</strong> acordo com a realida<strong>de</strong> nacional.<br />
Na região Norte, por exemplo, os estabelecimentos <strong>de</strong> menor complexida<strong>de</strong><br />
para o atendimento ambulatorial predominam, sendo assim também<br />
na região Nor<strong>de</strong>ste. Já na região Su<strong>de</strong>ste, os estabelecimentos <strong>de</strong> menor<br />
complexida<strong>de</strong> são numericamente menores.<br />
As regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste concentram o maior número <strong>de</strong> estabelecimentos<br />
<strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong>.<br />
Este fato <strong>de</strong>monstra que a população resi<strong>de</strong>nte em áreas que não<br />
contêm estabelecimentos <strong>de</strong> maior complexida<strong>de</strong> fica sem a <strong>de</strong>vida assistência.<br />
Sendo assim, os gestores do SUS repensaram formas <strong>de</strong> atuar integradamente<br />
nas três esferas, buscando novos instrumentos <strong>de</strong> gestão re<strong>de</strong>finindo<br />
as responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada gestor, sempre com o objetivo <strong>de</strong> ofertar<br />
ações e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>mandados pela população e aten<strong>de</strong>ndo diferentemente<br />
os diferentes, ou seja, garantindo o sentido da equida<strong>de</strong> na saú<strong>de</strong>.<br />
Neste contexto, foi aprovada a Portaria 399, publicada em 22 <strong>de</strong><br />
fevereiro <strong>de</strong> 2006, que divulga o Pacto pela Saú<strong>de</strong>, que direciona a re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
atenção.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
53<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
6.2. O Pacto pela Saú<strong>de</strong><br />
Figura 37<br />
Fonte: Disponível em: Acesso em 02/10/2010.<br />
Figura 38<br />
Fonte: Disponível em: Acesso em 02/10/2010.<br />
Cada uma <strong>de</strong>stas dimensões foi analisada exaustivamente para que<br />
se atendam e se cumpram os princípios do SUS.<br />
O Pacto pela Vida busca priorida<strong>de</strong>s para melhorar a situação <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> da população brasileira.<br />
O Pacto em <strong>de</strong>fesa do SUS prioriza a <strong>de</strong>fesa dos princípios do SUS<br />
para que ele se fortaleça e que seu funcionamento não seja prejudicado por<br />
intervenção política.<br />
O Pacto <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> vai aprimorar a articulação entre os gestores<br />
para garantir uma <strong>de</strong>scentralização e organização dos serviços, firmando<br />
compromissos para que não haja falhas nos serviços a serem ofertados.<br />
Conheceremos mais <strong>de</strong>talhadamente cada um <strong>de</strong>sses três pactos<br />
conforme a portaria nº 399, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2006.<br />
O Pacto pela Vida é um conjunto <strong>de</strong> compromissos sanitários com<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 54 Gerência em Saú<strong>de</strong>
vistas a melhorar a situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do país, aten<strong>de</strong>ndo a priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finidas,<br />
bem como compromissos orçamentários e financeiros para que as<br />
metas estabelecidas tenham como ser cumpridas e executadas <strong>de</strong> forma que<br />
traga reais impactos na melhoria da saú<strong>de</strong>.<br />
Para cada priorida<strong>de</strong>, foram estabelecidos objetivos e metas nacionais;<br />
como existem situações diferentes em nosso país, estado e município,<br />
baseando-se em cada realida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidas priorida<strong>de</strong>s adicionais.<br />
As priorida<strong>de</strong>s do Pacto pela Vida e seus objetivos são:<br />
1) Saú<strong>de</strong> do idoso<br />
Implantar a Política Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da pessoa idosa, buscando<br />
a atenção integral.<br />
2) Câncer <strong>de</strong> colo <strong>de</strong> útero e <strong>de</strong> mama<br />
Contribuir para a redução da mortalida<strong>de</strong> por câncer <strong>de</strong> colo do<br />
útero e <strong>de</strong> mama.<br />
3) Mortalida<strong>de</strong> infantil e materna<br />
Reduzir a mortalida<strong>de</strong> materna, infantil neonatal, infantil por doença<br />
diarréica e por pneumonias.<br />
4) Doenças emergentes e en<strong>de</strong>mias, com ênfase na <strong>de</strong>ngue, hanseníase,<br />
tuberculose, malária e influenza<br />
Fortalecer a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta do Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>à</strong>s doenças<br />
emergentes e en<strong>de</strong>mias.<br />
5) Promoção da saú<strong>de</strong><br />
Elaborar e implantar a Política Nacional <strong>de</strong> Promoção da Saú<strong>de</strong>,<br />
com ênfase na adoção <strong>de</strong> hábitos saudáveis por parte da população brasileira,<br />
<strong>de</strong> forma a internalizar a responsabilida<strong>de</strong> individual da prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />
física regular, alimentação saudável e combate ao tabagismo.<br />
6) <strong>Atenção</strong> básica <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
Consolidar e qualificar a estratégia da Saú<strong>de</strong> da Família como mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> atenção básica <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> e como centro or<strong>de</strong>nador das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção<br />
<strong>à</strong> saú<strong>de</strong> do SUS.<br />
Conforme a Constituição Fe<strong>de</strong>ral os princípios do SUS norteiam as<br />
ações dos gestores nas três instâncias <strong>de</strong> governo.<br />
O Pacto em Defesa do SUS reforça o movimento da participação<br />
social, que <strong>de</strong>ve envolver toda a socieda<strong>de</strong>, intersetorialmente.<br />
Aborda relevantemente o princípio da cidadania sendo que o financiamento<br />
público da saú<strong>de</strong> passa a ser imprescindível para se cumprir o<br />
disposto na Constituição.<br />
As priorida<strong>de</strong>s do Pacto em Defesa do SUS são:<br />
• Implementar um projeto permanente <strong>de</strong> mobilização social com<br />
a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>:<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 55<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
• Articular e apoiar a mobilização social pela promoção e pelo<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da cidadania.<br />
• Elaborar e publicar a carta dos direitos do usuário da saú<strong>de</strong>;<br />
• Mostrar a saú<strong>de</strong> como direito <strong>de</strong> cidadania e o SUS como sistema<br />
público universal garantidor <strong>de</strong>sses direitos.<br />
• Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda Constitucional<br />
nº 29, pelo Congresso Nacional.<br />
• Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários<br />
e financeiros para a saú<strong>de</strong>.<br />
• Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das<br />
três esferas <strong>de</strong> gestão, explicitando o compromisso <strong>de</strong> cada uma<br />
<strong>de</strong>las.<br />
Como já vimos anteriormente, a Carta dos Direitos dos Usuários<br />
do SUS foi elaborada em 2007. É importante conhecê-la para fazê-la sair do<br />
papel.<br />
O Pacto <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> do SUS distribui <strong>de</strong> forma clara as responsabilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> cada esfera <strong>de</strong> governo, <strong>de</strong>finindo quem <strong>de</strong>ve fazer o quê, evitando-se<br />
distribuições sem o responsável direto.<br />
Por causa das enormes proporções territoriais do Brasil e, consequentemente,<br />
das diferenças na distribuição dos serviços e ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
cada vez é mais importante regionalizar e <strong>de</strong>scentralizar o sistema.<br />
Este pacto reforça a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> territorializar a saú<strong>de</strong>, estruturando<br />
as regiões sanitárias e as formas <strong>de</strong> gestão.<br />
Reforça também a importância da participação e controle social e<br />
busca a garantia do financiamento público da saú<strong>de</strong>, buscando vincular os<br />
recursos <strong>à</strong>s necessida<strong>de</strong>s sanitárias.<br />
Enfim, o Pacto <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> estabelece as atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s<br />
sanitárias <strong>de</strong> cada esfera <strong>de</strong> governo. Para isso, conta com o Termo<br />
<strong>de</strong> Compromisso <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> (TCG). Este termo é firmado <strong>de</strong> forma pactuada,<br />
sendo necessária a sua aprovação pelo Conselho <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>nte.<br />
O referido pacto estabelece diretrizes para gestão do SUS, dando<br />
<strong>de</strong>staque para:<br />
• a <strong>de</strong>scentralização com responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finidas por cada esfera<br />
<strong>de</strong> governo;<br />
• a regionalização;<br />
• o planejamento e a programação (Programação Pactuada Integrada);<br />
• A regulação, o controle, a avaliação e a auditoria;<br />
• O financiamento;<br />
• A participação e o controle social;<br />
• A <strong>Gestão</strong> do trabalho;<br />
• A Educação na Saú<strong>de</strong>.<br />
Este Pacto pela Saú<strong>de</strong> foi aprovado pela CIT (Comissão Intergestora<br />
Tripartite) em janeiro <strong>de</strong> 2006. Foi assinado pelo Ministro da Saú<strong>de</strong>, pelo Presi<strong>de</strong>nte<br />
do CONASS (Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários da Saú<strong>de</strong>) e pelo Presi<strong>de</strong>nte<br />
do CONASEMS (Conselho Nacional <strong>de</strong> Secretários Municipais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>).<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 56 Gerência em Saú<strong>de</strong>
6.3. Financiamento<br />
Uma inovação que o Pacto pela Saú<strong>de</strong> apresenta é a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
financiamento.<br />
O financiamento do SUS reforça a responsabilida<strong>de</strong> das três esferas<br />
<strong>de</strong> governo e encontra-se <strong>de</strong>finido em cinco blocos:<br />
• <strong>Atenção</strong> Básica;<br />
• <strong>Atenção</strong> <strong>de</strong> Média e Alta Complexida<strong>de</strong>;<br />
• Vigilância em Saú<strong>de</strong>;<br />
• Assistência Farmacêutica;<br />
• <strong>Gestão</strong> do SUS.<br />
A seguir, um breve resumo sobre cada um <strong>de</strong>stes blocos <strong>de</strong> financiamento:<br />
6.3.1 <strong>Atenção</strong> Básica<br />
É responsabilida<strong>de</strong> das três esferas <strong>de</strong> gestão e compõe o bloco<br />
financeiro <strong>de</strong> atenção básica. Divi<strong>de</strong>-se em:<br />
• PAB fixa: piso <strong>de</strong> atenção básica que financia as ações <strong>de</strong> atenção<br />
básica <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
• PAB variável: financia o custeio <strong>de</strong> ações estratégicas da atenção<br />
básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
O PAB variável financia as seguintes ações e serviços:<br />
• Saú<strong>de</strong> da família;<br />
• Saú<strong>de</strong> bucal;<br />
• Agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• Compensação <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s regionais;<br />
• Fator <strong>de</strong> incentivo da atenção básica aos povos indígenas;<br />
• Incentivo da saú<strong>de</strong> ao sistema penitenciário;<br />
• Política <strong>de</strong> atenção integral <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> do adolescente em conflito<br />
com a lei em regime <strong>de</strong> internação e internação provisória;<br />
• Outros que venham a ser instituídos.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 57<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
6.3.2 Bloco <strong>de</strong> financiamento para a atenção <strong>de</strong> média<br />
e alta complexida<strong>de</strong> ambulatorial e hospitalar<br />
Este bloco constitui-se <strong>de</strong> dois componentes:<br />
• Limite financeiro <strong>de</strong> média e alta complexida<strong>de</strong> ambulatorial<br />
hospitalar (MAC); e<br />
• Componente Fundo <strong>de</strong> Ações Estratégicas e Compensação<br />
(FAEC).<br />
O MAC é o financiamento <strong>de</strong>stinado para custear ações <strong>de</strong> média e<br />
alta complexida<strong>de</strong> em saú<strong>de</strong>, incluindo:<br />
• Centro <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s Odontológicas (CEO);<br />
• Laboratório <strong>de</strong> próteses <strong>de</strong>ntárias;<br />
• Serviço <strong>de</strong> referência em saú<strong>de</strong> do trabalhador;<br />
• Hospitais <strong>de</strong> pequeno porte;<br />
• Fator <strong>de</strong> incentivo ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ensino e pesquisa universitária<br />
em saú<strong>de</strong> (FIDEPS);<br />
• Programa <strong>de</strong> incentivo e assistência <strong>à</strong> população indígena (IAPI);<br />
• Outros que venham a ser instituídos.<br />
O Fundo <strong>de</strong> Ações Estratégicas e Compensação (FAEC) financia os<br />
seguintes procedimentos:<br />
• Procedimentos regulados pela Central Nacional <strong>de</strong> Regulação <strong>de</strong><br />
Alta Complexida<strong>de</strong> (CNRAC);<br />
• Transplantes;<br />
• Ações estratégicas emergenciais;<br />
• Novos procedimentos que venham a ser incluídos.<br />
6.3.3 Bloco <strong>de</strong> vigilância em saú<strong>de</strong><br />
O bloco <strong>de</strong> financiamento para vigilância em saú<strong>de</strong> constitui-se <strong>de</strong><br />
dois componentes:<br />
• Vigilância epi<strong>de</strong>miológica e ambiental em saú<strong>de</strong>;<br />
• Vigilância sanitária em saú<strong>de</strong>.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 58 Gerência em Saú<strong>de</strong>
No componente vigilância epi<strong>de</strong>miológica e ambiental da saú<strong>de</strong><br />
incluem-se:<br />
• Fortalecimento da gestão da vigilância em saú<strong>de</strong>;<br />
• Campanhas <strong>de</strong> vacinação;<br />
• Incentivo ao programa DST/AIDS.<br />
O componente da vigilância sanitária em saú<strong>de</strong> é constituído do<br />
Termo <strong>de</strong> Ajustes e Metas – TAM – e do Piso <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> Básica em Vigilância<br />
Sanitária – PAB VISA.<br />
• Bloco da assistência farmacêutica<br />
Este bloco constitui-se <strong>de</strong> quatro componentes:<br />
• Componente básico da assistência farmacêutica: medicamentos<br />
e insumos <strong>de</strong> assistência farmacêutica no âmbito da atenção básica;<br />
• Componentes estratégicos <strong>de</strong> assistência farmacêutica: medicamentos<br />
para controle <strong>de</strong> en<strong>de</strong>mias, como tuberculose, hanseníase,<br />
malária, leishmaniose, chagas e outras doenças endêmicas;<br />
antirretrovirais do programa DST/AIDS; sangue e hemo<strong>de</strong>rivados;<br />
imunobiológicos;<br />
• Componente <strong>de</strong> medicamentos <strong>de</strong> dispensação excepcional, que<br />
financia os medicamentos <strong>de</strong> dispensação excepcional;<br />
• Componente <strong>de</strong> organização da assistência farmacêutica, que<br />
custeia ações e serviços inerentes <strong>à</strong> assistência farmacêutica.<br />
6.3.4 Bloco <strong>de</strong> financiamento para a gestão do Sistema<br />
Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Este bloco custeia as ações relacionadas com a organização dos<br />
serviços, acesso da população e aplicação <strong>de</strong> recursos financeiros do sistema<br />
para a melhoria do mesmo, inclusive para participação e controle social.<br />
Como vimos, no <strong>de</strong>talhamento do financiamento do Pacto pela Saú<strong>de</strong>,<br />
a intenção é a articulação para superar as dificulda<strong>de</strong>s assistenciais.<br />
Este Pacto procura regionalizar a saú<strong>de</strong> como forma <strong>de</strong> superar as<br />
imensas dificulda<strong>de</strong>s encontradas, buscando a consolidação <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong>scentralizado, regionalizado e hierarquizado, através <strong>de</strong> negociação e pactuação<br />
entre os gestores, ouvindo sempre a população e suas necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Resumo<br />
Nesta aula, você apren<strong>de</strong>u:<br />
• Sobre os níveis <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
• Sobre as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento.<br />
• Conhecer as ações prioritárias.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 59<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />
Vamos apren<strong>de</strong>r um pouco mais?<br />
1) Quais os blocos <strong>de</strong> financiamento mencionados nessa lição?<br />
2) Quais os níveis <strong>de</strong> atenção a saú<strong>de</strong> que você vivencia?<br />
3) O que você enten<strong>de</strong> pelo Pacto pela Saú<strong>de</strong>?<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 60 Gerência em Saú<strong>de</strong>
AULA 1<br />
Aula 7 – A evolução do conceito e os<br />
marcos Alfabetização teóricos Digital e metodológicos da promoção<br />
da Saú<strong>de</strong><br />
Objetivos<br />
• Conhecer a história da evolução da promoção da saú<strong>de</strong>.<br />
• Conceituar saú<strong>de</strong> no contexto atual.<br />
7.1 A evolução do Conceito e os Marcos Teóricos<br />
e Metodológicos da Promoção da Saú<strong>de</strong><br />
Até a década <strong>de</strong> 70, a saú<strong>de</strong> era pensada apenas como ausência <strong>de</strong> doença.<br />
A partir da constatação das questões econômicas e sociais e suas<br />
interferências na saú<strong>de</strong>, inúmeros pensadores observam que a saú<strong>de</strong> reflete<br />
as condições <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada população.<br />
Consi<strong>de</strong>rando o processo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>-doença, o resultado da organização<br />
social e os aspectos que caracterizam a inserção social dos indivíduos e<br />
grupos, po<strong>de</strong>mos afirmar que a saú<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada apenas como<br />
inexistência da doença.<br />
A figura apresentada a seguir <strong>de</strong>monstra como a organização social<br />
influencia o processo <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> das pessoas.<br />
Figura 39<br />
Fonte: Imagens disponíveis no pacote Word.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
61<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
O adoecimento e a morte <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> como as pessoas vivem.<br />
Ao instituir o SUS, o Brasil, consi<strong>de</strong>rando esse novo conceito, ampliado<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, busca investir em ações e serviços voltados para a melhoria<br />
das condições <strong>de</strong> moradia, alimentação a<strong>de</strong>quada, promoção <strong>de</strong> lazer, ampliação<br />
do nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outros. Ou seja, é preciso promover<br />
a saú<strong>de</strong> e prevenir as doenças.<br />
Vejamos o que diz a Constituição Fe<strong>de</strong>ral sobre o tema:<br />
O artigo 196 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral estabelece que: “a Saú<strong>de</strong> é<br />
direito <strong>de</strong> todos e <strong>de</strong>ver do Estado, garantido, mediante políticas sociais e<br />
econômicas, que visem a redução do risco <strong>de</strong> doença e <strong>de</strong> outros agravos<br />
e ao acesso universal e igualitário <strong>à</strong>s ações e serviços para sua promoção,<br />
proteção e recuperação”. (BRASIL. Constituição da República Fe<strong>de</strong>rativa do<br />
Brasil: promulgada em 05 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1988. Brasília: Senado Fe<strong>de</strong>ral, pág.<br />
250. 1988.)<br />
Para pensar:<br />
Joãozinho estava<br />
evacuando em gran<strong>de</strong><br />
quantida<strong>de</strong>, com<br />
vômitos, febre e mal<br />
estar geral. Sua mãe,<br />
aflita o leva para o<br />
Pronto Atendimento<br />
que fica distante <strong>de</strong> sua<br />
residência. No Pronto<br />
Atendimento ele é<br />
atendido, recebe uma<br />
injeção para conter o<br />
vômito, um analgésico<br />
e é liberado. Ao voltar<br />
para casa, melhora um<br />
pouco e ele e sua mãe<br />
sentem-se aliviados.<br />
A sua residência<br />
não conta com água<br />
tratada, nem instalação<br />
sanitária. Você acha<br />
mais que somente o<br />
atendimento recebido<br />
é suficiente para que<br />
o seu problema não se<br />
repita?<br />
Relembrando os passos dados para se constatar que promover a<br />
saú<strong>de</strong> é muito mais eficaz do que tratar da doença, diversos países propuseram<br />
repensar a organização do serviço e os <strong>de</strong>terminantes da saú<strong>de</strong>.<br />
Até esta época, a prática dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> se dava apenas na<br />
ação curativa, envolvendo atendimento <strong>à</strong> doença, principalmente queixas<br />
específicas. Por exemplo: num serviço <strong>de</strong> pronto atendimento, os profissionais<br />
procuram solucionar o problema do paciente naquele momento, sem se<br />
preocupar com as causas que levaram <strong>à</strong>quele problema.<br />
Sabemos que outras ações para prevenir e controlar as doenças são<br />
imprescindíveis na melhoria da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma população.<br />
Para tratar <strong>de</strong> situações semelhantes a esta, foram realizadas inúmeras<br />
conferências, on<strong>de</strong> foi discutido o tema do adoecimento das populações<br />
e suas consequências.<br />
Estas conferências aconteceram em diversos países, com representantes<br />
<strong>de</strong> pessoas interessadas no tema.<br />
A primeira conferência sobre cuidados primários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> foi a <strong>de</strong><br />
Alma-Ata, em 1978. Esta conferência apresentou a meta “saú<strong>de</strong> para todos<br />
até o ano <strong>de</strong> 2000”.<br />
O Brasil se fez representar nesta conferência e traçou metas e estratégias<br />
para o alcance das propostas colocadas.<br />
O texto da Conferência <strong>de</strong> Alma-Ata traz alguns trechos relevantes:<br />
I – A conquista do mais alto grau <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> exige a intervenção <strong>de</strong><br />
muitos outros setores sociais e econômicos, além do setor saú<strong>de</strong>.<br />
II – A promoção e proteção da saú<strong>de</strong> da população e indispensável<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social sustentado e contribui para melhorar<br />
a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e alcançar a paz mundial.<br />
III – A população tem o direito e o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> participar individual e<br />
coletivamente na planificação e na aplicação das ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
A Declaração <strong>de</strong> Alma-Ata, capital do Cazaquistão, em 1978, amplia<br />
a visão do cuidado da saú<strong>de</strong> em sua dimensão setorial e do envolvimento da<br />
própria população, ou seja, altera a atenção tradicionalmente executada nos<br />
serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 62 Gerência em Saú<strong>de</strong>
As discussões advindas da Declaração <strong>de</strong> Alma-Ata revolucionaram<br />
o pensamento da época sobre o conceito da saú<strong>de</strong>.<br />
Para aprofundar na temática da saú<strong>de</strong>, é realizada a Conferência<br />
Internacional sobre Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, em Otawa, no Canadá, em 1986,<br />
com a participação da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS).<br />
Para aprofundar na temática da saú<strong>de</strong>, é realizada a Conferência<br />
Internacional sobre Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, em Otawa, no Canadá, em 1986,<br />
com a participação da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS).<br />
Essa conferência fortalece o termo promoção da saú<strong>de</strong> e, para isto,<br />
propõe cinco campos <strong>de</strong> ação:<br />
• Elaboração e implementação <strong>de</strong> políticas públicas saudáveis;<br />
• Criação <strong>de</strong> ambientes favoráveis <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>;<br />
• Reforço da ação comunitária;<br />
• Desenvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s pessoais;<br />
• Reorientação do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
O conceito <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> não foi estabelecido em curto<br />
espaço <strong>de</strong> tempo. Inúmeros eventos internacionais e muitas pesquisas contribuíram<br />
para formar o conceito ampliado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Em 1988, a conferência <strong>de</strong> A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong>, Austrália, apresentou como<br />
tema central as Políticas Públicas Saudáveis.<br />
São i<strong>de</strong>ntificadas quatro áreas prioritárias para promoção das Políticas<br />
Públicas Saudáveis:<br />
• Apoio <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> da mulher;<br />
• Alimentação e nutrição;<br />
• Tabaco e álcool;<br />
• Criação <strong>de</strong> ambientes favoráveis.<br />
Em A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> reforça-se a importância <strong>de</strong> novas alianças na saú<strong>de</strong>,<br />
envolvendo ONGs (Organizações não governamentais), grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da<br />
saú<strong>de</strong>, instituições educacionais e mídia, <strong>de</strong>ntre outras parcerias necessárias.<br />
A terceira conferência internacional sobre promoção da saú<strong>de</strong> realiza-se<br />
em Sundsval- Suécia, em 1991, e apresenta como tema a saú<strong>de</strong> e o<br />
ambiente e sua inter<strong>de</strong>pendência.<br />
A quarta conferência internacional sobre promoção da saú<strong>de</strong> é realizada<br />
em Jacarta, na Indonésia, em 1997, atualiza a discussão sobre os<br />
campos da saú<strong>de</strong> e enfatiza os fatores transnacionais, a economia global, a<br />
ampliação do acesso aos meios <strong>de</strong> comunicação, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar a contínua<br />
<strong>de</strong>gradação ambiental.<br />
Além disso, acrescenta a participação do setor privado nas ativida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>.<br />
As cinco priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finidas para a promoção nos próximos anos são:<br />
• Promover a responsabilida<strong>de</strong> social com a saú<strong>de</strong>;<br />
• Aumentar os investimentos no <strong>de</strong>senvolvimento da saú<strong>de</strong>;<br />
• Consolidar e expandir parcerias para a saú<strong>de</strong> entre os diferentes<br />
setores, em todos os níveis <strong>de</strong> governo e da socieda<strong>de</strong>;<br />
• Aumentar a capacida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> e fortalecer os indivíduos;<br />
• Assegurar uma infraestrutura para a promoção da saú<strong>de</strong>.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 63<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
No ano <strong>de</strong> 2000 é realizada a V Conferência Internacional sobre<br />
Promoção da Saú<strong>de</strong>, na cida<strong>de</strong> do México, capital do México. Esta Conferência<br />
avalia como as nações encaminharam a proposta inicial traçada em<br />
Alma-Ata. Constata que a estratégia <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e da atenção<br />
básica da saú<strong>de</strong> é <strong>de</strong> fundamental importância para a saú<strong>de</strong> dos povos e é a<br />
única viável até então, em termos <strong>de</strong> ampliação da cobertura dos serviços e<br />
melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, com a inserção intersetorial.<br />
Por fim, em 2005, é realizada a VI Conferência Internacional sobre<br />
Promoção da Saú<strong>de</strong>, em Bangkok (Tailândia).<br />
Reforçando a i<strong>de</strong>ia da promoção da saú<strong>de</strong>, as Nações Unidas, no<br />
ano <strong>de</strong> 2000, <strong>de</strong>finem alguns objetivos para o <strong>de</strong>senvolvimento do próximo<br />
milênio.<br />
7.2 As metas do milênio<br />
Estas metas foram estabelecidas por 191 países reunidos na cúpula<br />
do milênio e todas dizem respeito <strong>à</strong> promoção da saú<strong>de</strong> pela importância da<br />
mesma, visto não ser possível a saú<strong>de</strong> da forma que se pensava antigamente.<br />
Apresentamos a seguir, as oito metas do milênio.<br />
Figura 40<br />
Fonte: Disponível em: <br />
Acesso em 03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
1. Reduzir pela meta<strong>de</strong> o número <strong>de</strong> pessoas que vivem na miséria<br />
e passam fome. Cerca <strong>de</strong> 980 milhões <strong>de</strong> pessoas no mundo vivem com<br />
menos <strong>de</strong> 1 dólar por dia. Algumas ações sugeridas são o apoio <strong>à</strong> agricultura<br />
familiar, a programas <strong>de</strong> educação e projetos <strong>de</strong> merenda escolar.<br />
2. Educação básica <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para todos. Cento e treze milhões<br />
<strong>de</strong> crianças ainda não frequentam a escola no mundo. Fornecer material<br />
didático gratuitamente e capacitar professores fazem parte das iniciativas<br />
adotadas pelos governos.<br />
3. Igualda<strong>de</strong> entre os sexos e mais autonomia para as mulheres.<br />
Dois terços dos analfabetos são mulheres. A ONU sugere projetos <strong>de</strong> capaci-<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 64 Gerência em Saú<strong>de</strong>
tação e melhoria da qualificação profissional feminina e a criação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> inserção das mulheres no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />
4. Redução da mortalida<strong>de</strong> infantil. A cada ano, 11 milhões <strong>de</strong> bebês<br />
morrem <strong>de</strong> causas diversas. Investimento em saneamento básico, estímulo<br />
ao aleitamento materno e campanhas <strong>de</strong> esclarecimento sobre higiene<br />
pessoal e sanitária são algumas das medidas propostas.<br />
5. Melhoria da saú<strong>de</strong> materna. Nos países pobres e em <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
a cada 48 partos uma mãe morre. As ações passam por iniciativas comunitárias<br />
<strong>de</strong> atendimento <strong>à</strong> gestante, no pré e pós-parto, e por programas<br />
<strong>de</strong> apoio <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> da mulher.<br />
6. Combate a epi<strong>de</strong>mias e doenças. A cada dia, 6800 pessoas são<br />
infectadas pelo vírus HIV. A cada ano, 2 milhões <strong>de</strong> pessoas morrem <strong>de</strong> tuberculose<br />
e 1 milhão, <strong>de</strong> malária. Distribuição gratuita <strong>de</strong> remédios e campanhas<br />
<strong>de</strong> vacinação estão entre as propostas.<br />
7. Garantia da sustentabilida<strong>de</strong> ambiental. Os governos apostam em<br />
programas <strong>de</strong> coleta seletiva e reciclagem, no suporte a projetos <strong>de</strong> pesquisa<br />
na área ambiental e no estímulo <strong>de</strong> práticas sustentáveis, divulgadas em<br />
empresas, escolas e comunida<strong>de</strong>s.<br />
8. Estabelecer parcerias mundiais para o <strong>de</strong>senvolvimento. O intuito<br />
é diminuir a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre os países. Apoio <strong>à</strong> capacitação profissional<br />
<strong>de</strong> jovens <strong>de</strong> baixa renda, mobilização <strong>de</strong> voluntários na área da educação<br />
e estímulo a projetos voltados ao empreen<strong>de</strong>dorismo estão entre as ações.<br />
7.3. Reforço da promoção da saú<strong>de</strong><br />
Atualmente, a promoção da saú<strong>de</strong> passa a abranger muito além do<br />
setor e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, para envolver a população e suas necessida<strong>de</strong>s<br />
e muitos outros setores sociais, que influenciam indiretamente na área da<br />
saú<strong>de</strong>.<br />
O conceito <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> também exige novas práticas<br />
sociais mais abrangentes.<br />
Enfim, promover a saú<strong>de</strong> significa pensá-la positivamente como um<br />
mo<strong>de</strong>lo participativo. Abrange toda a população no seu ambiente e as estratégias<br />
e programas <strong>de</strong>finidos são executados tanto pelos profissionais <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>, quanto pelos movimentos sociais, governos municipais, estaduais, nacionais,<br />
organizações não profissionais, <strong>de</strong>ntre outros.<br />
Resumo<br />
Nesta aula, você conheceu:<br />
• A história da evolução da promoção da saú<strong>de</strong>.<br />
• O novo conceito ampliado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 65<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />
Vamos apren<strong>de</strong>r um pouco mais?<br />
1) Descreva em poucas palavras “ o novo conceito <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>”.<br />
2) Entreviste uma pessoa que tenha mais <strong>de</strong> 60 anos e pergunte-lhe: Para<br />
você, o que é saú<strong>de</strong>?<br />
3) Registre as falas do seu entrevistado.<br />
4) Para pensar:<br />
Joãozinho estava evacuando em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>, com vômitos, febre e<br />
mal estar geral. Sua mãe, aflita o leva para o Pronto Atendimento que fica<br />
distante <strong>de</strong> sua residência. No Pronto Atendimento ele é atendido, recebe<br />
uma injeção para conter o vômito, um analgésico e é liberado. Ao voltar para<br />
casa, melhora um pouco e ele e sua mãe sentem-se aliviados. A sua residência<br />
não conta com água tratada, nem instalação sanitária. Você acha mais<br />
que somente o atendimento recebido é suficiente para que o seu problema<br />
não se repita?<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 66 Gerência em Saú<strong>de</strong>
AULA 1<br />
Aula Alfabetização 8 – As áreas Digital <strong>de</strong> atuação da atenção<br />
básica<br />
Objetivos<br />
• Conhecer as principais estratégias da atenção básica.<br />
• Enten<strong>de</strong>r o Pacto pela Saú<strong>de</strong>.<br />
8.1 As áreas <strong>de</strong> atuação da atenção básica<br />
Quando falamos em atenção básica, voltamos no tempo para melhor<br />
enten<strong>de</strong>r o que aconteceu na área da saú<strong>de</strong> nos últimos anos. Em 1978,<br />
como estudado na lição anterior, as autorida<strong>de</strong>s sanitárias <strong>de</strong> vários países,<br />
reunidos na Conferência Internacional Alma-Ata, constataram a necessida<strong>de</strong><br />
urgente <strong>de</strong> todos os governos, <strong>de</strong> todos os que trabalham nos campos da<br />
saú<strong>de</strong> e do <strong>de</strong>senvolvimento e da comunida<strong>de</strong> mundial promoverem a saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> todos os povos do mundo.<br />
Este evento foi consi<strong>de</strong>rado marcante para a saú<strong>de</strong> pública, pela<br />
revolução que promoveu em quase todos os sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do mundo.<br />
O Brasil, como outros países, também sofreu influências profundas<br />
no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e adotou os chamados “oito elementos essenciais”:<br />
educação dirigida aos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> prevalentes e métodos para sua<br />
prevenção e controle; promoção do suprimento <strong>de</strong> alimentos e nutrição a<strong>de</strong>quada;<br />
abastecimento <strong>de</strong> água e saneamento básico apropriados; atenção<br />
materno-infantil, incluindo o planejamento familiar; imunização contra as<br />
principais doenças infecciosas; prevenção e controle <strong>de</strong> doenças endêmicas;<br />
tratamento apropriado <strong>de</strong> doenças infecciosas; tratamento apropriado <strong>de</strong><br />
doenças comuns e aci<strong>de</strong>ntes e distribuição <strong>de</strong> medicamentos básicos (WHO/<br />
Unicef, 1978).<br />
Em 2010, completamos trinta e dois anos <strong>de</strong> esforços intensos e<br />
crescentes para ofertar saú<strong>de</strong> para todos através da atenção primária ou<br />
atenção básica visto que esta se tornou a opção natural para modificar o<br />
quadro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> brasileiro.<br />
Os chamados “oito elementos essenciais” discutidos em Alma-Ata,<br />
fundamentaram, no Brasil a escolha da <strong>Atenção</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> como modalida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> aplicação.<br />
O SUS não teria como sair do papel e cumprir as funções e atribuições<br />
previstas na Constituição se não fosse através <strong>de</strong> uma <strong>Atenção</strong> Primária<br />
da Saú<strong>de</strong> forte.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
67<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
8.2 Programa Saú<strong>de</strong> da Família<br />
Para que a atenção primária realmente pu<strong>de</strong>sse acontecer, foi instituído<br />
em 1994, o Programa Saú<strong>de</strong> da Família. A partir <strong>de</strong> então, essa estratégia<br />
é colocada em prática e, hoje, este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atenção tem se mostrado<br />
efetivo.<br />
Para termos i<strong>de</strong>ia da sua dimensão, temos quinhentos mil profissionais<br />
trabalhando nas equipes do Saú<strong>de</strong> da Família, entre agentes comunitários<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, técnicos em<br />
higiene <strong>de</strong>ntal, auxiliares <strong>de</strong> consultórios <strong>de</strong>ntários, odontólogos, técnicos<br />
administrativos, motoristas e auxiliares <strong>de</strong> limpeza, <strong>de</strong>ntre outros.<br />
Para que esses profissionais <strong>de</strong>sempenhem bem suas funções, é necessária<br />
muita qualificação profissional e habilida<strong>de</strong> para cuidar <strong>de</strong> indivíduos,<br />
famílias e lidar com os <strong>de</strong>terminantes da saú<strong>de</strong>, muito além do setor<br />
saú<strong>de</strong> em si.<br />
A cobertura do Saú<strong>de</strong> da Família é superior a 90 milhões <strong>de</strong> habitantes.<br />
Vimos em linhas gerais o número <strong>de</strong> profissionais envolvidos para<br />
prestação <strong>de</strong> serviços na atenção básica, bem como o número <strong>de</strong> pessoas<br />
que são assistidas pelo Saú<strong>de</strong> da Família no Brasil.<br />
Para fortalecer a atenção básica, o Pacto pela Saú<strong>de</strong> estabeleceu<br />
objetivos e metas para acompanhar a situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dos brasileiros.<br />
Recor<strong>de</strong> o que já foi estudado no Pacto pela Saú<strong>de</strong>.<br />
Lembre-se <strong>de</strong> que ele se subdivi<strong>de</strong> em três:<br />
• Pacto pela vida;<br />
• Pacto em <strong>de</strong>fesa do SUS;<br />
• Pacto <strong>de</strong> gestão.<br />
Vamos estudar mais <strong>de</strong>talhadamente o Pacto pela Vida, por ser o<br />
pacto que trata dos compromissos sanitários e da avaliação do estado <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> das pessoas.<br />
O Pacto pela Vida <strong>de</strong>finiu seis priorida<strong>de</strong>s que são as ações fundamentais<br />
relacionadas <strong>à</strong> atenção básica:<br />
• Saú<strong>de</strong> do idoso;<br />
• Controle do câncer do útero e da mama;<br />
• Redução da mortalida<strong>de</strong> infantil e materna;<br />
• Fortalecimento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta <strong>à</strong>s doenças emergentes<br />
e en<strong>de</strong>mias, com ênfase na <strong>de</strong>ngue, hanseníase, tuberculose,<br />
malária e influenza;<br />
• Promoção da saú<strong>de</strong>;<br />
• Fortalecimento da atenção básica primária.<br />
Vamos saber agora quais são as propostas para cada uma <strong>de</strong>ssas<br />
priorida<strong>de</strong>s e as ações estratégicas previstas para alcançá-las.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 68 Gerência em Saú<strong>de</strong>
8.2.1 Saú<strong>de</strong> do idoso<br />
Para efeitos <strong>de</strong>sse Pacto, será consi<strong>de</strong>rada idosa a pessoa com 60<br />
anos ou mais.<br />
1 – O trabalho nessa área <strong>de</strong>ve seguir as seguintes diretrizes:<br />
• Promoção do envelhecimento ativo e saudável;<br />
• <strong>Atenção</strong> integral e integrada <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> da pessoa idosa;<br />
• Estímulo <strong>à</strong>s ações intersetoriais, visando <strong>à</strong> integralida<strong>de</strong> da atenção;<br />
• Implantação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> atenção domiciliar;<br />
• Acolhimento preferencial em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, respeitado o<br />
critério <strong>de</strong> risco;<br />
• Provimento <strong>de</strong> recursos capazes <strong>de</strong> assegurar qualida<strong>de</strong> da atenção<br />
<strong>à</strong> saú<strong>de</strong> da pessoa idosa;<br />
• Fortalecimento da participação social;<br />
• Formação e educação permanente dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do<br />
SUS na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da pessoa idosa;<br />
• Divulgação e informação sobre a Política Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da<br />
Pessoa Idosa para profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, gestores e usuários do<br />
SUS;<br />
• Promoção <strong>de</strong> cooperação nacional e internacional das experiências<br />
na atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> da pessoa idosa;<br />
• Apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos e pesquisas.<br />
2 – Ações estratégicas:<br />
• Ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Pessoa Idosa: instrumento <strong>de</strong> cidadania<br />
com informações relevantes sobre a saú<strong>de</strong> da pessoa idosa, possibilitando<br />
um melhor acompanhamento por parte dos profissionais<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
• Manual <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> Básica e Saú<strong>de</strong> para a Pessoa Idosa: para<br />
indução <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, tendo por referência as diretrizes<br />
contidas na Política Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Pessoa Idosa.<br />
• Programa <strong>de</strong> Educação Permanente <strong>à</strong> Distância: implementar<br />
programa <strong>de</strong> educação permanente na área do envelhecimento<br />
e da saú<strong>de</strong> do idoso, voltado para profissionais que trabalham na<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção básica em saú<strong>de</strong>, contemplando os conteúdos<br />
específicos das repercussões do processo <strong>de</strong> envelhecimento populacional<br />
para a saú<strong>de</strong> individual e para a gestão dos serviços<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
• Acolhimento: reorganizar o processo <strong>de</strong> acolhimento <strong>à</strong> pessoa<br />
idosa nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como uma das estratégias <strong>de</strong> enfrentamento<br />
das dificulda<strong>de</strong>s atuais <strong>de</strong> acesso.<br />
• Assistência Farmacêutica: <strong>de</strong>senvolver ações que visem qualificar<br />
a dispensação e o acesso da população idosa.<br />
• <strong>Atenção</strong> diferenciada na internação: instituir avaliação geriátrica<br />
global, realizada por equipe multidisciplinar, a toda pessoa idosa<br />
internada em hospital e que tenha a<strong>de</strong>rido ao Programa <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong><br />
Domiciliar.<br />
• <strong>Atenção</strong> domiciliar: instituir esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong><br />
serviços ao idoso, valorizando o efeito favorável do ambiente familiar<br />
no processo <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> pacientes e os benefícios<br />
adicionais para o cidadão e o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 69<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
8.2.2 Controle do câncer <strong>de</strong> colo <strong>de</strong> útero e <strong>de</strong> mama<br />
1 – Objetivos e metas para o controle do câncer <strong>de</strong> colo <strong>de</strong> útero:<br />
• Cobertura <strong>de</strong> 80% para o exame preventivo do câncer do colo <strong>de</strong><br />
útero, conforme protocolo;<br />
• Incentivo da realização da cirurgia <strong>de</strong> alta frequência técnica,<br />
que utiliza um instrumental especial para a retirada <strong>de</strong> lesões ou<br />
parte do colo uterino comprometidas (com lesões intraepiteliais<br />
<strong>de</strong> alto grau) com menor dano possível e que po<strong>de</strong> ser realizada<br />
em ambulatório, com pagamento diferenciado.<br />
Figura 41<br />
Fonte: Disponível em: <br />
Acesso em 04/10/2010.<br />
2 – Metas para o controle do câncer <strong>de</strong> mama:<br />
• Ampliar para 60% a cobertura <strong>de</strong> mamografia, conforme protocolo;<br />
• Realizar a punção em 100% dos casos necessários, conforme protocolo.<br />
8.2.3 Redução da mortalida<strong>de</strong> materna e infantil<br />
1 – Objetivos e metas para a redução da mortalida<strong>de</strong> infantil:<br />
• Reduzir a mortalida<strong>de</strong> neonatal em 5%;<br />
• Reduzir em 50% os óbitos por doença diarréica e em 20% por<br />
pneumonia;<br />
• Apoiar a elaboração <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> intervenção para a qualificação<br />
da atenção <strong>à</strong>s doenças prevalentes;<br />
• Criação <strong>de</strong> comitês <strong>de</strong> vigilância do óbito em 80% dos municípios<br />
com população acima <strong>de</strong> 80.000 habitantes.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 70 Gerência em Saú<strong>de</strong>
2 – Objetivos e metas para a redução da mortalida<strong>de</strong> materna:<br />
• Reduzir em 5% a razão <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> materna;<br />
• Garantir insumos e medicamentos para o tratamento das síndromes<br />
hipertensivas no parto;<br />
• Qualificar os pontos <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> sangue para que atendam<br />
<strong>à</strong>s necessida<strong>de</strong>s das maternida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> outros locais <strong>de</strong> parto.<br />
8.2.4 Fortalecimento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respostas <strong>à</strong>s<br />
doenças emergentes e en<strong>de</strong>mias, com ênfase na <strong>de</strong>ngue,<br />
hanseníase, tuberculose, malária e influenza<br />
Objetivos e metas para o controle da <strong>de</strong>ngue:<br />
• Plano <strong>de</strong> contingência para atenção aos pacientes, elaborado e<br />
implantado nos municípios prioritários;<br />
• Reduzir a menos <strong>de</strong> 1% a infestação predial por Ae<strong>de</strong>s aegypti<br />
em 30% dos municípios prioritários.<br />
• Meta para a eliminação da hanseníase:<br />
• Atingir o patamar <strong>de</strong> eliminação enquanto problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
pública, ou seja, menos <strong>de</strong> um caso por 10.000 habitantes em<br />
todos os municípios prioritários.<br />
Meta para o controle da tuberculose:<br />
• Atingir pelo menos 85% <strong>de</strong> cura <strong>de</strong> casos novos <strong>de</strong> tuberculose<br />
bacilífera diagnosticados a cada ano.<br />
• Meta para o controle da malária:<br />
• Reduzir em 15% a incidência parasitária anual na região da Amazônia<br />
Legal.<br />
Objetivo para o controle da influenza:<br />
• Implantar plano <strong>de</strong> contingência, unida<strong>de</strong>s sentinelas e o sistema<br />
<strong>de</strong> informação – SIVEP-GRIPE.<br />
8.2.5 Promoção da saú<strong>de</strong><br />
1 – Objetivos:<br />
• Elaborar e implementar uma política <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />
responsabilida<strong>de</strong> dos três gestores;<br />
• Enfatizar a mudança <strong>de</strong> comportamento da população brasileira,<br />
<strong>de</strong> forma a internalizar a responsabilida<strong>de</strong> individual da prática<br />
<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física regular, alimentação a<strong>de</strong>quada e saudável e<br />
combate ao tabagismo;<br />
• Articular e promover os diversos programas <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />
física já existentes e apoiar a criação <strong>de</strong> outros;<br />
• Promover medidas concretas pelo hábito da alimentação saudável;<br />
• Elaborar e pactuar a Política Nacional <strong>de</strong> Promoção da Saú<strong>de</strong><br />
para que contemple as especificida<strong>de</strong>s próprias dos estados e<br />
municípios que <strong>de</strong>veriam iniciar sua implementação em 2006;<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 71<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
8.2.6 Fortalecimento da atenção básica<br />
1 – Objetivos:<br />
• Assumir a estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família como estratégia prioritária<br />
para o fortalecimento da atenção básica, <strong>de</strong>vendo, o seu<br />
<strong>de</strong>senvolvimento, consi<strong>de</strong>rar as diferenças loco regionais;<br />
• Desenvolver ações <strong>de</strong> qualificação dos profissionais da atenção<br />
básica por meio <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> educação permanente e <strong>de</strong><br />
oferta <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> especialização e residência multiprofissional<br />
e em medicina da família;<br />
• Consolidar e qualificar a estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família nos pequenos<br />
e médios municípios;<br />
• Ampliar e qualificar a estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família nos gran<strong>de</strong>s<br />
centros urbanos;<br />
• Garantir a infraestrutura necessária ao funcionamento das Unida<strong>de</strong>s<br />
Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, dotando-as <strong>de</strong> recursos materiais, equipamentos<br />
e insumos suficientes para o conjunto <strong>de</strong> ações propostas<br />
para esses serviços;<br />
• Garantir o financiamento da <strong>Atenção</strong> Básica como responsabilida<strong>de</strong><br />
das três esferas <strong>de</strong> gestão do SUS;<br />
• Aprimorar a inserção dos profissionais da <strong>Atenção</strong> Básica nas re<strong>de</strong>s<br />
locais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> vínculos <strong>de</strong> trabalho que favoreçam<br />
o provimento e a fixação dos profissionais;<br />
• Implantar o processo <strong>de</strong> monitoramento e <strong>de</strong> avaliação da <strong>Atenção</strong><br />
Básica nas três esferas do governo, com vistas <strong>à</strong> qualificação<br />
da gestão <strong>de</strong>scentralizada;<br />
• Apoiar diferentes modos <strong>de</strong> organização e fortalecimento da<br />
<strong>Atenção</strong> Básica que consi<strong>de</strong>rem os princípios da estratégia do<br />
Saú<strong>de</strong> da Família, respeitando as especificida<strong>de</strong>s loco regionais;<br />
• Implantar a Política Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Pessoa Idosa, buscando<br />
a atenção integral.<br />
Deve-se lembrar que cada estado ou município, baseado nas necessida<strong>de</strong>s<br />
da população e nas realida<strong>de</strong>s locais, po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>finir priorida<strong>de</strong>s<br />
adicionais.<br />
O Estado <strong>de</strong> Minas Gerais, por exemplo, acrescentou outros programas<br />
relativos <strong>à</strong> área da saú<strong>de</strong>. Tendo como proposta tornar Minas “o<br />
melhor estado para se viver”, foram implantados programas <strong>de</strong>nominados<br />
estruturadores e associados. Estes programas objetivam qualificar a atenção<br />
básica para que esta signifique realmente a “porta <strong>de</strong> entrada” do sistema<br />
brasileiro com suporte <strong>de</strong> atendimento garantido.<br />
Isto significa trabalhar em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>, promovendo<br />
resolubilida<strong>de</strong> do sistema. É o que estudaremos em nossa próxima aula.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 72 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Resumo<br />
Nesta aula, você apren<strong>de</strong>u:<br />
• Reconhecer as principais estratégias para o fortalecimento da<br />
atenção básica.<br />
• Enten<strong>de</strong>r o Pacto pela Saú<strong>de</strong> como estratégia governamental<br />
mais importante para o SUS na atualida<strong>de</strong>.<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />
Vamos apren<strong>de</strong>r um pouco mais?<br />
1) O Pacto pela Saú<strong>de</strong> se divi<strong>de</strong> em 03 dimensões. Escreva sobre cada uma<br />
<strong>de</strong>las.<br />
2) No seu ponto <strong>de</strong> vista qual a importância <strong>de</strong>sse Pacto pela Saú<strong>de</strong>?<br />
3) Pesquisar:<br />
a) O seu município conta com quantas equipes <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família?<br />
b) Quantos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> prestam serviços <strong>à</strong> Saú<strong>de</strong> da Família?<br />
c) Quantas pessoas são alcançadas e atendidas pelo Saú<strong>de</strong> da Família?<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 73<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
AULA 1<br />
Aula 9 – A importância da resolubilida<strong>de</strong><br />
Alfabetização Digital<br />
da atenção básica no sistema Municipal<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Objetivos<br />
• I<strong>de</strong>ntificar a importância <strong>de</strong> uma atenção básica consistente e<br />
resolutiva.<br />
• Conhecer os principais programas estaduais para uma atenção<br />
básica resolutiva.<br />
9.1 A importância da resolubilida<strong>de</strong> da atenção<br />
básica no sistema Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
É no município que a saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fato, acontece.<br />
Por isso, a atenção básica foi a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência que mais<br />
resultados trouxe para a melhoria sanitária do nosso país. Lembra-se <strong>de</strong> que<br />
são 5.564 municípios <strong>de</strong> todas as faixas populacionais?<br />
O Saú<strong>de</strong> da Família, implantado em todo país <strong>de</strong>s<strong>de</strong> em municípios<br />
com menos <strong>de</strong> cinco mil habitantes até os com população superior a um<br />
milhão, tem como objetivo fortalecer o vínculo entre suas equipes e a população,<br />
humanizar o cuidado e resolver os principais problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Embora a atenção primária seja <strong>de</strong> fundamental importância para<br />
solucionar as principais necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população, ela sozinha<br />
não dá conta <strong>de</strong> resolver os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que requerem outras ações<br />
complementares para garantir o princípio da integralida<strong>de</strong>.<br />
Inicialmente, o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> trabalhava com uma visão <strong>de</strong> menor<br />
valorização da atenção básica – pelo fato <strong>de</strong> ela ser <strong>de</strong>r menor complexida<strong>de</strong><br />
tecnológica – e a maior valorização da atenção secundária e terciária.<br />
Estes dois últimos níveis eram supervalorizados, por serem serviços<br />
<strong>de</strong> maior complexida<strong>de</strong> como exames <strong>de</strong> alto custo (tomografias, hemodinâmica,<br />
cirurgias, <strong>de</strong>ntre outros).<br />
Este mo<strong>de</strong>lo assistencial baseava-se em uma pirâmi<strong>de</strong>. Na base,<br />
situava-se a atenção básica; no meio a média complexida<strong>de</strong> e, no topo, a<br />
alta complexida<strong>de</strong>.<br />
Esses serviços não funcionavam bem, pois não havia articulação<br />
entre eles. Portanto, não viabilizavam o atendimento integral <strong>à</strong>s pessoas.<br />
O conceito <strong>de</strong> atendimento em forma <strong>de</strong> pirâmi<strong>de</strong> foi sendo substituído<br />
por re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
75<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Figura 47<br />
Fonte: : Disponível em: Acesso em 04 <strong>de</strong><br />
outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
A mudança dos sistemas piramidais e hierárquicos<br />
para as Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> <strong>à</strong> Saú<strong>de</strong><br />
As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> têm como centro a atenção primária<br />
e integra-se <strong>à</strong> atenção secundária e terciária, com intervenções <strong>de</strong> cura,<br />
cuidado e reabilitação.<br />
O princípio da integralida<strong>de</strong> está aí atendido, realizando ações <strong>de</strong><br />
promoção da saú<strong>de</strong>, prevenção <strong>de</strong> doenças, gestão das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
por meio <strong>de</strong> outras intervenções necessárias.<br />
Uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> estrutura-se em cinco componentes:<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 76 Gerência em Saú<strong>de</strong>
• O centro <strong>de</strong> comunicação <strong>à</strong> atenção primária;<br />
• Os pontos <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> secundária e terciária;<br />
• Os sistemas <strong>de</strong> apoio (sistema <strong>de</strong> apoio diagnóstico e terapêutico,<br />
sistema <strong>de</strong> assistência farmacêutica e sistemas <strong>de</strong><br />
informação);<br />
• Os sistemas logísticos (cartão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação das pessoas usuárias,<br />
prontuário clínico, sistemas <strong>de</strong> acesso regulado <strong>à</strong> atenção,<br />
sistema <strong>de</strong> transporte em saú<strong>de</strong>);<br />
• Sistema <strong>de</strong> governança da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Os três primeiros componentes da re<strong>de</strong> dizem respeito <strong>à</strong> assistência<br />
propriamente dita.<br />
O quarto componente dá suporte para que as ações possam <strong>de</strong> fato<br />
acontecer.<br />
O quinto componente diz respeito <strong>à</strong> governança da atenção.<br />
Uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> tem possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualificar a<br />
atenção primária e é parte integrante <strong>de</strong>sta atenção.<br />
Todo esse esforço para alterar o setor da saú<strong>de</strong> tem o objetivo <strong>de</strong><br />
levá-lo a ser cada vez mais resolutivo.<br />
9.2. Resolubilida<strong>de</strong> na área da saú<strong>de</strong><br />
Você sabe o que significa Resolubilida<strong>de</strong>?<br />
Como já dissemos anteriormente, além <strong>de</strong> trabalhar as ativida<strong>de</strong>s<br />
estabelecidas que já foram <strong>de</strong>talhadas do Pacto da Saú<strong>de</strong>, no<br />
âmbito nacional, o Estado <strong>de</strong> Minas Gerais estabeleceu priorida<strong>de</strong>s<br />
estaduais.<br />
Todas elas foram pensadas para funcionar num sistema <strong>de</strong> re<strong>de</strong>,<br />
partindo da atenção básica e também envolvendo os níveis <strong>de</strong> atenção secundária<br />
e terciária <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>, garantindo o princípio da integralida<strong>de</strong> e equida<strong>de</strong><br />
na saú<strong>de</strong>.<br />
São os <strong>de</strong>nominados Programas Estruturadores e Associados.<br />
Resolubilida<strong>de</strong><br />
ou resolutivida<strong>de</strong><br />
significa a eficiência<br />
na capacida<strong>de</strong> da<br />
resolução das ações<br />
e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
através da assistência<br />
integral resolutiva,<br />
contínua e <strong>de</strong> boa<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>à</strong> população<br />
adscrita no domicílio e<br />
na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
buscando i<strong>de</strong>ntificar e<br />
intervir sobre as causas<br />
e fatores <strong>de</strong> risco aos<br />
quais esta população<br />
está exposta (MS, 2004).<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 77<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
9.3 Programas estruturadores e associados no<br />
Estado <strong>de</strong> Minas Gerais<br />
Você sabe quais<br />
são os Programa<br />
Estruturadores da<br />
Secretaria <strong>de</strong> Estado da<br />
Saú<strong>de</strong> que aconteceu no<br />
seu município?<br />
Informe-se na Secretaria<br />
Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
sobre os programas<br />
estruturadores e<br />
associados.<br />
Figura 48<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 4/10/2010.<br />
Programas Estruturadores e Associados<br />
Os Programas Estruturadores e Associados são os que <strong>de</strong>senvolvem<br />
ações <strong>de</strong> maior impacto no estado e representam os programas estratégicos.<br />
Em Minas Gerais os programas estruturadores e associados são:<br />
• Saú<strong>de</strong> em casa;<br />
• Viva vida;<br />
• Regionalização da assistência;<br />
• Farmácia <strong>de</strong> Minas.<br />
Saú<strong>de</strong> em Casa<br />
O programa Saú<strong>de</strong> em Casa, por meio <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ações,<br />
contribui para a melhoria da <strong>Atenção</strong> Primária <strong>à</strong> Saú<strong>de</strong>, objetivando qualificá-la<br />
ainda mais e fortalecer as equipes do Programa Saú<strong>de</strong> da Família (PSF).<br />
O Governo Estadual instituiu um incentivo financeiro mensal que<br />
varia <strong>de</strong> acordo com o índice <strong>de</strong> Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e o Índice <strong>de</strong> Porte<br />
Econômico dos municípios.<br />
Assim, municípios mais pobres e com maior necessida<strong>de</strong> em saú<strong>de</strong><br />
recebem mais em comparação com aqueles que possuem mais recursos ou<br />
têm uma menor necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos e investimentos na saú<strong>de</strong>. Esse recurso<br />
objetiva o custeio das ativida<strong>de</strong>s das equipes, po<strong>de</strong>ndo ser empregado<br />
na aquisição <strong>de</strong> equipamentos e <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> consumo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja<br />
para uso na atenção primária <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>à</strong> exceção <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> pessoal.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 78 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Viva Vida<br />
O programa Viva Vida trabalha para redução da mortalida<strong>de</strong> infantil<br />
e materna. Para alcançar as metas propostas, o Governo do Estado investe<br />
recursos na estruturação, qualificação e mobilização social da Re<strong>de</strong> Viva Vida.<br />
Para a estruturação, são <strong>de</strong>stinados recursos financeiros para construção,<br />
reforma e aquisição <strong>de</strong> equipamentos. Além disso, o Governo <strong>de</strong> Minas<br />
esta implantando novos pontos <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>: s Centros Viva Vida<br />
(CVV) e as Casas <strong>de</strong> Apoio <strong>à</strong> Gestante.<br />
Para qualificação da Re<strong>de</strong>, o Viva Vida investe na elaboração e implantação<br />
<strong>de</strong> linhas-guias e protocolos clínicos, capacitações dos profissionais<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e na melhoria da qualida<strong>de</strong> das informações.<br />
A estratégia <strong>de</strong> mobilização social consiste no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
uma ampla re<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização, <strong>de</strong> forma a complementar o sistema <strong>de</strong><br />
governança das CIB Micro e Macrorregionais.<br />
PRO-HOSP<br />
O Programa <strong>de</strong> Fortalecimento e Melhoria da Qualida<strong>de</strong> dos Hospitais<br />
(PRO-HOSP) integra o Projeto Estruturador <strong>de</strong> Regionalização da Assistência<br />
<strong>à</strong> Saú<strong>de</strong>, e juntamente com os <strong>de</strong>mais projetos Viva Vida, Saú<strong>de</strong> em<br />
Casa e Saneamento Básico compõem a área <strong>de</strong> resultado-Vida Saudável.<br />
Esta iniciativa do Governo estadual tem como um dos seus propósitos<br />
aumentar a eficiência alocativa e a otimização do sistema <strong>de</strong> atenção<br />
<strong>à</strong> saú<strong>de</strong> do SUS em Minas Gerais. O governo, por meio da Secretaria, faz o<br />
repasse dos recursos, e as instituições se comprometem a cumprir metas<br />
assistenciais e gerenciais.<br />
Programação Pactuada Integrada<br />
A Programação Pactuada Integrada – PPI/MG – apresenta-se como<br />
um instrumento <strong>de</strong> planejamento físico-orçamentário dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> média e alta complexida<strong>de</strong> no âmbito estadual. Através da PPI, os municípios<br />
<strong>de</strong>finem e quantificam as ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a serem realizadas, buscando<br />
a<strong>de</strong>quar a <strong>de</strong>manda <strong>à</strong> oferta <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Dessa forma, além <strong>de</strong> instrumento <strong>de</strong> planejamento em âmbito estadual,<br />
a PPI Assistencial se consubstancia num pacto solidário entre gestores,<br />
<strong>à</strong> medida que traduz as responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada município em relação<br />
<strong>à</strong> garantia <strong>de</strong> acesso da população aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Sistema <strong>de</strong> Regulação<br />
O Sistema <strong>de</strong> Regulação Assistencial visa dar a melhor resposta a<br />
uma <strong>de</strong>manda assistencial no prazo mais curto possível. A gran<strong>de</strong> extensão<br />
territorial do estado balizou a concepção <strong>de</strong> Centrais <strong>de</strong> Regulação localizadas<br />
em cida<strong>de</strong>s polo, amparada na lógica <strong>de</strong> um Plano Diretor <strong>de</strong> Regionalização.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 79<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Utilizando a base <strong>de</strong> dados da PPI/MG, as centrais através do sistema<br />
SUSFácil, se integram, via web, organizando a utilização <strong>de</strong> recursos<br />
assistenciais em estabelecimentos hospitalares e ambulatoriais, promovendo<br />
o acesso humanizado e equânime do cidadão mineiro aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
A regulação empreen<strong>de</strong>u avanço histórico na gestão dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
no Estado.<br />
Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Urgência e Emergência<br />
A Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Urgência e Emergência é um dos projetos estruturadores<br />
do Estado <strong>de</strong> Minas Gerais, que objetiva aperfeiçoar o atendimento <strong>à</strong>s urgências.<br />
Para possibilitar tal melhoria verificou-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estruturar<br />
uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong>s urgências que conectasse as estruturas (físicas,<br />
recursos humanos, logística, apoio diagnóstico) e que compartilhasse as responsabilida<strong>de</strong>s<br />
e os resultados para melhor aten<strong>de</strong>r os usuários.<br />
Transporte em Saú<strong>de</strong><br />
O sistema <strong>de</strong> transporte em saú<strong>de</strong>, SETS, projeto implementado no<br />
ano <strong>de</strong> 2005 com um projeto na microrregião <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora e Santos Dumont,<br />
a partir <strong>de</strong> uma experiência <strong>de</strong> cooperação <strong>de</strong> alguns municípios, tem<br />
como finalida<strong>de</strong> equacionar a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>sses entes por transportes <strong>de</strong> seus<br />
cidadãos, usuários do SUS, até o local <strong>de</strong> atendimento.<br />
O SETS utiliza uma completa metodologia <strong>de</strong> logística <strong>de</strong> transporte,<br />
aliado com outra política – a <strong>de</strong> regionalização da saú<strong>de</strong> – on<strong>de</strong> se<br />
integram os municípios, <strong>de</strong> uma microrregião, em um mesmo planejamento<br />
logístico, tornando eficientes os vários tipos <strong>de</strong> transporte (transporte d usuários<br />
para procedimento eletivo, transporte <strong>de</strong> servidores públicos em tarefas<br />
estratégicas, transporte <strong>de</strong> material biológico e transporte <strong>de</strong> resíduos<br />
<strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>) gerando economia <strong>de</strong> escala e também a racionalida<strong>de</strong><br />
administrativa.<br />
Mais Vida<br />
Uma das atuais priorida<strong>de</strong>s das Políticas Públicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Estado<br />
foi a criação do Programa Mais Vida, um projeto prioritário do Governo do<br />
Estado <strong>de</strong> Minas Gerais na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com vistas a melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
vida da pessoa idosa que tem como propósito ofertar padrão <strong>de</strong> excelência<br />
nas ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e promover o aumento dos anos vividos da pessoa idosa,<br />
garantindo a manutenção <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> funcional e autonomia.<br />
A visão do Programa é ser padrão <strong>de</strong> excelência em atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
do idoso e sua missão é implantar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> da população<br />
idosa no estado <strong>de</strong> Minas Gerais através <strong>de</strong> sistema articulado e integrado <strong>de</strong><br />
ações qualificadas em saú<strong>de</strong>, assegurando os princípios doutrinários do SUS<br />
<strong>de</strong> equida<strong>de</strong>, universalida<strong>de</strong> e integralida<strong>de</strong>.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 80 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Hiperdia<br />
O Hiperdia – Programa Estadual <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> ao Portador <strong>de</strong> Hipertensão<br />
e Diabetes – tem como objetivo ampliar a longevida<strong>de</strong> da população<br />
do Estado <strong>de</strong> Minas Gerais, por meio <strong>de</strong> intervenções capazes <strong>de</strong> diminuir a<br />
morbida<strong>de</strong> e a mortalida<strong>de</strong> por doenças cardiovasculares e diabetes.<br />
Visa articular e integrar ações nos diferentes níveis <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong><br />
do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para reduzir fatores <strong>de</strong> risco para essas patologias;<br />
evitar o agravamento das morbida<strong>de</strong>s referenciadas e reduzir a evolução <strong>de</strong><br />
agravos que possam <strong>de</strong>mandar uma atenção <strong>de</strong> maior complexida<strong>de</strong> e custo.<br />
Estão sendo implantados, em algumas microrregiões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do<br />
Estado, pontos <strong>de</strong> atenção secundária <strong>à</strong> hipertensão e diabetes – os Centros<br />
Hiperdia –. Esta é uma das priorida<strong>de</strong>s da Política <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> ao Portador e<br />
Hipertensão e Diabetes e objetiva prestar assistência aos pacientes que se<br />
enquadram em critérios <strong>de</strong> encaminhamento, vindos da primária.<br />
Farmácia <strong>de</strong> Minas<br />
Em 2008, a SES-MG inaugurou uma nova fase do Programa Farmácia<br />
<strong>de</strong> Minas. Com investimentos próprios, o Governo <strong>de</strong> Minas está financiando<br />
a construção <strong>de</strong> seiscentas farmácias em municípios <strong>de</strong> até 30.000 habitantes,<br />
cobrindo cerca <strong>de</strong> 70% das cida<strong>de</strong>s mineiras.<br />
Esta estratégia leva em consi<strong>de</strong>ração a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses municípios<br />
em conseguir a fixação <strong>de</strong> farmacêuticos qualificados, o maior gasto per<br />
capta com medicamentos, a existência <strong>de</strong> serviços menos estruturados e, ao<br />
mesmo tempo, a alta taxa <strong>de</strong> cobertura do Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família.<br />
As Unida<strong>de</strong>s da Re<strong>de</strong> Farmácia <strong>de</strong> Minas dispensam gratuitamente <strong>à</strong><br />
população medicamentos para atenção primária, vinculados <strong>à</strong> prestação <strong>de</strong><br />
serviços farmacêuticos, possibilitando uma maior integração com os outros<br />
serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> oferecidos no município e nas regiões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Estado<br />
<strong>de</strong> Minas Gerais.<br />
Além <strong>de</strong>sses programas citados, o Estado <strong>de</strong> Minas propõe para dar<br />
maior resolutivida<strong>de</strong> ao setor saú<strong>de</strong>:<br />
• Desenvolver programa <strong>de</strong> educação permanente e <strong>de</strong> capacitação<br />
profissional para funcionários do SUS e da SES-MG (Secretaria<br />
<strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais);<br />
• Integrar as Fundações Hemominas, Fundação Ezequiel Dias (FU-<br />
NED) e Fundação Hospitalar <strong>de</strong> Minas Gerais <strong>à</strong> SES/MG, numa<br />
gestão participativa e colegiada;<br />
• Estabelecer parcerias com entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classes (por exemplo,<br />
SESI), para execução <strong>de</strong> campanhas e ações educativas <strong>de</strong> promoção<br />
da saú<strong>de</strong>.<br />
Todas essas iniciativas apresentadas promovem a resolubilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
atenção básica, configurando uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 81<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Para exemplificar, a figura seguinte apresenta alguns pontos <strong>de</strong><br />
atenção que se comunicam fazendo com que o sistema seja realmente uma<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção primária, secundária e terciária <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Nível <strong>de</strong><br />
<strong>Atenção</strong><br />
PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE<br />
Território<br />
Sanitário<br />
<strong>Atenção</strong><br />
Terciária <strong>à</strong><br />
Saú<strong>de</strong><br />
Maternida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Alto Risco<br />
Terciária<br />
Casa da Gestante<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Internação<br />
Pediátrica <strong>de</strong><br />
Nível Terciário<br />
Macrorregião<br />
<strong>Atenção</strong><br />
Secundária <strong>à</strong><br />
Saú<strong>de</strong><br />
Maternida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Alto Risco<br />
Secundária<br />
Centro Viva<br />
Vida<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Internação<br />
Pediátrica<br />
Microrregião<br />
<strong>Atenção</strong><br />
Primária <strong>à</strong><br />
Saú<strong>de</strong><br />
Maternida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Risco Habitual<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> primária <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>/Unida<strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> da Família<br />
Agente Comunitário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Município<br />
Município<br />
área <strong>de</strong><br />
abrangência<br />
Micro-área<br />
Fonte: Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Minas Gerais (2007a). Pág. 17.<br />
Vocês viram como os problemas assim resolvidos por áreas específicas<br />
garantem uma re<strong>de</strong> sólida, realmente resolutiva.<br />
Resumo<br />
Nesta aula, você apren<strong>de</strong>u:<br />
• A importância <strong>de</strong> uma atenção básica forte e ampliada.<br />
• Quais os principais programas estaduais para assegurar uma<br />
atenção básica resolutiva.<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />
Vamos apren<strong>de</strong>r um pouco mais?<br />
1) No seu município existe algum programa mencionado na lição estudada?<br />
Fale um pouco sobre o assunto.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 82 Gerência em Saú<strong>de</strong>
AULA 1<br />
Alfabetização Digital<br />
Aula 10 – Promoção da saú<strong>de</strong> no PSF<br />
Objetivos<br />
• Conhecer a evolução histórica do PSF, seus principais<br />
• eventos e a ampliação da cobertura populacional.<br />
• Enten<strong>de</strong>r a importância do PSF como porta <strong>de</strong> entrada da<br />
• assistência a saú<strong>de</strong>.<br />
• Enten<strong>de</strong>r a importância dos profissionais que atuam na<br />
• equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família.<br />
10.1 Promoção da saú<strong>de</strong> no PSF<br />
Como já vimos em aulas anteriores, foi muito mencionada a importância<br />
dos serviços básicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> uma vez que é neste primeiro nível <strong>de</strong><br />
atenção que são <strong>de</strong>senvolvidas ações <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> prevenção<br />
<strong>de</strong> doenças.<br />
Antes <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo assistencial que dá priorida<strong>de</strong> <strong>à</strong> promoção da<br />
saú<strong>de</strong>, as ações eram principalmente voltadas para a doença e os programas<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> eram implementados para prestar assistência a estes problemas <strong>de</strong><br />
doenças. Assim, não havia uma preocupação com outras ações que pu<strong>de</strong>ssem<br />
evitar a doença.<br />
Com o entendimento da importância que tem a prevenção da saú<strong>de</strong>,<br />
surgiram os programas <strong>de</strong> atenção básica.<br />
O Programa Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) foi implantado em 1994. Este<br />
programa veio ampliar o número das ativida<strong>de</strong>s que já eram realizadas pelo<br />
Programa <strong>de</strong> Agentes Comunitários da Saú<strong>de</strong> (PCS), sendo estes profissionais<br />
que hoje prestam serviços relevantes e fundamentais no Programa Saú<strong>de</strong> da<br />
Família.<br />
O Programa Saú<strong>de</strong> da Família (PSF) tem este nome porque ela traz<br />
uma mudança <strong>de</strong> propósito para o enfrentamento das causas que produzem<br />
doenças. Diferentemente <strong>de</strong> atuar com pessoas isoladas, o programa visita<br />
as famílias em suas residências. A visita <strong>à</strong>s famílias possibilita que sejam<br />
i<strong>de</strong>ntificados todos os problemas relacionados ao processo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>-doença.<br />
Uma vez i<strong>de</strong>ntificados os problemas, há como resolvê-los com ações<br />
das mais diversas, como por exemplo, encaminhando as pessoas para grupos<br />
já formados, on<strong>de</strong> o seu caso é trabalhado. Po<strong>de</strong>rá ser um grupo <strong>de</strong> hipertensos,<br />
ou grupo <strong>de</strong> diabéticos, ou grupo <strong>de</strong> gestantes <strong>de</strong> alto risco etc.<br />
Você conhece algum PSF na sua localida<strong>de</strong> ou próximo? Procure<br />
saber quais são as ativida<strong>de</strong>s exercidas pelo Programa.<br />
Promoção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
é...<br />
Para promover saú<strong>de</strong><br />
e prevenir doenças é<br />
imprescindível conhecer<br />
os elementos que<br />
po<strong>de</strong>m produzir saú<strong>de</strong><br />
ou causar doenças.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong><br />
83<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Estes lugares <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para on<strong>de</strong> as pessoas são encaminhadas para<br />
resolver problemas específicos são chamados <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> referência.<br />
A divisão dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> por complexida<strong>de</strong> é uma estratégia<br />
<strong>de</strong> organização que visa garantir a melhor utilização possível dos<br />
recursos disponíveis, tentando ao mesmo tempo esten<strong>de</strong>r ao máximo a<br />
cobertura dos serviços e controlar os gastos com assistência.<br />
Adscrita<br />
significa que é uma<br />
população resi<strong>de</strong>nte em<br />
uma <strong>de</strong>terminada área<br />
territorial, tendo uma<br />
equipe do PSF por ela.<br />
Como se vê, as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> referência são <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> atenção secundária<br />
ou terciária, ou seja, prestam serviços mais especializados.<br />
Desta forma, mesmo existindo estes serviços para on<strong>de</strong> as pessoas<br />
po<strong>de</strong>m ser encaminhadas, o correto é que o Programa Saú<strong>de</strong> da Família seja<br />
o primeiro lugar on<strong>de</strong> a pessoa possa ser atendida resolvendo gran<strong>de</strong> parte<br />
dos problemas.<br />
Já está comprovado que com a implantação dos PSF’s, já foi reduzido<br />
em muitos municípios o índice <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil e <strong>de</strong> mortes por<br />
outras doenças.<br />
Para que o Programa Saú<strong>de</strong> da Família funcione <strong>de</strong> forma satisfatória,<br />
os governos e prefeituras recebem incentivos financeiros.<br />
Cada Programa Saú<strong>de</strong> da Família tem uma população adscrita.<br />
Cada equipe do Saú<strong>de</strong> da Família <strong>de</strong>verá aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> 600 a 1.000<br />
famílias, ou até no máximo 4.500 habitantes. Cada agente comunitário <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> (ACS) <strong>de</strong>verá aten<strong>de</strong>r entre 20 a 250 famílias<br />
Figura 57: visita domiciliar do agente comunitário <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 03 <strong>de</strong> out. <strong>de</strong> 2010.<br />
O principal motivo <strong>de</strong> o Programa Saú<strong>de</strong> da Família funcionar com<br />
uma equipe que é fixa naquela localida<strong>de</strong> é fazer com que haja maior interação<br />
entre os usuários e os prestadores <strong>de</strong> serviços, estabelecendo um<br />
vínculo <strong>de</strong> confiança e até amiza<strong>de</strong>. Uma equipe mínima do Saú<strong>de</strong> da Família<br />
é a composta <strong>de</strong>:<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 84 Gerência em Saú<strong>de</strong>
• Profissional médico;<br />
• Profissional enfermeiro;<br />
• Auxiliares <strong>de</strong> enfermagem;<br />
• Agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Para garantir que haja maior conhecimento e confiança entre população<br />
e estes trabalhadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do PSF, todos precisam <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação<br />
exclusiva, ou seja, trabalharem só no PSF.<br />
O que faz com que a promoção da saú<strong>de</strong> seja <strong>de</strong> fato conseguida é<br />
a forma <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong>sta equipe <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que juntamente<br />
com a participação da população levantam todas as informações necessárias:<br />
dados sobre a própria pessoa (nome, data <strong>de</strong> nascimento, sexo, ida<strong>de</strong><br />
- os quais chamamos <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>mográficos); informações sobre trabalho<br />
<strong>de</strong>stas pessoas, nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, religião, se há coleta <strong>de</strong> lixo, se há<br />
água tratada na residência, o <strong>de</strong>stino <strong>de</strong>jetos, tipos <strong>de</strong> casas etc.<br />
Uma vez conhecidas as especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada área <strong>de</strong> atuação<br />
dos PSF’s, estes se organizam <strong>de</strong> forma a aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
inclusive po<strong>de</strong>ndo priorizar algumas <strong>de</strong>las.<br />
10.2 A história do PSF / Linha do tempo<br />
Conheça, agora, a linha do tempo do Saú<strong>de</strong> da Família, seus principais<br />
eventos e a ampliação da cobertura populacional.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 85<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 86 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Fonte: BRASIL. Ministério da Saú<strong>de</strong>. Temático Saú<strong>de</strong> da Família. Ministério da Saú<strong>de</strong> – Brasília:<br />
Organização Pan-americana da Saú<strong>de</strong>, 2008.<br />
O aumento da cobertura da população pelo Programa Saú<strong>de</strong> da<br />
Família trouxe gran<strong>de</strong> impacto do alcance da Saú<strong>de</strong> Pública, também garantindo<br />
o princípio da equida<strong>de</strong> do SUS, quanto <strong>à</strong> oferta dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
ainda garantindo, além da melhoria dos cuidados, a humanização do atendimento.<br />
Alcançar a equida<strong>de</strong> em saú<strong>de</strong> é um dos focos da promoção da saú<strong>de</strong>.<br />
As ações <strong>de</strong> promoção têm o objetivo <strong>de</strong> reduzir as diferenças no<br />
estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população e assegurar oportunida<strong>de</strong>s e recursos igualitários<br />
para capacitar todas as pessoas a realizar completamente seu potencial<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Isto inclui uma base sólida: ambientes favoráveis, acesso <strong>à</strong> infor-<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 87<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
mação, as experiências e habilida<strong>de</strong>s na vida, bem como oportunida<strong>de</strong>s que<br />
permitam fazer escolha por uma vida mais sadia.<br />
Assim, as estratégias e programas na área da promoção da saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>vem se adaptar <strong>à</strong>s necessida<strong>de</strong>s locais e <strong>à</strong>s possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada região,<br />
bem como levar em conta as diferenças em seus sistemas sociais, culturais<br />
e econômicos.<br />
Os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos pelo PSF são <strong>de</strong> promoção, prevenção,<br />
diagnóstico, tratamento e reabilitação para os problemas <strong>de</strong> maior frequência e<br />
importância, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes se a pessoa é criança, adolescente, adulta ou idosa.<br />
São realizados acompanhamentos da situação <strong>de</strong> vacinas em crianças,<br />
bem como avaliação do seu crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento,entre outros.<br />
Para os adultos e adolescentes, o acompanhamento é voltado para<br />
o controle <strong>de</strong> hipertensos, diabéticos, situação vacinal, alimentação e nutrição,<br />
acompanhamento <strong>de</strong> gestantes. Outra importante ação <strong>de</strong>senvolvida<br />
pelo Programa Saú<strong>de</strong> da Família se refere <strong>à</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> bucal.<br />
Milhões <strong>de</strong> pessoas no Brasil não possuem <strong>de</strong>ntes nem <strong>de</strong>ntaduras,<br />
o que po<strong>de</strong> causar câncer <strong>de</strong> boca, além <strong>de</strong> influências negativas na auto-<br />
-estima, pois para sorrir que é uma característica básica do homem, é necessário<br />
ter bons <strong>de</strong>ntes.<br />
Figura 58<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 03 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
Figura 59<br />
Fonte: Disponível em: . Acesso em 02 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 88 Gerência em Saú<strong>de</strong>
O PSF investiu pesadamente em implantação <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
bucal. Estas equipes fazem o procedimento da atenção básica em saú<strong>de</strong><br />
bucal. Para casos mais complexos que exigem tratamentos especializados<br />
foram instalados os Centros <strong>de</strong> Especialida<strong>de</strong>s Odontológicas (CEO). Os CEO’s<br />
oferecem tratamentos <strong>de</strong> canal, tratamento <strong>de</strong> doenças <strong>de</strong> gengiva, atendimentos<br />
<strong>de</strong> pacientes especiais, como portadores <strong>de</strong> síndrome <strong>de</strong> Down e<br />
outros.<br />
A atenção básica é tão importante que para atendimento neste<br />
nível básico foi reservado um funcionamento específico.<br />
Através dos recursos da União, dos Estados, do Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<br />
municípios, um percentual <strong>de</strong> recursos vai diretamente custear a atenção<br />
básica.<br />
Você sabe o que significa a sigla PAB?<br />
O PAB (Piso <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> Básica) foi criado pela portaria nº 1.882 em<br />
1997. Conta com duas frações: uma física e uma variável.<br />
O PSB fixo é calculado por um valor per capita, que quer dizer por<br />
pessoa, distribuído ao financiamento das ações <strong>de</strong> atenção básica em geral<br />
como: consultas médicas básicas, atendimentos prestados por outros profissionais<br />
<strong>de</strong> nível superior, imunizações, curativos, recursos <strong>de</strong>stinados ao<br />
pagamento dos profissionais que executam essas ações.<br />
É estabelecido um valor pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>, que multiplicado<br />
pelo número da população dá o total do PAB fixo/ano para cada município.<br />
Hoje o valor do PAB varia <strong>de</strong> R$15,00 a R$18,00, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do porte do<br />
município. A partir <strong>de</strong>stas informações você sabe calcular o valor do PAB fixo<br />
do seu município?<br />
Anote aqui:<br />
O PAB variável é estabelecido através das estratégias <strong>de</strong> ações básicas<br />
que o município assume.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 89<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
São estratégias <strong>de</strong> atenção básica: Saú<strong>de</strong> da Família, agentes comunitários<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, compensação <strong>de</strong> especificida<strong>de</strong>s regionais, saú<strong>de</strong> indígena,<br />
saú<strong>de</strong> do sistema penitenciário.<br />
Vimos, assim, que quanto mais se organiza a atenção básica, maior<br />
o valor do PAB variável.<br />
A portaria que <strong>de</strong>fine as estratégias remuneradas é a <strong>de</strong> nº 648 <strong>de</strong><br />
março <strong>de</strong> 2006.<br />
Nesta aula, <strong>de</strong>stacamos a importância da atenção básica, tanto<br />
para melhorar a saú<strong>de</strong> da população brasileira, através da promoção e prevenção,<br />
como para garantir o acesso do município aos recursos financeiros<br />
para este nível <strong>de</strong> atenção<br />
Resumo<br />
Nesta aula, você apren<strong>de</strong>u:<br />
• A evolução histórica do PSF, seus principais eventos e ampliação<br />
da cobertura populacional.<br />
• A importância do PSF como porta <strong>de</strong> entrada da assistência a<br />
saú<strong>de</strong>.<br />
• A importância dos profissionais que atuam na equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
da Família.<br />
Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem<br />
Vamos apren<strong>de</strong>r um pouco mais?<br />
1) Entreviste um agente comunitário <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do seu município e peça para<br />
ele relatar a história do PSF local.<br />
2) Registre as falas do seu entrevistado.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 90 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Referências<br />
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_________. Ministério da Saú<strong>de</strong>. Política Nacional <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> Básica. Brasília,<br />
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<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 91<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
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CZERESNIA, D; FREITAS, C.M. (org.). Promoção da Saú<strong>de</strong>: conceitos, reflexões,<br />
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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 92 Gerência em Saú<strong>de</strong>
Currículos dos professores conteudistas<br />
Elba Coelho Gonçalves<br />
Graduada em Ciências Sociais com especialização em Planejamento e Administração<br />
<strong>de</strong> Sistemas e Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Educação em Saú<strong>de</strong>. Professora<br />
efetiva da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Montes Claros há 10 <strong>de</strong>z on<strong>de</strong> ministra<br />
as disciplina ‘Educação em Saú<strong>de</strong>” para o primeiro período <strong>de</strong> Enfermagem<br />
e segundo período <strong>de</strong> Odontologia. Participa do colegiado <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação<br />
do curso <strong>de</strong> graduação em Enfermagem, da comissão <strong>de</strong> Pós-Graduação. Integrou<br />
a equipe docente do Centro <strong>de</strong> Ensino Médio e Fundamental da UNI-<br />
MONTES <strong>de</strong> 1998 a 2000. Antes <strong>de</strong> fazer parte do corpo docente da UNIMON-<br />
TES trabalhou na Secretaria <strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais/Gerência<br />
Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Montes Claros em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> administração e gestão<br />
do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Elizabeth Ferreira <strong>de</strong> Pádua Melo Franco<br />
Graduada em Filosofia com extensão em Psicologia, com especialização em<br />
Planejamento e Administração <strong>de</strong> Sistemas e Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Docência<br />
em Educação Profissional. Professora efetiva da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong><br />
Montes Claros há 14 <strong>de</strong>z on<strong>de</strong> ministra as disciplinas Saú<strong>de</strong> Coletiva, Administração<br />
em Saú<strong>de</strong> para o primeiro e quinto período <strong>de</strong> Enfermagem. É<br />
tutora do curso <strong>de</strong> Medicina da UNIMONTES. Participa do colegiado <strong>de</strong> Pós-<br />
-Graduação do curso <strong>de</strong> Enfermagem. Coor<strong>de</strong>nou o curso <strong>de</strong> Pós-graduação<br />
em <strong>Gestão</strong> em Saú<strong>de</strong> realizado pela UNIMONTES/Ministério da Saú<strong>de</strong>/Organização<br />
Pan-americana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Integrou a equipe docente do Centro <strong>de</strong><br />
Ensino Médio e Fundamental da UNIMONTES <strong>de</strong> 1996 a 2000. Antes <strong>de</strong> fazer<br />
parte do corpo docente da UNIMONTES trabalhou na Secretaria <strong>de</strong> Estado<br />
da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais/Gerência Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Montes Claros em<br />
ativida<strong>de</strong>s técnicas <strong>de</strong> administração e gestão do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
<strong>Gestão</strong> participativa e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> 93<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes<br />
Escola Técnica Aberta do Brasil<br />
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 96 Gerência em Saú<strong>de</strong>