Editorial

Meninas são
diferentes
golfe nota 10
por David Oka *
A
cada dia que passa,
as meninas estão
jogando mais golfe
e aprendendo que
é um esporte divertido,
além de proporcionar um
significativo aumento do vínculo
de amizades, já que a atividade
ajuda muito nesta integração.
Treinar sozinha não tem graça,
mas com mais colegas acaba se
tornando muito divertido. Uma
amiga sempre dá suporte à outra.
A relação acaba virando um
verdadeiro “Clube da Luluzinha”
e é justamente isso que elas querem;
um tempo de intimidade feminina
e independência.
Durante os treinos elas podem
conversar sobre o golfe, discutir
as jogadas, mas também
podem falar das roupas, da natureza,
das flores e de outros temas
quase que exclusivamente
femininos. Isso tudo faz com que
elas se prendam cada vez mais
ao golfe, pois começam a perceber
que o esporte gera esses momentos
únicos.
Por outro lado, sinto que as
meninas ainda se sentem muito
pressionadas pelos pais, cobranças
no treino, nas aulas e nos torneios.
Na verdade elas querem
mais é curtir o esporte e essa
pressão que os pais exercem acaba
tirando-as ou afastando-as do
golfe. Nos torneios do Golfe Nota
10, tenho reparado que quando
elas conseguem se juntar e ficar
longe dos pais, acabam curtindo
mais o jogo, trocam informações
entre elas e brincam muito com
o taco e a bolinha, sem compromisso
ou obrigação.
Temos que deixá-las mais à
vontade nos clubes, centros de
treinamento, nas aulas e nos
torneios, e lembrar que o golfe
deve ser tratado como um esporte
que exige treinamento e
dedicação, porém, assim como
os demais, deve ser algo prazeroso
e divertido. É importante
entender também que elas não
são como os meninos, suportam
menos pressão e devem ser tratadas
de uma forma bastante
particular. Elas estão aprendendo
a amar o golfe e o golfe precisa
muito delas para crescer e
ficar mais bonito.
Foto: Divulgação
* David Oka é árbitro de golfe e coordenador do projeto Golfe Nota 10, da Federação
Paulista de Golfe (www.golfenota10.com.br)
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