REVISTA CONNESSIONE - EDIÇÃO DE OUTUBRO N.11 2021
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gre da santa salva do rio.
Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência
de Felipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança
se reuniam para orar, aos cuidados de Silvana
da Rocha Alves, esposa de Domingos, mãe de João e
irmã de Felipe.
A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas
graças foram alcançadas por aqueles que oravam
diante da imagem, e a fama dos poderes extraordinários
de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões
do Brasil.
Conta-se que o primeiro milagre após o ocorrido com
os peixes, teria acontecido por volta de 1733, quando,
em uma noite serena, repentinamente as duas velas
que iluminavam a Santa se apagaram. Houve espanto
entre os devotos e Silvana da Rocha, querendo acendê-las
novamente, nem tentou, pois elas acenderam
por si mesmas.
Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham
rezar diante da imagem, mas também muitas
outras pessoas das vizinhanças.
Por volta de 1726, quando Domingos e João Alves já
tinham morrido e também faleceu Silvana, Felipe Pedroso
o único sobrevivente, guardou a imagem. Primeiro
residindo em terras de Lourenço de Sá, depois
mudou-se para Ponte Alta e finalmente fixou residência
no porto de Itaguaçú, onde em 1739 veio a falecer.
Contudo, ainda em vida, confiou a imagem ao seu filho
Atanásio Pedroso, que construiu no quintal de sua
casa um pequeno e tosco oratório de madeira, onde a
colocou.
Por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu
uma capela no alto do morro dos Coqueiros,
aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745.
Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba,
Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela
e a imagem.
Em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior
(a atual Basílica Velha) para acomodar e receber os
fiéis que aumentavam significativamente, sendo solenemente
inaugurada e benzida em 8 de dezembro de
1888.
Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias,
preso por grossas correntes, ao passar pelo Santuário,
pede ao feitor permissão para rezar à Nossa Senhora
Aparecida. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha
e reza contrito. As correntes, milagrosamente, soltam-se
de seus pulsos deixando Zacarias livre. Era o
segundo milagre.
Outros milagres foram atribuídos à Santa:
Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao
se dirigir para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e
começou a zombar, dizendo que aquela fé era uma
bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo
na igreja. Logo na escadaria, a pata de seu cavalo se
prendeu na pedra da escada da igreja (Basílica Velha),
vindo a derrubar o cavaleiro de seu cavalo, após o fato,
a marca da ferradura ficou cravada da pedra. O cavaleiro
arrependido, pediu perdão e se tornou devoto.
Mãe e filha caminhavam às margens do Rio Paraíba
do Sul, quando surpreendentemente a filha cega de
nascença comenta surpresa com a mãe : “Mãe como
é linda esta igreja” Basílica Velha. Daquele momento
em diante, a menina começa a enxergar.
O pai e o filho foram pescar. Durante a pescaria, a
correnteza estava muito forte e por um descuido o
menino caiu no rio. O menino não sabia nadar, a correnteza
o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado
pediu a Nossa Senhora Aparecida para salvar
o menino. De repente o corpo do menino parou de ser
arrastado, enquanto a forte correnteza continuava, e o
pai salvou o menino.
Um homem estava voltando para sua casa, quando de
repente ele se deparou com uma enorme onça. Ele se
viu encurralado e a onça estava prestes a atacar, então
o homem pediu desesperado a Nossa Senhora Aparecida
por sua vida, e a onça virou e foi embora.
Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou
pela segunda vez a basílica e ofertou à santa, em pagamento
de uma promessa (feita em sua primeira visita,
em 08 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro
cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um
manto azul, ricamente adornado. Estes objetos só foram
colocados na imagem em 8 de setembro de 1904,
numa celebração solene dirigida por D. José Camargo
Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos
bispos, o Presidente da República Rodrigues Alves e
numeroso povo.
No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título
de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e
recebendo os ossos de São Vicente Mártir, trazidos de
Roma com permissão do Papa.
Em 17 de dezembro de 1928, a vila que se formava ao
redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se
Município, vindo a se chamar Aparecida, em
homenagem a Nossa Senhora, que fora responsável
pela criação da cidade.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi proclamada
Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial em 16
de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI, sendo
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