21.01.2015 Views

Equidad Fiscal en Brasil, Chile, Paraguay y ... - Sector Fiscalidad

Equidad Fiscal en Brasil, Chile, Paraguay y ... - Sector Fiscalidad

Equidad Fiscal en Brasil, Chile, Paraguay y ... - Sector Fiscalidad

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

que se analise possíveis impactos das características das famílias sobre a distribuição de r<strong>en</strong>da,<br />

especialm<strong>en</strong>te aquela relativa ao seu tamanho médio. Na Tabela 1, são apres<strong>en</strong>tados alguns indicadores<br />

básicos, que serão rapidam<strong>en</strong>te aqui analisados.<br />

Segundo a Pesquisa de Orçam<strong>en</strong>tos Familiares, o padrão demográfico atual do <strong>Brasil</strong> caracteriza-se por um<br />

tamanho relativam<strong>en</strong>te homogêneo de famílias em termos de tamanho médio segundo estratos de r<strong>en</strong>da<br />

familiar. Em 2003, as famílias brasileiras tinham um tamanho médio que variava de 3.4 a 4,0 pessoas<br />

segundo os estratos de r<strong>en</strong>da, hav<strong>en</strong>do uma grande conc<strong>en</strong>tração ao redor de 3,8 pessoas. O desvio padrão<br />

observado em relação à média era som<strong>en</strong>te de 4%.<br />

Esta razoável homog<strong>en</strong>eidade é também <strong>en</strong>contrada quando se analisa o número médio de filhos por família<br />

segundo estratos de r<strong>en</strong>da. A variação <strong>en</strong>contra-se no intervalo de 1,9 e 1,5 filhos por família, com um desvio<br />

padrão em relação a media é 5%. Resultado semelhante é observado para a idade média da pessoa de<br />

referência da família.<br />

A importância de se analisar estas duas informações básicas sobre as famílias deve-se à preocupação que<br />

difer<strong>en</strong>ças significativas de tamanho poderiam ter impacto importante sobre as condições de vida das<br />

mesmas. Isto é, um tamanho relativam<strong>en</strong>te maior das famílias de baixa r<strong>en</strong>da, t<strong>en</strong>deria ac<strong>en</strong>tuar a fragilidade<br />

de r<strong>en</strong>da com conseqüências sobre as condições de vida. Caso isto fosse observado, seria necessário que<br />

houvesse uma padronização das famílias para que a distribuição de r<strong>en</strong>da fosse analisada. Os dados<br />

<strong>en</strong>contrados não sugerem a necessidade deste tipo de procedim<strong>en</strong>to, facilitando o uso das informações de<br />

r<strong>en</strong>da das famílias.<br />

Quanto aos anos de estudo, os dados revelam serem mais elevados para os estratos superiores, seja para a<br />

pessoa de referência como para os filhos. É sabido que o <strong>Brasil</strong> se caracteriza por uma baixa escolaridade<br />

de sua população. Em média, a escolaridade observada para os chefes de famílias correspondia a 6,8 anos<br />

e para os filhos 9,3 anos. Isto é, a escolaridade média <strong>en</strong>contrada era próxima ao <strong>en</strong>sino fundam<strong>en</strong>tal.<br />

Diversos estudos apontam que a situação de escolaridade brasileira t<strong>en</strong>de se refletir nos níveis e na<br />

distribuição de r<strong>en</strong>dim<strong>en</strong>tos. Mesmo considerando que ela não seja a principal determinante da condição de<br />

baixa r<strong>en</strong>da, é inegável que ela é parte de sua explicação.<br />

Os dois últimos indicadores básicos <strong>en</strong>contrados na Tabela 1 referem-se à participação de dois tipos<br />

relevantes de despesa para a população de baixa r<strong>en</strong>da.<br />

O indicador relativo de gasto com habitação mostra que ele descreve à medida que cresce a r<strong>en</strong>da.<br />

Entretanto, este movim<strong>en</strong>to é relativam<strong>en</strong>te estreito se considerado que não existe no <strong>Brasil</strong> qualquer<br />

subsídio ou política mais abrang<strong>en</strong>te de habitação para a população de baixa r<strong>en</strong>da. O motivo que justifica tal<br />

situação deve-se ao elevado acesso à habitação por mecanismos informais de aquisição ou ocupação de<br />

áreas, que alim<strong>en</strong>tam o crescim<strong>en</strong>to recorr<strong>en</strong>te de favelas e, portanto, de habitações precárias no país. Os<br />

últimos governos federais, e também alguns estaduais, tem retomado políticas habitacionais para as<br />

populações de baixa r<strong>en</strong>da, mas que ainda apres<strong>en</strong>tam alcance limitado e são incapazes de substituir os<br />

mecanismos informais de acesso à habitação ou reduzir a situação de precariedade habitacional<br />

prevalec<strong>en</strong>te no país.<br />

18

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!