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Encarte 3 - ICMBio

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Plano de Manejo do PN Montanhas do Tumucumaque<br />

ANÁLISE DA REGIÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO<br />

Indígena do T umucumaque). As três primeiras UCs foram, inclusive, criadas em função da<br />

presença de numerosas famílias dedicadas ao extrativismo, atividade desenvolvida<br />

intensamente na região, ao longo de toda sua história.<br />

O povoamento no baixo curso do Rio Jari iniciou na época áurea da exploração da borracha,<br />

entre o s anos 1870 e 1920, quando chegaram à região os pr imeiros nordestinos que<br />

explorariam i nicialmente a bor racha e, depoi s, v ários outros produtos silvestres. M as o<br />

desbravamento da r egião co ntinua se ndo at ribuído ao famoso C oronel Jo sé Julio de<br />

Andrade, italiano instalado no Pará, que passou a controlar a produção extrativista do Jari<br />

no i nício do sé culo X X. O si stema de av iamento asse gurava o co ntrole t otal da região<br />

utilizando troca de ferramentas, víveres, sal, roupa e munição pelos produtos extraídos na<br />

floresta.<br />

Numa outra fase, mais recente, a empresa Jari Indústria e Comércio S/A passou a controlar<br />

toda a região, a té su a venda a D aniel Lud wig em 1967 , quando i niciou o P rojeto Jari. O<br />

empreendimento, localizado em ambos os lados, do Pará e Amapá, estava voltado para a<br />

exploração agroflorestal, mineral e industrial. O desmatamento de grandes áreas, visando a<br />

implantação de cu ltivos f lorestais, r esultou na per da de ca stanhais e seringais dos quais<br />

populações tradicionais da ár ea dependi am p ara so breviver. S em o av iamento, muitos<br />

abandonaram a ár ea e foram trabalhar como subempregados no projeto Jari, morando nas<br />

palafitas que se formaram no “beiradinho” e no “ beiradão” do rio, hoje cidades de Vitória do<br />

Jari e Laranjal do Jari. Uma pequena parcela das famílias descendentes dos desbravadores<br />

nordestinos que ch egaram ao l ongo do último século vive nas UCs acima mencionadas e<br />

que pode ser considerada, de certa forma, como “população tradicional”.<br />

Serra do Navio – AP<br />

Com um a su perfície de 7. 757 km 2 , a popul ação<br />

residente no m unicípio compreendia 3.772 pessoas<br />

em 2007, aumentando 14,5% (479 pessoas) desde<br />

2000 (IBGE).<br />

Serra do Navio se tornou famosa por ser a sede de<br />

uma das maiores mineradoras na Amazônia, a<br />

ICOMI, pa rceira da B ethleem S teel. A s minas de<br />

manganês foram descobertas em 1946 , t rês anos<br />

após a c riação do Território. E a ci dade foi<br />

construída para os funcionários da empresa. Ao<br />

lado, cresceram algumas vilas de pequenos<br />

agricultores, q ue abas teciam os moradores da<br />

Serra. A co nstrução da ferrovia v eio t ransformar a<br />

paisagem e também as atividades desses moradores.<br />

O município foi criado em 1992, quando Serra de Navio assumiu autonomia em relação à<br />

gestão exercida pela ICOMI por mais de 40 anos, em acordo com o contrato de concessão<br />

de 50 anos (até 2003) com o governo federal. C om a sa ída da I COMI, S erra do N avio<br />

enfrentou enor mes dificuldades e i nclusive um pr ocesso de “ favelização”. A pr efeitura<br />

aposta em várias alternativas, que vão desde o turismo, por constituir uma das entradas do<br />

PNMT e a agrosilvicultura a ser desenvolvida pelos colonos instalados em assentamentos<br />

no entorno da v ila. Mas também espera apoios e subsídios significativos, prometidos pelas<br />

mineradoras recém instaladas.<br />

Pedra Branca do Amapari – AP<br />

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