CONTRA TURNO ESCOLAR: UMA REFLEXÃO NA INSTITUIÇÃO ...
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não garante, o que defendo para a educação de boa qualidade: garantia de profissionais<br />
com formação e competência, para atuarem nas escolas. O estagiário pode ser<br />
fundamental neste processo, mas atuando e discutindo junto com o profissional e não<br />
assumindo na íntegra a função.<br />
Se analisarmos a questão da formação dos educadores, que pela exigência da LDB (Lei<br />
de Diretrizes e Bases), obrigou os docentes a buscarem o curso superior, vamos<br />
perceber que infelizmente os educadores da rede pública de ensino, por não terem<br />
acesso a Universidade Pública, estão recebendo formação na instituição privada, o que<br />
dá a esta formação um caráter elitista, vinculada a uma ideologia de manutenção do<br />
sistema vigente.<br />
Com base nas leituras realizadas, percebe-se que historicamente, as políticas e ações do<br />
governo, são articuladas de forma a garantir os interesses econômicos e políticos<br />
despreocupados de uma condição que ofereça oportunidade real de crescimento pessoal<br />
e profissional dos indivíduos, pois isto, é contraditório a um sistema que prima pela<br />
manutenção da desigualdade social, mesmo que de forma mascarada.<br />
Enquanto não se repensar uma forma de justa distribuição de renda, estará estabelecida<br />
esta contradição social.<br />
Entretanto, o CEMIC, com profissionais envolvidos com a transformação social e com<br />
competência técnica, poderão dentro de limites, naturalmente, procurar desenvolver um<br />
trabalho que caminhe para além do assistencialismo.<br />
REFERÊNCIAS<br />
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9. 394/96), 20 de<br />
dezembro de 1996.<br />
CUNHA, L. A. Educação, Estado e Democracia no Brasil. São Paulo: Cortez, 1991.<br />
ESTATUTO DO CEMIC, 1977 (mimeo).<br />
GHIRALDELLI, P. J. História da Educação. São Paulo: Cortez, 1990.<br />
<strong>NA</strong>GEL, L. H. O Estado Brasileiro e as Políticas Educacionais nos Anos Oitenta. In<br />
NOGUEIRA, F. M. G. (org.) Estado e políticas sociais no Brasil. Cascavel, PR:<br />
Edunioeste, 2001. 292 p.