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CONTRA TURNO ESCOLAR: UMA REFLEXÃO NA INSTITUIÇÃO ...

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profissional, ofertando treinamento de professores e diretores à distância, propostas de<br />

plano de carreira e valorização do magistério.<br />

Surgem também, vinculadas a essas medidas, preocupações curriculares em relação ao<br />

ensino fundamental, com redefinição de sua estrutura através dos parâmetros<br />

curriculares mínimos estabelecidos pelo MEC, para todo o país, englobando conteúdos<br />

habilidades e valores, que precisam ser adquiridos, como bases para formação da<br />

cidadania. Em contrapartida para a garantia da implementação da política, a Secretaria<br />

de Ensino fica incumbida de produzir os materiais de apoio sobre as novas diretrizes<br />

curriculares e distribuir para a escola e os professores, bem como coordenar as<br />

discussões.<br />

Alguns programas foram implementados pelos governos a partir do período de 1980,<br />

objetivando atingir a totalidade dos sistemas escolares, tendo como alvo as primeiras<br />

séries do ensino básico, onde incidem as altas taxas de repetência e evasão. Eles<br />

demonstram como centro de suas preocupações a melhoria de duas naturezas, as que se<br />

voltam para o aspecto pedagógico e aquelas de caráter mais assistencialista, por<br />

compensar, via escola em tempo integral, as carências sócio-econômicas do seu<br />

alunado. Dentre os programas implantados estão o Ciclo Básico, Jornada Única, CIEPs<br />

(Centros Integrados de Educação Pública), PROFIC (Programa de Formação Integral da<br />

Criança) e CIACs (Centros Integrados de Atendimento a Criança).<br />

A concepção educacional de tais programas levou a escola a ser considerada de certa<br />

forma como protetora, suprindo as necessidades de segurança, alimentação, cuidados e<br />

saúde, deixando as crianças a salvo da violência.<br />

A descontinuidade e ineficiência dos programas ocorrem porque cada administração<br />

quer distinguir-se por suas próprias iniciativas. Uma nova escola construída leva o nome<br />

do dirigente político do período, sua marca, seu carimbo. Programas de melhoria<br />

qualitativa, por outro lado, sempre são menos palpáveis e, neste sentido, não oferecem<br />

espaço político para que distintas administrações se diferenciem.<br />

A autora Lízia Helena Nagel (2001) analisa a educação na década de 90, pautada em um<br />

contexto histórico de anos anteriores, que vão construindo a história da educação no<br />

Brasil. Segundo a autora a política educacional é um conjunto de medidas agilizadas e<br />

sistematizadas pelo governo, para atuar com maior eficiência, nos mecanismos de<br />

produção, distribuição e consumo de bens já instituídos ou em constante renovação.

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