BURAKA SOM SISTEMA - Câmara Municipal de Oeiras
BURAKA SOM SISTEMA - Câmara Municipal de Oeiras
BURAKA SOM SISTEMA - Câmara Municipal de Oeiras
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
E<br />
entrevista<br />
interview<br />
Às vezes num concerto perguntamos: ‘quem daqui comprou o CD?’ E gosto<br />
da honestida<strong>de</strong> do público porque só <strong>de</strong>z ou vinte é que levantam a mão.<br />
E <strong>de</strong> seguida pergunto ‘quem sacou’ e quase todos metem a mão no ar.<br />
Vemos esta questão como uma consequência normal da vida <strong>de</strong> hoje. (...)<br />
Quando sacam a nossa música e a divulgam também é bom para nós <strong>de</strong><br />
uma forma indireta. Sem dramas.<br />
nós. Gerimos a musicalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> canção para canção. A<br />
música ‘tiro o pé’ é uma canção que vai buscar mais<br />
a nossa vertente kudurista, mas por exemplo a musica<br />
‘abanar o esqueleto’ já não. Depen<strong>de</strong> e varia. O que<br />
temos em mente é a música <strong>de</strong> dança e a música <strong>de</strong><br />
dança é sensual, pe<strong>de</strong> que os corpos se mexam. Mas<br />
gosto <strong>de</strong> pensar que faço musica sexy.<br />
J-Wow: E que não haja dúvidas que dá para extrair sensualida<strong>de</strong><br />
da nossa música.<br />
Posso estar errada, mas creio que o vosso público<br />
maioritário é aquele que faz downloads e não<br />
aquele que espera ansiosamente pelos vossos cd<br />
na fnac.<br />
J-Wow: Nem mais.<br />
E como tal, não é dos cd’s que conseguem sobreviver,<br />
certamente.<br />
J-Wow: Pois, para sobreviver precisamos dos concertos,<br />
ou precisamos <strong>de</strong> alguma notorieda<strong>de</strong> para que<br />
alguém entre em contato com o nosso publisher e, por<br />
12 { 30 Dias em <strong>Oeiras</strong> Jul. Agt’12<br />
Sometimes in concerts we ask: ‘Among you who bought the CD? And I like the<br />
audience honesty because only ten or twenty raise their hands. And then ask<br />
“who downloa<strong>de</strong>d it” and almost all raise their hands. We see this as a normal<br />
consequence of life today. (...) When people download our songs and circulate<br />
them, it’s also indirectly good for us. No problem.<br />
song is more house, techno or kuduro,<br />
well, that’s not important to us. We manage<br />
the musicality of each song. The song<br />
“tiro o pé” is a song which is more our<br />
version of kuduru , but for example the<br />
song ‘abanar o esqueleto’ is not. It <strong>de</strong>pends<br />
and it changes. What we have in mind is<br />
the dance music and the dance music is<br />
sensual, ask bodies to move. But I like to<br />
think that I do sexy music.<br />
J-Wow: And there’s no doubt that one can<br />
extract sensuality from our music.<br />
I may be wrong, but I believe that the<br />
majority of your audience is one that<br />
downloads and not the one that wait<br />
anxiously for your cd at Fnac.<br />
J-Wow: Exactly.<br />
Essentially, it is not from cd’s that you<br />
manage to survive, certainly.<br />
J-Wow: Right, in or<strong>de</strong>r to survive we need<br />
concerts, or we need some notoriety for<br />
someone to be in contact with our publisher<br />
and, therefore, have a song on the