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RECOMENDANDO<br />

Sistema “Safra Zero”de manejo em cafeeiros<br />

As atuais dificuldades de renda com o café, função dos<br />

custos elevados e preços não remuneradores, tem levado ao<br />

conceito de combinar produtividade nas lavouras com redução<br />

de custos por saca produzida.<br />

O sistema “Safra Zero” é uma alternativa nesse<br />

sentido, pois tem como finalidade principal eliminar a<br />

necessidade de colheitas onerosas nos anos de safra baxa, só<br />

colhendo no ciclo de alta. Para isso, os cafeeiros são<br />

esqueletados e decotados a cada dois anos, ocorrendo<br />

desenvolvimento dos ramos produtivos no primeiro ano<br />

agrícola e frutificação no ano posterior, quando será novamente<br />

podada. Com este sistema muitos produtores tem viabilizado a<br />

cafeicultura, principalmente em regiões com dificuldades de<br />

mão-de-obra e em áreas montanhosas.<br />

Neste último ano, no Sul de Minas, o uso de<br />

esqueletamento foi muito superior à média histórica da região.<br />

O que era uma realidade em áreas declivosas agora também se<br />

intensificou nas lavouras mecanizadas, mesmo em estandes de<br />

plantas menores, naquelas lavouras com 1500 a 2000 pl/ha.<br />

Os diversos trabalhos realizados pela <strong>Fundação</strong><br />

<strong>Procafé</strong>, na Fazenda Experimental de Varginha, desde 2003,<br />

com foco no sistema safra zero, tem resultado em<br />

produtividades baixas nesse tipo de lavouras com baixo stand<br />

de plantas/ha. O exemplo da aplicação do sistema em uma<br />

lavoura Mundo Novo-Acaiá IAC 474/19, com espaçamento de<br />

3,0 x 1,0 m (estande de 3.333 plantas/ha) em sistema safra zero,<br />

resultou nos anos de alta, em 3 ciclos, em produções até certo<br />

ponto boas, de 80, 76 e 110 sacas/ha, porem, a média dos 6 anos,<br />

ficou com somente 44.3 sacas/ha., abaixo da meta necessária,<br />

que seria no mínimo 50 sacas/ha. Em lavouras de Catuai os<br />

resultados foram piores.<br />

Por isso, antes de entrar no sistema “safra zero”, é<br />

Lavoura esqueletada, vendo-se o modo de corte<br />

e a grande deposição de material no solo<br />

29<br />

preciso observar que esse sistema é tecnificado, exigindo<br />

critérios e planejamento, <strong>para</strong> sua viabilidade. Uma vez<br />

selecionada e/ou adequada a lavoura, conforme já abordado<br />

anteriormente, o produtor deve seguir com o planejamento de<br />

todas as atividades, tendo em mente que o sistema engloba uma<br />

sequência de operações, ao longo de dois anos, e a produção<br />

pode ser comprometida em qualquer momento.<br />

Os espaçamentos considerados adequados <strong>para</strong> as<br />

lavouras a serem exploradas no sistema safra zero, são os<br />

seguintes: Plantio adensado nas regiões montanhosas, a 2 x<br />

0,5m e nas áreas mecanizáveis um semi-adensado, com 2,5 a<br />

3,2 m x 0,5 m, preferencialmente com o uso de variedades que<br />

se recuperam mais rápido e, se possível, resistentes à ferrugem.<br />

Como já detalhado, deve-se adotar o modo apropriado<br />

de uso do esqueletamento, quanto ao tipo de lavoura, à época<br />

mais cedo, e ao trato da lavoura, quanto à nutrição e controles de<br />

pragas/doenças. Deve-se considerar a deposição cíclica e<br />

contínua de material vegetal, oriundo das podas no “Safra<br />

Zero”.. Dados de pesquisas com cereais, em plantio direto,<br />

mostram que ao longo dos anos uma quantidade de matéria seca<br />

de palhada, semelhante à quantidade oriunda da poda por<br />

esqueletamento, proporciona incrementos significativos na<br />

CTC do solo, com melhoria nas suas características biológicas,<br />

físicas e químicas..<br />

Conclui-se, assim, que o sistema Safra Zero de<br />

manejo deve ser muito bem planejado e conduzido, em lavouras<br />

adequadas e com práticas que possibilitem a expressão do<br />

potencial produtivo das plantas, tendo em mente que qualquer<br />

erro, em uma única etapa, é determinante no resultado de todo o<br />

ciclo de dois anos. Aplicado de maneira profissional, o sistema<br />

pode ser muito útil na sustentabilidade econômica e na<br />

otimização do setor de produção de café, em muitas<br />

propriedades<br />

Recuperação da ramagem no pós-esqueletamento,<br />

com multiplicação de ramos.

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