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Relatório Final PIBIC - Pesquisa Mercado de Trabalho em - Pólo ...

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Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense<br />

precisam ser ampliadas pesquisas sobre a referida t<strong>em</strong>ática, até mesmo <strong>em</strong> um instante histórico <strong>em</strong> que o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do capitalismo regional ganhas novos contornos, quando estão <strong>em</strong> cena discussões<br />

cont<strong>em</strong>porâneas e importantes sobre o uso e distribuição dos royalties. Entretanto, diga-se que as pesquisas<br />

elaboradas que não sejam apenas um exercício <strong>de</strong> exegese acadêmica, mas <strong>de</strong> explicação e intervenção nos<br />

espaços contraditórios das relações produtivas, consi<strong>de</strong>rando-se as características locais que traduz<strong>em</strong> a “nova<br />

precarieda<strong>de</strong> salarial” (ALVES, 2011).<br />

Segundo Alves (2011, p. 1), há uma “construção da nova condição salarial que <strong>em</strong>erge a partir da<br />

reestruturação produtiva e das novas modalida<strong>de</strong>s especiais <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho flexível do mercado <strong>de</strong><br />

trabalho brasileiro”. Compartilhamos com a tese <strong>de</strong>fendida pelo autor quando este diz que <strong>em</strong>erge uma nova<br />

precarieda<strong>de</strong> salarial, “entendida como sendo a condição salarial <strong>de</strong> novo tipo e a configuração <strong>de</strong> novo<br />

trabalhador coletivo”, mais flexível, fragmentado e heterogeneizado - e com menores custos para as <strong>em</strong>presas.<br />

Reforçamos que a palavra “nova” não conota o abandono da perspectiva <strong>de</strong> classe, mas ilustra que antigas<br />

formas <strong>de</strong> exploração e precarização do trabalho se sobrepõ<strong>em</strong> a novas tendências que v<strong>em</strong> se esboçando no<br />

plano das relações <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos 1970: flexibilização, terceirização, heterogeneização, precarização.<br />

Se até então a precarieda<strong>de</strong> do trabalho estava quase s<strong>em</strong>pre associada ao <strong>em</strong>prego informal, agora é possível<br />

afirmar a existência <strong>de</strong>sta “nova” precarieda<strong>de</strong> salarial, referente às modalida<strong>de</strong>s cont<strong>em</strong>porâneas <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego<br />

formal, como o <strong>em</strong>prego t<strong>em</strong>porário, flexível e <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> proteção previ<strong>de</strong>nciária, por ex<strong>em</strong>plo. Isso não<br />

implica que a antiga precarieda<strong>de</strong> salarial dos <strong>em</strong>pregos informais tenha se esvaído; somente agrega-se a ela esta<br />

novida<strong>de</strong> histórica, a massiva precarização do <strong>em</strong>prego formal, que advém dos t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> reestruturação<br />

produtiva e <strong>de</strong> seu par político, o neoliberalismo.<br />

Na perspectiva <strong>de</strong> ter como solo da reflexão teórica a realida<strong>de</strong>, a pesquisa objetiva apreen<strong>de</strong>r a<br />

experiência da precarieda<strong>de</strong> salarial do trabalho <strong>em</strong> Macaé e seus impactos no mercado formal <strong>de</strong> trabalho<br />

(utilizando os dados da RAIS) a partir do ano <strong>de</strong> 1990, data inicial da implantação da Reforma Gerencial do<br />

Aparelho do Estado. Preten<strong>de</strong>mos ainda analisar as particularida<strong>de</strong>s do mercado <strong>de</strong> trabalho formal <strong>em</strong> Macaé<br />

inscritas na divisão regional do trabalho e da indústria petrolífera nacional; b<strong>em</strong> como <strong>de</strong>linear o perfil do<br />

trabalhador da indústria petrolífera (extrativismo mineral) <strong>em</strong> Macaé.<br />

Por tratar-se <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>em</strong>inent<strong>em</strong>ente quantitativa, é importante elaborar uma<br />

metodologia <strong>de</strong> investigação social que consiga intercalar os indicadores quantitativos do mercado <strong>de</strong> trabalho<br />

formal <strong>de</strong> Macaé com uma interpretação concreta a propósito das mudanças conjunturais globais que resultam<br />

na nova precarieda<strong>de</strong> salarial. A exaustiva pesquisa bibliográfica sobre as mudanças conjunturais na produção<br />

capitalista das ultimas décadas, b<strong>em</strong> como as novas configurações do mercado <strong>de</strong> trabalho no Brasil e <strong>em</strong><br />

Macaé, serão o primeiro passo da pesquisa. Este esforço <strong>de</strong> aproximação teórica ao objeto <strong>de</strong> estudo é<br />

sintetizado aqui.<br />

A b<strong>em</strong> dizer, a pesquisa fundamenta-se na teoria social marxista, cujo princípio metodológico el<strong>em</strong>entar<br />

é o recurso da crítica, para que se situ<strong>em</strong> os dados quantitativos na perspectiva da totalida<strong>de</strong> da produção

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